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Integrada em
MARKETING
Comunicação Integrada
em Marketing
ISBN: 978-85-387-1493-4
CDD 658.8
Processo e planejamento da 27
Comunicação Integrada de Marketing (CIM)
27 | Introdução
27 | Processo da Comunicação Integrada de Marketing (CIM)
31 | Missão e visão
32 | Análise situacional
35 | Objetivos
37 | Orçamento
39 | Conclusão
47
Propaganda e mídias
47 | Introdução
47 | Conceito
48 | Objetivos
51 | Briefing
52 | Termos importantes em mídia
53 | Mídias selecionadas e suas características
56 | Conclusão
mário
63
Promoção de vendas e merchandising
63 | Introdução
64 | Conceito
65 | Objetivos e públicos
69 | Técnicas de promoção e de merchandising
73 | Conclusão
Introdução
De maneira geral, o conceito de marketing determina que uma organiza-
ção deve satisfazer as necessidades e os desejos dos clientes obtendo lucro
como troca. Assim, as empresas precisam direcionar seus esforços para satis-
fazer os anseios de seus clientes.
Esse raciocínio indica que se os clientes estão felizes com a troca estabe-
lecida, as vendas e os lucros aumentam.
Embora esse conceito pareça simples, sua implementação por toda a admi-
nistração não o é. As práticas de gerenciamento de inúmeras empresas priori-
zam até os dias atuais outras áreas como finanças, produção e operações.
O marketing
Marketing é um termo usado com diversos significados. Nos últimos anos
cada vez mais empresas, entidades e governos perceberam que ações e es-
tratégias de marketing contribuem significativamente com seus objetivos.
Para Kotler (2006, p. 4), “marketing é um processo social pelo qual indiví-
duos e grupos obtêm o que necessitam e desejam por meio da criação, da
oferta e da livre troca de produtos e serviços de valor com os outros”.
O relacionamento entre
o marketing e a comunicação
O aumento da concorrência e a intensificação da disputa pelos clientes
em diversos mercados ocasionaram um incremento da comunicação de
marketing. Pode-se afirmar que cresceu a importância do “P” de promo-
ção relativo ao mix de marketing. Nos tempos atuais a sociedade vivencia
uma verdadeira revolução relativa aos meios de informação e comunicação.
Análise da situação
Programas de marketing
Respostas do mercado-alvo
lar, por exemplo, deve possuir atributos, marca e embalagem que ofereçam
atratividade ao público-alvo escolhido. Mas isso não é suficiente, uma vez
que o preço deve ser compatível e de acordo com aquilo que o cliente-alvo
está disposto a pagar. É preciso também que o produto seja acessível e facil-
mente encontrado por esse público. Da mesma forma, a comunicação usará
as mídias e ferramentas de vendas, promoção e merchandising que levem as
informações e argumentações necessárias para atração dos clientes-alvo.
Conclusão
A compreensão da relação entre marketing e comunicação integra-
da é fundamental para o estabelecimento de estratégias mercadológicas.
Embora muitos confundam as expressões marketing e comunicação e outros
as tomem como sinônimas é importante ressaltar que há diferenças no seu
escopo e significado.
Garantindo a relevância do
marketing nas organizações
Cecília Andreucci* *
Cecília Andreucci é ad-
ministradora de empresas,
Há algumas décadas, a área de marketing reinava absoluta no jogo de mestre em comunicação e
práticas de consumo, pós-
poder das organizações. Em determinados momentos de crise econômica graduada em Marketing
(ESPM) e especialista em
Marketing de Bens de
esta força tendia para a área financeira, por razões óbvias, mas logo se via a Consumo (Kellogg Busi-
ness School). É sócia-dire-
retomada da importância do marketing. Era uma época de ouro onde, num tora da Brainz Marketing.
O primeiro deles, que tem sido muito debatido, e até por isso não pretendo
me aprofundar muito na questão, tem relação com a complexidade crescen-
te do ambiente de marketing. Nesse aspecto, podemos incluir a explosão de
marcas e produtos, a comoditização das marcas, a baixa lealdade dos consu-
midores, a hipercompetitividade dos mercados, a fragmentação e convergên-
cia das mídias, o baixo controle de conteúdos, especialmente na internet, a
força dos varejistas e as pressões por custos e resultados financeiros. O mundo
desse profissional ficou mais difícil e com isso mais difícil ainda ficou destacar-
-se nessa arena. Diante desse cenário, o “marqueteiro” sofre para comprovar
suas teses e convencer os acionistas e conselheiros de sua real contribuição
para o negócio. Estes, por sua vez, também optam pelo caminho mais seguro,
que tem relação com os resultados de curto prazo, deixando, assim, de inves-
tir, tanto na estrutura de marketing como em suas iniciativas estratégicas, que
muitas vezes só se justificam em médio e longo prazo.
Por outro lado, o profissional de marketing, seja por inabilidade ou por cir-
cunstâncias do meio em que está inserido, peca por não conseguir alinhar
suas estratégias e ações aos objetivos do negócio. Muitas vezes até desco-
nhece, de fato, o rumo da organização, conduzindo sua área como uma ilha
de bem-estar num mar de pragmatismo. Outras vezes, até conduz sua área de
forma pragmática, no sentido literal da palavra, mas voltado aos objetivos que
não são os esperados pelos acionistas. Daí surge uma contradição que mina,
dia a dia: a relevância da área perante os principais decisores.
Atividades de aplicação
1. Explique em que o conceito de marketing difere do conceito de comu-
nicação.
Gabarito
1. O conceito de marketing abrange as atividades de propaganda, vendas
e muitas outras. Pode-se dizer que as comunicações contribuem direta-
mente para o sucesso do marketing como ferramentas a serem utilizadas
para se atingir objetivos mercadológicos. O conceito de marketing en-
globa o estudo e a análise de todo processo de troca realizado pela em-
presa, no qual a construção da oferta recebe atenção especial. Por cons-
trução da oferta entende-se: criação e desenvolvimento de produtos,
marcas e embalagens, o posicionamento de preços, os canais de vendas
e distribuição, e as estratégias de comunicação. Marketing também se
responsabiliza pela captação, manutenção e fidelização de clientes.
Referências
AMERICAN MARKETING ASSOCIATION. Disponível em: <www.marketingpower.
com.br>.
CHURCHILL, G.; PETER, J. P. Marketing Criando Valor para os Clientes. São Paulo:
Saraiva, 2000.
Introdução
O gestor, gerente ou administrador, é todo aquele profissional responsá-
vel por recursos da empresa ou organização. É a pessoa que toma decisões
sobre o uso de recursos, independentemente de sua formação profissional
ou escolaridade. Recursos que podem ser materiais (como máquinas e equi-
pamentos), financeiros, humanos, de informação e tecnologia.
Processo da Comunicação
Integrada de Marketing (CIM)
Esse processo será explicado em diferentes graus de detalhamento, para
favorecer a compreensão por parte do leitor. Inicialmente será mostrada uma
ilustração com as etapas do processo da comunicação (integrada) no con-
texto do marketing para, em seguida, abordar, brevemente, cada uma delas,
de modo que fique mais claro para o leitor qual o encadeamento lógico das
atividades. Continuando, algumas dessas atividades serão aprofundadas em
tópicos subsequentes, enquanto outras merecerão capítulos específicos.
Análise competitiva
Usuários atuais Análise situacional
Dados geográficos
Orçamento
Tática de CIM
Venda pessoal Propaganda
Métodos de avaliação
Mas essa estratégia geral ainda não é executável diretamente, não se per-
cebe com facilidade o que especificamente deve ser feito na prática. Será
necessário tomar uma série de decisões táticas (táticas de CIM), envolvendo
o uso e a intensidade de uso das ferramentas (também chamadas variáveis
ou elementos) de comunicação de marketing, que são:
propaganda;
promoção de vendas;
venda pessoal;
marketing direto;
marketing digital;
Após terem sido gerados planos específicos relativos a cada uma dessas
variáveis da comunicação de marketing (ou seja, terem sido desenvolvidos
planos de venda pessoal, de marketing direto, e assim por diante), chega o
momento de reunir todas essas informações sob o formato de um documen-
to único, o plano de CIM.
Missão e visão
São afirmações básicas que orientam os negócios e as decisões da em-
presa. Possuem um caráter estratégico, servindo como diretrizes gerais para
todas as atividades e pessoas.
Análise situacional
Ainda que duas organizações que atuam num certo ramo de negócios
tenham a mesma missão e visão, o mais provável é que existam diferenças
substanciais na situação específica de cada uma delas.
Se num dado mercado o CDI está acima da referência (100 pontos), a ca-
tegoria de produto é mais bem aceita/consumida naquela região do que na
média do mercado. Por exemplo, o consumo de cereais matinais num bairro
de classe alta provavelmente será maior do que num bairro com população
menos abastada.
Objetivos
A determinação dos objetivos está intimamente ligada ao foco sob o qual
a situação é observada. Um foco estreito demais pode levar as pessoas a
enxergarem apenas os sintomas do problema, e não suas causas. Com isso,
claro, os objetivos estarão ligados ao combate dos sintomas, sem atacar a
fonte dos problemas.
Por outro lado, estabelecer objetivos amplos demais, vagos e gerais, dificul-
ta a ação, e o resultado é que pouco consegue ser alcançado, pois o esforço fica
diluído e não há concentração de forças suficiente para efetuar mudanças.
O gerente não deve forçar ou impor suas próprias ideias sobre as das
outras pessoas. É preciso entender que todo mercado é, na verdade, hete-
rogêneo e composto por pessoas que, além dessas distinções entre si, ainda
são também diferentes do que o próprio gerente. Isso tudo é ainda mais re-
levante quando se trata de outra cultura (ou subcultura). O gestor de marke-
ting precisa estar alerta para evitar o etnocentrismo. Ou seja, deve manter-se
atento à existência de outros significados, comportamentos, atitudes que
pessoas de culturas diferentes da sua própria terão. Para os brasileiros, e para
muitos dos ocidentais, casar-se de branco é mais do que normal; é até difícil
imaginar uma jovem solteira chegar ao altar com um vestido de outra cor.
Já na cultura chinesa espera-se que a noiva tenha um lindo traje vermelho,
num tom bem vivo, afinal, para eles, vermelho é a cor da paixão.
Uma avaliação técnica neutra pode indicar, por exemplo, que os produtos
da organização são superiores aos da concorrência. Mas, apesar de seus produ-
tos serem funcionalmente melhores, podem ser percebidos pelo público como
inferiores. Isso é um problema que a comunicação tem condições de atacar.
Orçamento
Estabelecidos os objetivos da comunicação, é a vez de se decidir sobre
a quantia de dinheiro necessária para se alcançar tais objetivos, o que re-
sulta num orçamento (budget). É uma decisão de grande importância, uma
vez que envolve valores expressivos e, em grande medida, restringe a real
chance de atingir o que se espera. Mesmo assim, muitas empresas e organi-
zações não dão atenção suficiente a esse ponto, buscando soluções rápidas,
mas difíceis de defender sob um ponto de vista lógico e racional.
Conclusão
A comunicação de marketing busca persuadir os públicos. Compreender
bem o processo de comunicação, e realizá-lo de forma a integrar as ferra-
mentas, é condição indispensável para o uso mais racional e econômico dos
recursos (sempre limitados!) da empresa. Com esse uso eficiente de recursos,
direcionados segundo os objetivos que se deseja alcançar, contribui-se para
a eficácia da organização.
Selma conta ainda que nos anos 1990 as ferramentas de marketing como
promoção, eventos e merchandising ganharam importância. “Não podemos
esquecer que o movimento atual do fortalecimento das ações de promoção,
eventos, campanhas de incentivos e ações de guerrilhas é a migração da
verba dos clientes. Ainda que o mercado de publicidade tradicional esteja em
crescimento, o tamanho da fatia do bolo da propaganda tradicional na verba
de Marketing das empresas vem diminuindo”, analisa. Estimativas de mercado
indicam que os serviços especializados já correspondem a 60% da fatia, dei-
xando a publicidade tradicional com 40%.
Na publicidade
A integração tornou-se de tal forma uma exigência do mercado que as
agências investem em meios alternativos de levar a mensagem ao público.
A Neogama/BBH tornou essa característica intrínseca aos seus valores. Sob o
comando de Geraldo Rocha Azevedo, a Presidência de Ações Integradas tem
como principal objetivo fazer com que as campanhas agreguem a execução
de modo a ampliar o alcance para além dos 30 segundos ou da mídia impren-
sa, como informa o próprio Geraldo.
No marketing
O marketing tem se tornado o meio e a finalidade de muitas das ações de
comunicação integrada. Ele se faz presente seja através da promoção (even-
tos, brindes, incentivo) ou da estratégia. A 360 BTL é uma das empresas que
absorveu a tendência e traz até no nome as características de integração. A
agência tem pouco mais de dois anos, mas desde 1997, quando Wagner Zara-
tin estava na F/Nazca, ele já havia notado a necessidade de atuar com todos
os conceitos de comunicação para uma marca.
Para Célio Ashcar Junior, diretor geral da Mix Comunicação Integrada, em-
presa de marketing promocional do Grupo Giovanni+DraftFCB, o ano de 2007
tem tudo para consolidar a integração junto às ferramentas das agências, prin-
cipalmente porque hoje marketing e vendas estão mais alinhados. “A agência
tem que levar todas as ferramentas e cabe ao cliente escolher”.
Outra área que vinha sendo apontada como periférica há algum tempo
ganhou espaço no cotidiano dos consumidores e, consequentemente, no in-
teresse das empresas. A internet se tornou um dos principais pontos de en-
contro, capaz de reunir ações de todas as áreas em blogs e redes sociais.
Atividades de aplicação
1. Como os dados geográficos contribuem para a análise da situação?
2. Por que é importante ter cuidado com o foco da análise quando se vai
fixar os objetivos da comunicação integrada de marketing?
3. Por que os objetivos da CIM devem ser, entre outras coisas, claros, rea-
listas e mensuráveis?
Gabarito
1. Eles ajudam a entender as características e peculiaridades do merca-
do, permitindo detectar oportunidades e ameaças, semelhanças e di-
ferenças entre as regiões.
claros, todos podem entender o que se espera que seja feito e po-
dem trabalhar para isso;
Referências
DIAS, S. R. (Coord.). Gestão de Marketing. São Paulo: Saraiva, 2003.
KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de Marketing. 16. ed. São Paulo: Pear-
son, 2006.
LAMB JR., C. W.; HAIR JR., J. F.; MCDANIEL, C. Princípios de Marketing. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2004.
Introdução
Os assuntos deste capítulo são a propaganda, seus objetivos e suas ca-
racterísticas, e a mídia empregada para que a propaganda possa chegar aos
públicos-alvo.
Conceito
Propaganda, segundo Kotler e Keller (2006, p. 566), “é qualquer forma
paga de apresentação não pessoal e promocional de ideias, bens ou serviços
por um patrocinador identificado.”
Objetivos
A propaganda é versátil e poderosa, constituindo-se numa variável do
composto de marketing que, com frequência, será acionada para que os ob-
jetivos estratégicos da CIM sejam alcançados.
Briefing
É um termo em inglês, muito usado no Brasil, que segundo o dicionário
Oxford (2000, p. 146) significa que as instruções ou informações detalhadas
prestadas durante um encontro, ou o próprio encontro em que essas instru-
ções ou informações são fornecidas.
Gross Rating Points (GRP) é a soma das audiências domiciliares obtida por
uma determinada campanha de comunicação. É mais facilmente calculada
pela multiplicação do alcance pela frequência média. No caso, vale 95 (75
. 1,27). Note que não se usa o percentual (é 95, não 95% – e no cálculo foi
utilizado 75, deixando-se de lado que era 75%).
ternativas mais alinhadas com suas preferências e interesses. Entre essas al-
ternativas estão os filmes, séries e programas gravados (videocassete, dvd,
blu-ray etc.), e os canais pagos.
Por outro lado, a internet é aliada dos meios de comunicação por derru-
bar as barreiras geográficas e temporais. Uma revista, jornal, rádio ou tele-
visão podem ser lidos, ouvidos ou assistidos de qualquer lugar do planeta,
desde que uma conexão apropriada esteja disponível. Isso traz possibilida-
des novas, como a venda de conteúdos mais personalizados e sob demanda,
sem implicar em custos de impressão ou distribuição.
Conclusão
A propaganda continua a ser um elemento importante dentro do mix de
comunicação das organizações. No entanto, deve-se entender que ela não
é capaz de resolver todos os problemas, nem é indicada para todas as situa-
ções ou mercados da mesma forma.
56 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A.,
mais informações www.iesde.com.br
Propaganda e mídias
O Código Brasileiro de
Autorregulamentação Publicitária
(CONAR, 2010)
Foi criada, então, uma organização não governamental (ONG) com o ob-
jetivo de fazer cumprir o Código. Essa ONG é o Conselho Nacional de Autor-
Parágrafo único. Não são capituladas neste Código as atividades de Relações Públicas e
Publicity, por serem ambas distintas tanto da publicidade quanto da propaganda.
Artigo 9.º
A atividade publicitária de que trata este Código será sempre ostensiva.
§1.º A alusão à marca de produto ou serviço, razão social do anunciante ou emprego de
elementos reconhecidamente a ele associados atende ao princípio da ostensividade.
§2.º O teaser, assim entendida a mensagem que visa a criar expectativa ou curiosidade no
público, poderá prescindir da identificação do anunciante, do produto ou do serviço.
Artigo 10.
A publicidade indireta ou merchandising submeter-se-á igualmente a todas as normas
dispostas neste Código, em especial os princípios de ostensividade (artigo 9.º) e identificação
publicitária (artigo 28).
Artigo 11.
A propaganda política e a político-partidária não são capituladas neste Código.
Artigo 12.
A publicidade governamental, bem como a de empresas subsidiárias, autarquias, empresas
públicas, departamentos, entidades paraestatais, sociedades de economia mista e agentes
oficiais da União, dos Estados, dos Territórios, dos Municípios e do Distrito Federal, salvo
proibição legal, deve se conformar a este Código da mesma forma que a publicidade
realizada pela iniciativa privada.
Artigo 13.
A publicidade de causas, instituições sociais, fundações ou de quaisquer outras atividades
ou entidades sem fins lucrativos também será regida por este Código, em tudo que lhe
couber.
Seção 3 – Interpretação
Artigo 14.
Este Código deve ser aplicado no espírito tanto quanto na letra.
Artigo 15.
Os padrões éticos de conduta estabelecidos neste Código devem ser respeitados por
quantos estão envolvidos na atividade publicitária, sejam Anunciantes, Agências de
Publicidade, Veículos de Divulgação, sejam Publicitários, Jornalistas e outros Profissionais
de Comunicação participantes do processo publicitário.
Artigo 16.
Embora concebido essencialmente como instrumento de autodisciplina da atividade
publicitária, este Código é também destinado ao uso das autoridades e Tribunais como
documento de referência e fonte subsidiária no contexto da legislação da propaganda e de
outras leis, decretos, portarias, normas ou instruções que direta ou indiretamente afetem
ou sejam afetadas pelo anúncio.
Artigo 17.
Ao aferir a conformidade de uma campanha ou anúncio aos termos deste Código, o teste
primordial deve ser o impacto provável do anúncio, como um todo, sobre aqueles que
irão vê-lo ou ouvi-lo. A partir dessa análise global é que se examinará detalhadamente
cada parte do conteúdo visual, verbal ou oral do anúncio, bem como a natureza do meio
utilizado para sua veiculação.
Artigo 18.
Para os efeitos deste Código:
a. a palavra anúncio é aplicada em seu sentido lato, abrangendo qualquer espécie de
publicidade, seja qual for o meio que a veicule. Embalagens, rótulos, folhetos e material
de ponto de venda são, para esse efeito, formas de publicidade. A palavra anúncio só
abrange, todavia, a publicidade realizada em espaço ou tempo pagos pelo Anunciante;
b. a palavra produto inclui bens, serviços, facilidades, instituições, conceitos ou ideias que
sejam promovidos pela publicidade;
c. a palavra consumidor refere-se a toda pessoa que possa ser atingida pelo anúncio, seja
como consumidor final, público intermediário ou usuário.
Atividades de aplicação
1. O que é propaganda?
2. O que é o briefing de comunicação?
3. Mostre vantagens e desvantagens da televisão em relação a outras mí-
dias.
4. Comente sobre os impactos da tecnologia sobre as mídias tradicionais.
Gabarito
1. É qualquer forma paga de apresentação não pessoal e promocional de
ideias, bens ou serviços por um patrocinador identificado.
Referências
COBRA, M. Administração de Marketing no Brasil. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2009.
KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de Marketing. 16. ed. São Paulo: Pear-
son, 2006.
LAMB JR., C. W.; HAIR JR., J. F.; MCDANIEL, C. Princípios de Marketing. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2004.
Introdução
Este capítulo trata de dois assuntos importantes, relacionados entre si, e
que, além disso, são chamados por termos que causam alguma confusão.
Conceito
Promoção de vendas, segundo Kotler (2000, p. 570), é definida como “uma
variedade de incentivos de curto prazo para encorajar a experimentação ou
a compra de um produto ou serviço”.
Kotler e Keller (2006, p. 585) advertem que a propaganda está mais ligada
à construção de fidelidade à marca, enquanto que as promoções de venda
têm efeito discutível nesse ponto.
Objetivos e públicos
As estratégias de promoção de vendas visam tanto o público externo
à empresa quanto o interno, oferecendo uma possibilidade de cobertura
ampla, comunicando às pessoas, dentro ou fora da empresa, mensagens
sobre as marcas e produtos da organização.
Fabricantes
Atacadistas
Internet
Telefone
Correio
Varejistas
Consumidores
A figura 2 mostra o processo básico para fixação das estratégias por pú-
blico, com suas etapas.
Com isso, a execução das estratégias pode ser monitorada e, havendo di-
ferenças substanciais, corrigida a tempo. É importante estar atento aos fatos
e resultados, evitando surpresas desagradáveis. Vale lembrar que o merca-
do é dinâmico; a concorrência também fará movimentos, defensivos ou de
ataque. Além disso, ao controlar e manter registro do desenvolvimento das
ações, a empresa e o gerente obtêm condições de aprender com a experiên-
cia, melhorando os resultados do processo no futuro.
Perfil do público
Promoção
Tempo de duração
Forma de controle
Segundo Lamb, Hair e McDaniel (2004, p. 535), faz sentido que a campa-
nha de promoção de vendas seja pensada conforme os hábitos dos grupos
de compradores, pois, em geral, “funciona melhor para alterar comporta-
mentos do que atitudes.”
menor. Não é fácil concorrer com tantos outros estímulos, todos querendo
atrair a atenção do consumidor naqueles breves instantes em que a pessoa
está se decidindo sobre as compras que vai realizar.
Divulgação.
Divulgação.
Figura 3 – Exemplos de displays (à direita) e de embalagens-display (à esquerda, onde também se vê
o produto embalado).
Divulgação.
Conclusão
A promoção de vendas é uma das ferramentas da comunicação integrada
de marketing e busca estimular a experimentação e elevar o consumo por
parte do consumidor, bem como aumentar a disponibilidade do produto
nos canais, entre outras coisas. É aplicável nas relações da empresa com in-
termediários, consumidores finais e, até, seus próprios colaboradores.
Atividades de aplicação
1. O que é a promoção de vendas?
Gabarito
1. É uma variedade de incentivos de curto prazo para encorajar a experi-
mentação ou a compra de um produto ou serviço.
Referências
BLACKWELL, R.; MINIARDI, P.; ENGEL, J. Comportamento do. Consumidor. São
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.
_____. Administração de Marketing. 10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000.
KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de Marketing. 16. ed. São Paulo: Pear-
son, 2006.
LAMB JR., C. W.; HAIR JR., J. F.; MCDANIEL, C. Princípios de Marketing. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2004.
Introdução
Embora muitos acreditem que a atividade de vendas é sinônimo de
marketing, ela é na verdade um de seus componentes. Nenhuma empresa
sobrevive sem vendas, mas cabe ao marketing, como filosofia de negócios,
buscar a compreensão tão profunda sobre o que os clientes querem e preci-
sam, e realizar o ajuste tão perfeito entre a oferta e a demanda, que a venda
se torne uma consequência natural, sem a necessidade de esforço.
Como esse nível de perfeição ainda não foi alcançado pelas organizações,
elas continuam confiando em seus departamentos de vendas – e dependen-
do deles – para concretizar os negócios e atingir os resultados necessários à
sobrevivência da empresa.
Mesmo que a análise desses fatores seja positiva, eles perdem a impor-
tância se a empresa não verifica um resultado crucial: o aumento dos lucros
do vendedor. Afinal, a percepção de um cliente acerca de uma compra pode
ser bastante subjetiva, e somente o cruzamento das respostas, aliado à curva
de crescimento dos lucros, permite uma análise objetiva desses dados.
O primeiro passo em direção a essa conquista deve ser uma visita ao clien-
te, com o intuito de investigar os motivos que o fizeram desistir da compra.
Isso deve ser feito de maneira profissional, partindo do pressuposto de que
o cliente deixou de fazer a compra também por um motivo profissional, ob-
jetivo, e não necessariamente porque não aprecia o vendedor.
São questões que não têm resposta simples ou fácil. E, no entanto, fazem
parte do cotidiano em vendas. Alguns preferem não pensar sobre esses
pontos. Outros tentam convencer aos outros e a si próprios que tudo é
válido. Será mesmo?
O trabalho é uma das atividades da pessoa, um dos papéis que ela de-
sempenha em sua vida. A ética deve estar presente em todos os momentos
e em todas as ações do indivíduo. Suas escolhas sobre o que fazer – e o que
não fazer – trazem consequências presentes e futuras, as quais, muitas vezes,
é difícil prever ou avaliar.
(SILVA, 2001)
Fonte Mensagem Mensagem Destino
Ruído
Feedback
Recebe Transmite
Para haver comunicação entre essas duas pessoas, será necessário que o
emissor transforme (codifique) aquilo que quer transmitir numa mensagem
que possa fluir por um canal de comunicação em direção ao receptor. Como
ele conhece o código utilizado, será capaz de decodificar a mensagem rece-
bida, compreendendo aquilo que o transmissor queria comunicar.
Exemplificando, Fábio vai fazer uma festa e quer convidar Diana. Fábio
pode dizer para ela: “Que tal vir à minha festa na sexta-feira? Começa às 22h.”
Ele traduziu seu pensamento em uma mensagem composta por série de
palavras em português (código). Pode ter telefonado ou enviado um e-mail
(canal) para ela. E como Diana entende português, ela é capaz de decodifi-
car aquela série de sons (no caso do telefonema) ou letras escritas (no caso
do e-mail), e compreender que Fábio vai fazer uma festa para a qual ela está
convidada.
Além dos sinais enviados pelo cliente, o vendedor deve estar atento às
barreiras de comunicação, que podem impedir que uma venda se concreti-
ze. Algumas das razões que conduzem às dificuldades de comunicação são
mostradas a seguir.
Métodos de vendas
Existem muitas maneiras pelas quais se pode vender. A venda tradicional
é caracterizada pela demonstração, por parte do vendedor, das qualidades
do produto, ressaltando as vantagens que o comprador obterá se adqui-
Por fim, uma venda pode também ser personalizada, propondo ao ven-
dedor agir de acordo com sua percepção acerca do método pelo qual cada
cliente gostaria de comprar. Essa modalidade baseia-se na classificação do
comprador entre 16 traços psicológicos e em estudos de programação neu-
rolinguística (PNL), corrente que afirma terem as pessoas padrões previsíveis
de comportamento, apresentados no Eneagrama da Personalidade. A neuro-
linguística é o estudo dos mecanismos do cérebro, enquanto o eneagrama é
uma figura geométrica de nove pontos que foi aproveitada pela psicologia
para desenvolver o Eneagrama de Personalidade, no qual cada ponto corres-
ponde a um comportamento tipicamente humano.
Conclusão
A comunicação entre vendedor e comprador é um fator determinante
para a concretização de uma venda, e o vendedor deve estar atento não só à
linguagem verbal, mas também aos sinais corporais emitidos pelo cliente.
A venda pessoal, ainda que represente um alto custo para a empresa, sig-
nifica também uma grande chance de ganhar terreno frente à concorrência.
Sendo assim, o investimento na equipe de vendas é essencial para as empre-
sas que querem expandir sua atuação.
Além disso, o serviço Pay per Use disponibiliza opções de eletricistas, office
boys, sala de reuniões e até mini lan houses em determinadas obras. Devido
ao custo de manutenção desses serviços, eles ficam restritos a imóveis da
Gafisa. “Para o cliente da Tenda, o mais importante é ele ter a sua casa própria”,
afirma o profissional de marketing. Para a construtora, o relacionamento é tão
importante que para se aproximar ainda mais do cliente a construtora investe
no programa “Viver Bem”.
Atividades de aplicação
1. Qual a diferença entre uma venda tradicional e uma venda colabora-
tiva, ou não manipulativa?
2. Quais são os sinais não verbais que um cliente pode enviar ao vende-
dor, e como este pode agir diante de cada situação?
Gabarito
1. Na venda tradicional o comprador apresenta as características do
produto ou serviço, expondo as vantagens que o comprador pode-
rá obter. As necessidades reais do comprador não estão em primeiro
plano. Já na venda colaborativa, o foco são as necessidades do clien-
te, e ocorre o desenvolvimento de um relacionamento a longo prazo,
para estabelecimento de confiança por parte do comprador.
Referências
OGDEN, J. R. Comunicação Integrada de Marketing: modelo prático para um
plano criativo e inovador. São Paulo: Prentice Hall, 2002.
Para ser eficiente, um banco de dados deve conter dados que indiquem
os clientes que compraram mais recentemente (recência), os que compram
mais frequentemente (frequência) e aqueles que gastaram determinados
valores, sejam os mais altos ou um valor médio determinado por cada em-
presa de acordo com suas metas (valor), bem como a categoria de produto
ou serviço que foi adquirido.
Conceitos
O marketing direto utiliza canais que vão diretamente ao encontro dos
clientes, como malas diretas, catálogos e telemarketing, por exemplo. Por
meio desses canais são oferecidos produtos e serviços, e a resposta dos clien-
tes é inteiramente mensurável, uma vez que a medida é o próprio pedido.
Muitas empresas, entretanto, utilizam o marketing direto não só para con-
cretizar compras, mas também para fidelizar os clientes. É o caso de compa-
nhias aéreas e redes de hotéis, que oferecem programas de milhagem e de
bônus em diárias de hotéis para clientes cadastrados. O alto custo exigido
para manutenção de uma equipe de vendas também é um fator que influen-
cia diretamente o crescimento do número de empresas que adotam o ma-
rketing direto (KOTLER; KELLER, 2006).
Mala direta
A mala direta é um dos canais mais disseminados de marketing direto
e consiste no envio de ofertas, anúncios ou mensagens institucionais para
um endereço específico – físico ou eletrônico. Os endereços são seleciona-
dos a partir de uma base de dados e comporão um mailing, que pode ser
geral ou especializado de acordo com os interesses da empresa. É possível
compor mailings a partir do gênero, idade, escolaridade, renda ou hobbies,
por exemplo.
Kotler e Keller (2006) apontam cinco etapas pelas quais a mala direta já
passou, até chegar à configuração apresentada na atualidade.
Marketing de catálogo
Outra modalidade de marketing direto é marketing de catálogo, na qual as
empresas enviam um ou mais catálogos de seus produtos, impressos ou eletrô-
nicos, a um endereço específico. A venda por catálogos representa um grande
negócio para as empresas, mas ao mesmo tempo exige um alto grau de organi-
zação, de forma a evitar os maus pagadores e o envio de catálogos em duplici-
dade (o que resulta no desperdício de material de divulgação), por exemplo.
Telemarketing
Telemarketing é definido por Kotler e Keller (2006, p. 613) como o “uso de
operadores de telefone para atrair novos clientes, entrar em contato com
clientes atuais, aferir o nível de satisfação ou receber pedidos”. O telemarke-
ting pode ser passivo, configurado quando a central de ligações (call center)
recebe ligações dos clientes, ou ativo, quando a empresa contata clientes
atuais e potenciais. Os autores vão além, definindo quatro tipos de telemarke-
ting utilizados pelas empresas (KOTLER; KELLER, 2006, p. 613).
Outros recursos
Além da mala direta, da venda por catálogos e telemarketing, os profissio-
nais de marketing utilizam a televisão e quiosques para oferecer produtos e
serviços diretamente aos consumidores potenciais.
Para tornar uma oferta atraente, um recurso bastante utilizado pelos pro-
fissionais de marketing direto é a criação de ofertas com múltiplos apelos.
Um exemplo clássico dessa modalidade são as ofertas de assinatura de
jornais e revistas. Muitas oferecem ao consumidor, numa mesma ação de
marketing direto, oportunidade de assinar com desconto, ganhar exempla-
res grátis (“assine por 12 meses e receba 15 edições mensais” ou “o primeiro
exemplar é grátis”), ganhar mais descontos na renovação da assinatura e re-
ceber brindes exclusivos (como canecas ou bolsas de viagem).
Ao se criar uma oferta, o primeiro fator a ser decidido é o preço, que deve
ser definido de acordo com a margem de lucro pretendida pela empresa,
bem como pela análise dos preços cobrados pela concorrência. É importante
também definir taxas de remessa e manuseio, que não devem afetar nega-
tivamente as vendas. Para estabelecer esses valores, muitos seguem a regra
prática de aplicar 10% sobre o preço básico de venda.
O uso de jargões deve ser analisado com atenção, pois ao mesmo tempo
que podem aproximar o cliente potencial, mostrando a ele que a empre-
sa entende do que vende, podem também afastá-lo, caso o mailing que irá
receber a ação de marketing direto não seja exclusivamente formado por
pessoas especializadas naquele determinado assunto.
De um modo geral, ofertas que trazem prazos para resposta (“É só esta
semana!”), o que acrescenta urgência à oferta, também costuma trazer resul-
tados positivos, assim como a limitação da oferta, fazendo uso da psicologia
para apelar ao desejo dos consumidores de sentir-se único (“Esta oferta é
dirigida para pessoas especiais” ou “Você foi selecionado....”).
Por fim, as ofertas devem sempre trazer garantias por escrito, seja da qua-
lidade do serviço ou produto, garantia de troca ou de devolução dos valores
pagos no caso de insatisfação do cliente. São as garantias que oferecem se-
gurança para que o consumidor continue comprando e indique o produto
ou serviço a seus conhecidos.
Marketing industrial
No marketing industrial, ou business to business, as metas são diferentes do
marketing direto ao consumidor, e a principal diferença é a extensão do públi-
co-alvo. O marketing industrial visa um pequeno grupo de empresas, e muitas
vezes um mailing é composto de várias pessoas de uma mesma empresa.
Marketing de relacionamento
O marketing de relacionamento é a estratégia adotada pelas empresas
para fidelização dos clientes, e a equipe de vendas tem papel fundamen-
tal nesse processo. Para elaborar diretrizes que orientarão seus vendedores
rumo ao objetivo de criar clientes do amanhã, Futrell (2003, p. 42) sugere que
sejam respondidas quatro questões básicas:
Conclusão
O marketing direto é uma importante ferramenta para alavancagem de
vendas, prospecção de clientes, fidelização e cruzamento de vendas, entre
outros objetivos, além de ser altamente mensurável. Para ser eficaz, entre-
tanto, ele deve seguir algumas orientações básicas, bem como respeitar as
diferenças básicas entre marketing direto ao consumidor e marketing direto
business to business.
(ABEMD)
I. Objetivo
II. Definições
IV. Recomendações
1. Recomendações básicas
Toda e qualquer negociação ou pedido deve ser formal, ou seja, por es-
crito, contendo todas as informações e com o máximo de detalhe pos-
sível. Um “de acordo” é importante nesses casos.
2. Acordo de confidencialidade
3. Propriedade da lista
4. Atualização da lista
5. Datas e prazos
Quando a lista for cedida através de uma fita magnética ou disquete, defi-
nir um prazo para devolução desse meio físico. A definição do prazo para
utilização da lista é importante, porque esta se desatualiza constantemen-
te. E se ocorrer um longo período entre a geração da lista e a postagem
das peças haverá um índice maior de desatualização dos endereços.
7. Segmentação
8. Nixies
9. Teste
Antes de adquirir o direito de uso de uma lista com grande volume de
nomes, realizar testes com uma amostra segmentada, representativa
do total da lista.
Além do nível de atualização, outro aspecto importante de qualidade
de lista que pode ser verificado durante um teste é a identificação da
existência de duplicidades.
Existem duas preocupações básicas com a segurança. A primeira diz
respeito à chegada das peças ao destino. E a segunda à segurança física
dos dados.
É importante verificar o conteúdo dos dados contidos na lista, ou seja,
verificar se os conteúdos dos campos (nome, endereço, cep etc.) estão
corretamente impressos na etiqueta ou gravados no meio magnético.
Evite listas com CEPs genéricos (ex.: 01000, 20000 etc.), pois isso é sinal
claro de desatualização, podendo indicar problemas durante a posta-
gem, gerando até o não recebimento pelos destinatários.
Atividades de aplicação
1. Descreva os quatro tipos de telemarketing utilizados pelas empresas,
segundo Kotler e Keller.
Gabarito
1. Os quatro tipos de telemarketing são:
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MARKETING DIRETO. Glossário de Marketing
Direto. Disponível em: <www.abemd.org.br/Glossario.aspx>. Acesso em: 20 ago.
2010.
Introdução
Os investimentos em centrais de atendimento ao consumidor compro-
vam que as organizações perceberam a necessidade de comunicação e cria-
ção de canais de acesso aos seus clientes.
Por meio desses canais, o público pode sugerir, reclamar, opinar e solici-
tar diretamente às empresas. Para que as solicitações sejam atendidas, bem
como as reclamações e opiniões ouvidas, entretanto, tais canais devem fun-
cionar de forma eficaz.
Embora essa seja uma concepção a cada dia mais disseminada no Brasil e
no resto do mundo, muitas empresas ainda desconhecem a necessidade do
planejamento e do grau de especialização exigidos desses profissionais.
Relações públicas
A configuração atual do profissional de Relações Públicas surgiu no Brasil
da década de 1950, como consequência natural da política industrial desen-
volvimentista iniciada por Getúlio Vargas, à qual Juscelino Kubitschek deu
continuidade.
Eventos
Um evento é um acontecimento não rotineiro, que desperta atenção, e
no campo organizacional deve ser antecipadamente planejado. Tem local
determinado e espaço de tempo definido, e reúne pessoas com interesses
em comum.
complexa, que deve levar em conta uma série de fatores. O primeiro a ser
considerado é o caráter da organização promotora do evento.
Organização de eventos
O planejamento e organização de eventos contempla três etapas: (1) de-
terminação da viabilidade econômica, (2) captação de recursos e (3) reali-
zação, que por sua vez é dividida em três fases: pré-evento, evento e pós-
-evento.
Publicidade
Uma das funções das peças publicitárias é persuadir um público específi-
co, chamado no meio publicitário de target, e formado por indivíduos que já
consomem um determinado produto ou serviço, ou poderiam consumi-lo.
O papel do profissional de Publicidade é moldar essa peça de acordo com as
características de cada público.
Por outro lado, mensagens “quentes” são representadas por aquelas com
grande carga de informações precisas e alto grau de complexidade, o que
atrairia menos público em função da necessidade de maior esforço de deco-
dificação por parte do receptor.
Conclusão
A comunicação integrada, que une os profissionais de Relações Públi-
cas, Eventos e Publicidade, é uma realidade para as empresas brasileiras, e
exige planejamento, investimentos, valorização e contratação de profissio-
nais especializados, dispostos a trabalhar em conjunto com demais áreas
pertinentes.
Trata-se, portanto, de um trabalho conjunto das três áreas, sendo que cada
profissional tem contribuições valiosas a fornecer, sempre com o objetivo de
consolidar uma imagem que beneficie a empresa perante seu público.
Descrição do case
As aquisições exigiram um eficiente planejamento de comunicação inte-
grada para o seu sucesso. No caso da Engelhard Corporation, apesar de ter
sido fundada por um alemão, sua sede estava situada nos Estados Unidos e
a cultura da empresa e dos negócios era tipicamente americana. O número
de colaboradores ao redor do mundo era grande, cerca de 8 600 pessoas dis-
tribuídas entre 49 fábricas e 23 países. Na América do Sul, a empresa possuía
uma única fábrica, situada em Indaiatuba-SP, e um escritório comercial em
São Caetano do Sul-SP, e contava com 50 colaboradores.
Briefing
Integrar simultaneamente duas culturas com diferenças substanciais entre
si e com a cultura BASF, preservando as suas melhores qualidades. Manter as
partes interessadas bem informadas. Reduzir o grau de ansiedade dos colabo-
radores, gerando uma predisposição favorável à nova realidade.
Objetivos
Tornar clara a importância das aquisições para os objetivos de crescimento
da BASF. Acolher e criar vínculos emocionais com os novos colaboradores, de-
senvolvendo neles um sentimento de orgulho de pertencer à BASF. Contribuir
para reter os talentos existentes nas empresas adquiridas.
Público-alvo interno
Colaboradores da BASF na América do Sul.
Público-alvo externo
Clientes, fornecedores, imprensa (local, nacional e especializada), autorida-
des, formadores de opinião.
Estratégias
Estabelecer um Time Global de Comunicação e conceber um Processo
Mundial, traduzido e adaptado às especificidades locais. Estruturar a comu-
nicação para atender às demandas antes, durante e após a aquisição. Aplicar
princípios de comunicação integrada e de one voice policy (política de uma
só voz). Divulgar mensagens cumulativas, distribuídas nas fases: negociação,
preparação e integração.
Ações
A comunicação para as aquisições contemplou os mesmos veículos, com
abordagens e conteúdos diferenciados.
Metodologia de avaliação
Resultados
Atividades de aplicação
1. Quais são as funções básicas do profissional de Relações Públicas?
Gabarito
1. As funções básicas do profissional de Relações Públicas são: assessoria
(sugestões, em concordância com a área de marketing, à alta admi-
nistração), pesquisa (respaldo das sugestões em dados concretos e
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., 129
mais informações www.iesde.com.br
Relações públicas, eventos e publicidade
Referências
CAMPANHA de comunicação integrada em processos de aquisição. Disponível
em: <www.conrerp2.org.br/index.php?mact=News,cntnt01,detail,0&cntnt01ar
ticleid=460&cntnt01detailtemplate=POP&cntnt01returnid=113>. Acesso em: 2
set. 2010.
Introdução
Antes da chamada revolução tecnológica, a circulação da informação era
baseada em pessoas. Com o advento da internet, entretanto, não só a infor-
mação tornou-se digital, mas também seu fluxo, que passou a ser baseado
em plataformas digitais. Na era do marketing digital, apesar de alguns acre-
ditarem no domínio de máquinas inteligentes, o que ocorre na verdade é o
predomínio de indivíduos que, por meio de redes, combinam suas inteligên-
cias, seus conhecimentos e suas criatividades.
Essa falta de preocupação pode ser justificada pela crença no baixo tráfe-
go gerado pela internet, daqueles que a comparam com os veículos tradicio-
nais, como revistas e jornais. A comparação, entretanto, não faz sentido, pois
a quantidade de visitas num site é um índice de resposta, e não de alcance.
Relacionamento empresa-cliente
A revolução digital causou um forte impacto nas relações entre as partes
da cadeia de valor (como clientes, fornecedores e canais de distribuição),
uma vez que quebrou o poder baseado apenas na exclusividade de acesso e
de domínio da informação.
O cliente na internet
Na internet, a segmentação de mercado continua sendo uma importante
ferramenta para o sucesso de uma empresa. Estudos apontados por Limeira
(2003) descrevem seis perfis de consumidores on-line.
mas movem-se rapidamente entre vários sites. Para retê-los, o site preci-
sa ser moderno e atraente, constantemente atualizado, com uma ampla
gama de produtos e serviços e de preferência de uma forte marca.
Floater: figura que flutua, podendo ter link para o site do anunciante
ou para uma oferta especial, com inserção de 24 horas, para não cansar
o internauta.
Meios: que tipos de web e lojas virtuais serão selecionados para veicu-
lar, qual o perfil do público de cada um deles e se será feita comunica-
ção via e-mail.
Conclusão
A era do marketing digital é também caracterizada pelo comércio ele-
trônico, ou e-commerce, e pelo e-business. O comércio eletrônico expandiu-
1. Ética
Atuar dentro do Código de Ética da ABEMD, que conceitua detalhadamente
as boas práticas no marketing direto.
3. Opt-in
O primeiro recebimento é muito importante, porque marca o início da rela-
ção. É preciso ter permissão prévia (opt-in) antes do envio da primeira mensagem
ao receptor. No caso de existir prévia e comprovável relação comercial ou social
entre o Remetente e este Receptor, o envio de mensagem também é permitido.
4. Opt-out
Toda mensagem precisa ter opt-out. É prerrogativa do receptor deci-
dir o momento em que não quer mais receber mensagens de determinado
emissário.
7. Autoexecutáveis
Não devem ser enviados arquivos com autofuncionamento. Os autoexecu-
táveis são arquivos que os programas gerenciadores de e-mail conseguem ler
e interpretar, iniciando automaticamente algum processo que não é necessa-
riamente desejado pelo receptor. Essa modalidade de arquivo também torna
o sistema vulnerável à transmissão de vírus (voluntária ou não).
8. Relevância
O consumidor não se incomoda em receber uma mensagem de cunho co-
mercial, desde que seja relevante para ele. Portanto, preocupe-se sempre com
o conceito de relevância.
9. Frequência
Deve-se preferencialmente oferecer ao cliente que assinale a opção de sua
preferência na frequência de recebimento de informações ou solicitar que ele
opte entre as diversas alternativas de periodicidade que lhe são oferecidas.
Quando não for possível oferecer que faça a opção, deve-se deixar claro qual
a frequência de envio das mensagens.
Atividades de aplicação
1. Defina marketing digital e mencione três formas de utilizá-lo.
2. Quais são as três situações nas quais é possível utilizar a internet como
canal de marketing, segundo Limeira (2003)?
Gabarito
1. Marketing digital aplica-se a um conjunto de ações de marketing in-
termediadas por canais eletrônicos, como a internet, num processo
marcado pelo controle do cliente, da quantidade e do tipo de infor-
mação recebida. Pode ser utilizado para divulgação de um produto ou
serviço, por meio da colocação de banners em sites de conteúdo, pelo
envio de e-mail marketing a uma mala direta pré-selecionada ou de
um floater, figura que flutua pelo site.
2. As três situações sugeridas por Limeira são: (1) como canal de infor-
mações da empresa para o público, (2) como canal de divulgação de
informações da empresa e de recepção de informações dos clientes,
com alguma interatividade (3) como canal de divulgação de informa-
ções da empresa e de recepção de informações dos clientes, com bas-
tante interatividade.
3. Não, é preciso ter um perfil claro dos clientes a serem atingidos pela
campanha de marketing, como idade, sexo, ocupação e hobbies, pois
essa é a melhor forma de buscar sites e formatos adequados a cada
público.
Referências
BOAS maneiras nas ações de e-mail marketing. Disponível em: <www.abemd.org.
br/AutoRegulamentacao/BoasManeiras.aspx>. Acesso em: 12 ago. 2010.
CHLEBA, Márcio. Marketing Digital – novas tecnologias & novos modelos de ne-
gócios. São Paulo: Futura, 2000.
Introdução
A relação investimento em comunicação e marketing e lucro não é ime-
diata e nem mesmo direta. Uma empresa investe em comunicação integrada
de marketing não só para aumentar seus lucros, mas também para aumentar
sua participação de mercado, lançar novos produtos e serviços, consolidar
produtos e serviços já lançados e reforçar sua imagem perante o público,
entre inúmeros outros objetivos.
Outras inúmeras hipóteses podem ser simuladas, sempre com base nos
objetivos de cada empresa, no produto ou serviço comercializado, caracte-
rísticas do mercado e concorrência. A estratégia adotada, que envolve ele-
Gestão financeira
Gestão financeira é uma área tradicional, encontrada em qualquer mo-
dalidade de empresa, e nos mais variados portes. O gestor financeiro é res-
ponsável pela análise e decisões que envolvem os recursos da empresa, inte-
grando as tarefas de obtenção, utilização e controle desses recursos.
As empresas que optam por determinar seus preços com base na taxa de
retorno sobre o investimento, portanto, devem elaborar gráficos para moni-
torar o desempenho das vendas. De acordo com os resultados, devem estar
prontas para modificar o planejamento a qualquer momento.
Seja qual for o método adotado, é importante ressaltar que para muitos
consumidores o preço é um indicador de qualidade do produto ou serviço.
Para esses indivíduos, produtos de valores muito baixos tendem a ser des-
cartados como se fossem de baixa qualidade. Por outro lado, existem con-
sumidores que levam em conta o preço alto de um produto ou serviço pela
satisfação de sentimentos individuais como vaidade, desejo de status e de
destacar-se.
Investimento na CIM
Quando se fala em orçamento de comunicação integrada em marketing,
o que está em pauta é a alocação de recursos para cada atividade de comu-
nicação, e o valor deve ser compatível com o objetivo de vendas e a partici-
Outro critério a ser utilizado é o valor fixo por unidade vendida, que exige,
por parte da empresa, reflexão a respeito de como as vendas podem ser afe-
tadas, uma vez que, de acordo com esse critério, o “produto tende a benefi-
ciar-se com o aumento do orçamento durante os períodos de crescimento
nas vendas, mas a redução do orçamento de comunicação durante períodos
de queda nas vendas pode ser arriscada, em alguns casos” (DIAS, 2003, p.
283).
Sustentabilidade financeira
Enquanto empresas que realizam grandes investimentos, contratam
profissionais qualificados e realizam detalhados planejamentos são obriga-
das a encerrar suas atividades, outras, que iniciam suas atividades de forma
despretensiosa e pouco ambiciosa, crescem de forma que surpreende seus
próprios sócios. O que determina o caminho que uma ou outra seguirá é a
gestão, e nela a administração financeira tem grande peso.
Conclusão
Antes de optar por uma ou outra política de preços, as empresas devem
levar em conta o destino dos recursos que serão gerados com os preços dos
produtos e serviços que comercializa. Se o objetivo for a simples sobrevivên-
cia, é preciso ressaltar que preços estipulados única e exclusivamente para
cobertura dos principais gastos podem levar ao desaparecimento da empre-
sa, que perde sua capacidade de investir em expansão.
sível estabelecer preços que visem ao aumento dos lucros, do fluxo de caixa
ou do retorno de investimentos. Caso a empresa vise ao aumento da parti-
cipação de mercado, é preciso analisar se o maior volume de vendas gera
gastos unitários decrescentes. Caso contrário, o maior lucro total possível
não será alcançado.
Antes de agir nesse sentido, recomendamos uma reflexão sobre essa sen-
sação, para verificar o que de fato está ocorrendo e provocando esse aperto
de caixa (liquidez).
É certo que um reajuste nos valores das despesas e dos custos respectivos
ao seu empreendimento, e não repassado aos preços, poderá afetar seu caixa,
caso não se consiga absorver esses aumentos com um crescimento na quan-
tidade produzida e comercializada, em todos os meses.
No entanto, o que temos percebido é que em muitos casos não existe por
parte dos empresários um comportamento rotineiro de avaliação e mensu-
ração dos custos e despesas reais ocorridos, ou seja, não utilizam controles,
planilhas que lhes permitam conhecer a situação e tomar essa decisão no mo-
mento certo.
Outro ponto que destacamos, e refere-se tanto para a indústria como para
o comércio e prestador de serviços, é o controle das despesas, as quais con-
sideramos como sendo valores gastos com a estrutura da empresa, ou seja,
salários e respectivos encargos, aluguel, contador, telefone, pró-labore, ma-
nutenções, depreciações etc.
Estas precisam ser mensalmente apuradas e analisadas, mais que isso, deter-
minadas em função da real e estrita necessidade da empresa, nada de gorduras
ou desperdícios. Considerando-se inclusive provisões mensais de valores gastos
apenas em certos períodos, como 13.º salários, férias, contribuições etc.
Uma ressalva quanto ao pró-labore, que deve ser entendido como salário
do sócio da empresa, e que nesta trabalhe, isso não é lucro, e portanto deve-
-se estabelecer um valor que seja apropriado para o caixa da empresa, e não
pela necessidade do bolso de seus proprietários.
Os sócios que não trabalham para a empresa não têm que ter retirada de
pró-labore, e sim, como investidores que são, retirar parte do Lucro, como re-
cuperação do capital investido ou rendimentos, só quando isso for possível e
de acordo com o planejamento estratégico da empresa.
Bons negócios!
Atividades de aplicação
1. Defina e dê exemplos de custos fixos e de custos variáveis.
Gabarito
1. Os conceitos de custo fixo e de custo variável podem ser definidos,
respectivamente, como o custo que ocorre independentemente da
venda (aluguel, impostos prediais, depreciações, vigilância, despesas
administrativas) e o custo que ocorre à medida que a venda se de-
senvolve (matéria-prima, mão de obra, custo dos produtos vendidos,
comissões e impostos sobre as vendas).
Referências
DIAS, S. R. (Coord.). Gestão de Marketing. São Paulo: Saraiva, 2003.
Introdução
As estratégias de negócio variam de empresa para empresa, sendo que
empresas maiores tendem a utilizar estratégias independentes para cada
unidade, subsidiária, divisão ou linha de produto. O futuro diretivo de cada
uma delas será definido pelas respectivas estratégias. Futuro diretivo pode
ser aqui entendido como a reunião das vantagens competitivas, da alocação
de recursos e a coordenação das áreas funcionais, como departamentos de
marketing, produção, finanças e recursos humanos, entre outros (FERREL;
HARTLINE, 2005).
Para que a missão de uma empresa seja cumprida, e seus objetivos atin-
gidos, é necessário o desenvolvimento de estratégias realistas em relação ao
Conceitos e objetivos
Estratégia de negócio, também comumente chamada de estratégia cor-
porativa, é o esquema adotado por uma empresa de forma a integrar suas
diversas áreas – produção, finanças, pesquisa e desenvolvimento, recursos
humanos e marketing, entre outras – para executar sua missão e atingir
metas e objetivos propostos. Nesse esquema, entram dados não só internos
da empresa, mas também externos, principalmente os referentes à concor-
rência e, cada vez mais nos últimos anos, a questões ambientais.
Por fim, numa tendência que cresce a olho nu, está o compromisso com os
temas de responsabilidade social, sobretudo os aspectos relacionados à preser-
vação do meio ambiente. Os objetivos operacionais de uma empresa podem
incluir a responsabilidade social como benefício de estratégia, prática comum
para as empresas que pretendem dar uma contribuição positiva à sociedade.
Também é possível diminuir ou até mesmo eliminar esse hiato por meio
de entrevistas com executivos da empresa, nas quais serão abordados os
principais pontos do planejamento estratégico. Partindo-se do pressuposto
de que as metas e objetivos de uma empresa estão melhor delineados para
seus principais executivos, durante as entrevistas será possível identificar os
pontos fortes e fracos da empresa, bem como as ameaças que ela sofre e as
oportunidades que lhe são apresentadas.
Peter Drucker (1994), por sua vez, associa esse processo a cinco questões
estratégicas: (1) qual a missão empresarial, (2) quem são os clientes da em-
presa, (3) o que esses clientes consideram como valor, (4) quais foram os re-
sultados obtidos pela empresa e (5) qual o plano da empresa.
Por fim, para que a execução seja satisfatória e atenda aos objetivos pro-
postos, é necessária uma etapa de avaliação e controle do planejamento es-
tratégico. Ainda que a etapa de avaliação e controle represente o final de um
processo, uma vez que ocorre após a implementação de uma estratégia, ela
é também o começo de uma nova etapa. Após a mensuração e análise dos
resultados obtidos, a empresa contará com dados valiosos e fundamentais
para o desenvolvimento de novos planejamentos estratégicos.
Estratégias de negócios
voltadas para o consumidor
A ênfase no consumidor, que nos últimos anos vem crescendo e alteran-
do a dinâmica das empresas, modificou também o conteúdo das estratégias
de negócios, sobretudo as relacionadas à comunicação integrada em marke-
ting. As principais mudanças são o deslocamento de foco, que passou dos
produtos para as necessidades dos consumidores potencias, e melhor aná-
lise da concorrência, além de maior detalhamento de objetivos e medidas.
Esse foco, que começou a se delinear entre a metade e o final do século XX,
é a antítese das estratégias de marketing adotadas na primeira metade do
século, expressas na declaração atribuída a Henry Ford, pioneiro da indústria
automobilística, em que os consumidores poderiam ter carros da cor que
quisessem, desde que essa cor fosse a preta (FERREL; HARTLINE, 2005).
Planejamento estratégico
da comunicação integrada de marketing
O planejamento estratégico assume grande importância no contexto em-
presarial moderno, marcado pela visão global de lucros e negócios. No que
diz respeito à comunicação integrada em marketing, o estabelecimento do
planejamento estratégico de uma empresa é “orientado pelas características
do mercado onde atua e pelos objetivos que quer alcançar em seu negócio”
(PINHEIRO; GULLO, 2005, p. 130).
Conceito ou tema: ideia geral, que pode ser expressa em uma frase-
-chave, a ser percebida pelo consumidor toda vez que estiver exposto
à comunicação do produto/marca ou serviço.
Produção.
Mídia.
Custos da campanha.
Verba comprometida.
Conclusão
Os objetivos de uma empresa, suas políticas e estratégias de negócio são
inseparáveis, uma vez que estão interligados, e não itens exclusivos do pro-
cesso administrativo. Ainda que alguns profissionais considerem os termos
objetivos, estratégias e políticas como sinônimos, eles têm significados bem
diferentes dentro da administração de uma empresa. Defini-los, conhecê-los
a fundo e disseminá-los para o público interno e externo é essencial para que
a empresa conquiste seus objetivos e cumpra sua missão.
A partir desse olhar, temos procurado dedicar parte das pesquisas dos úl-
timos anos a levantar, mapear e indexar os registros bibliográficos das áreas
de relações públicas e de comunicação organizacional no Brasil. Essa iniciativa
visa descobrir não só qual é o “estado da arte” desses campos do saber, mas
sobretudo contribuir para a democratização dessa produção e para a constru-
ção de um saber novo.
Atividades de aplicação
1. Defina estratégia de negócio.
Gabarito
1. Estratégia de negócio, comumente chamada de estratégia corporativa,
é o esquema adotado por uma empresa de forma a integrar suas diver-
sas áreas – produção, finanças, pesquisa e desenvolvimento, recursos
humanos e marketing, entre outras – para executar sua missão e atingir
metas e objetivos propostos. Nesse esquema, entram dados não só in-
ternos da empresa, mas também externos, principalmente os referen-
tes a concorrência e, cada vez mais, nos últimos anos, questões ambien-
tais.
Referências
DRUCKER, Peter F. Five questions. Executive Excellence, 6 nov. 1994.
KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de Marketing. 16. ed. São Paulo: Pear-
son, 2006.
_____. Pesquisa brasileira de comunicação: os desafios dos anos 90. Revista Bra-
sileira de Comunicação, São Paulo, Intercom, v. 16, n. 2, p. 44-65, jul./dez. 1993.
A sociedade em rede
Segundo Marteleto (2001), o trabalho pessoal dentro de uma rede colabo-
rativa é um fenômeno bastante antigo, porém o que o trouxe à luz na socieda-
de moderna é que nas últimas décadas ele passou a ser visto como uma ferra-
menta organizacional, o que foi possibilitado em grande parte pela internet.
186 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A.,
mais informações www.iesde.com.br
Redes sociais
Outro fator que torna esse desafio complexo é o fato de que a demo-
cracia prevalece no ambiente digital, permitindo mobilidade social e acesso
a mídias e inúmeros fluxos de informação. Com isso, as empresas têm difi-
culdade em identificar os papéis mais relevantes dentro de sua cadeia de
relacionamentos.
Goossen (2009) sugere como forma de atender a esse novo público a pro-
dução e alimentação contínua da rede digital, por meio de suas inúmeras vias,
como ferramentas de busca e blogs. Assim, a palavra-chave, que na rede é o
que atribui sentido a uma história ou acontecimento, à medida que usuários
valem-se dela para buscar informações, passa a ser o centro das atenções
nos campos das relações públicas e comunicação organizacional.
Ele apregoa ainda que se uma empresa não coloca em prática uma in-
venção interna, essa invenção deve ser levada para fora da empresa (por li-
cenciamento, joint ventures ou cisão). A contrapartida da Inovação Aberta
é a Inovação Fechada, que se refere às empresas que limitam a aplicação
do conhecimento interno e fazem pouco ou nenhum uso do conhecimen-
to externo. Em tempos de globalização e da interatividade cada vez maior
proporcionada pelas novas tecnologias, pode-se deduzir que essa estratégia
esteja caindo em desuso.
comercializados.
Conclusão
As novas tecnologias transformaram as relações sociais modernas, sobre-
tudo as constituídas pelas gerações mais novas, que nasceram ou cresce-
ram em algum ponto da internet. Essas gerações estabelecem e mantêm um
grande número de contatos em redes sociais dos mais variados temas.
Para utilizar as redes sociais como uma ferramenta de negócios, não basta
integrar-se a uma ou várias delas. É preciso, antes, analisar de que forma a
informação circula dentro das redes, constituídas por elos, ou atores, que
ocupam posições diversas e de maior ou menor destaque. Mesmo marcadas
pela ausência de hierarquia, alguns elementos em comum permitem a aná-
lise do funcionamento de uma rede, como a centralidade de proximidade
ou a centralidade de intermediação, que mensuram o grau de influência de
seus elementos.
Hoje, as redes sociais são uma realidade nas empresas, não só porque elas
próprias participam, mas também porque seus funcionários as integram.
Uma vez que não há como fugir dessa realidade, as empresas devem ter
normas claras a respeito do que pode ou não ser divulgado via redes sociais,
e a melhor maneira de determinar isso é elaborar um código de conduta
próprio, que deve ser de conhecimento de todos os funcionários.
Considerando que essas redes se fazem a partir das pessoas e por elas são
disseminadas, temos aí uma vasta fonte de divulgação de interesses, prefe-
rências, experiências, contatos, crenças, valores etc. Além disso, as pessoas
expõem publicamente nas redes e criam network, o que também demons-
tra algo do que são, como pensam, como agem, do que gostam e o que
querem.
Do lado das empresas, é necessário lembrar que a sua exposição e das suas
“movimentações organizacionais” é sinal de transparência não só com os candida-
tos, mas também com os já colaboradores, clientes, parceiros, fornecedores, con-
correntes e mercado em geral. Dessa forma, a imagem da companhia, seu bem
precioso, deve ser cuidada com esmero, contribuindo para fortalecê--la, sempre.
Atividades de aplicação
1. Mencione exemplos de redes sociais e a característica principal dos
processos que as caracterizam, como a identificação e resolução de
um problema.
2. Cite cinco aspectos principais aos quais uma empresa que pretende
integrar-se a redes sociais deve atentar-se.
Gabarito
1. Podem ser chamadas de redes sociais as comunidades sob suas mais
variadas formas (comunidades de bairro e de interesses, por exemplo),
além de redes culturais e universitárias, caravanas de protestos virtu-
ais que muitas vezes ganham as ruas, e blogs. Nas redes, a identifica-
ção dos problemas e a resolução dos mesmos são processos coletivos,
desenvolvidos por meio do diálogo livre e rico em pontos de vista.
2. Os cinco aspectos são: (1) dinâmica das redes, (2) interação do públi-
co-alvo, (3) definição da estratégia, (4) criação de um diferencial e (5)
objetivos claros e mensuração de resultados.
Referências
CASTELLS, Manuel. A Revolução da Tecnologia da Informação. São Paulo: Paz
e Terra, 1999.
Introdução
A comunicação organizacional, também comumente conhecida por co-
municação empresarial e comunicação corporativa, surgiu da busca, por
parte das empresas, por novas formas de se comunicar com o público interno,
para fazer frente aos novos processos industriais, resultantes da Revolução
Industrial, e às rápidas expansões das empresas, a partir do século XIX. Surgiu
também da busca por novas formas de comunicação com o público externo,
fazendo frente à concorrência e aos novos meios de comercialização.
Para que isso aconteça, Ianhez (2008) defende que sejam oferecidos refe-
renciais aos colaboradores, para que todos na organização tenham poder e
liberdade de ação, orientados por parâmetros preestabelecidos pela organi-
zação, flexíveis e complementares. Esses referenciais são expressos por con-
ceitos como missão, visão, política e valores de uma empresa, que devem se
complementar e ser adequadamente trabalhados, integrados e divulgados.
São eles que orientarão toda a estrutura organizacional e se transformarão
em ferramentas de ações efetivas de empreendedorismo, criatividade e ob-
tenção da eficácia organizacional.
Visão, por sua vez, é a referência para o futuro que a organização almeja.
Determina o nível de ambição da empresa e serve de base para seu planeja-
mento. Deve ser única e abrangente, permitindo a integração e atuação de
todos que trabalham na organização.
Valores, por sua vez, oferecem direção aos membros de uma organização,
além de visão e decisões comuns, independente dos cargos e distâncias que
os separam. Incluem comportamentos e práticas éticas, baseadas não só em
comportamentos aceitos pela sociedade, mas também naqueles que a orga-
nização definiu como adequados e eficazes.
Objetivos
Estudos apontam que 80% dos problemas nas empresas são resultados
da má comunicação, e que “o caminho para o sucesso das organizações
depende do bom funcionamento, interno e externo, das comunicações de
natureza administrativa, mercadológica e institucional” (LABORATÓRIO IN-
TEGRADO DE MARKETING E CULTURA, 2007, p. 9).
Conclusão
A comunicação organizacional é uma realidade para as empresas brasilei-
ras, o que elimina o dilema “comunicar ou não comunicar”. A questão agora é
“como comunicar”, sejam fatos positivos ou negativos. No caso dos últimos,
a atenção deve ser redobrada, uma vez que a cobertura negativa dos proble-
mas de uma empresa pode trazer resultados devastadores e duradouros.
Em seu livro, Chief Culture Officer: how to create a living breathing corporation
– considerado pela BusinessWeek como o mais inovador de 2009 –, propõe a
criação de um cargo responsável pela área da cultura. A função desse execu-
tivo seria manter viva a cultura corporativa e levar para dentro da empresa o
que está acontecendo do lado de fora. Segundo o autor esse profissional teria
o poder de oxigenar as empresas, como fazem Richard Branson, do grupo
Virgin, ou Steve Jobs, da Apple.
Atividades de aplicação
1. Como surgiu a comunicação organizacional?
Gabarito
1. A comunicação organizacional surgiu da busca, por parte das empre-
sas, por novas formas de se comunicar com o público interno, para
fazer frente aos novos processos industriais, resultantes da Revolução
Industrial, e às rápidas expansões das empresas, a partir do século XIX,
e também com o público externo, fazendo frente à concorrência e aos
novos meios de comercialização.
Referências
COMUNICAÇÃO e cultura organizacional. Disponível em: <www.aberje.com.br/
acervo_colunas_ver.asp?ID_COLUNA=310&ID_COLUNISTA=16>. Acesso em: 9
set. 2010.
IANHEZ, João Alberto. Missão, visão, política e valores. In: MARCHIORI, Marlene
(Org.). Faces da Cultura e da Comunicação Organizacional. São Caetano do Sul:
Difusão Cultural, 2008.
KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de Marketing. 16. ed. São Paulo: Pear-
son, 2006.