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Publicidade e Propaganda
Prof. Luís Augusto Zillmer Cardoso
Indaial – 2020
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Prof. Luís Augusto Zillmer Cardoso
C268t
ISBN 978-65-5663-038-0
CDD 659.1
Impresso por:
Apresentação
A comunicação é elemento fundamental para os seres humanos. Afinal,
em tudo o que fazemos, desde o nascimento até o fim de nossos dias, utilizamos
a comunicação. Este costuma ser um dos motivos pelos quais a comunicação
torna-se tão atraente para ser estudada.
Para tanto, iniciaremos este livro didático com uma noção geral dos
conceitos de comunicação, a comunicação de massa e as áreas de formação
dos profissionais, que atualmente divide-se em publicidade e propaganda,
relações públicas e jornalismo, e das possibilidades de estudo nos cursos tec-
nólogos em comunicação institucional.
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
UNI
V
VI
LEMBRETE
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
VII
VIII
Sumário
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO.........................................................................1
IX
TÓPICO 2 – ÁREAS DE ATUAÇÃO NO MERCADO PUBLICITÁRIO.......................................93
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................................93
2 O SÍMBOLO DA PUBLICIDADE E AS FUNÇÕES DO PROFISSIONAL................................93
3 ÁREAS DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL E MERCADO DE TRABALHO........................98
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................108
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................109
X
3 NOVAS POSSIBILIDADES DE RELAÇÕES PÚBLICAS COM O USO DA INTERNET....210
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................218
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................220
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................222
XI
XII
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
COMUNICAÇÃO E COMUNICAÇÃO DE
MASSA
1 INTRODUÇÃO
Em nosso cotidiano, utilizamos a comunicação para nos expressarmos,
atingirmos nossos objetivos e influenciarmos os outros a fazerem o que deseja-
mos. Como elemento essencial aos seres humanos, precisamos iniciar pelos con-
ceitos de comunicação e processo de comunicação.
3
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
FONTE: O autor
4
TÓPICO 1 | COMUNICAÇÃO E COMUNICAÇÃO DE MASSA
5
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
6
TÓPICO 1 | COMUNICAÇÃO E COMUNICAÇÃO DE MASSA
TUROS
ESTUDOS FU
Como nos lembram Sant’Anna, Rocha Júnior e Garcia (2013), os sinais transmiti-
dos pelos códigos somente terão significado se o receptor souber interpretá-los. Você estuda-
rá mais sobre isso em outras disciplinas do curso como Teorias da Comunicação e Semiótica.
7
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
8
TÓPICO 1 | COMUNICAÇÃO E COMUNICAÇÃO DE MASSA
9
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
NOTA
No entanto, eles alertam que não é porque utilizamos esses meios de co-
municação que necessariamente ela será considerada de massa. Podemos entender
melhor essa diferença a partir da própria explicação feita por eles a esse respeito:
10
TÓPICO 1 | COMUNICAÇÃO E COMUNICAÇÃO DE MASSA
O que eles querem nos dizer sobre isso, de fato, é que não são os componen-
tes técnicos que determinam se uma comunicação se caracteriza como de massa ou
não. O que determinará isso será a natureza da audiência, da experiência comunica-
dora e do comunicador.
Por essa razão, Sant’Anna, Rocha Júnior e Garcia (2013) entendem o conceito
de comunicação de massa como aquela dirigida para uma audiência relativamente
grande, heterogênea e anônima e que pode ser caracterizada como pública, rápida e
transitória.
Assim, o termo massa usado por Sant’Anna, Rocha Júnior e Garcia (2013, p.
3-4) são descritos a partir de quatro componentes sociológicos que caracterizam a
massa. São eles:
11
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
12
TÓPICO 1 | COMUNICAÇÃO E COMUNICAÇÃO DE MASSA
A HISTÓRIA DA PUBLICIDADE
13
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
Anúncio
15
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
16
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• O processo de comunicação pode ser entendido como quem diz o quê através
de que canal e com que efeito.
• Existem quatro condições essenciais para que uma mensagem seja eficaz: o conheci-
mento do código, o uso do mesmo repertório, a capacidade de tornar comum a in-
formação e que o receptor compreenda a mensagem transmitida de maneira correta.
17
AUTOATIVIDADE
18
3 Considerando o modelo sistêmico do processo de comunicação e adaptan-
do-o à comunicação mercadológica, avalie as asserções a seguir:
4 Para que uma comunicação seja eficaz, é necessário satisfazer a quatro con-
dições essenciais. Nesse sentido, avalie as asserções a seguir e a relação pro-
posta entre elas.
I- O sistema linguístico deve ser dominado tanto pelo emissor como pelo re-
ceptor da mensagem.
PORQUE
19
20
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Alguns termos utilizados em marketing e comunicação costumam gerar con-
fusão ou têm significados e práticas bastante diferentes. É muito comum as pessoas
se referirem à propaganda como marketing ou ainda usarem os termos publicidade
e propaganda.
Ainda nesse ambiente, a economia aparece como um sistema que estuda es-
sas relações de troca e o marketing e a comunicação funcionam como elementos do
sistema empresarial. Esses conceitos foram trabalhados na parte inicial da disciplina.
21
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
22
TÓPICO 2 | AS ÁREAS DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
Das quatro funções apresentadas, e das quais não estabelecemos a sua res-
ponsabilidade, foi justamente a de marketing. Isso foi propositalmente feito porque
temos interesse em saber o que significado de marketing e suas atribuições em uma
organização.
23
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
DICAS
25
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
26
TÓPICO 2 | AS ÁREAS DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
• Marketing.
• Jogos digitais.
• Comunicação assistiva.
• Design de animação.
• Design de produto.
• Design gráfico.
• Fotografia.
• Produção audiovisual.
• Produção fonográfica.
• Produção multimídia.
• Produção publicitária.
Mesmo com toda essa noção sobre a comunicação social e habilitações dos
cursos, você ainda deve estar se questionando por que a área de propaganda vem
sempre com os termos publicidade e propaganda associados.
27
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
Dos dois conceitos, Sant’Anna, Rocha Júnior e Garcia (2013, p. 60) con-
cluem que:
28
TÓPICO 2 | AS ÁREAS DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
Como nos lembra Gobe et al. (2004), a propaganda é toda forma de comuni-
cação paga em que o patrocinador (aquele que paga) pode ser identificado, enquanto
a publicidade é toda forma de comunicação não paga e obtida de maneira indireta.
29
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
É PUBLICIDADE OU PROPAGANDA?
30
TÓPICO 2 | AS ÁREAS DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
Não existe uma explicação definitiva, sobre como se consolidou esta con-
fusão no Brasil, onde se adotou o uso da palavra propaganda como sinônimo
(equivocado) de publicidade. Talvez -- e muito provavelmente -- a “culpa” seja
dos próprios publicitários, nos tempos da Segunda Guerra Mundial, quando
aqui chegaram as grandes agências norte-americanas, junto com as primeiras
grandes marcas multinacionais e a propaganda antinazista, propaganda comu-
nista, nazista e fascista, propaganda pró-aliados e propaganda pró-América...
31
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
Quem leu Mein Kampf, de Adolf Hitler, que tem um capítulo muito
bem elaborado sobre a propaganda? Deveriam ler. Não para se tornarem na-
zistas, é claro. Mas para aprender mais.
32
TÓPICO 2 | AS ÁREAS DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
33
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
Com a globalização e a internet, não tem jeito. Mais de 70% das co-
municações comerciais mundiais na web são em inglês. As maiores agências
e grupos de comunicação estão nos Estados Unidos e Reino Unido, com al-
gumas exceções na França e Japão. Então, não podemos continuar errados.
34
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
35
• A função da propaganda é apoiar as vendas e não pode ser responsabilizada uni-
camente por elas, pois depende de outros elementos como produto, preço e praça.
36
AUTOATIVIDADE
PORQUE
II- O volume de vendas de uma empresa depende das suas ações organizacio-
nais nas áreas comercial, produtiva e financeira.
37
3 A comunicação social, para efeitos de estudo, está dividida em áreas ou habi-
litações. Essas habilitações são as técnicas que demarcam os conhecimentos e
habilidades necessárias à execução das atividades. A habilitação da comuni-
cação social que possui como objetivo o equilíbrio da identidade e da imagem
de uma organização e que trabalha diretamente com a opinião pública é:
38
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Toda sociedade está estruturada em grupos de pessoas que compartilham
necessidades, desejos e também estilos de vida. Além daquilo que é essencial à
vida, as pessoas consomem produtos e serviços pelo seu valor simbólico (status).
Por essa razão, estudaremos, neste tópico, a relação existente entre as ati-
vidades de comunicação social com a divisão da sociedade em classes sociais.
Aprenderemos os conceitos e componentes que dividem as camadas de pessoas
em classes em uma sociedade.
Por outro lado, existem produtos e serviços que atendem à mesma neces-
sidade e que são mais baratos, com menos luxo ou componentes e com marcas
mais comuns entre as pessoas justamente pela facilidade de acesso.
39
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
Uma classe social pode ser entendida como uma forma estruturada na
qual as pessoas assumem posições específicas em uma sociedade. Essa estrutura
influencia fortemente o comportamento das pessoas e o consumo, como nos di-
zem Samara e Morsch (2005, p. 66):
40
TÓPICO 3 | CLASSES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO SOCIAL
• Escolaridade.
• Ocupação.
• Área de residência.
• Tipo de residência.
• Fonte de riqueza.
A clareza sobre a classe social das pessoas está relacionada aos seus com-
portamentos e hábitos de consumo, aos valores nos quais acredita e principal-
mente na relação que mantém com o dinheiro disponível.
Podemos evidenciar isso pelo fato de que a demanda das pessoas por
bens e serviços depende da possibilidade e da disponibilidade para comprar.
Como nos lembra Solomon (2011), algumas compras tendem a ser estáveis, en-
quanto outras podem ser adiadas.
Nesse contexto, podemos perceber que a renda não se enquadra como o úni-
co critério possível para determinação dos indivíduos de uma determinada classe.
Mas, então, como poderemos estabelecer a classe social a que uma pessoa pertence?
41
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
Assim, mesmo que o cidadão não pertença àquela classe que ele mesmo
acredita, não há outra maneira de medir a sua classe sócia. Por esse motivo, essa
abordagem é chamada de subjetiva, pois a pessoa usa sua consciência para defi-
nir que pertence a determinada classe.
DICAS
Você sabia que existe uma diretriz proposta pela Associação Brasileira de Em-
presas de Pesquisa (ABEP) para classificação e padronização socioeconômica no Brasil?
Essas diretrizes são denominadas de Critério Brasil de Classificação Econômica e servem
como uma forma de medir o poder de compra da população, levando em consideração
aspectos da estrutura física da residência, bens de consumo e escolaridade. O aspecto
econômico possui menor peso na determinação da classe social proposta pelo Critério
Brasil. Saiba mais no documento disponível no site da ABEP em: http://www.abep.org/
criterio-brasil.
42
TÓPICO 3 | CLASSES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO SOCIAL
Dessa forma, todas as pessoas são questionadas a respeito dos elementos que
compõem as variáveis para determinação da classe social do indivíduo. Esse processo de-
manda investimentos significativos em dinheiro, tempo e uma metodologia adequada.
Essa afirmação está baseada em Karsaklian (2014), que também nos lem-
bra que Marx identificava e analisava apenas três classes na sociedade: os operá-
rios assalariados; os capitalistas; e os proprietários. Porém:
43
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
44
TÓPICO 3 | CLASSES SOCIAIS E COMUNICAÇÃO SOCIAL
Para ilustrar tudo isso de que estamos tratando, recorreremos a uma si-
tuação hipotética de duas pessoas rendas próximas, mas com gostos e estilos de
vida e preferências bastante diferentes. Podemos exemplificar com o caso de um
herdeiro de uma fortuna e um pedreiro.
Nos parece evidente a diferença de renda entre eles, não é mesmo? Mas
para termos certeza de que a renda não é única variável que os diferencia e os
coloca em classes sociais diferentes, vamos nos aprofundar em outros aspectos.
45
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
Já o pedreiro, por sua vez, deverá ter preferência por músicas mais popula-
res, participe mais de encontros familiares e com amigos em ambientes mais sim-
ples, e não seja assíduo frequentador de cinema, teatro ou restaurantes mais finos.
Viu como não é apenas a renda de nos diferencia entre classes sociais? O
mesmo acontece com as nossas referências e líderes formadores de opinião. Can-
tores, artistas e personagens nos aproximam mais de uma ou outra classe social.
É por essa razão que Limeira (2008), nos ensina quais são os fatores que
impactam a efetividade da comunicação, em especial a propaganda, com os di-
versos públicos possíveis. São eles:
46
TÓPICO 1 | COMUNICAÇÃO E COMUNICAÇÃO DE MASSA
Para que a comunicação seja eficiente e consiga nos persuadir como con-
sumidores, ela precisa reunir as quatro condições citadas anteriormente e assim
cumprir com o modelo de resposta do consumidor.
47
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
48
TÓPICO 1 | COMUNICAÇÃO E COMUNICAÇÃO DE MASSA
Com base no Critério Brasil e nos dados levantados pelo IBGE na Pnad
Contínua 2017, GaúchaZH elaborou uma calculadora para você ter uma ideia
sobre a qual classe social pertence. O resultado pode surpreender. O site para
realização do cálculo para identificar a sua classe social encontra-se aqui:
https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/noticia/2018/09/sabe-qual-e-
a-sua-classe-social-cjlpua5sy010s01pxmvx1f8yr.html.
FONTE: HARTMANN, M. Sabe qual é a sua classe social? 2018. Disponível em: https://bit.
ly/2y3Zj3n. Acesso em: 4 out. 2019.
49
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• A classe social a que a pessoa influencia na sua relação com o dinheiro e nas
suas tendências de compras.
• A renda não é o único critério utilizado para se medir a classe social a que uma
pessoa pertence.
• A primeira hierarquização de classes sociais foi feita por Karl Marx, que divi-
dia a sociedade em operários assalariados, capitalistas e proprietários.
50
• Atualmente, utiliza-se o Índice de Características de Status composto por uma
combinação de atividade profissional, fonte de renda, tipo de habitação e zona
de residência.
51
AUTOATIVIDADE
PORQUE
II- Por esse método subjetivo, utiliza-se como critérios para definição de es-
colaridade, ocupação, tipo de moradia, área de moradia e fonte de riqueza
para fazer a classificação social.
52
a) ( ) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa
da I.
b) ( ) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justi-
ficativa da I.
c) ( ) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d) ( ) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e) ( ) As asserções I e II são proposições falsas.
a) ( ) O rádio.
b) ( ) O jornal.
c) ( ) A televisão.
d) ( ) A revista.
e) ( ) O folheto.
53
54
UNIDADE 1
TÓPICO 4
COMUNICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
1 INTRODUÇÃO
A distinção das pessoas em classes não está associada a uma questão da pro-
paganda como ferramenta de preconceito ou divisão da sociedade. Pelo contrário, a
publicidade também oferece uma série de benefícios à economia e à sociedade.
55
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
DICAS
56
TÓPICO 4 | COMUNICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Para isso, o autor recomenda que a propaganda seja feita com base nos
princípios básicos: criatividade, emoção e interesse, pertinência e compreensão.
Dessa forma, Sampaio (1999, p. 37) nos ensina como a propaganda deve ser feita
para impactar o consumidor e a sociedade:
57
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
NOTA
Embora isso possa ser motivo de crítica para alguns, por ser elemento do
sistema capitalista de incentivo ao consumo e até de comprar coisas desnecessárias, a
comunicação funciona exatamente como forma de ressaltar a soberania do consumi-
dor na tomada de decisão daquilo que deve ou não comprar ou deixar de comprar.
Isso até pode levar a uma discussão ética do papel da propaganda. Porém, os
profissionais de comunicação também estão sujeitos aos códigos de ética profissio-
nais e as legislações de defesa do consumidor contra abusos e enganos.
59
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
DICAS
Sampaio (1999) também nos mostra que cada setor da economia usa a co-
municação de forma mais rotineira e comum, de acordo com o tipo de atividade
e negócios das empresas que nele operam. Assim, Sampaio (1999) nos descreve os
principais setores beneficiados pela comunicação:
60
TÓPICO 4 | COMUNICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
61
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
• Cadeias de consumo: são as empresas que se ligam umas às outras para que pos-
sam funcionar e tenham sucesso no mercado, como a cadeia de moda ou de tu-
rismo. Nessa cadeia de consumo a propaganda cumpre a função de auxiliar na
formação do conceito, da atitude do consumidor e divulgar padrões uso dos pro-
dutos ou serviços ofertados.
NTE
INTERESSA
62
TÓPICO 4 | COMUNICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
NTE
INTERESSA
Nesse sentido, os autores nos mostram que a publicidade serve para difundir
as informações e exerce influência na formação dos indivíduos, nos seus gostos, pre-
ferências e suas opiniões. Afinal, a comunicação é um processo social de transmissão
de ideias a fim de convencer.
Para cumprir com suas funções, Sampaio (1999) entende que os resultados
da propaganda dependem dos objetivos definidos, das tarefas a serem cumpridas,
dos recursos financeiros empregados e da contratação de profissionais e empresas
especializadas em comunicação.
É justamente por esse motivo que você está aqui conosco: para se profissio-
nalizar, aperfeiçoar técnicas e obter conhecimento para executar boas campanhas de
comunicação. Na próxima unidade aprenderemos as noções da prática publicitária.
63
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
A voz dos sem voz começa, felizmente, a ser ouvida na definição dos Pla-
nos de Desenvolvimento das Nações Unidas.
64
TÓPICO 4 | COMUNICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
65
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO
66
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
68
AUTOATIVIDADE
2 A propaganda, tal como é hoje entendida e sentida nos seus efeitos, teve
sua origem em dois acontecimentos que se interligam: o aperfeiçoamento
dos meios físicos de comunicação e o aumento da produção industrial pelo
aperfeiçoamento tecnológico (SANT’ANNA; ROCHA JR; GARCIA, 2013).
Nesse sentido, na atual fase da evolução social do Brasil, são muitas as con-
tribuições da propaganda para o mercado. Entre as possibilidades apresen-
tadas, assinale a alternativa CORRETA:
69
A criação do departamento para controle da publicidade exigiria a con-
tratação de algumas centenas de funcionários. As implicações burocráticas seriam
inimagináveis, ainda assim desprezíveis diante do retrocesso que tal controle re-
presentaria para um país que reconquistava a duras penas seu direito à liberdade
de expressão.
70
Com base nos textos apresentados e nas relações entre cultura, consumo e
identidade, avalie as afirmações a seguir.
71
72
UNIDADE 2
PRÁTICA DA PUBLICIDADE
E DA PROPAGANDA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
73
74
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
O panorama da comunicação na sociedade e na atividade publicitária nos
conduz necessariamente ao conhecimento da prática da atividade publicitária. Ini-
cialmente, definiremos o que é uma agência de propaganda e um breve histórico e
sua evolução no mercado.
O tópico encerra com uma descrição dos departamentos mais comuns encon-
trados em uma agência de propaganda com a caracterização das atividades inerentes
a cada um deles e do perfil do profissional em que atua em cada um deles.
Apesar disso, você já deve ter ouvido falar que um profissional publicitário
trabalha em uma agência de propaganda, assim como também deve ter uma noção
de que as agências são como empresas prestadoras de serviços de comunicação aos
anunciantes.
75
UNIDADE 2 | PRÁTICA DA PUBLICIDADE
E
IMPORTANT
76
TÓPICO 1 | AGÊNCIA DE PROPAGANDA E SEUS DEPARTAMENTOS
77
UNIDADE 2 | PRÁTICA DA PUBLICIDADE
No entanto, Sant’Anna, Rocha Júnior e Garcia (2010) nos atentam que o negó-
cio publicitário repousa sobre a qualidade dos serviços prestados. O que eles querem
nos dizer com isso é que o que diferencia as agências profissionais de propaganda é o
seu talento e capacidade em dar resultados aos seus clientes anunciantes.
78
TÓPICO 1 | AGÊNCIA DE PROPAGANDA E SEUS DEPARTAMENTOS
Isso está relacionado ao fato de que a propaganda, para se destacar entre to-
das as formas de comunicação e informações recebidas por nós diariamente, precisa
ser criativa, diferente e envolvente. Para isso, somente profissionais capacitados e
habilitados são capazes de fazer.
DICAS
Você pode ver um exemplo de uma grande agência brasileira que começou
suas atividades como uma parceira de uma agência europeia. Hoje, no entanto, depois
de passar muitos anos atuando sob direção nacional, ela expandiu suas operações para
o exterior e acabou fechando uma fusão com uma das grandes agências de propaganda
americana. A palestra completa contando toda essa história está disponível aqui nesse link:
https://www.youtube.com/watch?v=pWiaj8kvFTw&t=77s.
Como nos lembram Sant’Anna, Rocha Júnior e Garcia (2010), não há limites
para empreender na área de comunicação. O espírito empreendedor, a busca por
atender a necessidades específicas do mercado e o talento individual de cada um leva
a possibilidades de modelos de agência de publicidade em um país em desenvolvi-
mento como o Brasil.
80
TÓPICO 1 | AGÊNCIA DE PROPAGANDA E SEUS DEPARTAMENTOS
Mas, para que isso seja possível, as agências precisam manter uma estrutura
interna ou organização de atividades que lhes permitam agir de maneira estratégica
e alinhada com as necessidades dos clientes. É isso o que conheceremos na sequência
do tópico.
Martins (2010) nos mostra que, como qualquer empresa, uma agência
possui um departamento administrativo, um departamento comercial e um de-
partamento operacional que faz as coisas acontecerem de fato para seus clientes.
81
UNIDADE 2 | PRÁTICA DA PUBLICIDADE
FONTE: O autor
82
TÓPICO 1 | AGÊNCIA DE PROPAGANDA E SEUS DEPARTAMENTOS
• Produção gráfica: é a área que trabalha com fotos, ilustrações, fotolitos e gráficas
responsável pela finalização das peças e artes criadas pelo diretor de arte e o redator.
• Promoção de vendas: costuma ser uma divisão da agência que trabalha com ações
promocionais, tais como merchandising e promoção de vendas no ponto de venda
dos produtos, cujos temas estudaremos mais à frente. A título de curiosidade, es-
sas são aquelas ações de degustação, brindes, concursos, sorteios etc.
• Pesquisa de mercado: algumas agências podem ter um departamento interno de
pesquisa de mercado para fazer levantamentos sobre gostos, preferências e hábitos
de consumo das pessoas em relação aos produtos e serviços de seus anunciantes.
• Produção eletrônica: são os profissionais que coordenam a produção dos comer-
ciais de televisão, rádio ou até mesmo cinema. Essa área também costuma ser de-
nominada de RTV (Rádio e Televisão) ou ainda RTVC (Rádio, Televisão e Cinema).
84
TÓPICO 1 | AGÊNCIA DE PROPAGANDA E SEUS DEPARTAMENTOS
rem dizer, respectivamente: conta é o nome dado ao cliente atendido pela agência;
assim como job compreende uma encomenda específica de um trabalho por um
cliente; o PIT caracteriza o Pedido Interno de Trabalho feito pelo atendimento às
demais áreas envolvidas; a OS significa Ordem de Serviço e PS é o Pedido de Ser-
viço, que compreendem a mesma coisa que o PIT ou pedido interno.
• Arquivo e documentação artística: são as pessoas responsáveis por manterem
atualizados os arquivos de campanhas elaboradas e executadas pelas agências e
que podem ser úteis no futuro tanto para a agência quanto para os seus clientes.
Hoje essa função também costuma ser feito pelos próprios sistemas de gestão inte-
grada das agências ou ainda pelo profissional de tráfego.
• Serviços de Informações de Marketing (SIM): consiste em uma base de dados
acessível a todos os interessados da agência contendo informações úteis aos líderes
dos setores.
• Serviços de contabilidade: pode ser terceirizado ou interno, mas fica responsável
por manter o cadastro das operações, verificação de contas, pagamentos, controles
financeiros e contábeis, pagamento de impostos e tributos e também das comis-
sões a serem pagas ou recebidas pela agência.
• Orçamentos e previsões de custo: pode ser feito em alguns casos pelos diretores,
contabilidade ou até mesmo pelo atendimento e estabelece os valores a serem co-
brados nas campanhas ou peças publicitárias de cada anunciante, incluindo as re-
munerações da agência, custos com serviços terceirizados, orçamentos e comissões
a serem pagas ou recebidas pela agência também.
• Outras funções de gestão: como qualquer outra empresa, podem ser contratados pro-
fissionais especializados na prestação de serviços de advocacia, contabilidade, gestão e
que ficam responsáveis por contribuírem para a gestão empresarial da agência.
Cada uma dessas áreas pode ser formada por uma ou mais pessoas, depen-
dendo do tamanho e estrutura da agência de publicidade. A estrutura mínima, no
entanto, inclui atendimento/planejamento, criação e mídia, informa Sampaio (2003).
85
UNIDADE 2 | PRÁTICA DA PUBLICIDADE
Por fim, mas não menos importante, Sampaio (2003, p. 65) ressalta:
86
TÓPICO 1 | AGÊNCIA DE PROPAGANDA E SEUS DEPARTAMENTOS
FONTE: O autor
87
UNIDADE 2 | PRÁTICA DA PUBLICIDADE
Esse estudo também contribui para que você possa ter uma visão geral e per-
mite que você se identifique, inicialmente, mais com um ou outra área da agência.
No entanto, é comum no decorrer do curso você descobrir outras áreas de interesse
das atuais.
Fique atento a isso enquanto você estiver na faculdade e verifique quais são
as suas aptidões em relação a cada uma das áreas descritas. Caso você não se veja
atuando em qualquer uma delas, não se preocupe. No tópico seguinte conheceremos
as possibilidades e campos de atuação dos profissionais de comunicação social.
88
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Os anunciantes não são obrigados a contratar uma agência, mas são raros os
casos em que médias e grandes empresas não contratam os serviços de uma
agência especializada.
• Como uma empresa como outra qualquer, as agências possuem uma área ad-
ministrativa.
89
• A criação é o departamento responsável pelas ideias, textos e imagens das pe-
ças de uma campanha publicitária.
90
AUTOATIVIDADE
2 (ENADE, 2009) Uma agência de publicidade é uma empresa que vende so-
luções de comunicação para seus clientes. Um único publicitário não terá
condições profissionais de executar todas as tarefas envolvidas no processo
de comunicação com igual desenvoltura. Para que as soluções de comuni-
cação geradas por uma agência tenham efetividade, as atividades profissio-
nais dos publicitários são tradicionalmente diferenciadas. Como é denomi-
nada a atividade exercida pelos publicitários que pode ser definida como
a que estabelece as funções específicas relacionadas com a veiculação da
campanha e de que forma ela vai ocupar seu espaço para ser percebida pelo
público-alvo?
91
a) ( ) Atendimento.
b) ( ) Direção de criação.
c) ( ) Produção.
d) ( ) Mídia.
e) ( ) Tráfego.
PORQUE
92
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Em nossos estudos sobre a introdução à publicidade e propaganda, nos
concentramos em estudar os conceitos e a estrutura e organização de uma agên-
cia de propaganda com seus respectivos departamentos e funções.
93
UNIDADE 2 | PRÁTICA DA PUBLICIDADE
94
TÓPICO 2 | ÁREAS DE ATUAÇÃO NO MERCADO PUBLICITÁRIO
O galo anuncia que o dia está começando, que é preciso acordar cedo e
trabalhar, assim como fazem os publicitários diariamente na rotina de suas ati-
vidades profissionais. Para serem criativos na hora de anunciarem produtos e
serviços, eles também acordam cedo.
Assim como o galo, é preciso anunciar antes dos demais, fazer barulho,
repetir diversas vezes que o dia está amanhecendo. É assim que a publicidade
funciona, anunciando antes dos concorrentes, com muita criatividade e intensi-
dade, as coisas disponíveis para nossas vidas.
Embora não exista uma versão original para que o galo fosse eleito o sím-
bolo da atividade publicitária, Leal (2016) nos conta que:
Reza a lenda de que há muitos anos uma agência de São Paulo preci-
sou virar a noite fazendo um job, e os publicitários, ainda não acostu-
mados com essa rotina, eram acordados com frequência com o som do
bicho no terreno vizinho, que não dormira devido ao barulho. Alguns
maldosos dizem que, na verdade, é porque os publicitários são escan-
dalosos e querem aparecer perante os outros. Contudo, o real motivo
é que o galo acorda antes do que os outros animais e dá seu grito para
propagar a notícia do nascer do sol.
Isso reforça a relação existente entre o animal galo e os publicitários, que preci-
sam anunciar tendências, produtos, serviços, ideias, de forma eficiente para que a maio-
ria das pessoas tomem conhecimento e isto tudo antes do que qualquer concorrente.
95
UNIDADE 2 | PRÁTICA DA PUBLICIDADE
Não existe, nesse sentido, uma regra rígida em relação ao formato que ele
deve ter. Assim, podemos encontrar diversos galos estilizados e muitos deles são
inclusive utilizados como troféu em premiações publicitárias ou elementos para
representação de cursos e atividades publicitárias.
Agora que já sabemos mais sobre a simbologia por trás do galo da publi-
cidade, relacionaremos na sequência as atividades desenvolvidas pelos profissio-
nais publicitários a fim de demonstrarmos a relação entre o galo e as atividades
de comunicação. De acordo com Sampaio (2003, p. 30) são elas:
96
TÓPICO 2 | ÁREAS DE ATUAÇÃO NO MERCADO PUBLICITÁRIO
97
UNIDADE 2 | PRÁTICA DA PUBLICIDADE
Acreditamos que seja por esse motivo que você está aqui, não é mesmo?
Para se tornar um bom profissional, capacitado e requisitado pelo mercado e aju-
dar a fazer bons anúncios e campanhas publicitárias que tragam resultados aos
anunciantes em vendas.
Mas para exercer todas as funções vistas aqui e, mesmo que você não
tenha se identificado ainda com uma das áreas de uma agência de propaganda
descritas no tópico inicial, conheceremos na sequência outras possibilidades de
atuação do profissional e como ingressar no mercado.
Se este for o seu caso, nem pense em desistir do curso por conta disso.
Existem muitas possibilidades de atuação para os profissionais formados em pro-
paganda, relações públicas e mesmo em jornalismo.
NOTA
99
UNIDADE 2 | PRÁTICA DA PUBLICIDADE
Sendo assim, Leão (2001) entende que um bom publicitário se forma pela
soma de diversos requisitos. Esses requisitos estão descritos na sequência:
• Curiosidade.
• Disciplina.
• Sensibilidade.
• Flexibilidade.
• Versatilidade.
• Educação.
• Cultura.
• Domínio da língua portuguesa.
• Respeito pelo seu negócio e o do seu cliente.
• Respeito pelos que exercem a atividade.
• Humildade.
• Noção do valor do seu trabalho.
• Habilidade de negociação.
101
UNIDADE 2 | PRÁTICA DA PUBLICIDADE
Creio que não seja demais avisar. O preparo tem de estar acima das
eventuais ofertas de emprego. Cidades mais desenvolvidas também
acirram a concorrência. A exigência de qualificação é maior, pois os ne-
gócios e os contratos firmados pelas agências promovem grande mo-
vimentação financeira. É o peso da responsabilidade no momento da
contratação. A expectativa do contratante é de que o novo funcionário
corresponda, com sua competência, em produção e geração de lucro.
DICAS
Você quer saber quais são as melhores épocas para ingressar no mercado,
às demandas das agências e a progressão da carreira de um profissional de publicidade e
propaganda? Então acesse link do Guia do Estudante e obtenha essas informações bási-
cas: https://bit.ly/2w0kmDt.
102
TÓPICO 2 | ÁREAS DE ATUAÇÃO NO MERCADO PUBLICITÁRIO
DICAS
Para saber mais sobre o mercado publicitário na atualidade, o perfil das agên-
cias e outros dados do setor, você pode fazer o download do Censo das Agências de
Propaganda, organizado pela Operand com apoio da Associação dos Profissionais de Pro-
paganda (APP) e da Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro), que busca
avaliar o andamento do mercado, com seu erros e acertos no ano. O material está dispo-
nível aqui neste link: https://www.operand.com.br/pesquisa-censo-agencias/.
103
UNIDADE 2 | PRÁTICA DA PUBLICIDADE
DICAS
Para você aprender a montar seu próprio portfólio, use o Manual do Estagiário
escrito pelo publicitário Eugênio Mohallem e que está disponível no site do Clube de Cria-
ção de São Paulo: http://www.ccsp.com.br/manualdeestagiario.
Como nos lembra Pimenta (2011), se você não conseguir uma vaga, revise
seu perfil. Mas mantenha o foco e a disciplina para conquistar os seus objetivos.
Afinal, é o futuro da sua vida profissional que está em jogo a partir de agora.
Não é preciso ter uma bola de cristal para descobrir que os hábitos
dos consumidores mudaram. E isso se deve principalmente aos avanços tec-
nológicos! Hoje em dia, podemos assistir aos nossos programas favoritos
onde e quando quisermos, por exemplo. Atentos a esse cenário, os anun-
ciantes têm tido que se antecipar, prevendo o futuro da publicidade, para
continuar relevantes aos olhos do público.
104
TÓPICO 2 | ÁREAS DE ATUAÇÃO NO MERCADO PUBLICITÁRIO
E então, como conciliar essas questões para que ninguém saia preju-
dicado? A resposta não é simples, mas já podemos notar uma grande mu-
dança nessa direção. Neste post, reunimos 10 tendências que ditarão o futuro
da publicidade. Pronto para conhecê-las?
1. Mídia programática
2. Marketing de conteúdo
3. Publicidade nativa
4. Anúncios em vídeo
105
UNIDADE 2 | PRÁTICA DA PUBLICIDADE
5. Foco na mobilidade
Por falar em dispositivos móveis, todas as suas ações devem ser pen-
sadas também para eles, ok? Para você ter uma ideia, a maior parte dos bra-
sileiros usam mais os smartphones que os desktops para acessar a internet.
Portanto, ao elaborar ações publicitárias de agora em diante, trate de incluir
esses dispositivos em sua campanha para atingir mais pessoas!
6. Realidade virtual
7. Gamificação na prática
8. TV personalizada
106
TÓPICO 2 | ÁREAS DE ATUAÇÃO NO MERCADO PUBLICITÁRIO
9. Pesquisas científicas
107
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• O galo é o símbolo da publicidade por ser o animal que acorda cedo e anuncia
a chegada do dia.
• O galo faz barulho antes dos demais animais e repete seu cacarejo muitas vezes,
assim como deve agir um profissional de propaganda com seus anunciantes.
• Existe uma forte ligação do símbolo do galo com as várias funções cumpridas
pela propaganda para as marcas, que vão desde a divulgação dos produtos até
a criação de mercados e educação do consumidor.
• As ações publicitárias podem ser destinadas tanto aos varejistas como aos fa-
bricantes industriais.
• Para ingressar no mercado de trabalho, você precisa ter uma sólida formação e
manter-se qualificado com as técnicas e conhecimentos.
• O período da faculdade é ideal para você conseguir uma rede de contatos pro-
fissionais que podem abrir as portas para o seu ingresso no mercado de traba-
lho. A isso se dá o nome de networking.
• Aproveite os trabalhos realizados na faculdade para incluir no seu portfólio
para demonstrar seu potencial e capacidade ao buscar uma vaga na área de
atuação escolhida.
108
AUTOATIVIDADE
PORQUE
II- O mais importante é que ele possua um olhar criativo e diferenciado para
a comunicação que faz para que ela seja atraente e estimulante para os con-
sumidores e conduzi-los para as ações de compra dos produtos e serviços.
109
3 De acordo com Leão (2001), um bom profissional de publicidade e propaganda
compõe da soma de diversos requisitos, entre eles os de conhecimento
técnico, conhecimento profissional e o respeito pelo negócio e pelos colegas
de atividade. Assim, uma das formas de ampliar o conhecimento profissional
está descrita na seguinte alternativa:
a) ( ) Job.
b) ( ) Briefing.
c) ( ) Networking.
d) ( ) Branding.
e) ( ) Jingle.
110
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Até aqui abordamos uma breve introdução ao mundo da publicidade e
da propaganda e das possibilidades de atuação na área escolhida por você para
sua formação e futuro profissional. Mas por que será que a publicidade funciona?
111
UNIDADE 2 | PRÁTICA DA PUBLICIDADE
O publicitário deve ter algo de psicólogo, deve ter uma sólida base
técnica, conhecer os princípios da comunicação e saber as limitações
impostas pelos diferentes meios de comunicação com seus públicos.
O publicitário deverá possuir um amplo conhecimento da estrutura
e dos fatores do anúncio para que este seja potente, atrativo e alcance
seus objetivos práticos: vender o produto ou serviço anunciado, des-
tacar uma marca, persuadir. Bons anúncios podem ter efeito nulo em
virtude de uma construção deficiente ou por algum defeito que reduza
consideravelmente sua eficiência.
Isso quer dizer que a propaganda somente cumprirá sua função quando
contribuir para levar o consumidor por um ou mais níveis de comunicação, que
podem ir desde o desconhecimento até a ação de compra.
112
TÓPICO 3 | NOÇÕES DE ATIVIDADE PUBLICITÁRIA
TUROS
ESTUDOS FU
A resposta pode estar nas palavras de Senna (2003) de que muitas pessoas
acreditam que a publicidade é uma mera tentativa de afastar a massa e não exerce
qualquer influência sobre elas. Isso porque as pessoas possuem o livre-arbítrio e a
liberdade de escolha que determinam o que elas compram ou deixam de comprar.
Por outro lado, existe a radical opinião de que a publicidade exerce forte in-
fluência sobre as pessoas que chega a ser nociva, como no caso de estímulos ao con-
sumo de produtos ou serviços que possam oferecer risco à saúde e à vida humana,
tais como cigarros ou bebidas alcoólicas.
114
TÓPICO 3 | NOÇÕES DE ATIVIDADE PUBLICITÁRIA
É por essa razão que Sant’Anna, Rocha Júnior e Garcia (2010) ressaltam
que os fenômenos publicitários apresentam simultaneamente características de
ordem física, fisiológica, psicológica e econômica. Nesse sentido, temos:
115
UNIDADE 2 | PRÁTICA DA PUBLICIDADE
Tudo isso nos mostra como a propaganda atua sobre as nossas sensações,
emoções e raciocínio lógico. Essas características e formas de atuação da propa-
ganda nos levam a buscar entender a relação entre publicidade e a psicologia dos
consumidores, na sequência no tópico.
De acordo com Sampaio (2003), essa é uma das questões mais difíceis de
serem respondidas em relação à propaganda, e a razão disso reside no fato de ela
lidar com pessoas, são bastante imprevisíveis em um ambiente como o mercado
em que agem diversas forças e pressões.
É por essa razão que, cada vez mais, os profissionais envolvidos com a
publicidade têm se preocupado em entender como e quais razões levam as pes-
soas a consumirem. Essa é uma área de estudos denominada comportamento do
consumidor, cuja disciplina você terá em seu curso.
Mas uma coisa é certa: a publicidade atua tanto sobre indivíduos isolados
ou sobre massas de consumidores, provocando neles emoções capazes de impul-
sioná-los com tanta força que os movem para satisfação de suas necessidades,
explicam Sant’Anna, Rocha Júnior e Garcia (2010).
Para alcançar esses três objetivos e cumprir com todas as suas funções já
estudadas nos tópicos anteriores, os anúncios publicitários precisam interessar,
persuadir, convencer e levar à ação e influenciar no comportamento de compra
dos consumidores.
Para conseguir influenciar, Sant’Anna, Rocha Júnior e Garcia (2010, p. 80) re-
forçam a necessidade conhecer os consumidores, cujo conhecimento deve abranger:
NTE
INTERESSA
Esse conhecimento dará uma base a você, futuro publicitário, para que
possa ter um conhecimento da natureza humana e possa utilizar as palavras (a
comunicação), as necessidades e desejos das pessoas e a psicologia (impulsos e
estímulos) para o uso das técnicas mais eficazes de persuasão e estímulo dos con-
sumidores às compras.
117
UNIDADE 2 | PRÁTICA DA PUBLICIDADE
Tudo isso parte das necessidades biológicas das pessoas, ou seja, seus ins-
tintos mais básicos por comida, sexo, ar, repouso, autodefesa e tantos outros. São
eles que movem as pessoas a uma ação para satisfação dessas necessidades, ex-
plicam Sant’Anna, Rocha Júnior e Garcia (2010).
Imagine, por exemplo, que você está com sede. Ela representa a neces-
sidade por haver um desequilíbrio entre a quantidade de água que seu corpo
precisa para se manter e que naquele momento está faltando.
Dessa forma, Sant’Anna, Rocha Júnior e Garcia (2010) concluem que, para
existir excitação e receptividade a um estímulo externo (como a propaganda), é
essencial que inicialmente exista uma necessidade a ser satisfeita.
Eles ainda nos explicam que, apesar de serem as necessidades que movem
a conduta humana, ou seja, o básico que precisamos para viver, são os desejos
que verdadeiramente nos colocam em ação. Não basta água, é preciso um refrige-
rante que represente alegria. Assim:
Isso nos mostra como a publicidade pode influenciar nas decisões de com-
pra dos consumidores. Embora você estude o tema na disciplina de Comporta-
mento do Consumidor e Pesquisa em Comunicação, é essencial conhecermos as
etapas do processo de compras.
118
TÓPICO 3 | NOÇÕES DE ATIVIDADE PUBLICITÁRIA
De acordo com Kotler e Keller (2006), esse modelo considera que os consu-
midores passam por cinco fases: reconhecimento do problema, busca de informa-
ções, avaliação de alternativas, decisão de compra e comportamento pós-compra.
119
UNIDADE 2 | PRÁTICA DA PUBLICIDADE
120
TÓPICO 3 | NOÇÕES DE ATIVIDADE PUBLICITÁRIA
Para Sant’Anna, Rocha Júnior e Garcia (2010), esse modelo costuma fun-
cionar bem quando usado com habilidade e no momento oportuno. Para eles, é
através da excitação das necessidades fundamentais que a publicidade costuma
fazer agir os consumidores.
Um exemplo disso está no caso dos comerciais de lava roupas. Eles re-
forçam os aspectos da sujeira e das dificuldades em tirar manchas ao manter as
roupas limpas e a publicidade demonstra como o produto é a solução para esse
problema, de forma rápida, fácil e econômica.
• Sugestão: significa uma ideia ou um plano de ação que o indivíduo aceita in-
condicionalmente. É a faculdade de aceitarmos uma ideia exterior sem exame,
sem submeter a uma crítica, sem termos um fundamento racional. Ela atua
pelo sentido afetivo da mente, não pelo conteúdo racional. Algumas pessoas
são mais sugestionáveis que outras; e um mesmo indivíduo pode ser mais su-
gestionável em certos momentos ou em certas condições. A sugestão atua por
prestígio quando emana de pessoas de conceito.
• Imitação: fazemos uma infinidade de coisa em nossa vida, exclusivamente por-
que vemos os outros fazerem. Nossas crenças, nossos hábitos, nossas atitudes
são, em grande parte, ditados pelo que os outros fazem. Imitar é uma tendência
inata do ser humano, como a sugestão, da qual é o aspecto ativo. A moda é a ex-
pressão máxima da imitação. Há certas modas que dominam uma cidade, um
país e até o mundo inteiro, em determinada época, para depois decrescerem de
intensidade e cederem lugar a outra moda [...]. E se o indivíduo isolado possui
instinto de imitação, o fenômeno atinge mais força nas coletividades. O homem
no seio da coletividade sente-se irresistivelmente atraído a imitar as atitudes
dos demais membros do grupo.
121
UNIDADE 2 | PRÁTICA DA PUBLICIDADE
122
TÓPICO 3 | NOÇÕES DE ATIVIDADE PUBLICITÁRIA
123
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Para cumprir com sua função, o anúncio passa por cinco níveis de comunica-
ção: desconhecimento, conhecimento, compreensão, convicção e ação.
124
• O modelo estímulo resposta baseia na teoria behaviorista do comportamento
humano, de que as pessoas respondem a determinados estímulos recebidos.
125
AUTOATIVIDADE
PORQUE
II- Obviamente, mais eficaz será esse processo se maior for o grau de profis-
sionalismo das pessoas envolvidas (elaboradores do discurso persuasivo),
melhores forem as características do produto (objeto do discurso) e maior a
predisposição das pessoas em adquiri-lo (receptores desse discurso).
126
3 De acordo com Sant’Anna; Rocha Júnior e Garcia (2010), a publicidade é
uma das várias forças de comunicação que, atuando isoladamente ou em
combinação, leva o consumidor através de sucessivos níveis que podemos
denominar de nível de comunicação. Avalie os níveis de comunicação a se-
guir, colocando-os na ordem crescente, e depois marque a alternativa cor-
respondente à sequência correta:
( ) Conhecimento: como base mínima temos que nos esforçar para conseguir
a identificação do produto.
( ) Ação: é o nível em que os consumidores realizam algum movimento pre-
meditado para realizar a compra do produto.
( ) Convicção: além dos fatores racionais do produto, a preferência do consu-
midor se dá, também, por motivos emocionais.
( ) Compreensão: além de conhecer, há o reconhecimento da marca e emba-
lagem e da utilidade do produto.
( ) Desconhecimento: é o nível mais baixo de comunicação.
127
128
UNIDADE 2
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Mais do que anúncios em meios de comunicação de massa, os publicitá-
rios também podem desenvolver ações que estimulam os consumidores através
de descontos em preço e em ações que possam envolvê-los no clima da compra.
129
UNIDADE 2 | PRÁTICA DA PUBLICIDADE
É por essa razão que Sant’Anna, Rocha Júnior e Garcia (2010, p. 47) defi-
nem o marketing promocional como a “atividade do marketing aplicada a produ-
tos, serviços ou marcas, visando, por meio da interação junto ao seu público-alvo,
alcançar os objetivos estratégicos de construção de marca, vendas e fidelização”.
130
TÓPICO 4 | NOÇÕES DA PRÁTICA PUBLICITÁRIA
NOTA
Aqui destacamos que essas atividades todas são técnicas, ou seja, formas
de usar as principais ferramentas de comunicação mercadológica, marketing pro-
mocional ou o mix de comunicação de marketing. Sendo assim, precisamos então
relacionar as principais ferramentas do marketing promocional ou comunicação
mercadológica de marketing. Segundo Limeira (2004), são elas:
131
UNIDADE 2 | PRÁTICA DA PUBLICIDADE
132
TÓPICO 4 | NOÇÕES DA PRÁTICA PUBLICITÁRIA
133
UNIDADE 2 | PRÁTICA DA PUBLICIDADE
Por fim, mas não menos importante, temos as atividades de relações pú-
blicas também comuns de serem elaboradas e desenvolvidas pelas agências de
propaganda através de seus próprios profissionais ou por empresas e profissio-
nais terceirizados. De acordo com Sant’Anna, Rocha Júnior e Garcia (2010, p. 49):
134
TÓPICO 4 | NOÇÕES DA PRÁTICA PUBLICITÁRIA
Assim, temos:
Em dois momentos, desde que começamos a tratar sobre mídia, usamos os ter-
mos meio e veículos de comunicação. Qual é a razão disso? O motivo é que existe uma
diferença entre meio e veículo e, para esclarecer a você, recorremos a Sampaio (2003).
Por outro lado, um veículo de comunicação é qualquer meio que leve essa
mensagem. Um veículo é o responsável e detentor de um meio de comunicação
de massa. Por exemplo, a Rede Globo é um veículo de comunicação que possui o
direito de usar o meio televisão para o público.
136
TÓPICO 4 | NOÇÕES DA PRÁTICA PUBLICITÁRIA
Todo e qualquer veículo pode ser útil para cumprir um determinado obje-
tivo de comunicação em uma campanha. Sua eficiência depende do público a ser
alcançado e com que intensidade se pretende fazer chegar essa mensagem a ele.
Assim, Sampaio (2003, p. 92-95) nos ensina:
137
UNIDADE 2 | PRÁTICA DA PUBLICIDADE
138
TÓPICO 4 | NOÇÕES DA PRÁTICA PUBLICITÁRIA
Além dos meios descritos e apresentados até o momento, não podemos nos
esquecer da internet como um meio de comunicação, cujas características são a
crescente possibilidade de interação, baixo custo, facilidade de acesso e potencial
de consumidores a serem atingidos.
Ainda com relação à mídia, Sampaio (2003) nos mostra que, além das mí-
dias básicas, existe a mídia exterior e a mídia extensiva. Alguns exemplos de mídia
exterior são as traseiras ou laterais de ônibus, táxis e aviões com anúncios publici-
tários; balões e faixas rebocadas por aviões com mensagens publicitárias; painéis e
placas e estádios e ginásios esportivos e muitas outras.
Com relação à mídia extensiva, são aquelas que são fixadas em locais com
grande circulação de público, tais como estações de ônibus, metrô ou trem, vídeos
em aeroportos, salas de espera ou painéis internos em ginásios e eventos, rádio
interna em lojas e supermercados e outros.
139
UNIDADE 2 | PRÁTICA DA PUBLICIDADE
LEITURA COMPLEMENTAR
Márcio Figueira
Mas o que mais me impressionou nesse aplicativo foi o fato de que foi feito em
colaboração por vários concorrentes, que se uniram para investir nisso. O resultado,
como era de se esperar, é excelente: o app é sempre atualizado e funciona muito bem.
Colaboração, aliás, parece ter sido uma palavra muito presente na maioria
das palestras. Percebeu-se que a união de pensamentos e expertises é uma solução
mais inteligente que se apoiar em só uma mente brilhante. No Brasil, no entanto,
parecemos estar longe de trabalharmos de forma colaborativa – mesmo quando
isso pode melhorar tanto a experiência do consumidor. Ainda somos muito com-
petitivos, e tudo bem, mas um ponto importante que o SXSW me apontou foi: até
que ponto devemos ser?
140
TÓPICO 4 | NOÇÕES DA PRÁTICA PUBLICITÁRIA
Além disso, uma informação que foi muito disseminada é a de que idade e
gênero foram consideradas distinções que estão perdendo a relevância para a pu-
blicidade, o que pode ser analisado como outra vantagem para a mídia programáti-
ca. Agora é preciso ir muito além dessas duas características, direcionando os anún-
cios a pessoas cujos interesses do momento correspondem ao produto oferecido.
141
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
142
• Veículo de propaganda é qualquer meio de comunicação que leve uma mensa-
gem publicitária do anunciante aos consumidores.
• Todo e qualquer veículo pode ser útil para cumprir um determinado objetivo
de comunicação em uma campanha.
CHAMADA
143
AUTOATIVIDADE
PORQUE
144
A respeito dessas asserções, assinale a opção CORRETA:
a) ( ) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa
correta da I.
b) ( ) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma jus-
tificativa correta da I.
c) ( ) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d) ( ) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e) ( ) As asserções I e II são proposições falsas.
a) ( ) Merchandising.
b) ( ) Promoção de vendas.
c) ( ) Relações públicas.
d) ( ) Segmentação.
e) ( ) Venda pessoal.
145
146
UNIDADE 3
A PROFISSÃO E A PRÁTICA DE
RELAÇÕES PÚBLICAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
147
148
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
As atividades de relações públicas soam bastante amplas no mercado de
comunicação e que unem praticamente um pouco de cada habilitação de comu-
nicação social. Por essa razão, costuma ser difícil de entender exatamente o que
faz o profissional dessa área.
149
UNIDADE 3 | A PROFISSÃO E A PRÁTICA DE RELAÇÕES PÚBLICAS
Isso porque não existe uma definição única e estima-se que sejam mais
de 600 conceitos diferentes abordados pelos mais diversos autores na literatura
especializada. Por essa razão, encontramos em Pinho (2003, p. 9) a definição ba-
seada na Lei n° 5.377/67, que reconhece e regulamenta a profissão de Relações
Públicas no Brasil:
Agora parece que as coisas começam a ficar mais claras, não é mesmo?
Começamos a perceber nesses diferentes conceitos que as relações públicas são
uma forma de a organização administrar seus contatos e relacionamentos com os
diversos públicos com os quais interage.
150
TÓPICO 1 | NATUREZA DAS RELAÇÕES PÚBLICAS
Por essa razão, Voltolini (2006) encontra fortes razões para transformar a ativi-
dade de relações públicas em um trabalho empenhado de contribuir, através de políti-
cas de comunicação, para a excelência dos relacionamentos buscados pelos indivíduos.
FONTE: O autor
De acordo com Lattimore et al. (2011), todos esses grupos são chamados
de públicos e geralmente são definidos em termos de relações organizacionais.
Os públicos também podem ser pessoas importantes para a organização através
de associações intencionais ou involuntárias.
E
IMPORTANT
152
TÓPICO 1 | NATUREZA DAS RELAÇÕES PÚBLICAS
153
UNIDADE 3 | A PROFISSÃO E A PRÁTICA DE RELAÇÕES PÚBLICAS
Diante disso, Gutierrez Fortes (2003, p. 19-20) entende que as relações pú-
blicas buscam responder a uma série de questionamentos, tais como:
154
TÓPICO 1 | NATUREZA DAS RELAÇÕES PÚBLICAS
• Meios orais: podem ser divididos em diretos e indiretos. Os diretos são: conversa,
diálogo, entrevistas, reuniões, palestras, encontros com o presidente face a face; os
indiretos: telefone, intercomunicadores automáticos, rádios, alto-falantes etc.
• Meios escritos: dizem respeito a todo material informativo impresso, a saber:
instruções e ordens, cartas, circulares, quadro de avisos, volantes, panfletos,
boletins, manuais, relatórios, jornais e revistas.
• Meios pictográficos: são representados por mapas, diagramas, pinturas, foto-
grafias, desenhos, ideografias, entre outros.
• Meios escrito-pictográficos: se valem da palavra escrita e da ilustração. São os
cartazes, gráficos, diplomas e filmes com legenda.
• Meios simbólicos: são insígnias, bandeiras, luzes, flâmulas, sirenes, sinos e
outros sinais que se classificam tanto como visuais quanto auditivos.
• Meios audiovisuais: são constituídos principalmente por vídeos institucionais,
de treinamentos e outros, telejornais, televisão corporativa, clipes eletrônicos,
documentários, filmes etc.
• Meios telemáticos: decorrem do avanço das novas tecnologias da comunica-
ção e recebem esse nome porque a informação é trabalhada e passada com o
uso combinado da informática (computador) e dos meios de telecomunicação.
Por exemplo: celulares, comunicadores instantâneos, redes sociais, correio ele-
trônico (e-mail) etc.
155
UNIDADE 3 | A PROFISSÃO E A PRÁTICA DE RELAÇÕES PÚBLICAS
156
TÓPICO 1 | NATUREZA DAS RELAÇÕES PÚBLICAS
[...] o final do Século XIX viu a ascensão dos robber barons (magnatas la-
drões), industriais cujo apego ao dinheiro era tão exagerado que tinham
como princípio “dane-se o público”. Os excessos desses homens de ne-
gócio eram abominados por um grupo de escritores conhecidos como
muckrakers (pessoas que investigam a denunciam a corrupção política e
administrativa). Para se contrapor às atitudes desses escritores e de uma
imprensa investigativa crescente, algumas empresas contrataram publici-
tários para suavizar a opinião pública e lançar uma luz mais benigna às
suas atividades. Aos poucos, as agências governamentais americanas e
britânicas começaram a contatar especialistas em publicidade, frequente-
mente chamados de “diretores de informação”. Historicamente, um dos
personagens que mais se beneficiaram das relações públicas foi o mag-
nata americano John Davison Rockfeller (1839-1937). Como enfrentava
dificuldades da opinião pública e do governo, a ponto de não poder sair
à rua sem seguranças, ele contratou o jornalista Ivy Lee para assessorá-lo.
Este trabalhou muito para mudar a imagem de seu cliente: dispensou os
guarda-costas; fez um trabalho de esclarecimento com a imprensa, com
respostas para todas as críticas recebidas; criou formas práticas de rever-
ter para o povo parte daquilo que Rockfeller dele recebia, como a criação
da Fundação Rockfeller que distribuía bolsas de estudo, criava centros
de pesquisas, construía hospitais e museus em benefício da população.
Assim, um homem odiado pela opinião pública consciente de seu país,
graças a essa campanha pioneira, foi transformado em herói.
Mas o uso das atividades de relações públicas não se deu somente para
o enfrentamento de situações difíceis. Muitas empresas passaram a contar com a
assessoria de relações públicas para divulgar informações a respeito de seu de-
sempenho econômico e social.
E
IMPORTANT
158
TÓPICO 1 | NATUREZA DAS RELAÇÕES PÚBLICAS
Mário de Moraes
159
UNIDADE 3 | A PROFISSÃO E A PRÁTICA DE RELAÇÕES PÚBLICAS
O caso
160
TÓPICO 1 | NATUREZA DAS RELAÇÕES PÚBLICAS
Logo após o início da crise alguém sugerira que a Johnson & John-
son deveria simplesmente tirar o corpo fora e jogar toda a culpa do sucedi-
do em cima de sua subsidiária, a pouco poderosa McNeil Consumer Procuts
Company, que teria menos a perder. Essa sugestão foi logo afastada pela
direção de J&J, não só por não ser ética, como porque, se o fizessem, natu-
ralmente levariam à ruína a McNeil. A poderosa Johnson & Johnson, com
uma firme tradição de credibilidade junto ao público, é que devia assumir
todos os ônus do problema.
Essa explicação foi dada, sendo muito bem aceita pelos jornalistas
que cobriam o assunto. Isto ficou comprovado, por exemplo, quando Jam
Ritter, repórter do Chicago Sun Times, especialista em consumo de merca-
dorias, o primeiro a telefonar para a direção da J&J pedindo explicações (a
J&J recebeu cerca de 2.500 telefonemas da imprensa, durante a crise) escre-
veu: “Era óbvio, quase desde o início que a J&J era vítima”.
161
UNIDADE 3 | A PROFISSÃO E A PRÁTICA DE RELAÇÕES PÚBLICAS
162
TÓPICO 1 | NATUREZA DAS RELAÇÕES PÚBLICAS
Investindo em propaganda
163
UNIDADE 3 | A PROFISSÃO E A PRÁTICA DE RELAÇÕES PÚBLICAS
Além disso, a Johnson & Johnson utilizou a crise como uma nova
oportunidade de marketing, sendo a primeira indústria do ramo, depois
da retirada do produto do mercado, a responder aos anseios populares por
embalagem mais resistentes à adulteração e às novas regulamentações da
Food and Drug Administration.
165
RESUMO DO TÓPICO 1
• Apesar das diferentes conceituações, todas elas são unânimes em destacar que
o objetivo principal dessa atividade é manter a compreensão mútua entre as
partes – empresa e seus públicos.
• Os principais meios utilizados pelas relações públicas são: orais, escritos, picto-
gráficos, simbólicos, audiovisuais e telemáticos.
• Não existe uma data precisa da origem das relações públicas, mas acredita-se
que tenha sido por volta de 1873 com a indiferença em relação ao público.
• A primeira vez que o termo relações públicas foi utilizado ocorreu em 1807
pelo presidente norte-americano Thomas Jefferson.
166
• Somente no Século XX as relações públicas ganharam aspecto de filosofia de
trabalho e uma função administrativa responsável por utilizar um conjunto de
técnicas de comunicação em favor da organização.
167
AUTOATIVIDADE
2 Como as relações públicas atuam sobre as massas para formar a opinião pública
favorável à organização, as atividades demandam o uso de diversos meios de
comunicação para alcançar esse objetivo. Nesse sentido, analise as afirmações a
seguir a respeito das características dos meios utilizados pelas relações públicas.
PORQUE
168
A respeito dessas asserções, assinale a opção CORRETA:
a) ( ) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
b) ( ) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma jus-
tificativa da I.
c) ( ) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d) ( ) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e) ( ) As asserções I e II são proposições falsas.
169
170
UNIDADE 3
TÓPICO 2
ATIVIDADES DO PROFISSIONAL
DE RELAÇÕES PÚBLICAS
1 INTRODUÇÃO
Assim como demonstramos na Unidade 2 da disciplina, as possibilidades
de atuação, o perfil profissional desejado pelo mercado e as atividades desen-
volvidas pelos publicitários, aqui destacaremos esses mesmos elementos para as
relações públicas.
Vamos descobrir?
Com relações públicas não seria diferente, não é mesmo? Da mesma for-
ma como as outras habilitações em comunicação social, os profissionais de rela-
ções públicas também possuem áreas de atuação profissional e oportunidades de
estabelecerem e crescerem em sua profissão.
Nesse sentido, Dreyer (2017) nos diz que o campo de trabalho de relações
públicas é mais um entre tantos outros existentes em nossa sociedade. Também
nos atenta que as atividades de comunicação organizacional e relações públicas
são distintas entre si, mas que se são complementares e interdependentes também.
171
UNIDADE 3 | A PROFISSÃO E A PRÁTICA DE RELAÇÕES PÚBLICAS
E
IMPORTANT
172
TÓPICO 2 | ATIVIDADES DO PROFISSIONAL
Mas não basta apenas se formar no curso superior e sair trabalhando por
aí como relações públicas. O exercício legal da profissão exige que o bacharel de
relações públicas solicite o seu registro profissional no Conrerp de sua região.
173
UNIDADE 3 | A PROFISSÃO E A PRÁTICA DE RELAÇÕES PÚBLICAS
Como estamos nos referindo ao Conferp e Conrerp, para ficar claro tam-
bém para você a diferença e os locais para obtenção do registro, precisamos ini-
cialmente estabelecer o Sistema Conferp como uma autarquia federal composto
pelo Conselho Federal e sete Conselhos Regionais.
E
IMPORTANT
Para se filiar ao Conferp/Conrerp de sua região, você precisa pagar uma anui-
dade para manutenção do Conselho Federal de Relações Públicas (Conferp). O valor é
obrigatório a todos os profissionais registrados que não comprovarem aposentadoria. O
pagamento da anuidade ocorre sempre nos meses de março. A inadimplência junto ao
Conferp prevê a inscrição do nome do associado em dívida ativa na Justiça Federal, cor-
rendo o risco de perder bens ou ter sua conta bloqueada (CONFERP, 2016).
175
UNIDADE 3 | A PROFISSÃO E A PRÁTICA DE RELAÇÕES PÚBLICAS
NOTA
O registro exigido pelo Conrerp é bastante parecido com aquele feito pelos
advogados, médicos ou engenheiros junto aos seus respectivos conselhos.
176
TÓPICO 2 | ATIVIDADES DO PROFISSIONAL
Nesse sentido, Cesca (2012, s.p.) nos mostra as principais atividades de-
senvolvidas pelos profissionais de relações públicas:
177
UNIDADE 3 | A PROFISSÃO E A PRÁTICA DE RELAÇÕES PÚBLICAS
NOTA
178
TÓPICO 2 | ATIVIDADES DO PROFISSIONAL
• Assessoria de imagem.
• Assessoria de imprensa.
• Atenção ao cliente.
• Carreira acadêmica.
• Comunicação comunitária.
• Comunicação eletrônica.
• Comunicação interna ou organizacional.
• Pesquisas de opinião.
179
UNIDADE 3 | A PROFISSÃO E A PRÁTICA DE RELAÇÕES PÚBLICAS
• Dinamismo.
• Facilidade de relacionamento.
• Cultura generalista.
• Conhecimento das transformações mundiais e da organização onde for atuar.
• Conhecimento de planejamento estratégico.
• Pensamento globalizado e ação localizada.
• Domínio de idiomas.
• Habilidade em redação.
• Conhecimento de estratégias de negócios.
• Boa cultura geral.
• Facilidade de rápida adaptação a mudanças.
E
IMPORTANT
Mas isso não para por aí. A atividade de relações públicas também tem
sofrido mudanças com a evolução das novas tecnologias de informação e comu-
nicação (TIC). É por essa razão que Dreyer (2017, s.p.) designa a atividade como
relações públicas contemporâneas:
180
TÓPICO 2 | ATIVIDADES DO PROFISSIONAL
Isso nos mostra que se você gosta das atividades de marketing digital
e mídias sociais, você também pode fazer dessa sua preferência a sua forma de
trabalho em relações públicas. Afinal, são muitos os públicos a serem atingidos e
os relacionamentos a serem mantidos que sempre cabe mais um profissional para
essa crescente área na comunicação como um todo.
Para finalizar esse tópico, devemos ainda ressaltar que as relações públicas
também oferecem uma contribuição à sociedade, assim como ocorre com as demais
profissões. Nesse sentido, nos valemos das palavras de Voltolini (2006, p. 88-89):
Mas colocar tudo isso em prática e como é o dia a dia de um relações pú-
blicas? A resposta a essas questões encontraremos no próximo tópico a respeito
dos públicos, processos e técnicas utilizadas pelos comunicólogos formados na
área. Até daqui a pouco!
182
TÓPICO 2 | ATIVIDADES DO PROFISSIONAL
183
RESUMO DO TÓPICO 2
• Além das várias atividades, que podem ser sintetizadas em programação, rela-
ções, redação e edição, informações, produção, eventos especiais, fala, pesquisa
e avaliação, há ainda a possibilidade de lecionar na carreira acadêmica ou em-
preender na área.
184
AUTOATIVIDADE
185
3 São muitas as atividades desempenhadas em relações públicas para alcan-
çar o objetivo de manter a compreensão mútua entre as organizações e seus
públicos. A respeito das atividades a realizadas no cotidiano do profissio-
nal, analise as afirmações a seguir.
PORQUE
186
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Depois de concebermos o conceito, os objetivos e as funções das relações
públicas e de identificarmos os campos de atuação e o perfil do profissional, pre-
cisamos aprender algumas noções a respeito da prática das relações públicas.
Por esse motivo começaremos o tópico com uma abordagem da atuação das
relações públicas nas organizações e relacionaremos as etapas do processo de relações
públicos. Aprenderemos a identificar os grupos de interesse para efetivar as ações.
187
UNIDADE 3 | A PROFISSÃO E A PRÁTICA DE RELAÇÕES PÚBLICAS
Feita essa distinção, Kunsch (2003) ressalta que as relações públicas cons-
tituem um subsistema organizacional – para recordar reveja a Figura 1 da Unida-
de 1. Sendo assim, elas não podem ser consideradas isoladamente.
188
TÓPICO 3 | NOÇÕES GERAIS DA PRÁTICA
190
TÓPICO 3 | NOÇÕES GERAIS DA PRÁTICA
Isso significa que as Relações Públicas não podem ser deixadas ao aca-
so. Não são atividades que acontecem por si sós, mas como decorrência
de esforços deliberados, contínuos e estrategicamente insertos em con-
textos amplos e relevantemente decisivos para os resultados conceitu-
ais, para as políticas de responsabilidade social e de lucratividade do
empreendimento. A natureza e o papel de Relações Públicas é alterar
uma situação presente, talvez desfavorável, para um posicionamento
futuro mais coeso com a direção dada ao objeto social que se pretende
modificar. Com um processo, empregado metódica e sistematicamen-
te, o profissional tem o instrumental necessário para efetivar diálogos
duradouros com os diversos grupos de interessados na organização.
É nesse sentido que as relações públicas atuam para cumprir com sua
meta-fim de desenvolvimento da instituição, dos grupos sociais e da comunidade
com a finalidade de estabelecer e manter a compreensão mútua entre a organi-
zação e os públicos, complementa Gutierrez Fortes (2003) ao relacionar as ações
com o conceito de RP.
Para Kunsch (2003), o planejamento vai além do que fazer, de que modo e
com que recursos. É uma atividade que exige conhecimentos, criatividade, análi-
se conjunturais e ambientais, além de aplicativos instrumentais técnicos.
191
UNIDADE 3 | A PROFISSÃO E A PRÁTICA DE RELAÇÕES PÚBLICAS
Com isso em mente, Lattimore et al. (2011) nos ensina que o planejamento
é composto por elementos. Os elementos iniciais são as metas, estabelecidas com
base no propósito, na missão, no objetivo e nas estratégias organizacionais.
192
TÓPICO 3 | NOÇÕES GERAIS DA PRÁTICA
193
UNIDADE 3 | A PROFISSÃO E A PRÁTICA DE RELAÇÕES PÚBLICAS
ATENCAO
194
TÓPICO 3 | NOÇÕES GERAIS DA PRÁTICA
195
UNIDADE 3 | A PROFISSÃO E A PRÁTICA DE RELAÇÕES PÚBLICAS
É nesse sentido que Lattimore et al. (2011) prefere utilizar o termo difusão
de informações para os públicos. Isso porque a palavra designa a forma com que
novas ideias são adotadas pela sociedade e, com as informações fornecidas pelas
relações públicas, não seria diferente.
196
TÓPICO 3 | NOÇÕES GERAIS DA PRÁTICA
197
UNIDADE 3 | A PROFISSÃO E A PRÁTICA DE RELAÇÕES PÚBLICAS
Por essa razão, Gutierrez Fortes (2003) nos mostra que os relacionamentos
com os públicos através da comunicação virtual apresentam três particularidades:
198
TÓPICO 3 | NOÇÕES GERAIS DA PRÁTICA
TUROS
ESTUDOS FU
As quatro etapas elencadas por Lattimore et al. (2011) para o funil de en-
volvimento da mensagem são: a atenção, o entendimento, a retenção e a ação.
Isso exige que os interesses do público e da organização sejam conciliados para
que as mensagens sejam atraentes e motivadoras.
199
UNIDADE 3 | A PROFISSÃO E A PRÁTICA DE RELAÇÕES PÚBLICAS
Algumas formas de controle propostas por Gutierrez Fortes (2003, p. 370) são:
200
TÓPICO 3 | NOÇÕES GERAIS DA PRÁTICA
Para tanto, vale a pena ficar atento aos questionamentos levantados por
Lattimore et al. (2011, p. 159-160) a esse respeito:
Mas não pense que o conteúdo termina por aqui. Ainda precisamos
aprender como as relações públicas trabalham e contribuem para a formação da
opinião pública e como integrar as ações de RP ao marketing e ao uso das mídias
sociais. Esses serão os temas do tópico final.
201
RESUMO DO TÓPICO 3
• As ações de relações públicas visam contribuir para agregar valor e ajudar as orga-
nizações a cumprirem sua missão e alcançar seus objetivos.
202
• As comunicações dirigidas visam a transmitir as informações para estabelecer a
comunicação limitada, orientada e frequente com um determinado público.
• Toda ação de RP deve tentar demonstrar o valor agregado à imagem e aos produ-
tos e serviços da organização.
203
AUTOATIVIDADE
204
cussão de temas que possam despertar a atenção do jornalista. Dependendo
do porte do evento, é indispensável a instalação de uma sala de imprensa
devidamente estruturada com atendimento especializado, equipamento,
material de apoio e facilidade de acesso. A recepção e encaminhamento de
repórteres, elaborações de convites, releases, distribuição de press kits são
tradicionais nessas ocasiões.
FONTE: <https://www.jb.com.br/redirect.php?url=/artigo/noticias/2018/07/17/as-midias-
sociais-e-as-manifestacoes-no-brasil/>. Acesso em: 10 jul. 2018 (adaptado).
205
Considerando esse contexto, avalie as afirmações a seguir:
206
UNIDADE 3
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Ao longo da unidade sobre relações públicas, temos destacado sempre a
necessidade de suas ações influenciarem na opinião pública. Para entendermos
como isso ocorre, precisamos inicialmente conceituar opinião pública.
207
UNIDADE 3 | A PROFISSÃO E A PRÁTICA DE RELAÇÕES PÚBLICAS
Na mesma linha, Torquato (2002) diz que a opinião pública nasce das ideias
e crenças individuais, que vão se aglomerando em núcleos e se expandido entre as
classes sociais e regiões e funcionam como uma tuba de ressonância dos fatos.
Porém, Lattimore et al. (2011) ressaltam que a maioria das pesquisas não é
muito útil do ponto de vista das relações públicas, pois elas medem a opinião de
massa em de a opinião pública. Nesse sentido, diferenciaremos as duas formas de
opinião baseados nos autores:
208
TÓPICO 4 | OPINIÃO PÚBLICA E RELAÇÕES PÚBLICAS EM REDE
209
UNIDADE 3 | A PROFISSÃO E A PRÁTICA DE RELAÇÕES PÚBLICAS
210
TÓPICO 4 | OPINIÃO PÚBLICA E RELAÇÕES PÚBLICAS EM REDE
Assim, conciliar o uso dos meios tradicionais com os meios digitais, cons-
titui o desafio das relações públicas na atualidade. O profissional deve planejar
a comunicação para todos os públicos e perceber o potencial da web quanto às
possibilidades de interação e visibilidade da marca (DREYER, 2017).
Mesmo assim, Pinho (2003, p. 92-93) relaciona outras tantas razões pelas
quais as organizações devem marcar presença na web na atualidade. São elas:
213
UNIDADE 3 | A PROFISSÃO E A PRÁTICA DE RELAÇÕES PÚBLICAS
NOTA
214
TÓPICO 4 | OPINIÃO PÚBLICA E RELAÇÕES PÚBLICAS EM REDE
É o conteúdo que faz com que a organização seja vista como líder de mer-
cado, ensina Scott (2008). O material deve servir para posicionar a organização
de alguma forma, como líder de pensamento em seu mercado, e que o público é
inteligente e entende que o mercado muito bem e que a organização e ele seriam
bons parceiros para negócios.
Como exemplo para isso, Scott (2008) recorda de campanhas que usam
personalidades ou mesmo presidentes de companhias concorrentes. Essa ação
precisaria ser disseminada ao máximo e o relações-públicas deveria ter um crono-
grama detalhado sobre a ação, para quem irá contá-la e quando irá fazer. Como
nos diz Scott (2008, p. 91):
O marketing viral – fazer com que outras pessoas contem sua história
em seu lugar – é uma das maneiras mais excitantes e poderosas de
atingir seu público. Não é tarefa fácil dominar esse poder. Mas, com
uma preparação cuidadosa, as notícias e as ideias inteligentes que têm
potencial para criar interesse poderão tornar qualquer organização fa-
mosa na internet.
Além de fazer com que seu conteúdo se torne spam, esse tipo de ação difi-
culta o estabelecimento de um relacionamento com os repórteres e editores. Para
manter esse relacionamento, Scott (2008, p. 177) sugere como ações de relações
públicas pela internet:
NOTA
216
TÓPICO 4 | OPINIÃO PÚBLICA E RELAÇÕES PÚBLICAS EM REDE
Por fim, mas não menos importante, Scott (2008) nos lembra da impor-
tância de trabalharmos os buscadores ou ferramentas de busca na internet. Elas
fazem com que a sua organização e a sua marca apareçam nas páginas iniciais
dos buscadores de informações na internet.
Uma lição simples ensinada por ele está em se tornar único, ter uma iden-
tidade para a organização e seus produtos, para que seja possível se destacar
na multidão tornar-se proeminente nos mecanismos de busca. Para tanto, Scott
(2008) recomenda seguir as seguintes diretrizes:
217
RESUMO DO TÓPICO 4
• A opinião pública nasce das ideias e crenças individuais, que vão se aglome-
rando em núcleos e se expandido entre as classes sociais e regiões.
• As relações públicas são a forma ideal para o monitoramento das mídias so-
ciais para saber o que as pessoas pensam a respeito da organização.
218
• A partir dessa descrição, o relações-públicas pode desenvolver conteúdo moti-
vador para esse público.
• É o conteúdo que faz com que a organização seja vista como líder de mercado.
CHAMADA
219
AUTOATIVIDADE
220
PORQUE
4 A opinião pública nasce das ideias e crenças individuais das pessoas, que se
aglomeram em núcleos e se expandem entre as classes e regiões geográficas,
e compõe-se da somatória de todas essas opiniões dos vários grupos de uma
sociedade. A respeito da opinião pública e sua importância para as relações
públicas, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
PORQUE
221
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE AGÊNCIAS DE PUBLICIDADE (ABAP).
Legislação integral. São Paulo: ABAP, 2019. Disponível em: https://bit.ly/3ayim45.
Acesso em: 19 nov. 2019.
222
GIORGIO, A. A. (Org.). Publicidade e propaganda. São Paulo: Pearson Education
do Brasil, 2015.
LEAL, C. Galo como símbolo da Publicidade. Por quê? 2016. Disponível em:
https://bit.ly/3axkQA1. Acesso em: 22 nov. 2019.
223
PINHEIRO, D.; GULLO, J. Comunicação integrada de marketing: gestão dos
elementos de comunicação: suporte às estratégias de marketing e de negócios da
empresa. São Paulo: Atlas, 2005.
224