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Castro da Conceição Carlos Silva

Danilo Luis B. Songa

Faida Iahaia

Mahel Francisco Nimathi

Majaliwa Buimana

Rodrigues Amisse

Personalidade

(Licenciatura em Ensino de Química)

Universidade Rovuma

Nampula

2022
Castro da Conceição Carlos Silva

Danilo Luis B. Songa

Faida Iahaia

Mahel Francisco Nimathi

Majaliwa Buimana

Rodrigues Amisse

Personalidade

Trabalho de carácter avaliativo referente a cadeira


de Psicologia Geral, Licenciatura em Ensino de
Química, Nível I, ano 202. Avaliado no
Departamento de Ciências Naturais e Matemática,
orientado pelo docente:

Glória C. Damião

Universidade Rovuma

Nampula

2022
Índice
Introdução...............................................................................................................................3
Personalidade..........................................................................................................................4
 Um conceito controvativo................................................................................................4
Conceito etimológico da personalidade..................................................................................4
Estrutura e conteúdo da personalidade...................................................................................5
 Carácter............................................................................................................................5
 Temperamento.................................................................................................................6
 Traço de Personalidade....................................................................................................6
Teoria do desenvolvimento Humano......................................................................................6
Teoria de desenvolvimento cognitivo segundo Piaget............................................................7
 Estádio sensório-motor ((o recém-nascido e o lactente — 0 a 2 anos)............................8
 Estádio Pré-operatório (a 1ª infância — 2 a 7 anos)........................................................8
 Estádio operatório concreto (a infância propriamente dita — 7a 11 ou 12 anos)............9
 Estádio operatório formal ou das operações formais (a adolescência — 11 ou 12 anos
em diante)................................................................................................................................9
Teoria de desenvolvimento psicossexual segundo Freud.....................................................10
 Fase Oral (0-2 anos).......................................................................................................11
 Fase Anal (2-3 anos)......................................................................................................11
 Fase Fálica (3-5 anos)....................................................................................................11
 Fase da Latência (6- inicio da adolescência).................................................................11
 Fase Genital (fim da adolescência)................................................................................11
Teoria do Desenvolvimento Psicossocial (Erickson)...........................................................11
 Estádio Sensório-Oral (0-1 ano)....................................................................................12
 Estádio Muscular-Anal (1-2 anos).................................................................................12
 Estádio Locomotório-Genital (3-5 anos).......................................................................12
 Estádio de Latência (6 anos a puberdade)......................................................................12
 Adolescência 12-18/20 anos).........................................................................................12
 Primeira Idade Adulta (20-30 anos)...............................................................................13
 Meia-idade (30-60 anos)................................................................................................13
 Velhice (60 anos em diante)..........................................................................................13
Conclusão..............................................................................................................................14
Bibliografia...............................................................................................................................15
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Introdução
O presente trabalho sobre personalidade e sua estrutura, onde podemos dizer que pela sua
descrição etimológico deriva do latim (persona que significa mascara). De um modo geral, a
personalidade refere-se ao modo relativamente constante e peculiar de perceber, pensar, sentir
e agir do individuo. Além, disso inclui habilidades, atitudes, crenças, emoções, desejos, o
modo de comportar-se, inclusive os aspectos físicos do individuo. A definição de
personalidade engloba também o modo como todos esses aspectos se integram, se organizam,
conferindo peculiaridade e singularidade ao individuo.

Objectivos gerais

 Compreender o objectivo da personalidade


 Diferenciar as teorias da personalidade

Objectivos específicos

 Dominar as teorias da personalidade


 Explicar os aspectos e factores que determinam a personalidade
 Explicar o conceito de teoria de desenvolvimento humano
 Descrever as principais teorias de desenvolvimento humano
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Personalidade

 Um conceito controvativo
Como a maioria dos temas em psicologia, o senso comum "usa e busca" da palavra
personalidade, que exerce grande fascínio sobre os leigos. Ela é usada de diferentes maneiras:
ora para designar habilidades sociais (a capacidade de tomar decisões rápidas, por exemplo),
ora para se referir à impressão marcante que alguém causa a partir de uma característica
considerada como central (a timidez, a inteligência). (WEITEN, 2002)

Personalidade é um conjunto das característica marcantes de uma pessoa, é a força activa que
ajuda determinar o relacionamento das pessoas baseando em seu padrão de individualidade
pessoal e social referente ao pensar, sentir e agir.

A psicologia enquanto abordagem científica deste tema, evita o juízo de valor, isto é, não faz
a valoração da personalidade enquanto boa ou má. O processo de inferência – supor processos
ou características psicológicas não observáveis, a partir de comportamento observável,
quando ocorre, é rigoroso e fundamentado num método científico. E nenhuma teoria parte de
um único comportamento observável para fazer um perfil ou diagnóstico da personalidade.

Conceito etimológico da personalidade


No sentido etimológico deriva do latim (persona que significa mascara), aparência, aquilo que
uma pessoa parece ser da outra. Na Grécia antiga, era usada por actores de teatro nas suas
representações.

 É a forma característica na qual uma pessoa pensa e se comporta a medida em que se


ajusta ao seu meio ambiente.
 É o estilo de vida do individuo ou maneira característica de reagir aos problemas da
vida incluindo os seus objectivos na vida (Patel 1905)

De um modo geral refere-se ao modo relativamente constante e peculiar de perceber, pensar,


sentir e agir do individuo. A definição tende a ser ampla e acaba por incluir habilidades,
atitudes, crenças, emoções, desejos, o modo de comportar-se, inclusive os aspectos físicos do
individuo. A definição de personalidade engloba também o modo como todos esses aspectos
se integram, se organizam, conferindo peculiaridade e singularidade ao individuo.
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Na psicologia da Personalidade, a unidade de análise é o individuo total, não o processo de


percepção, de aprendizagem em si. O que interessa é o individuo que percebe, que aprende e
como esses processos relacionam-se entre si e com todos outros.

O estudo da personalidade deve ser compreendido no seu aspecto de psicologia geral, isto é,
como meio de se estabelecerem leis gerais sobre o funcionamento da personalidade o que
existe em comum em todas as personalidades humanas, independentemente de factores
culturais grupais ou circunstanciais. Por exemplo, a postulação do id, ego e superego como
sistemas constitutivos da estrutura da personalidade com carácter universal, de toda a raça
humana.

Estrutura e conteúdo da personalidade


A estrutura da personalidade é a base que organiza e une entre si as diferente condutas e
disposições do individuo, é a organização global que dá consistência e unidade à conduta. A
Psicanálise afirma que esta estrutura está formada, como base, por volta dos 4 ou 5 anos.
Piaget coloca que a personalidade comece a se formar muito mais tarde entre 8 e 12 anos.

Os conteúdos desta estrutura da personalidade estão relacionados com as vivências concretas


do individuo no seu meio social, cultural, religioso. Só é possível compreender a
personalidade considerando a relação indissociada entre a estrutura e conteúdo.

Esta relação dá a dinâmica da personalidade, fornece o caminho para compreender seu


desenvolvimento e as mudanças, mais aos meios radicais, que pode sofrer. A interioridade ou
intimidade do individuo expressa – se, de modo mais ou menos transparente, nos seus
comportamentos e no seu modo de estar no mundo, bem como esta subjectividade constitui-se
por este mesmo "estar no mundo", pela presença do outro que marca cada um de nós.

De acordo com (ADELINO, 1993.), a abordagem da personalidade, alguns termos são


empregados frequentemente com vários significados, inclusive no senso comum. Alguns
destes termos são: Carácter, temperamento e traço da personalidade.

 Carácter
É um termo que os teóricos preferem não usar, devido à diversidade de usos existentes,
inclusive no senso comum, para designar os aspectos morais dos indivíduos. Eventualmente
podemos encontra-lo na referência a reacções afectivas, ou mais comummente, para designar
aquilo que diferencia um individuo de outro, a marca pessoal de alguém. W. Reich, um
psicanalista- que no desenvolvimento de sua teoria afastou-se da teoria de Freud, usa o termo
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carácter como substituto de personalidade. Em vez de falar sobre teoria de personalidade, ele
fale de teoria de carácter, integrando os aspectos biofísicos e psicológicos.

 Temperamento
É outro desses termos usados em vários sentidos. Ele deve ser entendido como uma alusão
aos aspectos da hereditariedade e constituição fisiológica que interferem no ritmo individual,
no grau de vitalidade ou emotividade dos indivíduos. Neste sentido, afirma-se que os
indivíduos têm uma quantidade de energia vital, maior ou menor, que dará a tonalidade de
seus comportamentos. Por exemplo, há indivíduos "mais calmo" e aquela "mais agitado".

 Traço de Personalidade
Refere-se a uma característica duradoura da personalidade do individuo. Por exemplo, ser
reservado, ser bem-humorado e ser expansivo. Os traços são inferidos a partir do
comportamento. Alguns podem ser "centrais" da personalidade e outros, mais "periféricos".
Os centrais seriam aqueles em torno dos quais o conjunto demais características organizam-
se. C. G. Jung desenvolveu também este aspecto em sua teoria da personalidade, chegando a
criar tipos psicológicos: o extrovertido e o introvertido.

Quando se fala de teoria, refere-se ao conjunto de leis, princípios e normas que procuram
explicar factos sobre uma certa realidade. É uma linha de princípios sistemáticos e lógicos que
resultam de uma pesquisa científica sobre um fenómeno de interesse humanitário para
explicar as causas e efeitos da sua ocorrência.

Teoria do desenvolvimento Humano


A psicologia de desenvolvimento estuda o desenvolvimento do ser humano em todos os
seus aspectos: físicomotor, intelectual, afectivo-emocional e social — desde o nascimento até
a idade adulta, isto é, a idade em que todos estes aspectos atingem o seu mais completo grau
de maturidade e estabilidade.
O desenvolvimento humano refere-se ao desenvolvimento mental e ao crescimento orgânico.
O desenvolvimento mental é uma construção contínua, que se caracteriza pelo aparecimento
gradativo de estruturas mentais. Estas são formas de organização da actividade mental que se
vão aperfeiçoando e solidificando até o momento em que todas elas, estando plenamente
desenvolvidas, caracterizarão um estado de equilíbrio superior quanto aos aspectos da
inteligência, vida afectiva e relações sociais.
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A Teoria é uma explicação globalizada dada para um conjunto de observações organizadas


em um modelo ou padrão coerente. (STRATTTON e HAYES, 1994:223)

Existem várias teorias do desenvolvimento humano em Psicologia. Elas foram construídas a


partir de observações, pesquisas com grupos de indivíduos em diferentes faixas etárias ou em
diferentes culturas, estudos de casos clínicos, acompanhamento de indivíduos desde o
nascimento até a idade adulta.
Assim, as teorias do desenvolvimento humano são princípios que explicam o processo de
desenvolvimento humano. Entre tantas encontramos: teoria do desenvolvimento cognitivo
segundo Piaget, teoria do desenvolvimento psicossexual segundo Freud, teoria do
desenvolvimento psicossocial segundo Erikson.

Teoria de desenvolvimento cognitivo segundo Piaget


No estudo de desenvolvimento humano, Piaget fixa-se particularmente, nos processos
cognitivos (do conhecimento) e procura encontrar um modelo capaz de explicar a sua génese,
a sua estrutura e suas transformações.

Para Piaget, o ser humano relaciona-se com o meio onde se insere, adaptando-se a ele, através
da assimilação e acomodação numa interacção dinâmica constante de equilíbrios sucessivos e
progressivos.

A vida psíquica desenvolve-se através de troca entre o sujeito e o meio, o conhecimento


advém das interacções sujeito/ objecto. O comportamento do individuo e a inteligência,
resulta de uma construção progressiva do sujeito em interacção com o meio.

Segundo Piaget, o desenvolvimento intelectual faz-se desde as reacções reflexa inata até a
fase adulta. Este processo desenvolve-se ao longo de 4 estádios:

 1º Período: Sensório-motor (0 a 2 anos


 2° Período: Pré-operatório (2 a 7 anos)
 3º Período: Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos)
 4º Período: Operações formais (11 ou 12 anos em diante)
Segundo Piaget, cada período é caracterizado por aquilo que de melhor o indivíduo
consegue fazer nessas faixas etárias. Todos os indivíduos passam por todas essas fases ou
períodos, nessa sequência, porém o início e o término de cada uma delas dependem das
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características biológicas do indivíduo e de factores educacionais, sociais. Portanto, a divisão


nessas faixas etárias é uma referência, e não uma norma rígida.

 Estádio sensório-motor (o recém-nascido e o lactente — 0 a 2 anos)


Segundo SPRINTHAL & SPRINTHAL (1997:103) nesta fase” a actividade cognitiva
baseia-se principalmente na experiencia através dos sentidos”. Chama-se sensório-motor,
pois as crianças aprendem usando e seus diferentes sentidos, sobretudo tocando os objectos,
manipulando-os exemplos fisicamente o meio ambiente.

Neste período, a criança conquista, através da percepção e dos movimentos, todo o universo
que a cerca.
No recém-nascido, a vida mental reduz-se ao exercício dos aparelhos reflexos, de fundo
hereditário, como a sucção. Esses reflexos melhoram com o treino. Por exemplo, o bebé
mama melhor no 10º dia de vida do que no 29 dia. Por volta dos cinco meses, a criança
consegue coordenar os movimentos das mãos e olhos e pegar objectos, aumentando sua
capacidade de adquirir hábitos novos.
No final do período, a criança é capaz de usar um instrumento como meio para atingir um
objecto. Por exemplo, descobre que, se puxar a toalha, a lata de bolacha ficará mais perto
dela. Neste caso, ela utiliza a inteligência prática ou sensório-motor, que envolve as
percepções e os movimentos. (BOCK, FURTADO, & TEIXEIRA, 1999).

 Estádio Pré-operatório (a 1ª infância — 2 a 7 anos)


Neste período, o que de mais importante acontece é o aparecimento da linguagem, que irá
acarretar modificações nos aspectos intelectuais, afectivo e social da criança.
A interacção e a comunicação entre os indivíduos são, sem dúvida, as consequências mais
evidentes da linguagem. Com a palavra, há possibilidade de exteriorização da vida interior e,
portanto, a possibilidade de corrigirações futuras. A criança já antecipa o que vai fazer.
Como decorrência do aparecimento da linguagem, o desenvolvimento do pensamento se
acelera. No início do período, ele exclui toda a objectividade, a criança transforma o real em
função dos seus desejos e fantasias (jogo simbólico); posteriormente, utiliza-o como
referencial para explicar o mundo real, a sua própria actividade, seu eu e suas leis morais; e,
no final do período, passa a procurar a razão causal e finalista de tudo (é a fase dos famosos
“porquês”). E um pensamento mais adaptado ao outro e ao real. (BOCK, FURTADO, &
TEIXEIRA, 1999)
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É pré-operatório, por a criança não é capaz de usar de forma sistemática as suas capacidades
em desenvolvimento. A característica mais saliente nesta fase é que a criança considera que as
pessoas vêm ao mundo como ela o vê, até quando conta com episódio, omite alguns
pormenores, considerando que os outros não necessitam para entender (egocentrismo).

 Estádio operatório concreto (a infância propriamente dita — 7a 11 ou 12 anos)


O desenvolvimento mental, caracterizado no período anterior pelo egocentrismo intelectual
e social, é superado neste período pelo início da construção lógica, isto é, a capacidade da
criança de estabelecer relações que permitam a coordenação de pontos de vista diferentes.
Estes pontos de vista podem referir-se a pessoas diferentes ou à própria criança, que “vê” um
objecto ou situação com aspectos diferentes e, mesmo, conflituantes. Ela consegue coordenar
estes pontos de vista e integrá-los de modo lógico e coerente. No plano afectivo, isto significa
que ela será capaz de cooperar cora os outros, de trabalhar em grupo e, ao mesmo tempo, de
ter autonomia pessoal.
O que possibilitará isto, no plano intelectual, é o surgimento de uma nova capacidade mental
da criança: as operações, isto é, ela consegue realizar uma acção física ou mental dirigida
para um fim (objectivo) e revertê-la para o seu início. Num jogo de quebra-cabeça, próprio
para a idade, ela consegue, na metade do jogo, descobrir um erro, desmanchar uma parte e
recomeçar de onde corrigiu, terminando-o. As operações sempre se referem a objectos
concretos presentes ou já experienciados.
Outra característica deste período é que a criança consegue exercer suas habilidades e
capacidades a partir de objectos reais, concretos. Portanto, mesmo a capacidade de reflexão
que se inicia, isto é, pensar antes de agir, considerar os vários pontos de vista
simultaneamente, recuperar o passado e antecipar o futuro, se exerce a partir de situações
presentes ou passadas, vivenciadas pela criança. (BOCK, FURTADO, & TEIXEIRA, 1999).
Em nível de pensamento, a criança consegue:
 Estabelecer correctamente as relações de causa e efeito e de meio e fim;
 Sequenciar ideias ou eventos;
 Trabalhar com ideias sob dois pontos de vista, simultaneamente;
 Formar o conceito de número (no início do período, sua noção de número está
vinculada a uma correspondência com o objecto concreto).
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 Estádio operatório formal ou das operações formais (a adolescência — 11 ou 12


anos em diante)
Neste período, ocorre a passagem do pensamento concreto para o pensamento formal,
abstracto, isto é, o adolescente realiza as operações no plano das ideias, sem necessitar de
manipulação ou referências concretas, como no período anterior. É capaz de lidar cora
conceitos como liberdade, justiça.
O adolescente domina, progressivamente, a capacidade de abstrair e generalizar, cria teorias
sobre o mundo, principalmente sobre aspectos que gostaria de reformular. Isso é possível
graças à capacidade de reflexão espontânea que, cada vez mais descolada do real, é capaz de
tirar conclusões de puras hipóteses.
O livre exercício da reflexão permite ao adolescente, inicialmente, “submeter” o mundo real
aos sistemas e teorias que o seu pensamento é capaz de criar. Isto vai-se atenuando de forma
crescente, através da reconciliação do pensamento cora a realidade, até ficar claro que a
função da reflexão não é contradizer, mas se adiantar e interpretar a experiência.
De acordo com Piaget, os primeiros três estádios de desenvolvimento são universais, mas nem
todos adultos alcançam o estádio operatório formal. O desenvolvimento deste tipo de
pensamento esta dependente, em parte, do processo de escolarização. Os adultos com
educação limitada tentam a continuar em termos concretos e reter largos traços de
egocentrismo (a criança relaciona tudo consigo mesmo e fecha-se do resto do mundo na
medida em que atribui tudo assuas capacidades), ou seja, é o entendimento pessoal que o
mundo foi criado e pela incapacidade de compreender as relações entre as coisas. A criança
não compreende o ponto de vista do outro porque se centra no seu ponto de vista. O
egocentrismo está presente em frases como: há vento porque estou com muito calor, a noite
vem quando é para ir a cama.

Teoria de desenvolvimento psicossexual segundo Freud


Freud centrou a sua atenção nos estados patológicos e, de modo especial, nas perturbações
do Comportamento de origem neurótica e psicótica. Freud é o “pai” da Psicanálise, ciência
que tem como objecto de estudo, a análise do inconsciente. (BOCK, FURTADO, &
TEIXEIRA, 1999).
Um dos grandes méritos de Freud e da Psicanálise foi de chamar atenção para a
importância dos primeiros anos de vida, o que trouxe consequências decisivas para a
educação, particularmente para a educação sexual.
Na perspectiva freudiana, desenvolvimento humano em 5 fases ou estádios, cada estádio é
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Caracterizado pela concentração da libido (impulso ou pulsão sexual), numa determinada


zona erógena: boca, ânus, órgãos sexuais para os primeiros estádios respectivamente.
No que toca ao quarto estádio, a libido se difunde por todo o corpo, se acalma, ficando como
que adormecida, ou no estádio de latência, no quinto, ela vem de novo a superfície e
concentra-se de modo mais explícito nos órgãos sexuais.

 Fase Oral (0-2 anos)


Nesta fase, a energia sexual concentra-se na boca e o bebe tira prazer através da zona erótica
da boca, dos lábios e da língua e nos actos de sucção, mordedura e mastigação.

 Fase Anal (2-3 anos)


Aqui, a energia libidinal desloca-se para ânus e as principais fontes de prazer sexual são as
Actividades esfinctéricas. Conter fezes significa bloquear a satisfação de uma necessidade.
Assim, a conservação de exigências dos pais cria um conflito relacionado com a fase anal, o
que poderá manifestar-se na idade adulta em comportamentos de excessiva limpeza,
pontualidade, obstinação (teimosia, renitência.)

 Fase Fálica (3-5 anos)


A libido desloca-se para as zonas genitais, e as crianças manipulam os seus órgãos genitais,
tornam-se curiosos em relação as diferenças entre os dois sexos (masculino e feminino). Nesta
fase, surgem complexos de Édipo e de Electra, que poderá ser superado pela identificação do
menino ao pai e menina a mãe.

 Fase da Latência (6- inicio da adolescência)


Nesta fase, a energia libidinal perde intensidade e a actividade da criança orienta-se ou dirige-
se a próprios interesses do ambiente (vida escolar, relações sociais e jogos).

 Fase Genital (fim da adolescência)


É o culminar do desenvolvimento psicossexual, o rapaz e a rapariga completam o
desenvolvimento e orientam o próprio comportamento sexual. Surgem a necessidade de
relações reciprocamente gratificantes, sobretudo com indivíduos do sexo oposto.
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Teoria do Desenvolvimento Psicossocial (Erickson)


Esta teoria afirma que o desenvolvimento psicossocial atravessa 8 estádios e em cada um,
indivíduo deve enfrentar uma série de problemas, o que se chama de crise de estádio, para
poder passar ao estádio sucessivo. Segundo Erickson, na medida em que uma criança resolve
Positivamente os problemas de cada estádio, determina-se a sua possibilidade de tornar-se
uma pessoa adulta dotada de capacidades de adaptação.
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 Estádio Sensório-Oral (0-1 ano)


Verifica-se nesta fase uma crise entre a confiança e desconfiança. A criança põe-se em
problema de ter confiança ou não ter confiança na pessoa que toma cuidado ou se ocupa dela,
geralmente a mãe, se recebe ou não nutrição e afecto. Se a criança não contar com o afecto e
os cuidados maternos, perderá a confiança para com as outras pessoas e pensará que o
ambiente externo não lhe por dar confiança.

 Estádio Muscular-Anal (1-2 anos)


A crise está entre autonomia – dúvida/vergonha. A criança começa a explorar o mundo e a
entrar em relação com outras pessoas. Na medida em que conquista a autonomia, as
habilidades principais como aprender a caminhar, gatinhar, descoberta da vontade própria,
surge. A criança desenvolve a capacidade de escolha, a possibilidade de autodomínio,
sentimentos de autonomia e de amor-próprio.

 Estádio Locomotório-Genital (3-5 anos)


A crise está entre iniciativa/sentimento de culpa. A criança tem que resolver o conflito
existente entre tomar iniciativa em actividades e apreciar os resultados ou sentir-se culpa por
ter ultrapassado os limites, neste caso, surge o medo de punições ou de castigos, críticas e de
consequências, o sentimento inibitório (a criança pode perder a capacidade de tomar novas
iniciativas e sentir-se culpada pelas falhas).

 Estádio de Latência (6 anos a puberdade)


Verifica-se nesta fase a crise da diligência (competência ou mestria) e complexo de
inferioridade.
Neste estádio, a criança adquire as regras fundamentais sobre o mundo externo e as primeiras
regras do comportamento social, graças ao facto de frequentar a escola e o grupo de amigos.
As competências podem ser desenvolvidas e reforçadas ou então podem ser bloqueadas. O
insucesso na escola ou nas relações sociais, em geral, podem bloquear o desenvolvimento
cognitivo e emotivo.

 Adolescência 12-18/20 anos)


A crise por superar está entre a identidade e confusão a cerca de papel a desempenhar
(confusão de identidade).
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O adolescente deve desenvolver o sentido de identidade de si mesmo, torna-se um indivíduo


com a sua própria personalidade distinta da dos parceiros e dos adultos com próprias normas
sociais e próprios valores morais. A não identificação manifesta-se na confusão de papéis,
facto em que o adolescente não consegue encontrar um papel adequado para a sua
personalidade no contexto social.

 Primeira Idade Adulta (20-30 anos)


Nesta fase, a crise está entre intimidade ou amor/ isolamento, a pessoa enfrenta a escolha
entre uma vida caracterizada de relações de intimidade (capacidade de amor e de amizade). É
o estádio da vida em que se põe também problemas de escolha profissional que permite a
inserção na sociedade.

 Meia-idade (30-60 anos)


A crise situa-se entre criatividade ou interesse/ estagnação ou auto-observação
Regista-se a consolidação do amor e da amizade, aumento do interesse profissional, aumento
da atenção para os filhos. Nesta fase, contribui muito o tipo de escolha profissional feita, em
particular em relação a constatações feitas no que diz respeito aos objectivos ou propósitos
alcançados ou não, segundo o plano traçado na juventude. Os insucessos podem muitas vezes
estimular a novos interesses e opções ou a uma nova ou mais lúcida consciência (clareza do
raciocínio) das próprias capacidades.

 Velhice (60 anos em diante)


A crise observa-se entre o sentimento de integração (auto-aceitação) e calma/ desespero.
Nesta fase emerge uma outra situação de conflito, aquela que concerne a aquisição de um
sentido de integridade, que se experimenta quando se considera que a própria vida foi
completada, dando-lhe um sentido ao qual se contrapõe o desespero, se se pensa não ter
alcançado os objectivos que anteriormente se tinham proposto ou de não ter integrado as
próprias experiências. A pessoa pode tornar-se sabia, não se preocupando ansiosamente pela
vida porque descobriu o seu sentido e o da dignidade da sua vida, assim, há aceitação da
morte. Mas pode não alcançar a sabedoria ao fazer o balanço da sua vida ou avaliação do seu
passado e verificar que não fez nada que valesse a pena, logo surge um sentido de desgosto
pela vida e de desespero perante a morte.
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Conclusão
Depois de ter feito as pesquisas sobre a personalidade pode-se concluir que, a
personalidade pode ser considerada a maneira constante e peculiar de perceber, pensar, sentir
e agir do individuo que inclui habilidades, atitudes, crenças, emoções, desejos, o modo de
comportar-se, inclusive os aspectos físicos do individuo, portanto, quando se fala de teoria,
refere-se ao conjunto de leis, princípios e normas que procuram explicar factos sobre uma
certa realidade.

As teorias científicas surgem influenciadas pelas condições da vida social, nos seus aspectos
económicos, políticos, culturais etc. São produtos históricos criados por homens concretos,
que vivem o seu tempo e contribuem ou alteram, radicalmente, o desenvolvimento do
conhecimento. Contudo, as teorias do desenvolvimento humano são princípios que explicam o
processo de desenvolvimento humano. Entre tantas encontramos: teoria do desenvolvimento
cognitivo segundo Piaget, teoria do desenvolvimento psicossexual segundo Freud, teoria do
desenvolvimento psicossocial segundo Erikson.
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Bibliografia
ADELINO, C. a. (1993.). Rumos da Psicologia . Lisboa : Editora Rumos.

BOCK, A. B., F Furtado, O., & Teixeira, M. T.(1999). psicologias - uma introdução ao
estudo de psicologia (13 ed ed.). são paulo-sp.

DAVIDOFF, L. (1987). Introducao à Psicologia. S . Paulo: Brasil editora Mcgraw-hilLDA.

SARAIVA, A. (1977). Psicologia (2ª ed. ed.). Lisboa: Plátano editora.

WEITEN, W. (2002). Introdução à Psicologia: temas e variações (4ª ed. ed.). Brasil:
Thomson Pioneira.

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