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ORGANIZACIONAL
2ª Edição
Indaial - 2020
UNIASSELVI-PÓS
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
C137c
ISBN 978-85-7141-440-2
ISBN Digital 978-85-7141-441-9
CDD 658.4
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................5
CAPÍTULO 1
CULTURA ORGANIZACIONAL.........................................................7
CAPÍTULO 2
CLIMA ORGANIZACIONAL.............................................................51
CAPÍTULO 3
PESQUISA DE CLIMA....................................................................93
APRESENTAÇÃO
Este livro de Cultura e Clima Organizacional tem como propósito elucidar a
compreensão das organizações como culturas formadas a partir de uma realidade
social distinta, bem como a compreensão do conceito de clima organizacional,
como a expressão maior do bem-estar das relações sociais nesse espaço.
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Capítulo 1 CULTURA ORGANIZACIONAL
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Neste capítulo, compreenderemos o que é cultura no sentido mais amplo
do termo e no que tange às organizações. Para se ter uma dimensão do que a
cultura representa em seu sentido mais amplo, vamos relembrar aqui o clássico
de Lewis Carroll: “Alice no país das Maravilhas”. A personagem Alice é atraída
por um coelho branco para um universo completamente diferente do seu, o
incrível país das maravilhas. Nele, Alice encontra personagens cômicos que se
comportam de maneira irreverente e totalmente surpreendente, há uma rainha,
festas, chás, jogos, guardas além de inúmeros objetos que possuem um sentido
completamente diferente do que é conhecido por Alice.
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2 CONCEITO DE CULTURA
O conceito de cultura é empregado com diferentes sentidos, vamos explorar
um pouco cada uma dessas definições conhecidas para que você possa identificar
qual o sentido de cultura lhe é conhecido.
A palavra cultura tem sua origem no latim, que deriva do verbo “colere” que
significa: cultivar ou instruir. No sentido etimológico a palavra cultura faz menção
ao: ato de plantar e de cultivar plantas, o termo que originalmente fazia menção ao
cultivo no ambiente agrário (GRAMÁTICA, 2019). Por exemplo, na expressão: o
cultivo de hortaliças é abundante na região, utilizamos o termo cultura no sentido
agrário em que se aplica.
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Capítulo 1 CULTURA ORGANIZACIONAL
De acordo com Schein (2017), Hofstede (2003) está entre os autores que
interpretam o conceito de cultura como: hábitos de Pensar, modelos mentais e
paradigmas linguísticos. Nesse sentido, a cultura também representa modelos
cognitivos compartilhados que orientam as percepções, o pensamento e a
linguagem, utilizados pelos membros do grupo e ensinados aos novos membros
no processo de socialização.
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social, que é onde foi apreendido. Nessa perspectiva, embora a cultura possa ser
compreendida como uma configuração mental que determina, por exemplo, como
interpretamos a fala ou um gesto, ela não deixa de ser um fenômeno coletivo, na
medida em que não se trata de padrões individuais, mas padrões compartilhados
com um determinado grupo social.
Por isso, nessa seção traremos alguns elementos da cultura brasileira para
que possamos compreender por que o modo de fazer gestão no Brasil pode ser
completamente diferente de outros países.
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Capítulo 1 CULTURA ORGANIZACIONAL
2.1.1 CorDiALiDADE
A cordialidade é uma marca notável do povo brasileiro, Holanda (1995)
utilizou a expressão do “homem cordial” para definir um traço característico do
povo brasileiro, vejamos como o autor descreve o homem cordial:
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2.1.2 PATErNALiSmo
Paternalismo é também um traço da cultura brasileira que está bem presente
nas organizações. Holanda (1995) explica que a sociedade colonial brasileira
se originou longe dos centros urbanos, nesse período, antes da abolição da
escravatura, quando o poder girava em torno da propriedade rural o que valorizava
o sentimento do patriarcado.
2.1.3 O JEiTiNHo
Para Barbosa (1992), é uma característica ou um traço cultural do brasileiro,
tanto pode representar um aspecto positivo como negativo. No lado positivo,
o jeitinho pode ser visto como esperteza, por exemplo: ele deu um jeitinho no
problema, já do lado negativo, o jeitinho nos dá uma ideia de corrupção, o que
separa uma definição da outra é o emprego em que se aplica essa expressão. O
jeitinho está presente no cotidiano do povo brasileiro como uma forma de obter
um rápido favor para si, sem chamar a atenção, onde a versatilidade é o ponto
ideal para encontrar os resultados desejados em curto prazo.
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Capítulo 1 CULTURA ORGANIZACIONAL
De acordo com Ramos (1983), o jeitinho surge como uma estratégia adotada
em países latino-americanos que passaram pelo processo de colonização. Nestes
países, estabeleceu-se uma relação metrópole – colônia onde uma das partes, a
colônia ou a sociedade periférica, precisa adotar padrões e formas dominantes do
mundo (formalismo), embora a realidade desses países não esteja historicamente
preparada para aceitar estes padrões. Isso explica, porque o jeitinho se tornou
uma expressão utilizada para explicar a forma como os brasileiros se relacionavam
com as normas burocráticas dos órgãos públicos (BARBOSA, 1992).
Esse é um tema que não pode ser ignorado pelos gestores nas organizações,
pois se trata de um aspecto da nossa cultura que está presente nas organizações.
Se por um lado o jeitinho nos favorece, por estimular os funcionários a buscarem
soluções versáteis para enfrentar a dureza das burocracias, por outro lado, o
gestor precisa estar atento ao excessivo descaso com as regras, normas e até
mesmo corrupção nos processos.
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3 CULTURA ORGANIZACIONAL
O estudo da cultura nas organizações ganha força a partir dos anos oitenta,
o interesse pela cultura tinha como ponto de partida o exemplo de sucesso das
organizações japonesas. Na década de oitenta as empresas japonesas passaram
a se destacar em diferentes setores do mercado, especialmente por conseguirem
alcançar altos índices de produtividade, engajamento dos funcionários em torno
da qualidade. Esses aspectos estavam relacionados aos valores e a filosofia
daquelas organizações e, a própria cultura oriental (FERREIRA; ASSMAR, 2008).
De acordo com Robbins, Judge e Sobral (2010), a cultura pode ser percebida
de forma diferente pelos membros da organização, de acordo com a interpretação
de cada indivíduo. A cultura dominante está expressa nos valores essenciais
compartilhados pela grande maioria, também aqueles que estão presentes no
discurso e na comunicação formal da organização, um exemplo são os valores e
as crenças declaradas.
sentido do termo, todos os indivíduos uma vez que fazem parte de grupos sociais,
tanto nas organizações como na comunidade em que vivem, são dotados de
cultura. Chiavenato (2004, p. 164), explica que “em função disso, toda pessoa
tende a ver e julgar a outra cultura a partir do ponto de vista da própria cultura.
Daí, o relativismo: as crenças e comportamentos só podem ser compreendidos
em relação ao seu contexto cultural”.
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Capítulo 1 CULTURA ORGANIZACIONAL
Chiavenato (2004) faz analogia dos níveis da cultura como um iceberg, onde
alguns aspectos podem ser facilmente percebidos por estarem visíveis e, outros
podem não serem visíveis e dificilmente serão percebidos de modo objetivo. Em
um iceberg a extremidade exposta pode representar apenas vinte por cento da
proporção total da geleira, a parte submersa onde está a base do iceberg embora
não seja visível, tem uma dimensão muito maior e, o que dá sustentação a parte
exposta na superfície. O autor sugere a análise a partir do nível dos: dos aspectos
formais ou abertos e dos aspectos informais e ocultos.
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3.1.1 ArTEFAToS
No nível mais superficial da cultura podemos identificar os artefatos,
descritos por Schein (2017). Neste nível da cultura os elementos são facilmente
perceptíveis, logo que entramos em contato com a organização. Vamos
compreender quais os elementos estão compreendidos no nível dos artefatos
definidos pelo autor:
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Capítulo 1 CULTURA ORGANIZACIONAL
O Layout da Google
A Google se tornou referência nesse sentido, ao criar espaços
de trabalho com opções de lazer e descanso para os funcionários,
tornou o ambiente de trabalho mais colorido e divertido. Na definição
da Google essa foi uma estratégia utilizada pela empresa para criar
um ambiente que estimulasse o processo criativo dos funcionários.
3.1.2 OS SÍmBoLoS
Os símbolos na definição de Hofstede (2003) tem a mesma função do que
os artefatos, são os elementos mais proeminentes da cultura organizacional e,
característicos por serem fisicamente observáveis. De acordo com Hofstede
(2003), os símbolos são aspectos que em conjunto com os heróis e os rituais
fazem parte de um conjunto de elementos que manifestam a cultura organizacional
no nível mais superficial.
Os símbolos estão no nível mais superficial e, é por isso que também são
facilmente reproduzidos por outros grupos. O caso da Google é um exemplo
disso, embora muitas organizações de tecnologia adotem espaços colaborativos,
de integração e lazer, nem sempre os funcionários se sentem à vontade para
fazer pausas durante o horário de expediente. Nesse caso, a empresa pode ter
reproduzido o artefato, mas ainda ter uma cultura de controle.
3.1.3 OS HErÓiS
Os Heróis para Hofstede (2003, p. 8) “são pessoas vivas ou mortas, reais
ou imaginárias, que possuem características que são altamente apreciados em
uma cultura, e que, portanto, servem como modelos para comportamento”. Nesta
categoria, o autor faz uma analogia aos dos heróis das histórias de ficção, ou
dos quadrinhos, são todas aquelas figuras que se tornam referência para uma
geração.
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Capítulo 1 CULTURA ORGANIZACIONAL
3.1.4 OS riTuAiS
Os rituais são definidos por Hofstede (2003) como “atividades coletivas,
tecnicamente supérfluas no alcance dos fins desejados, mas que, dentro de
uma cultura, são consideradas socialmente essenciais: são, portanto, realizadas
por si mesmas”. No aspecto dos rituais estão compreendidas as formas de
cumprimentar, as cerimônias sociais ou religiosas e até mesmo reuniões de
negócios, aparentemente racionais, mas com propósitos rituais, como por
exemplo, a afirmação de líderes diante do grupo.
No bojo das práticas estão todas as manifestações culturais que são visíveis
na organização, às comemorações, a estrutura, layout, os processos, fluxogramas,
organogramas se enquadram nesse aspecto.
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4 CRIANDO A CULTURA
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Capítulo 1 CULTURA ORGANIZACIONAL
4.2.1 HiSTÓriAS
As histórias da organização geralmente remetem a eventos relacionados aos
fundadores da empresa, de como superaram grandes adversidades e alcançaram
o sucesso empresarial. “Essas narrativas vinculam o presente ao passado e
oferecem explicação e legitimidade para as práticas vigentes”. De um modo geral,
as histórias dão sentido às práticas, justificam as escolhas e modo de ser da
organização, ou seja, porque as coisas são como são por ali.
De acordo com Daft (1999) são quatro tipos de eventos e cerimônias que
geralmente são realizados nas organizações:
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4.2.3 SÍmBoLoS
Os símbolos têm o papel de personificar quem são os membros da
organização e, qual o status de um membro. Por exemplo, a farda para um policial
militar personifica o status de um representante do estado. Nas organizações
os uniformes, notebook de última geração, o uso do carro da empresa são
símbolos que permitem identificar a função que um funcionário desempenha. Da
mesma forma, que a mesa ou a sala indica o grau que ele ocupa na hierarquia
organizacional.
4.2.4 LiNGuAGEm
Linguagem: a linguagem é sem dúvida um elemento fundamental na
socialização, geralmente é a linguagem que nos indica se alguém é parte ou não
da cultura da organização. Na medida em que os novos colaboradores passam
a reconhecer os termos técnicos, expressões, eles também podem fazer o uso
apropriado da linguagem para demonstrar domínio dos processos e se conectar
aos demais colaboradores (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010).
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Capítulo 1 CULTURA ORGANIZACIONAL
5 DIMENSÕES DA CULTURA NO
MODELO DE GESTÃO
Na gestão das organizações, podemos compreender que a cultura pode
impactar por ser forte e, também por quando enfraquecida. Atribuir força a cultura
nem sempre será sinônimo de sucesso nos negócios, além disso, a cultura pode
assumir características próprias relacionadas ao modelo de gestão. Estes aspectos
serão aprofundados nesta seção.
Ainda de acordo com Robbins, Judge e Sobral (2010), uma forma de verificar
se a cultura da organização é forte ou fraca é por meio das pesquisas internas,
em culturas bem arraigadas os funcionários têm a mesma opinião sobre quais
os valores da organização. Todavia, se há houver muita discrepância entre as
opiniões e se elas variam entre os funcionários podemos concluir que a cultura da
organização é fraca.
Dizer que a cultura de uma organização é forte, nem sempre será sinônimo de
sucesso nos negócios. Pelo contrário, muitas vezes a permanência da organização
em certas crenças pode impedir o desenvolvimento de novos negócios e a
adaptação às mudanças do ambiente externo à organização. Daft (1999) afirma
que em culturas muito estabelecidas podem atrapalhar mais a organização do que
ter uma cultura fraca, isso porque pode representar resistência para se adaptar as
mudanças do mercado.
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A IBM, empresa que foi alvo dos estudos sobre cultura de Hofstede (2003),
reconhecida na época por uma cultura organizacional extremamente sólida.
Hofstede (2003) estudou as peculiaridades culturais na gestão das subsidiárias da
IBM em diferentes países do mundo, este estudo tinha como propósito analisar a
influência da cultura na gestão de negócios.
Daft (1999), menciona o case da IBM por ser um exemplo de como a força da
cultura pode representar um entrave para sucesso organizacional, ou seja, quando
as convicções dos líderes e funcionários sobre quais os rumos que a empresa deve
seguir não correspondem a evolução do mercado. No caso da IBM, a gigante do
mercado de tecnologia não conseguiu se adaptar as mudanças que ocorreram a
partir da década de 1990, especialmente com a entrada dos novos competidores no
mercado de computadores pessoais.
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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Neste capítulo apresentamos algumas definições do que é cultura, no
sentido mais amplo em que se aplica o termo, considerando os conceitos gerais
de como a cultura se aplica para a compreensão dos hábitos e dos padrões de
comportamento dos grupos sociais.
A criação da cultura nas organizações tem sua base nas crenças, nos valores
e nos pressupostos dos fundadores e, dos líderes da organização. De um modo
geral, podemos compreender que a cultura nas organizações se manifesta no
nível mais superficial a partir dos: artefatos, dos símbolos, das histórias e dos
heróis e, no nível mais profundo a partir das crenças, os valores e os pressupostos
inconscientes que orientam a cultura da organização.
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Por fim, supomos que esse primeiro capítulo tenha sido suficiente para
ampliar os conhecimentos sobre cultura organizacional e, entender como esta
variável tão sútil e intangível determina em última instância “o jeito que fazemos
as coisas por aqui”.
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Capítulo 1 CULTURA ORGANIZACIONAL
REFERÊNCIAS
BARBOSA , Lívia. O Jeitinho Brasileiro: a arte de ser mais igual que os outros.
Rio de Janeiro, Campus, 1992.
DAFT, Richard L. Teoria e projeto das organizações. 6. ed. Rio de Janeiro, RJ:
LTC, 1999.
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C APÍTULO 2
CLIMA ORGANIZACIONAL
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Capítulo 2 CLIMA ORGANIZACIONAL
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
O clima organizacional representa uma dimensão subjetiva das organizações,
ele está conectado à cultura e ao comportamento das pessoas, mas sobretudo
está relacionado à percepção dos funcionários em relação ao ambiente de
trabalho. Por isso, pode ser avaliado a partir dos reflexos que ocasiona sobre
o desempenho, satisfação, motivação e qualidade de vida das pessoas nas
organizações.
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Capítulo 2 CLIMA ORGANIZACIONAL
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A escola das relações humanas trouxe uma visão mais humanista dos
trabalhadores, movidos também por estímulos como afeto, reconhecimento,
autonomia, liberdade e respeito. Demonstrou que, uma vez reforçados, estes
aspectos se tornam possível elevar os níveis de satisfação, comprometimento e
motivação dos trabalhadores, elementos que estão no cerne do que constitui o
que compreendemos como clima organizacional.
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Capítulo 2 CLIMA ORGANIZACIONAL
Para Kolb et al. (1990, p. 82), a evolução dos estudos sobre o comportamento
refutou teorias simplistas sobre a natureza humana, “teorias de que o homem
trabalhava primariamente por dinheiro ou por gratificação social foram substituídas
por teorias mais complexas sobre a natureza humana”. Nesse conjunto de
teorias mais complexas sobre o comportamento podemos destacar a contribuição
dos estudos de Maslow, Alderfer, Hezberg e McClelland, entre outros autores
que ampliaram a compreensão sobre as necessidades e a motivação humana.
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Autorrealização
Necessidades de estima
Necessidades de segurança
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• Necessidades de afiliação.
• Necessidades de poder.
• Necessidades de realização.
Para KOLB et al. (1990), uma das descobertas mais importantes dos
psicólogos sociais e, também uma das conclusões amplamente aceitas a respeito
da motivação no ambiente organizacional é de que “o comportamento é função
das pessoas e do seu ambiente”. Essa relação entre as pessoas e o ambiente é
um conceito que sintetiza o que determina o clima organizacional:
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3 CLIMA ORGANIZACIONAL
O clima organizacional representa um indicador da satisfação ou da
insatisfação dos funcionários em relação ao ambiente de trabalho. Isso porque
ele resume, em um só conceito a sensação ou a percepção que os funcionários
têm sobre os diversos fatores que compõe o ambiente organizacional (CODA;
BERGAMINI, 1997).
De acordo com Chiavenato (2003 apud BISPO, 2006), o clima nos dá uma
visão da influência que o ambiente exerce sobre a motivação. Nesse sentido, a
qualidade percebida do ambiente influencia diretamente no comportamento das
pessoas que ali estão.
Para Freitas (2005), o termo clima organizacional faz uma analogia ao clima
no sentido meteorológico, que varia em função de uma série de aspectos: região,
estações do ano e ação de outros agentes da natureza e tem uma influência no
comportamento das pessoas, na alimentação, no humor, no vestuário.
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Nesse sentido, Luz Nesse sentido, Luz (1993), resume o clima a um estado de espírito
(1993), resume o
ou de animo das pessoas em um determinado ambiente organizacional,
clima a um estado
de espírito ou de em um período específico. O clima é influenciado pelos conflitos, por
animo das pessoas situações positivas e negativas que podem ocorrer na organização,
em um determinado mas também sofre a influência de fatores externos como mudanças no
ambiente macro ambiente (sócio político e econômico). Todavia, consideramos
organizacional, que o ambiente interno (positivo ou negativo) é fator determinante no
em um período
clima da organização.
específico.
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A partir deste estudo, Litwin e Stinger (1968 apud KOLB et al., 1990).
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Para Assis (2014, p. 160) “o bom ambiente de trabalho - em que pese sua
avaliação subjetiva e baseada em expectativas – é normalmente traduzido como
aquele capaz de oferecer relações amigáveis, relativa a oferta de benefícios,
suporte à educação, aprendizado e treinamento, amplo, diverso e plural - com
grande esforço de respeito às diferenças, preocupação com regras relativamente
iguais ou equivalentes para a população interna.
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Capítulo 2 CLIMA ORGANIZACIONAL
Dos aspectos gerais que são abordados na pesquisa de clima e, que se vale
de afirmações positivas para identificar a percepção dos funcionários, como nos
sugere Assis (2014, p. 161):
Tipo de trabalho
Salário e benefícios
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O relacionamento interpessoal
Percepção de estabilidade
A liderança
Comunicação
Participação
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O treinamento
Progresso profissional
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4 QUALIDADE DE VIDA NO
TRABALHO
Assim como a cultura interfere diretamente no clima, a qualidade de vida e a
saúde ocupacional dos colaboradores também se refletem diretamente no clima
organizacional. Dificilmente em uma organização onde as pessoas adoecem com
frequência por causas relacionadas ao trabalho, apresentará índices positivos
na avaliação do clima organizacional. Por isso, compreender o conjunto de
elementos que envolvem a qualidade de vida no trabalho (QVT) e importância
de manter índices satisfatórios de saúde e bem-estar está totalmente relacionado
com o estudo do clima.
Por isso, você observará neste capítulo que muitos dos indicadores que
compõe a análise da Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) também podem estão
presentes entre os indicadores de clima. Dizemos que uma organização saudável
é aquela, onde não só se reduz os riscos de doenças ocupacionais, mas aquela
que oferece um clima saudável, onde as pessoas podem se sentir satisfeitas nos
relacionamentos interpessoais e com a organização.
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Capítulo 2 CLIMA ORGANIZACIONAL
geral se distinguem três formas de resposta ao stress, que podem ser de ordem:
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
O propósito desse capítulo foi apresentar ao aluno os diferentes fatores que
estão relacionados ao clima. O clima organizacional não é um conceito fechado,
ele depende e está conectado a inúmeras variáveis e aspectos da organização,
como cultura, comportamento, satisfação, motivação, saúde e qualidade de vida
no trabalho.
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Capítulo 2 CLIMA ORGANIZACIONAL
REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, Lindolfo Galvão; LIMONGI-FRANÇA, Ana Cristina. Estratégias
de recursos humanos e Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho: o stress e
a expansão do conceito de qualidade total. Revista de Administração, v. 33, n. 2,
p. 40-51, 1998.
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C APÍTULO 3
PESQUISA DE CLIMA
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Capítulo 3 PESQUISA DE CLIMA
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
A pesquisa de clima é uma das formas mais assertivas de verificar como está
o clima no ambiente organizacional. Somente os colaboradores podem dizer, com
propriedade sua percepção sobre o ambiente interno, sobre o relacionamento
com a equipe e seu nível de satisfação em relação ao ambiente de trabalho.
2 PESQUISA DE CLIMA
De acordo com Coda (1997), a pesquisa de Clima organizacional é
o instrumento pelo qual é possível verificar de forma objetiva a realidade
organizacional e, os níveis de satisfação e insatisfação dos funcionários. A
pesquisa tem como base a consulta generalizada da opinião dos colaboradores,
independente do setor ou da posição que ocupam.
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Capítulo 3 PESQUISA DE CLIMA
Observe que essa sequência tanto se aplica para pesquisa com questionários,
com grupos focais ou entrevistas. É possível também aplicar a pesquisa em duas
etapas: uma primeira etapa aplica-se o questionário em seguida realiza-se um
grupo focal ou entrevista, para debater alguns pontos que foram mal avaliados
ou controversos. Nesse caso, a pesquisa pode ser realizada com uma etapa
quantitativa e uma etapa qualitativa de coleta de dados.
Veja a seguir uma síntese das etapas, agrupadas em quatro tópicos que
serão desenvolvidos na sequência desse capítulo.
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FONTE: A autora
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Capítulo 3 PESQUISA DE CLIMA
Vejamos o que o Guia das Melhores Empresas para se Trabalhar nos diz
sobre esta etapa na pesquisa de clima:
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2.2 PLANEJAMENTO
Uma vez obtida a aprovação da Diretoria e dos líderes e representantes
do corpo funcional, dá-se início ao planejamento da pesquisa. Nesta etapa são
estabelecidas definições prévias ao desenvolvimento e aplicação do instrumento.
Vamos elencar nesta seção os principais pontos que devem ser considerados o
planejamento.
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Capítulo 3 PESQUISA DE CLIMA
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Capítulo 3 PESQUISA DE CLIMA
2.3.1 QuESTioNárioS
Os questionários são sem dúvida o instrumento mais indicado para a
realização de pesquisa de clima em organizações. Os questionários de pesquisa
de clima são auto preenchidos e, por isso, indicados quando a pesquisa envolve
um número expressivo de funcionários. Esse instrumento tem como vantagem
a facilidade na aplicação, coleta e tabulação dos dados, além disso, representa
uma possibilidade de quantificar os resultados da pesquisa de forma objetiva
(LUZ, 2003).
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2.3.2 ENTrEViSTAS
As entrevistas podem ser aplicadas como uma técnica complementar
ao questionário ou até mesmo como única técnica de investigação do clima,
especialmente quando o número de funcionários é reduzido. A principal
desvantagem das entrevistas é a quebra do anonimato, nesse caso o pesquisador
deve considerar a possibilidade de que os respondentes não manifestem sua real
avaliação ou apresentem respostas muito superficiais, temendo a exposição de
suas opiniões (FERREIRA, 2016).
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Capítulo 3 PESQUISA DE CLIMA
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FONTE: <https://bit.ly/2O6do5o>.
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construída a partir dos objetivos da pesquisa de clima. De acordo com De acordo com Luz
Luz (2012), as variáveis são selecionadas a partir de temas que tem um (2012), as variáveis
impacto na satisfação ou insatisfação dos funcionários Estas variáveis são selecionadas
podem estar relacionadas aos aspectos internos, mas também podem a partir de temas
envolver elementos externos a organização, relacionados, por exemplo, que tem um impacto
na satisfação ou
com a saúde física, emocional e psicológica do trabalhador. O critério
insatisfação dos
na escolha das variáveis será o impacto que esta variável pode estar funcionários
exercendo sobre o clima na organização.
• Trabalho realizado.
• Salário.
• Benefícios.
• Participação.
• Supervisão, liderança e gestão.
• Orientação para resultados.
• Treinamento e desenvolvimento.
• Integração entre os departamentos.
• Relacionamento interpessoal.
• Estabilidade e segurança no emprego.
• Processo decisório.
• Condições físicas de trabalho.
• Relacionamento da empresa sindicatos e funcionários.
• Carreira, possibilidades de progresso e realização.
• Pagamento de salários.
• Objetivos organizacionais.
• Comunicação.
• Disciplina.
• Imagem da empresa.
• Estrutura organizacional.
• Ética e responsabilidade social.
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R.: ____________________________________________________
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R.: ____________________________________________________
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R.: ____________________________________________________
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3 CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO DO
INSTRUMENTO DE PESQUISA
Uma vez que já foram definidas as variáveis a serem pesquisadas, de acordo
com o objetivo da pesquisa, podemos dar início a construção do instrumento de
pesquisa. A elaboração do instrumento de pesquisa é a etapa onde definimos o
roteiro de itens a serem pesquisados, as perguntas aplicadas para cada item e o
formato das opções de resposta.
Objetivo da pesquisa:
• Detalhamento sobre respostas e alternativas, se houver uma escala
única ela poderá ser exemplificada.
• Solicitar aos respondentes que manifestem suas opiniões de forma
sincera espontânea.
• Garantia de anonimato e confidencialidade das respostas.
• Instruções gerais sobre o preenchimento
• Forma de devolução, quando o questionário é impresso podemos definir
uma urna para que o questionário seja depositado.
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INSTRUÇÕES PREENCHIMENTO
A proposta deste questionário é conhecer as pessoas que trabalham na
empresa, analisar suas necessidades e insatisfações, e tornar a organização
um lugar melhor para se trabalhar.
A pesquisa de clima organizacional será avaliada através de dois cadernos
de questionário. O primeiro investigará os fatores extratrabalho, o segundo
investigará os fatores internos da empresa.
Orientações de preenchimento:
• Fique à vontade para responder o questionário, seja o mais
espontâneo e sincero.
• A participação na pesquisa é voluntária, contudo, a sua participação é
importante.
• Considerando a importância do sigilo, você não deve registrar seu
nome nos cadernos.
• Leia com atenção as perguntas e marque um X para cada resposta.
• Caso a pergunta não corresponda com sua realidade de trabalho,
deixe a resposta em branco, ou marque “não tenho opinião”
(FERREIRA, 2016, p.75)
De acordo com Luz (2012), a pesquisa pode ser setorial, nesse caso o formulário
pode conter um item que menciona o setor do respondente. Essa informação permite
identificar problemas pontuais em algumas áreas ou unidades específicas da
empresa.
Por exemplo, uma questão que tenha por objetivo avaliar o plano de saúde
ou a qualidade do serviço de alimentação oferecido pela empresa, pode não se
aplicar a todos os funcionários. Nesse caso, podemos incluir a opção: não se
aplica ou não tenho opinião, para não obrigar o funcionário a avaliar sobre itens
que não se aplicam a sua realidade.
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Capítulo 3 PESQUISA DE CLIMA
Concordância
Concordo Concordo Discordo Discordo
Indeciso
totalmente parcialmente parcialmente totalmente
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Importância
Satisfação
Totalmente Totalmente
Satisfeito Indiferente Insatisfeito
Satisfeito Insatisfeito
Frequência
Muita
Frequentemente Ocasionalmente Quase nunca Nunca
frequência
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FONTE: <https://www.shutterstock.com/image-vector/vector-
emotion-feedback-scale-on-white-1090628780>.
Totalmente Totalmente
Satisfeito Indiferente Insatisfeito
Satisfeito Insatisfeito
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Esse tipo de abertura pode ser útil quando a empresa tem interesse em
aprofundar sobre alguns pontos que interfere negativamente no clima. No entanto,
é preciso estar atento ao número
Trabalho realizado
Você gosta do trabalho que faz?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não tenho opinião
O seu trabalho proporciona um sentimento de realização profissional?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
Benefícios
Ordene os benefícios que trariam mais satisfação para você, se concedidos pela
empresa. Coloque 1 para o mais importante, 2 para o segundo mais importante e
assim sucessivamente:
Vale refeição
Plano de saúde
Assistência odontológica
Previdência privada
Seguro de vida
Vale alimentação
Cesta básica
Grêmio recreativo
Outros (especifique): ___________
Comunicação
Você se sente bem informado sobre o que acontece na empresa?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
A direção da empresa se comunica com os empregados sobre assuntos de
interesse geral?
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
Gestão
Os empregados são tratados com respeito independente de seus cargos
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
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Capítulo 3 PESQUISA DE CLIMA
Relacionamento interpessoal
Como você considera o relacionamento interpessoal no setor em que trabalha?
( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Não tenho opinião
Como você considera o relacionamento interpessoal na empresa de uma forma
geral?
( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Não tenho opinião
Treinamento e desenvolvimento
O treinamento que a empresa oferece o capacita para desenvolver de forma
adequada seu trabalho
( ) Sim ( ) Não ( ) Não tenho opinião
A empresa das condições de treinamento e desenvolvimento para que você tenha
um aprendizado contínuo?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não tenho opinião
Ambiente de trabalho
Tenho orgulho em trabalhar na empresa
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
Gosto do ambiente de trabalho
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião
3.3 PARAMETRIZAÇÃO
Na etapa de parametrização definimos quais os tipos e resposta e, qual
o parâmetro da nossa pesquisa sobre o que será considerado satisfatório e
insatisfatório. Essa é uma etapa necessária, pois dificilmente conseguiremos
manter um mesmo padrão de opções de resposta. Aliás, o ideal é que a pesquisa
utilize diferentes escalas de resposta, a escala permite que o entrevistado
expresse sua opinião de forma adequada de acordo com a pergunta colocada
(LUZ, 2012).
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4 APLICAÇÃO DA PESQUISA
Agora que já planejamos a pesquisa, definimos quem conduzirá cada uma
das etapas e, principalmente, já temos um instrumento construído, validado e
testado com alguns respondentes, podemos dar início a aplicação da pesquisa.
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FONTE: <http://www.idtech.org.br/principal.
asp?edoc=conteudo&secaoid=168&subsecaoid=168&conteudoid=18918>
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dados, ou percentuais de resposta. Luz (2012) sugere que a tabulação poderá ser
feita a partir de diferentes fontes de dados:
1. Por pergunta
2. Por variável organizacional (assunto)
3. Por conjunto de variáveis
4. Série histórica das variáveis
5. Por região
6. Por diretoria
7. Por departamento
8. Por unidade – fábrica ou loja
9. Por nível hierárquico
10. Por regime de trabalho
11. Por tempo de serviço
12. Por turno de trabalho
13. Por sexo e faixa etária
14. Resultado global – índice de satisfação geral (ISG)
15. Série histórica do ISG
16. Pelas sugestões para tornar a empresa um lugar melhor para se trabalhar.
Filtro de dados
Podemos utilizar as perguntas de abertura do questionário,
como faixa etária, nível de escolaridade setor ou unidade onde o
funcionário está lotado, como filtros para análises cruzadas. Esse
tipo de filtro auxilia a área de RH a identificar problemas pontuais,
por exemplo, o índice de satisfação geral em toda a empresa ficou
em torno de 67%, porém na análise setorial se observou que uma
das unidades o índice de satisfação está abaixo de 30%. Nesse
caso, temos um problema pontual que está relacionado com aquela
unidade, a investigação mais detalhada de outras questões, como:
relacionamento com o gerente, estrutura etc. podem dar mais
indicações do que deve ser um ponto de atenção para a área de RH.
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R.: ____________________________________________________
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____________________________________________________
____________________________________________________
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5 APRESENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DOS RESULTADOS
A etapa de apresentação e divulgação dos resultados finaliza o processo
de pesquisa de clima. A divulgação dos resultados é de suma importância,
pois transmite transparência ao processo e estimula as pessoas a continuarem
participando da pesquisa.
FONTE: A autora
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Capítulo 3 PESQUISA DE CLIMA
FONTE: A autora
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CuLTurA E CLimA OrGANiZACioNAL
FONTE: <http://www.idtech.org.br/principal.
asp?edoc=conteudo&secaoid=168&subsecaoid=168&conteudoid=20034>.
na qualidade do ambiente organizacional. Para Bispo (2006, p. 259) “a Para Bispo (2006,
análise, o diagnóstico e as sugestões, proporcionados pela pesquisa, p. 259) “a análise,
são valiosos instrumentos para o sucesso de programas voltados para a o diagnóstico e
melhoria da qualidade, aumento da produtividade e adoção de políticas as sugestões,
internas”. proporcionados
pela pesquisa,
são valiosos
Por isso, a partir dos resultados da pesquisa é que definimos o instrumentos para
nosso plano de ação, o plano tem como objetivo melhorar os pontos o sucesso de
considerados críticos no diagnóstico do clima. O propósito da pesquisa programas voltados
só se encerra com a definição de planos de ação sobre estes aspectos, para a melhoria da
por isso na etapa de planejamento é importante que os Gestores e qualidade, aumento
da produtividade e
Diretores estejam comprometidos com a pesquisa (FERREIRA, 2016).
adoção de políticas
internas”.
Para que o resultado da pesquisa não caia no esquecimento é
importante que o responsável pelo processo estabeleça, em conjunto
com as lideranças, uma lista de prioridades e de responsabilidades. Também é na
etapa de planejamento que é definido o que é considerado como um ponto crítico,
por exemplo, um índice de insatisfação superior a 60% pode ser o parâmetro para
que o item seja incluído no plano de ação.
5W 2H
A ferramenta 5W 2H pode ser útil para definir uma lista de
atribuições em uma equipe de trabalho. Os 5W se referem as cinco
perguntas (em inglês): 1 (WHAT) o que deve ser feito; 2 (WHO) quem
é o responsável; 3 (WHY) porque deve ser feito ou qual o benefício;
4 (WHERE) onde será feito; 5 (WHEN) quando será feito. Já o 2H
se refere as seguintes perguntas: 1 (HOW) como será feito e 2 (HOW
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TABELA - 5W2H
5W2H WHAT WHO WHY WHERE WHEN HOW HOW MUCH PRAZO
ITEM O QUE QUEM PORQUE ONDE QUANDO COMO QUANTO
Plano de
saúde
Rever Plano
de cargos
R.: ____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
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ALGUMAS CONSIDERAÇÃOS
Nesse capítulo, verificamos as etapas a serem percorridas para a realização
de uma pesquisa de clima. Uma pesquisa tem início com o planejamento, que
requer primeiramente o apoio e aprovação dos Dirigentes da organização, o
planejamento da pesquisa, a escolha da técnica de pesquisa a ser aplicada e
definição das variáveis que vão conduzir a investigação. Nessa primeira etapa,
são tomadas decisões importantes que vão orientar todo o processo.
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REFERÊNCIAS
ALTMANN, Rob. Forecasting your organizational climate. Journal of Property
Management. Chicago: v. 65, n. 4, p. 62-65, julho/agosto de 2000.
GPTW. Great place to work. Passo a passo para aplicar uma pesquisa de
clima na sua empresa. Ebook. Disponível em: https://d335luupugsy2.cloudfront.
net/cms/files/2705/1554985386Passo_a_passo_para_aplicar_uma_pesquisa_
de_clima_na_sua_empresa_v2.pdf. Acesso em: 28 jan. 2020.
GOOS, Christine. Paid Social: The New Focus Group for Brands? ADWEEK, jul.
2018. Disponível em: https://www.adweek.com/digital/paid-social-the-new-focus-
group-for-brands/. Acesso em: 30 out. 2019.
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