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Unidade IV
7 A COMUNICAÇÃO MERCADOLÓGICA
Para Chinen (2010, p. 64), “a comunicação é o fator estratégico do mundo corporativo. Em relação
ao público externo, a comunicação é responsável pela credibilidade da própria organização e pelos
produtos e serviços oferecidos”. É por meio de ações estratégicas de comunicação que as organizações e
os empresários têm buscado mostrar uma imagem comprometida com a cidadania, e os temas principais
dessa pauta são a responsabilidade social, em que a ética e a transparência norteiam o negócio, a
governança corporativa, em um relacionamento também transparente com acionistas, auditores e
executivos, e marketing cultural, patrocinando campanhas educacionais e culturais que viabilizam a
realização de eventos artísticos, dando acesso à população mais carente a eles também.
É lugar‑comum dizer que é preciso ouvir o cliente e que ele tem sempre razão. Não se trata, porém, de
a empresa ser boazinha e querer tratar muito bem seu cliente. Trata‑se de uma questão de sobrevivência.
Muitas pesquisas dizem que é mais barato conservar um cliente do que conquistar um novo. Se fôssemos
aqui calcular isso, veríamos que é mesmo muito mais barato manter um relacionamento de longo tempo
do que a cada dia termos que conquistar um cliente novo. As instituições buscam, portanto, preservar
os melhores clientes, rentabilizando ao máximo cada relacionamento.
As companhias realizam campanhas de comunicação que envolvem vários tipos de mídia para
encontrar os clientes e prospects, os possíveis consumidores, em todos os lugares e fazer com que,
de alguma forma, possam ser sensibilizados para utilizar os produtos da empresa. Alguns exemplos
são os boletins externos para clientes, jornais e revistas específicos sobre a área e o produto, além da
divulgação dos resultados por meio do balanço e do balanço social, entre outros.
A comunicação mercadológica externa pode ser feita de três formas, e em todas elas busca atender
as necessidades dos envolvidos, com benefícios para ambas as partes. Vejamos:
• empresa para os clientes finais, que pode ser feita de forma direta para eles;
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COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
A Petrobras apresentava propagandas institucionais e desde 2011 o Posto Ipiranga encontrou uma
oportunidade de comunicação e tem dominado o segmento, com um jargão de que “tudo se encontra
no Posto Ipiranga”.
A estratégia push (empurrar) é o esforço direcionado aos distribuidores, que são quem realmente
têm contato com os consumidores. Pense no caso de distribuidores de combustíveis. Praticamente não
se via comunicações dirigidas ao público final para esse tipo de produto.
Atividade de Atividade de
marketing marketing
Empresa Intermediários Consumidor final
Atacadistas Varejistas
Atacadistas Varejistas
Atividade de marketing
Atividade de Atividade de
marketing marketing Usuários
Fabricante Intermediarios finais
Atividade de marketing
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Unidade IV
Podemos observar que as empresas não apresentam esforços de comunicação apenas aos clientes
finais, mas aos canais de distribuição, que estabelecem contato direto com os consumidores.
• Lançamento de marcas/produtos.
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COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
• Fidelizar clientes.
As atividades promocionais somam diversas técnicas para realizar a ação de promover a empresa e os
produtos e serviços por ela oferecidos, como: propaganda, merchandising, promoção de vendas, vendas
pessoais, patrocínios, marketing direto e marketing digital (redes sociais, e-mail marketing, marketing
de conteúdo). Fazem parte desse esforço ainda relações públicas, que incluem eventos, assessoria de
imprensa e lobby, que já estudamos no item sobre comunicação institucional.
A comunicação mercadológica pode sensibilizar o público-alvo por meio de diversos pontos de contato:
Clientes
Ambientação Funcionários
Experiência pessoal
Figura 36
Na comunicação mercadológica, deve-se ter em mente o público-alvo da comunicação, que pode ser:
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Unidade IV
7.1 Propaganda
A propaganda é um tipo de comunicação paga que circula por meio de espaços em veículos de comunicação
custeados pelo anunciante. Ela é impessoal e visa promover ideias, bens e serviços. Publicidade e propaganda
são sinônimos. Segundo o art. 2º do Decreto nº 57.690/66 (BRASIL, 1966), “trata-se de qualquer forma
remunerada de difusão de ideias, mercadorias, produtos ou serviços por parte de um anunciante identificado”.
Os objetivos da propaganda são diversos e, apesar das mudanças ocorridas com a ascensão da
internet e da queda dos espectadores de televisão, ela ainda é a alma do negócio. Visa divulgar e
promover produtos; criar e expandir mercados de atuação; criar e manter imagem favorável; aumentar a
frequência de compra; construir a imagem corporativa; promover novos hábitos de consumo; aumentar
lembrança da marca, entre outros.
A peças publicitárias mais comuns são: anúncios, embalagens, encartes, filmes, cartazes, outdoors,
painéis, folders, flyers, material de merchandising, mídia alternativa (out of home – OOH, que podem ser
em pontos de ônibus, envelopamento de automóveis, metrôs e outros) e tantas outras possibilidades.
Figura 37 – A embalagem pode ser o único contato do consumidor com o produto, por isso ela
deve ser representativa das ideias da empresa e da essência do produto. A embalagem é uma propaganda
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COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
Merchandising eletrônico
Está na televisão, inserido nas novelas, séries, filmes, nos filmes de cinema ou de internet. Destaca
o produto em situação normal de uso. O ator ou atriz apresenta, comenta e explica o artigo, a marca
aparece e é citada. O produto é usado como no cotidiano das pessoas, participando em uma ação
integrada do desenvolvimento da cena e de forma pertinente ao seu contexto.
Trata-se de atividades de curto prazo, por meio de ações temporárias, para incentivar as vendas
de um produto ou serviço. Existem muitas mecânicas promocionais, como o sorteio, a cuponagem,
a distribuição de amostras e concursos, entre outros. Segundo Yanaze (2006), a promoção de vendas
não se destina apenas aos consumidores finais, mas a equipes de vendas, franqueados, associados,
atacadistas e varejistas.
Antes, a promoção de vendas limitava-se à redução de preços para aumentar as vendas, mas hoje
tem sido usada com objetivo institucional para: divulgar e fixar a imagem da marca aos públicos de
interesse; gerar cadastro de potenciais clientes; aumentar a percepção de valor da marca; ensinar novos
usos do produto ao cliente e outras.
Há uma legislação específica que regula a realização de sorteios e premiações, a Lei nº 5.768/71
(BRASIL, 1971), formalmente chamada de “Promoção Comercial” ou “Distribuição Gratuita de Prêmios
a Título de Propaganda”. Assim, a Caixa Econômica Federal autoriza a distribuição gratuita de prêmios
a título de propaganda, em todo o território nacional. Para isso, a empresa deve registrar a promoção
para obter sua autorização da Caixa, com o mínimo de 40 dias de antecedência (a análise demora até
30 dias). Ainda, os sorteios devem se realizar conforme as extrações da Loteria Federal (BRASIL, 1971).
Os prêmios devem ser comprados com antecedência e ser entregues em até 30 dias após o resultado.
Conheça alguns tipos de promoção de vendas:
• Remarcação: redução do preço do produto por tempo determinado ou até atingir uma meta de venda.
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• Concurso: participação voluntária de pessoas para cumprir uma tarefa, que será avaliada por uma
comissão que definirá os ganhadores.
• Vale-brinde: um vale que pode ser trocado por um brinde em locais determinados.
• Self liquidating: objeto promocional com custo arcado pelo consumidor. Por exemplo: “Junte três
embalagens do produto X e por mais R$ 10,00 ganhe um bicho de pelúcia”.
• Colecionáveis: distribuição de brindes por um determinado período, que, em seu conjunto, formam
uma coleção.
São feitas para colocar o consumidor em contato com o produto. Como formatos para merchandising
no ponto de venda, temos:
• Merchandising no ponto de venda: material de estímulo visual e/ou sensorial para dar destaque
ao produto no ponto de venda, divulgar informações ou ainda para fazer uma ação promocional.
• Exibitécnica: técnica para exibir os artigos em destaque no ponto de venda, como as ilhas de
produtos e pontas de gôndolas.
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COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
Figura 38 – Os pontos de venda utilizam diversas estratégias nos dias mais comerciais, por exemplo, Dia das Mães e Natal
• Régua e faixa de gôndola: material impresso para dar destaque ao produto na gôndola. A régua é
do tamanho da gôndola e a faixa ultrapassa os limites dela.
• Display: pode ter diversos formatos e serve para acondicionar ou expor o produto, como display
de mesa, display expositor térreo, que fica no chão, display para demonstrar o produto.
Figura 39 – Os materiais de ponto de venda precisam ser chamativos e atraírem a atenção do consumidor
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Unidade IV
Observe que muitas dessas atividades não precisam ser realizadas apenas no ponto de venda.
As empresas já expandiram esses locais e vão onde o público-alvo está: nas universidades, na rua,
nas praças, nos shows, nos grandes eventos musicais e até nas empresas. As ações promocionais e as
atividades direcionadas ao ponto de venda são muito dinâmicas e sempre há novidades quanto a esses
produtos, pois trata-se de uma área em que deve haver muita criatividade para surpreender o cliente
com ideias diferentes a todo momento.
7.4 Patrocínio
É uma ferramenta cada vez mais importante no composto promocional, pois atua de forma diferenciada,
encontrando o consumidor fora de suas atividades normais, como em exposições, momentos de lazer em
teatros, shows e entretenimento, jogos de futebol e de quaisquer outros esportes, festas comemorativas,
entre tantas outras. O excesso de comunicação oferecida a todo momento pela internet, televisão,
rádio e outros fez com que o consumidor se desinteressasse pelas propagandas e outros dispositivos de
comunicação. Quem assiste a um break (comercial) na televisão sem “zapear” o controle remoto?
Veja que não se trata de doação ou de apoio (embora essas modalidades também existam), mas
de um investimento que a empresa faz para associar a sua marca e produto a determinada atividade.
Por exemplo, por que será que a Coca-Cola faz questão de patrocinar todos os grandes eventos
esportivos mundiais, como as Olimpíadas e a Copa do Mundo de Futebol? Por que a Heineken
patrocina a Champions League da Europa e o Santander a Copa Uefa, do campeonato europeu?
Por qual razão uma grande empresa traz uma exposição de um artista importante, como o escultor
francês Rodin, ou o pintor francês Monet?
Você deve estar pensando que é por causa do dinheiro que vai ganhar em arrecadação com ingressos,
por exemplo. Mas não é esse o principal objetivo. O foco é associar a sua marca e produto a algo diferenciado,
que as pessoas valorizam e que terão carinho e boas recordações ao lembrarem de quem proporcionou essa
atividade. Assim, o principal retorno esperado é institucional para a sua marca. Existe ainda um incentivo
governamental para descontar do imposto a pagar valores aplicados em ações de patrocínio, o que é um
grande incentivo. Na área cultural, a Lei Rouanet autoriza destinar 4% do imposto a pagar da pessoa
jurídica e 6% da pessoa física para essas ações; na área esportiva há uma lei similar.
Os eventos são criados para proporcionar experiências ao cliente. Não são realizados apenas no ponto
de venda, mas a criatividade deve estar impregnada nas ações, pois os acontecimentos são programados
e geram expectativa, tendo a função de retorno institucional ou promocional.
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COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
Os eventos assumem muitos formatos e também possuem objetivos diversos, como lançar produtos,
gerar mídia espontânea, fornecer informações aos líderes de opinião, relacionamento com stakeholders
específicos, imprensa e outros. Exemplos: convenções de vendas, seminários, congressos, festas para
datas específicas, feiras de negócios e shows.
Observe que algumas ferramentas de comunicação aparecem em mais de um local, pois servem para diversos
objetivos. Patrocínios e eventos, por exemplo, aparecem em comunicação institucional e em comunicação
mercadológica. Não há erro nisso, apenas que as ferramentas devem ser aplicadas conforme o objetivo pensado
para ela. Tanto pode ser utilizado como uma ação institucional para melhorar a imagem da marca, como para
ajudar a estimular compras de produtos e serviços, aumentando o market share (fatia de mercado).
A venda pessoal é uma das mais caras ferramentas de comunicação, pois depende de contratação
de pessoal dedicado para a atividade e consiste na interação interpessoal entre consumidores atuais
e potenciais com pessoas devidamente orientadas para representar a organização com o objetivo
de concretizar o ato da compra, ou seja, a equipe de vendas. O contato pessoal é a característica
principal do que é uma comunicação viva, imediata e interativa. Comunica informações diretamente
a respeito dos produtos e serviços da empresa e são o elo entre a empresa e seus clientes.
Popularizado na época das malas diretas, representa as ações de comunicação realizadas diretamente
entre empresa e consumidores, com uma ação de venda, atração ou relacionamento estimulado por
meio de catálogos, cupons, folhetos, malas diretas, telemarketing, vendas por TV, internet, correio de voz,
filmes, internet, anúncio e telefone, obtendo a resposta direta do cliente, sem que haja intervenção física
de vendedores, varejistas ou representantes. Nos meios digitais se manifestam por meio de catálogos
digitais, e-commerces (vendas pela internet), newsletters e e-mails marketing.
Trata-se de uma ferramenta interativa, na qual a resposta do cliente é a ação esperada, exigindo uma
resposta direta, como uma ligação, o preenchimento de um cadastro ou a compra de um produto, entre
outros. As mídias digitais amplificaram as possibilidades dessa ferramenta, pois facilitou gerenciar bases
de dados, envio de mensagens por e-mails, redes sociais ou outras formas.
Iniciou-se com as cartas chamadas mala direta, enviadas pelo correio, evoluindo para o telemarketing,
contato com o cliente por meio de telefone (cada vez mais raro), avançando aos anúncios na televisão e rádio,
exigindo resposta pelo próprio meio, ou por meios complementares como a internet ou telefone, com todas
as possibilidades digitais e as ações realizadas por estratégia móbile, pelos celulares, tablets e computadores
pessoais: mensagens por SMS, aplicativos de comunicação, como WhatsApp e redes sociais.
Inclui as ações de comunicação feitas por meio da internet, dos aparelhos celulares e outros digitais,
com o objetivo de divulgar e/ou vender seus produtos, conquistando novos clientes e melhorando sua
rede de relacionamentos. A ampliação da internet e das redes sociais transpôs praticamente todas as
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Unidade IV
ferramentas existentes para o ambiente virtual. Temos propaganda nos sites e lojas na rede, promoções
de vendas executadas no âmbito digital, criação de eventos específicos para as redes sociais, vendas
realizadas pelos e-commerces, marketing direto pelas newsletters e e-mail marketing e todas as ações
associadas à criação e fortalecimento de uma marca sólida e uma imagem positiva.
8 COMUNICAÇÃO ORAL
Falar bem em público hoje não é só uma habilidade importante. Ela é imprescindível para o
sucesso profissional. Em todos os âmbitos, as pessoas são instadas a dar opiniões; no trabalho, são
requisitadas para fazer apresentações profissionais sobre sua área ou sobre algo que seja do seu
conhecimento. Por exemplo, se você faz um trabalho social interessante no seu bairro, pode ser que
algum dia precise falar corretamente sobre isso na empresa em que você atua. Por essas razões e
tantas outras, falar em público adequadamente é uma exigência cada vez maior e uma habilidade
que se deve aprender.
Você está o tempo todo sujeito a ter que falar em público, tanto em sua vida pessoal como
profissional. Empresários, executivos, técnicos, profissionais liberais necessitam cada vez mais da boa
comunicação. Todos precisam falar bem para enfrentar as mais diferentes situações, como comandar
subordinados, dirigir reuniões ou participar delas, apresentar relatórios, presidir solenidades, vender ou
expor produtos e serviços, negociar com grevistas e líderes sindicais, dar entrevistas para emissoras de
rádio e televisão, fazer palestras, ministrar cursos, fazer homenagens e agradecer por elas, desenvolver
contatos sociais, representar a empresa ou entidade a que pertence, nos mais diversos acontecimentos
e em tantas outras possibilidades.
Comunicação interpessoal
É a comunicação entre duas pessoas, olho no olho, como se costuma dizer, ou nos contextos de
grupos, nos quais as pessoas são tratadas como indivíduos. As informações são trocadas conforme a
experiência de vida de cada um.
Para fazer uma apresentação de sucesso, devemos buscar a empatia com os ouvintes, oferecendo
sinais corporais e gestuais para atingir os objetivos propostos.
É uma forma de comunicação que serve para informar e/ou persuadir uma audiência. Uma
apresentação bem-sucedida:
Já que é inevitável falar em público, vamos aprender algumas técnicas importantes sobre o assunto.
Esta parte do trabalho é desenvolvida a partir das ideias de Polito (2005) e Blikstein (2006).
Conhecimento da matéria
Essa é a primeira condição para uma boa apresentação. É preciso conhecer o assunto para falar bem
sobre ele. Outro ponto vital é ter claro quais são seus objetivos. Quando estiver se preparando para falar
em público, deverá responder aos seguintes questionamentos:
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Unidade IV
É preciso que se tenha isso bem claro para não fugir do assunto nem falar de temas que não
deveriam ser tratados no momento de sua apresentação. Tenha um cuidado especial com o vocabulário.
Pense nas palavras que irá dizer.
Análise da audiência
Quem é o seu público? Para falar em público, é preciso saber para quem se dirigirá a sua comunicação;
com quem falará. É importante saber as seguintes informações:
• São subordinados?
• São pares?
• São da diretoria?
O público que o ouvirá sabe mais do que você sobre o assunto tratado? Se sim, tenha o cuidado de
falar em uma linguagem mais técnica, porém clara. Não tente impressionar. Fale sobre o que domina,
assim não cometerá erros.
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COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
Como se formou esse público? De livre e espontânea vontade ou estão ali por serem obrigados? Se
estiverem ali livremente, significa que estão abertos às informações que você dará.
Se as pessoas sabem menos do que você, então tenha o cuidado de não esnobá‑las com palavreado
técnico e difícil para elas. Fale a mesma língua de seus ouvintes.
Plateias formadas por subordinados tendem a ser mais carinhosas e receptivas (por que será, hein?),
os colegas do mesmo nível tendem a ser mais críticos com sua apresentação e os elementos superiores
tendem a ser profissionais, mas exigem um bom trabalho. Fique atento a sua plateia!
Sempre defina com antecedência os materiais de apoio que utilizará em sua apresentação.
Eles devem estar funcionando adequadamente e serem testados com antecedência para, no caso
de algum problema, ser acionado o plano B. Entre os mais comuns estão:
• datashow e telão;
• flipchart;
• filmes;
• computadores;
• lousa e giz;
• papéis impressos;
• folhetos;
• produtos.
Sobre a entrega de materiais para a plateia, defina o momento em que isso ocorrerá para evitar
tumultos e conversas em sua apresentação. Faça-o no início, ou no fim, nunca enquanto estiver falando,
o que só pode ser feito se você for experiente no domínio da plateia.
No tocante à apresentação dos slides, lembre-se sempre de usar letras legíveis, sem erros gramaticais,
e com boa disposição gráfica. O uso das cores é importante, mas no máximo três.
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Unidade IV
Conheça as dez regras básicas para produzir um bom visual (POLITO, 2005):
• Coloque um título:
— Um bom título deve ser simples, de poucas palavras e muito esclarecedor. Normalmente, o
título deve ser colocado na parte superior do visual.
• Faça legendas.
— De preferência, grandes o suficiente para serem lidas por todas as pessoas da sala.
— Seis ou sete palavras são suficientes para mostrar uma ideia completa, a essência do que
pretende dizer. Frases curtas, portanto.
— Na horizontal, o visual pode ter seis ou sete linhas. Na vertical, oito ou nove linhas.
• Use cores:
— Use, mas não abuse. Utilize cores contrastantes para destacar bem as informações. Estabeleça
um limite de três a quatro cores por visual.
— Uma única ilustração que realmente contribua para deixar clara a mensagem.
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COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
Para Blikstein (2006), para organizar uma apresentação, é essencial um ponto de honra da
comunicação, como ele chama, fazer um planejamento, uma ficha mental e ensaiar.
Segundo o autor, montar uma ficha mental deve ser uma maneira corrente para planejar apresentações
em público, pois possui três vantagens:
Ele sugere que se monte uma ficha física com os tópicos que se pretende falar e o tempo necessário
para cada um deles.
• Pense nos argumentos, enalteça os prós (benefícios/vantagens), prepare‑se para enfrentar os contras.
• Prepare a apresentação em uma ordem lógica, rigorosa, com começo, meio e fim e apresente
nessa ordem.
• Não utilize mais do que 2h, incluindo o tempo para perguntas e respostas, pois mais do que isso
cansa demais a plateia.
O canal
Muitas pesquisas apontam sobre a diferença da importância dos diversos elementos presentes em
uma comunicação oral, como é o caso das apresentações profissionais. Uma pesquisa dos anos 1960
mostrou que a comunicação é basicamente exercida por:
• palavras (7%).
Muitas outras pesquisas já foram feitas desde então, mas esses números ficaram famosos. Assim,
se a parte mais importante da comunicação não está nas palavras, é preciso atenção especial aos
outros recursos que não sejam elas, como as entonações de voz e a comunicação não verbal feita
durante as apresentações.
• entonação da voz;
• gestos;
• expressões faciais;
• emoções e sentimentos.
A entonação da voz é muito importante. É preciso modular, aumentar e baixar o tom para conquistar
a atenção de todos. Os gestos também são perigosos, e podem assustar a plateia, se você aponta o dedo
para alguém, por exemplo. As expressões faciais demonstram nossas emoções e sentimentos e precisam
ser pensadas para serem bem utilizadas e tornar nossa fala mais expressiva.
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COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
Sua postura e atitudes antes de falar poderão predispor o ânimo dos ouvintes de forma favorável
ou desfavorável.
• Movimentação:
— braços cruzados;
— estalar os dedos, mexer no relógio, brincar com objetos (caneta, anel, por exemplo).
• Postura correta:
— movimentação desordenada;
— cruzar os pés em x.
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Unidade IV
• Posição correta:
Uma atitude muito deselegante adotada por um apresentador é não olhar para as pessoas. O olhar
fugidio é logo percebido pelos interlocutores, que sentem a insegurança do palestrante pela sua forma
de olhar. Nem pense em escolher um ponto fixo para ficar olhando, as pessoas logo percebem, inclusive
que não é para elas que está olhando. O olhar perdido, para o horizonte, para o chão ou para lugar
algum, também deve ser evitado.
Como olhar:
A voz exprime sentimentos e emoções, gera entendimentos diferentes e por isso deve‑se ter um
cuidado especial com ela. Há o tom certo para cada palavra conforme o seu significado, bem como uma
interpretação correta, a partir do que se pretende transmitir. Não se deve dar uma excelente notícia,
com semblante triste, como também não se noticia a morte de alguém com sorriso nos lábios. A voz
precisa estar condizente com as expressões faciais.
• voz fraca;
• voz monótona;
• voz rouca;
• voz fanhosa;
• voz de falsete;
• voz estridente;
• voz grave.
Para usar bem a voz, é preciso utilizar “pausas” que permitam uma dicção melhor. Deve‑se respirar
adequadamente para não perder o ar nem articular as palavras de forma errada ou apressada. Deve‑se
ter em mente que o objetivo é a compreensão da mensagem, então, por meio das pausas adequadas, o
palestrante conseguirá que o receptor decodifique a mensagem.
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COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
É comum ocorrer omissões, alterações fonéticas e má articulação das palavras, por exemplo,
dizer a palavra correr sem o “r” no fim, ou dizer as meninas sem o “s” no fim. Fica muito deselegante
e displicente.
Siga as regras da Endeavor a seguir para melhorar ainda mais a sua apresentação:
Texto em destaque
Faça cartões de memorização: não os coloque em tela, fique com eles em mãos. Você
pode usar os cartões como forma de garantir que você diga tudo o que tinha sido planejado.
2. Faça slides que consolidam a sua fala, e não que a repete: os slides devem demonstrar,
com provas emocionais, que o que você está dizendo é a verdade.
[...]
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Unidade IV
[...]
Efeitos sonoros devem ser usados em alguns momentos para provocar a memória
emocional sobre a palestra.
Não entregue cópias impressas dos seus slides. Eles não funcionam sem você e sua
apresentação.
As imagens dos slides devem provocar reações emocionais e os conteúdos que você vai
explanar são para ampliar as ideias, fazendo com que as pessoas, ao pensarem sobre o que
você falou, visualizem as imagens e vice-versa.
Cuidado com os “ok”, “não é?”, “certo?”, “realmente”, “tá?”, “né?”, “na verdade”, “ehhhhh”, “hummmm”
e outros artifícios da fala e vícios de linguagem.
Um “né?” tudo bem. Dois, vá lá. Três ou quatro ainda podem ser
suportáveis. Mas usar o “né?” com frequência, em quase todo
fim de frase, pode fazer com que as pessoas se irritem e se sintam
desestimuladas a prestar atenção em suas palavras, seja numa reunião
da empresa, nas negociações, nas entrevistas e nas apresentações
pessoais (POLITO, 2005, p. 21).
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COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
Segundo o autor, o “né?” é o grande chefe de uma imensa família que inclui parentes como “tá?”,
“ok”, “não é?”, “certo?”, “realmente”, “percebe?”, “tá entendendo?”, “na verdade”, “não é verdade?”, “fui
claro?”, “ehhhhh”, “hummmm”.
Para eliminá‑los, o autor ensina que o primeiro passo é tomar consciência da existência deles.
Quando se está inseguro, a tendência é falar como se estivesse perguntando, como se ao fim das frases
perguntasse: estou me comunicando bem? Quando você perceber isso em suas falas, quando estiver
perguntando em vez de afirmar, procure mudar a maneira de falar e se expresse com afirmações.
Dica: grave suas apresentações em vídeo para conhecer melhor seu trabalho. Geralmente, o orador
não tem consciência de seus vícios de linguagem, de postura, nem do quanto movimenta mãos e pés.
Se constatar que está exagerando, procure “se ouvir” enquanto fala e vá substituindo essas palavras por
outras. Com o tempo, a tendência é perder o hábito de utilizá-las.
Agora que você conhece as técnicas para preparar uma boa apresentação, vamos ver então como
fazê‑la de forma correta, convincente e com bons resultados.
O que evitar
Nunca se deve pedir desculpas para o auditório. Contar piadas é perigoso, é bom apenas para
palestrantes experientes. É muito difícil retomar o foco se a plateia cair na gargalhada. Não se deve
começar com palavras vazias e temas polêmicos: futebol, piadinhas preconceituosas, racistas e machistas.
• levantar reflexões;
• prometer brevidade;
• explorar a criatividade.
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Unidade IV
Deixe bem claro para você quais os objetivos de sua palestra e torne-os claros para sua audiência.
Busque conquistar a atenção da audiência demonstrando a relevância da matéria. Diga o que pretende
alcançar ou fazer durante a apresentação, de modo a motivar a audiência.
Procure relacionar os objetivos com as expectativas dos ouvintes. Enfatize a importância do assunto
para os ouvintes, de forma a atrair, seduzir, fascinar, encantar, enfeitiçar. Use a entonação na voz e
expressividade na fala.
Demonstre que os assuntos que serão tratados são relevantes também por causa de sua experiência
pessoal (conte casos profissionais), faça comparações com outros casos. Cite exemplos do assunto,
mostre evidências de que sua apresentação é interessante. Traga opiniões de peritos no assunto.
A agenda
Explique para os ouvintes como será a apresentação: o tempo de duração / com ou sem intervalos;
se haverá debates, exercícios, filmes e outros. Fale de modo agradável e seja breve. Essa atitude diminui
a ansiedade natural da plateia.
Comece a desenvolver seu tema com propriedade de quem sabe sobre o que fala e deixe claro isso
aos ouvintes. Fale de maneira lógica (simples para o complexo, familiar para o desconhecido, frequente
para o menos usual).
• evidencie as vantagens;
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COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
Conclusão
• agradeça, elogie.
As perguntas
Se a proposta envolver um tempo para perguntas e respostas, tenha uma atitude tranquila, sem
agressividade, e mantenha a mente aberta para novas ideias.
Efeito da apresentação
Finalmente, Blikstein (2006, p. 164) elenca alguns itens com os quais se deve ter cuidados para
garantir boas apresentações em público:
• Desorganização.
• Incoerência.
• Falta de motivação.
• Falta de empatia.
• Falta de clareza.
• Voz baixa.
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Unidade IV
• Monotonia.
• Uso inadequado ou mistura de registros e níveis linguísticos (gíria, linguagem chula etc.).
• Fuja do improviso.
8.4 Debates
Para Pimenta (2015), “debate pode ser definido como manifestação das ideias de pessoas”.
Informalmente, no dia a dia, muitos debates acontecem no convívio social. Em algumas instituições,
como nas escolas, empresas, associações e outros, o debate pode ser mais formal, técnico e profissional.
Ele pode ser oral ou escrito, e, atualmente, via internet. Os argumentos contra e a favor são postos
em confronto, facilitando o processo democrático. “Todos têm direito à palavra e todas as ideias são
debatidas livremente. Vence o argumento mais consistente ou mais bem-apresentado” (PIMENTA, 2015,
p. 169). Não se pode confundir um debate com bate‑boca, com imposição de ideias ou com conquistar
as pessoas pela força do grito.
A condição fundamental para um debate é estabelecer regras: quem fala, por quanto tempo, como
é a réplica, os temas, e quem pergunta para quem e assim por diante. Para exemplificar, você já deve
ter ouvido as regras dos debates realizados pelas emissoras de televisão com os candidatos a cargos
políticos. Elas são minuciosas e completas e isso serve para que não haja nenhum tipo de interferência
durante o debate para resolver questões relacionadas à organização do encontro.
• Mediador: “juiz” que garante o cumprimento das regras, o tempo e a vez de quem vai falar.
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COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
• Pesquisa: a pesquisa sobre o tema possibilita a boa argumentação; deve‑se consultar bibliografia,
ouvir especialistas, procurar exemplos e fatos; buscar estatísticas e outros dados para completar
as informações; isso evita o jargão “eu acho”, que empobrece o debate e deve ser evitado.
Um debate é uma técnica que pode ser usada como forma de ajudar a compreensão de todas as
posições a favor e as contrárias, bem como as razões e as implicações de cada uma. Mesmo que seja um
assunto aparentemente sem solução no momento, por exemplo, a ocupação dos morros cariocas pelos
traficantes, é um passo necessário a encaminhamentos possíveis.
Nas empresas, a defesa de ideias por meio de debates tem dado lugar a atividades mais lúdicas realizadas
em equipes multidisciplinares na busca de novas ideias por meio de metodologias como o brainstorm e o
design thinking. As duas metodologias facilitam a criatividade e são orientadas para a solução de problemas.
Quadro 12
Uma espécie de bate-papo direcionado, para surgir novas ideias sobre produtos, solução
de problemas ou de situações.
Brainstorm Em geral, as pessoas se reúnem para resolver o problema e todos vão dando ideias, sem
pensar muito no que vão dizer, toda ideia é válida, sem julgamentos.
O facilitador vai direcionando a atividade para a escolha das melhores ideias.
É uma metodologia de abordagem de problemas e criação de possíveis soluções de
Design thinking forma organizada, separada por etapas bem claras: imersão, ideação, prototipação e
desenvolvimento, que ocorrem com tempos marcados.
Saiba mais
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Unidade IV
A defesa de ideias por meio de debates é uma das formas mais populares de saber qual é o pensamento
das pessoas sobre determinados assuntos e são vitais no processo político.
A Globo sempre negou que tivesse havido má-fé, mas admite que não foi uma edição
equilibrada. Por outro lado, mesmo o PT tem consciência de que Lula não havia se saído tão
bem no debate quanto seu opositor, ou seja, o desequilíbrio do confronto foi reproduzido no
Jornal Nacional. Há quase 30 anos permanece a discussão e a pergunta: a edição do debate
apenas reproduziu a má performance de Lula ou foi deliberadamente manipulada de modo
a privilegiar Fernando Collor?
No livro Jornal Nacional, a notícia faz história (obra publicada pela Jorge Zahar em
2004), do projeto Memória Globo, encontram-se algumas luzes e sombras sobre o episódio.
A emissora não se posiciona, mas apresenta elementos que tornam o debate ainda mais
interessante. Os depoimentos transcritos no livro apresentam contradições sérias. Difícil
saber onde está a verdade.
A Globo, que procurou a isenção na cobertura de todo o processo eleitoral, na reta final
parece ter assumido uma posição, justamente na hora do “empate técnico”. Segundo um
relato contido no já referido livro sobre o Jornal Nacional, Boni afirmou, na Folha de S.Paulo,
que a Central Globo de Jornalismo fizera uma edição favorável a Collor, não seguindo a
orientação da direção da empresa para que o tratamento fosse imparcial. Boni deixou claro
que não concordou com a edição, mas amenizou a influência da emissora sobre o eleitorado.
Já Roberto Marinho, diante da declaração de Boni à Folha, afirmou que o seu vice-
presidente de operações não entendia de eleições e que o Jornal Nacional tinha sintetizado
de maneira correta o debate, visto que Collor havia se saído melhor.
158
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
João Roberto Marinho diz ter gostado da matéria exibida no Jornal Hoje, mas que gostou
mais da que foi ao ar à noite, concordando com o argumento de seu pai. Ainda assim, ele
ressalta que as duas edições foram equivocadas, o que se devia a inexperiência, e não a
má-fé [...].
Para falar bem, é importante estar relaxado. Claro que a maioria das pessoas fica muito nervosa na
hora em que tem de fazer uma apresentação em público. É preciso aprender a controlar a ansiedade. Cada
pessoa o faz de uma forma. Uns caminham, outros rezam. O ideal é aprender a controlar a respiração.
Momentos antes de iniciar sua apresentação, faça pelo menos três longas respirações prolongando ao
máximo cada uma das etapas: inspirar, segurar o ar, expirar. Faça‑o contando até 3 ou até 5, ou até
quanto você aguentar. A ideia é distrair‑se da tensão e concentrar‑se na respiração.
Pimenta (2015) sugere ainda sentar‑se, contrair todos os músculos do corpo e, em seguida,
descontrair devagar (olhos fechados), durante 10 minutos, além de respiração abdominal (pôr a mão no
baixo ventre, inspirar, sentindo a barriga dilatar, em seguida, soltar o ar devagar pela boca) e as posturas
do ioga (lótus, árvore e outras).
Para aperfeiçoar a dicção e a sonoridade das palavras, os fonoaudiólogos sugerem falar com uma
caneta entre os dentes, além de pronunciar trava‑línguas, procurando ser cada vez mais rápido e
articulando cada vez melhor as palavras.
A lontra prendeu a
Tromba do monstro de pedra
E a prenda de prata
De Pedro, o pedreiro.
Quem usa a voz profissionalmente ganha muito se puder fazer uma visita ao fonoaudiólogo. Esse
profissional terá dicas importantes que ajudam a ter um melhor proveito no uso da voz. É essencial consultar
um profissional, pois existem muitos mitos que podem prejudicar sua voz e, consequentemente, seu trabalho.
É uma proposta para envolver e integrar toda a empresa na criação e manutenção da imagem
institucional. Já que as ações precisam ser integradas, é crucial que uma área da empresa detenha o
controle de todas as ações que serão desenvolvidas nesse sentido.
Observe que são diversos tipos de planejamento e eles todos deverão estar alinhados com o planejamento
da comunicação da empresa como um todo e com a comunicação integrada de marketing, área maior, da qual
a comunicação faz parte. O plano a seguir é baseado na proposta de Roger Cahen (1990 apud PIMENTA, 2015).
A importância do planejamento
Nessa etapa, devem‑se considerar, além dos problemas existentes, o que poderá vir a ser problemas;
é preciso fazer uma análise dos problemas potenciais, passíveis de tornar‑se uma crise na empresa.
Deve-se fixar um orçamento para essa área, e a comunicação deve ser encarada como uma ação que
envolve feeling e ousadia.
Agir por antecipação em comunicação é fundamental. Saber quem vai conversar com a imprensa
nos casos necessários, as medidas que serão tomadas são ideias importantes que precisam estar
previstas e que tranquilizam a entidade como um todo em um momento de crise. Para falar em crise,
pense nos casos de acidentes aéreos e no caos que eles determinam para a empresa e sua imagem.
Não trataremos de comunicação de crise neste livro-texto, mas é um assunto que merece sua atenção
no dia a dia profissional.
Agora vamos falar sobre cada um dos elementos acentuados no modelo de Pice.
Considerações iniciais
Devem-se contemplar informações que introduzam o plano para quem o lê, por exemplo:
• contexto do plano
• objetivo específico
161
Unidade IV
• concepção de comunicação
• benefícios previstos
Análise
• cultura organizacional;
• comunicação interna;
• comunicação externa;
• elementos visuais.
Objetivos
Conscientizar a opinião pública de que a empresa age bem em todos os sentidos (com a comunidade,
com o meio ambiente, com os funcionários, é ética, cumpridora de suas obrigações e tem responsabilidade
social). Além disso, acentua-se o seguinte:
• fortalecer a credibilidade;
• motivar funcionários;
162
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
Observação
Resultados
Nessa etapa, deve-se traçar ideias dos resultados esperados com o plano e, depois de sua execução,
o material coletado se transformará em um relatório de gestão do plano.
Atividades
Nesse ponto, o objetivo das atividades deve sempre visar formar uma imagem positiva sobre a
empresa. As atividades podem ser divididas em dois níveis: A e B.
As atividades de nível A são os processos básicos, as atividades permanentes, rotineiras, que precisam
ser acompanhadas, como as mostradas a seguir:
Atividades propostas:
• Manuais de procedimentos.
• Manual de uniformes.
163
Unidade IV
• Publicações permanentes (mídias internas, relatórios anuais, folhetos institucionais, house organ,
carta do presidente, canal de TV e rádio internos, marketing digital).
• Escolha de brindes.
Já as atividades de nível B são mais complexas e exigem mais investimentos para implantação. É o caso
dos projetos especiais, como o aniversário da empresa, a criação de um museu próprio, o livro com a história
da entidade e dos fundadores, a participação como patrocinador especial de um grande evento e outros.
Conclusão
Na conclusão deve-se escrever um texto benfeito e convincente para os envolvidos sobre a importância
do plano. Deve-se fazer um apanhado geral dos objetivos e das ações e ter claras justificativas para sua
execução conforme a pesquisa inicial realizada.
Resumo
Até a próxima!
165
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
TOMASI, C.; MEDEIROS, J. B. Comunicação empresarial. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2014. p. 32. Adaptada.
Figura 3
Figura 5
Figura 6
Figura 7
Figura 8
Figura 9
Figura 10
166
Figura 11
Figura 12
Figura 13
Figura 14
Figura 15
Figura 16
Figura 17
Figura 20
167
Figura 21
STATUE_OF_RONALD_MCDONALD%2C_GEORGETOWN%2C_PENANG%2C_MALAYSIA.JPG. Disponível
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Figura 22
Figura 23
Figura 24
Figura 25
Figura 26
Figura 29
Figura 30
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Figura 31
Figura 35
Figura 37
Figura 38
Figura 39
Figura 40
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