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TERAPIA DE REPROCESSAMENTO GENERATIVO

Terapia de reprocessamento generativo: abordagem terapêutica alternativa e transformadora no


tratamento de problemas da mente
07/07/2023 Por Revista Medicina Integrativa

A busca por novas terapias alternativas para tratar problemas da mente e psicológicos tem se
mostrado crescente na área de saúde mental. Apesar dos avanços significativos ocorridos na
psicologia e nas terapias convencionais, ainda existem desafios e limitações no tratamento de certas
condições psicológicas. Nesse contexto, o desenvolvimento de abordagens terapêuticas alternativas
surge como uma ferramenta promissora e complementar para suprir essas lacunas.
Além disso, algumas condições psicológicas podem apresentar respostas limitadas frente aos
tratamentos convencionais disponíveis atualmente. A depressão resistente ao tratamento, os
transtornos de ansiedade crônicos e o transtorno de estresse pós-traumático são exemplos de
condições em que novas abordagens terapêuticas podem oferecer esperança e melhorias
significativas.
Nesse contexto, nasceu a terapia de reprocessamento generativo (TRG), que pode trazer diferentes
perspectivas teóricas e práticas, bem como protocolos inovadores que já se mostram eficazes em
casos nos quais as abordagens convencionais não obtiveram sucesso.
Um aspecto importante observado no tratamento com a TRG é o desejo crescente dos indivíduos em
participar ativamente de seu processo terapêutico. Muitas pessoas buscam essa terapia porque ela é
mais centrada no ser humano, participativa e empoderadora. É de se destacar que ela valoriza a
colaboração entre terapeuta e cliente, promovendo a autonomia, a resiliência e a autenticidade do
indivíduo.
Essa abordagem mais ativa no processo de cura pode ser altamente benéfica para muitas pessoas,
especialmente para aquelas que procuram uma alternativa terapêutica mais integrativa. Enquanto as
terapias convencionais frequentemente se concentram no tratamento dos sintomas, a TRG busca
compreender e abordar as raízes profundas dos problemas psicológicos.
Este artigo discute a importância da TRG como uma ferramenta promissora e alternativa, destacando
sua abordagem centrada na causa e explorando seu potencial terapêutico.
Terapia de reprocessamento generativo: como é feito o tratamento
O tratamento de problemas mentais tem sido tradicionalmente baseado em terapias convencionais,
que se concentram no alívio dos sintomas e na adaptação funcional do indivíduo. No entanto, essa
abordagem pode não abranger diretamente as causas subjacentes dos problemas psicológicos.
A terapia de reprocessamento generativo (TRG) surgiu como uma abordagem alternativa que busca
investigar e tratar a causa-raiz desses problemas, visando a uma transformação profunda e
duradoura.
Nessa terapia, que se propõe a transformar vidas e que é aplicada em cerca de 500.000 a 800.000
sessões por mês no mundo todo, adota-se um enfoque holístico, considerando a interação complexa
entre fatores biológicos, psicológicos e ambientais na manifestação dos problemas que o indivíduo
apresenta.
Ao contrário das terapias convencionais, que muitas vezes se concentram nos sintomas
apresentados, a TRG direciona sua atenção para as experiências passadas e os eventos traumáticos
que podem estar na origem dos sintomas atuais. Essa perspectiva permite a identificação e o
reprocessamento de memórias e emoções traumáticas que moldam a percepção e o funcionamento
psicológico do indivíduo.
Na terapia de reprocessamento generativo, utilizam-se técnicas específicas, como a visualização do
passado e a integração de recursos internos, para facilitar o reprocessamento das experiências
passadas e promover a transformação pessoal.
Ao abordar a causa dos problemas mentais, a TRG busca reestruturar as crenças limitantes,
promover a resiliência e a autorregulação emocional e estimular o desenvolvimento de um senso de
identidade e propósito mais saudável.
Ao investigar as origens dos sintomas, a TRG oferece uma oportunidade de cura mais profunda e
duradoura, possibilitando que os indivíduos superem suas dificuldades emocionais e melhorem sua
qualidade de vida de forma abrangente.
Embora ainda haja a necessidade de pesquisas científicas mais robustas para validar empiricamente
os efeitos e a eficácia da terapia de reprocessamento generativo, os relatos de casos positivos e a
crescente popularidade dessa abordagem terapêutica demonstram seu potencial terapêutico.
A terapia de reprocessamento generativo e o inconsciente
A terapia de reprocessamento generativo visa a investigar e tratar as causas profundas dos
problemas mentais, levando em consideração as interações complexas existentes entre a mente
consciente e o inconsciente. Nesse contexto, o modelo do cérebro triúno de McLean oferece uma
estrutura teórica útil para entender as diferentes camadas cerebrais e suas implicações na
percepção, emoção e comportamento.
O modelo do cérebro triúno proposto pelo neurocientista Paul MacLean, em 1970, descreve a
organização e a evolução do cérebro em três camadas distintas: o cérebro reptiliano, o sistema
límbico e o neocórtex.
Essas camadas representariam diferentes estágios de desenvolvimento evolutivo e estariam
associadas a funções específicas. O cérebro reptiliano está relacionado à sobrevivência básica e ao
instinto. O sistema límbico está envolvido nas emoções e nas relações sociais. Já o neocórtex é
responsável pelo pensamento abstrato e pelo processamento cognitivo complexo.
A terapia de reprocessamento generativo reconhece a interconexão entre essas camadas do cérebro
e como elas influenciam a experiência humana. Ao explorar o inconsciente, a TRG busca identificar
registros emocionais, memórias traumáticas ou bloqueios emocionais que podem estar enraizados
nas camadas mais antigas do cérebro. A hipótese explicativa resultante da teoria do cérebro triúno
encaixa-se com naturalidade, até o presente momento, como uma boa visão acerca da abordagem
da TRG diante das questões emocionais disfuncionais e do seu respectivo tratamento.
Nessa modalidade de terapia, entende-se o inconsciente como uma parte fundamental da mente que
armazena experiências passadas, crenças limitantes e padrões comportamentais automáticos.
Com base no modelo antropológico da construção do cérebro reptiliano, a TRG postula que essas
memórias e padrões podem residir principalmente nas camadas mais antigas do cérebro. Ao acessar
e reprocessar essas memórias traumáticas ou bloqueios emocionais, objetiva-se desencadear uma
transformação profunda no indivíduo.
A TRG fundamenta-se em três regras do inconsciente que desempenham um papel crucial em seu
modelo teórico e prático. Essas regras são a atemporalidade, a busca pela felicidade e a compulsão
à repetição. Essas regras são utilizadas como uma estrutura para se compreender e abordar as
questões psicológicas dos indivíduos.
A primeira regra, a atemporalidade, refere-se à percepção do inconsciente de que eventos passados
continuam a ter impacto no presente. Para o inconsciente, eventos traumáticos ou dolorosos
ocorridos há muito tempo são vivenciados como se tivessem acabado de acontecer. Isso significa
que as memórias e as emoções associadas a esses eventos são mantidas de forma intensa e podem
afetar o funcionamento emocional e comportamental atual. A TRG reconhece essa atemporalidade e
busca reprocessar as experiências passadas de forma a aliviar o impacto no presente.
A segunda regra envolve a busca da felicidade por meio do processo de superação natural e
amadurecimento, através da compreensão e processamento das situações emocionais vivenciadas.
O inconsciente do indivíduo busca “digerir” as experiências emocionalmente dolorosas,
proporcionando uma perspectiva mais amadurecida e integrada desses eventos. Nessa regra, o
processo de busca pela felicidade refere-se à capacidade do indivíduo de compreender, processar e
integrar as experiências emocionais passadas de maneira mais saudável e adaptativa.
Quando as experiências são de natureza traumática e a aplicação da segunda regra do inconsciente
não é capaz de promover a completa superação, entra em jogo a terceira e última regra do
inconsciente. Essa regra é a compulsão à repetição e descreve a tendência do inconsciente em
buscar repetir situações semelhantes, na tentativa de compreender e resolver os eventos passados
de forma mais satisfatória. Isso significa que as pessoas podem se encontrar repetindo padrões
comportamentais ou entrando em situações semelhantes de forma inconsciente, na esperança de
encontrar uma resolução ou entendimento. A TRG trabalha com essa compulsão à repetição ao
ajudar os indivíduos a reconhecerem esses padrões e a reprocessarem as experiências passadas de
maneira mais adaptativa, promovendo uma maior liberdade de escolha e superando os ciclos
repetitivos.
Em suma, essas regras fornecem um arcabouço teórico para compreender como as experiências
passadas influenciam o presente e como os padrões comportamentais e emocionais são
estabelecidos. Ao utilizá-las como guias, a TRG busca facilitar o reprocessamento e a transformação
terapêutica, visando à melhoria da qualidade de vida e ao desenvolvimento pessoal dos indivíduos.
Protocolos da terapia de reprocessamento generativo
Para o tratamento, o terapeuta utiliza uma abordagem terapêutica inovadora que abrange cinco
protocolos distintos para promover a transformação pessoal.
A seguir, são apresentados cada um dos protocolos da TRG – cronológico, somático, temático, futuro
e de potencialização, que fornecem um roteiro terapêutico abrangente para explorar e reprocessar as
experiências de vida do indivíduo, discutindo-se sua aplicação clínica na busca pelo bem-estar e
desenvolvimento pessoal.
1 – Protocolo cronológico: por meio desse protocolo, o terapeuta guia o paciente em um processo
de reprocessamento que percorre sua vida desde o nascimento até o presente. O objetivo é
identificar e reprocessar eventos traumáticos, bloqueios emocionais e crenças limitantes que podem
ter surgido ao longo do tempo. Esse reprocessamento permite ao indivíduo uma maior compreensão
de suas experiências passadas e o potencial para o bem-estar emocional.
2 – Protocolo somático: tem como foco a conexão entre as experiências emocionais e as
manifestações no corpo. O terapeuta ajuda o paciente a identificar e explorar os reflexos físicos
associados a memórias traumáticas ou experiências dolorosas reprocessadas no protocolo
cronológico. Esse reconhecimento somático facilita a liberação de tensões corporais e a integração
mente-corpo, promovendo o bem-estar emocional e físico.
3 – Protocolo temático: concentra-se nos temas centrais e dolorosos da vida do indivíduo. O
terapeuta auxilia o paciente na identificação e reprocessamento desses temas, permitindo uma
compreensão mais profunda dessas experiências. Ao explorar os temas mais relevantes, a TRG visa
a estimular o indivíduo a transformar suas crenças limitantes e a promover uma visão mais saudável
e positiva de si mesmo e de sua vida.
4 – Protocolo futuro: nesse protocolo o foco é direcionado para os medos e preocupações em
relação ao futuro. O terapeuta ajuda o paciente a identificar e enfrentar esses medos, trabalhando as
perspectivas negativas e a promoção de uma visão mais esperançosa e positiva do que está por vir.
O reprocessamento das preocupações futuras permite ao indivíduo desenvolver estratégias
adaptativas e fortalecer sua resiliência emocional.
5 – Protocolo de potencialização: por meio desse protocolo, o terapeuta incentiva o paciente a
visualizar e trabalhar em direção ao melhor futuro possível. É um processo de imaginação guiada, em
que o indivíduo é encorajado a visualizar suas metas, aspirações e objetivos alcançados. Essa
técnica de visualização positiva permite ao paciente fortalecer sua motivação intrínseca, reforçar suas
capacidades e direcionar suas ações em busca de um futuro desejado.
Esses cinco protocolos da terapia de reprocessamento generativo proporcionam uma abordagem
terapêutica abrangente e fundamentada para o tratamento de problemas psicológicos.
Os reprocessamentos cronológico, somático, temático, futuro e de potencialização objetivam tratar a
causa subjacente dos sintomas, proporcionando uma transformação profunda e duradoura.
Embora mais pesquisas sejam necessárias para validar empiricamente a eficácia da TRG, sua
popularidade crescente e os relatos positivos de pacientes indicam seu potencial como uma terapia
alternativa promissora na busca pela cura e desenvolvimento pessoal.
Ferramentas auxiliares nas sessões com TRG
Nos protocolos da terapia de reprocessamento generativo são empregadas diversas ferramentas,
com o objetivo de mitigar a dor emocional experimentada pelo cliente ao reviver situações
traumatizantes. Elas foram desenvolvidas para facilitar o processo terapêutico e promover uma maior
resiliência psicológica. A seguir, serão abordadas três dessas principais ferramentas.
1 – Mecanismo de segurança: baseia-se em uma técnica de respiração específica que auxilia na
regulação dos níveis de adrenalina no corpo do cliente durante o reprocessamento de eventos
traumáticos. Através de uma respiração controlada e profunda, o cliente é capaz de reduzir a
intensidade das respostas emocionais e físicas associadas aos traumas, promovendo um estado de
maior segurança e bem-estar durante a terapia.
2 – Técnica de microfases: em situações em que o cliente vivenciou múltiplos eventos traumáticos
em um determinado período de tempo, emprega-se essa técnica para trabalhar um ano ou um evento
de cada vez. Essa abordagem permite um caminho mais gradual e estruturado do reprocessamento,
evitando uma sobrecarga emocional excessiva. Ao focar em uma experiência de cada vez, o
terapeuta pode ajudar o cliente a processar de forma mais eficaz os traumas individuais, permitindo
uma maior compreensão e integração dos eventos passados.
3 – 3P: essa ferramenta refere-se à escolha do ponto de vista adotado pelo cliente durante o
reprocessamento dos eventos traumáticos. Ele pode optar por se ver em primeira pessoa (1P –
primeira pessoa) ou em terceira pessoa (3P – terceira pessoa) ao reviver essas experiências. O
terapeuta desempenha um papel fundamental em orientar e facilitar essa escolha, com o objetivo de
reduzir a dor e o desconforto emocional do cliente. Essa flexibilidade no ponto de vista permite ao
cliente explorar as experiências traumáticas de maneira segura e controlada, facilitando o processo
de reprocessamento e transformação.
A utilização dessas ferramentas nos protocolos terapêuticos da TRG tem como intuito amenizar a dor
emocional do cliente ao reviver situações traumatizantes. O uso do mecanismo de segurança, da
técnica de microfases e da abordagem 3P proporciona um ambiente terapêutico seguro e
estruturado, permitindo ao cliente reprocessar os eventos traumáticos de maneira gradual e eficaz.
Essas ferramentas contribuem para a redução do sofrimento emocional, promovendo uma maior
resiliência e bem-estar psicológico.
Perspectivas futuras da TRG
A terapia de reprocessamento generativo tem ganhado crescente reconhecimento e despertado
interesse no campo da psicoterapia, abrindo perspectivas promissoras tanto no Brasil como no
cenário internacional. Com sua abordagem inovadora e foco no reprocessamento de traumas e
eventos dolorosos, a TRG tem o potencial de transformar a forma como lidamos com questões
psicológicas e emocionais.
No Brasil, observa-se um aumento significativo do interesse e da aplicação dessa técnica por
profissionais da área de saúde mental. A disseminação de informações sobre a eficácia e os
benefícios da TRG tem despertado a curiosidade de psicoterapeutas, levando a uma maior demanda
por capacitação e formação nessa abordagem terapêutica. Acredita-se que ela possa preencher uma
lacuna na oferta de tratamentos para problemas psicológicos, proporcionando alternativas eficazes
para aqueles que não encontraram sucesso em terapias convencionais.
No cenário internacional, também se observa um aumento gradual do interesse e adoção da TRG em
diferentes países. Terapeutas e pesquisadores já iniciaram a exploração sobre os benefícios dessa
abordagem terapêutica em diversos contextos culturais e populacionais, buscando ampliar o
conhecimento e a aplicação da TRG. A crescente demanda por abordagens terapêuticas mais
holísticas e voltadas para o reprocessamento de traumas tem impulsionado o reconhecimento dessa
modalidade terapêutica como uma ferramenta valiosa na promoção do bem-estar físico e emocional.
Além disso, a TRG apresenta potenciais aplicações em áreas específicas, como o tratamento de
transtornos de ansiedade, estresse pós-traumático, depressão e outros distúrbios emocionais. Sua
abordagem abrangente, que incorpora o reprocessamento de memórias traumáticas, o fortalecimento
emocional e a criação de uma visão positiva do futuro, torna-a uma terapia promissora para ajudar as
pessoas a superarem seus desafios psicológicos.
No entanto, embora a TRG tenha mostrado resultados encorajadores e despertado entusiasmo na
comunidade terapêutica, a continuidade de mais pesquisas e a disseminação de evidências
empíricas são fundamentais para sustentar e fortalecer sua credibilidade como uma abordagem
terapêutica válida e efetiva.
Portanto, as perspectivas futuras da TRG são promissoras tanto no Brasil como no mundo. Com seu
enfoque no reprocessamento de traumas e eventos dolorosos, tem o potencial de proporcionar
alternativas terapêuticas eficazes e de ajudar um número cada vez maior de pessoas a superarem
seus desafios emocionais. A continuidade da pesquisa e a disseminação de conhecimento são
essenciais para o avanço e a consolidação dessa abordagem terapêutica, contribuindo para o bem-
estar psicológico e a qualidade de vida das pessoas.

Jair Soares dos Santos – Psicólogo e presidente do Instituto Brasileiro de Formação de Terapeutas
– IBFT.
Juliana Bezerra Lima-Verde – Pesquisadora-chefe do Departamento de Pesquisa Científica do
Instituto Brasileiro de Formação de Terapeutas – IBFT e terapeuta de TRG.

Referências bibliográficas
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Lopes, Camila Cristina de Oliveira (2019). A Consciência na Perspectiva de Antônio Damásio: Self e
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McLean, P. D. (1990). The Triune Brain in evolution: Role in paleocerebral functions, Springer New
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Scientific World Journal 11, 2427–2440.
CategoriasNeurociência e saúde, Psiquiatria integrativa, Saúde
mentalTagsansiedade, autoconhecimento, autonomia em saúde, crenças limitantes, depressão, dor
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OS 5 MÉTODOS DA TRG

Muitas pessoas têm me perguntado sobre o que é TRG e se ela realmente funciona.
Recentemente eu publiquei um artigo falando sobre esse assunto.
Mas como eu não cheguei a me aprofundar no assunto, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre
como funciona essa terapia revolucionária.
Realmente parece bom demais pra ser verdade.
Imagine, uma terapia capaz de varrer o seu inconsciente e de reprocessar todos os traumas e
problemas emocionais que fizeram com que você vivesse na dor, muitas vezes, por anos, realmente
parece um sonho.
Muita gente já perdeu muitos anos da sua vida passando de terapeuta em terapeuta, gastando o
dinheiro que não tem, em busca de solução para seus problemas emocionais, sem obter resultado.
Então, eu quero que você preste bem atenção, porque eu vou te contar todos os segredos por trás
dessa maravilhosa ferramenta.
Você pode não acreditar, mas é real, e está mudando a vida de muitas pessoas.

O que é TRG
Uma definição que vem sendo muito divulgada entre os terapeutas TRG recentemente é de que a
TRG é uma terapia de resultados breve focada e orientada para a resolução de problemas
emocionais e psicossomáticos.
Bom, vamos fazer uma pausa por aqui.
O nosso cérebro é o órgão mais importante do sistema nervoso central que controla o corpo todo. Ele
é responsável pelas ações voluntárias e involuntárias do nosso corpo.
O Cérebro Trino
Como comentei nesse artigo, o cérebro, segundo o neurocientista MacLean, é dividido em 3 grandes
partes, também conhecida com a Teoria do Cérebro Trino. São elas:
 Cérebro Reptiliano ou Instintivo
 Cérebro Límbico ou Emocional
 Cérebro Neocortex ou Racional

Cérebro Trino de Paul MacLean


É claro que o cérebro é muito mais complexo do que isso, mas essa divisão resume bem o seu
funcionamento.
O Cérebro Reptiliano
E para eu conseguir explicar o que é psicossomático, vou tentar explicar aqui de uma forma bem
didática sem utilizar nomes difíceis.
Vamos começar pelo cérebro reptiliano
Ele é considerado a região mais “primitiva” do cérebro humano, responsável por regular as
reações instintivas.
Isso mesmo, tem tudo a ver com instinto, especialmente no que trata da nossa sobrevivência.
O cérebro reptiliano é a região que estimula nossa busca por proteção, alimento, abrigo e
segurança.
Quando esse cérebro se sente ameaçado, ele entre em ação, acionando outras partes do nosso
corpo, liberando hormônios, como por exemplo, a adrenalina. Então, o seu corpo começa a
responder somaticamente, ou seja, você sente fisicamente todas as sensações que essa região do
cérebro tem a dizer. Muitas vezes você nem pensou, apenas foi tomado por um medo, ou uma
sensação de euforia.
Dá pra falarmos um vídeo inteiro sobre isso, mas acho que essa pequena introdução é o suficiente
para avançarmos.
Perceba que a origem de muitos traumas, fobias e medos vem dessa região do cérebro.
Muitas vezes nós nem lembramos o porquê de nos sentirmos assim.
Do porquê de bater aquele desespero, de ter uma vontade louca de chorar e gritar.
Geralmente começa em nossa mente e responde no nosso corpo de forma somática.
As doenças psicossomáticas são doenças da mente que manifestam sintomas físicos e
psicológicos.
São múltiplas as formas que uma doença psicossomática pode se manifestar. A lista é grande.
Sintomas Psicológicos Mais Frequentes
Os sintomas psicológicos mais frequentes incluem:
 Ansiedade
 Irritabilidade
 Impaciência
 Tristeza
 Falta de interesse nas atividades diárias
 Exaustão
Sintomas Físicos Mais Frequentes
E os sintomas físicos mais frequentes incluem:
 Dor e queimação no estômago, associado ou não à náuseas e vômitos
 Constipação e/ou diarreia
 Sensação de falta de ar e/ou dor torácica
 Dores musculares
 Aumento da pressão arterial
 Aceleração dos batimentos cardíacos
 Dores de cabeça
 Alterações na visão
 Coceira, ardência ou formigamento com aparecimento ou não de lesões de pele
 Queda excessiva de cabelo
 Insônia
 Dor ou dificuldade para urinar
 Mudanças na Libido
 Dificuldades de engravidar ou alterações do ciclo menstrual
Doenças Psicossomáticas
Além disso, através de muitos desses sintomas citados anteriormente, as doenças psicossomáticas
podem se apresentar de várias formas. E sim, a partir de um trauma psicológico podem se manifestar
diversas doenças, tais como:
 Enxaqueca
 Síndrome do Intestino Irritado
 Alergias alimentares, respiratórias e/ou de pele
 Gastrite
 Impotência sexual
 Infertilidade
Você percebe como a nossa mente é poderosa.
Bom, ainda falta uma variável nessa equação, para entendermos como o cérebro reptiliano interpreta
como perigoso, muitos dos seus estímulos, trazendo à tona, fobias e traumas.
O Consciente e o Inconsciente
Existe um outro conceito que trabalha paralelo à teoria do cérebro trino, que é a relação entre
Consciente e Inconsciente.
Em resumo, o consciente é a parte da mente que estamos cientes. O nível consciente está
relacionado às experiências que a pessoa percebe, incluindo lembranças e ações intencionais.
No entanto, Sigmund Freud, conhecido como o pai da psicanálise, se interessou mais pelo
inconsciente, que é uma área menos explorada e exposta. Ele afirma em um dos seus estudos,
que “o Inconsciente não conhece o tempo”, ou seja, ele é atemporal.
Muitas vezes as nossas ações ou sentimentos, não são guiados pela nossa razão, mas sim por um
impulso, um sentimento intenso que não temos como explicar. Sim, esse é o inconsciente entrando
em ação.
Freud defendia que apenas uma pequena fração das nossas memórias encontram-se ativadas,
acessíveis pelo nosso consciente. Todas as demais memórias estão escondidas. Além disso ele
representa essa ideia usando a metáfora do iceberg como um modelo da nossa mente, onde uma
grande parte das nossas memórias encontram-se submersas. A atividade mental consciente é
apenas a ponta do iceberg.

Consciente e Inconsciente
A neurociência, em uma visão contemporânea, afirma que o inconsciente é nada mais do que a
soma de nossas memórias, é um depósito infinito de experiências de vida. E além de arquivar
tudo isso, ele ainda faz associações num processo tão surreal que foge à nossa compreensão.
E o mais interessante de tudo isso, é que existem memórias que nem sabemos que temos, que
podem emergir, chegando à nossa consciente sem sabermos o real motivo.
A maior parte dos nossos hábitos diários são inconscientes, mesmo que tenham sido iniciados de
uma maneira voluntária.
Por exemplo, uma vez que aprendemos a andar, guardamos esse conhecimento e não precisamos
mais pensar sobre ele a cada vez que caminhamos. Outras lembranças acabam ficando no nível do
inconsciente simplesmente porque não consideramos importantes. E por fim, pra fechar esse
raciocínio, o inconsciente também armazena memória de experiências que vivemos, mas que, por
alguma razão, insistimos em reprimir.
Bom, é simplesmente impossível guardar todas as nossas experiências e ter conhecimento de todas
elas. Sendo assim, o inconsciente entra em ação. Ele tem a função de manter o equilíbrio da nossa
mente, criando associações e padrões de todo o nosso inventário de informações.
De vez em quando, o Inconsciente interage com o Consciente devido a estímulos externos que
sofremos no dia a dia. Isso pode ser bom ou ruim, dependendo de como lidamos com os resultados
que essa ação nos traz. Essas associações são feitas em um nível inconsciente, e é nesse momento
que podem surgir os traumas, as fobias e os medos. Em muitos casos, gerando uma série de
sintomas e doenças psicossomáticas.
Muitos desses problemas psicológicos podem sofrer um acúmulo ao longo dos anos, desde a
infância até a fase adulta. Quando não tratado, pode se tornar um problema muito grave.
Os 5 Métodos da TRG
E é exatamente neste momento, que a TRG entra em ação. E a partir de agora você irá conhecer o
poder transformador dessa ferramenta.
A TRG é sim, capaz de libertar as pessoas de traumas, fobias, compulsões, depressão, crises
de pânico. E o melhor de tudo, pode resolver tudo isso a partir da raiz do problema. Todos
esses problemas acumulados, ficam gravados no nosso inconsciente, criando bloqueios e
limitações.
Muitos profissionais do ramo da psicologia tratam apenas a superfície do problema dos seus
pacientes, e muitas vezes, os problemas acabam voltando com mais força ainda.
Como o próprio nome diz, TRG, Terapia de Reprocessamento Generativo procura trabalhar todo o
psiquismo de uma forma, que a pessoa não fique mais paralisada na dor. A TRG reestrutura toda a
história de traumas desde o nascimento até o momento presente, trabalhando também os medos e
anseios relacionados ao futuro.
A partir do momento que o problema é trazido à consciência, o cérebro dará uma nova interpretação
àquele evento de memória e o sentimento será gravado de uma outra maneira no inconsciente,
fortalecendo a pessoa de forma que ela irá se sentir muito mais preparada para enfrentar as
dificuldades da vida.
Eu me sinto realmente honrada em ser uma terapeuta TRG credenciada.
Você não tem ideia da quantidade de vidas que já foram transformadas. São tantas histórias.
Você precisa passar por essa experiência transformadora.
Pois então
A TRG está fundamentada em 5 métodos essenciais. São eles:
 Método Cronológico
 Método Somático
 Método Temático
 Método Futuro
 Método de Potencialização
Cada um destes métodos são ferramentas utilizadas em situações específicas durante o
reprocessamento.
De uma forma resumida, eu vou explicar cada um deles a seguir.
Método Cronológico
O Método Cronológico é o método de reprocessamento responsável por limpar os problemas
emocionais a partir da infância até o momento presente. Geralmente iniciamos através desse
método por ser o mais básico de todos. Muitas vezes combinamos o método Cronológico com o
método Somático, e temos excelentes resultados. É muito comum agruparmos o reprocessamento
por pequenos intervalos de tempo, por exemplo, dos 0 aos 10, dos 10 aos 15, dos 15 aos 20, e assim
por diante, mas dependendo do histórico da pessoa, podemos reduzir esse tempo caso existam
muitos eventos para serem reprocessados.
Método Somático
O Método Somático é o método de reprocessamento guiado exclusivamente pela reação
somática apresentada pelo corpo e é uma ferramenta excelente para auxiliar no reprocessamento
de pessoas que, durante a sessão, tenha apresentado muito desconforto físico ao passar por fortes
emoções. A ideia principal desse método, é reprocessar a partir da dor. Muito eficiente quando
combinado com o método cronológico.
Método Temático
O Método Temático, como o próprio nome diz, é o método de reprocessamento por temas.
Nesse modelo de reprocessamento o terapeuta identifica qual o tipo de problema emocional que
mais afetou a pessoa. Por exemplo, o tema pânico, neste caso vamos focar no reprocessamento de
todas às vezes que a pessoa teve ou sofreu o pânico. Podemos expandir para outros temas como,
bullying, medo, dentro outros.
Até aqui, a partir destes três métodos, nós tratamos apenas o passado, apenas os eventos que já
ocorreram na vida da pessoa.
Método Futuro
Agora, precisamos reprocessar a visão futura, de algo que ainda não aconteceu, mas que o
inconsciente possa associar como algo ruim.
Nós já sabemos que para o inconsciente não existe passado nem futuro pois ele é atemporal. Para
ele só existe o presente. Mas muitas das associações feitas pelo inconsciente, desencadeia níveis de
ansiedade que fazem com que muitas pessoas tenham medo do futuro.
É aí que entra o Método Futuro.
Esse método de reprocessamento, prepara a pessoa para enfrentar o futuro tranquilamente e
com mais confiança.
A partir do momento em que todos os obstáculos foram removidos, seus medos vencidos, seus
traumas superados. Não há mais crenças limitantes, nem fobias, nem ansiedade, nem depressão. A
pessoa já não é mais a mesma.
Método de Potencialização
Então, é exatamente neste momento que o Método de Potencialização entra em ação. Após este
reprocessamento, a pessoal terá muito mais energia para viver sua melhor versão. Além disso,
se sentirá muito mais forte e capaz de identificar o seu potencial para enfrentar qualquer situação que
virá pela frente.
Imagine uma vida plena, sem traumas e nem fobias. Onde já não existe aquele problema emocional
que te afetou durante toda a sua vida.
Considerações Finais
Imagine uma vida de conquistas, de vitórias e de liberdade.
Sim, esse é o seu futuro, e é possível.
Ele pode ser real.
Muitas e muitas pessoas já passaram pelo poder transformador da TRG.
E caso queira conhecer A Terapia de Reprocessamento Generativo, entre em contato comigo
Espero que você tenha gostado da leitura.

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