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3º Grupo

Belinha Cassimo Jeque


Edmilson Hermínio Raúl Atália
José Chirrime

Iassine Francisco Teblo

Ireusa Eugénio Evodio


Julieta Inácio
Tirano Cuco Francisco

Teoria da aprendizagem cognitiva gestaltista e de campo


(Licenciatura em Psicologia Educacional 2º Ano)

Universidade Rovuma

Lichinga

2023
3º Grupo
Tirano Cuco Francisco
Ireusa Eugénio Evodio
Iassine Francisco Teblo
Belinha Cassimo Jeque
Julieta Inácio
Edmilson Hermínio Raúl Atália
José Chirrime

Teoria da aprendizagem cognitiva gestaltista e de campo


(Licenciatura em Psicologia Educacional 2º Ano)

Trabalho da cadeira de Psicologia


Social e da Saúde, a ser entregue ao
departamento de Educação e
psicologia para fins avaliativos,
lecionado por: Dra. Arminda e Dr.
Bonnet

Universidade Rovuma

Lichinga

2023
Índice
1. Introdução....................................................................................................................4

1.1. Objetivos......................................................................................................................4

1.1.1. Objetivos Gerais..........................................................................................................4

1.1.2. Objetivos Específicos..................................................................................................4

2. Teoria da aprendizagem cognitiva gestaltista e de campo..........................................5

2.1. Teoria da aprendizagem cognitiva...............................................................................5

2.2. Teoria da aprendizagem cognitiva gestaltista e de campo..........................................5

2.3. Percepção.....................................................................................................................6

2.4. Insight..........................................................................................................................6

2.5. Aprendizagem por descoberta.....................................................................................6

2.6. Pensamento produtivo.................................................................................................6

2.7. Campo psicológico......................................................................................................6

2.8. Teoria da aprendizagem cognitiva Gestaltista.............................................................6

2.8.1. Os principais princípios da teoria Gestaltista..............................................................7

2.8.2. Princípio da Proximidade............................................................................................8

2.8.3. Princípio da Semelhança.............................................................................................8

2.8.4. Princípio do Fechamento.............................................................................................8

2.9. Teoria da aprendizagem cognitiva de campo..............................................................8

2.9.1. Espaço vital na Teoria de Campo de Lewin................................................................9

2.9.2. Ambiente Psicológico no Contexto da Teoria de Campo.........................................10

2.9.3. Fundamentos da Teoria de Campo de Kurt Lewin....................................................11

2.9.4. Teoria de Campo de Lewin x Aprendizagem............................................................11

2.9.5. As principais implicações educacionais da Teoria de Campo:.................................12

2.9.5.1. Recompensa e Punição..............................................................................................12

2.9.5.2. Sucesso e Fracasso....................................................................................................12

2.9.5.3. Motivação..................................................................................................................13
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1. Introdução
A teoria de aprendizagem cognitiva gestaltista e de campo representa uma abordagem
fundamental na compreensão do processo de aprendizagem e suas implicações no contexto
educacional. Dentro do campo da psicologia educacional, essa teoria possui relevância ímpar,
pois busca entender como os indivíduos constroem significados e representações mentais,
além de oferecer um enfoque holístico ao considerar a influência do ambiente na
aprendizagem. Neste trabalho, serão exploradas as principais características dessas duas
vertentes teóricas, bem como suas aplicações práticas para o desenvolvimento de estratégias
pedagógicas eficazes.

1.1. Objetivos

1.1.1. Objetivos Gerais


Compreender os fundamentos teóricos da teoria da ação racional e da teoria do
comportamento planejado.

Analisar a relação entre a teoria da ação racional e a teoria do comportamento planejado.

Investigar as aplicações práticas dessas teorias em diferentes áreas, como marketing,


psicologia e economia.

Identificar as limitações e críticas das teorias da ação racional e do comportamento planejado.

Propor possíveis melhorias ou alternativas às teorias existentes.

1.1.2. Objetivos Específicos


 Descrever os principais conceitos e pressupostos da teoria da ação racional.
 Explicar os elementos-chave da teoria do comportamento planejado.
 Comparar e contrastar as diferenças e semelhanças entre a teoria da ação racional e a
teoria do comportamento planejado.
 Analisar estudos empíricos que testam essas teorias e avaliar os resultados
encontrados.
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2. Teoria da aprendizagem cognitiva gestaltista e de campo

2.1. Teoria da aprendizagem cognitiva


A teoria da aprendizagem cognitiva, também conhecida como teoria cognitiva da
aprendizagem, é uma abordagem que se concentra no processo mental envolvido na aquisição
de conhecimento e na maneira como as pessoas percebem, processam e organizam
informações para aprender.

Essa teoria é baseada na noção de que os indivíduos são ativos participantes no processo de
aprendizado, ao contrário de serem apenas receptores passivos de informações. A
aprendizagem é vista como um processo construtivo em que os alunos constroem significado
e entendimento a partir de suas experiências e interações com o ambiente.

Segundo a teoria cognitiva da aprendizagem, a aquisição de conhecimento envolve a


organização e a reestruturação de informações pré-existentes nas estruturas cognitivas dos
indivíduos, como esquemas mentais, memória de longo prazo e processos de pensamento.
Isso inclui a seleção, a interpretação e a organização de informações e a aplicação de
estratégias cognitivas, como resolução de problemas, inferência e metacognição.

A teoria da aprendizagem cognitiva enfatiza a importância do processamento ativo de


informações e a necessidade de relacioná-las ao conhecimento existente para promover a
aprendizagem significativa. Ela se baseia nas obras de psicólogos cognitivos famosos, como
Jean Piaget, Lev Vygotsky e Jerome Bruner, que desenvolveram teorias sobre como a
aprendizagem ocorre na mente dos indivíduos.

Essa teoria tem grandes implicações para a prática educacional, destacando a importância do
engajamento ativo dos alunos na construção do conhecimento, na aplicação de estratégias de
pensamento e na facilitação do diálogo e da interação social na aprendizagem. Propõe-se que
os educadores forneçam oportunidades para que os alunos reflitam sobre suas próprias
experiências, construam conexões com o conhecimento existente e se envolvam em
atividades desafiadoras que promovam o raciocínio crítico e a resolução de problemas.

2.2. Teoria da aprendizagem cognitiva gestaltista e de campo


A teoria da aprendizagem cognitiva gestaltista e de campo é uma abordagem teórica que
surgiu no campo da psicologia e tem como foco a compreensão dos processos cognitivos
envolvidos na aprendizagem. Essa abordagem enfatiza a importância da percepção e
organização do conhecimento para a compreensão e resolução de problemas.
7

A teoria gestaltista teve origem na Alemanha, no início do século XX, com os teóricos Max
Wertheimer, Wolfgang Köhler e Kurt Koffka. Eles propuseram que a percepção humana não
é apenas uma soma de estímulos sensoriais, mas sim uma organização das experiências em
formas significativas e estruturadas, conhecidas como "gestalts".

A teoria de campo, por outro lado, foi desenvolvida pelo psicólogo Kurt Lewin. Ele
argumentou que o comportamento humano é determinado pela interação entre o indivíduo e o
ambiente, sendo o campo psicológico composto pelos diferentes elementos que influenciam o
comportamento de uma pessoa.

Principais conceitos-chave da teoria da aprendizagem cognitiva gestaltista e de campo


incluem

2.3. Percepção
A forma como interpretamos e organizamos as informações sensoriais para dar significado ao
mundo ao nosso redor.

2.4. Insight
Um momento de compreensão súbita ou epifania que ocorre quando somos capazes de ver as
relações entre elementos e chegar a uma solução para um problema.

2.5. Aprendizagem por descoberta


A ênfase na aprendizagem ativa, na qual os indivíduos são encorajados a explorar e descobrir
o conhecimento por si mesmos, em vez de apenas receber informações de forma passiva.

2.6. Pensamento produtivo


A capacidade de organizar informações de maneira significativa, criando novas estruturas
cognitivas e resolvendo problemas de forma criativa.

2.7. Campo psicológico


O ambiente psicológico em que uma pessoa está inserida, composto por diversos elementos
que influenciam o comportamento e a aprendizagem.

2.8. Teoria da aprendizagem cognitiva Gestaltista

A teoria da aprendizagem cognitiva Gestaltista, também conhecida como psicologia da


Gestalt, destaca a importância da percepção e da compreensão do todo para a aprendizagem.
Segundo essa teoria, a mente organiza a informação em padrões ou estruturas significativas,
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ou seja, as pessoas tendem a perceber as partes como um todo unificado. A aprendizagem


ocorre por meio da percepção de relacionamentos entre diferentes elementos da informação.
Por exemplo, ao aprender um novo conceito, as pessoas procuram por padrões e relações
entre os elementos para compreender melhor.

Existem diferentes correntes e autores associados à teoria da aprendizagem cognitiva


gestaltista, cada um com suas contribuições. Dentre eles, podemos citar:

Para Wolfgang Köhler, que foi um dos pioneiros na psicologia da gestalt. Ele acreditava que
o aprendizado ocorre por meio da percepção dos padrões e da compreensão das relações entre
os elementos. Segundo Köhler, "Os problemas são sinais de sua compreensão".

Max Wertheimer ele é considerado o fundador da psicologia da gestalt. Wertheimer


acreditava que a aprendizagem envolve a organização perceptiva dos estímulos e a percepção
de sua estrutura e movimento. De acordo com Wertheimer, "O todo tem uma realidade
própria, independente das partes que o compõem".

Kurt Koffka ao lado de Max Wertheimer, Koffka também é considerado um dos fundadores
da psicologia da gestalt. Ele enfatizou a importância do contexto na percepção e
aprendizagem, argumentando que a compreensão de um estímulo só é possível por meio da
relação com o ambiente. Koffka afirmava que "O todo é diferente da soma de suas partes".

No final do século passado muitos estudiosos procuravam compreender o fenômeno


psicológico em seus aspectos naturais (principalmente no sentido da mensurabilidade). A
Psicofísica estava em voga.

Ernst Mach (1838-1916), físico, e Chrinstiam von Ehrenfels (1859-1932), filósofo e


psicólogo, desenvolviam uma psicofísica com estudos sobre as sensações (o dado
psicológico) de espaço-forma e tempo-forma (o dado físico) e podem ser considerados como
os mais diretos antecessores da Psicologia da Gestalt. Max Wertheimer, Wolfgang Köhler e
Kurt Koffka, baseados nos estudos psicofísicos que relacionaram a forma e sua percepção,
construíram as bases de uma teoria eminentemente psicológica. Eles iniciaram seus estudos
pela percepção e sensação do movimento. Os Gestaltistas estavam preocupados em
compreender quais os processos psicológicos envolvidos na ilusão de ótica, quando o
estímulo físico é percebido pelo sujeito com uma forma diferente do que ele é na realidade.
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2.8.1. Os principais princípios da teoria Gestaltista


Princípio da Totalidade: A perceção de um objeto não é simplesmente a soma das suas partes
individuais, mas é influenciada pela forma como essas partes são organizadas em um todo
significativo. Ou seja, a nossa mente tende a perceber os objetos como uma totalidade
coerente, em vez de apenas partes desconexas.

2.8.2. Princípio da Proximidade


Os elementos que estão próximos uns aos outros tendem a ser percebidos como fazendo parte
de um grupo. Por exemplo, se enxergamos um conjunto de pontos próximos, nossa mente irá
agrupá-los e vê-los como uma figura única.

2.8.3. Princípio da Semelhança


Os elementos que possuem características semelhantes tendem a ser agrupados e percebidos
como fazendo parte do mesmo grupo. Se um conjunto de objetos tem cores ou formatos
semelhantes, nossa mente irá agrupá-los.

2.8.4. Princípio do Fechamento


A mente tende a completar padrões ou formas incompletas, preenchendo as lacunas de
informações. Por exemplo, se vemos um círculo parcialmente desenhado, nossa mente irá
completá-lo e perceber um círculo completo.

2.9. Teoria da aprendizagem cognitiva de campo


A teoria do campo é uma teoria psicológica que examina os padrões de interação entre o
indivíduo e o campo total, ou ambiente. O conceito apareceu pela primeira vez na psicologia
com raízes na perspectiva holística das teorias da Gestalt . Foi desenvolvido por Kurt Lewin ,
psicólogo da Gestalt, na década de 1940. A Teoria de Campo de Lewin propôs que o
comportamento é o resultado do indivíduo e do ambiente. Essa teoria teve um grande impacto
na psicologia social, apoiando a noção de que nossos traços individuais e o ambiente
interagem para causar comportamento.

Para Lewin, o comportamento individual não era um produto de eventos passados ou


expectativas futuras, mas era uma função da interação entre o indivíduo e seu ambiente atual
ou “campo”, como ele o denominou (Marrow, 1969).
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A teoria de campo é uma Teoria comportamental que determina que todo fenômeno
psicológico ocorre em um determinado campo, “o campo vital do indivíduo”. Ela foi formada
por Kurt Lewin. É uma teoria derivada da Gestalt.

A teoria de Lewin é chamada de teoria de campo, onde campo significa o mundo psicológico
total em que uma pessoa vive em um determinado momento. Inclui assuntos e eventos do
passado, presente e futuro, concreto e abstrato, real e imaginário, todos interpretados como
aspectos simultâneos de uma situação. Lewin afirma que cada pessoa existe dentro de um
campo de forças. O campo de forças ao qual o indivíduo está respondendo ou reagindo é
denominado seu espaço vital.

Alguns objetos, pessoas ou situações podem adquirir valência no ambiente psicológico,


determinado um campo dinâmico de forças psicológicas. Os objetos, pessoas ou situações
adquirem para o indivíduo uma valência positiva (quando podem ou prometem satisfazer
necessidades presentes do individuo) ou valência negativa (quando podem ou prometem
ocasionar algum prejuízo).

Os objetos, pessoas ou situações de valência positiva atraem o indivíduo e os de valência


negativa o repelem. A atração é a força ou vetor dirigido para o objeto, pessoa ou situação; a
repulsa é a força ou vetor que o leva a se afastar do objeto, pessoa ou situação, tentando
escapar. Um vetor tende sempre a produzir locomoção em uma certa direção. Quando dois ou
mais vetores atuam sobre uma pessoa ao mesmo tempo, a locomoção é uma espécie de
resultante de forças.

Lewin utilizou uma combinação de análise topológica (para mapear o espaço vital) e vetorial
(para indicar a força dos motivos no comportamento), desenvolveu uma série de
experimentos sobre a motivação, a satisfação e a frustração os feitos da liderança autocrática
e democrática em grupos de trabalho etc. Lewin foi um profundo inspirador dos
autores da Escola das Relações Humanas e das demais outras teorias desenvolvidas a partir
desta.

2.9.1. Espaço vital na Teoria de Campo de Lewin


Um espaço de vital na Teoria de Lewin contém o próprio indivíduo, os objetivos que ele
busca (valência positiva) ou evita (valência negativa), as barreiras que restringem os
movimentos do indivíduo e o caminho que ele deve seguir para alcançar seu objetivo. São as
forças do ambiente que levam indivíduos diferentes a reagirem de forma diferente ao mesmo
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tipo de estimulo. A influência dessas forças sobre o indivíduo dependeria das próprias
necessidades, atitudes, sentimentos e expectativas do mesmo.

Fatores de Influenciam o Comportamento Humano segundo a Teoria de Campo

A teoria de campo de Lewin diz que o comportamento do ser humano deriva de dois fatores
fundamentais:

 O comportamento deriva da soma total dos fatos ocorridos e coexistentes em determinada


situação, e a situação total gerada, é o que gera o comportamento nas pessoas.
 Esses fatos ocorrem de maneira dinâmica e interativa, onde cada fato influencia e é
influenciado pelos outros, e pelo todo. Esse campo dinâmico é o conhecido campo
psicológico da pessoa, e é o que ajusta e modifica o modo de ver e entender as coisas ao
seu redor.

O comportamento humano não depende somente do passado, ou do futuro, mas do campo


dinâmico atual e presente. Esse campo dinâmico é “o espaço de vida que contém a pessoa e o
seu ambiente psicológico” Lewin propõe a seguinte equação, para explicar o comportamento
humano:

C = f (P,M)

Onde o comportamento (C) é função (f) ou resultado da interação entre a pessoa (P) e o meio
ambiente (M) que a rodeia.

2.9.2. Ambiente Psicológico no Contexto da Teoria de Campo

O ambiente psicológico (ou ambiente comportamental) é o ambiente tal como é percebido e


interpretado pela pessoa. Mais do que isso, é o ambiente relacionado com as atuais
necessidades do indivíduo. Alguns objetos, pessoas ou situações podem adquirir valência no
ambiente psicológico, determinando um campo dinâmico de forças psicológicas.

Os objetos, pessoas ou situações adquirem para o indivíduo uma valência positiva (quando
podem ou prometem satisfazer necessidades presentes do individuo) ou valência negativa
(quando podem ou prometem ocasionar algum prejuízo).

Os objetos, pessoas ou situações de valência positiva atraem o indivíduo e os de valência


negativa o repelem. A atração é a força ou vetor dirigido para o objeto, pessoa ou situação; a
12

repulsa é a força ou vetor que o leva a se afastar do objeto, pessoa ou situação, tentando
escapar.

Um vetor tende sempre a produzir locomoção em uma certa direção. Quando dois ou mais
vetores atuam sobre uma pessoa ao mesmo tempo, a locomoção é uma espécie de resultante
de forças.

Lewin utilizou uma combinação de análise topológica (para mapear o espaço vital) e vetorial
(para indicar a força dos motivos no comportamento), desenvolveu uma série de
experimentos sobre a motivação, a satisfação e a frustração e os efeitos da liderança
autocrática e democrática em grupos de trabalho, etc. Lewin foi um profundo inspirador dos
autores da Escola das Relações Humanas e das demais outras teorias desenvolvidas a partir
desta.

2.9.3. Fundamentos da Teoria de Campo de Kurt Lewin

Lewin (1890-1947) conduziu experimentos no estudo do comportamento de crianças. Ele


utilizou uma elaborada configuração experimental com o objetivo de controlar o ambiente
total da criança durante o curso da investigação para obter informações detalhadas.

Lewin enfatizou o estudo do comportamento em função da situação física e social total.


Lewin sustenta que as leis psicológicas não precisam ser formuladas apenas com base em
médias estatísticas. Em vez disso, o caso individual é igualmente importante. Mesmo se todas
as leis psicológicas gerais fossem conhecidas, ainda precisaríamos entender o indivíduo
específico e a “situação total” em que ele existe antes de podermos fazer qualquer previsão
sobre seu comportamento.

2.9.4. Teoria de Campo de Lewin x Aprendizagem

A teoria de Lewin considera a aprendizagem como um processo relativístico pelo qual o


aluno desenvolve novos insights ou altera os antigos. De acordo com a teoria, a aprendizagem
não é um processo mecanicista de conectar estímulos e respostas dentro de um organismo
biológico. A psicologia de campo explica o desenvolvimento do insight como uma mudança
na estrutura cognitiva do espaço vital.

Lewin classificou a aprendizagem nas seguintes categorias:


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 Aprender é uma mudança na estrutura cognitiva.


 Aprender é uma mudança na motivação, ou seja, nas valências e valores.
 Aprender é a aquisição de habilidades.
 Aprender é uma mudança no pertencimento ao grupo.

Aprendizagem de todos os tipos envolve mudança na percepção. As mudanças na estrutura


cognitiva são causadas pelas forças do campo psicológico – necessidades, aspirações e
valências. Lewin pensa que o nível de aspiração depende das potencialidades de um
indivíduo e das influências do grupo ao qual ele pertence. Um nível de aspiração muito alto
ou muito alto desencoraja o aprendizado.

2.9.5. As principais implicações educacionais da Teoria de Campo:

2.9.5.1. Recompensa e Punição

De acordo com Lewin, o aluno, por causa da atração por recompensas, pode recorrer aos
métodos mais curtos. Por exemplo, para obter distinção no exame (registro), o aluno pode
gostar de trapacear (método de atalho). É, portanto, necessário colocar algumas barreiras na
situação de recompensa, para evitar o acesso a métodos tão curtos.

No caso de punição, entretanto, há uma tendência de deixar o campo por causa do desagrado
da tarefa, a menos que existam fortes barreiras para mantê-lo no campo. As atividades de
recompensa muitas vezes se tornam interessantes e são apreciadas, de modo que a motivação
não é mais extrínseca, enquanto as atividades controladas pela ameaça de punição tendem a
se tornar extremamente odiadas.

2.9.5.2. Sucesso e Fracasso

A análise psicológica do sucesso do ponto de vista do aluno mostra as seguintes


possibilidades:

 Alcançar uma meta constitui sucesso.


 Entrar na região da meta pode ser uma experiência de sucesso.
 Fazer algum progresso na direção da meta também constitui uma experiência de
sucesso.
 Selecionar uma meta socialmente aprovada também é uma experiência de sucesso.
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O sucesso ou fracasso psicológico depende do envolvimento do ego e do nível de aspiração.


O sucesso na tarefa fácil não é uma experiência de sucesso, uma vez que não envolve o ego
da pessoa. Da mesma forma, o fracasso em uma tarefa muito difícil não é uma experiência de
fracasso.

2.9.5.3. Motivação

A repetição de uma atividade traz mudanças tanto na estrutura cognitiva quanto nos sistemas
de necessidade-tensão. Como resultado desse objetivo, a atratividade muda. Lewin chama a
atratividade de meta de valência e mudança de valência. A valência pode mudar de qualquer
uma das seguintes maneiras:

 Metas atraentes podem perder a atenção se a atividade relacionada a elas for repetida até
os pontos de saciedade.
 A escolha de metas é influenciada por experiências anteriores de sucesso e fracasso.
 Memória:

A teoria do campo afirma o seguinte em relação à memória:

 Tarefas que não têm sentido para serem concluídas não são lembradas.
 Tarefas não concluídas são lembradas melhor do que tarefas concluídas devido à tensão
psicológica.
 Tarefas que levam à satisfação de muitas necessidades são lembradas melhor do que
tarefas que levam à satisfação de uma necessidade.
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3. Conclusão

Em conclusão, a teoria de aprendizagem cognitiva gestaltista e de campo representa um


importante marco no estudo da psicologia educacional. Ela nos proporciona uma
compreensão mais profunda sobre como os indivíduos aprendem e constroem seus
conhecimentos. Ao considerar a importância da percepção e organização dos estímulos
presentes no ambiente e a influência desses estímulos na aprendizagem, essas teorias
oferecem uma base sólida para a criação e implementação de estratégias pedagógicas
eficazes. Além disso, compreender os processos cognitivos envolvidos na aprendizagem
permite que educadores melhor adequem suas práticas às necessidades e características dos
alunos, tornando o processo educacional mais significativo e efetivo. Em resumo, as teorias
de aprendizagem cognitiva gestaltista e de campo desempenham um papel fundamental no
campo da psicologia educacional, fornecendo bases sólidas para melhor entender como as
pessoas aprendem e como o ambiente pode influenciar esse processo.
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4. Referencias Bibliograficas
 LOPES.J. RUTHERFORD,R, Problemas comportamentais na sala de aulas
identificação, avaliação e modificações, 2ed. Porto: porto editora (2001)
 SILVA. RITA. M. Crisostomo da. Estratégias de mudança de comportamental
aplicadas em contexto escolar e institucional. Instituto politécnico de Coimbra 2012.
 Ajzen, I. & Fishbein, M. (2000). Attitudes and the Attitude–Behavior Relation:
Reasoned and Automatic Processes. Em W. Stroebe & M. Hewstone (Orgs.),
European Review of Social Psychology (Vol. 11, pp. 1-33). New York: John Wiley &
Sons.
 Brown, K. M. (1999). Theory of Reasoned Action/Theory of Planned Behavior.
University of South Florida. Community and family Health. Florida, U.S.A.
 Caprara, G.V., Barbaranelli, C. & Guido, G. (1998). Empirical investigation of
determinants of purchase intentions according to the theory of planned behavior.
Ricerche di Psicologia, 8, 147- 168.
 Davis, L. E., Ajzen, I., Saunders, J., & Williams, T. (2002). The decision of African
American students to complete high school: An application of the theory of planned
behavior. Journal of Educational Psychology, 94,810-819.

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