O problema dos nenúfares.

O que é a Cognição?

• É o processo de adquirir e analisar informações sobre o

mundo através das sensações e percepções.

• O pensamento envolve ações mentais sobre a

informação que sentimos, percebemos, aprendemos e
armazenamos.

• Envolvida do processo de comunicação e solução de

problemas.
 Gestaltismo
• A Gestalt e o behaviorismo surgem praticamente na mesma época
como uma reação ao estruturalismo. No entanto, são
completamente diferentes.
• A Gestalt foi criada pelos psicólogos alemães Max Wertheimer
(1880-1943), Wolfgang Köhler (1887-1967) e Kurt Koffka (1886-
1940).
 Movimento Cognitivo

• Surgimento na década de 50.

• Confronto com a corrente behaviorista vigente durante décadas.
• Alguns “behavioristas” já trabalhavam com questões cognitivas e
perceptuais.
• Papel importante da Gestalt e do humanismo.
• George Miller (1920-2012): Behaviorista por “obrigação”. Modelo de
processos psicológicos baseados no computador. Trabalhos centrados na
capacidade de processamento da informação. Criação do centro de
estudos cognitivos.
• Visão da parte cognitiva como um acréscimo.
• “Ao usarmos a palavra “cognição” estávamos a colocar-nos à parte do
behaviorismo. Desejávamos algo relacionado a mental, no entanto,
psicologia mental parecia extremamente redundante. “Psicologia do
senso comum” podia dar a entender alguma espécie de investigação
antropológica, e “psicologia do povo”, a psicologia social de Wundt. Que
palavra usar para rotular esse conjunto de conceitos? Optamos por
cognição.”
(George Miller, 1986)

Presidente da APA, 1969

Metáfora do Computador
 Movimento Cognitivo

• Surgimento de estudos focados em temas como o pensamento, a

memória, a percepção, a formação do conceito e a psicologia do
desenvolvimento.

• Ulric Neisser (1928-2012):

Estudos iniciais em física e posteriormente em psicologia, behaviorista por
“obrigação”.
Aluno de Miller.
Livro publicado sobre psicologia cognitiva - “pai” da psicologia cognitiva.
Anos mais tarde tornou-se grande crítico de alguns aspetos da psicologia
cognitiva.
Cognitivista?
 Jean Piaget

• 1896-1980
• Suíço
• Importante investigador do desenvolvimento humano.
• Impulsionador da Teoria Cognitiva
• Esquemas: Estrutura cognitiva que organiza a informação recolhida ao longo
da vida influenciando a maneira como pensamos e agimos.

• Esquemas recém nascido: voz-rosto

• Esquemas tornam-se mais complexo ao longo da vida.
• Acontecimentos podem ativar esquemas antigos (encontro).
 Teoria Cognitiva da Personalidade

• Scripts de situações: “Esta situação é do tipo X”

Reações emocionais Scripts

Sociais
Comportamentos

Categorização: Tendência a organizar a experiência (e os

esquemas) em diferentes contextos (emoções/faces, sala
de aula, estereótipos).
Preenchimento – busca de características que validam
estereótipos). Observamos mais facilmente categorias que se encaixam nos
estereótipos. Ausência de capacidade de categorizar gera ansiedade (homem/mulher).
 PIAGET
Fases do desenvolvimento cognitivo, segundo Piaget
Idade Período Características
0 – 2 Sensório- Desenvolvimento da consciência do próprio corpo, diferenciado
anos motor do restante do mundo físico. Desenvolvimento da inteligência
em três estágios: reflexos de fundo hereditário, organização das
percepções e hábitos e inteligência prática.
2 – 7 Pré-operatório Desenvolvimento da linguagem, com três conseqüências para a
anos vida mental: a) socialização da ação, com trocas entres os
indivíduos; b) desenvolvimento do pensamento; c) finalismo
(porquês) e c) desenvolvimento da intuição.
7 – 12 Das operações Desenvolvimento do pensamento lógico sobre coisas concretas;
anos concretas compreensão das relações entre coisas e capacidade para
classificar objetos; superação do egocentrismo da linguagem;
aparecimento das noções de conservação de substância, peso e
volume.
12 anos Das operações Desenvolvimento da capacidade para construir sistemas e
em formais teorias abstratos, para formar e entender conceitos de amor,
diante justiça democracia, etc., do pensamento concreto, sobre coisas,
para o pensamento abstrato, hipotético-dedutivo, isto é, o
indivíduo se torna capaz de chegar a conclusões a partir de
hipóteses.
 Lev Vygotsky

• Russo.

• Teoria Sociocultural.

• Focado em como a cultura (crenças, valores,

tradições) são passadas de geração em geração.

• Não concordava com as explicações de estágios de Piaget pois afirmava

que desenvolvimento se dava através das relações sociais específicas de
cada cultura.

• Processo contínuo e não em estágios.

 O que é a Psicologia Cognitiva?

• É o estudo científico dos processos cognitivos e investiga

a forma:
• –Como o sujeito seleciona e analisa a informação do
meio;
• –Como é que a informação selecionada é armazenada
pelo cérebro, dada a complexidade deste;
• –Como é que o conhecimento armazenado é utilizado
para resolver problemas, para pensar e/ou expressar em
termos de linguagem e/ou comunicação.
 Cognição Inconsciente (não-consciente)

• Grande parte do pensamento e do processamento de informações

ocorre no inconsciente.

• Ideias cujas origens desconhecemos e se formaram sem o indivíduo

dar conta (ex: preconceitos).

• Muita da parte da aprendizagem ocorre a este nível.

• Informações que não são importante num determinado momento.

Cognição e Personalidade
•Porque uma pessoas são otimistas e outras
pessimistas?

•Porque existem pessoa altruístas e egoístas?

•Porque algumas pessoas desistem facilmente e

outras são lutadoras?
•“Personalidade” segundo o Behaviorismo.

•Condicionamentos passados e biologia são

suficientes para explicar a personalidade e o
comportamento atual?

•É a cognição que dá valor e significado ao reforço

e à punição?

•Quando mudamos a perceção dos fatos, o

comportamento também muda?
Teoria Cognitiva da Personalidade

•Interesse pelas diferentes formas de

processamento de informação
(interpretação).
 Outras teorias relevantes

• Teoria de campo de Kurt Lewin (relação com meio ambiente,

contexto, espaço religioso, familiar e profissional).

• Dependência de campo (roupa) - mulheres.

• Grandes cidades?
Introdução à TCC
 A. Beck
• 1921-
• Norte Americano
• Pai de Judith Beck
• Investigação no ramo da psiquiatria.
• Importante investigador e terapeuta cognitivo.
 Aaron Beck

• Principal figura na génese do movimento cognitivista da psicoterapia

(depressão).

• Formação inicial em medicina na Universidade de Yale, em 1956.

• Completou a sua formação em Psicanálise no Instituto de Psicanálise

de Filadélfia.

• Desilusão com resultados empíricos.

 Introdução à TCC

O modelo Cognitivo-Comportamental assenta na

teoria de que os comportamentos e as emoções das
pessoas têm por base a percepção dos acontecimentos
e a relação com o meio onde cresceram e onde vivem.
Como tal, o comportamento e as emoções estão
diretamente relacionadas com o modo com que
percepcionamos e interagimos com todas as situações,
pessoas e objetos que nos envolvem, assim como com
tudo que experienciamos ao longo da vida.
Abordagem Cognitivo-Comportamental

Pensamento Comportamento e
Situação (Interpretação) Sentimento
 Pensamentos Reflexivos Pensamentos Automáticos

• Lentos; • Rápidos;
• Surgem
• Profundos; espontaneamente de
acordo com as situações;
• Necessitam de esforço
mental; • Associados a raciocino
superficial;
• São alvo de análise
intelectual. • Frequentes erros de
lógica.
 Princípios Gerais

•Modelos cognitivistas: objetivos e

procedimentos claramente cognitivos
•“assumem que as desordens emocionais
são a consequência de pensamentos
desadaptados. Assim, o objetivo … é o de
estabelecer padrões de pensamentos
mais adaptados”
(Dobson& Block, citados por Gonçalves, 1993, p. 114)
 Modelo Cognitivo - Psicopatologia

Influencia
Pensamento
comportamento Distúrbios
Distorcido ou
e os psicológicos
disfuncional
sentimentos
 Tratamentos de Terapia Cognitivo-
Comportamental
• Fornecem as bases para uma prática apoiada empiricamente.
• Fornecem uma variedade protocolos de tratamento que são eficazes
para uma dada perturbação psicológica, de acordo com estudos
empíricos de eficácia terapêutica.
 Tratamentos de Terapia Cognitivo-
Comportamental
• Utilizar os manuais fidedignos para o treino da técnica;
• Os manuais ajudam, informam e guiam a intervenção, ao invés de a
prescrever;
• Os/As terapeutas intervêm de forma adequada, ética, competente e
responsável;
• Flexibilidade quanto à duração da intervenção;
• Entender os/as pacientes como multidimensionais, e não rotulados/as e
presos/as a uma dada característica;
• Entender os/as pacientes como seres idiossincráticos, são diferentes uns
dos outros, diferentes na forma como se vêm, como se comportam e
como percepcionam o mundo.
 Tratamentos de Terapia Cognitivo-
Comportamental

Aprender as intervenções para as perturbações

mais comuns
• Contudo, as intervenções requerem ajustes e
modificações devido à interação com os/as
pacientes e às variáveis do/a terapeuta. A duração
é imprevisível, e os resultados variam de acordo
com várias dimensões.
 Aplicações das Abordagens Cognitivas e
Comportamentais

Escolar Organizacional
Individual Grupo
Clínica Saúde

Judicial Hospitalar
Psicoterapia

Crianças Adolescentes

Terapia Terapia
Adultos Idosos conjugal Familiar
 Termos utilizados?

• Doente
• Normal
• Adaptativo
• Paciente
• Maluco
• Louco
• Cliente
• Perturbado
 Leitura Obrigatória
Schultz, D. P. & Schultz, S. E. (2009). História da Psicologia Moderna (9ª ed). São
Paulo: Cengage Learning. (pp. 428-444)

Friedman, H. S. & Schustack, M. W. (2004). Teorias da personalidade: da teoria

clássica à pesquisa moderna (2ªed). São Paulo: Prentice Hall. (226-261)

• Beck, J. S. (2013). Terapia Cognitivo-comportamental. Porto Alegre: Artmed.

Apresentação + prefácio + (pp. 21-26)
 Referências bibliográficas
Beck, A. T. (1979). Cognitive Therapy and the Emotional Disorders. New York: Meridian.
Beck, J. S. (2013). Terapia Cognitivo-comportamental: Teoria e Prática. Porto Alegre:
Artmed.
Blais, M. A. & Hilsenroth, M. J. (2007). Method centric Reasoning and the Empirically
Supported Treatment Debates. In S. G. Hofmann & J. Weinberger (Eds.).The art and
science of psychotherapy . (pp.31-48). New York: Routledge.
Persons,J. B. & Tompkins, M. A. (2007). Cognitive-Behavioral Case Formulation. In T. D.
Eells(Ed.). Handbook of psychotherapy case formulation. (pp.290-316). New York:
Guilford.
Eysenck, M., & Keane, M. (2000). Cognitive Psychology: a student’s Handbook.
Philadephia: Psychology Press.
Friedman, H. S. & Schustack, M. W. (2004). Teorias da personalidade: da teoria clássica
à pesquisa moderna (2ªed). São Paulo: Prentice Hall.
Gleitman, H. (1997). Psicologia (5ªEd). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Wright, J. H., Basco, M. R., & Thase, M. E. (2008). Aprendendo a Terapia Cognitivo-
Comportamental. Porto Alegre: Artmed.
Schultz, D. P. & Schultz, S. E. (2009). História da Psicologia Moderna (9ª ed). São Paulo:
Cengage Learning.