Você está na página 1de 18

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS -UEA

NÚCLEO DE ENSINO SUPERIOR DE BOCA DO ACRE


CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS

TEORIAS DA APRENDIZAGEM
PROFª MSC. GYANE KAROL SANTANA LEAL

2020
Teorias de Aprendizagem (Pacheco e Damasio, 2009)
Comportamentalismo/ Behaviorismo
• O comportamentalismo, em inglês "behaviorism", é uma teoria objetiva que estuda o
comportamento como fruto de necessidades e impulsos específicos.
• Vê o homem como um organismo governado por estímulos externos. Assim, a partir de um ponto
de vista molecular, propõe-se a análisar as leis que relacionam os estímulos às suas respostas e às
suas conseqüências.

• Pavlov, Skinner, Thorndike, Watson são nomes importantes ligados à teoria comportamentalista.
Comportamentalismo/ Behaviorismo
estabeleceu uma conexão entre
estímulos ambientais neutros e as
atividades fisiológicas.
Pavlov (Rússia-1849/1936)
Condicionamento clássico
leis de generalização, discriminação,
inibição e extinção
estudo do que o organismo faz e pode
Watson (USA 1878/1958)
ser observável (conduta)
Condicionamento operante
reforço positivo e negativo - fortalece a
Skinner (USA 1909/1990) resposta
castigo - debilita a resposta
modelagem de conduta
Thorndike (USA 1874/1949) Connexionismo, lei de efeito
Experimento: Pombos de Skinner Cão de Pavlov (1920)

Caixa problema do gato de Thorndike O 'Pequeno Albert' de Watson (1920)


Humanismo
• O que é a Psicologia Humanista?
• Diferente de outras abordagens da Psicologia, a psicologia humanista
considera as pessoas como um todo. Ela vê o indivíduo como um ser único
e não uma máquina que precisa ser programada. Trata-se de uma
abordagem que entende os indivíduos como seres pensantes, com razão e
emoção. A Psicologia Humanista entende que os indivíduos estão em
constante busca pela autorrealização.
• Este segmento da psicologia foca na maneira como o comportamento de
uma pessoa se relaciona com seus sentimentos íntimos e como eles afetam
sua imagem. Para isso, a Psicologia Humanista busca conhecer o indivíduo
de modo a humanizar o seu aparelho psíquico. Assim, ela segue o lado
oposto de abordagens que tem a visão do ser humano como um ser
condicionado pelo mundo externo.
Um pouco da história da Psicologia Humanista
• No final da década de 1950, Abraham Maslow, Carl Rogers e outros
psicólogos não acreditavam que o comportamento humano fosse
condicionado ou baseado na mente consciente e inconsciente. Para
eles, a psicologia precisava de uma abordagem mais humanista e que
considerasse a pessoa como um todo — o que inclui sua saúde,
criatividade e individualidade.
• Os estudos que deram origem a Psicologia Humanista tem origem
nos questionamentos de Rogers e Maslow às teorias behavioristas (EUA 1908/1970)
(ou comportamentais), que para os humanistas foram entendidas
como formas de desumanizar o aparelho psíquico.
• Vale destacar que a Psicologia Humanista tem base em duas outras
abordagens importantes: o Existencialismo e a Fenomenologia.
Enquanto o Existencialismo vê o indivíduo como o centro dos
processos, a Fenomenologia entende que esse indivíduo tem total
consciência do mundo e toda a sua experiência não é de outra
maneira que esta: consciente.
(EUA 1902/1987)
Abraham Maslow e Carl Rogers: os precursores
da Psicologia Humanista
• Psicólogo americano e considerado até os dias atuais como o pai do
movimento humanista, Abraham Maslow dedicou sua vida acadêmica para
compreender a existência humana. Para Maslow, as pessoas são capazes
de se autorrealizar. Para ele, a autorrealização é o nível mais alto da
existência humana. Maslow também foi o responsável pela criação da
escala de necessidades humanas que necessitam ser satisfeitas. Essa escala
é conhecida como Pirâmide de Maslow.
• Carl Rogers também é um dos responsáveis pela criação da Psicologia
Humanista. Psicólogo americano, Rogers se dedicou a entender o indivíduo
e seus estudos apontavam a capacidade de cada pessoa renovar e atualizar
seus potenciais e capacidades. Para Rogers, as novas experiências vividas
pelos indivíduos contribuem para que conceitos e padrões construídos
desde a infância sejam substituídos ou reforçados.
• Graças a Carl Rogers, a terapia passou a ser centrada na pessoa e não nas
teorias. Rogers teve uma vasta experiência em tratamento com pacientes
emocionalmente perturbados e doentes.
Hierarquia de necessidades de
Maslow

Fonte: https://educador360.com/gestao/piramide-de-maslow/
Carl Rogers
Cognitivismo

• Denomina-se psicologia cognitiva o ramo na Psicologia que trata do


modo como os indivíduos percebem, aprendem, lembram e representam
as informações que a realidade fornece.
• A psicologia cognitiva abrange como principais objetos de estudo a
percepção, o pensamento e a memória, procurando explicar como o ser
humano percebe o mundo e como utiliza-se do conhecimento para
desenvolver diversas funções cognitivas como: falar, raciocinar, resolver
situações-problema, memorizar, entre outras.
• A psicologia cognitiva é totalmente divergente de outras abordagens da
psicologia por dois motivos principais:
• 1. Refuta a introspecção e adota o método científico positivista como
método válido de investigação, o que contraria os métodos
fenomenológicos, como a psicologia freudiana, por exemplo.
• 2. Defende a existência de estados mentais internos, tais como: o desejo; as
crenças (conjunto de suposições desejadas, inconsciente ou
conscientemente por indivíduos ou grupos); as motivações (impulso de
materialização do desejo na conduta dos indivíduos de forma consciente ou
inconsciente), tais estados mentais vão contra os preceitos da psicologia
comportamental
• Dentre as correntes da psicologia cognitiva na atualidade uma das
principais é a que aborda um enfoque voltado para o processamento da
informação. Segundo esse enfoque, a cognição se efetiva por meio de uma
seqüência de fases: a memória sensorial, a memória operacional e a
memória permanente.
• Existem algumas áreas de conhecimento relacionadas à psicologia
cognitiva, como: a inteligência humana, a inteligência artificial, a
representação do conhecimento, a construção de conceitos, a atenção, a
percepção visual e auditiva, a linguagem, o reconhecimento de modelos, o
esquecimento e a lembrança, a ciência da computação, entre outras.
• Jean Piaget é um os principais representantes da psicologia cognitiva, que
ao contrário do que muitos pensam não construiu uma teoria
da aprendizagem, mas uma teoria do desenvolvimento mental humano.
Conforme Piaget a aprendizagem é entendida como o aumento do
conhecimento e apenas ocorre aprendizagem quando o esquema de
assimilação passa pelo processo de acomodação. Em outras palavras, para
que alguém aprenda é preciso que haja uma reconfiguração da estrutura
cognitiva (esquemas de assimilação) do indivíduo, resultando em novos
esquemas de assimilação cognitiva.

SUIÇA 1896/1980
• A ideia de estrutura cognitiva é primordial para a
compreensão da teoria de Piaget, elas podem ser
definidas como modelos de ação física e mental
próprias de atos característicos de inteligência e que
correspondem a estágios do desenvolvimento infantil.
Existem quatro estágios de desenvolvimento.
• No primeiro estágio, sensório-motor (0-2 anos), a
inteligência se expressa em ações motoras.
• No estágio pré-operatório (3-7 anos) a inteligência é
de natureza intuitiva.
• Já no terceiro estágio, o operatório-concreto (8-11
anos), o desenvolvimento da inteligência se volta para
operações lógicas, mas ainda na dependência de
referenciais concretos.
• E no estágio final do desenvolvimento cognitivo, o
operatório-formal (12-15 anos), é que o pensamento
passa a realizar abstrações.
• É por meio de processos de adaptação: assimilação e acomodação, que as
estruturas cognitivas se transformam.
• A assimilação refere-se à interpretação de eventos através das estruturas
cognitivas existentes, e a acomodação diz respeito à modificação da
estrutura cognitiva com a finalidade de compreender o meio.
• A teoria de Piaget aproxima-se de outras teorias de aprendizagem
construtivistas (Vygotsky e Bruner) ao afirmar que o desenvolvimento
cognitivo de um indivíduo consiste em seu constante esforço adaptar-se ao
meio em que vive em termos de assimilação e acomodação.
Referências
• MOREIRA, Marco Antônio; Teorias de Aprendizagens, EPU, São Paulo, 1995.
• DELORS, J. ET alii. Educação: Um tesouro a descobrir. Relatório para a UNESCO da
Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. Trad. José Carlos Eufrázio. 10ª
Ed. Brasília: MEC, 2006.
• GOULART, Iris B. Psicologia da Educação: Fundamentos teóricos. Aplicações à prática
pedagógica. 7º edição. Petrópolis: Ed. Vozes, 2000
• POZO, J. I. Aprendizes e mestres. A nova cultura da aprendizagem. Trad. Ernani Rosa.
Porto Alegre. Art Méd editora, 2002.
• Disponível em: https://www.infoescola.com/educacao/aprendizagem-significativa/
• http://www.boaaula.com.br/iolanda/teoapre/content/behavior.html
• https://www.infoescola.com/psicologia/cognitiva/
• https://br.psicologia-online.com/ivan-pavlov-biografia-e-teoria-do-condicionamento-
classico-239.html
Vídeos
• Experimento: Caixa problema do gato de Thorndike
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Qw8Kyj7OO-s
• Experimento: O 'Pequeno Albert' de Watson
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=kIZBQgMCEyk
• Experimento O cão de Pavlov
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=C40cXKi4c3Y
• Experimento: Pombos de Skinner
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=01r5E8-gFVA

Você também pode gostar