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Curso Online:

Constelações Familiares
Psicologia Social..................................................................................................2

Cognitivo e psicologia social................................................................................5

Crenças e representações mentais.....................................................................7

Crenças, responsabilidade e conduta.................................................................9

Psicologia comunitária.......................................................................................11

A Psicologia comunitária e a educação libertadora...........................................14

Saúde Coletiva e Saúde Mental........................................................................15

Teoria das representações sociais....................................................................17

Referências bibliográficas.................................................................................19

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PSICOLOGIA SOCIAL

Psicologia social é um ramo da psicologia que estuda como as pessoas


pensam, influenciam e se relacionam umas com as outras.

O que precisa ser esclarecido para entender a relação do “social” com a


psicologia, quer concebida como ciência da mente (psique) quer como ciência
do comportamento é como esse “social” pode ser pensado e compreendido
desde o caráter assistencialista ou gestão racional da indigência na idade
média até emergência das concepções democráticas ciências humanas no
século XX passando pela formulação das questões sociais em especial os
ideais de liberdade e igualdade no século das luzes e os direitos humanos.

A Psicologia Social - é a ciência que procura compreender os “como” e


“porquês” do comportamento social. A interação social, a interdependência
entre os indivíduos e o encontro social. Seu campo de ação é portanto o
comportamento analisado em todos os contextos do processo de influência
social. Uma pesquisa nos manuais de ensino e ementas das diversas
universidades nos remetem à:

- interação pessoa/pessoa;

- interação pessoa/grupo (os grupos sociais)

- interação grupo/grupo. (enfoques nacionais, regionais e locais)

Estuda as relações interpessoais:

- influências;

- conflitos; comportamento divergente

- autoridade, hierarquias, poder;

- o pai, a mãe e a família em distintos períodos históricos e culturas

- a violência doméstica, contra o idoso, o homem, a mulher e a criança

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Investiga os fatores psicológicos da vida social:

- sistemas motivacionais (instinto);

- estatuto (status) social;

- liderança;

- estereótipos (estigma);

- alienação;

- Identidade, valores éticos;

Teoria das representações sociais, a Produção de


Sentido, Hegemonia Dialética Exclusão /Inclusão Social.

Conceituando a psicologia da personalidade podemos dizer que é a parte da


psicologia que se dedica a descrever e explicar as particularidades humanas
duradouras, não patológicas e que influenciam o comportamento dentro de
uma determinada população.

Cada ser humano é único. Quando falamos de personalidade, observamos a


existência de um conjunto de fatores, são só do jeito da pessoa ser, mas de
uma série de definições de reação, característica e comportamento. Saiba mais
com a iEstudar!

A nossa personalidade é formada por infinitas situações, e uma delas é a


nossa estrutura familiar. É preciso que nos aceitemos como somos, entretanto,
hoje temos uma exigência da sociedade de seguir o modelo que ela nos impõe.
E nos aceitarmos do jeito que somos, perfeito ou com limitações, para que nos
entendamos, é o primeiro passo para o autoconhecimento. Temos de pensar
também na aceitação daquilo que são as nossas dificuldades.

Ele(a) é uma pessoa que cumpre o que diz? É alguém que se adapta fácil às
situações ou tem dificuldade de mudar? Como é o humor dessa pessoa? Quais
são suas atitudes nas relações interpesoais? O importante é percebê-la
socialmente.

Nós podemos sempre reagir ou tomar decisões com base na razão ou na


emoção. Estudos afirmam que existem quatro tipos de personalidades:

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Regular; Reservada; Exemplar; Egocêntrica. Especialistas apontam os cinco
traços básicos de personalidade: neuroticismo, extroversão, abertura a novas
experiências, simpatia e conscienciosidade.

Todos lidamos com diferentes identidades. A maioria das pessoas tem um forte
desejo de manter uma visão positiva de si mesmas. Todos nós temos
identidades diferentes com as quais nos "rotulamos". Mas, quais são as reais
características da personalidade desta pessoa? Impulsiona o comportamento
ético ou está meramente ligado à moralidade? Além disso, as organizações
devem estar atentas também por outras razões.

No trabalho, sentir-se à vontade para trazer as identidades familiares para o


ambiente poderá ajudar os profissionais a se tornarem mais moralistas. A
personalidade revela como o profissional realmente é. Nos identificamos com
um grupo ou com outras pessoas que têm características iguais ou
semelhantes às nossas. Abrange tanto as suas características físicas quanto
as mentais que o tornam diferente dos outros, único.

O uso científico do termo personalidade pela psicologia diferencial difere


daquele típico da psicologia do senso comum. Os paradigmas científicos para
o estudo da personalidade são: o paradigma psicoanalítico, o interacionista, o
comportamental, o evolucionista e o cognitivista.

Estude sobre a teoria dos traços da personalidade. A personalidade é o estudo


das variações e das diferenças individuais, onde o temperamento e o caráter
são considerados traços da mesma. A fisiologia do indivíduo ajuda a formar
sua personalidade. A personalidade é formada através de um processo muito
mais amplo do que apenas a composição química de um sujeito. Ele sofre
influência do caráter e do temperamento.

A psicologia social surgiu para estabelecer uma ponte entre a psicologia e a


sociologia. O seu objeto de estudo é o comportamento dos indivíduos quando
estão em interação.

A interação social, a interdependência entre os indivíduos e o encontro social


são os objetos investigados por essa área da psicologia. Assim, vamos falar
dos principais conceitos da psicologia social a partir do ponto de vista do
encontro social: a percepção social, a comunicação, as atitudes, as mudanças
de atitudes, o processo de socialização, os grupos sociais e os papéis sociais.

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COGNITIVO E PSICOLOGIA SOCIAL

A psicologia cognitiva estuda a cognição, os processos mentais que estão por


detrás do comportamento. É uma das disciplinas da ciência cognitiva. Esta
área de investigação cobre diversos domínios, examinando questões sobre:

 a memória,
 atenção,
 percepção,
 representação de conhecimento,
 raciocínio,
 criatividade e
 resolução de problemas.

Pode-se definir cognição como a capacidade para armazenar, transformar e


aplicar o conhecimento, sendo um amplo leque de processos mentais.

A psicologia social brasileira, segundo Hiran Pinel (2005), foi marcada por dois
psicólogos bastante antagônicos: Aroldo Rodrigues (empirismo e que adotou
uma abordagem mais de experimental-cognitiva, por exemplo, de propagandas
etc.) e, Silvia Lane (marxista e sócio-histórica). Lane fez seguidores famosos e
muito estudados na atualidade: Ana Bock e outros (mais ligados a Vigotski),
como Bader Sawaia (que descreve minuciosamente as artimanhas da exclusão
e o quanto é falso e hipócrita a inclusão, encarada como "maquiagem" que cala
a voz do oprimido); Wanderley Codo (que estuda grupos minoritários,
sofrimentos e as questões de saúde dos professores e professoras); Maria
Elizabeth Barros de Barros e Alex Sandro C. Sant'Ana (que se associam as
idéias de Foucault, Deleuze, Guattari entre outros); Carlos Eduardo Ferraço
(que se associa com Boaventura Santos e Michel de Certeau); Hiran Pinel (que
resgata tanto o existencialismo quanto o marxismo de Paulo Freire) etc.

Com uma posição mais crítica em relação à realidade social e à contribuição da


ciência para a transformação da sociedade, vem sendo desenvolvida uma nova
psicologia social, buscando a superação das limitações apontadas
anteriormente.
A psicologia social mantém-se aqui como uma área de conhecimento da
psicologia, que procura aprofundar o conhecimento da natureza social do
fenômeno psíquico.

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A percepção refere-se às funções que permitem captar os estímulos
do ambiente, para posterior processamento de informação.

Os órgãos dos sentidos são responsáveis pela captação das informações do


ambiente, que podem ser de
natureza visual, olfativa, tátil, gustativa, auditiva e cinestésica (equilíbrio e
movimento do corpo). O processamento cerebral depende bastante das
informações fornecidas pelas estruturas sensoriais, sendo estas a base de
nossa compreensão do mundo.

Existe uma grande quantidade de pesquisas sobre os processos perceptivos


na psicologia cognitiva que são utilizadas para compreender o comportamento.
Um exemplo disso são os estudos sobre as ilusões, especialmente as ilusões
de óptica.

A atenção também é tópico de estudo relacionado ao processo cognitivo,


embora vários autores a considerem função derivada da consciência. Através
da atenção é possível que a mente selecione os estímulos recebidos, dando
prioridade a uns enquanto outros são minimizados ou mesmo excluídos do
processamento. Exemplos de estudos sobre a atenção incluem alguns
controversos, como os de estímulos subliminares. Portanto, embora a atenção
possa ser estudada no tópico da percepção, ela seria considerada um nível
inicial de processamento dos estímulos.

Da mesma forma, o reconhecimento de padrões depende de um nível básico


de processamento de informação. Os vários estímulos sensoriais recebidos do
ambiente são organizados de maneira ativa por vários sistemas perceptivos do
cérebro, de maneira a constituir um "padrão que faça sentido". Assim, muitas
vezes aquilo que chamamos de percepção não é o que os órgãos sensoriais
identificaram inicialmente, mas é uma organização, um arranjo que passa a
fazer um sentido para o cérebro.

A subjetividade humana, isto é, esse mundo interno que possuímos e suas


expressões, são construídas nas relações sociais, ou seja, surge do contato
entre os homens e dos homens com a Natureza.

O homem como ser social, como um ser de relações sociais, está em


permanente movimento.

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CRENÇAS E REPRESENTAÇÕES MENTAIS

O pensamento é a capacidade de compreender, formar e organizar conceitos,


representando-os na mente. Diz respeito à habilidade em manipular conceitos
mentalmente, estabelecendo relações entre eles ligando-os e confrontando-os
com elementos oriundos de outras funções mentais (percepção, memória,
linguagem, afeto, atenção, etc.) e criando outras representações (novos
pensamentos).

Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, o pensamento não é uma


habilidade cognitiva exclusiva da espécie humana. Pode-se dizer que os
animais, como um todo (exceção feita aos que não possuem sistema nervoso
como as esponjas e, talvez, dos cnidários), possuem algum tipo de
estruturação de pensamento (compreendido no sentido lato, ou seja, a
capacidade de processar informação através de um sistema nervoso
organizado), mas obviamente sem ter o nível de complexidade alcançado pelos
seres humanos.

O pensamento está geralmente associado com a resolução de problemas,


tomadas de decisões e julgamentos.

 Lógica e raciocínio formal ou natural


 Formação de conceitos
 Resolução de problemas
 Julgamento e tomada de decisão

A pandemia do novo coronavírus chegou como um turbilhão na vida de todos e


com maior intensidade para nós, profissionais de saúde.

À medida que os casos da doença aumentavam, exigindo atendimento mais


intenso aos pacientes, passamos a lidar com queixas gerais sobre o cansaço
físico e a insegurança frente à assustadora quantidade.

O suporte psicológico foi fundamental para identificarmos as emoções em meio


a tanto estresse. O que aparecia genericamente como ansiedade foi se
desdobrando em diversos outros sentimentos como incômodo.

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A memória é a capacidade de registrar, armazenar e evocar as informações
recebidas e processadas pelo organismo. Ela é provavelmente uma das
funções mentais mais estudadas pela psicologia cognitiva, juntamente com a
linguagem e a inteligência. Talvez isso se deva ao fato de que é relativamente
simples solicitar a memorização e recordação de informações através das
experiências. Contudo, existe um número expressivo de modelos de memória,
categorizando-as de várias formas.

Resumidamente, a memória pode ser dividida em três processos:

Codificação: processo de entrada e registro inicial da informação. A codificação


diz respeito à capacidade que o aparato cognitivo possui de captar a
informação e mantê-la ativa por tempo suficiente para que ocorra o processo
de armazenamento, segunda etapa da memória.

Armazenamento: capacidade de manter a informação pelo tempo necessário


para que, posteriormente, ela possa ser recuperada e utilizada.

Evocação ou reprodução: capacidade de recuperar a informação registrada e


armazenada, para posterior utilização por outros processos cognitivos
(pensamento, linguagem, afeto, etc.).

Abaixo estão algumas das possibilidades de classificação da memória:

 Memória de curto prazo e memória de longo prazo


 Memória autobiográfica
 Memória episódica
 Memória sensorial

A perda ou dificuldade de armazenar e/ou recuperar a informação é chamada


de amnésia. É uma situação clínica relativamente comum em casos de lesão
cerebral, seja por patologias ou por traumas de diversas espécies.

Um modelo mental é um mecanismo do pensamento mediante o qual um ser


humano, ou outro animal, tenta explicar como funciona o mundo real. É um tipo
de símbolo interno ou representação da realidade externa, hipotética, que tem
um papel importante na cognição. A ideia pensa-se ter sido originada
por Kenneth Craik no seu livro publicado em 1943 intitulado The Nature of
Explanation. Antes de Craik, Georges-Henri Luquet tinha desenvolvido esta
ideia no seu livro Le dessin enfantin. Nessa obra, argumentava que as crianças
constroem de forma óbvia modelos internos, uma visão que influenciou, entre
outros, Jean Piaget.

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CRENÇAS, RESPONSABILIDADE E CONDUTA

Mas o que é e como surgem as crenças? Enquanto condição primária a crença


origina-se, fundamentalmente, na atividade mental do sujeito. Mas ao
analisarmos como surgem as crenças constatamos que além do processo
cognitivo, outros métodos, tais como: experimentação, aspectos sociais, morais
e culturais despontam em sua estruturação. Isto é, enquanto atividade mental,
por exemplo, o sujeito que aprendeu matemática e geometria não precisa
realizar a medição para saber que em 1m existem 100 cm e que em 1 km
existem 1000m; que um quadrado possui quatro lados e um triângulo possui
180°. Da mesma forma, o sujeito que possui um conhecimento prévio, não
precisa tomar veneno para saber que sua função produz algum tipo de
enfermidade e que pode levá-lo a óbito ou que a natureza do fogo é constituída
pela rápida oxidação de um material combustível liberando calor, luz e que sua
propagação depende de oxigênio, pois esses conhecimentos, em determinado
momento já foram experimentados e apoiam-se em certas evidências
existentes.

Outro apontamento seria um quilombola doente que ao invés de buscar auxílio


médico no centro de saúde para tratar sua enfermidade, procura a ajuda de um
raizeiro ou do ancião de sua comunidade, pois acredita nos ensinamentos
transmitidos por seus ancestrais e não nos avanços da medicina. Ou ainda, um
adulto que desde sua infância induzido por seus pais, ou por determinação
institucional como as escolas confessionais, ou até por identificação pessoal
praticou os ensinamentos cristãos e toma para si a doutrina como verdadeira,
ainda que esta não possua, segundo apontam os evidencialistas como Clifford,
embasamento científico que possam justificar a existência de um Deus uno e
trino e seus mandamentos, mas dogmas que são aceitos e vivenciados pelo
sujeito.

Evidencia-se ser mais uma questão de aceitação do que justificação. O que


entra em contraposição a Clifford ao interpretar que somente o valor
instrumental da crença enquanto passível de verificação é moralmente
importante. Grosso modo, normas epistêmicas e normas práticas não
coincidem. E neste contexto, as experiências humanas possuem tanto poder
quanto as normas epistêmicas.

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Trazendo o pensamento de Clifford para a atualidade, num primeiro momento,
evidenciamos um misto de crenças, opiniões e ideias pluralistas que
corroboram com o seu posicionamento demasiado ao admitir que a crença sem
base evidencial acarrete em efeitos instrumentalmente ruins. Mas, ao
aprofundarmo-nos em seu pensamento, percebemos que a matriz de sua
crítica descreve que a crença sem fundamentação, ou melhor, uma crença
formulada de forma negligente contribui, principalmente, para o rebaixamento e
a manipulação do sujeito, podendo vir a ter como efeito resultados equivocados
e enganosos para a sociedade. Trata-se de uma questão de subjetivação do
ser humano, em outras palavras, ao quê e o porquê o sujeito se sujeita a
determinada crença.

As diretrizes e estratégias de atuação na área de assistência à saúde mental


no Brasil envolvem o Governo Federal, Estados e Municípios. Os principais
atendimentos em saúde mental são realizados nos Centros de Atenção
Psicossocial (CAPS) que existem no país, onde o usuário recebe atendimento
próximo da família com assistência multiprofissional e cuidado terapêutico
conforme o quadro de saúde de cada paciente. Nesses locais também há
possibilidade de acolhimento noturno e/ou cuidado contínuo em situações de
maior complexidade.

Praticar hábitos saudáveis e adotar um estilo de vida de qualidade, ajudam a


manter a saúde mental em dia.

 Jamais se isole
 Consulte o médico regularmente
 Faça o tratamento terapêutico adequado
 Mantenha o físico e o intelectual ativos
 Pratique atividades físicas
 Tenha alimentação saudável
 Reforce os laços familiares e de amizades

A saúde mental (ou sanidade mental) é um termo usado para descrever um


nível de qualidade de vida cognitiva ou emocional ou a ausência de
uma doença mental. Na perspectiva da psicologia positiva ou do holismo, a
saúde mental pode incluir a capacidade de um indivíduo de apreciar a vida e
procurar um equilíbrio entre as atividades e os esforços para atingir
a resiliência psicológica.

Os pontos de apoio voltado para o atendimento infantil em saúde mental são:


CAPS I; CAPS II; CAPS III; CAPS AD; CAPS AD III; CAPS i.

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PSICOLOGIA COMUNITÁRIA

A lei 10.216, de 06 de abril de 2001, redireciona e regulamenta o atendimento


em saúde mental. O artigo 1º estabelece que os Centros de Atenção
Psicossocial (CAPS) poderão se constituir nas modalidades: CAPS I, CAPS II e
CAPS III, definidas nessa ordem pela abrangência populacional e
complexidade, o atendimento pode ser não intensivo, semi-intensivo e intensivo
respectivamente (BRASIL, 2011).

O artigo 3º dessa mesma lei responsabiliza o Estado no planejamento e


desenvolvimento de políticas de saúde mental, assim como a assistência e
promoção a pessoas com transtornos mentais. Sendo assim, no artigo 4º fica
afirma que o internamento hospitalar não será priorizado, sendo indicado
apenas em situações extremas, onde o atendimento prestado se mostre
ineficaz (BRASIL, 2011).

Em 2018, foi elaborado um relatório sobre a situação nacional dos hospitais


psiquiátricos brasileiros, depois de inspeções realizadas em dezembro daquele
ano em quarenta hospitais de dezessete estados. Foi uma ação organizada por
vários órgãos, incluindo o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e o
Conselho Federal de Psicologia (CFP). Os objetivos foram verificar e analisar
as condições de privação de liberdade dos internos, violação de direitos,
qualidade assistencial e infraestrutura. Analisou ainda as condições de trabalho
das equipes de saúde, a utilização de medidas disciplinares, como práticas de
castigo, espaços de confinamento, realização de revista íntima, uso de
medicação excessiva e aplicação de contenção mecânica. Por fim, verificou o
tratamento dado a crianças e adolescentes, mulheres, negros, idosos e
LGBTIs. O relatório foi lançado no dia 2 de dezembro de 2019 em Brasília.

A Psicologia Comunitária é uma aplicação da psicologia social para resolução


dos problemas sociais nas comunidades. Constitui-se como disciplina recente
na história da psicologia. Sua origem remonta, por um lado à psiquiatria social
e preventiva, à dinâmica e psicoterapia de grupos, práticas "psi" que
conceituavam uma origem social a seus objetos de estudo. São comuns os
termos: “Psicologia na Continuidade ” (Bender, 1978); “Psicologia do
Desenvolvimento Comunitário” (Escovar, 1979); “Saúde Mental Comunitária”
(Berenger, 1982); “Psicologia Comunitária/na Comunidade” (Bonfim, 1992); etc.

A Psicologia Comunitária se caracteriza por trabalhar com sujeitos sociais em


condições ambientais específicas, atento às suas respectivas psiques ou
individualidades. Seus objetivos se referem a melhoria das relações entre os

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sujeitos e entre estes e a natureza e instituições sociais ou o seu
empoderamento. Nesta perspectiva está todo o esforço para a mobilização das
comunidades na busca de melhores condições de vida”. O termo Psicologia
Comunitária inclui os estudos e práticas que vêm se realizando no Brasil a
exemplo do Movimento de Saúde Mental Comunitário e do Movimento de Ação
Comunitária na América Latina, e outras aplicações da psicologia social em
problemas relacionados a comunidade.

Fundamental para compreensão da Psicologia Comunitária é o conceito de


comunidade, seu objeto material e campo de atuação. O termo Comunidade,
utilizado hoje em dia na Psicologia Social, é bastante elástico e capaz de incluir
em seu escopo desde um pequeno grupo social, um bairro, uma vila, uma
escola, um hospital, um sindicato, uma associação de moradores, uma
organização não - governamental, até abarcar os indivíduos que interagem
numa cidade inteira.

O modelo biomédico,tanto como o modelo “biopsicossocial” compartilham dos


pressupostos do grande paradigma da atualidade de “cientificidade”. O
conceito distorcido de saúde e o caráter impositivo e normatizador da visão
cientifica têm resultado numa progressiva medicalização da vida cotidiana.
Embora os denominados comportamentos ou ambientes de risco sejam uma
realidade, em conseqüência dessa visão prepotente dos profissionais de serem
“donos da verdade”, o método intervencionista tem sido geralmente a o
diferencial no que os “técnicos científicos” acreditam ser “práticas saudáveis”.
Realmente, o modelo se apresenta de forma totalmente funcional às
necessidades do sistema sócio-econômico atual. Isso acontece não apenas no
que se refere aos interesses econômicos que vêem no modelo uma das
melhores fontes de lucro no mercado de consumo de medicamentos (Barros,
1995 apud:...; Velásquez, 1986 apud:...), mas também no campo das idéias, já
que este reforça a visão individual e parcelada dos fatos sociais. É assim que,
decorrente desse acentuado individualismo e antropocentrismo do sistema,
condiciona-se uma visão fora do contexto dos comportamentos humanos,
focalizando a responsabilidade das doenças e sofrimentos nos indivíduos, tanto
em seus estilos de vida considerados como inadequados quanto nos
denominados aspectos “mórbidos” da personalidade.

O pensamento individual vai também dificultar substancialmente as


possibilidades de trabalho em equipe, ficando a relevância do trabalho
interdisciplinar na saúde,normalmente restrita ao discurso ou ao papel. Em
resumo, médicos, enfermeiras, assistentes sociais, psicólogos, fisioterapeutas,
nutricionistas deveriam ter oportunidade de compartilhar, desde os primórdios
acadêmicos, "um espaço permanente de encontro baseado numa concepção

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sistêmica ecológica" da vida humana. Este espaço teria como objetivo a
geração de uma nova estrutura comum para lidar com o processo saúde-
doença numa perspectiva interdisciplinar.

A rede de atenção integral para esse público, deve garantir a acessibilidade e a


priorização de casos mais graves, com a perspectiva multiprofissional (BRASIL,
2001). Esse ponto de atenção deve se responsabilizar pelo atendimento
máximo de 30 usuários por dia, podendo ser em regime intensivo, semi-
intensivo e não intensivo (COUTO; DUARTE; DELGADO, 2008).

Define-se como atendimento intensivo quando o usuário em decorrência do


caso clinica, está necessitando de atendimento diário, ou seja, quando a
pessoa se encontra em situação de crise ou com grande dificuldade no
convívio social e/ou familiar, precisando de atenção contínua. No atendimento
semi-intensivo, o usuário precisa de atendimento freqüente, para que a equipe
auxilie na sua estruturação e no desenvolvimento da autonomia, podendo ser
atendido até 12 dias no mês. Nesse caso, o sofrimento psíquico da pessoa
está diminuído e suas relações sociais estão melhores. O atendimento não
intensivo é voltado para pessoas que não estão precisando de suporte
contínuo, decorrente do seu caso clínico atual, nesse caso, o usuário pode ser
atendido até três dias no mês. Todos esses tipos de atendimento podem
acontecer na casa do usuário (BRASIL, 2004a, p. 135) e (BRASIL, 2004b, p.
16).

Um ponto importante é que se deve manter referência e contra-referência


efetivas nas redes de saúde, para que haja atenção integral e articulada entre
os pontos da rede, o que favorecerá uma melhora no quadro clínico. (BRASIL,
2004b).

A psicologia comunitária da década de 80 que tem como marco o I Seminário


Internacional de Psicología en la Comunidad realizado em Havana, 1981 e a
análise das transformações do tratamento psicológico e psiquiátrico advindos
das revoluções socialistas em especial os serviços de saúde mental cubanos.
No Encontro Mineiro de Psicologia Comunitária de 1988, descrito por
Lane houve uma ênfase dada às técnicas de dinâmica de grupo e
conhecimento da realidade para auto-reflexão e ação conjunta organizada
exemplificando com o trabalho realizado por Elizabeth Bomfim e Marília N. da
Mata na favela de Vila Acaba Mundo em Belo Horizonte (MG) onde sintetizou o
trabalho de seu grupo com a afirmação da existência de uma relação estreita
entre saúde e condições de vida, cabendo ao psicólogo atuar no sentido de
que as condições de vida e modo de vida precisam ser dominados para que
haja autonomia de sujeito para exercer sua saúde.

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A PSICOLOGIA COMUNITÁRIA E A EDUCAÇÃO LIBERTADORA

A principal diferença entre a psicologia social e comunitária vem da do uso


específico que assume o vocábulo comunidade contrapondo-se à sociedade
enquanto segmento específico por recorte territorial, identidade ou relação
entre seus membros.

A pedagogia libertadora, também denominada pedagogia da libertação, faz


parte dos postulados centrais de Paulo Freire, a qual é conhecida e pesquisada
em diversas universidades ao redor do mundo. Esta pedagogia propõe uma
educação crítica a serviço da transformação social.

Quando a gente fala em saúde mental, logo pensa em controle (ou


descontrole) emocional. Pode pensar, inclusive, que é algo que depende de
terapia ou qualquer outra intervenção psicológica e/ou psiquiátrica. Mas a
questão vai bem além disso.

A Organização Mundial da Saúde explica que ter boa saúde mental é “contar
com um estado de bem-estar que permite a você usar suas próprias
habilidades, recuperar-se do estresse, ser produtivo e contribuir com a
comunidade”.

Pode parecer um conselho óbvio, mas é fundamental escolher estar ao lado de


pessoas que nos amam, que fazem o bem, que se importam com a gente. O
suporte familiar e dos amigos é um fator de proteção contra o sofrimento.

Mantenha contato direto (e presencial – detalhe importante) com pessoas. A


interação social é um fator de proteção quando se fala em saúde mental.
Então, vale sair com os amigos, ir para a casa de familiares ou
procurar atividades em grupos com os mesmos interesses e gostos que você.

De acordo com o Instituto de Desenvolvimento Emocional e Aperfeiçoamento


Humano (Ideah), a aplicação da Programação Neurolinguística (PNL) também
pode ajudar a desenvolver (e manter) a saúde mental. Você pode fazer isso
com medidas simples: seja grato, pratique o autoelogio todos os dias, não
pense em problemas o tempo todo, aprenda a dizer não, fale dos seus
sentimentos com alguém em quem confia, seja gentil consigo mesmo, aceite as
mudanças, aprenda a interpretar as críticas, fique atento aos seus
pensamentos e, principalmente, aceite que ninguém é feliz o tempo todo.

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SAÚDE COLETIVA E SAÚDE MENTAL

No Brasil com gastos de 2,4% do orçamento do SUS em saúde mental e


prevalência de 3% de transtornos mentais severos e persistentes e 6% de
dependentes químicos tem havido sensível inversão do financiamento nos
últimos anos, privilegiando-se os equipamentos substitutivos em detrimento dos
hospitais psiquiátricos, como ilustra o fato de que em 1997 a rede composta
por 176 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) recebia 6% dos recursos
destinados pelo SUS à saúde mental, enquanto a rede hospitalar, com 71 mil
leitos, recebia os outros 94%. Em 2004, os 516 CAPS existentes receberam
20% dos recursos citados contra 80% destinados aos 55 mil leitos psiquiátricos
no Brasil.

A saúde coletiva em suas vertentes relacionadas à avaliação de serviços e


desenvolvimento de pessoal vem ampliando seu espaço na academia sem
correlativo aumento de sua utilização nos serviços de saúde mental que, por
sua vez, requerem uma necessária adaptação desse instrumental e não a
simples extrapolação de categorias já consagradas em outros âmbitos.

Saúde Pública na concepção mais tradicional, é a aplicação de conhecimentos


(médicos ou não), com o objetivo de organizar sistemas e serviços de saúde,
atuar em fatores condicionantes e determinantes do processo saúde-
doença controlando a incidência de doenças nas populações através de ações
de vigilância e intervenções governamentais. Por outro lado como destaca
Rosen a aplicação efetiva de tais princípios depende de elementos não-
médicos principalmente de fatores econômicos e sociais.

Segundo o brasileiro Jairnilsom Paim "A Saúde Coletiva, latino-americana foi


composta a partir da crítica à Medicina Preventiva, à Medicina Comunitária, à
Medicina da Família, desenvolveu-se a partir da Medicina Social do Século
XIX e pela saúde pública institucionalizada nos serviços de saúde e academia.
Envolve um conjunto de práticas técnicas, ideológicas, políticas e econômicas
desenvolvidas no âmbito acadêmico, nas organizações de saúde e em
instituições de pesquisa vinculadas a diferentes correntes de pensamento
resultantes de projetos de reforma em saúde."

Ainda de acordo com ele, ao longo da história da medicina cosmopolita, o


campo social da saúde tem sido atravessado por um conjunto de movimentos
ideológicos como a Polícia Médica; Higiene; Saúde Pública; Medicina Social;
Medicina Preventiva; Saúde Comunitária; Saúde Coletiva; Medicina Familiar

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entre outros. Tais movimentos constituem-se como lutas teórico-
paradigmáticas, políticas e ideológicas com repercussões enquanto campo do
saber e de práticas.

O objetivo da investigação e das práticas da Saúde Coletiva são as seguintes


dimensões:

 o estado de saúde da população ou condições de saúde de grupos


populacionais específicos e tendências gerais do ponto de vista
epidemiológico, demográfico, sócio-econômico e cultural;
 os serviços de saúde, enquanto instituições de diferentes níveis de
complexidade (do posto de saúde ao hospital especializado),
abrangendo o estudo do processo de trabalho em saúde, a formulação e
implementação de políticas de saúde, bem como a avaliação de planos,
programas e tecnologias utilizada na atenção à saúde;
 o saber sobre a saúde, incluindo investigações históricas, sociológicas,
antropológicas e epistemológicas sobre a produção de conhecimentos
nesse campo e sobre as relações entre o saber "científico" e as
concepções e práticas populares de saúde, influenciadas pelas
tradições, crenças e cultura de modo geral.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, saúde mental é um estado


de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades,
recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua
comunidade.

O maior desafio para as políticas de saúde mental no Brasil hoje é o


enfrentamento do uso do crack. Com a desospitalização promovida a partir dos
princípios da Reforma pisquiátrica e o consumo crescente da droga em todas
as esferas sociais, o SUS tem atuado de forma interdisciplinar, objetivando
construir uma estratégia eficaz de enfrentamento do problema, já considerado
uma epidemia por diversas instituições.

Sua principal bandeira está na mudança do modelo de tratamento: no lugar do


isolamento, o convívio com a família e a comunidade.

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TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS

Representações Sociais são o conjunto de conhecimentos, opiniões e imagens


que nos permitem evocar um dado acontecimento, pessoa ou objeto. Estas
representações são resultantes da interação social, pelo que são comuns a um
determinado grupo de indivíduos.

A Teoria das Representações Sociais, preconizada por Moscovici, está


principalmente relacionada ao estudo das simbologias sociais, tanto no nível de
macro como de microanálise - i.e., com o estudo das trocas simbólicas
infinitamente desenvolvidas em nossos ambientes sociais e nas nossas
relações interpessoais -, e de como esses símbolos influenciam a construção
do conhecimento compartilhado, da cultura. Isto nos leva a situar Moscovici
entre os chamados interacionistas simbólicos, tais como Peter Berger, George
Mead e Erving Goffman.

As representações sociais possuem funções e aplicabilidades (ABRIC,


1994) nos grupos sociais. São elas: a do saber ou cognitiva, a identitária, a
orientadora e a justificadora.

A função do saber permite aos grupos compreender e explicar a realidade que


os cerca. Essa função possibilita aos grupos reconfigurar um determinado
fenômeno social para o senso comum, tornando-o uma realidade
compreensível para o grupo.

A função identitária situa os grupos sociais dentre de sua cultura e de suas


características específicas, além de proteger seus significados identitários.

A função de orientação orienta as práticas sociais, comportamentos e condutas


no grupo social.

A função justificadora permite que os atores sociais expliquem e justifiquem


suas posturas e condutas nos diversos espaços sociais.

A teoria das representações sociais evolui ao longo do tempo em três


abordagens de pesquisa. A primeira delas, chamada de modelo sociogênico ou
processual, desenvolvida pelo precursor da teoria, explica como ocorrem
processualmente os mecanismos de objetivação e ancoragem.

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Referências Bibliográficas

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Giulia Saguini, enfermeira, e Márcia Paoliello, psicóloga.O que aprendemos


com as nossas emoções na pandemia do coronavírus?

Disponível em:

Leia mais em: https://saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/o-que-


aprendemos-com-as-nossas-emocoes-na-pandemia-do-coronavirus/

Wikipédia, a enciclopédia livre.Modelo mental.

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Silva de Oliveira.A ética da crença em tempos de pós-verdade.

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avaliação da rede de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) do Sistema
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https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
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