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CIÊNCIAS
Cognição social
Discente:
Artimiza Américo Macamo
Docente:
Célia Cuamba
Contextualização...............................................................................................3
Conclusão..........................................................................................................7
Referências bibliográficas.................................................................................8
Introduçã o
A cognição social representa um componente fundamental na forma como os
seres humanos interagem e se relacionam em sociedade. Refere-se à capacidade
intrínseca de perceber, interpretar e responder aos estímulos sociais presentes em nosso
ambiente, desempenhando um papel crítico na formação e manutenção de relações
interpessoais, bem como no entendimento das complexidades das interacções humanas.
Por meio de uma análise crítica das teorias e experimentos mais relevantes no
campo da cognição social, este trabalho busca fornecer uma visão abrangente e
actualizada deste fascinante domínio da psicologia e das ciências cognitivas. Ao fazer
isso, esperamos enriquecer o entendimento sobre como os processos cognitivos moldam
nossa interacção no mundo social e, por extensão, influenciam aspectos essenciais de
nossas vidas quotidianas.
Contextualização
A cognição social refere-se aos diferentes processos psicológicos que
influenciam como as pessoas processam, interpretam e respondem aos sinais sociais.
Esses processos permitem que as pessoas entendam o comportamento social e
respondam de maneira apropriada e benéfica.
A cognição social é um sub tópico da psicologia social que se concentra em
como as pessoas processam, armazenam e aplicam informações sobre outras pessoas e
situações sociais. Ele se concentra no papel que os processos cognitivos desempenham
em nossas interacções sociais. A maneira como pensamos sobre os outros desempenha
um papel importante em como pensamos, sentimos e interagimos com o mundo ao
nosso redor.
A cognição social abrange uma série de processos. Alguns factores comuns que
muitos especialistas identificaram como importantes incluem:
Os processos envolvidos na percepção de outras pessoas e como aprendemos
sobre as pessoas no mundo ao nosso redor;
O estudo dos processos mentais envolvidos em perceber, lembrar, pensar e
atender outras pessoas em nosso mundo social;
As razões pelas quais prestamos atenção a certas informações sobre o mundo
social, como elas são armazenadas na memória e como são usadas para interagir
com outras pessoas.
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As crianças tornam-se mais hábeis em entender como os outros se sentem,
aprendendo como responder em situações sociais, envolvendo-se em comportamentos
pró sociais e assumindo a perspectiva dos outros.
Embora muitas teorias diferentes analisem como a cognição social se
desenvolve, uma das mais populares se concentra no trabalho do psicólogo Jean Piaget.
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Diferenças culturais na cognição social
Os psicólogos sociais também descobriram que muitas vezes existem diferenças
culturais importantes na cognição social. Ao olhar para uma situação social, quaisquer
duas pessoas podem ter interpretações totalmente diferentes. Cada pessoa traz um
histórico único de experiências, conhecimentos, influências sociais, sentimentos e
variações culturais.
As influências culturais colectivas também podem afectar a maneira como as
pessoas interpretam as situações sociais. O mesmo comportamento social em um
ambiente cultural pode ter significado e interpretação muito diferentes se ocorrer ou for
observado em outra cultura.
À medida que as pessoas interpretam o comportamento, extraem significado da
interacção e, em seguida, agem com base em suas crenças sobre a situação, elas
reforçam e reproduzem ainda mais as normas culturais que influenciam suas cognições
sociais.
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Colocar-se na perspectiva dos demais
Um dos modelos mais úteis sobre a cognição social é o de Robert
Selman. Selman antecipou uma teoria sobre a habilidade para se situar na
perspectiva social dos demais.
Para esse autor, assumir a perspectiva social dos outros é a capacidade que nos
dá o poder para compreendermos a nós mesmos e aos demais como sujeitos,
permitindo-nos reagir diante da própria conduta do ponto de vista dos outros. Selman
(1977) propõe cinco etapas de desenvolvimento para esta perspectiva social:
Etapa 0: etapa egocêntrica indiferenciada (de 3 a 6 anos). Até
aproximadamente os 6 anos as crianças não conseguem fazer uma distinção
clara entre sua própria interpretação de uma situação social e o ponto de vista do
outro. Também não conseguem compreender que sua própria concepção pode
não ser correcta.
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Conclusão
Ao longo desta exploração da cognição social, mergulhamos em um universo
complexo e fascinante que permeia todas as facetas das interacções humanas. Ficou
claro que a capacidade de compreender e responder aos estímulos sociais é essencial
para a nossa adaptação e sucesso no mundo social.
Através da análise da teoria da mente, pudemos apreciar a habilidade única de
inferir os pensamentos e intenções de outras pessoas, um elemento central na formação
de relações empáticas e na resolução de conflitos. A empatia, por sua vez, emergiu
como um componente crucial na construção de pontes entre indivíduos, permitindo-nos
conectar emocionalmente com os outros e entender suas experiências.
Em última análise, a cognição social é um reflexo da riqueza e complexidade da
experiência humana. Ao desvendar seus mistérios, ampliamos nossa compreensão da
natureza humana e adquirimos as ferramentas necessárias para cultivar relações mais
significativas e uma sociedade mais compassiva e empática.
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Referências bibliográficas
Adolphs, R (1999). Social cognition and the human brain. Trends in
Cognitive Sciences 3: 469-79.
Fiske, S. T. y Taylor S. E. (1991). Social Cognition. McGraw-Hill, Inc.
Lewin, K. (1997). Resolving social conflicts: Field theory in social science.
Washington, DC: American Psychological Association.
Merton, R. K. (1948). The self fulfilling prophecy. Antioch Review, 8, 195-
206.