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UNIVERSIDADE PAULISTA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANA


GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

Agnes Luz Giro Lorenzetti - RA: D7331I1


Matutino

FICHA DE LEITURA

1. Resumo do texto

O texto "Conselhos aos médicos que praticam a psicanálise" escrito por


Sigmund Freud em 1912, faz parte da Edição Padrão das Obras Completas. Nesse
artigo, o autor descreve práticas e/ou regras que devem ser seguidas pelo analista
durante uma sessão de psicanálise, juntamente com recomendações importantes
para os profissionais que desejam exercer essa atividade.
Ao longo do texto, Freud afirma que as regras técnicas que ele apresenta
foram desenvolvidas por sua própria experiência ao longo de muitos anos, após ter
tentado e abandonado outros métodos sem sucesso. Ele acredita que essas regras
podem ser resumidas em um único preceito e espera que elas ajudem os médicos
que exercem a psicanálise a evitar erros e esforços desnecessários. No entanto,
Freud ressalta que essas regras refletem sua própria individualidade e que outros
médicos podem precisar adotar abordagens diferentes com seus próprios pacientes.
Um dos problemas apontados por Freud, que são enfrentados pelos analistas,
dizem respeito a necessidade de lembrar-se de muitos detalhes técnicos e
subjetivos dos pacientes. A técnica apresentada pelo autor, para sanar esse
problema consiste em manter uma "atenção uniformemente suspensa" e não
direcionar a atenção para algo específico, evitando assim selecionar o material
apresentado de acordo com as expectativas ou inclinações pessoais. O médico deve
prestar igual reparo a tudo que é dito pelo paciente para não jogar fora a maior parte
da vantagem do paciente obedecer à "regra fundamental da psicanálise". Quando o
paciente traz algo novo, a memória inconsciente é ativada e os elementos do
material ainda desconexos e em desordem caótica vêm rapidamente à lembrança.
Equívocos só ocorrem em ocasiões em que o analista se perturba com alguma
consideração pessoal, e a confusão com material trazido por outros pacientes é rara.
Freud também aponta que o analista deve abster-se de expressar suas
próprias opiniões, emoções e sentimentos em relação ao paciente, não compartilhar
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informações sobre si mesmo, não tocar no paciente e não fazer julgamentos de valor
sobre o que o paciente diz.
De acordo com Freud, os médicos que desejam exercer a psicanálise devem
ter uma formação adequada em psicologia e em outras áreas que são relevantes
para essa prática, como a filosofia e a literatura. Outra recomendação importante do
autor diz respeito ao médico psicanalista ter um conhecimento profundo de si
mesmo, já que isso é fundamental para entender os pacientes e ajudá-los a superar
seus problemas emocionais. O médico também deve ser capaz de estabelecer uma
relação empática com o paciente, compreendendo seus pensamentos, emoções e
sentimentos.
Freud também enfatiza a importância da confidencialidade na prática da
psicanálise, ressaltando que o médico deve manter em sigilo todas as informações
que o paciente compartilha durante as sessões. Além disso, ele deve ser ético e
imparcial em suas avaliações e diagnósticos.
Por fim, Freud destaca que a psicanálise é uma atividade que exige muita
dedicação e paciência por parte do médico, pois os resultados não são imediatos e
muitas vezes é necessário um longo período de tratamento para que o paciente
possa alcançar a cura ou o controle de seus problemas emocionais.

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