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CRISE
Faculdade de Minas
Sumário
NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 3
INTRODUÇÃO................................................................................................. 4
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 28
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NOSSA HISTÓRIA
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INTRODUÇÃO
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autonomia do usuário em lidar com sua própria rede de dependências (Campos &
Amaral, 2007).
Para isso, a finalidade do trabalho também deve ser ampliada para além da
cura, ou seja, para um estado de prevenção e promoção clínico-social, para que o
sujeito possa desenvolver autonomia, protagonismo, autocuidado e compromisso
consigo mesmo, com os outros e com o ambiente em que vive. Nesse sentido, a
proposta de Clínica Ampliada vai ao encontro do princípio da integralidade, pois visa
a compreender o sujeito na sua totalidade, ou seja, na inter-relação dos seus
aspectos, biológicos, psicológicos e sociais.
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que o atendimento psicológico que é feito, por exemplo, não pode limitar-se somente
à situação da vítima, porque as causas que levaram ao desencadeamento da
violência estão constituídas na família ou no cuidador. Assim, é fundamental o
atendimento social e psicológico com a família e o cuidador, visando a uma
intervenção psicoeducativa ou mesmo psicoterapêutica.
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CONTEXTO DE CRISE
Lillibridge e Klukken (1978 apud Wainrib & Bloch, 1998) referem que desde o
ponto de vista objetivo, a crise pode ser entendida como uma alteração no equilíbrio
do indivíduo, quando a resolução de problemas fracassa e ele se vê incapaz de
contornar os conflitos circundantes. Segundo Caplan (1964 apud Wainrib & Bloch,
1998), a crise se caracteriza por ser uma condição de reação do indivíduo frente a
uma situação que ameace sua integridade.
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O motivo que desencadeia uma crise não é definido por uma situação única ou
por um conjunto de circunstâncias, mas sim pela percepção do indivíduo do
acontecimento e de sua capacidade ou incapacidade para conseguir enfrentar aquela
situação. Assim, quando um indivíduo não consegue apoiar-se na rede de contato
social, seus recursos pessoais estão falhos e a situação de crise para ele é
insuportável, sendo possível que ele veja a morte como única saída (Slaikeu, 2000).
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Lasch (1984) destaca que a importância dada ao indivíduo, nesta época, acaba
por revelar uma "preocupação com a sobrevivência psíquica". Enfatiza a existência
de uma cultura narcisista e ao contrário do aparente hedonismo, a subjetividade está
cada vez mais próxima de uma personalidade frágil. Refere-se a um "eu ameaçado
com a desintegração e por um sentimento de vazio interior" (LASCH, 1984, p.9). O
autor, pensando na relação entre a construção da subjetividade e a condição da vida
moderna, afirma:
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PSICOTERAPIA DE GRUPOS
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de grupo esse processo é realizado pela interação entre terapeuta e pacientes, assim
como entre os próprios pacientes. Além das intervenções aplicadas pelo terapeuta, o
grupo e sua matriz interativa são instrumentos empregados para a obtenção da
mudança.
Outra definição que também conceitua grupo de maneira bem ampla é: “Um
grupo consiste de duas ou mais pessoas que interagem e partilham objetivos comuns,
possuem uma relação estável, são mais ou menos independentes e percebem que
fazem de fato parte de um grupo” (RODRIGUES et al, 1999a, p.371).
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Entretanto, essas duas definições são bem simples e estão longe de conceituar
completamente o que é um grupo. Existem vários tipos de grupos e cada um com
características próprias, tornando-se necessárias definições mais específicas.
Rodrigues et al, (1999b) fala de um grupo psicológico que tem uma atmosfera
própria. Forma-se principalmente pela proximidade física e também pela identidade
de pontos de vista de seus constituintes e, à medida que a interação continua valores,
objetivos, papéis, normas etc. vão se formando progressivamente.
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O autor menciona que até esse conhecer do investigador é relativo, uma vez
que o investigador vai observar através do seu olhar que está pautado nas suas
experiências, nas suas expectativas, na sua história, nas suas necessidades, entre
outros fatores. “Conhecer também é um relacionamento entre percebedor e
percebido” (YONTEF, 1998c, p. 186).
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Para Yontef (1998e) o campo e todos os seus membros possuem uma ligação
tal que a existência de cada um deles é inerente a existência do outro, um não existe
sem o outro. O indivíduo é definido em um determinado instante dentro do campo. “O
indivíduo é definido, num dado momento, apenas pelo campo do qual faz parte, e o
campo só pode ser definido pela experiência, ou do ponto de vista de alguém.” (p.190)
Para o autor, tudo que acontece dentro de um campo está sendo influenciado
por ele como um todo. A mudança de um paciente em terapia de grupo não poderia
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ser diferente e para ele é resultado de uma soma de fatores que estão presentes no
campo terapêutico, como a interação entre os membros do grupo, incluindo os
terapeutas, a relação dos terapeutas entre si, entre outros.
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“O fato de ser aceito pelos outros desafia a crença do paciente de que ele é
basicamente repugnante, inaceitável e detestável. [...] O grupo aceitará um
indivíduo desde que ele siga as regras de procedimento do grupo,
independentemente de experiências de vida, transgressões ou fracassos
sociais passados” (p. 63).
Ribeiro (1994g) concorda com a ideia de que o grupo acolhe quem quer que
seja, independentemente de suas vivências.
Yalom (2006b) relata três estágios que o grupo terapêutico passa, mas o
próprio autor destaca, que a estruturação desses estágios é um esquema útil dos
desenvolvimentos dos grupos, apesar de não ser uma regra para todos os grupos,
uma vez que, trata-se de relacionamentos interpessoais, com variáveis imprevisíveis.
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errada delas ocorrerem. Cada um muda da sua maneira e, para ele, um gestalt-
terapeuta não deve se preocupar com as etapas de desenvolvimento do grupo e sim,
acompanhar as mudanças, conforme elas forem ocorrendo e da forma que elas se
apresentarem.
Segundo Harris (2002a), os membros chegam à terapia como eles são, com
sua forma de colocar-se no mundo e a sua maneira de experimentar. Essas
características foram sendo aprendidas desde a infância e durante toda a vida e a
pessoa passa a utilizá-las nas suas adaptações. Entretanto, essas adaptações, em
um dado momento, foram novidade, foram formas criativas que a pessoa encontrou
em uma determinada situação para se adaptar. Contudo, na medida em que a pessoa
utiliza a mesma forma de agir várias e várias vezes, ao invés de buscar novas formas,
ela vai cristalizando esse comportamento.
O mesmo continua dizendo, que alguma insatisfação em suas vidas, é que fez
os clientes procurarem terapia, e talvez, eles estejam cansados de tocar a mesma
música. Entretanto, pela música ser tão familiar, eles podem não perceber que eles
são responsáveis na sua criação. Assim, o que acontece é que muitas pessoas
acabam não conseguindo enxergar as suas dificuldades como suas e acabam
atribuindo essa responsabilidade aos outros.
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De acordo com Harris (2002b), quando uma pessoa entra em um grupo, ela
entra como um indivíduo que escolhe, ativamente, em qual meio entra, e depois tenta
transformá-lo no que ela realmente deseja. A forma de realizar esta ação tem a ver
com o que está em foco e que é trazido para “awareness” de cada um. A terapia de
grupo tem como objetivo explorar a forma que cada um se coloca no mundo,
tornando-os mais conscientes de suas sensações e comportamentos momento a
momento. Com isso, a pessoa assume a responsabilidade de escolher o que ela quer
ser e como quer reagir no grupo (e no mundo) o que tende a gerar mudança de
comportamento.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com esse estudo ficou claro que a psicoterapia de grupo interfere de forma
positiva na construção do sujeito com transtorno mental através de métodos
fundamentados em práticas integrativas e complementares que se sobressaem a
clínica médica e a medicalização do tratamento. A reforma psiquiátrica vem aos
poucos sendo substituída por um modelo de atenção muito mais dinâmico e eficiente,
que além de tratar o indivíduo, o prepara para a reinserção social e determina a família
e a comunidade como principais atores de influência para que esse processo
aconteça.
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REFERÊNCIAS
Campos, R. F., Pereira, S. C., & Goto, T. A. (2009). Curso de Psicologia na PUC-
Minas em Poços de Caldas. Psicologia em Revista, (ed. esp.),103-110.
Freud, S. Moral sexual civilizada e doença neurótica moderna In: Obras Completas.
Madrid, Editorial Biblioteca Nueva, Tomo II, 1973.
Goto, T. A., & Mota, S. T. (2009). Plantão Psicológico no CRAS em Poços de Caldas.
Fractal: Revista de Psicologia, 21(3),521-530.
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Rodrigues, A. & Jablonsky, B. & Assmar,E. Psicologia Social. 22ª Edição, Rio de
Janeiro : Vozes, 1999.
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