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Índice
Introdução................................................................................................................................4
PERSONALIDADE................................................................................................................5
Conceito etimológico da Personalidade..................................................................................5
Estrutura e Conteúdo da Personalidade...................................................................................6
Carácter, Temperamento e Traço............................................................................................7
Teoria de Desenvolvimento Cognitivo...................................................................................7
Teoria de desenvolvimento Cognitivo segundo Piaget...........................................................8
Estádio sensório-motor (0-2 anos)..........................................................................................8
Estádio Pré-operatório (2-7/8).................................................................................................8
Estádio operatório concreto (operações concretas) -7/8-11/12 anos.......................................9
Estádio operatório formal ou das operações formais (11/12 – 16 anos).................................9
Teoria de desenvolvimento psicossexual segundo Freud.......................................................9
1. Fase Oral (0-2 anos).......................................................................................................10
2. Fase Anal (2-3 anos)......................................................................................................10
3. Fase Fálica (3-5 anos)....................................................................................................10
4. Fase da Latência (6- inicio da adolescência).................................................................11
5. Fase Genital (fim da adolescência)................................................................................11
Teoria do Desenvolvimento Psicossocial (Erickson)............................................................11
Estádio Sensório-Oral (0-1 ano)............................................................................................11
Estádio Muscular-Anal (1-2 anos)........................................................................................11
Estádio Locomotório-Genital (3-5 anos)...............................................................................12
Estádio de Latência (6 anos a puberdade).............................................................................12
Adolescência 12-18/20 anos)................................................................................................12
Primeira Idade Adulta (20-30 anos)......................................................................................12
Meia-idade (30-60 anos).......................................................................................................12
Velhice (60 anos em diante)..................................................................................................13
Conclusão..............................................................................................................................14
Bibliografia............................................................................................................................15
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Introdução

O presente trabalho sobre Personalidade e sua Estrutura, onde podemos dizer que a
Personalidade pela sua descrição etimológico deriva do latim (persona que significa mascara).
De um modo geral, a personalidade refere-se ao modo relativamente constante e peculiar de
perceber, pensar, sentir e agir do individuo. Além, disso inclui habilidades, atitudes, crenças,
emoções, desejos, o modo de comportar-se, inclusive os aspectos físicos do individuo. A
definição de personalidade engloba também o modo como todos esses aspectos se integram,
se organizam, conferindo peculiaridade e singularidade ao individuo.

Portanto a psicologia enquanto abordagem científica deste tema, evita o juízo de valor, isto é,
não faz a valoração da personalidade enquanto boa ou má. O processo de inferência – supor
processos ou características psicológicas não observáveis, a partir de comportamento
observável, quando ocorre, é rigoroso e fundamentado num método científico. E nenhuma
teoria parte de um único comportamento observável para fazer um perfil ou diagnóstico da
personalidade.

Objectivos gerais

 Compreender o aspecto etimológico da personalidade;


 Diferenciar as teorias da personalidade.

Objectivos Específicos
 Dominar as teorias da personalidade;
 Explicar os aspectos e factores que determinam a personalidade;
 Ser capaz de interpretar as diferenças e semelhanças das teorias da personalidade;
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PERSONALIDADE

Como a maioria dos temas em psicologia, o senso comum "usa e busca" da palavra
personalidade, que exerce grande fascínio sobre os leigos. Ela é usada de diferentes maneiras:
ora para designar habilidades sociais (a capacidade de tomar decisões rápidas, por exemplo),
ora para se referir à impressão marcante que alguém causa a partir de uma característica
considerada como central (a timidez, a inteligência).

A personalidade é uma unidade indivisível e é sempre única e indivíduo. Não há, nem nunca
haverá, duas personalidades exactas. Mesma mente. A combinação dos subsistemas que o
compõem e que constituem a estrutura dinâmica da personalidade, é extremamente complexo
e irrepetível: único em cada assunto específico. Isso porque as condições internas de cada
sujeito vão sempre ser tão diversos quanto os externos.

A influência da sociedade sobre a personalidade é indirecta, é mediado pelas condições


internas do indivíduo. Devido à sua própria psique, que por sua vez foi formada sob
influências sociais. Esse processo de interacção dos factores externos e internos do
desenvolvimento da personalidade é extrema factores complexos e múltiplos intervêm.

Nos dois primeiros casos, parte-se de um comportamento observável, infere-se um conjunto


de características e verifica-se uma tendência a valoração da personalidade enquanto boa ou
má.

A psicologia enquanto abordagem científica deste tema, evita o juízo de valor, isto é, não faz
a valoração da personalidade enquanto boa ou má. O processo de inferência – supor processos
ou características psicológicas não observáveis, a partir de comportamento observável,
quando ocorre, é rigoroso e fundamentado num método científico. E nenhuma teoria parte de
um único comportamento observável para fazer um perfil ou diagnóstico da personalidade.

Conceito etimológico da Personalidade

No sentido etimológico deriva do latim (persona que significa mascara), aparência, aquilo que
uma pessoa parece ser da outra. Na Grécia antiga, era usada por actores de teatro nas suas
representações.

 É a forma característica na qual uma pessoa pensa e se comporta a medida em que se


ajusta ao seu meio ambiente.
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 É o estilo de vida do individuo ou maneira característica de reagir aos problemas da


vida incluindo os seus objectivos na vida (Patel 1905)

De um modo geral refere-se ao modo relativamente constante e peculiar de perceber, pensar,


sentir e agir do individuo. A definição tende a ser ampla e acaba por incluir habilidades,
atitudes, crenças, emoções, desejos, o modo de comportar-se, inclusive os aspectos físicos do
individuo. A definição de personalidade engloba também o modo como todos esses aspectos
se integram, se organizam, conferindo peculiaridade e singularidade ao individuo.

Na psicologia da Personalidade, a unidade de análise é o individuo total, não o processo de


percepção, de aprendizagem em si. O que interessa é o individuo que percebe, que aprende e
como esses processos relacionam-se entre si e com todos outros.

O estudo da personalidade deve ser compreendido no seu aspecto de psicologia geral, isto é,
como meio de se estabelecerem leis gerais sobre o funcionamento da personalidade o que
existe em comum em todas as personalidades humanas, independentemente de factores
culturais grupais ou circunstanciais. Por exemplo, a postulação do id, ego e superego como
sistemas constitutivos da estrutura da personalidade com carácter universal, de toda a raça
humana.

Estrutura e Conteúdo da Personalidade

A estrutura da personalidade é a base que organiza e une entre si as diferente condutas e


disposições do individuo, é a organização global que dá consistência e unidade à conduta. A
Psicanálise afirma que esta estrutura está formada, como base, por volta dos 4 ou 5 anos.
Piaget coloca que a personalidade comece a se formar muito mais tarde entre 8 e 12 anos.

Os conteúdos desta estrutura da personalidade estão relacionados com as vivências concretas


do individuo no seu meio social, cultural, religioso. Só é possível compreender a
personalidade considerando a relação indissociada entre a estrutura e conteúdo.

Esta relação dá a dinâmica da personalidade, fornece o caminho para compreender seu


desenvolvimento e as mudanças, mais aos meios radicais, que pode sofrer. A interioridade ou
intimidade do individuo expressa-se, de modo mais ou menos transparente, nos seus
comportamentos e no seu modo de estar no mundo, bem como esta subjectividade constitui-se
por este mesmo "estar no mundo", pela presença do outro que marca cada um de nós.
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Carácter, Temperamento e Traço


Na abordagem da personalidade, alguns termos são empregados frequentemente com vários
significados, inclusive no senso comum. Alguns destes termos são: Carácter, temperamento e
traço da personalidade.

 Carácter

É um termo que os teóricos preferem não usar, devido à diversidade de usos existentes,
inclusive no senso comum, para designar os aspectos morais dos indivíduos. Eventualmente
podemos encontra-lo na referência a reacções afectivas, ou mais comummente, para designar
aquilo que diferencia um individuo de outro, a marca pessoal de alguém. W. Reich, um
psicanalista que no desenvolvimento de sua teoria afastou-se da teoria de Freud, usa o termo
carácter como substituto de personalidade. Em vez de falar sobre teoria de personalidade, ele
fale de teoria de carácter, integrando os aspectos biofísicos e psicológicos.

 Temperamento

É outro desses termos usados em vários sentidos. Ele deve ser entendido como uma alusão
aos aspectos da hereditariedade e constituição fisiológica que interferem no ritmo individual,
no grau de vitalidade ou emotividade dos indivíduos. Neste sentido, afirma-se que os
indivíduos têm uma quantidade de energia vital, maior ou menor, que dará a tonalidade de
seus comportamentos. Por exemplo, há indivíduos "mais calmo" e aquela "mais agitado".

 Traço de Personalidade

Refere – se a uma característica duradoura da personalidade do individuo. Por exemplo, ser


reservado, ser bem-humorado e ser expansivo. Os traços são inferidos a partir do
comportamento. Alguns podem ser "centrais" da personalidade e outros, mais "periféricos".
Os centrais seriam aqueles em torno dos quais o conjunto demais características organizam-
se. C. G. Jung desenvolveu também este aspecto em sua teoria da personalidade, chegando a
criar tipos psicológicos: o extrovertido e o introvertido.

Teoria de Desenvolvimento Cognitivo


Quando se fala de teoria, refere-se ao conjunto de leis, princípios e normas que procuram
explicar factos sobre uma certa realidade. É uma linha de princípios sistemáticos e lógicos que
resultam de uma pesquisa científica sobre um fenómeno de interesse humanitário para
explicar as causas e efeitos da sua ocorrência.
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“Teoria é uma explicação globalizada dada para um conjunto de observações


organizadas em um modelo ou padrão coerente”. (STRATTTON e HAYES,
1994:223)

Assim, as teorias do desenvolvimento humano são princípios que explicam o processo de


desenvolvimento humano. Entre tantas encontramos: teoria do desenvolvimento cognitivo
segundo Piaget, teoria do desenvolvimento psicossexual segundo Freud, teoria do
desenvolvimento psicossocial segundo Erikson.

Teoria de desenvolvimento Cognitivo segundo Piaget


No estufo de desenvolvimento humano, Piaget fixa-se particularmente, nos processos
cognitivos (do conhecimento) e procura encontrar um modelo capaz de explicar a sua génese,
a sua estrutura e suas transformações.

Para Piaget, o ser humano relaciona-se com o meio onde se insere, adaptando-se a ele, através
da assimilação e acomodação numa interacção dinâmica constante de equilíbrios sucessivos e
progressivos.

A vida psíquica desenvolve-se através de troca entre o sujeito e o meio, o conhecimento


advém das interacções sujeito/ objecto. O comportamento do individuo e a inteligência,
resulta de uma construção progressiva do sujeito em interacção com o meio.

Segundo Piaget, o desenvolvimento intelectual faz-se desde as reacções reflexa inata ate a
fase adulta. Este processo desenvolve-se ao longo de 4 estádios:

Estádio sensório-motor (0-2 anos)


Segundo SPRINTHAL & SPRINTHAL (1997:103) nesta fase” a actividade cognitiva baseia-
se principalmente na experiencia através dos sentidos”. Chama-se sensório-motor, pois as
crianças aprendem usando e seus diferentes sentidos, sobretudo tocando os objectos,
manipulando-os exemplos fisicamente o meio ambiente.

Estádio Pré-operatório (2-7/8)


É pré-operatório, por a criança não é capaz de usar de forma sistemática as suas capacidades
em desenvolvimento. A característica mais saliente nesta fase é que a criança considera que as
pessoas vêm ao mundo como ela o vê, até quando conta com episódio, omite alguns
pormenores, considerando que os outros não necessitam para entender (egocentrismo).
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Estádio operatório concreto (operações concretas) -7/8-11/12 anos

A criança adquire a capacidade de dedução e a conservação (permanentemente de um objecto


e das suas propriedades, para além de alteração das partes). As crianças dominam noções
lógicas e abstractas e não capazes de efectuar operações mentais como matemáticas

Estádio operatório formal ou das operações formais (11/12 – 16 anos)

Surge o pensamento hipotético-dedutivo. Quando as crianças se deparam com um problema,


são capazes de rever todas as formas possíveis de resolver, examinando teoricamente de
maneira achegar a uma solução.

De acordo com Piaget, os primeiros três estádios de desenvolvimento são universais, mas nem
todos adultos alcançam o estádio operatório formal. O desenvolvimento deste tipo de
pensamento está dependente, em parte, do processo de escolarização. Os adultos com
educação limitada tentam a continuar em termos concretos e reter largos traços de
egocentrismo (a criança relaciona tudo consigo mesmo e fecha-se do resto do mundo na
medida em que atribui tudo assuas capacidades), ou seja, é o entendimento pessoal que o
mundo foi criado e pela incapacidade de compreender as relações entre as coisas. A criança
não compreende o ponto de vista do outro porque se centra no seu ponto de vista. O
egocentrismo está presente em frases como: há vento porque estou com muito calor, a noite
vem quando é para ir a cama.

Teoria de desenvolvimento psicossexual segundo Freud

Freud centrou a sua atenção nos estados patológicos e, de modo especial, nas perturbações do
Comportamento de origem neurótica e psicótica. Freud é o “pai” da Psicanálise, ciência que
tem como objecto de estudo, a análise do inconsciente.
Um dos grandes méritos de Freud e da Psicanálise foi de chamar atenção para a importância
dos primeiros anos de vida, o que trouxe consequências decisivas para a educação,
particularmente para a educação sexual.

Na perspectiva freudiana, desenvolvimento humano em 5 fases ou estádios, cada estádio é


caracterizado pela concentração da libido (impulso ou pulsão sexual), numa determinada zona
erógena: boca, ânus, órgãos sexuais para os primeiros estádios respectivamente.
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No que toca ao quarto estádio, a libido se difunde por todo o corpo, se acalma, ficando como
que adormecida, ou no estádio de latência, no quinto, ela vem de novo a superfície e
concentra-se de modo mais explícito nos órgãos sexuais.

1. Fase Oral (0-2 anos)


Nesta fase, a energia sexual concentra-se na boca e o bebe tira prazer através da zona erótica
da boca, dos lábios e da língua e nos actos de sucção, mordedura e mastigação.
2. Fase Anal (2-3 anos)
Aqui, a energia libidinal desloca-se para ânus e as principais fontes de prazer sexual são as
actividades esfincterais. Conter fezes significa bloquear a satisfação de uma necessidade.
Assim, a conservação de exigências dos pais cria um conflito relacionado com a fase anal, o
que poderá manifestar-se na idade adulta em comportamentos de excessiva limpeza,
pontualidade, obstinação (teimosia, renitência.)
3. Fase Fálica (3-5 anos)
Freud acreditava que em algum momento entre 3 a 5 anos de idade, na fase fálica as crianças
pequenas descobrem que os genitais fornecem prazer. Ele também pensava que a maioria das
crianças pequenas começa a se masturbar nesse período.

As fantasias durante a masturbação preparam o cenário para uma crise. A criança ama o pai
do sexo oposto excessivamente e sente rivalidade intensa com o genitor do mesmo sexo. No
caso das mulheres, o conflito é conhecido como complexo de Electra; e nos meninos
complexo de Édipo. Os nomes se originam dos personagens gregos lendários que tiveram
conflitos intensos dessa natureza.

 Primeiro, considere a situação do menino. Ele ama a mãe porque foi ela quem cuidou
dele. Com o início da consciência sexual, dirige suas fantasias eróticas para ela,
desejando-a para si e vendo o pai como rival. Deseja até que o pai morra ou imagina
matá-lo. Mais cedo ou mais tarde, entretanto, a criança começa a enfrentar a
realidade. E se o pai, maior e mais forte, retaliasse? O menino teme especialmente a
castração, que removeria sua fonte de prazer. Para essa possibilidade aterrorizante,
eliminar o menino reprime o amor pela mãe e identifica-se com o pai luta, para se
tornar como ele. Por meio da identificação, o menino elimina a ameaça e obtém a
gratificação de seus impulsos sexuais. (Ao se identificar com o pai com partilha dos
privilégios o sexo do pai na imagem longa nação) dos pais. As meninas enfrentam
uma crise semelhante, aproximadamente na mesma fase do desenvolvimento.
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Inicialmente, a filha, como o filho, ama a mãe, que cuida dela. A mulher descobre que
tem uma outra fase, em vez de pénis, o órgão mais sexual (como Freud o via). Para
resolver a situação, a menina supõe que já teve pénis, mas foi castrada. Ela culpa a
mãe, e o amor pela mãe diminui. Para ganhar controlo do órgão sexual valorizado, a
menina transfere temporariamente o amor para o pai.

4. Fase da Latência (6- inicio da adolescência)


Nesta fase, a energia libidinal perde intensidade e a actividade da criança orienta-se ou dirige-
se a próprios interesses do ambiente (vida escolar, relações sociais e jogos).

5. Fase Genital (fim da adolescência)


É o culminar do desenvolvimento psicossexual, o rapaz e a rapariga completam o
desenvolvimento e orientam o próprio comportamento sexual. Surgem a necessidade de
relações reciprocamente gratificantes, sobretudo com indivíduos do sexo oposto.

Teoria do Desenvolvimento Psicossocial (Erickson)


Esta teoria afirma que o desenvolvimento psicossocial atravessa 8 estádios e em cada um, o
indivíduo deve enfrentar uma série de problemas, o que se chama de crise de estádio, para
poder passar ao estádio sucessivo. Segundo Erickson, na medida em que uma criança resolve
positivamente os problemas de cada estádio, determina-se a sua possibilidade de tornar-se
uma pessoa adulta dotada de capacidades de adaptação

Estádio Sensório-Oral (0-1 ano)


Verifica-se nesta fase uma crise entre a confiança e desconfiança. A criança põe-se em
problema de ter confiança ou não ter confiança na pessoa que toma cuidado ou se ocupa dela,
geralmente a mãe, se recebe ou não nutrição e afecto. Se a criança não contar com o afecto e
os cuidados maternos, perderá a confiança para com as outras pessoas e pensará que o
ambiente externo não lhe pode dar confiança.

Estádio Muscular-Anal (1-2 anos)


A crise está entre autonomia – dúvida/vergonha. A criança começa a explorar o mundo e a
entrar em relação com outras pessoas. Na medida em que conquista a autonomia, as
habilidades principais como aprender a caminhar, gatinhar, descoberta da vontade própria,
surge. A criança desenvolve a capacidade de escolha, a possibilidade de autodomínio,
sentimentos de autonomia e de amor-próprio.
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Estádio Locomotório-Genital (3-5 anos)


A crise está entre iniciativa/sentimento de culpa. A criança tem que resolver o conflito
existente entre tomar iniciativa em actividades e apreciar os resultados ou sentir-se culpa por
ter ultrapassado os limites, neste caso, surge o medo de punições ou de castigos, críticas e de
consequências, o sentimento inibitório (a criança pode perder a capacidade de tomar novas
iniciativas e sentir-se culpada pelas falhas).

Estádio de Latência (6 anos a puberdade)


Verifica-se nesta fase a crise da diligência (competência ou mestria) e complexo de
inferioridade. Neste estádio, a criança adquire as regras fundamentais sobre o mundo externo
e as primeiras regras do comportamento social, graças ao facto de frequentar a escola e o
grupo de amigos. As competências podem ser desenvolvidas e reforçadas ou então podem ser
bloqueadas. O insucesso na escola ou nas relações sociais, em geral, podem bloquear o
desenvolvimento cognitivo e emotivo.

Adolescência 12-18/20 anos)


A crise por superar está entre a identidade e confusão a cerca de papel a desempenhar
(confusão de identidade).
O adolescente deve desenvolver o sentido de identidade de si mesmo, torna-se um indivíduo
com a sua própria personalidade distinta da dos parceiros e dos adultos com próprias normas
sociais e próprios valores morais. A não identificação manifesta-se na confusão de papéis,
facto em que o adolescente não consegue encontrar um papel adequado para a sua
personalidade no contexto social.

Primeira Idade Adulta (20-30 anos)


Nesta fase, a crise está entre intimidade ou amor/ isolamento, a pessoa enfrenta a escolha
entre uma vida caracterizada de relações de intimidade (capacidade de amor e de amizade). É
o estádio da vida em que se põe também problemas de escolha profissional que permite a
inserção na sociedade.

Meia-idade (30-60 anos)


A crise situa-se entre criatividade ou interesse/estagnação ou auto-observação. Regista-se a
consolidação do amor e da amizade, aumento do interesse profissional, aumento da atenção
para os filhos. Nesta fase, contribui muito o tipo de escolha profissional feita, em particular
em relação a constatações feitas no que diz respeito aos objectivos ou propósitos alcançados
ou não, segundo o plano traçado na juventude. Os insucessos podem muitas vezes estimular a
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novos interesses e opções ou a uma nova ou mais lúcida consciência (clareza do raciocínio)
das próprias capacidades.

Velhice (60 anos em diante)


A crise observa-se entre o sentimento de integração (auto-aceitação) e calma/desespero. Nesta
fase emerge uma outra situação de conflito, aquela que concerne a aquisição de um sentido de
integridade, que se experimenta quando se considera que a própria vida foi completada,
dando-lhe um sentido ao qual se contrapõe o desespero, se se pensa não ter alcançado os
objectivos que anteriormente se tinham proposto ou de não ter integrado as próprias
experiências. A pessoa pode tornar-se sabia, não se preocupando ansiosamente pela vida
porque descobriu o seu sentido e o da dignidade da sua vida, assim, há aceitação da morte.
Mas pode não alcançar a sabedoria ao fazer o balanço da sua vida ou avaliação do seu passado
e verificar que não fez nada que valesse a pena, logo surge um sentido de desgosto pela vida e
de desespero perante a morte.
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Conclusão
Depois de ter feito uma leitura minuciosa sobre o tema acima citado, pode-se concluir que, a
Psicologia enquanto abordagem científica deste tema, evita o juízo de valor, isto é, não faz a
valoração da personalidade enquanto boa ou má. Neste sentido a personalidade pode ser
considerada a maneira constante e peculiar de perceber, pensar, sentir e agir do individuo que
inclui habilidades, atitudes, crenças, emoções, desejos, o modo de comportar-se, inclusive os
aspectos físicos do individuo.

A personalidade é uma unidade indivisível e é sempre única e indivíduo. Não há, nem nunca
haverá, duas personalidades exactas. Mesma mente. A combinação dos subsistemas que o
compõem e que constituem a estrutura dinâmica da personalidade, é extremamente complexo
e irrepetível: único em cada assunto específico. Isso porque as condições internas de cada
sujeito vão sempre ser tão diversos quanto os externos.

A influência da sociedade sobre a personalidade é indirecta, é mediado pelas condições


internas do indivíduo. Devido à sua própria psique, que por sua vez foi formada sob
influências sociais. Esse processo de interacção dos factores externos e internos do
desenvolvimento da personalidade é extrema factores complexos e múltiplos intervêm.
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Bibliografia

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