Você está na página 1de 20

UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADES DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO E DE PSICOLOGIA

CURSO DE PSICOLOGIA SOCIAL E DAS ORGANIZAÇÕES

LOURENÇO LUÍS

ANDRÉ MADEIRA

SARIFA TIROS

CELESTINO LUÍS

PROCESSOS INDIVIDUAIS: PERSONALIDADE E ATITUDE


E; PERCEPÇÃO E ATRIBUIÇÕES.

Beira

2023
LOURENÇO LUÍS

ANDRÉ MADEIRA

SARIFA TIROS

CELESTINO LUÍS

PROCESSOS INDIVIDUAIS: PERSONALIDADE E ATITUDE


E; PERCEPÇÃO E ATRIBUIÇÕES.

Trabalho científico apresentado ao curso de licenciatura


em Psicologia social e das organizações da Faculdade
de Ciências de Educação e de Psicologia, como
requisito de avaliação na cadeira de Psicologia
Organizacional.

Dra. Laurinda Guacha

Beira

2023

Sumário
1 Introdução......................................................................................................................................

1.1 Objectivo ...............................................................................................................................

1.1.1 Especifico ..........................................................................................................................

1.2 Metodologias de estudo..............................................................................................................

1.2.1 Tipo de estudo.........................................................................................................................

1.2.2 Tipo de pesquisa......................................................................................................................

2 Personalidades e atitudes...............................................................................................................

2.1 Teorias da personalidade............................................................................................................

2.1.1 Perspectiva de aprendizagem..................................................................................................

2.1.2 Teoria psicanalítica..................................................................................................................

2.2 Atitude ................................................................................................................................

2.2.1 Componentes de atitude...........................................................................................................

2.2.2 Tipos de atitude.....................................................................................................................

2.2.3 Formação de uma atitude.......................................................................................................

3 Percepção e atribuição.................................................................................................................

3.1 Percepção ….............................................................................................................................

3.1.1 A Teoria da Gestalt................................................................................................................

3.2 Atribuição ................................................................................................................................

4 Conclusão....................................................................................................................................

5 Bibliografia..................................................................................................................................
1 Introdução

O presente trabalho da cadeira de Psicologia Organizacional, intitulado Processos


individuais: personalidade e atitude e; percepção e atribuição, no qual, faz abordagem dos
pontos indicado no tema. Os estudiosos e os teóricos desenvolveram hipóteses diferentes para
explicar a origem dos pensamentos, das motivações e das emoções que servem de base para
personalidade. Também há diferentes conceitos sobre o que é a personalidade que foram
elaborados ao longo da história.

Uma delas é a teoria psicanalítica que foi desenvolvida por Sigmund Freud, teoria esta
que nos ajuda a perceber o aparelho psíquico em três categorias: ID, ego e superego.
Desenvolvimento da personalidade humana como psicossexual. As fases de desenvolvimento:
Oral (0-1 ano), anal (1-3 ano), fálica (3-5 anos), o período de latência (5 anos – puberdade) e
por último a fase genital (puberdade e vida adulta). Freud enfatizou que os primeiros cinco
anos de vida são cruciais para a formação da personalidade adulta.

A atitude é definida como predisposições a um objecto ou situação capaz de


influenciar pensamentos e acções, ou seja, atitudes expressam aprovação ou desaprovação de
qualquer assunto, fenómeno ou coisa. Também pode ser definida como uma tendência a agir
de uma certa forma, mas consiste em alguns elementos, entre os quais destacam-se os
pensamentos e emoções que são seus componentes centrais (as emoções estão relacionadas as
atitudes porque são aquelas que fazem as pessoas reagirem com prazer ou descontentamento
uma determinada situação). Por fim, vale ressaltar que novas atitudes são formadas todos dias,
pois novos conhecimentos e reflexões pessoais os ajudam a serem reconstruídos. Teorias de
atitude: aprendizagem; consistência e equilíbrio e; dissonância cognitiva.

Teorias da aprendizagem – As atitudes são aprendidas por reforços e punições.


Quando você esta em contacto com novas informações há sentimentos e pensamentos que
geram acções, que se forem recompensados, então eles serão repetidos e isso constituíra um
aprendizado. A teoria comportamental vê os sujeitos como autoridades passivas, sujeitos a
situações positivas ou negativas que influencia a sua percepção (BIGGE, 2006). Alem disso
aprendizado anteriores que afectam novos ate certo ponto são importantes para essa teoria.

Teoria de consistência e equilíbrio – A falta de congruência entre um pensamento e


uma acção deixa as pessoas desconfortáveis, o que as pressiona a mudar seus pensamentos,
comportamentos ou percepções com o objectivo de mantê-las alinhadas (COFER, 1983). Se o
aparelho mental entrar em crise por causa de um evento, ou pela possibilidade, então a pessoa
tentara fazer modificações através de acções concretas, que se não possível, farão com que a
pessoa mude a forma como vê a realidade. Para Fitz Heider, a mente busca viver ideias em
ordem, ele não gosta de complicar as coisas, ideias simples são as que substitui as complexas,
porque contribuem para a clareza mental.

Teoria da dissonância cognitiva – Considera que quando você tem duas ideias que não
combinam entre si, um estado desconfortável ocorre. Esta situação pressiona porque é um
estado irritante que empurra sua resolução de alguma forma. Uma maneira de reduzir a
dissonância cognitiva é tomando partido com uma das duas ideias, e rejeitando a que você
perde. Isso leva a uma reacção positiva ou negativa aos fenómenos cotidianos.

O trabalho esta estruturado e organizado começando por introdução (breve


apresentação deste trabalho e objectivos); fundamentação teórica (debate de ideias divididos
em três capítulos); conclusão (síntese do corpo do trabalho) e por último as referências
bibliográficas que são pensamentos de autores citados na fundamentação teórica.

No primeiro capítulo, é composto por introdução, onde comporta a apresentação do


presente trabalho, objectivos (geral e específicos) e metodologias de estudo (tipo de estudo e
pesquisa).

No segundo e terceiro capitulo, o autor busca dar conceitos, teorias e características de


personalidade e atitude e; percepção e atribuição, propósito de desenvolver.

No quarto e quinto capítulo é composto por conclusão e referencias bibliográficas, no


qual, na conclusão dos objectivos proposto logo na introdução e para finalizar, as bibliografia
de obras citadas.
6

1.1 Objectivo

1.1.1. Geral
 Compreender os processos individuais: personalidade e atitude e; percepção e
atribuição.

1.1.1 Especifico

 Definir a personalidade e atitude e; percepção e atribuição;


 Descrever diferentes abordagens teóricas;
 Distinguir personalidade e atitude e; percepção e atribuição.

1.2 Metodologias de estudo

Para realização do presente trabalho recorreu-se a metodologia de consulta de referências


bibliográficas de obras literárias encontradas na internete.

Metodologia da pesquisa é a que abrange maior número de itens, pois relaciona o conjunto de
técnicas, métodos e procedimentos de estudo a serem utilizados pelo pesquisador, quando
lançando mão de um embuçamento teórico, confrontando-o em um campo de observação
através das técnicas de pesquisa para a interpretação de um problema ou confirmação de uma
hipótese (Lakatos & Marconi, 2003:220).

1.2.1 Tipo de estudo

O presente trabalho se fez o uso de estudo exploratório, porque o estudo baseou se na


análise de obras literárias.

1.2.2 Tipo de pesquisa

Neste trabalho aplicou se a pesquisa bibliográfica porque a pesquisa centrou se na


pesquisa de documentos ou seja, obras literárias relevante para a construção do tema de
projeto de pesquisa.
7

2 Personalidades e atitudes

Personalidade é o conjunto das características marcantes de uma pessoa, é a força activa que
ajuda a determinar o relacionamento das pessoas baseado em seu padrão de individualidade
pessoal e social, referente ao pensar, sentir e agir.

2.1 Teorias da personalidade

2.1.1 Aprendizagem

Skinner considerava que o ambiente determina a maior parte das nossas respostas e
que em função das suas consequências, as mesmas serão reproduzidas ou eliminadas. Refere
ainda que os comportamentos respondem as leis: é possível controla-los através de
manipulações do ambiente (SKINNER, 1971 cit in HANSENNE, 2003).

Para BANDURA, os factores mais importantes são os sociais e cognitivos. Insistindo


no facto de que a maioria dos reforços é de natureza social, como a atenção de outros, a
aprovação, os sorrisos, o interesse e aceitação. Ponto fulcral da teoria da aprendizagem de
BANDURA é o facto de que com base na observação do comportamento de outrem,
construímos uma ideia de como os novos comportamentos são produzidos (BANDURA, 1971
cit in HANSENNE, 2003).

2.1.2 Psicanalítica

 Estrutura da Personalidade
 O Id "contém tudo o que é herdado, que se acha presente no nascimento, que
está presente na constituição— acima de tudo, portanto, os instintos que se
originam da organização somática e que aqui (no id) encontram uma primeira
expressão psíquica, sob formas que nos são desconhecidas" (1940, livro 7, pp.
17-18 na ed. bras.) cit in (FADIMAN, 1939) . “As leis lógicas do pensamento
não se aplicam ao id... Impulsos contrários existem lado a lado, sem que um
anule o outro, ou sem que um diminua o outro" (1933, livro 28, p. 94 na ed.
bras.) cit in (FADIMAN, 1939).
 O Ego é a parte do aparelho psíquico que está em contacto com a realidade
externa. Desenvolve-se a partir do id, à medida que o bebé toma-se cônscio de
sua própria identidade, para atender e aplacar as constantes exigências do id.
Como a casca de uma árvore, ele protege o id mas extrai dele a energia, a fim
de realizar isto. Tem a tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da
personalidade.
 O Superego se desenvolve a partir do ego e actua como um juiz ou censor
sobre as actividades e pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais,
modelos de conduta e dos constructos que constituem as inibições da
personalidade. Freud descreve três funções do superego:
8

 A consciência – o superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a


actividade consciente; mas também age inconscientemente. As
restrições inconscientes são indirectas, aparecendo como compulsões
ou proibições. "Aquele que sofre (de compulsões e proibições)
comporta-se como se estivesse dominado por um sentimento de culpa,
do qual, entretanto, nada sabe" (l 907, livro 31, p. 17 na ed. bras.) cit in
(FADIMAN, 1939).
 A auto-observação a sua tarefa surge da capacidade do superego de
avaliar actividades independentemente das pulsões do id para tensão-
redução e independentemente do ego, que também está envolvido na
satisfação das necessidades.
 A formação de ideais está ligada ao desenvolvimento do próprio
superego. Ele não é, como se supõe às vezes, uma identificação com
um dos pais ou mesmo com seus comportamentos: "O superego de uma
criança é com efeito construído segundo o modelo não de seus pais,
mas do superego de seus pais; os conteúdos que ele encerra são os
mesmos e toma-se veículo da tradição e de todos os duradouros
julgamentos de valores que dessa forma se transmitiram de geração em
geração" (1933, livro 28, p. 87 na ed. bras.) cit in (FADIMAN, 1939).

 Relações entre os Três Subsistemas

A meta fundamental da psique é manter— e recuperar, quando perdido— um nível


aceitável de equilíbrio dinâmico que maximiza o prazer e minimiza o desprazer. A energia
que é usada para accionar o sistema nasce no id, que é de natureza primitiva, instintiva. O ego,
emergindo do id, existe para lidar realisticamente com as pulsões básicas do id e também age
como mediador entre as forças que operam no id e no superego e as exigências da realidade
externa. O superego, emergindo do ego, actua como um freio moral ou força contrária aos
interesses práticos do ego. Ele fixa uma série de normas que definem e limitam a flexibilidade
deste último.
2.2 Atitude

KARDEC (1978) vai à origem da palavra, assim do latim aptitudinem atitude, através
do italiano attitudine significa uma maneira organizada e coerente de pensar, sentir e reagir
em relação a grupos, questões, outros seres humanos, ou, mais especificamente, a
acontecimentos ocorridos no nosso meio circundante. GONÇALVES (2008), define atitude
como uma tendência ou predisposição adquirida e relativamente estável para agir, pensar ou
sentir de uma determinada forma (positiva ou negativa) face a um objecto, pessoa, situação,
grupo social, instituição, conceito ou valor.

Atitude é uma estrutura psicológica duradoura que integra de forma harmoniosa os


componentes cognitivos (Pensamentos), afectivos (Emoções) e comportamentais (acções) de
uma pessoa em relação a tudo que podemos ter algum tipo de interacção.
9

2.2.1 Componentes de atitude

RODRIGUEZ (1993) considera que as atitudes têm três elementos, cognitivos,


afectivos e comportamentais. Toda atitude vem de uma cognição mental que valoriza a
realidade; as cognições que são feitas são formadas a partir de percepções e idéias sobre um
objecto e dependem, em parte, das informações que foram adquiridas sobre ele. Por outro
lado, o componente afectivo refere-se ao sentimento a favor ou contra alguma coisa. Por fim,
o componente comportamental refere-se a acções que ocorrem como resultado de ter afectos
ou emoções quando determinados eventos ou situações são vividos.

2.2.2 Tipos de atitude

 Favorável ou desfavorável

Atitudes podem ser favoráveis ou desfavoráveis, ou seja, permitem que sentimentos


positivos ou negativos sejam expressos, dependendo de como você reage a um fenómeno
específico. É importante mencionar que não há atitudes neutras, pois cada evento, situação ou
pessoa produz uma reacção, e as reacções são sempre polarizadas.

 Congruência ou inconsistência

Embora um aluno possa ter uma atitude ruim em relação a um professor,


independentemente de valorizar o assunto ou acções como positivas, ele ainda pode ter uma
atitude positiva, apesar de avaliar inadequadamente as acções realizadas pelo professor. No
entanto, como já mencionado, as pessoas tendem a manter pensamentos consoantes mais do
que discordantes, de modo que a existência de atitudes incongruentes é menos provável.

 Independente ou dependente

As atitudes podem ter um componente interno, que depende do próprio sujeito, ou


podem ser independentes e influenciados por outros. Em outras palavras, as atitudes são
apresentadas de forma estranha à situação, enquanto outras são formadas por influência
directa sobre o assunto.
10

2.2.3 Formação de uma atitude

Para que uma atitude seja formada, é necessário que exista uma harmonia, uma
congruência entre as três componentes. Se as componentes forem todos positivos, então a sua
atitude será favorável ao objecto, isto é relativo, como no esquema a seguir.

Figura 1: atitude favorável vs desfavorável.

Conflito interno - Podemos viver situações de conflito interno por duas


possibilidades: A primeira delas é quando temos um componente positivo e os outros dois
estão negativos.

Figura 2: Conflito interno.

A segunda possibilidade de conflito interno se caracteriza por apresentar dois


componentes positivos e um negativo.
11

Figura 3: Conflito interno.

Mudança - Para uma mudança acontecer efectivamente é necessário que os três


componentes se alterem e que estabeleçam entre si uma nova harmonia. Se por algum motivo
uma atitude favorável for alterada em apenas um ou dois dos seus componentes, a nova
situação será a de um conflito e não a de uma estrutura desfavorável. A mudança de atitude
se dá quando transformamos uma estrutura atitudinal favorável em uma estrutura
atitudinal desfavorável ou vice-versa, como no esquema:

Figura 4: Mudança.

Para poder influenciar na mudança de atitudes é necessário o desenho de um processo


de comunicação persuasiva. Este processo consiste na codificação de uma mensagem enviada
pelo emissor. Através de um canal, o receptor recebe a mensagem e descodifica-a de forma a
entendê-la. A partir da mensagem recebida, o receptor realiza a sua acção ou mudança de
atitude, e também emite uma nova informação ao emissor.

Desse modo, as possibilidades de se modificar verdadeiramente as atitudes de alguém


normalmente, buscamos uma estrutura íntegra entre os elementos de nossas atitudes. Se
alterarmos o significado positivo ou negativo que temos nestas unidades, mudaremos de
atitude, como no esquema:
12

Figura 5: Estratégia psicológica de publicidade.


13

3 Percepção e atribuição

3.1 Percepção

Segundo ROBBINS (2004, p.24), a percepção diz respeito ao “Processo pelo qual
indivíduos organizam e interpretam suas impressões sensoriais a fim de dar sentido ao seu
ambiente”. A percepção é influenciada por vários factores que podem distorcê-la ou moldá-la.
Estes factores podem estar em quem percebe, no objecto percebido, de onde ele é visto ou no
contexto da situação em que a percepção ocorre.

(KELLEY & MICHELA, 1980), Consideram a percepção de causalidade como um


conjunto de processos mediadores entre crenças, motivações e informação disponível para os
indivíduos de um lado, e os seus comportamentos, expectativas e sentimentos, do outro. As
inferências causais sobre um acontecimento e as circunstâncias da sua ocorrência serão
determinadas pelos interesses e pelas teorias implícitas de causalidade do indivíduo. Estas
últimas não serão mais do que julgamentos sobre a plausabilidade de existência de uma
relação entre estímulo e resposta, e poderão ter origem na experiência do indivíduo ou serem
transmitidas pela cultura em que está inserido. O indivíduo poderá possuir uma teoria
particular com base em observações empíricas de co-variações entre estímulos e respostas de
tipo geral.

Quando uma pessoa observa algo e tenta interpretar o que está percebendo, é
fortemente influenciada por suas próprias características pessoais, tais como: Atitudes: como
o indivíduo está habituado a responder às situações; Motivações: quais são as suas
necessidades insatisfeitas; Interesses: o foco de atenção é direccionado por seus interesses;
Experiências: direccionam a atenção e podem até anular o interesse, pois há a tendência a
habituar-se ao já conhecido; Expectativas: podem induzir o indivíduo a ver o que quer ver.

3.1.1 A Teoria da Gestalt

A Teoria da Gestalt, de maneira simplificada, afirma que “quando os elementos


sensoriais são combinados, forma-se algum novo padrão ou configuração”. Essa teoria possui
alguns princípios de organização da percepção, sendo que sua proposta diz, numa premissa
básica, que a percepção e a organização acontecem imediatamente após vermos e/ou
ouvirmos padrões e/ou formas diferentes. Esta organização é instantânea e inevitável sempre
que olharmos as coisas e/ou acontecimentos à nossa volta. Alguns desses princípios são:
14

Proximidade e Continuidade – Na figura 6 apresenta dois desses princípios, pois na


proximidade as partes que estão próximas parecem formar uma unidade e tendem a ser
percebidas juntas. Observando a figura, percebemos três colunas duplas de círculos e não o
conjunto todo; na continuidade existe uma tendência de nossa percepção seguir uma
determinada direcção, de conjugar os elementos de uma maneira que os faça parecer
contínuos e/ou fluindo em uma direcção particular; no exemplo vemos colunas de círculos
começando de cima para baixo.

Semelhança – Partes semelhantes tendem a ser vistas juntas como se formassem um


grupo. Na figura temos: a impressão de que os círculos formam uma classe e os pontos outra,
onde tendemos a perceber fileiras de círculos e de pontos, e não as colunas.

Figura 6:Proximidade e Figura 7: Semelhança.


Continuidade.

Complementação e Simplicidade - Há na nossa percepção uma tendência a


completarmos as partes que estão faltando nas figuras, isto é, preencher as lacunas, esta é a
complementação. Nas figuras ao lado percebemos os quadrados, os triângulos e os círculos,
embora as figuras estejam incompletas. A simplicidade é uma tendência a vermos a figura tão
boa quanto possível, isto é, figuras simétricas, simples e estáveis. As figuras apresentadas são
percebidas claramente como completas e organizadas.

Figura/Fundo – Temos a tendência de organizar-mos nossa percepção no objecto


observado e no segundo plano contra o qual ela se destaca. Na figura ao lado podemos ver um
homem tocando saxofone, e ao fundo a silhueta do rosto de uma mulher.
15

Figura 8: Complementação e Figura 9: Figura/Fundo.


Simplicidade.

3.2 Atribuição

A Teoria das Atribuições Causais teve início com (HEIDER, 1958), surgindo a partir
da necessidade do ser humano em não apenas observar os fatos que acontecem ao seu redor,
mas também, entender como tais fatos ocorrem para que se possam buscar meios de conseguir
êxito. Diante disso, o ser humano tende a buscar explicações para o sucesso ou fracasso de um
determinado evento seja ele profissional académico ou pessoal, possibilitando assim, a
compreensão do ambiente em que está inserido e estabelecendo relações com base em crenças
e exceptivas a fim de justificado o desempenho

(HEIDER 1958) apud (COLETA & COLETA, 2006)em seus estudos apresentou uma
das primeiras definições de atribuição de causalidade. Segundo o autor a atribuição de
causalidade é um processo de busca de justificativas acerca da razão dos acontecimentos; é
um grande componente, pois auxilia o indivíduo a entender e controlar o seu comportamento
e o comportamento de outros indivíduos.

As pessoas buscam entender as causas dos acontecimentos na vida cotidiana, tentando


relacionar os fatos, causas e efeitos em busca de um entendimento para aquela situação,
podendo ser traduzida essa busca em atribuição de causalidade.

Segundo (COLETA & COLETA, 2006) o conceito da atribuição de causalidade baseado na


responsabilidade, pode ser definido como as experiências vividas do sujeito na busca do
entendimento da causalidade fenomenal, ou seja, a busca pelo fato que deu origem à causa
atribuída ao resultado. O entendimento dessa causalidade forma uma relação entre as
mudanças que acarretaram resultado do indivíduo e o seu comportamento.
16

A acção humana possui duas componentes: uma intrínseca e outra extrínseca. A


componente intrínseca ocorre quando a acção humana reflecte disposições internas, como a
personalidade ou crenças individuais, além disso, considera as diversas situações ambientais
que possam ser controladas. Por outro lado, a componente extrínseca ocorre quando o
indivíduo é influenciado por factores externos, como o ambiente e cultura.

No ambiento educacional, o processo de atribuir causas aos acontecimentos ocorre de


forma contínua, conforme o discente obtém um sucesso ou fracasso em determinada
disciplina, surge as auto-reflexões acerca do seu desempenho (SILVA; MASCARENHAS;
SILVA, 2010). Segundo, (MARTINI & PRETTE, 2005) ao analisar o cenário da educação,
não basta apenas verificar aspectos cognitivos da aprendizagem, mas deve-se analisar também
aspectos psicossociais, pois este constitui um dos principais determinantes do desempenho
escolar.

Nesse sentido, buscando compreender as causas para o sucesso ou fracasso académico,


(WEINER, 1976) amplia os estudos de (HEIDER, 1958), classificando as atribuições causas
para explicar o sucesso ou fracasso académico em três lócus: O lócus da causalidade; Lócus
da estabilidade e a; Lócus da controlabilidade.

Conforme (SILVA & MASCARENHAS, 2010), o lócus da causalidade pode ser


dividida de duas maneiras:

(i) Lócus da causalidade


a. Interna, quando são relacionadas a características especifica do indivíduo,
como por exemplo, o esforço e a dedicação.
b. Externa refere-se a situações decorrentes de factores do ambiente em que
o aluno esta inserido, como, por exemplo, uma prova que o mesmo
considere difícil ou a problemas de saúde.
(ii) O lócus da estabilidade – está relacionado às características individuais que se
manterem estáveis ao longo do tempo, como o conhecimento em determinado
conteúdo. Entretanto quando as características individuais alteram facilmente,
se define como instável, como por exemplo, o humor.
(iii) Lócus da controlabilidade pode ser dividido de duas maneiras: Controlável,
quando depende das acções dos individuo, como o esforço e a dedicação, ou
17

incontrolável quando não se pode ter controlo do evento como a facilidade ou


dificuldade da actividade.
18

4 Conclusão

Personalidade é constituída por padrões de respostas recorrentes e consistente e não se


reflecte apenas numa direcção, mas sim em varias, à semelhança dos sentimentos,
pensamentos e comportamentos. Ela é activa e representa um processo dinâmico no interior
do individuo. Atitude é a soma equilibrada e harmoniosa dos elementos: cognitivo, afectivo e
comportamental.

A percepção considera-se a tradicionalmente coo o processo pelo qual entramos em


contacto com a realidade; entretanto, é explicada através da ideia de uma “cópia mental” do
mundo percebido. Quando percebemos alguma coisa, “fabricamos” uma cópia mental do
objecto, essa cópia é armazenada na memória e posteriormente pode vir a ser usada, no caso
de uma recordação. Atribuição de causalidade consiste na busca pelo fato que deu origem à
causa atribuída ao resultado. O entendimento dessa causalidade forma uma relação entre as
mudanças que acarretaram resultado do indivíduo e o seu comportamento.

Para finalizar vimos diferentes abordagens para cada tópico apresentado no debruçar
do presente trabalho desde as teorias psique-analista onde vimos a estrutura de personalidade
que é composto por Id, ego e superego; a teoria da gestalt e os seus princípios, a qual, faculta
na compreensão da percepção; Não como também, vimos as teorias de atribuição e atitude.
19
20

5 Bibliografia

COLETA, J. A., & COLETA, M. F. (2006). Atribuição de causalidade: teoria, pesquisa e


aplicações (2 ed.).

Fadiman, J. (1939). Teorias da personalidade. (C. P. Sampaio, Trad.) São Paulo: HARBRA.

HEIDER, F. (1958). The psychology of interpersonal relations. Nova York.

KELLEY, H. H., & MICHELA, J. (1980). Attribution theory and research. Annual Review of
Psychology, p. 457-501. Fonte: https://doi.org/10.1146/annurev.ps.31.020180.002325

MARTINI, M. L., & PRETTE, Z. A. (2005). Atribuições de Causalidade e Afetividade de


Alunos de Alto e Baixo Desempenho Acadêmico em Situações de Sucesso e de
Fracasso Escolar. Revista Interamericana de Psicología.

SILVA, G. C., & MASCARENHAS, S. A. (2010). O aporte da teoria das atribuições causais
para a compreensão da afetividade na aprendizagem. ENCONTRO DE PÓS-
GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO - SEMANA EDUCA.

WEINER, B. (1976). An Attributional Approach for Educational Psychology. Review Of


Research In Education.

Você também pode gostar