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Gerenciamento
de decisão
Pablo Rodrigo Bes
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Introdução
Diariamente, os gestores organizacionais precisam realizar escolhas sobre
quais caminhos, ações e estratégias que serão implementados pelos grupos e
equipes que conduzem, a fim de alcançarem os objetivos da empresa de modo
ampliado. Nesse processo de tomada de decisão, associam-se tanto questões
racionais quanto comportamentais, que envolvem um conjunto de capacidades
específicas que esses líderes devem desenvolver para que suas decisões pro-
duzam os resultados esperados. Da mesma forma, as informações produzidas
no âmbito das organizações, bem como aquelas que compõem o segmento de
mercado no qual a empresa atua, são fundamentais para o processo decisório.
Neste capítulo, você vai estudar os modelos teóricos de tomada de decisão,
vendo seus pressupostos e a relação da informação orgânica com o processo
decisório. Também vai ver as capacidades que contribuem para o gerenciamento
de decisões contemporâneo.
2 Gerenciamento de decisão
3. Atribuir pesos
1. Definir o 2. Identificar os 4. Desenvolver
específicos a cada
problema critérios para a alternativas
um desses
decisão
critérios
6. Escolher a
5. Avaliar
melhor
alternativas
alternativa
A teoria geral dos sistemas (TGS), proposta por Ludwig von Bertalanffy
(1901–1972) ao longo de suas obras produzidas entre 1950 e 1968,
defende a ideia da necessária integração entre as ciências naturais e sociais,
buscando uma unidade da ciência. Com isso surge o conceito de sistema aberto,
em que suas partes são intercambiáveis entre si, com o ambiente e com outros
sistemas, contrapondo-se à visão reducionista cartesiana.
O holismo se refere à possibilidade de entendermos algo pelo seu aspecto
global, pelo inteiro, pelo todo, contrariando o reducionismo da ciência proposta
por Descartes, na qual existe a fragmentação das partes para o conhecimento
do todo. Assim, o homem não poderia ser visto de forma dissociada, separando
corpo, mente e alma.
Centralização Avanço/progresso
Complexidade Autonomia
(Continuação)
A capacidade conceitual, por sua vez, pode ser relacionada com a visão
sistêmica e integrada que o líder deve procurar desenvolver; caso o faça,
essa capacidade irá contribuir diretamente para a sua tomada de decisão.
Ao analisar essa capacidade como uma das disciplinas que devem ser do-
minadas pelos gestores do século XXI, Senge (2002, p. 99) a define como
“[…] uma disciplina para ver o todo. É um quadro referencial para ver inter-
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T: Is it true? (É verdade?)
H: Is it helpful? (Vai ajudar?)
I: Is it inspiring? (É inspirador?)
N: Is it necessary? (É necessário?)
K: Is it kind? (É educado?)
Referências
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Leitura recomendada
BANDURA, A. Self-efficacy: toward a unifying theory of behavioral change. Psychological
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