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PAGANDA
1ª Edição
Indaial - 2021
UNIASSELVI-PÓS
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
S587p
ISBN 978-65-5646-420-6
ISBN Digital 978-65-5646-421-3
1. Publicidade. - Brasil. II. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
CDD 070
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................5
CAPÍTULO 1
Publicidade e Propaganda: História e Fundamentos................ 7
CAPÍTULO 2
A Atuação do Publicitário........................................................... 53
CAPÍTULO 3
Marketing e a Prática Publicitária........................................... 101
APRESENTAÇÃO
Olá, aluno!
Bons estudos!
C APÍTULO 1
Publicidade e Propaganda:
História e Fundamentos
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes
objetivos de aprendizagem:
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Capítulo 1 Publicidade e Propaganda: História e Fundamentos
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Olá, bem-vindo a nossa obra sobre Publicidade e Propaganda.
Finalizaremos com uma análise dos princípios éticos e legais que regem a
atuação do publicitário, explicitando os principais pontos do código de ética da
profissão. Conheceremos melhor como funciona o CONAR (Conselho de Autorre-
gulamentação Publicitária) e sua função, além de tratarmos dos crimes da relação
de consumo diretamente ligados à prática do publicitário: a publicidade enganosa
e a publicidade abusiva, estipulados pelo Código de Defesa do Consumidor.
Boa leitura.
2 PUBLICIDADE E PROPAGANDA:
ENTENDENDO E DIFERENCIANDO
CONCEITOS
Por que falamos em agências de propaganda, mas os profissionais que tra-
balham nela são chamados de publicitários? Mais ainda, por que os publicitários
que atuam em campanhas políticas são chamados de marketeiros e os profissio-
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Publicidade e Propaganda
Sant’Anna, Rocha Júnior e Garcia (2015, p. 75) propõem que “o termo propa-
ganda tem sua raiz no conceito de propagar, no caso específico, disseminar uma co-
municação, uma ideia, um argumento”. Assim, propaganda pode ser definida como a
propagação de princípios e teorias num contexto mercadológico e pode ser entendida
como a venda de mercadorias e ideias por meio da propagação de suas qualidades e
características, cabendo à propaganda o objetivo de informar e despertar o interesse
de compra e uso nos produtos/serviços por parte dos consumidores.
Para Martins (2020), o termo deriva do latim propagare, que tem o sentido
de semeadura. Semear é colocar as sementes no solo e aguardar o momento da
colheita e não apenas lançá-las ao vento. Não é à toa que um dos primeiros regis-
tros que temos do uso do termo é seu emprego pelo Papa Clemente VII, em 1597,
ao fundar a Congregação da Propaganda, cujo objetivo era propagar a fé católica
pelo mundo, ou seja, disseminar o ideal católico para “colher” fiéis.
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Publicidade e Propaganda
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Capítulo 1 Publicidade e Propaganda: História e Fundamentos
Num plano mais amplo, pode ser considerado como campo de atividade que
visa conquistar a atenção das pessoas, classificação que comporta atividades,
como criação de eventos, realização de feiras, patrocínio, ações de ativação e
flash mobs. Esse tipo de atividade, em senso estrito, é o campo de atividade do
profissional de relações públicas no Brasil.
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Publicidade e Propaganda
FONTE: <http://www.capitaozeferino.com.br/2014/06/bud-hotel-bu-
dweiser-monta-hotel-em.html>. Acesso em: 26 mar. 2021.
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FONTE: <https://oglobo.globo.com/brasil/pt-usou-ratos-para-acusar-tucanos-
-de-corrupcao-em-propaganda-na-tv-15827895>. Acesso em: 26 mar. 2021
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Publicidade e Propaganda
FONTE: <https://www.docvirt.com/docreader.net/docreader.aspx?bib=G-
V_133F&pasta=GV%20133F&pagfis=15>. Acesso em: 26 mar. 2021.
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Capítulo 1 Publicidade e Propaganda: História e Fundamentos
FONTE: <https://www.syfy.com/syfywire/jack-kirby-son-captain-
-america-capitol-riot>. Acesso em: 26 mar. 2021.
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Publicidade e Propaganda
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que esta última merece destaque por conceber a propaganda na forma de campa-
nha, com peças em sequência e objetivo estratégico planejado.
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Publicidade e Propaganda
FONTE: <https://museudapropaganda.com/2018/06/25/le-
ver-anos-50/>. Acesso em: 26 mar. 2021.
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Vale lembrar que na década de 1950 o Brasil passa por um intenso processo
de industrialização no governo de Juscelino Kubitschek e, como resultado direto,
a publicidade viveu seu maior momento de expansão até então. A atividade pu-
blicitária passou a ser regulamentada – tendo seu código de ética oficializado na
década seguinte –, os veículos de comunicação tornam-se mais sofisticados com
o avanço da tecnologia e as verbas destinadas à publicidade aumentam.
No Brasil, essa estratégia será impulsionada pela Jovem Guarda. Para Mar-
condes (2001, p. 43), “o movimento liderado por Roberto Carlos e Erasmo Carlos
baseado no rock é suportado por uma estratégia mercadológica bem planejada,
dando origem a várias marcas e produtos próprios”.
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Em um mundo tão diverso e rico como o nosso, buscar uma teoria cujo enfo-
que e perspectiva são universais é quase impossível. Por isso, não podemos falar
de Teoria da Comunicação, mas sim em Teorias da Comunicação e faz-se neces-
sária a recomendação enfática que o publicitário se dedique ao estudo delas.
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Publicidade e Propaganda
Estudos mostraram que a forma como a fonte é percebida tem forte influência
na forma como a comunicação é recebida. Assim, os publicitários empregam um
processo de seleção cuidadosa do comunicador, de modo que este seja percebi-
do como sábio, confiável e digno. Quando usamos uma celebridade como fonte
da comunicação é importante que ela seja percebida pelo público como tendo
autoridade no assunto em questão. Considere, por exemplo, que um famoso joga-
dor de futebol é percebido como tendo muita autoridade para falar sobre esporte
e desempenho atlético e em determinado grau sobre saúde, contudo, geralmente
não é percebido como tendo autoridade para falar sobre economia, educação ou
ciência. Alternativamente, pode-se empregar a figura de um emissor com o qual o
receptor possa se identificar de alguma forma.
FONTE: <http://portalneuronio.ne10.uol.com.br/2017/02/17/bom-
bril-renova-carlos-moreno/>. Acesso em: 29 mar. 2021.
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Publicidade e Propaganda
FONTE: O autor
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Canal. O canal é o meio pelo qual a comunicação viaja de sua fonte até o re-
ceptor. Historicamente, ele foi classificado em termos da relação emissor/receptor.
A comunicação um a um, também chamada de interpessoal, costuma ser classi-
ficada como canal de comunicação direto, ou seja, aquele que envolve uma co-
municação face a face. As redes de relacionamento social, tais como os amigos,
a família, os vizinhos e os colegas de trabalho são consideradas como canais de
comunicação, embora tenha-se pouco controle sobre o boca a boca.
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Capítulo 1 Publicidade e Propaganda: História e Fundamentos
Ruído. Uma mensagem que passa por um canal está sujeita à influência de
estímulos estranhos e de distração. Esses estímulos interferem na recepção da men-
sagem em sua forma pura e original. Tal interferência e distorção é chamada de ruído.
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Capítulo 1 Publicidade e Propaganda: História e Fundamentos
vel comprador para um modelo, conquista seu interesse listando os atributos po-
sitivos do carro, de modo a criar o desejo no consumidor, culminando o processo
com um convite a fazer a compra.
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Publicidade e Propaganda
Primeiro, uma distinção: onde quer que observemos o homem, desde seus
primórdios até as sociedades atuais, ele sempre será encontrado convivendo com
outros. O homem vive em grupos sociais, inicialmente pequenos, como a família, o
clã e a tribo, expandindo para grupos maiores, como a aldeia, a cidade e o estado.
Propomos aqui uma breve pausa para resgatar um ponto que apresentamos
anteriormente: a importância de uma boa fundamentação teórica para nossa prá-
tica profissional. O documento faz menção aos conceitos de ‘Opinião Pública’ e
‘Comportamento de Massa’ sem defini-los.
O conceito de opinião pública vem sendo debatido há pelo menos cinco déca-
das, em especial quando considerado em sua dimensão política. De modo análogo,
o arcabouço teórico referente ao comportamento de massa trata de um fenômeno
observado em agrupamentos humanos na forma presencial demandando uma revi-
são, ou pelo menos redimensionamento, numa era de redes sociais globais.
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Publicidade e Propaganda
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Capítulo 1 Publicidade e Propaganda: História e Fundamentos
Cabe aqui uma reflexão: o que acontece quando as normas éticas não são
cumpridas? Visto que elas estão no campo da moral, além da censura por seus
pares e por um direcionamento interno, o que impede que as normas éticas sejam
descumpridas? Quando isso ocorre, fatalmente entramos no campo da legislação.
Considere ainda que no tocante às leis, estas tratam o julgamento do ato con-
sumado, a evitação de sua ocorrência incorre no campo do policiamento, conceito
que quando aplicado às ideias, fatalmente entra numa discussão acerca da censu-
ra. Mesmo que se admita que a ação publicitária deve ser legislada, como julgar
uma proposta comunicacional antes de sua veiculação sem incorrer em censura?
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Publicidade e Propaganda
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Capítulo 1 Publicidade e Propaganda: História e Fundamentos
Não é nosso objetivo esmiuçar o código, isso será coberto por outra discipli-
na, mas recomenda-se a sua leitura. O código desenha princípios gerais para a
boa prática publicitária, como respeitabilidade, decência, honestidade, evitação
da exploração do medo, superstição e estímulo à violência, apresentação verda-
deira de informações, proteção à intimidade, os cuidados especiais em anúncios
no tocante às crianças e aos adolescentes.
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Capítulo 1 Publicidade e Propaganda: História e Fundamentos
Na busca por uma adequação dessa relação, a lei inverte o princípio geral da
pressuposição da inocência e do ônus da prova. O que isso significa? Tradicional-
mente, no ordenamento jurídico brasileiro, cabe ao acusador fornecer as provas
da culpabilidade do acusado, ou seja, este é presumido inocente até que se prove
o contrário. No tocante às relações de consumo, os papéis se invertem, cabendo
ao fornecedor a responsabilidade de se provar inocente.
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Publicidade e Propaganda
No meio jurídico há o entendimento de que não há crime sem uma lei que o
defina. A importância do Código de Defesa do Consumidor para a publicidade é que
ele tipifica dois crimes que estão diretamente associados à prática profissional do
publicitário: o código determinará que a publicidade deve ser veiculada de forma
que o consumidor consiga de forma fácil e imediata identificá-la como tal (art. 36) e
tipifica os crimes de Publicidade Enganosa e de Publicidade Abusiva.
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Capítulo 1 Publicidade e Propaganda: História e Fundamentos
FONTE: <https://www.brasil247.com/economia/coca-cola-e-multa-
da-por-publicidade-enganosa>. Acesso em: 3 abr. 2021.
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FONTE: <https://payload.cargocollective.com/1/0/2500/4719040/24_1000.
jpg>. Acesso em: 3 abr. 2021.
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Capítulo 1 Publicidade e Propaganda: História e Fundamentos
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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Neste capítulo, buscamos explicitar a história e os fundamentos da Publicida-
de e Propaganda, articulando a relação entre a prática da publicidade e a evolu-
ção dos mercados de consumo à luz das teorias comunicacionais que embasam
a prática publicitária.
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Capítulo 1 Publicidade e Propaganda: História e Fundamentos
REFERÊNCIAS
BELCH, G.; BELCH, M. Propaganda e promoção: uma perspectiva da
comunicação integrada de marketing. Porto Alegre: Bookman, 2014.
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C APÍTULO 2
A Atuação do Publicitário
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes
objetivos de aprendizagem:
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Capítulo 2 A Atuação do Publicitário
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Vimos no capítulo anterior que a publicidade é uma técnica de comunicação de
massa paga, com a finalidade de fornecer informações, desenvolver atitudes e provo-
car ações benéficas para os anunciantes, geralmente para vender produtos e servi-
ços. Fizemos também um breve levantamento da história da propaganda no Brasil e
apresentamos os princípios éticos e legais que regem a atuação do publicitário.
Bons estudos!
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Publicidade e Propaganda
2 A ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA
PUBLICITÁRIO
Conforme vimos, a organização da comunicação com fins persuasivos é um
processo tão complexo, que acabou por demandar a especialização de diversos
de seus agentes. Nesse sentido, não podemos falar da atuação isolada de uma
agência de publicidade – sendo que ela é parte de uma cadeia complexa de ser-
viços que se integram –, mas, sim, nos reportaremos usando o termo Sistema
Publicitário, mais adequado diante dessa atuação.
A criação e a veiculação de um anúncio exigem do publicitário a habilidade
de conhecer o produto/serviço a ser anunciado, elaborar seu plano estratégico de
comunicação, desenvolver as peças publicitárias, escolher o veículo adequado
que atinge o público certo e empregar diversos instrumentos para medir a eficácia
de sua campanha, tudo isso feito de forma diferenciada, com o objetivo de supe-
rar a apatia, a indiferença e até mesmo a hostilidade do público-alvo.
Com essa breve descrição já é possível elencar alguns agentes que com-
põem esse sistema: a agência de publicidade, o anunciante, a mídia e os fornece-
dores de serviços, contudo, esse sistema pode tornar-se bem mais amplo. Consi-
dere – conforme vimos no capítulo anterior – que com a expansão dos mercados,
das redes de venda, da distribuição e com o desenvolvimento dos supermerca-
dos, shoppings centers e comércio digital, a atuação do publicitário não fica restri-
ta à criação de anúncios para serem veiculados na mídia, mas passa a incorporar
também as estratégias no ponto de venda, o desenvolvimento de embalagens,
bem como a atuação em todas as etapas de busca de informação do consumidor,
sejam elas físicas ou on-line, e o comportamento pós-compra.
Antes de mais nada, portanto, vamos estabelecer que a contrata-
ção de uma agência de propaganda está relacionada a questões
bastante objetivas, mensuráveis e diretamente comprometidas
com os objetivos de negócio da empresa. Nenhum investimento
ou esforço realizado pela empresa é justificável se não for um ins-
trumento eficaz na realização de seus objetivos. Nesse contexto,
a função de uma agência é contribuir efetivamente para que acon-
teça aquilo que seus clientes querem que aconteça. A pergunta
é: como? A principal função de uma agência é gerar propaganda,
essa é sua especialização (RIBEIRO et al., 2003, p. 17).
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Capítulo 2 A Atuação do Publicitário
FONTE: O autor
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Capítulo 2 A Atuação do Publicitário
FONTE: <https://i.pinimg.com/originals/e1/58/79/e15879c2cee1f-
df8a6d79383d04cc315.jpg>. Acesso em: 20 abr. 2021.
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Publicidade e Propaganda
Uma nova gama de termos e nomenclaturas surgiu com o advento dos meios
digitais: banner (anúncio veiculado em um site ou rede), landing page (página que
atua como filtro de público e porta de entrada de visitantes para outras páginas) e
post (publicação em rede digital) são alguns exemplos.
Qualquer que seja o público-alvo de uma comunicação é fundamental que
esta seja planejada. Na maioria das vezes, uma única peça publicitária não aten-
de às necessidades do planejamento de uma ação. Nesse caso, quando se faz
necessária a elaboração de duas ou mais peças, estamos falando de uma campa-
nha de comunicação. As campanhas de comunicação variam em função de seus
objetivos, da comunicação e do público a ser atingido. Seus tipos mais comuns,
segundo Lupetti (2009), são:
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Capítulo 2 A Atuação do Publicitário
FONTE: <https://live.staticflickr.com/5307/5661355505_c88b-
143fc9_b.jpg>. Acesso em: 20 abr. 2021.
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Publicidade e Propaganda
FIGURA 4 – EXEMPLO DE CAMPANHA DE INCENTIVO
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Capítulo 2 A Atuação do Publicitário
A propaganda começa com o cliente. Por ser uma atividade bastante subje-
tiva e com enorme potencial para o bem ou para o mal, a qualidade da propagan-
da dependerá muito da perspectiva do cliente. É fundamental a compreensão do
cliente com relação à função da propaganda e seu grau de profissionalismo.
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Publicidade e Propaganda
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Capítulo 2 A Atuação do Publicitário
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Publicidade e Propaganda
É claro que essa é apenas uma lista sintética dos fornecedores. Quanto
mais estruturado e complexo for o mercado, maior o nível de especialização
e especificidade que se pode encontrar nos fornecedores. Em mercados ma-
duros podemos citar, entre outros, os seguintes fornecedores especializados:
montagem de estandes para feiras, contratação de sósias, confecção de games,
diversos brindes, criação de maquetes, design, sinalização externa e uma ampla
gama de soluções digitais.
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Capítulo 2 A Atuação do Publicitário
encurtador.com.br/aduxH;
encurtador.com.br/mowT0;
encurtador.com.br/bFGR6.
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2.1.1 O Atendimento
O atendimento se envolve com as tarefas de assistência aos clientes da
agência, estudo de suas características, compreensão de seus problemas e a de-
tecção de oportunidades. O planejamento se envolve com os trabalhos e as tare-
fas a serem realizados para a solução desses problemas e/ou o aproveitamento
das oportunidades de comunicação do cliente.
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Capítulo 2 A Atuação do Publicitário
FONTE: <https://wwiinetherlandsescapelines.files.wordpress.
com/2010/10/080305-f-3927p-029.jpg>. Acesso em: 30 abr. 2021.
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Publicidade e Propaganda
• Cliente: o que se precisa ter aqui é uma visão rápida, objetiva e profunda
de quem é o cliente, qual a sua história, os produtos que oferece, sua
filosofia e política e seu organograma.
• Produto/Serviço: no caso de produtos, quais suas características, mar-
cas, embalagem, tamanho, modelos, cores, fragrâncias, sabores etc.
Dependendo do problema de marketing é desejável que se tenham infor-
mações sobre o preço, a distribuição e os pontos de venda do produto,
também é desejável que se conheça o histórico do produto. No caso de
serviços, por não possuírem características físicas per se, mas, sim, es-
pecificações, é desejável uma descrição geral, os rituais de compra, os
benefícios, a imagem atual, as características diferenciadoras, a legisla-
ção específica e os pontos de venda.
• O consumidor: quanto mais conhecermos o público a quem um produto
se destina, maior nossa chance de atingi-lo. Atenção: não confundir pú-
blico-alvo com consumidor, o público-alvo é aquele que se pretende atin-
gir na comunicação (e por isso pertence a uma classe econômica e faixa
etária específicas), o consumidor, por outro lado, como o próprio nome
diz, é todo aquele que consome o produto. Em geral, os consumidores
são descritos por meio de características sociodemográficas (idade, sexo
e classe econômica), psicológicas (como pensa e age), em termos de
hábitos, atitudes e comportamentos.
• Mercado: entendido como o conjunto de compradores em potencial, o
mercado costuma ser definido e dimensionado. Assim é interessante que
se tenham as características gerais deste mercado, seu tamanho, sua
distribuição geográfica, seu estado de evolução e, caso haja sazonalida-
de, uma descrição desta. Idealmente, o cliente deveria informar também
o tamanho de sua participação nesse mercado.
• Concorrência: uma análise de com quem estamos disputando o merca-
do. Servirá como base para o desenvolvimento das estratégias e do ma-
terial criativo. Deve informar quem são os principais concorrentes diretos
e indiretos, as características que os diferenciam em termos de produto/
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Capítulo 2 A Atuação do Publicitário
2.1.2 O Planejamento
Conforme define Santanna (2015), o objetivo global do planejamento é pro-
porcionar soluções práticas, baseadas nos fatos, para problemas específicos de
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FONTE: <https://i.ytimg.com/vi/qEvhmkZTVdM/maxres-
default.jpg>. Acesso em: 30 abr. 2021.
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FONTE: <https://www.youtube.com/watch?v=kB3ANVwu-
n5I&ab_channel=KnorrBrasil>. Acesso em: 3 maio 2021.
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Capítulo 2 A Atuação do Publicitário
3 A ATUAÇÃO PUBLICITÁRIA NA
AGÊNCIA II (CRIAÇÃO E MÍDIA)
Uma vez que o problema do cliente foi devidamente entendido e estruturado
em um briefing e que a estratégia de comunicação foi traçada, chega o momen-
to do desenvolvimento das peças publicitárias, que devem se caracterizar pela
atração e criatividade, bem como a escolha dos veículos mais adequados para a
veiculação da mensagem.
3.1 A CRIAÇÃO
Conforme propõe Martins (2020), o profissional de criação é a pessoa que
se especializou em enxergar o óbvio que ninguém vê, óbvio que faz toda a dife-
rença. O autor considera que a criação nada mais é do que originalidade, ângulo
de abordagem impensado, ponto de vista inédito, que sempre esteve diante dos
olhos de todo mundo, mas ninguém viu.
Santanna (2015) propõe que o trabalho de criação consiste, primeiramente,
em achar uma ideia que sirva de tema ou diretriz para a mensagem que está
sendo trabalhada e, em seguida, saber como apresentar esse tema determinando
através de que gênero de veículo a mensagem deve ser levada de modo mais
rápido ou vantajoso para o consumidor, ou seja, é o responsável por determinar o
que dizer e como dizer.
Conforme afirma Predebon (2004), de modo resumido, o objetivo da mensa-
gem em propaganda é comunicar e persuadir pela razão e/ou pela emoção. A prá-
tica mostra que quando uma empresa deseja sensibilizar o público para que este
acredite em uma proposição que provoque a ação de compra/desejo por um pro-
duto, é muito eficaz utilizar a mensagem publicitária como parte do processo de
persuasão e, nesse sentido, a mensagem de propaganda tem a finalidade maior
de seduzir. Tal sedução pode tornar-se efetiva pela via da razão, com argumentos,
ou pela via afetiva, com atrativos fora do campo racional.
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Publicidade e Propaganda
FONTE: <http://renatozandona.com/wp/wp-content/uplo-
ads/2019/11/nike_thumb.jpg>. Acesso em: 3 maio 2021.
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Capítulo 2 A Atuação do Publicitário
Criatividade não é um dom, mas sim uma postura mental com a vida, que pode
ser adquirida e exercitada, e refere-se a buscar soluções a problemas, postura va-
lorizada nos profissionais de qualquer área. Quando aplicada à propaganda, cria-
tividade não significa a busca por originalidade, mas sim a busca pela solução de
problemas objetivos. Em outras palavras, criatividade refere-se à busca de alterna-
tivas não óbvias para a solução de um problema. Nesse sentido, podemos falar de
criatividade no planejamento de marketing, criatividade no plano de mídia etc.
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Capítulo 2 A Atuação do Publicitário
O redator, além de ser um sujeito criativo, deve ter excelente domínio da lin-
guagem. Esse profissional deve ter clareza em perceber que comunicação não é o
que ele escreve, mas sim o que o público endente. Num país de dimensões como o
Brasil, com fortes aspectos regionais e grande disparidade entre níveis de escolari-
dade, isso implica saber adequar seu discurso. Esse profissional também deve es-
tar sintonizado com tendências linguísticas e, principalmente, ter um ótimo poder de
síntese para dizer de modo claro e eficaz o que precisa ser dito. Para tal, ele deve
conhecer as técnicas de persuasão e convencimento e ter a capacidade de criar
títulos, textos e slogans com criatividade. Com a ascensão das redes sociais, esse
profissional também passou a ter de entender muito sobre produção de conteúdo.
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Publicidade e Propaganda
Neste link, você pode conferir com mais detalhes como se deu
o desenvolvimento da campanha Viajante Mastercard: http://portfolio.
murari.org/tag/mastercard/.
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Capítulo 2 A Atuação do Publicitário
De modo geral, podemos dizer que um profissional de criação deve ser curio-
so, disposto a correr riscos, questionador e observador. Soma-se a isso o trabalho
constante de registro de referências, a busca de fontes de inspiração e o aperfei-
çoamento contínuo.
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Publicidade e Propaganda
3.1.1 O mídia
Vamos agora entender como se dá a atuação do profissional responsável
pela escolha dos veículos a serem utilizados nas campanhas.
Escolher o melhor veículo ou conjunto deles é tarefa que pode ser muito sim-
ples ou extremamente complexa, dependendo do objetivo publicitário que se esti-
ver buscando, da quantidade e especificidades do público-alvo e dos recursos que
dispomos para essa tarefa. O trabalho de seleção dos meios e veículos, a análise
do perfil da audiência e seu comportamento e a definição das estratégias e táticas
a serem empregadas são genericamente chamados de mídia (SAMPAIO, 2013).
Em princípio, todo veículo é útil para determinada função publicitária, sendo mais
ou menos eficiente à medida que for utilizado pela agência.
O problema referente à seleção dos veículos deve ser planejado porque cada
veículo e gênero escolhido possuem natureza e formatos próprios. Em geral, são
levados em consideração na escolha dos veículos sua natureza e formato (TV,
revista etc.), sua circulação/audiência/cobertura, seu preço e suas peculiaridades.
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Capítulo 2 A Atuação do Publicitário
O profissional de mídia tem estado cada vez mais presente durante todo o
processo de desenvolvimento de uma campanha, sendo que, às vezes, ele pode
ser o responsável pela proposta de formatos diferenciados e inéditos, como na
campanha dos Classificados do Jornal da Tarde, ganhadora do bronze do Clube
de Criação, que através de uma moldura simples reproduz o ato de circular classi-
ficados em diversos pontos da cidade.
FONTE: <https://www.clubedecriacao.com.br/pecas/voce-encon-
tra-nos-classificados-jt-3/>. Acesso em: 3 maio 2021.
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Como afirma Lupetti (2009, p. 61), o uso indiscriminado do termo mídia que
fazemos em português pode gerar certa confusão:
A mídia é um dos setores que tem passado por maiores mudanças nas últi-
mas décadas decorrentes do processo de mutação que os meios de comunicação
também têm passado. Conforme os hábitos de consumo de mídia mudam, os
planos das agências e a prática desse profissional têm de se adequar. A última
década testemunhou um progressivo declínio da audiência televisiva, a pulveri-
zação de meios e a ascensão da comunicação por meios digitais e redes sociais.
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Capítulo 2 A Atuação do Publicitário
Fazer um plano de mídia tem se tornado tarefa cada vez mais complexa e
técnica, sendo imprescindível para o sucesso de uma campanha. Está cada vez
mais difícil atingir consumidores de todos os targets. Isso tem forçado o mídia
a adotar uma visão mais abrangente de todo o problema de comunicação dos
anunciantes, passando a contribuir de forma mais estratégica para o processo de
construção de marcas (SAMPAIO, 2013).
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Publicidade e Propaganda
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Capítulo 2 A Atuação do Publicitário
sa maneira, elas apuram tendências e permitem que se atinja uma sintonia fina
com os potenciais públicos. Aqui entram ferramentas, como inteligência artificial e
analytics (CAVALIERI, 2021).
1 Com base no que foi visto até agora, leia as matérias a seguir
que versam sobre a iniciativa da empresa Magazine Luiza, que
passou a disponibilizar em seu app um botão para que mulheres
denunciem a violência doméstica.
encurtador.com.br/tLSVW;
encurtador.com.br/cktAK;
encurtador.com.br/bjqCG.
Baseado nas informações apresentadas, redija dois textos. O
primeiro deve orientar o departamento de criação a desenvolver
uma peça de comunicação informando o público acerca dessa
iniciativa. O segundo deve orientar o departamento de mídia no
que se refere à seleção de veículos.
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Publicidade e Propaganda
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Neste capítulo, buscamos explicitar os processos e as relações profissionais
que regem o sistema publicitário. Num aspecto macro, estas relações referem-
-se à forma como a agência se relaciona com o cliente, seus fornecedores e mí-
dias. Uma vez ativada, a agência busca realizar um diagnóstico dos problemas do
cliente, resumindo seus objetivos de marketing e todas as informações pertinen-
tes num documento interno chamado briefing, que determinará os problemas de
comunicação que a agência deverá resolver.
Como parte final do processo, a agência avalia dentre as mais diversas for-
mas e formatos de mídia aquelas que considera mais adequadas para a sua es-
tratégia, negocia a compra de espaços específicos nestas mídias, fatura para o
cliente e certifica-se de que as compras que fez sejam executadas a contento.
Tudo isso num dinâmico processo que deve ser ajustado a todo momento, depen-
dendo do mercado, dos concorrentes e de fatores imprevistos, compondo o que
chamamos de sistema publicitário.
mente, cabe ao profissional de mídia determinar quais veículos são os mais ade-
quados para o plano de comunicação desenhado, a frequência com que devem
ser utilizados e negociar a compra desses espaços, respeitando a verba determi-
nada pelo cliente.
REFERÊNCIAS
BARRETO, R. Criatividade em propaganda. São Paulo: Summus, 1982.
97
Publicidade e Propaganda
RIBEIRO, J. Tudo que você queria saber sobre propaganda e ninguém teve
paciência de explicar. São Paulo: Atlas, 1989.
98
Capítulo 2 A Atuação do Publicitário
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Publicidade e Propaganda
100
C APÍTULO 3
Marketing e a Prática
Publicitária
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes
objetivos de aprendizagem:
102
Capítulo 3 Marketing e a Prática Publicitária
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
No capítulo anterior, vimos como o sistema publicitário se estrutura, em espe-
cial, na relação entre agência, clientes, fornecedores e mídia. Nos aprofundamos
na atuação publicitária na agência, com ênfase na especialização de papéis nas
áreas de atendimento, planejamento, criação e mídia, suas competências, tarefas
e obrigações. De certo modo, podemos dizer que no primeiro capítulo deste livro
focamos nosso olhar no passado, no segundo capítulo, no presente, neste capítu-
lo, olharemos para o futuro da propaganda.
Para isso, trataremos primeiramente sobre a Comunicação Integrada de
Marketing (CIM), conceito que a cada década ganha mais importância no contexto
produtivo da publicidade, tornando-se a perspectiva dominante do planejamento
de comunicação. Hoje, as expectativas dos clientes são que qualquer plano de
comunicação tenha uma perspectiva abrangente e que considere todos os pontos
de contato do consumidor com a marca como possibilidades de se trabalhar a
comunicação. Apresentaremos, também, o modelo PESO de desenho comunica-
cional (acrônimo para mídia Paid, Earned, Shared e Owned), proposto por Gini
Dietrich, com exemplos de como este modelo de pensamento de mídia deve ser
empregado.
Norteados pela premência da necessidade de alinhamento estratégico entre
ações de comunicação e marketing, daremos atenção a algumas especializações
do marketing que são particularmente propícias para a atuação do publicitário,
tais como: o marketing de relacionamento, cujas ações estratégicas e desenhos
promocionais trazem valor à marca e encantam o consumidor, e o marketing de
ativação, campo de ações específicas em que a publicidade brasileira tem marca-
do presença pela criatividade e inovação. Como exemplo da integração de todas
essas ações, apresentaremos a campanha da Disney para o lançamento do filme
‘Capitã Marvel’ no Brasil.
Na última seção deste livro, lançaremos um olhar para os próximos desafios
da atuação publicitária, em especial para as áreas que têm impacto na estrutura
do processo publicitário, com atenção a tudo aquilo que se refere aos dispositivos
móveis e à captura e tratamento de dados do usuário da internet, traçando um
panorama das mudanças publicitárias que provavelmente ocorrerão na presente
década.
Boa leitura!
103
Publicidade e Propaganda
2 COMUNICAÇÃO INTEGRADA DE
MARKETING
Considere tudo o que vimos até agora, do século passado para cá os mer-
cados passaram por um processo de crescimento, segmentação e estruturação
em todas as suas etapas. Se no ponto de venda dos anos 1900 tínhamos a figura
do dono do pequeno mercado ou empório, que o atendia atrás de um balcão e ia
buscar todos os produtos que você solicitava, passamos por um processo evolu-
tivo no qual emergiram os mercados, os supermercados e os hipermercados, e
agora o consumidor passeia por corredores repletos de produtos, ele mesmo os
manuseia, escolhe o que deseja e coloca no carrinho e, num futuro bem próximo,
também irá passar no caixa, embalar e pagar sozinho.
Nessa mesma linha evolutiva, também passaram as lojas dos mais variados
produtos, avançando para um processo de crescimento na figura das megasto-
res, depois de segmentação com o surgimento de centros comerciais e shopping
centers. Considere, por exemplo, que hoje temos um cenário em que concorrem
empresas que ofertam produtos gerais, como uma padaria que tem pães, doces
e mais uma infinidade de produtos, com lojas hiperespecializadas, como uma loja
especialista na venda de brigadeiros ou bolos. Esse processo evolutivo mudou a
forma como nos relacionamos com produtos e marcas, dando mais destaque ao
papel da embalagem e da localização dos produtos, bem como da própria am-
bientação da loja.
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Capítulo 3 Marketing e a Prática Publicitária
Confira este vídeo feito pela Fundação Padre Anchieta sobre a em-
presa: https://www.youtube.com/watch?v=WZME7yrM5g4&ab_chan-
nel=JornalismoTVCulturaJornalismoTVCultura.
Tudo isso pode ser entendido como uma ótima notícia pela ótica do consumi-
dor, contudo, para aqueles que ofertam produtos e concebem mensagens sobre
eles, um problema se coloca: como se diferenciar, criar valor e se comunicar com
esses consumidores?
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Publicidade e Propaganda
Confira este resgate histórico feito pelo jornal Meio & Mensa-
gem sobre a trajetória da marca nos últimos 20 anos. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=qvUS63mgMZM&ab_channel=-
Meio%26Mensagem.
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Capítulo 3 Marketing e a Prática Publicitária
FONTE: <https://acontecendoaqui.com.br/propaganda/skol-puro-mal-
te-comanda-churrasco-na-laje>. Acesso em: 2 ago. 2021.
Não adquirimos nossas impressões acerca de uma marca apenas por conta
de um contato com ela ou de uma mensagem publicitária, nossa percepção acer-
ca das coisas é um somatório de diversas interações e contatos com essas coi-
sas. No caso de uma marca, tais contatos incluem a forma como somos atendidos
pelos vendedores, a comunicação boca a boca acerca do produto, a imagem da
empresa, a embalagem do produto, seus serviços de atendimento ao consumidor,
as promoções feitas pela empresa, o que se fala dela na imprensa, os eventos
que patrocina, seu merchandising e, é claro, sua publicidade, todos estes soma-
dos.
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Publicidade e Propaganda
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Capítulo 3 Marketing e a Prática Publicitária
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Publicidade e Propaganda
Esse modelo surgiu como uma correção de rota do modelo tradicional, que pen-
sava a mídia como canais e, consequentemente, colocava o foco em ações de mídia
paga – campo da propaganda –, e na mídia conquistada – campo das relações públi-
cas –, ignorando os crescentes campos de mídia compartilhada e conquistada.
Uma das primeiras propositoras dessse modelo foi Gini Dietrich, em 2014,
no livro intitulado Spin Sucks: communication and reputation management in the
digital age (sem tradução para o português). O modelo atende às demandas da
CIM, ao mesmo tempo que compreende as mudanças comunicacionais oriundas
da convergência digital.
FONTE: O autor
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Capítulo 3 Marketing e a Prática Publicitária
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Publicidade e Propaganda
FONTE: O autor
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Capítulo 3 Marketing e a Prática Publicitária
seus elementos fundamentais, como espaço de loja e fachada, podem ser usados
como suporte em ações de comunicação. Tome por exemplo a campanha “Mé-
qui”, desenvolvida pela agência DPZ&T, que se utilizou da fachada de determi-
nadas lojas para reforçar o conceito sendo trabalhado na propaganda tradicional,
além das bandejas e embalagens do hambúrguer.
FONTE: <https://www.meioemensagem.com.br/home/comunicacao/2019/09/11/mc-
donalds-espalha-seus-apelidos-por-todo-o-brasil.html>. Acesso em: 3 ago. 2021.
Qualquer deslize nesse novo cenário digital tem potencial de tornar a ação
de comunicação um fenômeno viral que compromete a marca. Tomemos como
exemplo o caso da cerveja Heineken, que no dia 20 de março de 2021 publicou
em uma de suas redes sociais uma mensagem de apoio ao ‘Dia Mundial sem Car-
ne’, convidando os consumidores a comerem mais alimentos verdes.
113
Publicidade e Propaganda
Por ser uma postagem institucional, a mensagem foi percebida como um po-
sicionamento da empresa contra a cadeia produtiva agropecuarista, que entendeu
que ao estimular a diminuição do consumo de carne, a Heineken atinge toda a ca-
deia agropecuária, setor do qual faz parte, uma vez que as matérias-primas da cer-
veja são oriundas do campo (CANAL RURAL, 2021). Consumidores descontentes
começaram a produzir conteúdo em que despejavam a cerveja no ralo, levando a
empresa a produzir uma nova comunicação readequando seu posicionamento.
FONTE: <https://www.canalrural.com.br/noticias/cerveja-sem-car-
ne-reacao-negativa-agro/>. Acesso em: 3 ago. 2021.
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Capítulo 3 Marketing e a Prática Publicitária
Considere ainda que grande parte das stores digitais, como a Amazon, o
Submarino, o Google Play e a Apple Store, incorporam ferramentas em que os
consumidores podem falar livremente acerca dos produtos e avaliar os serviços
recebidos. Aliás, existe toda uma categoria de serviços digitais focados no com-
partilhamento de informações geradas por usuários, como a página Reclame Aqui
(https://www.reclameaqui.com.br/) para manifestações de descontentamento de
consumidores.
FONTE: <https://effie.com.br/cases-vencedores/2020/me-
qui-1803/>. Acesso em: 3 ago. 2021.
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Publicidade e Propaganda
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Capítulo 3 Marketing e a Prática Publicitária
FONTE: <https://www.akqa.com/work/google-arts-cultu-
re/offside-museum/>. Acesso em: 3 ago. 2021.
Nas redes sociais, a mídia paga passou a ser chamada por eufemismos, como
‘postagem patrocinada’ ou ‘conteúdo promovido’. Independentemente da designa-
ção, são conteúdos pagos que recebem um espaço de destaque nas plataformas.
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Capítulo 3 Marketing e a Prática Publicitária
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3 ESPECIALIZAÇÕES DO
MARKETING
Conforme vimos, o processo de comunicação publicitária está subordinado a
um processo mais amplo e abrangente, que é o plano estratégico de marketing.
É o marketing que a partir de suas premissas estratégicas irá gerir o composto de
ferramentas, geralmente chamado de ‘mix de marketing’, no intuito de criar valor.
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Capítulo 3 Marketing e a Prática Publicitária
como no clássico exemplo de produtos que custam 99 e não 100. Além disso, na
relação de consumo há amplo espectro de preços que atendem a diferentes con-
sumidores. Considere, por exemplo, que, em alguns casos, temos consumidores
dispostos a pagar um preço mais elevado para terem a possibilidade de adquirir
um produto antes de todos (pré-venda).
De forma sintética, podemos dizer que toda vez que o consumidor considera
adquirir um produto ele faz uma avaliação mental, em que considera todos os
benefícios que percebe obter e subtrai todos os custos que percebe incorrer. Se o
resultado desta análise for positivo, ele ‘vê valor no produto’.
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FONTE: <https://www.meuproprionegocio.net.br/wp-content/uploads/2019/06/co-
mo-montar-uma-loja-de-conveni%C3%AAncia.jpg>. Acesso em: 3 ago. 2021.
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Capítulo 3 Marketing e a Prática Publicitária
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Publicidade e Propaganda
3.1 MARKETING DE
RELACIONAMENTO
O marketing de relacionamento compreende que cada vez mais os objetivos
do marketing deverão desenvolver relacionamentos profundos e duradouros com
todas as pessoas ou organizações que podem direta ou indiretamente afetar o
sucesso das atividades de marketing da empresa. Assim, “o marketing de rela-
cionamento tem como meta construir relacionamentos de longo prazo” (KOTLER;
KELLER, 2006, p. 16).
Sua relação com a atuação do publicitário parte de uma constatação empíri-
ca: considere todo o esforço realizado por uma campanha publicitária no sentido
de conquistar a atenção do público, despertar seu interesse e desejo em um pro-
duto e motivá-lo a ir até o ponto de venda e adquiri-lo. É ilusório acreditar que uma
vez que isso tenha ocorrido se tenha cativado o consumidor a ponto de que este
repita o ato da compra com frequência e que passe a estar imune a ações dos
concorrentes tentando capturá-lo. Se nada for feito no sentido de tentar criar ca-
nais de relacionamento com o consumidor é bem provável que teremos de iniciar
novamente esse ciclo de investimentos para convencê-lo a retornar.
Em bom português: sai muito mais caro conquistar clientes do que manter
clientes que já possuímos fidelizados. Dessa constatação nasce a compreensão
de que é necessário um esforço ativo por parte do marketing no sentido de se re-
lacionar com os consumidores.
124
Capítulo 3 Marketing e a Prática Publicitária
Como temos visto neste livro, o comércio vem passando por um longo pro-
cesso de aprimoramento. No começo do século passado, ele consistia basica-
mente de pequenos mercados, onde o consumidor era atendido no balcão e o
relacionamento era feito pessoalmente pelo dono do estabelecimento (que por
meio de uma caderneta de anotações conseguia dimensionar a lucratividade dos
clientes), que podia oferecer descontos, mimos e agrados.
Com o tempo, tem-se um banco de dados com informações que podem ser
trabalhadas de modo a identificar padrões. Por exemplo, ao constatar por meio do
seu histórico que o cliente faz compras mensalmente e que sempre leva um fardo
com seis cervejas (six pack) e que o seu período habitual de compras está pró-
ximo ou já passou, é possível preparar uma oferta específica para este usuário,
estimulando-o a retornar à loja e fazer a compra – que tal oferecer um desconto
na compra do fardo de suas cervejas preferidas? Esta é essencialmente a lógica
que permeia as ações de CRM.
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Publicidade e Propaganda
FONTE: <https://emalta.com.br/wp-content/uploads/2020/08/pao-de-a-
cucar-mais-vale-a-pena-810x486.jpg>. Acesso em: 3 ago. 2021.
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Capítulo 3 Marketing e a Prática Publicitária
FONTE: <https://play.google.com/store/apps/details?id=-
com.iguatemi.one>. Acesso em: 3 ago. 2021.
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Publicidade e Propaganda
para os usuários – chamado de espaço longe –, salas de reuniões para até oito
pessoas, convites para eventos exclusivos (como assistir a desfiles e shows), um
concierge e um personal shopper para ajudá-los nos processos de compra. Estas
ofertas baseiam-se em características hedônicas, visando estimular e criar uma
sensação de prestígio no público-alvo.
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Capítulo 3 Marketing e a Prática Publicitária
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FONTE: <https://www.b9.com.br/104282/wappa-vai-distribuir-condutores-uri-
narios-da-fleurity-no-carnaval-de-sao-paulo/>. Acesso em: 3 ago. 2021.
Como último exemplo de ativação no carnaval, o aplicativo Tinder patrocinou
um camarote no carnaval de Salvador com a proposta de promover a interação
entre pessoas com o jogo ‘Dados do Match’, no qual os participantes ganhavam
um colar exclusivo do Tinder para ostentar no carnaval. Quem passasse pelo es-
paço e postasse uma foto com a hashtag #carnatinder ou atualizasse seu perfil
no aplicativo com fotos tiradas por lá, ganhava uma bandana e óculos de sol per-
sonalizados (numa ação cruzada de ativação e digital). No camarote do evento,
promotores distribuíam adesivos com frases como: ‘solteiro sim, sozinho nunca’ e
‘hoje vai ter ousadia’.
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Capítulo 3 Marketing e a Prática Publicitária
FONTE: <https://www.almanaquedacultura.com.br/eventos/carna-
val/com-mariana-xavier-como-cupido-tinder-e-cocreators-gravam-
-reality-no-camarote-salvador/>. Acesso em: 3 ago. 2021.
FONTE: <https://cdn.saocarlosagora.com.br/upload/dn_noticia/2019/03/poster-filme-ci-
nema-d-nq-np-635343-mlb28865944884-122018-f.jpg>; <https://vivariomarrecife.com.br/
wp-content/uploads/2019/03/combo-capit%C3%A3-marvel.jpg>. Acesso em: 3 ago. 2021.
Como parte da dimensão criativa, norteado pelo fato de o filme ser ambien-
tado em um passado próximo, na década de 1990, o site do filme é trabalhado de
modo a emular a estética das páginas antigas da internet, com toda a sua polui-
ção visual e irritante fundo musical em loop contínuo, característicos da época.
A dimensão mídia conquistada é abordada com ações de divulgação que en-
volvem os atores, como a visita da atriz principal, Bree Larson, ao Brasil para a
divulgação do filme e sua aparição ‘surpresa’ na sessão de pré-estreia do filme
(ISTO É, 2019).
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Capítulo 3 Marketing e a Prática Publicitária
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Publicidade e Propaganda
FONTE: <https://istoe.com.br/brie-larson-repercute-video-de-claudia-
-leitte-fantasiada-de-capita-marvel/>. Acesso em: 3 ago. 2021.
A Disney também fez uma parceria com a Maurício de Sousa Produções in-
centivando o projeto ‘Donas da Rua’, que resultou numa das personagens femini-
nas mais poderosas do Brasil vestida de Capitã Marvel.
FONTE: <https://tecnoblog.net/meiobit/398505/monica-se-ves-
te-de-capita-marvel/>. Acesso em: 3 ago. 2021.
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Capítulo 3 Marketing e a Prática Publicitária
FONTE: <https://www.radiopositivaweb.com.br/noticias/marvel-doara-r-1-por-ca-
da-foto-de-gatinho-com-a-hashtag-gooseogato/>. Acesso em: 3 ago. 2021.
Como resultado da somatória dessas ações, a produção alcançou o sexto
lugar entre os filmes de maior faturamento no Brasil no ano, arrecadando mais de
R$ 140 milhões, ganhando também o prêmio Marketing Best em 2020.
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Publicidade e Propaganda
4 MUDANÇAS E TENDÊNCIAS DO
MERCADO PUBLICITÁRIO
Após a virada do milênio, o consultor de marketing e divulgador do conceito
de Posicionamento, Al Ries, escreveu com sua filha, Laura Ries, a obra intitulada
A Queda da Propaganda, lançada em 2002. Nela, os autores defendiam o que
acreditavam ser o inexorável processo de declínio da propaganda massiva tra-
dicional e a ascendência do trabalho de Relações Públicas. De forma resumida,
Ries e Ries (2002) defendiam que a despeito dos aspectos artísticos e criativos
característicos da propaganda, empregados para alterar a percepção do público
acerca das marcas e efetivamente incrementar as vendas, a propaganda carecia
de um conceito fundamental: a credibilidade com o público.
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Capítulo 3 Marketing e a Prática Publicitária
Em sua obra, Cappo (2003) se dedicará a analisar os impactos que essa mu-
dança de foco terá nas estruturas e modos funcionais da propaganda, tais como
o declínio dos modelos tradicionais de mídia, a diluição do processo criativo, a
inexistência de separação entre mídias tradicionais e alternativas (na época cha-
madas de Above the Line e Below the Line) e a necessidade de integração e ino-
vação nos modos de se fazer propaganda.
Avaliadas com os conhecimentos que temos hoje, quase duas décadas de-
pois de suas publicações, podemos constatar que ambas têm alto grau de acerto
em suas generalidades, mas que perdem relevância quando entram em especifi-
cidades, evidenciando as dificuldades de qualquer processo preditivo em que se
turvam as barreiras entre a previsão e a futurologia.
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Publicidade e Propaganda
Também podemos considerar como certo que essa transição digital será con-
duzida pelo que Scott Galloway (2017) chamou de ‘os quatro grandes’: Facebook,
Apple, Amazon e Google – com a possibilidade da emergência de um quinto gi-
gante de origem chinesa –, que cada vez mais irão moldar e dominar mercados,
ditando os modos produtivos. É nessa esteira que a comunicação publicitária con-
tinuará a estar sob o guarda-chuva de grandes holdings, em especial, os da WPP,
Publicis, Omnicom e Interpublic.
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Capítulo 3 Marketing e a Prática Publicitária
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Publicidade e Propaganda
função, 46% afirmam que usam a internet para comprar e receber produtos em
casa, 43% para estudar e 36% para procurar especificações de produtos antes de
comprá-los (GRUPO DE MÍDIA, 2020).
Focando exclusivamente na ótica do comportamento do consumidor, conse-
guimos delinear duas grandes mudanças em curso. A primeira delas é na forma
como se consome mídia, considerando que o celular é o dispositivo primordial de
acesso à rede dos brasileiros, sua capacidade de integrar diferentes mídias nos
obriga a rever toda a jornada de consumo.
Concomitantemente no cenário digital, as redes, em especial, estimularam
nos consumidores o desejo de acessar, compartilhar, filtrar, remixar e interagir
com marcas e produtos cada vez maiores, o que considerando a verve criativa do
publicitário é uma boa notícia no sentido de que enseja incontáveis possibilidades
de atuação (KELLY, 2017).
A grande questão que se desenha – e motivo de preocupação de muitos
estrategistas – é no que tange à busca de informações sobre produtos por parte
dos consumidores. Galloway (2017) defende que as grandes lojas digitais, em
especial a Amazon, estão gradativamente deseducando os consumidores a com-
prarem produtos por marcas, o que é uma péssima notícia para os profissionais
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Capítulo 3 Marketing e a Prática Publicitária
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Publicidade e Propaganda
FONTE: O autor
FONTE: <https://www.idealmarketing.com.br/blog/wp-content/uploads/2019/07/
cauda-longa-causa-longa-1024x520.png>. Acesso em: 3 ago. 2021.
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Capítulo 3 Marketing e a Prática Publicitária
FONTE: <https://oglobo.globo.com/ela/gente/gabriela-pugliesi-perde-patrocinios-de-
pois-de-festa-na-pandemia-deboche-nas-redes-24395695>. Acesso em: 3 ago. 2021.
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Publicidade e Propaganda
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Capítulo 3 Marketing e a Prática Publicitária
FONTE: <https://exame.com/tecnologia/o-facebook-sabe-quando-vo-
ce-vai-assumir-um-relacionamento/>. Acesso em: 3 ago. 2021.
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Publicidade e Propaganda
No caso específico do Brasil, talvez a mais importante tenha sido a Lei Geral
de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), criada em 2018 e passando a vigorar
em 2021, que demanda que empresas e órgãos públicos mudem a forma de cole-
ta, armazenamento e uso de dados das pessoas. Pela nova legislação, o usuário
tem o direito de consultar gratuitamente quais dos seus dados as empresas têm
e até pedir a retirada deles do sistema. Consequentemente, as empresas estão
tendo de se adaptar a essa nova legislação, inclusive, no campo da comunicação
(BRASIL, 2018).
Nosso ponto é: estão em curso mudanças nos dois pilares que sustentam o
redesenho do processo comunicacional e das estratégias de marketing correntes,
que são o uso de celulares e os dados do consumidor. Decorrente disso, todos
os processos que deles dependem tem de ser revistos, o que abre um imenso
campo de oportunidades e/ou ameaças para o campo de atuação profissional da
publicidade.
Para concluir, o desenho conceitual que fizemos para apontar as mudanças
e as tendências do mercado publicitário é propositalmente amplo de modo a con-
tinuar relevante nos anos que virão, objetivando apontar caminhos e não prever
soluções.
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Capítulo 3 Marketing e a Prática Publicitária
Textos:
https://resultadosdigitais.com.br/agencias/lei-geral-de-protecao-
-de-dados/;
https://www.migalhas.com.br/depeso/342444/data-driven-publici-
ty-impactos-da-lgpd-na-publicidade-online.
Vídeos:
https://www.youtube.com/watch?v=E-Jw1fSUkf0&ab_chan-
nel=Brasscom;
https://www.youtube.com/watch?v=-ziciyDjxDI.
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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Neste capítulo, buscamos apresentar as mudanças em curso na prática pu-
blicitária, em especial, aquelas alinhadas às crescentes demandas de fundamen-
tação estratégica e base de marketing, de modo a compreender o impacto que
terão na forma como o sistema publicitário se articula.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018. Lei Geral de Proteção de
Dados Pessoais (LGPD). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm. Acesso em: 11 ago. 2021.
CANAL RURAL. Marca de cerveja pede dia sem carne, gera reação negativa
no agro e depois recua. 2021. Disponível em:
https://www.canalrural.com.br/noticias/cerveja-sem-carne-reacao-negativa-agro/.
Acesso em: 3 ago. 2021.
CARR, N. The Shallows. What the internet is doing to our brains. New York:
Norton, 2011.
148
Capítulo 3 Marketing e a Prática Publicitária
GALLOWAY, S. The Four. The Hidden DNA of Amazon, Apple, Facebook and
Google. New York: Penguim, 2017.
KAPLAN, A. If you love something, let it go mobile: Mobile marketing and mobile
social media 4x4. Business Horizons, v. 55, 2012.
KOTLER, P.; KELLER, K. Administração de marketing. São Paulo: Prentice Hall, 2006.
149
Publicidade e Propaganda
STEPHENS- DAVIDOWITZ, S. Everybody lies. Big data, new data and what
internet can tell us about who we really are. New York: Harper Collins, 2017.
150