Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Organizador
SAÚDE EM FOCO
TEMAS CONTEMPORÂNEOS
- Volume 1
1ª Edição
2020
Copyright© 2020 por Editora Científica Digital
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos
autores. Permitido o download e compartilhamento desde que os créditos sejam atribuídos aos autores, mas sem a
possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
Conselho Editorial
Égila Thalia da Silva Mesquita; Ellen Nathalia de Sousa Alves; Kálita Maria Brito Pereira; Bruna Raquely
Araújo de Sousa; Luciane Sousa Pessoa Cardoso
CAPÍTULO 02........................................................................................................................................... 23
Letícia Samara Ribeiro da Silva; Karla Janyelle de Sousa da Silva; Claudiane Sousa Miritiba; Otávio
Leles Miranda Neto; Iracema Murada Pessoa; Luciane Sousa Pessoa Cardoso
CAPÍTULO 03........................................................................................................................................... 35
Alesson da Silva Lobato; Elson Ferreira Costa; Edilson Sampaio; Luísa Sousa Monteiro Oliveira; Manuela
Lima Carvalho da Rocha
CAPÍTULO 04........................................................................................................................................... 54
Luciana Mara Rosa Milagres ; Carolina da Silva Caram; Maria José Menezes Brito ; Samantha Vieira
Alves Amaral; Pâmela Malheiro Oliveira; Camila Amurim de Souza ; Samira Alves Barbosa Gonçalves
CAPÍTULO 05........................................................................................................................................... 67
Alex Miller Pereira dos Reis; Ana Paula Cardoso Ferreira; Bruna Fava Reis; Júlia Mata da Costa; Mariana
Sales Moura Santos; Matheus Alves Silveira Diniz Machado; Raissa Valente Costa; Priscila Dayane Vargas
CAPÍTULO 06........................................................................................................................................... 77
CAPÍTULO 07........................................................................................................................................... 93
Carla de Mendonça Rêgo; Adriny dos Santos Araújo; Anderson Laureth; Heitor dos Reis Barbosa;
Letícia Bianco Gomes de Almeida; Maria Lídia Pereira Cabral Morais; Priscila de Alvarenga Antunes;
Tatiane de Alvarenga Antunes
SUMÁRIO
CAPÍTULO 08......................................................................................................................................... 105
Priscilla Cardoso Silva; Débora Pastoriza Sant' Helena; Andréa Kruger Gonçalves
CAPÍTULO 09..........................................................................................................................................117
Ailton Marques Rosa Filho; Cristiane Vieira Brunetti; Gabriela Rodrigues de Menezes; Liliana Francisco
Silva Japeniski; Marcelo Eidy Fukuda Lins; Rogério Massaru Watanabe
José Danillo dos Santos Albuquerque; Alícia Gabriele Freitas Belarmino; Laylla Carolline Ferreira de
Andrade; Lívia Lima do Nascimento Silva; Lívia Vitória Martins Alves; Maria Eduarda Caiana Cavalcanti;
Thiago Emerson dos Santos Ferreira; Flávia Luiza Costa do Rêgo; Ivonaldo Leidson Barbosa Lima
Ruth Fernandes Pereira; Sandy Helen de Jesus da Conceição ; Anderson Gomes Nascimento; Amanda
Lisa Amorim Sousa; Igo Alves da Silva; Leah Kemunto Gwaro ; Maria Izânia Duarte Ribeiro; Maria Ivânia
Duarte Ribeiro; Matheus Barros Carvalho ; Natália Caldeira Freitas
Sara Rodrigues Araujo; Amanda Lima Farias; Denise Soares de Alcântara; Sandra Nara Marroni; Naiana
Mota Buges; Claudia Christina Ribeiro Guimarães Neri de Magalhães; Leandra Cristhyne de Souza
Barros; Andréia Kássia Lemos de Brito; Gisela Daleva Costa; Lorrayne Michele Dantas de Oliveira
Bartholomeu
Marcos Aurélio Maeyama; Ana Carolina dos Santos Iserhard; Serlaine Adriana Ledur; Julio Cesar Corazza
Chrisllayne Oliveira da Silva; Bárbara Mônica Lopes e Silva; Francimar Ribeiro da Silva; Wenderson
Costa da Silva; Raimundo Nonato dos Santos Filho; Francilene Rodrigues de Pinho; Priscila Pontes
Araújo Sousa; Francisco Braz Milanez Oliveira; Tatyanne Maria Pereira de Oliveira; Renan Rhonalty Rocha
Gabriela Oliveira Almeida; Thadeu Borges Souza Santos; Silvana Lima Vieira; Lilian Barbosa Rosado;
Juliete Sales Martins; Joseane Aparecida Duarte
Wenderson Costa da Silva; Hálmisson D’Árley Santos Siqueira; Chrisllayne Oliveira da Silva; Pedro
Gabriel Sobral da Silva; Eduardo Brito da Silva; Thalia Jeovana da Silva Pereira; Karine Costa Melo;
Alanna Nunes Soares; Rafael Andrade da Silva; Rogério Cruz Mendes
Mariana Carvalho; William Nicoleti Turazza da Silva; Maria Fernanda Prado Rosa; Karen Eduarda de
Souza Custódio; Giulia de Assis Queiroz; Stefan Vilges de Oliveira
Emmanuella Passos Chaves Rocha; Jonatas Brito de Alencar Neto; Ramille Araújo Lima
Alba Clara Vasconcelos Leopoldo Feitosa; Davi Kennedy Bonfim Leal; Kaio Danillo Veloso Leal; Larisse
Stéffany de Oliveira Albuquerque ; Manoel Pereira de Araújo Filho; Raquel Helena Kader Lopes de Sousa;
Thalita da Rocha Cardoso; Vilena Marjana Bezerra Pereira; Kelly Palombit; Carla Maria de Carvalho Leite
Joyce Cristina Lima Santos; Danielle de Sousa Bastos; Bianca Almeida Mesquita; Luciane Sousa Pessoa
Cardoso; Andressa Arraes Silva
Tânia Maria Rocha Guimarães; Karla Naiara França Silva; Heloíza Gabrielly de Oliveira Cavalcanti;
Ingridy Christian Araújo de Souza; Jacqueline dos Santos Leite; Jeovanna Thamires Bezerra da Silva;
Júlia Rebeka de Lima; Karoline Lupicinio de Andrade; Fábia Maria de Lima
Albérica de Cássia da Silva Pereira; Ademilton de Freitas Santos; Tayná Rafaelle Lopes Pereira da Silva
Aline Pereira Bonfim; Gilvane Teixeira Souza; Márcia Carvalho Pita; Anne Jacob de Souza Araújo
Humberto Tavares de Carvalho Júnior; Miguel Takao Yamawaki Murata; William Cesar Pena Soares da
Silva; Maíra Ferro de Sousa Touso; Roberta Alves Macedo
Elem Cristina Rodrigues Chaves; Kleber das Neves Trindade Júnior; Beatriz Fernanda Fernandes de
Andrade; Maria Helena Rodrigues de Mendonça
Jonas Davi Heiderick Mota; Yuri de Souza Rodrigues; Flávia dos Santos Lugão de Souza
Nelmar de Oliveira Mendes; Alexsandro Guimarães Reis; Viviane Sousa Ferreira; Ilka Kassandra Pereira
Belfort; Arissane de Sousa Falcão; Selma Gomes Samineses; Elis Cabral Victor; Marta de Oliveira
Barreiros; Flávia Ferreira Monari; Vanessa Edilene Duarte Martins
Davi Candeira Cardoso; Yuri Medeiros Gomes; Artur Santos Gadelha; Ronald Bezerra Cavalcante Soares;
Francisco Alves Passos Filho; Amanda Maria Menezes Nogueira; Lucas Candeira Cardoso; Laísa
Bruno Norões; Isabele Moreno de Alencar; Mariana Tomaz Pinheiro
Rodrigo Mendes de Freitas; Virna Borém Valle Pereira; Matheus Mendes Cotrim; Eduardo Gonçalves;
Andréa Maria Eleutério de Barros Lima Martins
João Vitor Souza Martins; Wallace de Freitas Oliveira; Amaro Lídio Vespasiano Silva; Flávio Ricardo Manzi
Isabella Lima Chagas Reis Batista; Naila Silveira Bezerra; Renata Brito Marinho; Thaissa Nazareno de
Almeida; Nayanna Sousa Carneiro; Ana Lígia Barros Marques
Ticianne da Cunha Soares; Tamires da Cunha Soares; Ariella de Carvalho Luz; Maria de Fátima Sousa
Barros Vilarinho; Matheus Henrique da Silva Lemos; Dinah Alencar Melo Araujo; Monaliza Sousa
dos Anjos; Gabriel Barbosa Câmara; Valéria Araújo Cassiano
Gabriella Sousa de Oliveira; Ana Catarina da Paz Holodniak; Bianca Abdelnor Hanna Piqueira Diniz;
Ruan Seguin Azevedo Quaresma; Márcia Gomes Alcântara; Karen Lury Abe Emoto; Gabriela Ladeia
da Silva; Danilo Rocha de Aguiar; Ravena Larissa dos Santos Jardim; Rodrigo Silva Dias
Fernanda Novaes Silva ; Wlyana Lopes Ulian ; Alice Hermes Sousa de Oliveira ; Eduardo Henrique dos
Santos Maia ; Caio Vitor de Miranda Pantoja ; João Paulo Mota Lima; Fernando Ferreira Freitas Filho ;
Joyce Ruanne Corrêa da Silva ; Jessica Rayanne Corrêa da Silva; Hipócrates de Menezes Chalkidis
Paula Lavigne de Sousa Costa; Monique de Almeida Hingel de Andrade; Victor Vieira Silva; Ana Carolina
SUMÁRIO
Cunha Costa; Ayumi Miura Fialho da Silva; Poliana da Silva Oliveira; Caroline Lobato Pantoja; Ana Paula
Santos Oliveira Brito; Hamilton Cezar Rocha Garcia; Andrey de Almeida Carneiro; Tabata Valéria Leão;
Andrew Silva Matos
Sheila Cristina Martins e Silva; Diana Souza dos Santos; Michele de Sousa Carneiro; Ingryd Letícia
Prazeres Carvalho; Christian Nunes Aires
Camila Magno Sozinho Pereira; Mauricio Fortuna Pinheiro; Renan Kleber Costa Teixeira; Kathia de
Oliveira Harada
Deyna Francélia Andrade Próspero; Mayla Rosa Guimarães; Priscyla Maria Vieira Mendes; Larissa
Vanessa Ferreira Memoria; Daniele Martins de Sousa Oliveira; Amanda Silva de Sousa; Beatriz Scarleth
Noleto de Souza
Juliana Nascimento da Silva; Edinalva Carvalho Rocha Rodrigues; Denise Soares de Alcântara; , Laís
Fernandes de Oliveira; Cláudia Christina Ribeiro Guimarães Neri de Magalhães; Julliana Dias Pinheiro;
Marília Pantoja Soares da Silva; Mirelly da Silva Ribeiro; Leandra Cristhyne de Souza Barros; Nayara
Pereira de Abreu
Monique Danyelle Emiliano Batista Paiva; Giciane Carvalho Vieira; Vivyanne Falcão Silva da Nóbrega;
Anna Ferla Monteiro Silva; Eliane Marques Duarte de Sousa; José Danillo dos Santos Albuquerque;
Arthur Felipe de Brito Andrade; Marciela Marinalva da Silva; Vytor Lucas Cavalcanti Belarmino; Maria
Caroline Lourenço de Lima
Jéssica Karoline Alves Portugal; Marcelo Henrique da Silva Reis; Évelyn Janaína da Silva Barão; Tanny
Thaylle Gomes de Souza; Ramanda Sena Guimarães; Lucas da Silva de Almeida; Rhuana Maria de
Oliveira Pereira; Nathalie Marinho Freire; Sibele Naiara Ferreira Germano; Marlucia da Silva Garrido
Flávia dos Santos Lugão de Souza; Ana Carolina Souza Abreu; Darlem Aparecida Pio; Heloise Mota de
Paiva Vieira Sanglard; Naira Agostini Rodrigues dos Santos
Andresa Teixeira Santos Correia; Geane de Jesus Tavares; Sheylla Nayara Sales Vieira; Gislene de
Jesus Cruz Sanches
Ana Carolina Rocha e Silva; Rafael Pedroso Bastos; Zilma Nazaré de Souza Pimentel
Caroline Lobato Pantoja; Ana Carolina Cunha Costa; Paula Lavigne de Sousa Costa; Monique de
Almeida Hingel Andrade; Victor Vieira Silva; Ana Paula Santos Oliveira Brito; Hamilton Cezar Rocha
Garcia; Tábata Valéria Leão Barros; Andrew Silva Matos; Andrey Almeida Carneiro
Cindy Costa Camargo; Graziella Marques de Araújo Fernandes; Kelly Cristina Mota Braga Chiepe
Rodolpho Cesar Oliveira Mellem Kairala; Paula Ananda Chacon Inês; Rafaella Gregori Perduca; Bruna
Lima Daher; Bruna Lemos Silva; Afranio Faria Lemos; Danilo Rocha Chavez Zambrana; Caio Cesar
Faciroli Contin Silva; Cláudio Henrique Formigoni Reviriego; Maria Clara Nobrega Pereira
10.37885/200700710
RESUMO
Este trabalho trata-se de uma revisão integrativa que visa reunir, avaliar e sintetizar
o conhecimento sobre transtorno de Espectro Autista (TEA), através da pesquisa
bibliográfica “desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente
de livros e artigos científicos” (GIL, 2002) Através desse estudo, vamos em busca de um
parecer geral sobre o enfermeiro e a assistência prestada visando a melhora do quadro
clinico de desenvolvimento da criança portadora de TEA. É importante enfatizar a questão
do acolhimento a família, em forma de orientações e sistematização do problema onde
por definição, acontece mudanças graves e precoces nos campos de socialização e
comunicação.
DESENVOLVIMENTO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
GIL, Antônio Carlos. Como classificar as pesquisas. Como elaborar projetos de pesquisa, v. 4, p.
44-45, 2002.
KLIN, A. Autismo e síndrome de Asperger: uma visão geral. Yale University School of Medicine.
USA, 2006.
SANTOS, Ana Maria Tarcitano. Autismo: desafio na alfabetização e no convívio escolar. Centro
de Referências em Distúrbios de Aprendizagem. São Paulo: CRDA, 2008.
SMEHA, L; CEZAR, P. A vivência da maternidade de mães de crianças com autismo. Psicol estud.
2011.
10.37885/200700689
RESUMO
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa de literatura. Mendes et al. (2008) definem revisão
integrativa como um método de pesquisa que permite a síntese de múltiplos estudos publi-
cados e possibilita conclusões gerais a respeito de uma particular área de estudo.
Na construção desta revisão integrativa foram percorridas as seguintes etapas: defini-
ção do tema; elaboração da questão norteadora; estabelecimento dos critérios de inclusão
e exclusão; definição das informações a serem extraídas dos artigos selecionados; análise
crítica dos estudos incluídos; discussão dos resultados; e apresentação da revisão integra-
Quadro 1. Critérios para seleção dos artigos segundo bases de dados. Bacabal - MA, 2019.
Quadro 2. Análise dos artigos segundo título, autor, base de dados, periódico e ano de publicação. Bacabal - MA, 2019.
Revista Eletrôni-
O enfermeiro e as ações de saúde mental Caixeta CC e Mo-
3 LILACS ca de Enferma- 2008
nas unidades básicas de saúde. reno V
gem
Revista Eletrôni-
Consulta de enfermagem em saúde men-
9 Bolsoni EB, et al. SCIELO ca Saúde Mental 2015
tal na atenção primária em saúde
Álcool e Drogas
Revista da Rede
O trabalho de enfermagem em saúde de Enfermagem
10 Oliveira FB, et al. BDENF 2011
mental na Estratégia de Saúde da Família do Nordeste
(Rene)
Quadro 3. Análise dos artigos segundo tipo de estudo, objetivos, resultados principais e conclusões/recomendações.
Bacabal - MA, 2019.
DISCUSSÃO
A partir da análise das produções científicas, foi possível verificar um aspecto negativo
quanto à habilidade dos enfermeiros para atuar em saúde mental. Grande parte desses pro-
fissionais se sente despreparada para trabalhar nessa área na atenção primária, ou mesmo
os que diziam se sentir preparados para lidar com esses pacientes, poucos foram capazes
de detalhar esse conhecimento. Segundo Gonçalves et al. (2013), entre os principais moti-
vos destacam-se a inexperiência, insegurança, falta de conhecimento adequado, formação
ineficiente, falta de cursos de aperfeiçoamento e capacitação, dificuldade na abordagem e
orientação ao portador de transtorno mental. Esses fatores impedem o desenvolvimento
de uma assistência de qualidade e de ações de cuidado voltadas à pessoa com transtorno
mental (WAIDMAN et al., 2012).
Apesar dos estudos apontarem que os enfermeiros enfrentam dificuldades para traba-
lhar com aspectos relacionados à saúde mental na atenção básica, não se pode esquecer
que a necessidade de atendimento do indivíduo com transtorno mental juntamente com
sua família é uma realidade. Diante desse contexto, para superar os obstáculos e limita-
ções encontrados na relação saúde mental/atenção básica, é necessária uma formação e
qualificação apropriada por parte do enfermeiro, com interesse e comprometimento com a
qualidade em saúde mental (GONÇALVES e PEDROSA, 2009).
Nessa perspectiva, a formação dos enfermeiros deve estar pautada nos princípios da
Reforma Psiquiátrica e do SUS desde a graduação, de forma a atender a demanda em con-
formidade com as políticas de saúde, de forma digna e humanizada (AZEVEDO et al., 2014).
CONCLUSÃO
Esta revisão integrativa evidenciou que os enfermeiros, em sua maioria, não se sentem
capacitados para lidar com pessoas portadoras de transtornos mentais. Essa condição jus-
tifica, em grande parte, porque não são promovidas ações específicas em saúde mental na
atenção básica, estando elas restritas às ações da própria rotina da UBS. Foi evidenciado
nos estudos analisados que, apesar das dificuldades enfrentadas, os enfermeiros atuantes
na atenção primária reconhecem a necessidade de educação permanente e continuada no
âmbito da saúde mental para a integralidade da assistência e, sobretudo, para a criação de
projetos terapêuticos singulares na disposição de novos modos de cuidar.
Pensando-se na ampliação da atuação do enfermeiro vinculado à atenção básica, é
imprescindível incluir em sua prática ações de saúde mental na busca da integralidade da
atenção à pessoa com transtorno mental e no apoio à família. Para isso, torna-se neces-
sário que haja desde a graduação preocupação com este aspecto da formação, além da
instrumentalização dos enfermeiros já inseridos na atenção primária, através de capacitação
e utilização de uma metodologia problematizadora que busque articular os saberes produ-
zidos no cotidiano dos serviços com o conhecimento científico. Diante disso, visa-se maior
interação com a comunidade que procura o serviço básico e a implementação de técnicas
mais eficazes envolvendo a Saúde Mental.
Espera-se, com este estudo, incentivar os futuros profissionais enfermeiros e os que
já atuam na Atenção Básica a realizarem pesquisas quanto a essa temática a fim de res-
REFERÊNCIAS
AMARANTE, A.L. et al. As estratégias dos enfermeiros para o cuidado em saúde mental no pro-
grama saúde da família. Revista Texto & Contexto Enfermagem, Florianópolis, v.20, n.1, p. 85-93,
jan./mar. 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v20n1/10.pdf. Acesso em: 23 mai. 2019.
AZEVEDO, D.M. et al. Atenção básica e saúde mental: um diálogo e articulação necessários.
Revista de APS - Atenção primária à saúde, v.17, n. 4, p. 537-543, out/dez, 2014. Disponível em:
file:///C:/Users/CLIENTE/Downloads/15310-Texto%20do%20artigo-65361-1-10-20151118.pdf.
Acesso em: 21 mai. 2019.
BRASIL. Presidência da República. Lei n. 10.216, de 06 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção
e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial
em saúde mental. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF) 2001. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10216.htm. Acesso em: 27 mai. 2019.
CAIXETA, C.C., MORENO V. O enfermeiro e as ações de saúde mental nas unidades básicas
de saúde. Revista Eletrônica de Enfermagem, v.10, n.1, p.179-188, 2008. Disponível em: https://
www.fen.ufg.br/revista/v10/n1/pdf/v10n1a16.pdf. Acesso em: 23 mai. 2019.
GONÇALVES, R.M.D.A. et al. Promoção da saúde mental: Ações dos enfermeiros inseridos na
atenção primária. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, Porto, n. 10, dez. 2013. Dis-
ponível em: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1647-21602013000200008.
Acesso em: 23 mai. 2019.
GONÇALVES, R.M.D.A., PEDROSA, L.A.K. Perfil dos enfermeiros da estratégia saúde da família
e suas habilidades para atuar na saúde mental. Revista Ciência, Cuidado e Saúde, v. 8, n. 3, p.
345-351, jul./set. 2009. Disponível em: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/
article/view/9015/5000. Acesso em: 23 mai. 2019.
MENDES, K.D.S., SILVEIRA, R.C.C.P., GALVÃO, C.M. Revisão integrativa: método de pesquisa
para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & Contexto - Enfermagem,
Florianópolis, v. 17, n. 4, p. 758-764, out./dez. 2008 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072008000400018>. Acesso em: 22 mai. 2019.
RIBEIRO, L.M. et al. Saúde mental e enfermagem na estratégia saúde da família: como estão atu-
ando os enfermeiros? Revista da Escola de Enfermagem da USP, vol. 44, n. 2, p. 376-382, 2010.
Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342010000200019. Acesso em: 21 mai. 2019.
SILVA, A.P.M. et al. Saúde mental no trabalho do Enfermeiro da Atenção Primária de um município
no Brasil. Revista Cubana de Enfermería, v. 31, n.1, p. 70-83, 2015. Disponível em: http://scielo.
sld.cu/pdf/enf/v31n1/enf08115.pdf. Acesso em: 23 mai. 2019.
SILVA, P.O. et al. Cuidado clínico de enfermagem em Saúde Mental. Revista de Enfermagem,
UFPE, Recife, v. 12, n.11, p. 3133-46, nov. 2018. Disponível em: file:///C:/Users/CLIENTE/Down-
loads/236214-126299-1-PB.pdf. Acesso em: 20 mai. 2019.
SOUZA, J., LUIS, M.A.V. Demandas de saúde mental: percepção de enfermeiros de equipes de
saúde da família. Acta Paulista de Enfermagem, São Paulo, v.25, n.6, 2012. Disponível em: http://
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002012000600005&lang=pt. Acesso
em: 23 mai. 2019.
Edilson Sampaio
UNAMA
10.37885/200700776
RESUMO
Introdução: A Atenção Básica é o nível primário de atenção à saúde que oferece entrada
em todo o sistema nacional, para atender as necessidades da população, de forma a
organizar, tanto os serviços básicos quanto os mais especializados, direcionados para
a promoção, manutenção e melhoria da saúde. Diante disso, a Terapia Ocupacional se
mostra uma profissão de suma importância neste serviço por suas ações contribuírem
para a prevenção de doenças/agravos e favorecimento da promoção de saúde. Objetivo:
analisar a atuação da Terapia Ocupacional na Atenção Básica através de uma revisão
integrativa da literatura. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, através
das bases de dados: Portal de Periódicos da CAPES, Revista de Terapia Ocupacional da
USP, Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional e Cadernos Brasileiros
de Terapia Ocupacional. Os estudos foram analisados pelo teste de relevância I e II, os
dados foram processados no software IRAMUTEQ e analisados pela nuvem de palavras e
similitude. Resultados/Discussão: A amostra foi composta por 25 estudos, que apontam
que a Terapia Ocupacional na AB deve atuar junto a população com características de
sofrimento mental, deficiências e incapacidades, objetivando intervir na singularidade e
subjetividade do sujeito, sendo que o terapeuta ocupacional apresenta elementos em
sua formação que podem efetivamente contribuir para melhorar a saúde da população.
Ressalta-se ainda a importância de novas publicações a que venha contribuir com a
comunidade cientifica.
MÉTODO
Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura, com protocolo formado por seis
etapas distintas para a sua elaboração, a saber: identificação do tema; estabelecimento dos
critérios para inclusão e exclusão dos estudos; definição das informações a serem extraídas
dos estudos selecionados; avaliação dos estudos selecionados; elaboração dos resultados; e
por fim, a síntese dos conhecimentos5. Além disso, para melhor rigor metodológico também
Descritores
Busca eletrônica
Após a extração dos dados foi elaborado um documento denominado de corpus textual,
o qual contém uma síntese dos resultados dos artigos. Este foi posteriormente analisado
pelo software Interface de R Pourles Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Ques-
tionnaires (IRAMUTEQ). Dessa maneira, foram realizadas análises a partir das categorias
semânticas que emergiram do processamento de dados lexicais, como a Nuvem de Palavras,
Grafo de Similitude e Classificação Hierárquica Descendente (CHD)8.
Inicialmente, foram localizadas 190 publicações, das quais 110 foram excluídas pela
análise de título e resumo, restando 45 publicações. A aplicação dos testes de Relevância
desencadeou a exclusão de 20 trabalhos. Portanto, a amostra final foi composta por 25
artigos, conforme Figura 2.
A Tabela 1 apresenta características dos estudos como autor e ano, local que ocorreu
a pesquisa, periódico publicado, objetos e principais resultados.
Análise Textual
Nuvem de Palavras
Análise de Similitude
Esta análise baseia-se na teoria dos grafos, através dela é possível identificar as ocor-
rências entre as palavras e a indicação de conexão entre elas, verificada por meio da espes-
sura dos troncos que as ligam, o que auxilia na identificação do conteúdo do corpus textual.
Assim, com base na figura 4, observa-se que os eixos Saúde, Ação e Terapia Ocupacional
se ligam expressivamente. Esses três eixos são conectados a diversos outros termos que
formam núcleos temáticos. Por exemplo, o núcleo formado a partir da palavra Profissional
agrupa termos como formação (formação profissional), NASF, referência (profissional de
referência), vínculo (vínculo profissional), os quais interagem entre si. Já no núcleo Terapia
Ocupacional, nota-se termos que condizem com áreas de cuidado como saúde mental e
A partir desses objetivos, considera-se que a Terapia Ocupacional na ABS, deve atuar
junto a população com características de sofrimento psíquico, objetivando sua intervenção
na singularidade e subjetividade do sujeito, na perspectiva da comunidade, cultura e do
território23. O Terapeuta Ocupacional é um dos profissionais capacitados para acompanhar
A partir dos excertos acima observa-se que as principais ações de Terapia Ocupacional
na ABS são condizentes com a de outros estudos28,42,43. No estudo de Neves e Oliveira43
foi verificado que são várias as atividades e potencialidades que os profissionais de saúde
envolvidos na ABS podem desenvolver, tanto em ações coletivas quanto individuais, tais
como atendimentos ambulatoriais, visitas domiciliares, grupos educativos, planejamentos
e reuniões. Já, o estudo de Cabral e Belgrada42 identificou que o terapeuta ocupacional na
ABS pode atuar por meio de ações em grupos e oficinas terapêuticas, visitas domiciliares
e o apoio matricial. Por fim, o estudo de Bassi et al.28 acrescenta que o tipo de assistência
de Terapia Ocupacional que tem sido ofertada no âmbito da ABS tem a finalidade de pro-
porcionar autonomia e a inserção social das pessoas. Destaca-se que tais ações puderam
ser visualizadas nos dados deste estudo. Ressalta-se que todas essas ações e estratégias
foram mencionadas nos estratos acima.
Assim, ao observar os resultados, identifica-se que as ações de prevenção e promoção
da saúde são uma das principais estratégias utilizadas. Tais ações são de grande importância,
e devem estar nas propostas de todos os profissionais envolvidos na ABS13. Dessa manei-
ra, o estudo de Baissi et al. 28
identificou que uma das propostas da Terapia Ocupacional
no Estratégia Saúde da Família é justamente a realização de atividades de Educação em
Saúde que visem os aspectos de prevenção a doenças e agravos e promoção da saúde.
A partir dos estratos acima, ficou nítida a importância da atuação conjunta do terapeuta
ocupacional com os demais membros da equipe interdisciplinar, sendo que este trabalho
em equipe é uma das formas de colocar em prática ações especificas da TO. Nessa pers-
pectiva, Manho, Soares e Nicolau13 estabelecem que o trabalho em conjunto da equipe de
referência na rede de atenção é de extrema importância para o favorecimento da autonomia
dos usuários que necessitam de atendimentos da Atenção Básica.
Para Rocha e Sousa23, os terapeutas ocupacionais devem identificar as demandas e,
a partir disso, discutir com a equipe as estratégias a serem desenvolvidas, bem como os
recursos necessários e as formas de implementação. Além disso, não somente na ABS,
mas em todos os níveis de atenção, percebe-se a necessidade do trabalho interdisciplinar,
uma vez que é a partir deste que se almeja alcançar a integralidade44.
Outro aspecto mencionado nesta categoria de análise foi o processo de matriciamento.
Para Barros et al.45 este é um dos principais desafios vivenciados pelos profissionais da ABS,
principalmente do NASF-AB junto as EqSF. Dessa maneira, matriciar implica no diálogo e
no ajuste de expectativas e decisões. Para que isso ocorra é necessário que a hierarquia
e as relações entre os profissionais sejam menos burocratizadas e mais horizontalizadas,
sendo imprescindível que as ações sejam organizadas com a cooperação da equipe. É
fundamental que, no exercício cotidiano do trabalho, haja investimento significativo nos
processos comunicacionais intra e interequipes45.
Portanto, o profissional de Terapia Ocupacional que atua na Atenção Básica de Saúde
tem como objetivo de trabalho promover estratégias para o fortalecimento das redes de su-
porte pessoais e sociais de indivíduos e famílias que se encontram ou vivem em situação de
vulnerabilidade44. Sendo que uma das formas de estabelecer os seus objetivos da Terapia
Ocupacional é por meio do trabalho interdisciplinar.
Por fim, a terceira classe de análise gerada pelo IRAMUTEQ foi denominada de olhar
da Terapia Ocupacional.
ATO encontra-se neste cenário com um olhar voltado para o fazer humano,
favorecendo a construção e organização dos significados de vida, potenciais
para a produção de saúde e outras esferas do cuidado (Artigo 2).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretri-
zes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasília,
DF; 2017. [acesso em 28 nov. 2018]. Disponível: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/.
Moher D, Liberati A, Tetzaff J, Altman D. Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and
Meta-Analyses: The PRISMA Statement. PLOS ONE. São Francisco. 2009; 6(7): 1-6. DOI: http://
dx.doi.org/10.1371/journal.pmed.1000097
Azevedo, R. S. Sobrecarga do cuidador informal da pessoa idosa frágil: uma revisão sistemática.
[Dissertação]. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG; 2010.
Camargo BV, Justo AM. IRAMUTEQ: um software gratuito para análise de dados textuais. Temas
Psicol. Ribeirão Preto. 2013; 21(2):513-518. DOI: http://dx.doi.org/10.9788/TP2013.2-16.
Schaik EE, Souza CCBX, Rocha EF. Reflexões sobre a atenção às crianças com deficiência na
atenção primária à saúde. Rev Ter Ocup Univ São Paulo. São Paulo. 2014; 25(3):233-241. DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v25i3p233-241.
Ferreira TPS, Costa TC. Saúde e redes vivas de cuidado integral na atenção básica: articulando
ações estratégicas no território. Revisbrato. Rio de Janeiro. 2017; 1(3):269-281. 2017. DOI: https://
revistas.ufrj.br/index.php/ribto/article/view/4750.
Campos LCB, Barba PCS, Martinez CMS. A formação do Terapeuta Ocupacional com ênfase na
atenção básica em saúde: o ponto de vista de docentes. Rev Ter Ocup Univ São Paulo. São Paulo.
2013;24(1):9-17. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v24i1p9-17.
Manho F, Soares LBT, Nicolau SM. Reflexões sobre a prática do residente terapeuta ocupacional
na Estratégia Saúde da Família no município de São Carlos. Rev Ter Ocup Univ São Paulo. São
Paulo. 2013;24(3):233-341. DOI:https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v24i3p233-241.
Pimentel AM, Costa MTB, Souza FR. Terapia Ocupacional na Atenção Básica: a construção de
uma prática. Rev Ter Ocup Univ São Paulo. São Paulo. 2011; 22(2):110-116. DOI: https://doi.
org/10.11606/issn.2238-6149.v22i2p110-116.
Folha DRSC, Monteiro GS. Terapia ocupacional na atenção primária à saúde do escolar visando
à inclusão escolar de crianças com dificuldades de aprendizagem. Revisbrato. Rio de Janeiro.
2017;1(2):202-220,. DOI: https://revistas.ufrj.br/index.php/ribto/article/view/5311.
Portela SG, Galheigo SM. Cuidados paliativos na atenção domiciliar: a perspectiva de terapeutas
ocupacionais. Cad Ter Ocup UFSCAR. São Carlos. 2015;23(1):15-29. https://doi.org/10.4322/0104-
4931.ctoAO472.
Marinho MT, Barros MMMA. Concepções da Equipe de Saúde da Família no concernente à atenção
prestada aos usuários de álcool e outras drogas. Revisbrato. Rio de Janeiro. 2018;2(1): 32-49.
DOI:https://revistas.ufrj.br/index.php/ribto/article/view/11230.
Bertagnoni L, Marques ALM, Muramoto MT, Mângia EF. Núcleo de Apoio à Saúde da Família e
Saúde Mental: itinerários terapêuticos de usuários acompanhados em duas Unidades Básicas de
Saúde. Rev Ter Ocup Univ São Paulo. São Paulo. 2012;23(2):153-162. DOI:https://doi.org/10.11606/
Rodrigues, SM, Aokib M, Oliver FC. Diagnóstico situacional de pessoas com deficiência acompa-
nhadas em terapia ocupacional em uma unidade básica de saúde. Cad Ter Ocup UFSCAR. São
Carlos. 2015;23(4):781-794. DOI: http://dx.doi.org/10.4322/0104-4931.ctoAO0713.
Della Barba PCS, Barros VM, Marques EA, Farias AZ, Aniceto B, Miyamoto EE. A Terapia Ocu-
pacional em um processo de capacitação sobre vigilância do desenvolvimento infantil na atenção
básica em saúde. Cad Ter Ocup UFSCAR. São Carlos. 2017;25(1):223-233. DOI: http://dx.doi.
org/10.4322/0104-4931.ctoRE0747.
Marcolino TQ, Fantinatti EM, Gozzi APNF, Cid MFB. Comunidade de prática em terapia ocupa-
cional para o cuidado em saúde mental na atenção básica em saúde: expectativas e impactos.
Cad Ter Ocup UFSCAR. São Carlos 2016;24(4):733–741. DOI: https://doi.org/10.4322/0104-4931.
ctoAO0788.
Ferreira NR, Carrijo DCM, Silva ES, Ramos MC, Carneiro CL. Contribuições do esporte adaptado:
reflexões da Terapia Ocupacional para a área da saúde. Cad Ter Ocup UFSCAR. Rio de Janeiro.
2017;1(1):52-66. DOI:https://revistas.ufrj.br/index.php/ribto/article/view/4281.
Rocha EF, Souza CCBX. Terapia Ocupacional em reabilitação na Atenção Primária à Saúde: pos-
sibilidades e desafios. . Rev Ter Ocup Univ São Paulo. São Paulo. 2011;22(1):36-44. DOI: https://
doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v22i1p36-44.
Ferreira TG, Oliver FC. A atenção domiciliar como estratégia para ampliação das re-lações de
convivência de pessoas com deficiências físicas. Rev Ter Ocup Univ São Paulo. São Paulo.
2010;21(3):189-197. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v21i3p189-197.
Malfitano APS, Bianchi PC. Terapia Ocupacional e atuação em contextos de vulnerabilidade so-
cial: distinções e proximidades entre a área social e o campo de atenção básica em saúde. Cad
Ter Ocup UFSCAR. São Carlos. 2013;21(3):563-574. DOI: http://dx.doi.org/10.4322/cto.2013.058.
Furlan PG, Oliveira MS. Terapeutas ocupacionais na gestão da atenção básica à saúde. Cad
Ter Ocup UFSCAR. São Carlos. 2017;25(1):21-31. DOI: http://dx.doi.org/10.4322/0104-4931.
ctoAO0781.
Bassi BGC, Malfitano, APS. Bianchi, PC. O Terapeuta Ocupacional na Atenção Básica em Saúde:
a representatividade em revistas e nos congressos brasileiros da área. Cad Ter Ocup UFSCAR.
São Carlos. 2012;20(3):443–454. DOI: https://doi.org/10.4322/cto.2012.044.
Araújo KRA, Alves TDC, Lima T, Santos V, Gallassi AD. Experiências da terapia ocupacional em
um Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) do Distrito Federal. Rev Eletrônica Gest Saúde.
Brasília. 2013;4(3):963-971.
Silva ML, Raccioni TM. Relato de experiência: oficinas de teatro como recurso terapêutico ocu-
pacional em um serviço residencial terapêutico. Rev Ter Ocup Univ São Paulo. São Paulo.
Onório JLS, Silva EM, Bezerra WC. Terapia Ocupacional no núcleo de apoio a saúde da família:
um olhar para a especificidade da profissão no contexto interdisciplinar. Revisbrato. Rio de Janeiro.
2018;2(1):145-166. DOI: https://revistas.ufrj.br/index.php/ribto/article/view/12492.
Ruas TCB, Leite FC, Akeman M, Gagliardo, HR. Experiência de um estágio curricular em Terapia
Ocupacional na atenção primária: foco nas necessidades em saúde infantil. ABCS Health Science,
Santo André. 2015;40(3):312-317. DOI: https://doi.org/10.7322/abcshs.v40i3.813
Bezerra TV, Alves M, Maia ER. Acesso da pessoa com deficiência à atenção primária em saúde
no Brasil: limites e possibilidades. Cad Cult Cienc. Crato. 2015;14( 2):65-74. DOI: http://dx.doi.
org/10.14295/cad.cult.cienc.v14i2.985.
Schultz TG, Alonso CMD. Cuidado Da Criança Com Deficiência Na Atenção Primária À Saúde.
Cad Ter Ocup UFSCAR. São Carlos. 2016;24(3):611–619. DOI: https://doi.org/10.4322/0104-4931.
ctoRE0697.
Brasil. Ministério da Saúde. Guia prático de matriciamento em Saúde Mental. Brasília: Ministério da
Saúde. 2011. [acesso em 5 set. 2018]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicações/
guiapraticomatriciamentosaudementalpdf.
Oliveira DCR, Lemos EC, Silva CRM, Tassitano RM. Competência profissional dos trabalhadores
de programas de atividade física da atenção básica à saúde de Pernambuco. Rev Bras Ativ Fís
Saúde. Florianópolis. 2018;23:1-10. DOI: https://doi.org/10.12820/rbafs.23e0022
Oliver FM, Pimentel A, Uchôa-Figueredo LR, Nicolau SM. Formação do terapeuta ocupacional
para o trabalho na Atenção Primária à Saúde (APS): contribuições para o debate. Cad Ter Ocup
UFSCAR. São Carlos. 2012;20(3):327-340. DOI: http://dx.doi.org/10.4322/cto.2012.033
Pereira PS. Terapia Ocupacional e Suas Práticas em Saúde na Atenção Básica: O Itinerário de
uma Disciplina de Graduação. 2015. Trabalho de Conclusão de Curso (Terapia Ocupacional) –
Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa.
Nunes Junior JR, Vasconcelos CR, Arantes ACP. Formação para o trabalho no SUS: um olhar para
o núcleo de apoio à saúde da família e suas categorias profissionais. Cad Educ Saúde Fisioter.
Campo Grande. 2017;4(7):15-26. DOI: https://doi.org/10.18310/2358-8306.v4n7.p15
Silva RA, Oliver FC. Trajetória docente e a formação de terapeutas ocupacionais para atenção
primária à saúde. Interface: Comunic Saúde, Educ. Botucatu. 2017;21(62):661–673. DOI: https://
doi.org/10.1590/1807-57622016.0024.
Cabral LR, Bregalda MM. A atuação da terapia ocupacional na atenção básica à saúde: uma
revisão de literatura. Cad Ter Ocup UFSCAR.São Carlos. 2017;25(1):179-189. DOI:https://doi.
org/10.4322/0104-4931.ctoAR0763.
Neves TM, Oliveira AS. Diagnóstico das ações de saúde de residentes multiprofissionais na aten-
ção básica. Revista de APS. Juiz de Fora. 2015;18(3):309–315. DOI:https://aps.ufjf.emnuvens.
com.br/aps/article/view/2418.
Malfitano APS, Ferreira AP. Saúde pública e terapia ocupacional: apontamentos sobre relações
históricas e atuais. . Rev Ter Ocup Univ São Paulo. São Paulo. 2011;22(2):102-109. DOI: https://
doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v22i2p102-109.
Barros JO, Gonçalves, RMA, Kaltner RP, Lancman S. Estratégia do apoio matricial: a experiência
Salles MM, Matsukura TS. Estudo de revisão sistemática sobre o uso do conceito de cotidiano no
campo da terapia ocupacional no Brasil. Cad Ter Ocup UFSCAR. São Carlos. 2013;21(2):265-273.
DOI:https://doi.org/10.4322/0104-4931.ctoARL510
10.37885/200700665
RESUMO
METODOLOGIA
O estudo seguiu uma abordagem qualitativa atenta com dimensões socioculturais que
se expressa por meio de valores, opiniões, formas de relação, comportamentos e práticas.
Reflete, em quantidade e intensidade, as múltiplas dimensões da formação em enfermagem
e busca a qualidade das ações e das interações (MINAYO, 2017).
O cenário do estudo foi um serviço de diálise privado, localizado em um Hospital na
cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Os participantes foram 09 enfermeiros que atu-
avam no serviço de diálise. Estabeleceu-se como critério de inclusão os enfermeiros que
atuavam na assistência direta ao paciente no serviço de diálise e, que estavam presentes
no momento da coleta de dados.
A coleta de dados foi realizada entre os meses de abril e maio de 2018 mediante obser-
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados foram agrupados em torno dos eixos temáticos oriundos das cinco cate-
gorias criadas: Exercício burocrático e assistência humanizada; habilidades para a gestão;
convívio multiprofissional e princípios éticos nas relações de trabalho; Envolvimento interpes-
soal; busca por conhecimento profissional e construção de novas ideias no serviço de diálise.
Observou-se que o enfermeiro dedica grande parte do seu tempo de trabalho no ser-
Embora seja de conhecimento que o ato de cuidar é influenciado por questões organi-
zacionais e do processo de trabalho, é importante que o enfermeiro desenvolva sua prática
em consonância com os princípios da sua profissão e junto ao paciente. Nesse sentido, o
cuidar é uma atitude, isto é, o cuidar demonstra uma atitude de ocupação, preocupação e
responsabilização com o paciente, sendo necessário que as atividades burocráticas não
sobreponham o cuidado direto, mas que se complementem em prol da assistência segura
e holística (SALVIANO MEM, et al., 2016; MORORÓ DDS, et al., 2017).
Logo a ação do cuidar vai ao encontro do compromisso de manter a dignidade e a
singularidade do ser cuidado. É um momento de preocupação, interesse e motivação, em
que o respeito, a consideração e a gentileza se tornam diferenciais. A consciência do cui-
dado deve abranger a capacidade de decisão, a sensibilidade e o pensamento crítico, para
O paciente que frequenta o serviço de diálise, pelo caráter crônico de sua doença e,
assim, pela sua periodicidade no serviço, fica mais próximo do profissional e da equipe.
Portanto, ele precisa ser enxergado em sua extensão social e familiar. Isto é, em situação
de vulnerabilidade o equilíbrio e os papeis de cada membro se alteram, sendo fundamental
atender as necessidades de toda a rede familiar. Logo, o vínculo enfermeiro-paciente-família
é essencial. Um bom relacionamento é potencializador para gerar confiança, a qual facilita
as práticas de educação em saúde (FRAZÃO, CMFQ et al., 2014).
REFERÊNCIAS
Adamy EK, Teixeira E. The quality of education in times of new National Curriculum Parameters.
Rev Bras Enferm [Internet]. 2018;71(Suppl 4):1485-6. [Thematic Issue: Education and teaching
in Nursing]
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução CNS N573, de 31 de janeiro
de 2018. Aprova o Parecer Técnico nº 28/2018 contendo recomendações do Conselho Nacional
de Saúde (CNS) à proposta de Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para o curso de graduação
Bacharelado em Enfermagem. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n°466 /12. Diretrizes e
normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Diário Oficial da República
Federativa do Brasil. Brasília, 2012.
CARAM, CDS; REZENDE, L.C.; BRITO, M.J.M. Prática colaborativa: potencialidades e desafios
FERNANDES JD, REBOUÇAS LC. Uma década de Diretrizes Curriculares Nacionais para a Gra-
duação em Enfermagem: avanços e desafios. Rev Bras Enferm, 2013;66(esp):95-101.
FERREIRA MA. Enfermagem: arte e ciência do cuidado. Esc. Anna Nery Rev. Enferm ,
2011;15(4):664-666.
Frazão CMFQ , et al. Cuidados de enfermagem ao paciente renal crônico em hemodiálise. Rev
Rene. 2014; 15(4):701-9.
FERREIRA VHS, TEIXEIRA VM, GIACOMINI MA, ALVES LR, GLERIANO JS, CHAVES LDP.
Contribuições e desafios do gerenciamento de enfermagem hospitalar: evidências científicas. Rev
Gaúcha Enferm. 2019;40:e20180291. doi: https://doi. org/10.1590/1983- 1447.2019.20180291
GELBCKE FL, et al. Liderança em ambientes de cuidados críticos: reflexões e desafios à Enfer-
magem Brasileira. Rev. bras. enferm. 2009;62 (1):1369.
MORORÓ DDS, et al. Análise conceitual da gestão do cuidado em enfermagem no âmbito hospi-
talar. Acta Paul Enferm. 2017; 30(3):323-32.
OLIVEIRA NB, COSTA E SILVA FV, ASSAD LG. Competências do enfermeiro especialista em
nefrologia. Rev enferm UERJ, 2015; 23(3): 375-80.
SALVIANO MEM, et al. Epistemologia do cuidado de enfermagem: uma reflexão sobre suas bases.
Rev Bras Enferm. 201;69(6):1240-5.
TEIXEIRA E et al. Panorama dos cursos de Graduação em Enfermagem no Brasil na década das
Diretrizes Curriculares Nacionais. Rev Bras Enferm, 2013;66(esp):102-10.
VIEIRA MA, et al. Diretrizes Curriculares Nacionais para a área da enfermagem: o papel das com-
petências na formação do enfermeiro. Revista Norte Mineira de Enfermagem. 2016; 5(1): 105-121.
10.37885/200700796
RESUMO
Conforme os critérios do DSM-IV, para que esta classificação seja assertiva, a pessoa
deve apresentar seis ou mais dos sintomas de desatenção ou hiperatividade (sendo cerca
de 18 no total10), por no mínimo, um período de seis meses, em um grau que comprometa
a adaptação e seja incompatível com o nível de desenvolvimento.
Sob outra ótica, na dimensão da biologia, a área científica tem considerado duas
principais hipóteses neurológicas para o TDAH. A primeira delas sugere que o transtorno
é resultado de uma disfunção do lobo frontal causada por uma perturbação dos processos
inibitórios do córtex10. Já a segunda está relacionada com um desequilíbrio neuroquímico
nos sistemas neurotransmissores da noradrenalina e da dopamina (níveis inferiores) devido
a uma baixa produção ou subutilização dessas substâncias12.
Já na perspectiva da caracterização sócio-emocional, a maneira como a criação é
conduzida pelos pais de uma criança com TDAH pode ser considerada um fator que altera
o curso do transtorno de modo positivo ou negativo. Neste contexto, Hernandez13 afirma que
há uma hiperatividade de comportamento ou hiperatividade reativa “gerada em ambiente
onde há relacionamentos familiares insatisfatórios e falta de reciprocidade afetiva, sendo a
criança objeto de permanente desvalorização e alvo de crítica”.
Finalmente, Barkley et al.14. considera que há uma relação multidimensional que pode
desencadear o distúrbio, ou seja, ocorre interações multidirecionais, recíprocas e dinâmicas
entre os fatores genéticos, neurais, psicológicos, comportamentais e ambientais que ocorrem
ao longo do desenvolvimento da criança.
Partindo desses pressupostos8-14, o que se pode inferir é que há cada vez mais a
CONCLUSÃO
Os teóricos selecionados para esta pesquisa concordam que apenas o brincar dentro
dos espaços da brinquedoteca não é suficiente para resolver todas as demandas relacio-
nadas aos comportamentos das crianças com TDAH. Entretanto, consideram que este é
um dos caminhos mais assertivos para desenvolver as habilidades de cada um e diminuir
substancialmente determinados sintomas e efeitos desta condição.
De qualquer modo, ainda que mais estudos precisem ser realizados sobre o Transtorno
do Déficit de Atenção com Hiperatividade, faz-se necessário promover e investir cada vez
mais em espaços desta ordem, visto que, como apontado neste trabalho, traz benefícios
nas esferas individual, familiar, educacional e social.
REFERÊNCIAS
Bogdan, R. C.; Biklen, S. K. Investigação Qualitativa em Educação. Portugal: Porto Editora, 2010.
Almeida, M.T.P.; Costa Júnior, M.; Silva, A.C. Brinquedoteca: brincar para incluir. X Congresso
Nacional de Educação – EDUCERE, Curitiba, 7-9 de nov./2011.
Seno, M.P. Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH): o que os educadores sabem?.
Rev. psicopedag. [online]. 2010, vol.27, n.84, pp. 334-343 .
Antony, S.; Ribeiro, J.P. A Criança Hiperativa: Uma Visão da Abordagem Gestáltica. Psicologia:
Hallowell, E. & Ratey, J.. Tendência à distração: Identificação e gerência do distúrbio do déficit
de atenção da infância à vida adulta. (A. Carvalho, Trad.) Rio de Janeiro: Rocco. 1999 (Trabalho
original publicado em 1994).
Hernandez, M. Evaluación del niño hipercinético. Anales Español de Pedriatria, 1, 1989, 40-41.
Barkley, R., Murphy, K. & Bauermeister, J. (1998). Trastorno por déficit de atención e hiperatividad.
New York: Guilford Press.
Lopes, M. G. Jogos na Educação: criar, fazer e jogar. 4a ed. São Paulo: Cortez, 2001.
Lima, E.P.A relação do lúdico na aprendizagem de crianças hiperativas nas séries iniciais. Centro
Universitário de Brasília, Faculdades de Ciência da Saúde – FACS, Psicologia, 2006, 51 fls.
10.37885/200600553
RESUMO
Este estudo tem como finalidade analisar a importância do enfermeiro em uma equipe
multiprofissional na busca do bem – estar de pacientes oncológicos em cuidados paliativos.
Tendo como base os significados já descritos na literatura que descreve a importância da a
assistência de enfermagem aos pacientes em cuidados paliativos. Um dos objetivos deste
estudo compreender como a assistência do enfermeiro contribui para melhor qualidade
de vida para os pacientes oncológicos em cuidados paliativos. A metodologia utilizada
tem natureza bibliográfica. A técnica de coleta de dados foi através de pesquisa em sites
de google, scielo, teses de dissertação e manual de cuidados paliativos. Foi possível
concluir com este estudo os profissionais de enfermagem tem papel fundamental nos
cuidados paliativos de pacientes oncológicos, o que contribui de forma significativa para
o aumento da qualidade de vida destes pacientes.
A doença oncológica é sem dúvida uma das maiores causas de hospitalizações e boa
parte dos problemas encontrados são complicações decorrentes do câncer em si levando
muitos pacientes a um mau prognóstico ou seja sem chance de cura, colocando-os como
pacientes em cuidados paliativos sendo, portanto de extrema importância que todos os
profissionais envolvidos estejam preparados para atuar na atenção a este tipo de paciente
pois são inúmeras suas necessidades prestando desta forma uma assistência de qualidade
para pacientes com câncer sem possibilidade de cura.
De acordo com Saporetti et al,2012 quando o paciente recebe a notícia de ser portador
de uma doença grave e incurável como é o câncer isto gera uma série de sentimentos de
angústias e incertezas que muitas vezes mexem com a estrutura psíquica do ser humano.
Quanto maior a percepção de ameaça que a doença tal qual é o câncer acarreta e menor
a percepção individual dos tipos de recursos, maior tende a ser o sofrimento do indivíduo.
Os sentimentos implicados neste sofrimento não somente sintomas físicos, mas sim
no significado que paciente e familiares atribuem a todas as vivências decorrentes deste
momento da vida e vinculadas às experiências emocionais anteriores
Portanto ao receber um diagnóstico de câncer o paciente sente-se com o emocional
abalado, são muitas incertezas e questionamentos, haverá cura, como será o tratamento, e
a família como vai reagir, pensamentos acerca da morte, sofrimento, como ficará o sustento
da família quando o doente é o provedor, são várias inquietações que se fazem presentes.
Segundo Silva e Araújo, 2012 independentemente de fatores tais como idade, etnia ou
sexo, alguns pensamentos e sentimentos estão presentes na vida de quem vivencia a termi-
nalidade: a preocupação com os familiares que vão ficar, o medo do desconhecido perante
a morte, do sofrimento intenso no momento da morte e de estar sozinho quando tudo isso
acontecer são frequentes e geram intenso sofrimento emocional para o doente. Reflexões
sobre a sua vida também são constantemente realizados e podem trazer angústias para o
paciente como por exemplo assuntos inacabados ou conflitos a serem resolvidos.
Entretanto o que se percebe é que existe um grande desafio no que diz respeito a
qualificação da equipe como um todo, pois muitos não têm o preparo suficiente para atuar
neste tipo de assistência, portanto este trabalho visa contribuir para que seja dada uma
maior importância na qualificação do profissional enfermeiro para que desta forma possamos
conseguir uma melhor qualidade de vida para pacientes oncológicos em cuidados paliativos.
Para Vasconcelos et. al,2012:
Um dos objetivos dos cuidados paliativos é dar qualidade de vida para os pacientes, é
um tipo de abordagem que deve ser iniciada desde o diagnóstico do paciente, e quando o
tratamento não tiver mais um prognóstico positivo em relação a cura, então deve-se inten-
sificar este tipo de cuidado.
Entendemos que quando um paciente não tem mais possibilidade de cura, ainda tem
muito por fazer em relação aos cuidados destinados a estes pacientes com objetivo de aten-
der as necessidades físicas, emocionais, sociais e espirituais destes pacientes, e manejo
da dor uma vez que esta costuma ser intensa.
Segundo Bossoni et al., 2009 o diagnóstico de câncer representa uma experiência
negativa para a maioria das pessoas, embora, por vezes, possa se constituir em um pro-
cesso de aprendizado e crescimento. Portanto, ele é tido como um desafio para o paciente,
a família e os profissionais da saúde, independentemente da resposta ao tratamento e o
curso da doença, promovendo uma mudança nos valores e crenças.
A vivência com pacientes em cuidados paliativos constantemente nos faz querer com-
preender mais sobre a temática, e com isso se aperfeiçoar melhor e assim poder ofertar
uma qualidade de vida para os pacientes sem perspectiva de cura, ou seja, melhorar o tipo
de atendimento prestado a este tipo de paciente.
Muitos profissionais ainda necessitam de qualificação para prestar cuidados aos pa-
cientes oncológicos, pois a assistência dever ser embasada não somente no cuidado físico,
mas emocional e espiritual, ou seja, de forma holística, sabendo, que no ambiente hospitalar
e na presença de metástases, na finitude da vida, é o momento que eles mais necessitam
de profissionais que os ajude a vivenciar estes momentos difíceis.
OBJETIVOS:
• Objetivos Específicos:
METODOLOGIA
DESENVOLVIMENTO
Pacientes Oncológicos
Cuidados Paliativos
Segundo Bossoni et al., 2009 cada indivíduo tem uma forma diferenciada de reagir ao
diagnóstico de câncer isso é influenciado por diversos fatores, incluindo o momento de vida
no qual o paciente se encontra. É comum surgimento de sentimentos tais como ansiedade,
raiva, medo, angústia, culpa e depressão e, muitas vezes, tentativas de suicídio como me-
canismo de enfrentamento a doença.
É importante observar a forma como cada paciente recebe a notícia do diagnóstico
de um câncer, pois isso pode influenciar na adesão do mesmo ao tratamento, devendo ser
ofertadas todas as informações pertinentes, e apoio psicológico também é de essencial.
A família sem dúvida como parte integrante do paciente deve receber uma atenção
especial, pois a mesma embora não esteja doente, mas vivencia momentos difíceis ao ver
seu ente querido doente, e em processo de morte, sentimento de impotência muitas vezes
toma de conta de seus pensamentos, portanto necessita de um acompanhamento psicoló-
gico, para melhor enfretamento deste processo de perda.
De acordo com Bossoni et. al 2009 o paciente deve ter assegurado morrer com dig-
nidade, visto que o câncer geralmente lhe concede tempo para que se prepare para a sua
própria morte. Consequentemente, enquanto reflete sobre isso ele também pode expressar
sentimentos de negação em relação ao processo de adoecer e morrer, o que poderá refletir
tanto no tratamento quanto no impacto deste em seu convívio familiar.
Sabemos que a morte é algo que mexe com todo ser humano, uma vez que todos
vivem e não refletem em como vão morrer, até que um diagnóstico como o câncer aparece
para mudar o curso de sua vida, o que os faz vivenciar uma série de sentimentos, questio-
namentos.
De acordo com Vasconcelos et. al, 2012 quando as possiblidades de cura se esgotam,
o objetivo da atenção dado ao paciente é a promoção da qualidade de vida a qual pode ser
alcançada por meio de medidas de conforto, alívio e controle de sintomas, suporte espiritu-
al, psicossocial e apoio no processo de enlutamento para família e paciente. A concepção
de qualidade de vida é algo extremamente importante para paciente e família, portanto o
cuidado paliativo é tido como uma abordagem que procura melhorar essa qualidade de vida
com um cuidado que se aproxima do ideal, por meio de medidas e condutas que respeitem
e compreendam o indivíduo como um alguém com necessidades sociais e individuais, por-
tador de valores, crenças.
Os pacientes em cuidados paliativos necessitam, portanto de atenção especial em re-
lação a suas necessidades, ou seja, um cuidado que mais se aproxime do ideal, respeitando
autonomia, dando suporte necessário à sua família também pois entende-se que esta faz
parte integrante do bem-estar do paciente.
Assistência de Enfermagem
Saber ouvir e estar atento ao que é revelado na linguagem não verbal pelo paciente,
deve ser uma tarefa contínua e importante no processo de cuidados paliativos, precisa-se
ter uma boa percepção para identificar quais as necessidades daquele indivíduo embora
ele não possa expressar verbalmente, é necessária sensibilidade para assim desenvolver
melhor a assistência de forma eficaz.
Por vezes o silêncio se torna importante, para que o paciente consiga expressar seus
sentimentos, o bom humor ´por parte do profissional é primordial, pois isso torna a comunica-
ção mais fácil com o paciente e familiares, o deixando-o com mais confiança para verbalizar
seus anseios, medos, dando oportunidade para que o mesmo consiga extravasar toda sua
angústia.
Devemos levar em consideração os tipos de dores apresentadas pelo paciente, pois só
compreendendo podemos ajuda-lo a amenizá-la, com base nisto podemos citar dois tipos:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi possível concluir com base nos dados coletados, que a enfermagem tem um impor-
tante papel, na assistência aos pacientes oncológicos em cuidados paliativos, contribuindo
deste modo para melhorar a qualidade de vida destes pacientes, através de mecanismos tais
como comunicação sendo ela verbal ou não verbal, inserindo a família com o objetivo de me-
lhor compreender o indivíduo, amenizando seus anseios, inquietações, medos e oferecendo
o suporte necessário para que as manifestações sejam elas de origem fisiológica, emocional
possam ser controladas, possibilitando assim uma melhor abordagem neste tipo de cuidado.
Pode-se observar claramente como uma equipe treinada para este tipo de cuidado
pode fazer a diferença na vida destes pacientes, uma vez que tem maior sensibilidade para
lidar com os mais variados tipos de emoções manifestadas.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Cristiani Garrido de; COSTA, Solange Fátima Geraldo da. LOPES, Maria Emília Li-
meira. Cuidados paliativos: a comunicação como estratégia de cuidado para o paciente em fase
terminal. Ciênc. Saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 18, n. 9, set. 2013. Disponível em: http://www.
scielo.br/pdf/csc/v18n9/v18n9a06.pdf. Acesso em: 10 mai 2018 14:30
ARAUJO, Monica Martins Trovo de; SILVA, Maria Júlia Paes da. O conhecimento de estratégias
de comunicação no atendimento à dimensão emocional em cuidados paliativos. Texto contexto -
enferm., Florianópolis , v. 21, n. 1, mar. 2012 . Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v21n1/
a14v21n1.pdf. Acesso em: 03 jun 2018 08:20
BUENO, Giani de Figueiró. Qualidade de Vida em Cuidados Paliativos de Idosos com câncer.
Curso de Especialização em Gestão da Atenção à Saúde do Idoso, Monografia, 2013. Disponível
em: file:///C:/Users/User/Downloads/TCC-Sa%C3%BAde-do-Idoso-Giani-Bueno.pdf. Acesso em
11 mai 2018 10:30
BOSSONI, Ruvie Henrique Caovilla; STUMM Eniva Miladi Fernandes; HILDEBRAND Leila Mari-
za; LORO, Marli Maria. Câncer e Morte, um Dilema para Pacientes e Familiares. Rev. Contexto e
Saúde. 2009. Disponível em: https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoesaude/article/
view/1455/1211. Acesso em: 28 mai 2018 10:40
CARDOSO, Daniela Habekost; MUNIZ, Rosani Manfrin Muniz; SCHWARTZ, Eda; ARRIEIRA,
Isabel Cristina de Oliveira. Cuidados Paliativos na Assistência Hospitalar: A Vivência de uma Equipe
Multiprofissional. Texto Contexto Enferm, vol. 22 nº. 04 Florianópolis, oct./dec. 2013. Disponivel
em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072013000400032Acesso
em 10 mai 2018 10:50
LUCA, Manoela Dias de; SANTOS Iraci dos; BERARDINELLI, Lina Marcia Miguéis. Características
Nosológicas de Clientes com Câncer em Cuidados Paliativos: Autorrelato Através da Consulta de
Enfermagem. Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2012. Disponível em: http://www.e-publicacoes.
uerj.br/index.php/enfermagemuerj/article/view/4077. Acesso em: 10 mai 2018 10:20
MACIEL, Maria Goretti Sales. Avaliação do paciente em Cuidados Paliativos. Manual de Cuida-
dos Paliativos, 2012 pag. 31-41. Disponível em: http://biblioteca.cofen.gov.br/wp-content/uplo-
ads/2017/05/Manual-de-cuidados-paliativos-ANCP.pdf Acesso em: 08 mai 2018 21:00
MATOS, Gustavo Duarte Ramos; PULSCHEN, Anelise Carvalho. Qualidade de Vida de Pacientes
Internados em uma Unidade de Cuidados Paliativos: um Estudo Transversal Disponível em:
http://www.inca.gov.br/rbc/n_61/v02/pdf/06-artigo-qualidade-de-vida-de-pacientes-internados-em-
-uma-unidade-de-cuidados-paliativos-um-estudo-transversal.pdf. Acesso em: 02 jun 2018 20:30
SAPORETTI, Luis Alberto; ANDRADE, Letícia ; SACHS, Maria de Fátima Abrantes ; GUIMARÃES,
Tânia Vanucci Vaz. Diagnóstico e abordagem do sofrimento humano. Manual de Cuidados Palia-
tivos, 2012 pag. 42-55. Disponível em: http://biblioteca.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/05/
Manual-de-cuidados-paliativos-ANCP.pdf Acesso em: 08 mai 2018 20:30
SILVA, Maria Júlia Paes da; ARAÚJO, Mônica Martins Trovo de. Comunicação em Cuidados Palia-
tivos. Manual de Cuidados Paliativos, 2012 pag. 75-85. Disponível em: http://biblioteca.cofen.gov.br/
VASCONCELOS, Esleane Vilela; SANTANA, Mary Elizabeth de; SILVA, Sílvio Éder Dias da. De-
safios da enfermagem nos cuidados paliativos: revisão integrativa. Disponível em: http://revista.
portalcofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/viewFile/296/158 Acesso em: 15 mai 2018 14:25
Anderson Laureth
Tatiane de Alvarenga Antunes
10.37885/200700740
RESUMO
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Fonte: MANSUR, C.G.; DUARTE, L.S. Depressão e mania. Medicina Net. Disponível em: http://www.medicinanet.com.br/conteudos/
revisoes/52/depressao_e_mania.htm
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
Amorosi M. Correlation between sport and depression. Psychiatria Danubina 2014; 26 (1): 208-210.
Anderson IM, Nutt DJ, Deakin JF. Evidence-based guidelines for treating depressive disorders with
antidepressants: a revision of the 1993 British Association for Psychopharmacology guidelines.
British Association for Psychopharmacology. J Psychopharmacol. 2000;14(1):3-20.
Beserra AHN, Kameda P, Deslandes AC, Schuch FB, Laks J, Moraes HS.Can physical exercise
modulate cortisol level in subjects with depression? A systematic review and meta-analysis. Trends
Psychiatry Psychother 2018; 40(4):360-368.
Blumenthal JA, Babyak MA, Doraiswamy PM, Watkins L, Hoffman BM, Barbour KA, et al. Exercise
and pharmacotherapy in the treatment of major depressive disorder. Psychosom Med 2007; 69(7):
587-96.
Carneiro LF, Mota MP, Schuch F, Deslandes A, Vasconcelos-Raposo J. Portuguese and Bra-
zilian guidelines for the treatment of depression: exercise as medicine. Rev Bras Psiquiatr.
2018;40(2):210–11.
Fleck MP, Berlim M T, Lafer B, Sougey EB, Del Porto JA, Brasil MAet al . Revisão das diretrizes da
Associação Médica Brasileira para o tratamento da depressão. Rev. Bras. Psiquiatr. 2009 ; 31(Su-
ppl1):S7-S17.
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5635:folha-informati-
va-depressao&Itemid=1095
https://www.sbmfc.org.br/depressao/
Murri MB et al. Physical Exercise in Major Depression: Reducing the Mortality Gap While Improving
Clinical Outcomes. Front Psychiatry 2019; 9:1-10.
Pereira SMP, Geoffroy MC, Power C. Depressive Symptoms and Physical Activity During 3 Deca-
Rost K et al. Persistently poor outcomes of undetected major depression in primary care. Gen Hosp
Psychiatry. 1998;20(1):12-20
Sanches A, Costa R, Marcondes FK, Cunha TS. Relationship among stress, depression, cardio-
vascular and metabolic changes and physical exercise. Fisioter. mov. 2016; 29: 23-36.
Schuch FB, Vasconcelos-Moreno MP, Borowsky C, Zimmermann AB, Rocha NS, Fleck MP. Exer-
cise and severe major depression: effect on symptom severity and quality of life at discharge in an
inpatient cohort. J Psychiatr Res. 2015;61:25-32.
Siqueira CC, Valiengo LL, Carvalho AF, Silva PRS, Missio G, Sousa RT et al. Antidepressant Ef-
ficacy of Adjunctive Aerobic Activity and Associated Biomarkers in Major Depression: A 4-Week,
Randomized, Single-Blind, Controlled Clinical Trial. PLoS ONE 2016; 11(5): 1-11.
Taylor D, Boyaijin J, James N. Acidosis stimulates beta-endorphin release during exercise. Jour-
nalofAppliedPhysiology: 1913-8, 1994.
Vasconcelos-Raposo J, Fernandes HM, Mano M, Martins M. Relação entre exercício físico, de-
pressão e índice de massa corporal. Motricidade 2009; 5: 21-32.
Vieira JLL, Porcu M, Rocha PGM. A prática de exercícios físicos regulares como terapia comple-
mentar ao tratamento de mulheres com depressão. J BrasPsiquiatr 2007; 56: 23-28.
10.37885/200800874
RESUMO
METODOLOGIA
RESULTADOS
Fonte: autoras
Fonte: Autoras
Nos resultados dos estudos trouxeram três vertentes, percebidas através das institui-
ções de longa permanência; preocupação em relação às quedas e a capacidade funcional e;
espaços, transportes e locomoção, correlatados nos desafios ambientais e o envelhecimento.
A perda da capacidade funcional apresenta-se como um dos fatores relevantes na
relação com o ambiente e a mobilidade de idosos, gerando dependência, aumento do medo
e risco de quedas, barreiras na mobilidade provocando complicações ao longo do tempo,
institucionalização, ocasionando o aumento de cuidados e alto custo para os serviços de
saúde, além da morte (CARNEIRO; VILELA; MEIRA, 2016). No estudo dos mesmos auto-
res sobre instituições de longa permanência com 34 idosos (17 institucionalizados e 17 não
institucionalizados) foi possível verificar que 88,24% dos idosos institucionalizados são inde-
pendentes contrapondo aos 70,59% não institucionalizados que apresentam esta condição,
no entanto, não ocorreram diferenças significativas entre a mobilidade e a moradia. Neste
estudo, apesar dos idosos institucionalizados aparentemente possuírem independência, po-
dem desenvolver ao longo de sua estadia diferentes graus de dependência, devido a falta de
motivação, encorajamento e estímulo, característicos dos ambientes asilares (CARNEIRO;
VILELA; MEIRA, 2016).
Em um outro estudo com 11 instituições (Centro-dia e Instituições de Longa permanên-
cia) foram entrevistados 88 idosos de cada instituição, sobre os cinco critérios de mobilidade:
conectividade (transporte público); convivência (caminhos a pé); conforto (deslocamento
pleno e agradável, sensação de calma e acolhimento, mobiliário de descanso); legibilidade
(percursos fáceis e locais de fáceis de encontrar) e convivência (locais atrativos e espaços,
integração social, culturais e riquezas arquitetônicas), estes cinco critérios produzem um
resultado na mobilidade, participação social, qualidade de vida e ambiente urbano, fatores
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M.H.M; CAROMANO, F.A; RIBEIRO, S.S; BATISTA, M.P.P. Programa de orientação
para motoristas idosos. Revista Brasileira Geriatria e Gerontologia, 19(2), 303-311, 2016.
CARNEIRO, D.N; VILELA, A.B.A; MEIRA, S.S. Avaliação do déficit cognitivo, mobilidade e ativi-
dades da vida diária. Revista APS, 19(2) 203-209, 2016.
FERREIRA, O.G.L; MACIEL, S.C; COSTA, S.M.G; SILVA, A.O; MOREIRA, M.A.S.P. Envelhecimen-
to ativo e sua relação com a independência funcional. Revista Texto e Contexto – Enfermagem,
21(3), 513-8, 2012.
GIEHL, M.W. C.; SCHNEIDER I. J. C.; CORSEUIL, H. X.; BENEDETTI, T. R. B.; D'ORSI, E. Ati-
vidade física e percepção do ambiente em idosos: estudo populacional em Florianópolis. Revista
de Saúde Pública, 46, 516-525, 2012.
GRANBOM, M.; IWARSSON, S.; KYLBERG, M.; PETTERSSON, C.; SLAUG B. A public health
perspective to environmental barriers and accessibility problems for senior citizens living in ordinary
housing. BMC Public Health, 16 (1), 772, 2016.
HANS-WERNER, W.; WEINSMAN, G.D. Environmental gerontology at the beggining of the new
millennium: reflections on its historical, empirical and theoretical development. The Gerontologist,
43(5), 616-627, 2003.
HINO, A.A.F; REIS, R.S; FLORINDO, A.A. Ambiente construído e atividade física: uma breve revi-
são dos métodos de avaliação. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano,
12(5), 387-394, 2010.
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Projeção da população das unidades da fede-
ração por sexo e idade: 2000-2030, 2013, acessado em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/
populacao/projecao_da_populacao/2013/default.shtm
LAWTON, M. P. The impact of the environment on aging and behavior. In J. E. Birren & K. W.
Schaie (Eds.), Handbook of the psychology of aging. New York: Van Nostrand, 276-301, 1977.
LOURENÇO, T. M.; LENARDT, M. H.; KLETEMBERG, D. F.; SEIMA, M. D.; TALLMANN, A. E. C.;
NEU, D. K. M. Capacidade funcional no idoso longevo: uma revisão integrativa. Revista Gaúcha
de Enfermagem, 33(2),176-185, 2012.
NAVARRO, J.H.N; ANDRADE, F.P; PAIVA, T.S; SILVA, D.O; GESSINGER, C.F; BÓS, A.J.G.
Percepção dos idosos jovens e longevos gaúchos quanto aos espaços públicos em que vivem.
Revista Ciências e Saúde Coletiva, 20(2), 2015.
PORTUGAL, M.E.G; LOYOLA, E.A.T. Mobilidade urbana adequada para os idosos: uma importante
questão de saúde pública. Revista Gestão & Saúde, 10, 26- 34, 2014.
ROSSO, A. L.; AUCHINCLOSS, A. H.; MICHAEL, Y. L. The urban built environment and mobility
in older adults: a comprehensive review. Journal of Aging Research, 2011.
SANTINHA, G; MARQUES, S. Ambiente construído, saúde pública e políticas públicas: uma discus-
são à luz de percepções e experiências de idosos institucionalizados. Revista Saúde e Sociedade,
24(3), 1047-1060, 2015.
SCHEIDT, R. J.; WINDLEY, P. G. Environmental gerontology: Progress in the post-Lawton era. In:
Handbook of the psychology of aging. Academic Press, 105-125, 2006.
SILVA, S.L.A; PEIXOTO, S.V; LIMA-COSTA, M.F; SIMÕES, T.C. Efeito da idade, período e coorte
de nascimento na incapacidade de idosos residentes na comunidade: Coorte de Idosos de Bambuí
(1997-2012). Caderno de Saúde Pública, 35(9), 1-15, 2019.
VALE, D. S. A cidade e a bicicleta: uma leitura analítica, Revista Finisterra, (51)103, 45-66, 2016.
10.37885/200600534
RESUMO
O trauma leva a óbito, anualmente, 5,8 milhões de indivíduos no mundo, ou seja, 10%
da mortalidade encaixa-se nesse contexto (OPAS, 2019). Segundo a National Association
of Emergency Medical Technicians (2012), somando as mortes provenientes de todas as
doenças, ainda assim, esse número é menor do que os óbitos ocorridos por traumas não
intencionais e violência. Destaca-se que a população mais jovem e ativa está mais exposta
às situações de risco, comprovadamente, indivíduos entre 15 a 29 anos têm como principal
causa de mortalidade os danos provenientes do trânsito, vitimando, no Brasil, anualmente,
41 mil indivíduos, sendo que 284 mil permanecem com sequelas e a soma atinge o montante
de 199 bilhões de reais, custo estimado por pesquisa realizada pelo DPVAT (NATIONAL
ASSOCIATION OF EMERGENCY MEDICAL TECHNICIANS, 2012; HOSPITAL SÃO MAR-
COS, 2018).
Nesse contexto, o atendimento pré-hospitalar adequado se destaca como diferencial
e modificador das consequências pós-trauma, atuando positivamente sobre a gravidade do
quadro, diminuindo os impactos econômico, psicológico e social (OPAS, 2019; NATIONAL
ASSOCIATION OF EMERGENCY MEDICAL TECHNICIANS, 2012). A abrangência do
trauma configura-se, entre diversas outras causas, situações como envenenamento, afo-
gamento, quedas, queimaduras, suicídio, homicídio, acidentes com veículos motorizados e
armas de fogo, ocupando os dois últimos mais da metade desses óbitos (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2001). Fica claro, também, que muitas dessas causas são evitáveis e passíveis de
prevenção, sendo incontestável a importância de políticas públicas preventivas (NATIONAL
ASSOCIATION OF EMERGENCY MEDICAL TECHNICIANS, 2012).
Os prontos socorros são áreas de grande complexidade assistencial dentro das uni-
dades de saúde, são esses locais que recebem as urgências e emergências médicas e,
usualmente, são divididos em alas de acordo com o nível de complexidade das patologias
dos pacientes (MARTINS et al., 2014; GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO,
2020). A ala vermelha (ou sala vermelha) é onde ficam os pacientes com estados de saúde
mais comprometidos, que diretamente chegam precisando de estabilização rápida, cuidados
intensivos, terapia medicamentosa apropriada, terapia nutricional, transfusões, fisioterapia
respiratória e suporte ventilatório, necessárias para o aumento da sobrevida (GOVERNO DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO, 2020; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013). Após manutenção
e controle do quadro clínico dos pacientes, os mesmos podem ser encaminhados para ou-
tros setores hospitalares, segundo a complexidade individual (GOVERNO DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO, 2020; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013; SOBRAL SOARES et al., 2016).
Atuar em um ambiente como esse requer competências profissionais e conhecimen-
tos científicos fundamentais para o manejo rápido e adequado dos pacientes, direcionando
METODOLOGIA
RESULTADOS
DISCUSSÃO
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
AGUIAR, Harley Daviddson Gomes et al. O ensino da medicina de urgência no Brasil. Rev Med
Minas Gerais, v. 21, n. 4, p. 27-31, 2011.
BOTELHO, Nara Macedo; FERREIRA, Iago Gonçalves; SOUZA, Luis Eduardo Almeida. Ligas
acadêmicas de medicina: artigo de revisão. Rev. Paraense de Med. 2013; 27(4):85-88.
BRASIL. Lei nº 12.871, de 22 de outubro de 2013. Institui o Programa Mais Médicos, altera as Leis
no 8.745, de 9 de dezembro de 1993, e no 6.932, de 7 de julho de 1981, e dá outras providências.
Brasília: Diário Oficial da União:2013.
CAVALCANTE, Ana Suelen Pedroza et al. As ligas acadêmicas na área da saúde: lacunas do
conhecimento na produção científica brasileira. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 42, n.
1, p. 199-206, 2018.
DE QUEIROZ, Sílvio José et al. Ligas Acadêmicas e Currículo Médico: relações e relato de ex-
periência. Revista Fragmentos de Cultura-Revista Interdisciplinar de Ciências Humanas, v. 25, n.
1, p. 47-55, 2015.
FERREIRA, Iago Gonçalves; SOUZA, Luís Eduardo Almeida de; BOTELHO, Nara Macedo. Ligas
Acadêmicas de Medicina: perfil e contribuições para o ensino médio. Rev. Soc. Bras. Clín. Méd,
v. 14, n. 4, p. 239-244, 2016.
MARTINS, Júlia Trevisan et al. Equipe de enfermagem de emergência: riscos ocupacionais e me-
didas de autoproteção [Emergency nursing team: occupational risks and self protection]. Revista
Enfermagem UERJ, v. 22, n. 3, p. 334-340, 2014.
MONTEIRO, Lívia et al. Academic league: is it positive? Experience of Liga Baiana de Cirurgia
Plástica. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, v. 23, n. 3, p. 158-161, 2001.
O custo do Trauma no Brasil chega perto de 200 bilhões. Hopital São Marcos, 2018. Disponível
em: http://www.saomarcos.org.br/artigo/o-custo-do-trauma-no-brasil-chega-perto-de-200-bilhoes.
Acesso em: 14 de março de 2020.
PERES, Cristiane Martins; ANDRADE, Antonio dos Santos; GARCIA, Sérgio Britto. Atividades
extracurriculares: multiplicidade e diferenciação necessárias ao currícu. Revista Brasileira de
Educação Médica, v. 31, n. 3, p. 203-211, 2007.
SHENVI, Christina L.; BIESE, Kevin; TINTINALLI, Judith. 30 años de programas de residencia en
Medicina de Urgencias y Emergencias en Estados Unidos. Emergencias, v. 25, n. 1, p. 9-12, 2013.
SOBRAL SOARES, Tânia Catarina et al. Profile of users served in the red room of a 24 hour health
unit. Journal of Nursing UFPE/Revista de Enfermagem UFPE, v. 10, n. 12, 2016.
TEDESCHI, Luciana Thurler et al. A experiência de uma liga acadêmica: impacto positivo no conhe-
cimento sobre trauma e emergência. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, v. 45, n. 1, 2018.
UPA 24 horas. Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: https://www.saude.
rj.gov.br/atendimento/upa-24-horas. Acesso em: 14 de março de 2020.
10.37885/200700670
RESUMO
A linguagem humana se manifesta desde a mais tenra infância, seja por meio do
choro, sorriso ou olhar de um bebê, e vai sendo aprimorada à medida que a criança
se desenvolve. Por meio da linguagem a criança terá contato e conhecimento do
ambiente em que está inserida, tornando-se, portanto, um importante instrumento de
aprendizagem e socialização. A literatura aponta várias teorias que procuram explicar
a linguagem e o seu desenvolvimento, dentre elas encontra-se o sociointeracionismo,
defendido por Vygotsky ao afirmar que a linguagem é fruto da interação social, do
diálogo entre os interlocutores e reconhecimento do outro. Porém, algumas alterações
do neurodesenvolvimento podem interferir tanto no processo de aquisição, quanto no
desenvolvimento da linguagem, como o Transtorno do Espectro Autista, caracterizado
principalmente pelas alterações comportamentais, transtornos no desenvolvimento
da linguagem e déficit em interações sociais. Objetiva-se apresentar relato de casos
clínicos vivenciados em um projeto de extensão universitária realizado por acadêmicos
sob orientação de professora coordenadora, em uma clínica-escola de uma instituição
pública de ensino superior. A metodologia empregada foi descrever de forma narrativa
as ações e o tratamento de duas crianças que apresentam o Transtorno do Espectro
Autista e participaram de intervenção fonoaudiológica em linguagem com abordagem
sociointeracionista. Partindo do pressuposto que a linguagem se desenvolve a partir da
interação com o outro, os casos descritos apontam a eficácia da abordagem escolhida,
através da evolução das pacientes acompanhadas.
Figuras 1 e 2: Imagens do setting terapêutico pré (1) e pós (2) atendimento fonoaudiológico
Para melhor compreensão das ações desenvolvidas, foram escolhidos dois casos
clínicos, em que as crianças permaneceram sendo acompanhadas por aproximadamente
quatro anos, sendo possível uma visão mais longitudinal do processo de aquisição e de-
senvolvimento da linguagem.
A amostra descrita é de casos clínicos de pacientes atendidas e que houve constatação
de evolução de quadros de aquisição de linguagem. Estas conseguiram superar um estado
CASOS CLÍNICOS
As crianças “A” e “B”, ambas do gênero feminino, com quatro anos de idade, ficavam
livres para escolherem o brinquedo, dentre os previamente selecionados pelos terapeutas, e
que ficavam expostos na sala. A partir daí, terapeutas buscavam através do uso da linguagem
oral (fala) tentar ao máximo interagir com elas, dirigindo-lhes a palavra e buscando manter
um contato visual. Mediado pelo brincar, as crianças iniciavam com os terapeutas trocas de
olhares, cada vez mais frequentes. Na medida que se adaptavam, permitiam o toque dos
terapeutas em suas mãos, dar abraços, ações essas, importantes para o desenvolvimento
das crianças autistas e o reconhecimento do outro como seu interlocutor.
Quando solicitadas a participar de brincadeiras mais dinâmicas, como cantar e “brin-
car de roda”, elas participavam oferecendo menos resistências, uma vez que a música era
bem aceita pelas crianças. Realizarem e acompanharem movimentos de rodar, agrada as
crianças autistas de uma maneira geral.
Durante esta atividade a “Criança A” tentava cantarolar mais frequentemente por de-
monstrar gostar de música. Embora verbalizasse pouco e, em alguns momentos, buscasse
se isolar dando as costas para os terapeutas. Mesmo assim, as estimulações de linguagem
e uso da música continuavam conseguiram reverter a negação de “A”, cantando canções
infantis que a criança demonstrava gostar.
Observava-se que a “Criança B” verbalizava várias palavras apropriadas ao contexto.
Em outros momentos, emitia vocalizações e, eventualmente, articulava palavras, sendo
estas mais próximas ao contexto com alguma intenção de interagir com os terapeutas. No
desenvolvimento humano, o processo de aquisição e uso da linguagem caracteriza-se pela
interação e variação dos sujeitos envolvidos na interlocução. O fonoaudiólogo reconhece o
objetivo de promover atividades interativas e representativas no contexto social, promovendo
a possibilidade comunicação entre os interlocutores (GOULART; CHIARA, 2012).
A linguagem não verbal era usada por ambas as crianças. Elas levantavam, anda-
vam na sala, pegavam nos brinquedos, usavam os materiais lúdicos algumas vezes sem
atribuir sentido ao seu uso de fato, pegavam para explorar com as mãos a textura, depois
os trocavam por outros, olhavam para os terapeutas e pegavam nas suas mãos, como que
CONCLUSÃO
Diante de todo o respaldo teórico, a metodologia terapêutica proposta e visão dos ca-
sos clínicos supracitados, afirmamos que o trabalho feito com crianças com TEA baseado
na linha teórica sociointeracionista é capaz de oferecer bons resultados para as crianças
e para as famílias que buscam o serviço da Clínica Escola de Fonoaudiologia da UFPB,
principalmente, com a queixa de que “sua criança não se comunica”.
As ações do projeto junto às famílias são voltadas para orientação e estimular a co-
municação, evitando comparações, ou exigências com marcação de tempo para a criança
adquirir e desenvolver a linguagem, uma vez que se respeita como elas processam o de-
senvolvimento da linguagem e são capazes de se expressarem. Concebe-se que todas as
crianças vivem a sua singularidade e superações das dificuldades conforme seu ritmo. Os
marcos do desenvolvimento que venham a aparecer sempre são comemorados no tempo
da criança, tirando a ideia de busca de um resultado linear no processo da aquisição da
linguagem.
O projeto atende um público oriundo da grande João Pessoa e tem potencial para
proporcionar uma experiência muito rica de prática clínica aos discentes vinculados, tendo
merecida visibilidade, em especial no ano de 2019, em que foi premiado em simpósio na área
de conhecimento e divulgado em meios de comunicação como redes sociais e emissoras
REFERÊNCIAS
ABREU, P.R; HUBNER, M.M.C. O comportamento verbal para B. F. Skinner e para S. C. Hayes:
uma síntese com base na mediação social arbitrária do reforçamento. Acta comport., Guadalajara,
v. 20, n. 3, p. 367-381, 2012 .
ALVES, M.M.C.; LISBOA, D.O.; LISBOA, D.O. Autismo e Inclusão Escolar. In: Colóquio Internacio-
nal "Educação e Contemporaneidade", 4., 2010, São Cristovão. Anais eletrônicos... São Cristovão:
EDUCON, 2010. Disponível em: https://ri.ufs.br/handle/riufs/10210. Acesso em: 24 jul. 2020
BEZERRA, G.B.; SOUZA, L.B. A aquisição da linguagem por Chomsky e por Tomasello. DLCV -
Língua, Linguístico & Literatura, João Pessoa, v.10, n.1 e 2, p. 19-32, 2013.
CAVALCANTI, A.E.; ROCHA, P.S. Autismo: construções e desconstruções. São Paulo: Casa do
Psicólogo, 2007. 3 ed. Revisada.
CRESPIN - CUILLÈRE, G. A clínica precoce: o nascimento do humano. São Paulo: Casa do Psi-
cólogo, 2004.
DEL RÉ, A. (Org). Aquisição da linguagem: uma abordagem psicolinguística. São Paulo: Contexto,
2006.
DODD, B. Differential Diagnosis and Treatment of Children with Speech Disorder. 2. ed. London
And Philadelphia: Whurr Publishers, 2018. 352 p.
GOMES, C.G.S; et al. Intervenção Comportamental Precoce e Intensiva com Crianças com Autismo
por Meio da Capacitação de Cuidadores. Rev. bras. educ. espec. vol.23 no.3 Marília July/Sept. 2017.
GOULART, B.N.G; CHIARI, B.M. Comunicação humana e saúde da criança: reflexão sobre a
promoção de saúde na infância e prevenção de distúrbios fonoaudiológicos. Revista CEFAC, São
Paulo, 14 (4), 691 -696, 2012.
LAMÔNICA, D.A.C. Estimulação de linguagem: aspectos teóricos e práticos. São José dos Cam-
pos: Pulso, 2008.
LIMA, I.L.B. Protocolo de Avaliação Multimodal Infantil – PAMI: uma proposta para análise da matriz
multimodal em cenas de atenção conjunta na síndrome de Down. 2020. 180 f. Tese (Doutorado
em Linguística) – Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa, 2020.
MORATO, E.M. A controvérsia inatismo x interacionismo no campo da linguística: a que será que se
destina? COM CIÊNCIA - Revista Eletrônica de Jornalismo Científico, Campinas (SP), 10 out. 2013.
SCARPA, E.M. Aquisição da linguagem. In: MUSSELIN, F.; BENTES, A.C. (org) Introdução à
lingüística: domínios e fronteiras. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001. p. 203- 232.
SILVA, A.B.B.; GAIATO, M.B.; REVELES, L.T. Mundo Singular: entendendo o autismo. Rio de
Janeiro: FONTANAR, 2012. p. 287.
SILVA, P.M. A inter (relação) multimodal dos gestos e das produções vocais em cenas de atenção
conjunta: contribuições para o processo de aquisição da linguagem da criança surda implantada.
2018. 180 f. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa,
2018.
ZANETTI, S.A.S.; KUPFER, M.C.M. O relato de casos clínicos em psicanálise: Um estudo com-
parativo. Estilos da Clínica, São Paulo, v. XI, n. 21, p. 170-185, 2006.
10.37885/200700655
RESUMO
METODOLOGIA
REFERÊNCIAL TEÓRICO
Conforme a Organização Mundial da Saúde (2015), a anemia pode ser definida como
ANAMNESE ANAMNESE
Sexo
Mais comum no sexo feminino.
Condições Socioeconômicas
Um dos Fatores Determinante se há ou não uma boa nutrição. Risco maior para afeções - ex:
parasitoses.
Queixas
Fadiga, Irritabilidade, Desempenho escolar reduzido, Palpitações, Cefaleia, Sonolência, Cefaleia,
Sincope, Pica. Dispneia aos esforços;
Histórico da Doenças atual
Quando e como os sinais e sintomas apresentaram-se, se teve episódios de perdas sanguíneas de
forma aguda ou crônica (deficiência de ferro).
Histórico Pessoal
- Amamentação exclusiva até os 6 meses;
ANAMNESE
- Ciclo Menstrual (idade da menarca, ciclo regular, quantidade);
- Gravidez;
- Parasitoses, problemas gástricos ou inflamatórias intestinais, diarreia;
- Desnutrição, Sobrepeso, Obesidade, Doença Celíaca, Alergia à proteína do leite;
- Infecções Crônicas (HIV, tuberculose, miocardite, outras);
- Doenças Neoplásicas;
- Anorexia, Bulimia, outras.
-Antecedentes Familiares
Problemas Hematológicos, neoplásicos ou outras Doenças Crônicas,
Hábitos de vida
- Alimentação: composição da dieta e ingesta diária.
- Atividade Física: qual (is), frequência, duração (excesso de atividade física pode levar a deficiên-
cia de ferro).
- Drogas: tipo (os) quantidade, frequência, duração.
EXAMES LABORATÓRIAIS
Para o estabelecimento do diagnóstico ou profilaxia da anemia os exames são:
• Hemograma Completo
Encontra-se parâmetros anormais com diminuição:
- Hematócrito (< 35% - sexo feminino) e (< 40% -sexo masculino);
- Hemoglobina (Hb abaixo de 12 g/dL)
EXAMES LABORATÓRIAIS - VCM
- HCM
• Ferro sérico: sexo feminino - < 60; sexo masculino -<70 .
• Esfregaço Sanguíneo: analise das células sanguíneas.
• Dosagem de Ferritina: melhor indicador da quantia de ferro no corpo (abaixo de 10 a 15 ng/mL
há deficiência de ferro).
Fonte: BRASIL (2007); BRASIL (2014); BRASIL (2017); BRITO et al., (2017); GUARMANI (2018).
Troca de gases prejudicada re- - Explicar as causas dos sintomas causado pela anemia.
lacionado a diminuição de ferro - Investigar as causas da diminuição de ferro no organismo.
para o transporte de oxigênio O indivíduo deverá relatar - Receitar reposição por sulfato ferroso a 5 mg/kg/dia em dose
(anemia), evidenciado por exa- melhoras nos sintomas e boa única ou em duas antes das refeições principais.
mes (dosagem de ferritina), disposição para as atividades - Indicar alimentos ricos em ferro e vitamina C (frutas cítricas)
fadiga, aumento da frequência diárias. para uma boa absorção: carne vermelha, peixe, vísceras, hor-
respiratória, dispneia aos esfor- taliças, outras.
ços, sonolência, sincope.
- Identificar e estimular o consumo de alimentos nutritivos que o
Déficit no autocuidado para ali-
adolescente aprecie.
mentação relacionado a falta O indivíduo deverá mostrar in-
- Orientar a adotar o habito de se alimentar em locais agradáveis
de motivação, evidenciado por teresse para uma adequada =
e com pessoas próximas.
ingestão alimentar indevida e alimentação.
- Informar sobre as consequências de uma má alimentação.
pouco nutritiva.
- Encaminhar ao nutricionista.
Integridade Tissular Prejudica- - Explicar a importância de uma alimentação rica em ferro e vi-
da relacionado a anemia, evi- A pele deverá obter uma integri- tamina C concomitante ao tratamento medicamentoso (sulfato
denciado por palidez cutânea e dade tissular íntegra e normo- ferroso).
das mucosas, descamação da corada. -Encorajar a uma boa hidratação, higienização da pele e cavida-
pele, lesões orais, queilose. de oral, para diminuir os riscos de infecção.
Diante do exposto, se pode afirmar que o SAE institui um meio de implementar uma
prática de um cuidar holístico e organizado, na qual o enfermeiro tem autonomia para aplicar
os conhecimentos técnicos e científicos na sua área de atuação. Com isso, ao desenvolver
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BEZERRA, Katiana Pacífico et al. Anemia ferropriva em crianças: subsídios para a implantação de
programa de suplementação preventiva. 2017. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/
handle/123456789/172853/KATIANA%20PAC%C3%8DFI CO%20BEZERRA%20-%20MATER-
NO%20-%20TCC.pdf?sequence=1. Acesso em: 12 de abril de 2019.
BRASIL, Ministério da Saúde. Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adoles-
centes e Jovens na Promoção, Proteção e Recuperação da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde,
2010. 132 p. Disponível em:<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_nacionais_aten-
cao_saude_adolescentes_jo vens_promocao_saude.pdf. Acesso em: 11 de abril de 2019.
BRASIL, Ministério da Saúde. PORTARIA SAS/MS N° 1.247: Anemia por deficiência de ferro. 1
ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 18 p. Disponível em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/
images/pdf/2014/novembro/11/Publica o-nov-2014-Anemia-por-Defici--ncia-de-Ferro.pdf. Acesso
em: 01 de abril de 2019.
BRASIL. Estatuto da criança e do Adolescente. 9° ed. Brasília: Biblioteca Digital da Câmara dos
Deputados, 2012. 207p. Disponível em: http://www.crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/publi/camara/
estatuto_crianca_adolescente_9ed.pd. Acesso em: 11 de abril de 2019.
BRITO, Lilian Freitas et al. Avaliação carencial de ferro em adolescentes de Vitória da Conquis-
ta-BA. Id on Line REVISTA DE PSICOLOGIA, v. 11, n. 38, p. 759-769, 2017.Disponível: https://
idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/925. Acesso em: 01 de abril de 2019.
CARPENITO, Lynda Juall. Manual de Diagnósticos de Enfermagem. 13. ed. Porto Alegre: Artmed,
2011. 791 p.
CHNEIDER, Daniela Ribeiro et al. A clínica na comunidade: Uma experiência de intervenção interse-
torial para adolescentes em situação de vulnerabilidade psicossocial. Cadernos Brasileiros de Saúde
Mental/Brazilian Journal of Mental Health, v. 8, n. 18, p. 68-80, 2016. Disponível em: http://stat.entrever.
incubadora.ufsc.br/index.php/cbsm/article/view/4036. Acesso em: 29 de março de 2019.
FAILACE, Renato; FERNANDES, Flavo. Hemograma: manual de interpretação. 6. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2015. Disponível em: https://pensecomigo.com.br/livro-hemograma-manual-de- interpre-
tacao-pdf-renato-failace/ . Acesso em: 01 de abril de 2019.
GALVÃO, Maria Teresa dos Reis Lopes et al. O autocuidado em enfermagem: autogestão, auto-
monitorização e gestão sintomática como conceitos relacionados. Revista Mineira de Enfermagem,
v. 17, n. 1, p. 226-236, 2013. Disponível: http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/593. Acesso: 30
de março de 2019.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
NAOUM, Paulo Cesar. Diagnóstico diferencial das anemias microcíticas e hipocrômicas. Revista Bra-
sileirade Análises Clínicas, p. 160-162, 2011. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/122829>.
Acesso em: 01 de abril de 2019
OLIVEIRA, Ana Emília Figueiredo de et al. Saúde do adolescente e a saúde da família. 2017. Dis-
ponível: file:///C:/Users/Ruth/Documents/artigos%20ruth/anemia%20na%20adolescencia/Livro%20
6%20-%20Saúde%20do%20adolescente%20e%20a%20saúde%20da%20família.pdf. Acesso: 29
de março de 2019.
ROTHER, Edna Terezinha. Revisão sistemática X revisão narrativa. Acta paulista de enfermagem,
v. 20, n. 2, 2007. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/3070/307026613004.pdf. Acesso em:
01 de abril de 2019.
YAMAGISHI, Jessica Akemi et al. Anemia Ferropriva: diagnóstico e tratamento. 2017. Disponível
em: http://repositorio.faema.edu.br:8000/handle/123456789/1837. Acesso em 04 de abril de 2019.
10.37885/200600538
RESUMO
Objetivo: Analisar a vivência de mães que tiveram filhos hospitalizados para tratar sífilis
congênita, e a atuação da equipe de enfermagem. Métodos: Estudo qualitativo composto
por uma amostra de 5 mulheres que tiveram filhos hospitalizados para tratar a sífilis
congênita (SC), identificados nas fichas do SINAN (Sistema de Informação de Agravos
e Notificações) em um município localizado ao sul do estado do Tocantins. A pesquisa foi
realizada conforme a resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde sob o parecer
3.486.701 do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Gurupi. Resultados: o
estudo mostrou que todas as mães sofreram com a hospitalização do filho com SC e com
os procedimentos aos quais ele foi submetido, e a maioria demonstrou satisfação com a
equipe de enfermagem que cuidou de seus filhos. Considerações finais: Evidenciou-se
que a atenção e apoio da equipe cuidadora, o diálogo e a confiança são importantes para
tornar essa vivência menos penosa, diminuindo os impactos da internação tanto para o
RN quanto para a mãe e a família.
MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Das mães participantes da pesquisa, 60% tinham idade entre 18 e 20 anos e 40%
entre 20 e 30 anos. Se tratando do nível de escolaridade, 60% possuíam ensino médio
completo e 40% ensino fundamental completo. Em relação ao tratamento do parceiro após
o diagnóstico de sífilis na gestação, 20% tiveram seus parceiros tratados, 60% não foram
tratados e 20% não responderam.
Quanto às mulheres que fizeram o tratamento durante a gestação e, mesmo assim,
transmitiram a doença para o filho, 80% relataram terem sido diagnosticadas e tratadas du-
rante o pré-natal e 20% de diagnóstico e tratamento tardio, realizados somente no momento
do parto. Dados que condizem com outros estudos que mostram uma alta prevalência de
sífilis em mulheres jovens, com bom nível de escolaridade (ANJOS KF E SANTOS VC, 2009;
LAFETA KRG, et al., 2016). Os resultados foram apresentados em quatro categorias a seguir.
Categoria 1 - Vivência das mães frente à ocorrência de sífilis congênita em seus filhos
Brito APA e Kimura AF (2018) afirmam que a mãe, quando é notificada que seu filho
“Pra mim não foi fácil, no primeiro momento que eu recebi a notícia que ia
ficar por 10 dias no hospital né eu fiquei em choque {...} Tive um pouco de
vergonha né” (Mãe 1).
“Receber a notícia que você vai ficar 10 dias com ele no hospital é um baque
muito grande eu chorei bastante, me perguntei bastante por que eu não li esses
exames pra mim ter me cuidado antes né {...} Toda vez que ele perdia a veia
que tinha que furar ele eu chorava muito por que eu sentia como seu eu fosse
culpada por ele está passando por aquilo sabe” (Mãe 2).
“Ver o meu filho nessa situação foi a pior coisa da minha vida, me senti aca-
bada, descobri no pré-natal e fiquei com medo pois eu não sabia o que era
sífilis recebi a notícia de que ele ia ficar internado 10 dias com a pediatra que
ajudou no meu parto ” (Mãe 3).
“Pra mim foi muito difícil, você se sente muito mal {...}, mas o difícil mesmo
foi ver ele na situação que ele tava né, eu chorei muito. É uma experiência
muito dolorosa, que você queria muito que não tivesse acontecido nada com
ele” (Mãe 4).
“ É ruim. É uma situação muito desagradável, muito dolorosa porque ela perdia
muito o acesso aí toda hora tinha que ficar furando. Mas... tem que fazer né,
então levei numa boa” (Mãe 5).
“Não quis aceitar por que até então achava que eu tinha feito o tratamento
certinho na minha gravidez, que o meu filho não teria né, fiquei em choque
mais é o que eu tinha que aceitar pra melhora do meu filho {...}” (Mãe 1).
“Foi tipo um pânico na hora que deu reagente o dele, primeiro por que o meu
os primeiros exames tinham dado não reagente, depois outro deu reagente e
virou uma bagunça” (Mãe 2).
“Eu tinha feito o tratamento né, tomei as três doses da medicação e tudo, só
que o meu esposo ele não tinha feito, por que quando ele fez o exame ele não
tinha dado reagente né. Então quando chegou lá pra poder ganhar o neném
e tudo, que fez o exame que deu reagente nele, aquela notícia é tipo assim
constrangedora” (Mãe 3).
Uma das entrevistadas referiu ter conhecimento do que estava acontecendo e da ne-
cessidade do tratamento que seu filho iria ser exposto, referindo que estava tranquila em
relação a hospitalização, como constata-se a seguir.
“Pra mim foi muito tranquilo porque eu já tinha consciência que ele ia ficar lá
porque eu fiz o tratamento tardio, porque a médica tinha esquecido de passar
um exame, o teste rápido, e eu fiz o de sangue e não deu nada. Aí quando
ela pediu o teste rápido e eu fiz, já era tarde, quando eu iniciei o tratamento
já era tarde” (Mãe 5).
“Foram super tranquilos, super prestativos, tem umas meninas lá que eu gostei
bastante, super de boa” (Mãe 5).
“Significou muito, muito mesmo até então por que eu senti que realmente eles
se preocuparam com a saúde do meu filho né, que eles estavam em cima
24 horas por dia fazendo todos os exames, todos os tratamentos, tudo que
fosse possível eles estavam ali ajudando. Pra mim significou muita coisa, o
tratamento dele lá foi ótimo, perfeito” (Mãe 1).
Macedo IF, et al. (2017) mostraram que a equipe de enfermagem visualiza que as
famílias necessitam de acompanhamento psicológico para suportar e aliviar a situação de
hospitalização de um familiar. Com o diálogo ela se sentiu acolhida e respeitada em suas
necessidades emocionais, facilitando assim a interação e favorecendo o cuidado integral e
humanizado.
“O cuidado de alguns enfermeiros foi bom, mais a pediatra me fez sentir muito
mal, pois ela não soube me explicar direito e já tomaram meu filho pra tirar um
líquido da coluna dele, fizeram três tentativas durante vários dias em seguidos,
eu chorei bastante por que elas tomaram e não me explicaram direito, eu queria
tá lá junto com ele e elas não deixaram” (Orquídea).
“Nossa têm enfermeiros lá que se eu pudesse levar presente eu levaria {...} não
tenho o que reclamar de nenhuma enfermeira todas as vezes que eu precisei
eu tive resposta, quanto das enfermeiras como das técnicas, não tenho que
reclamar de nenhuma delas {...} Só ficava longe dele quando ia pegar a veia,
eu não aguentava ver ele furado, mais até então eu sempre tive contato com
o meu filho” (Mãe 2).
“Foi dez dias de experiência, tinha umas que você via que não tava ali por
questão do amor, por que é na área da saúde têm que ter amor né {...} mais
eu tive contato com ele durante os dez dias totalmente do lado dele” (Mãe 4).
“Ah mais cuidado, ás vezes a gente pensa que não é nada, que isso não vai
nos afetar em nada mais lá na frente agente recebe meio que um castigo por
isso, eu sofri muito ver meu filho 10 dias tomando antibiótico com o bracinho
enfaixado e toda vez que eu olhava pra ele daquele jeito que ele chorava se
debatia com o bracinho eu me perguntava: Por que eu não me cuidei antes?
Por que não prestei atenção nisso antes? ” (Mãe 2).
“Sim gostaria de acrescentar algo mais, gostaria que durante o início do tra-
tamento da criança que as pediatras ou quem fosse lá informar que a criança
fosse começar o tratamento fosse mais amigáveis tipo por que a minha foi muito
grosseira, não soube me explicar direito, e eu fiquei assim em choque, chorei
muito, eu passei mal e por causa da atitude dela, ela chegou dizendo que ela
tinha direito sobre o meu filho e isso nenhuma mãe gosta de escutar” (Mãe 4).
“Eu acho que a pessoa tem que se informar mais, pesquisar mais, ficar mais
por dentro do assunto {...} Então eu acho assim que, por exemplo, no dia da
gestante lá que tem no posto de saúde, seria interessante palestra, essas
coisas. Muita gente não sabe como funciona todo o protocolo do pré-natal,
todos os exames que precisa fazer, todos os testes que precisa fazer e nem
o tempo certo que precisa fazer, então é isso ” (Mãe 5).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo mostrou que a hospitalização de um filho acometido pela SC, é um momen-
to doloroso para a mãe, gerando sentimentos de culpa, medo, vergonha, pânico, choque,
e questionamentos acerca do que ela poderia ter feito para evitar o adoecimento do filho.
A temática da sífilis congênita é delicada, podendo interferir de forma negativa em toda a
vida materna, pois engloba vários fatores, entre eles fatores sociais, familiares, conjugais,
psicológicos, físicos e comportamentais. Diante disso, destaca-se a importância de uma
assistência de enfermagem de qualidade, buscando sempre a eficiência do pré-natal na
prevenção e no tratamento da sífilis gestacional e, durante a hospitalização por SC, estabe-
lecer uma relação de confiança entre a equipe e a família, buscando ouvir e solucionar os
problemas apresentados pelos seus clientes.
REFERÊNCIAS
ANJOS KF, SANTOS VC. Sífilis: uma realidade prevenível. Sua erradicação, um desafio atual.
Revista Saúde e Pesquisa. v.2, n. 2, p.257-63, 2009.
AZEVEDO CA. Vivências maternas frente à hospitalização do recém-nascido: uma revisão inte-
grativa. 2016. 51p. Artigo científico (Escola de Enfermagem) Universidade Federal do Rio Grande
do Sul. Porto Alegre, 2016.
BARDIN ER. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, p. 229. 2011.
BRITO APA, KIMURA AF. Transmissão vertical da sífilis: vivência materna durante a hospitaliza-
ção para diagnóstico e tratamento de seu filho recém-nascido. Rev. Paul. Enferm; 29(1/3): 68-76,
nov. 14, 2018.
CARDOSO ARP, et al. Análise dos casos de sífilis gestacional e congênita nos anos de 2008 a
2010 em Fortaleza, Ceará, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva. v.23, n.2, p. 563-74, 2018.
CAVALCANTE PAM, et al. Sífilis gestacional e congênita em Palmas, Tocantins, 2007-2014. Epi-
demiol. Serv. Saude. v.26, n.2, p.255-64, 2017.
DOMINGUES RMSM, et al. Prevalence of Syphilis in preganancy and prenatal syphilis testing in
Brazil: Birth in Brazil study. Rev SaúdePública. v.48, n.5, p.766-74, 2014.
FIGUEIREDO SV, et al. Comunicação terapêutica entre profissionais e mães acompanhantes. Esc
Anna Nery. v.17, n.4, p. 690 – 697, 2013.
GOMES GC, et al. Significados atribuídos por familiares na pediatria acerca de suas interações
com os profissionais da enfermagem. RevEscEnferm USP. v.49, n.6, p.953-959, 2015.
LAFETA KRG, et al. Sífilis materna e congênita, subnotificação e difícil controle. Ver. Bras. Epide-
miol. V.19, n.1, p. 63-74, 2016.
LIMA VC, et al. Percepção de mães acerca da sífilis congênita em seu concepto. Revista de Saúde
Pública do Paraná. v. 17, n.2, p. 118-125, 2016.
MACEDO IF, et al. As concepções da equipe de enfermagem frente à família da criança hospita-
lizada. RevBrasEnferm.v.70, n.5, p.952-60, 2017.
MAGALHÃES DMS, et al. Sífilis materna e congênita ainda um desafio. Caderno de Saúde Pública.
v.29, n.6, p.1109- 1120, 2013.
MORORÓ RM, et al. A percepção dos enfermeiros da estratégia de saúde da família acerca do
seguimento da sífilis congênita. Rev. Saúde. Com. v.11, n.3, p. 291- 302, 2015.
SÃO PAULO. Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS: Guia de Bolso Para o Manejo da
Sífilis em Gestantes e Sífilis Congênita. São Paulo,2016.
SILVA TP, et al. Estabelecendo estratégias de ação/interação para o cuidado à criança. Escola
Anna Nery Revista de Enfermagem.v.19, n.2, 2015.
ARAUJO, S. R.; FARIAS, A. L.; ALCÂNTARA, D. S. DE; MARRONI, S. N.; BORGES, N. M.; DE
MAGALHÃES, C. C. R. G. N.; BARROS, L. C. DE S.; BRITO, A. K. L. DE; COSTA, G. D.; BAR-
THOLOMEU, L. M. D. DE O. A vivência das mães frente a ocorrência de sífilis congênita em seus
filhos. Revista Eletrônica Acervo Saúde, n. 42, p. e2760, 28 fev. 2020. Artigo original.
10.37885/200700589
RESUMO
METODOLOGIA
RESULTADOS
Epidemiologia
– Ação: para de fumar (o paciente toma atitude que o leva a concretizar a mudança
de comportamento).
Apesar de todo o malefício ocasionado pelo uso do tabaco, a maior parte dos tabagistas
continua fumando devido a três principais mecanismos: o reforço positivo, oriundo da ação da
nicotina no sistema nervoso central, a qual promove a liberação de neurotransmissores que
proporcionam sensações prazerosas, que reduzem o apetite, que aumentam a disposição, o
estado de alerta e de atenção; o reforço negativo, que faz com que o indivíduo mantenha o
vício para evitar os sinais e sintomas da síndrome de abstinência, como ansiedade, disforia,
irritabilidade, dificuldade de concentração, cefaléia, tonturas; e o condicionamento respon-
dente, provocado por estímulos ambientais e emoções positivas e negativas associados ao
hábito de fumar, presentes na vida diária muitas vezes por anos (RUSSO; AZEVEDO, 2010).
Os sintomas de abstinência podem começar em algumas horas após a cessação, tipi-
camente atingindo um pico em um a quatro dias, podendo durar até três ou quatro semanas
(MESQUITA, 2013). Além disso, o aumento do apetite e o ganho do peso frequentemente
persistem por pelo menos seis meses. Todo esse quadro é um grande dificultador tanto na
cessação quanto na manutenção.
É imprescindível que o tabagista aprenda a reconhecer os sintomas e a duração da
abstinência e se prepare para enfrentá-los, sobretudo nos primeiros dias sem fumar. O prin-
cipal deles, a fissura (desejo imperioso de fumar), costuma ceder entre um a cinco minutos,
sendo importante criar uma estratégia substitutiva até que o sintoma passe (REICHERT et
al., 2008).
Pawlina et al. (2014) verificou em seu estudo uma elevada taxa de fracasso na cessação
do tabagismo: 62,5%. Um dos fatores dificultadores identificado foi o baixo nível motivacional,
nas fases pré-contemplação e contemplação. Esse dado reforça a necessidade dos profis-
sionais de saúde em trabalhar o comportamento ambivalente evidenciado pelo fumante, que
ao mesmo tempo em que procura ajuda, não está preparado para parar de fumar.
Conforme o estudo de Veloso et al. (2011), os participantes do grupo antitabagismo
manifestaram um significado ambíguo e paradoxal para o ato de fumar: fonte de alívio e apoio
e, de outro lado, destruição. Evidenciou-se que o insucesso é mais frequente em pacientes
de 20 a 39 anos, quando comparados com os maiores de 60 anos, pois aqueles têm 68%
mais risco de fracasso (PAWLINA et al., 2014).
Para Mazoni et al. (2008), a taxa de sucesso de abstinência pode aumentar em 15 a
30% com a utilização de intervenções psicossociais e farmacológicas. Qualquer que seja a
duração da TCC há um aumento na taxa de abstinência, porém a partir de um tempo total
de noventa minutos não ocorre aumento adicional dessa taxa (BRASIL, 2001).
O aconselhamento dado por qualquer profissional de saúde aumenta as taxas de ces-
Prevenção
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A revisão de literatura demonstrou certa dicotomia quanto aos achados das causas,
REFERÊNCIAS
ABREU, M. N. S.; SOUZA, C. F.; CAIAFFA, W. T. Tabagismo entre adolescentes e adultos jovens
de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil: influência do entorno familiar e grupo social. Cad. Saúde
Pública, v. 27, n. 5, p. 935-943, mai, 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 571. Brasília: Diário Oficial da União, 2013.
CASTRO, M. G. T., et al. Relação entre gênero e sintomas depressivos e ansiosos em tabagistas.
Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, v. 30, n. 1, p. 25-30, 2008.
ECHER, I. C., et al. A contribuição de restrições sociais ao fumo para o abandono do tabagismo.
Revista gaúcha de enfermagem, v. 29, n. 4, p. 520-527, 2008.
FAGUNDES, M. L. Estratégias para a cessação do tabagismo: uma revisão das alternativas te-
rapêuticas. Trabalho de Conclusão de Curso – Faculdade de Farmácia. Universidade Federal do
Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2010.
FERREIRA, S. A. L. et al. Motivos que contribuem para indivíduos de uma escola de nível superior
tornarem-se ou não tabagistas. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 32, n. 2, p. 287-93, 2011.
INSTITUTO NACIONALDE CÂNCER – INCA (1996). Programa Prevenção Sempre: módulo Taba-
gismo. (Manual da Comissão Executiva para implantação do Programa em Ambientes de Trabalho).
Recuperado em 18 jul. 2015 de www.se.gov.br/.../anexo_16_tabagismo___manual_comisso_exe-
cutiva___programa_pr.doc.
PAWLINA, M. M., et al. Ansiedade e baixo nível motivacional associados ao fracasso na cessação
do tabagismo. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, v. 63, n. 2, p. 113-120, 2014.
PEREIRA, M. G.; AFONSO, F. Estudo de validação do partner interaction questionnaire para fu-
mantes e ex-fumantes. Psicologia em Estudo, v. 19, n. 1, p.13-23, 2014
PORTES, L.H. Ações voltadas para o tabagismo: análise de implementação e perfil das internações
por condições sensíveis à atenção ambulatorial tabaco-relacionadas no município de Juiz de Fora/
MG. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) - Curso de Pós-Graduação em Saúde Coletiva,
Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2012.
REICHERT, J. et al. Diretrizes para cessação do tabagismo – 2008. Jornal Bras. Pneumol., v. 34,
n. 10, p. 845-880, 2008.
ROSEMBERG, J.; ROSEMBERG, A. M. A.; MORAES, M. A. Nicotina: droga universal. São Paulo:
Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, Centro de Vigilância Epidemiológica, 2003.
RUSSO, A. C.; AZEVEDO, R. C. S. Fatores motivacionais que contribuem para a busca de tra-
tamento ambulatorial para a cessação do tabagismo em um hospital geral universitário. Jornal
Brasileiro de Pneumologia, v. 36, n. 5, p. 603-611, 2010.
SANTOS, J. D. P. et al. Instrumentos para avaliação do tabagismo: uma revisão sistemática. Ciênc.
saúde coletiva, v. 16, n. 12, p. 4707-4720, 2011.
SANTOS, J. D. P., ACHUTTI, A., GUTHS, P. Tabagismo in DUNCAN, B. B., et al, Medicina Am-
SANTOS, S. R., et al. Perfil dos fumantes que procuram um centro de cessação de tabagismo.
Jornal Brasileiro de pneumologia, v. 34, n. 9, p. 695-701, 2008.
SILVA, S. T. et al. Combate ao tabagismo no Brasil: a importância estratégica das ações gover-
namentais. Ciência & Saúde Coletiva, v. 9, n. 2, p. 539-552, 2014.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO report on the global tobacco epidemic, 2013: enforcing
bans on tobacco advertising, promotion and sponsorship. Geneva: World Health Organization, 2013.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO report on the global tobacco epidemic, 2011: warning
about the dangers of tobacco. Geneva: World Health Organization; 2011.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO global report on trends in tobacco smoking 2000-2025
- First edition. WHO, 2015. Disponível em: http://www.who.int/tobacco/publications/surveillance/
reportontrendstobaccosmoking/en/index4.html Acesso em: 28 out 2015.
WÜNSCH FILHO, V. et al. Tabagismo e câncer no Brasil: evidências e perspectivas. Rev Bras de
Epidemiologia, v. 13, n. 2, p. 175-187, 2010.
10.37885/200700749
RESUMO
DESENVOLVIMENTO TEXTUAL
Figura 1. Cartilha para profissionais do SUS “Atenção Integral à Saúde da População Trans”
É preciso dar importância às trajetórias de vida dessas pessoas, que passam por intenso sofrimen-
to, depressão, processos de automutilação e até tentativas de suicídio que, na maioria das vezes,
estão relacionadas aos diferentes tipos de violência e privações a que foram submetidos (as) pela
sociedade ao longo de suas vidas, além da dificuldade de acesso ao Processo Transexualizador.
O que se convencionava até pouco tempo atrás como pessoa transgênero foi resultado
de um contexto histórico de patologização das identidades trans, que teve início nos anos
1900 e perdurou incessante até pouco tempo atrás.
Em 2018, foi divulgado após a publicação da Classificação Estatística Internacional
de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-11) que as categorias relacionadas
à trans foram removidas do Capítulo sobre Transtornos Mentais e Comportamentais, des-
-psicopatologizando as identidades de gênero relacionadas a elas. Agora passa a compor
um novo capítulo no documento, intitulado "condições relacionadas à saúde sexual", como
"incongruência de gênero". Os esforços para retirada total da identidade trans dessa classifi-
cação persistem atualmente e indicam um objetivo na luta pela igualdade social (OMS, 2018).
Outro ganho às minorias sexuais e de identidade de gênero foi a Política Nacional de
Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), instituída
pela Portaria nº 2.836, de 1° de dezembro de 2011.
Essa política norteia e legitima as especificidades desse grupo, em concordância aos
postulados previstos na Carta dos Usuários do SUS e na Constituição Federal. Alguns dos
objetivos específicos são: qualificar os serviços do SUS para esse cuidado específico; re-
dução de riscos e atenção aos problemas provenientes do uso prolongado de hormônios
para travestis e transexuais, e garantir acesso ao processo transexualizador, conforme
regulamentação (BRASIL, 2011).
No intuito de apresentar de forma mais didática, estão listadas a seguir algumas legis-
lações que referenciam a população transgênero no âmbito social e de saúde (Quadro 1).
LEGISLAÇÃO DISPOSTO
Direitos e deveres dos usuários da saúde, incluindo a
Portaria nº 1.820, de 13 de agosto de 2009
identificação pelo nome social.
Fonte: os autores.
Por meio do Guia de Acesso a Direitos e Serviços para Pessoas Trans, é disponibili-
zado um meio de veiculação e transformação social através do conhecimento de como as
pessoas trans podem procurar e proceder em equipamentos públicos sobre seus direitos
e deveres. Além de assistência social, justiça, segurança pública, cultura, são abordados
também aspectos sobre a saúde: direitos sexuais e reprodutivos, nome social, processo
transexualizador, ambulatórios de saúde integral para travestis e transexuais (BRASIL, 2019).
A chegada, por qualquer pessoa, em um serviço de saúde é motivada pela busca de
um atendimento, seja relacionado a ações de promoção, proteção ou recuperação da saúde.
Apesar de diferentes, em todas as complexidades da rede de atenção deve haver em comum
a prestação de um acolhimento humanizado, livre de preconceitos e formatações diminutas
de pensamento e baseado no desenvolvimento de relações de confiança e compromisso
entre as equipes de saúde e usuários dentro da sua rede socioafetiva (BRASIL, 2015).
Entretanto, não se observa esse atendimento humanizado em todas as instituições
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ALTILIO, T.; OTIS-GREEN, S. Oxford Textbook of Palliative Social Work. 1. ed. Reino Unido:
Oxford University Press, 2011.
BENEDETTI, M. R. Toda feita: o corpo e o gênero das travestis. 1. ed. Rio de Janeiro: Garamond,
2005. 144 p.
BRASIL. Decreto nº 8.727, de 28 de abril de 2016. Dispõe sobre o uso do nome social e o reconhe-
cimento da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais no âmbito da administração
pública federal direta, autárquica e fundacional. Diario Oficial da União da União da República
Federativa do Brasil, Brasília, 2016.
BRASIL. Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990. Lei Orgânica da Saúde. Dispõe sobre as con-
dições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos
serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União da República Federativa
do Brasil, Brasília, DF, 29 set. 1990. Seção I, p. 18.055.
COLEMAN, E. et al. Standards of Care for the Health of Transsexual, Transgender, and Gender
Nonconforming People, Version 7. International Journal of Transgenderism, Minnesota, v. 13, n.
4, p. 165-232, 2012.
COLMÁN, E.; POLA, K. D. Trabalho em Marx e Serviço Social. SERV. SOC. REV., LONDRINA,
V. 12, N.1, P. 179‐201, JUL/DEZ. 2009.
MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR). Portaria Nº 1.820, de 13 de agosto de 2009. Dispõe sobre os di-
reitos e deveres dos usuários da saúde. Diário Oficial da União da República Federativa do Brasil,
v. 146, n. 155, 2009.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Atenção Integral à Saúde da População Trans, Brasília, [2011]. Disponível
em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/fevereiro/18/CARTILHA- Equidade-10x-
15cm.pdf. Acesso em: 22 jul. 2020.
MODESTO, E. Transgeneridade: um complexo desafio. Via Atlântica, n. 24, p. 49-65, 24 dez. 2013.
OLIVEIRA, I.; ROMANINI, M. (Re) escrevendo roteiros (in) visíveis: a trajetória de mulheres trans-
gênero nas políticas públicas de saúde. Saúde e Sociedade, v. 29, p. e170961, 2020.
ONG TRANSGENDER EUROPE. TMM annual report 2016. Berlim: Transgender Europe, oct.
2016. Disponível em https:// transrespe*.org/wp- content/uploads/2016/11/TvT-PS-Vol14-2016.
pdf . Acesso em 20/07/2020.
ROCON, P. C et al. O que esperam pessoas trans do Sistema Único de Saúde?. Interface (Botu-
catu) v. 22, n. 64, p. 43-53, 2018.
SPIZZIRRI, G.; ANKIER, C.; ABDO, C. H. N. Considerações sobre o atendimento aos indivíduos
transgêneros. Diagn. tratamento, p. 176-179, 2017.
10.37885/200600554
RESUMO
MÉTODOS
Animais experimentais: Foram utilizados ratos Wistar, com 2 meses de idade (180-
200g/massa) obtidos do biotério da UNIMEP/Piracicaba. Os animais foram alimentados com
ração e água ad libitum e mantidos em ambiente com temperatura constante de 23 ± 2 oC e
ciclo claro escuro controlado de 12 h. Os animais foram distribuídos em grupos experimentais
com N=6/grupo e assim denominados: Controle (C); Tratado com LEDterapia (LED); Imobi-
lizado (I); Imobilizado tratado com LEDterapia (ILED). Teste de tensão: O teste de tensão
foi realizado no dispositivo DL 2000-EMIC-Brasil da faculdade de engenharia mecânica da
Figura 1. Órtese de resina acrílica aplicada no membro pélvico do animal (A) e esquema representativo do procedimento
de aplicação da LEDterapia (B). Em C dispositivo DL 2000-EMIC-Brasil usado no teste de tração.
Figura 2. Concentração de glicogênio (mg/100mg) nos músculos sóleo (S) e gastrocnêmio (G) dos grupos controle (C),
tratados com LEDterapia (LED), imobilizados (I) e imobilizados tratados com LEDterapia (ILED). Os valores correspondem
a média ± dp, n=6. *p<0,05 comparado ao C e #p<0,05 comparado ao I.
Figura 3. Em A, concentração de proteína (g/100g) e em B, concentração de DNA (cDNA; g/100g) dos músculos sóleo (S)
e gastrocnêmio (G) dos grupos controle C, tratados com LEDterapia (LED), imobilizados (I) e imobilizados tratados com
LEDterapia (ILED). Os valores correspondem a média ± dp, n=6. *p<0,05 comparado ao C e #p<0,05 comparado ao I.
Figura 4. Relação proteína/DNA (PT/DNA; g/100g) dos músculos sóleo (S) e gastrocnêmio (G) dos grupos controle C,
tratados com LEDterapia (LED), imobilizados (I) e imobilizados tratados com LEDterapia (ILED). Os valores correspondem
a média ± dp, n=6. *p<0,05 comparado ao C e #p<0,05 comparado ao I.
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
O tratamento de músculos imobilizados com LED foi efetivo em minimizar a redução nas
reservas glicogênicas, bem como propiciou a manutenção da relação proteína/DNA, fatores
primordiais para a melhora na resposta frente as exigências oferecidas quando submetido
a tensão, estes dados demonstram a importância e a versatilidade da aplicação do LED.
REFERÊNCIAS
GIACCI MK, et al. Differential effects of 670 and 830 nm red near infrared irradiation therapy: a
comparative study of optic nerve injury, retinal degeneration, traumatic brain and spinal cord injury.
PLoS One., v.8, e104565, 2014.
HYATT H, et al. Mitochondrial dysfunction induces muscle atrophy during prolonged inactivity: A
review of the causes and effects. Arch Biochem Biophys., v.662: p.49-60, 2018.
HUGHES DC, MARCOTTE GR, MARSHALL AG, WEST DWD, BAEHR LM, WALLACE MA. Age-
-related differences in dystrophin: impact on force transfer proteins, membrane integrity, and neu-
romuscular junction stability. J. Gerontol. A Biol. Sci. Med. Sci., v. 72, p.640–648, 2017.
KASPER CE, et al. Skeletal muscle damage and recovery. AACN Clin Issues. v.13, n.2, p.237-47,
2002.
KOIKE TE, et al. Exercício físico após imobilização de músculo esquelético de ratos adultos e
idosos. Rev Bras Med Esporte [online]. v. 24, n.1, p. 60-63, 2018.
KUGA GK, GASPAR RC, MUÑOZ VR, NAKANDAKARI SCBR, BREDA L, SANDOVAL BM, CA-
ETANO FH, JACA L, PAULI JR, GOMES RJ. Physical training reverses changes in hepatic mito-
chondrial diameter of Alloxan-induced diabetic rats. Einstein (São Paulo). v.16, n.3: p.1-8, 2018.
LIMA SC, et al. Curto período de imobilização provoca alterações morfométricas e mecânicas no
músculo de rato. Rev. Bras. Fisioter., v.11, n.4, p.297-302, 2007.
MIRZOEV TM, SHENKMAN BS. Regulation of Protein Synthesis in Inactivated Skeletal Muscle:
Signal Inputs, Protein Kinase Cascades, and Ribosome Biogenesis. Biochemistry (Mosc)., v.83,
n.11, 1299-1317, 2018.
OPEL DR, et al. Light-emitting diodes: A brief review and clinical experience. J Clin aesthetic Der-
matol. v.8, n.6, p.32-36, 2015.
SCHIAFFINO S, et al. Mechanisms regulating skeletal muscle growth and atrophy. FEBS J. v.280,
n.17, p.4294-314, 2013.
TIMMER LT, et al. The Role of IGF-1 Signaling in Skeletal Muscle Atrophy. Adv Exp Med Biol., v.
1088, p.109-137, 2018.
WALL BT, et al. Skeletal muscle atrophy during short-term disuse: implications for age-related
sarcopenia., v.12, n.4, p.98-906, 2013.
WALL BT, DIRKS ML, SNIJDERS T, SENDEN JM, DOLMANS J, VAN LOON LJ. Substantial skeletal
muscle loss occurs during only 5 days of disuse. Acta physiologica., v.210, n.3, p.600–11, 2014.
10.37885/200700676
RESUMO
MÉTODOS
Quadro 1. Elementos da estratégia PICo e descritores utilizados. Caxias, MA, Brasil, 2018.
Quadro 2. Estratégias de busca utilizadas nas bases de dados. Caxias, MA, Brasil, 2018.
Seleciona-
Base Estratégia de busca Resultados Filtrados
dos
tw:((tw:(patient)) AND (tw:(neoplasms)) AND (tw:(self concept ))
Bireme (descritor AND (tw:(drug therapy))) AND (instance:"regional") AND ( full-
86 21 2
es Decs) text:("1") AND year_cluster:("2013" OR "2016" OR "2014" OR
"2015" OR "2017"))
((("patients"[MeSH Terms] OR "patients"[All Fields] OR "patien-
t"[All Fields]) AND ("neoplasms"[MeSH Terms] OR "neoplas-
ms"[All Fields])) AND ("self concept"[MeSH Terms] OR ("self"[All
Fields] AND "concept"[All Fields]) OR "self concept"[All Fields]))
PubMed (descrip- AND ("drug therapy"[Subheading] OR ("drug"[All Fields] AND
345 29 3
to rs MeSH) "therapy"[All Fields]) OR "drug therapy"[All Fields] OR "drug
therapy"[MeSH Terms] OR ("drug"[All Fields] AND "therapy"[All
Fields])) AND ("loattrfree full text"[sb] AND "2013/05/16"[PDat] :
"2018/05/14"[PDat] AND
"humans"[MeSH Terms])
CINAHL (CINAHL
Headings) (cancer patients) AND (self concept) AND (drug therapy) 10 10 3
Os oito estudos incluídos nesta revisão estavam no idioma inglês (100%). A maioria
das publicações foram concentradas no recorte de cinco anos sendo que no ano de 2017
(2/25%), 2013(1/12,5%), 2014(1/12,5%), 2015(1/12,5%), e 2016(1/12,5%) e para uma melhor
delimitação do tema foram incluídos dois estudos fora do recorte temporal que respondiam
a questão norteadora sendo estes no de 2008(1/12,5%) e 2009(1/12,5%), e não houve
predomínio de estudos realizados no Brasil. Em relação à natureza do estudo, houve pre-
valência de estudos epidemiológicos (08/100%). A principal linha de pesquisa investigada
nessa temática versou sobre as alterações da autoestima em pacientes oncológicos, que
estavam submetidos à quimioterapia (Quadro 3).
Os estudos avaliaram as alterações na autoestima de pacientes oncológicos, durante o
tratamento quimioterápico, e como essas alterações afetavam o bem-estar físico e psíquico
desses pacientes (Quadro 4).
Os estudos abordaram as alterações na autoestima em pacientes oncológicos du-
rante o tratamento quimioterápico. A maioria dos estudos teve como enfoque principal as
alterações da autoestima decorrente dos efeitos adversos da quimioterapia (LEMIEUX;
MAUNSELL; PROVENCHER, 2008; CAN et al., 2013; CHANG et al., 2014) e como essas
alterações afetam o bem estar do paciente (ROHDE et al., 2017; PINQUART; FROHLICH,
2009; BACKMAN et al., 2016; CHANG et al., 2014) no convívio social, na sua qualidade de
vida e enfrentamento da doença (SHERIEF et al., 2015).
A autoestima pode ser definida como o afeto positivo que o indivíduo tem de si próprio,
sendo de grande importância na sua relação com os outros. Pacientes com câncer tendem
a passar por várias alterações quanto a autoestima, desde a aceitação do diagnóstico e
adesão aos tratamentos o que pode trazer impactos negativos quanto a sua autoimagem e
bem estar (ROHDE et al., 2017; CHEN et al., 2018; SHERIEF et al., 2015).
É necessário que os profissionais de saúde percebam tais alterações e possam realizar
medidas de apoio juntamente com esse paciente, quanto a orientações, apoio emocional,
e atividades que possam está ajudando esses pacientes a lidarem melhor com a doença,
promovendo o bem estar físico e emocional (PINQUART; FROHLICH, 2009; BACKMAN et
al., 2016; SHERIEF et al., 2015).
Quadro 3. Distribuição das publicações incluídas segundo o título, ano de publicação, país onde o estudo foi realizado,
delineamento da pesquisa, nível de evidência e grau de recomendação. Caxias, MA, Brasil, 2018.
Legenga: NE = Nível de evidência, GR = Grau de recomendação. Nível de evidência: 1 - Revisão sistemática (Alta confiabilidade
das informações), 2 - Metanálise (informações de ótima confiabilidade), 3 - Estudos de Coorte e 4 - Estudos de Caso e controle (Boa
confiabilidade das informações), 5 - Estudos de casos e 6 - Estudos transversais, exploratórios dentre outros (Certo grau de confiabil-
idade das informações), 7- Opinião de especialista (não há confiabilidade nas informações); Grau de recomendação: A - recomenda o
resultado, B - Resultados não conclusivos e ineficientes, C-Resultado é contraindicado.
Quadro 4. Publicações incluídas segundo objetivo principal, perfil amostral e principais resultados. Caxias, MA, Brasil, 2018.
Determinar a inci-
A incidência de alopecia parcial
dência de alope-
Avaliar e educar os pacientes atra- ou completa foi maior nas mulhe-
cia, relacionada
201 homens e 204 vés de estratégias diferenciadas, res do que nos homens. Conse-
a quimioterapia e
Can et al., mulheres atenderam para melhoria da autoestima de quentemente a imagem corporal
como afeta a ima-
(2013) aos critérios da pes- pacientes que tiveram alopecia, le- e o bem-estar psicológico dessas
gem corporal e a
quisa. vando em consideração as caracte- mulheres encontravam-se infe-
qualidade de vida
rísticas culturais dos pacientes. riores do que comparado nos
dos pacientes
homens.
com cancer.
Bundles de Intervenções
Quadro 5. Bundles de Intervenções para orientação quanto as alterações na autoestima em pacientes oncológicos,
submetidos a quimioterapia. Caxias, MA, Brasil, 2018.
NÍVEL DE
INTERVENÇÕES
EVIDÊNCIA
Estimular a prática de atividade física e outras atividades de lazer
III
em pacientes oncológicos.
Oferecer um programa de apoio psicossocial integrado para os
pacientes e seus acompanhantes no enfrentamento da doença e III
mudança na autoestima.
Orientar sobre o surgimento da alopecia durante a quimioterapia,
VI
e os efeitos negativos na autoimagem.
Promover atividades de apoio ao retorno ao trabalho e aconselha-
VI
mento ocupacional em pacientes oncológicos.
Desenvolver atividades de embelezamento e do uso de adornos
VI
em pacientes submetidos a quimioterapia.
DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BACKMAN, M. et al. Experiencing health - Physical activity during adjuvant chemotherapy treatment
for women with breast cancer. European journal of oncology nursing. v.21, p.60-67, 2016.
BORDA M.M, RINCÓN M.E, PEREZ M.A. A impacto de la reconstrunccion mamária sobre la au-
toestima. Univ Psychol. v.11, n. P. 25-41, 2012.
BROOME M.E. Integrative literature reviews for the development of concepts. sistemática e me-
ta-análise. 2006.
CHANG O. et al. Association between socioeconomic status and altered appearance distress,
body image, and quality of life among breast cancer patients. Câncer Asiático Pac J Prev. v.15,
CHEN S. et al. Factors associated with healthcare professional's rating of disfigurement and self‐
perceived body image in female patients with head and neck cance. Eur J Cancer Care. v.27, 2018.
FORONES M.N et al. A comunicação no cuidado ao paciente, uma questão fundamental na en-
fermagem. Rev. Brasileira de Enfermagem, 2006.
MARQUES P.; PIERIN A.M.G. Fatores que influenciam a adesão de pacientes com câncer à terapia
antineoplásica oral. Acta Paul Enferm. v.21, n.2, p.323-329, 2008.
MINAYO M.C.S. O cliente submetido a quimioterapia oncológica, sob ótica compreensiva do en-
fermeiro. Rev.Enfermagem atual. 2002.
ROHDE L. et al. Spiritual well-being in patients with the metastatic colorectal câncer receiving
Noncurative Chemotherapy: A qualitative study. Cancer Nurs. v.40. n.3. p.209-216, 2017.
SCHMIDT A.M; HAHN G.V. Qualidade de vida de pacientes em tratamento quimioterápico. Revista
destaques acadêmicos, vol. 6, n. 3, 2014.
SILVA J; SILVA MJS. ABC do câncer: abordagens básicas para o controle do câncer. rev. Atual.
2017.
SMELTZER SC; BARE BG. Intervenção de enfermagem ao paciente oncológico com dor. Aq.
Ciência saúde. 2005.
10.37885/200700581
RESUMO
OBJETIVOS
MATERIAIS E MÉTODOS
Realizou-se uma revisão sistemática das publicações indexadas nas bases de dados
Scielo, MedLine e Lilacs, publicados entre os anos de 2009 e 2017. As palavras chaves
utilizadas em várias combinações foram Hormonioterapia, alterações endometriais e Tamo-
xifeno. A pesquisa foi limitada a língua portuguesa e inglesa, com estudos realizados com
humanos adultos. Os critérios de inclusão utilizados foram aqueles estudos que tratavam
diretamente do tema abordado. Foram encontrados 16 artigos que se encaixavam nos cri-
térios. Não foram incluídos na pesquisa resumos de dissertação ou teses acadêmicas
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
KALINKE, LP; KOCHLA, KRA; LABRONICI, LM; LIMA, T; VISENTIN, A; TESTONI, R. Evolução
das pacientes submetidas à cirurgia de mama em drenagem aspirativa. Cogitareenferm. v.16, n.4,
p.689-694, 2011.
ALBRECHT, CAM. Análise de sobrevida de pacientes com câncer de mama atendidas no Hospital
Santa Rita de Cássia, na cidade de Vitória, Espírito Santo. Dissertação de mestrado. Vitória-ES,
Universidade Federal do Espírito Santo, 2011.
ALLRED, D.C; ANDERSON, S.J; PAIK, S; WICKERHAM, D.L, NAGTEGAAL, I.D; SWAIN, S.M,
et al. Adjuvant tamoxifen reduces subsequent breast cancer in women with estrogen receptor-po-
sitive ductal carcinoma in situ: a study based on NSABP protocol B-24. J ClinOncol.v.30, n.12, p.
1268-1273, 2012.
SILVA, C. A., PARDIi, A. C. R., RIBEIRO, C. B., ARRUDA, E. J. D., SEVERI, M., CHINGUI, L. J.
Propriedades Glicostáticas em Eritrócitos de Ratas Tratadas com Tamoxifeno. Saúde Rev., Pira-
cicaba, v. 12, n. 30, p. 27- 34, 2012.
ARGALÁCSOVÁ, S.; SLANAŘ, O.; VÍTEK, P.; TESAŘOVÁ, P.; BAKHOUCHE, H.; DRAŽĎÁKOVÁ,
M.; BARTOŠOVÁ, O.; ZIMA, T.; PERTUŽELKA, L. Contribution of ABCB1 and CYP2D6 Genotypes
to the Outcome of Tamoxifen Adjuvant Treatment in Premenopausal Women With Breast Cancer.
Physiol. Res., v. 64, supl. 4, p. 539-547, 2015.
Dowsett M, Cuzick J, Ingle J, Coates A, Forbes J, Bliss J, et al. Meta-Analysis of Breast Cancer Ou-
tcomes in Adjuvant Trials of Aromatase Inhibitors Versus Tamoxifen. J Clin Oncol. 2010;28(3):509-
18.38.
Bertelli G, Hall E, Ireland CF, Snowdon CF, Jassem J, Drosik K, et al. Long-term endometrial effects
in postmenopausal women with early breast cancer participating in the Intergroup Exemestane
Study (IES) – a randomised controlled trial of exemestane versus continued tamoxifen after 2-3
years tamoxifen. Annals Oncol. 2010;21(3):498-505.
Instituto Nacional de Cancer. Instituto Nacional do Câncer (INCA). Câncer de Mama [acesso em
2015]. Disponível em http//www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/mama.
:1–2.
Burstein HJ, Prestrud AA, Seidenfeld J, Anderson H, Buchholz T a., Davidson NE, et al. American
Society of Clinical Oncology clinical practice guideline: Update on adjuvant endocrine therapy for
women with hormone receptor-positive breast cancer. J Clin Oncol. 2010;28(23):3784–96.
Early Breast Cancer Trialists Collaborative Group. Relevance of breast cancer hormone receotors
and others factor to the efficacy of adjuvant tamoxifen: patient-level meta-analysis of randomised
trials. Lancet. 2011;(378):771–84.
Goss PE, Ingle JN, Martino S, Robert NJ, Muss HB, Livingston RB, et al. Impact of premenopausal
status at breast cancer diagnosis in women entered on the placebo-controlled NCIC CTG MA17
trial of extended adjuvant letrozole. Ann Oncol. 2013;24(2):355–61.
10.37885/200800841
RESUMO
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado em 1988 e, segundo a Constituição Fe-
deral Brasileira, nasceu com o objetivo de reformular a saúde pública do Brasil e atender
devidamente toda a nação brasileira (BRASIL, 1990). Este sistema implicou em profundas
mudanças na atenção da saúde que, por um lado representaram avanços principalmente
ao acesso da população aos serviços públicos de saúde e por outro configuraram desafios
para a efetiva aplicação de seus princípios (BECK et al., 2009).
Segundo Beck et al (2009), eram diversos os desafios enfrentados pelo SUS, princi-
palmente a falta de humanização na atenção a saúde. Com intuito de efetivar os princípios
deste sistema, o Ministério da Saúde, em 2003, implementou a Política Nacional de Huma-
nização (PNH), o que permitiria a qualificação da saúde pública no Brasil (BRASIL, 2004).
A PNH vista como uma política e não um programa, ressalta princípios relevantes para uma
mudança no quadro na saúde: transversalidade; indissociabilidade entre atenção e gestão;
protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e coletivos (BRASIL, 2003).
Algumas diretrizes norteiam esta política, como o acolhimento, gestão participativa e
cogestão, ambiência, clínica ampliada e compartilhada, valorização do trabalhador e defesa
dos direitos dos cidadãos (BRASIL, 2006). As estratégias desta política são baseadas nos
sete seguintes eixos de ação: eixo das instituições do SUS; eixo da gestão do trabalho; eixo
do financiamento; o eixo da atenção; eixo da educação permanente; eixo da informação/
comunicação, e por fim o eixo da gestão da PNH.
Com as tentativas de implementação da PNH com vistas à evolução da qualidade do
SUS, ainda se enfrenta uma série de problemas. Fragmentação do processo de trabalho e
das relações entre os diferentes profissionais; fragmentação da rede assistencial dificultando
a complementaridade entre a rede básica e o sistema de referência; precária interação nas
equipes e despreparo para lidar com a dimensão subjetiva nas práticas de atenção; sistema
público de saúde burocratizado e verticalizado; baixo investimento na qualificação dos tra-
balhadores, especialmente no que se refere à gestão participativa e ao trabalho em equipe;
poucos dispositivos de fomento à co-gestão e à valorização e inclusão dos trabalhadores e
usuários no processo de produção de saúde; desrespeito aos direitos dos usuários; forma-
ção dos trabalhadores da saúde distante do debate e da formulação da política pública de
saúde; controle social frágil dos processos de atenção e gestão do SUS; modelo de atenção
centrado na relação queixa-conduta (BRASIL, 2006).
Todo este processo se desencadeia devido aos desafios que o SUS enfrenta para
seu desenvolvimento. Segundo Paim e Teixeira (2007), existe nós críticos relevantes que
devem ser ressaltados assim como esclarecidos: falta de clareza e insuficiência de consen-
so em torno da imagem- objetivo, o que causa a dificuldade de entendimento da função e
REFERENCIAL TEÓRICO
De acordo com a Constituição Federal de 1988 em seu artigo 196, o estado a partir de
políticas públicas, econômicas e sociais deve garantir aos cidadãos o direito a saúde, acesso
universal e igualitário aos serviços destinados para a promoção proteção e recuperação da
Humanização da assistência
METODO
ATORES
SUPERINTEN-
FORMULADOR DIRETOR BOLSISTA
DENTE
CATEGORIAS-
SUBCATEGORIAS
Influência na
formação acadê- X X X X
mica
Mudança positiva
no perfil da uni- X X X X
FATORES FAVORÁ- dade
VEIS Conquista da
boa relação com X
profissional
Participação dife-
renciada na vida X X X
do paciente
Resistência do
profissional para X X X X
mudanças
A desorganização
X
do campo
A desvantagem
FATORES DESFAVO- do avanço tecno- X
RÁVEIS lógico
A relevância da
educação não
X
ser só dentro da
escola
A falta da prática
X X X
de humanização
A categoria de fatores favoráveis se inicia sendo contemplada pela fala de um dos en-
trevistados que relata “A influência do Programa Permanecer SUS na formação acadêmica
do estagiário”. Esta fala é contemplada por Freitag (1986), quando afirma que o processo
educativo é uma troca de equivalentes, onde o indivíduo e a sociedade se beneficiam. Afir-
ma ainda que as novas gerações tendem a apresentar maior flexibilidade para assimilar,
internalizar, reproduzir os valores, as normas e as experiências das gerações mais antigas.
Dando continuidade a esta categoria, os entrevistados relatam que o Programa Perma-
necer SUS trouxe como conseqüência mudanças no perfil das unidades onde foi implantado.
Segundo Mendes Gonçalves (1992), existem duas idéias gerais e abstratas que encaminham
à delimitação do conceito de trabalho humano: “energia” e transformação”. Este autor afirma
que, com a energia necessária é possível modificar algo que existia antes e transformar em
REFERÊNCIAS
AMESTOY, S.C.; SCHWARTZ, E.; THOTEHRN, M.B. A humanização do trabalho para os profis-
sionais de enfermagem. Acta Paul Enfermagem. Rio Grande do Sul, v. 19, n. 4, p. 444-9, 2006.
__. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, pro-
teção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes.
Presidência da República – Casa Civil, Brasília, 19 set. 1990. Disponível em < http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm >. Acessado em: 19 jan. 2013.
__. Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização. Ministério da Saúde, Brasília, 2003.
20p. (Série E.Legislação de Saúde). Disponível em <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
humanizasus_gestores_trabalhadores_sus_4ed.pdf>. Acessado em: 15 set. 2013.
__. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção às Urgências. Ministério da Saúde, Brasília,
2004. 236p. (Série E. Legislação de Saúde). Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/
arquivos/pdf/Politica%20Nacional.pdf>. Acessado em: 15 set. 2012.
__. Ministério da Saúde. Caderno Humaniza SUS. Ministério da Saúde, Brasília, 2006. Disponível
em < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/documento_base.pdf>. Acessado em: 03 set. 2012.
__. Ministério da Saúde. Programa Permanecer SUS. Ministério da Saúde, Brasília, 2008. Dispo-
nível em < http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/index.html>. Acessado em: 07 nov. 2012.
__. Ministério da Saúde. Caderno Humaniza SUS, Atenção Hospitalar. Ministério da Saúde, Bra-
sília, 2011. (Série B. Textos Básicos de Saúde). Disponível em < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/cadernos_hum anizasus_atencao_hospitalar.pdf>. Acessado: em 10 agos. 2013.
__. Ministério da Saúde. Resolução 466/2012. Dispõe sobre pesquisa em seres humanos. Conse-
lho Nacional de Saúde, Brasília, 2013. Disponível em < http://conselho.saude.gov.br/ultimas_noti-
cias/2013/06_jun_14_publicada_resolucao.html>. Acessado em: 20 ago. 2013.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2002. Disponível em:
< http://www.proppi.uff.br/turismo/sites/default/files/como_elaborar_projeto_de_pesquisa_anto-
nio_carlos_gil.pdf>. Acessado em 30 mai. 2013.
GIL, A. C. Métodos e Técnicas de pesquisa social. 6ª ed. São Paulo, Atlas, 2008.
GODOY, A. S. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. v. 35, n. 2, p. 57- 63, mar./
ab., 1995.
LIMA, et al. Acesso e acolhimento em unidades de saúde na visão do usuário. Acta Paul Enferma-
gem. Porto Alegre, v. 20, n. 1, p :12-7, 2012. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/ape/v20n1/
a03v20n1.pdf>. Acessado em: 20 jul. 2013.
MACIAK, I.; SANDRI, J.; SPIER, F. Humanização da Assistência de Enfermagem em uma Unida-
de de Emergência: Percepção do usuário. Cogitare Enferm. Santa Catarina, v.14, n.1, p. 127-35,
2009. Disponível em <http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.
xis&nextAction=lnk&base=LILACS&exprSearch=415849&indexSearch=ID&lang=p>. Acessado
em: 20 mar. 2013.
MAESTRIL et al. Estratégia para o acolhimento dos familiares dos pacientes na unidade de terapia
intensiva. Revista de Enfermagem. Rio de Janeiro, v.10, n. 1, p. 73-8, 2012. Disponível em <http://
bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&nextAction=lnk&base=LILA-
CS&exprSearch=415849&indexSearch=ID&lang=p>. Acessado em: 15 mar. 2013.
MONTEIRO et al. Humanização do atendimento à criança na atenção básica: visão dos profis-
sionais. Rev Rene. Rio Grande do Norte, v. 13, n.4, p. 724-33, 2012.Disponível em<http://bases.
bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&nextAction=lnk&base=LILACS&ex-
prSearch=415849&indexSearch=ID&lang=p>. Acessado em: 20 mar. 2013.
PAIM, J. S.; TEIXEIRA, C. F. Configuração institucional e gestão do sistema único de saúde: pro-
blemas e desafios. Ciências e saúde coletiva. Rio de Janeiro, v. 12, nov 2007. Disponível em <
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232007000700005&script=sci_arttext>. Acessado
em: 15 de Out de 2013.
SILVEIRA et al. Uma tentativa de humanizara relação da equipe de enfermagem com a família de
pacientes internados na UTI. Texto Contexto Enfermagem, Florianópolis, v. 14, p. 123-30, 2005.
Disponível <http://www.scielo.br/pdf/tce/v14nspe/a15v14nspe.pdf>. Acessado em: 10 ago. 2013.
10.37885/200700641
RESUMO
MÉTODOS
RESULTADOS
Variáveis N %
Grupo/População
Tabela 2. Número e percentual de incidentes, segundo as características, fase da assistência, setor, turno e categoria
profissional. Caxias, MA, Brasil, 2019 (n=166).
Variáveis N %
Incidentes
Erros relacionados a identificação do paciente 37 22,3
Omissão 28 16,9
Quedas em paciente 18 10,8
Falta de material médico hospitalar 14 8,4
Flebite 11 6,6
Evasão de pacientes 9 5,4
Quase Evento 8 4,9
Reações adversas a medicação 6 3,6
Farmacovigilância (medicamentos e saneantes) 5 3,0
Falha a assistência à saúde 5 3,0
Lesão por pressão 5 3,0
Risco relacionado ao ambiente 4 2,4
Extubação Acidental 4 2,4
Sofrimento (físico, social ou psicológico) 3 1,8
Remoção não programada de cateter, sonda, dreno, tubo, etc. 3 1,8
Medicação com desvio de qualidade 2 1,2
Tecnovigilância (material médico hospitalar/equipamento defeituoso 2 1,2
Erro relacionado ao procedimento cirúrgico 1 0,6
Erro relacionado à transfusão de hemoderivado 1 0,6
Total 166 100,0
Omissão
Omissão de dose 17 60,7
Omissão de cuidado 11 39,3
Total 28 100,0
Fase da Assistência
Admissão 21 12,7
Internação 125 75,3
Alta 3 1,8
Ignorado 17 10,2
Total 166 100,0
Setor
Clínica Obstétrica 76 45,8
Pré-parto 32 19,3
Tabela 3. Número e percentual dos Incidentes segundo a ocorrência com as mães. Caxias, MA, Brasil, 2019. (n=111).
Variáveis N %
Incidentes
Erros relacionados a identificação da paciente 30 27,0
Omissão 23 20,7
Quedas em pacientes 17 15,3
Evasão de pacientes 8 7,2
Quase evento 6 5,4
Falha a assistência à saúde 5 4,5
Tabela 4. Número e percentual dos Incidentes segundo a ocorrência com os recém-nascidos. Caxias, MA, Brasil, 2019.
(n=38).
Variáveis N %
Incidentes no recém-nascido
Erros relacionados a identificação do paciente 7 18,4
Flebite 7 18,4
Omissão 5 13,2
Lesão por pressão 4 10,5
Extubação Acidental 4 10,5
Falta de material médico hospitalar 4 10,5
Quase evento 2 5,3
Reações adversas à medicação 2 5,3
Tabela 5. Distribuição dos meses e anos em que ocorreram incidentes e eventos adversos notificados na maternidade.
Caxias, MA, Brasil, 2019 (n=166).
Ano de ocorrência
Mês de ocorrência 2017 2018 2019 Total
N % N % N % N %
Janeiro - - 8 7,6 8 36,4 16 9,6
Fevereiro - - 6 5,7 14 63,6 15 12,0
Março - - - - - - - -
Abril - - 8 7,6 - - 8 4,8
Maio - - 20 19,0 - - 20 12,0
Junho 3 7,7 6 5,7 - - 9 5,4
Julho 6 15,4 14 13,3 - - 20 12,0
Agosto 8 20,5 9 8,6 - - 17 10,2
Setembro 1 2,6 4 3,8 - - 5 3,0
Outubro 7 17,9 8 7,6 - - 15 9,0
Novembro 10 25,6 11 10,5 - - 21 12,7
Dezembro 4 10,3 11 10,5 - - 15 9,0
Total 39 23,5 105 63,3 22 13,3 166 100,0
Legenda: N=número; %=percentual.
Fonte: Pesquisa direta, 2019.
Gráfico 1. Distribuição do percentual de incidentes e eventos entre os meses de março a dezembro do ano de 2017 e
2018. Caxias, MA, Brasil, 2019 (n=130).
Em relação à prevalência dos casos notificados que ocorreram nos últimos dois anos,
observou-se que o número de notificações aumentou com o decorrer dos anos, sendo de
31,9% no primeiro ano de março de 2017 a fevereiro de 2018, para 68,10% do período de
março de 2018 a fevereiro de 2019. Assim, houve um aumento de 36,2% de casos notifica-
dos no período de um ano, conforme observado na tabela 6.
Tabela 6. Prevalência de incidentes que aconteceram nos últimos 2 anos da amostra estudada. Caxias, MA, Brasil, 2019
(n=166).
Ano de ocorrência
Mês de ocorrência 2017-2018 2018-2019 Total
N % N % N %
Março - - - - - -
Abril - - 8 7,1 8 4,8
Maio - - 20 17,7 20 12,0
Junho 3 5,7 6 5,3 9 5,4
Julho 6 11,3 14 12,4 20 12,0
Agosto 8 15,1 9 8,0 17 10,2
Setembro 1 1,9 4 3,5 5 3,0
Outubro 7 13,2 8 7,1 15 9,0
Novembro 10 18,9 11 9,7 21 12,7
Dezembro 4 7,5 11 9,7 15 9,0
Janeiro 8 15,1 8 7,1 16 9,6
Fevereiro 6 11,3 14 12,4 20 12,0
DISCUSSÃO
A coleta de dados na instituição resultou num total de 166 fichas de incidentes notifica-
dos. Com isso, pode-se avaliar o número de notificações de acordo com o tipo de evento le-
vantado durante todo o período analisado. Foi possível constatar que a maioria dos incidentes
foram os erros relacionados à identificação do paciente, e nenhum incidente de segurança
foi associado à mortalidade. O grupo mais prevalente foi o das mães, e a fase com maior
acontecimento desses eventos foi durante o período de internação. A maior prevalência de
casos notificados se concentrou no período de março de 2018 a fevereiro de 2019.
No que tange às fichas analisadas neste estudo, a maioria dos eventos identificados
concentrou-se as mães com faixa etária de 20 a 30 anos. Os achados relacionados às ca-
racterísticas sociodemográficas desta pesquisa corroboram com outros estudos similares.
No estudo realizado por Oliveira (2018), com prontuários em maternidades do estado de
Alagoas, também houve um maior número de casos nesta faixa etária de idade. Esses dados
apresentam similaridades nos achados de Morse et al. (2011).
A literatura Internacional na área também revela essa prevalência. O estudo de Adeoye,
Onayade e Fatusi (2013), conduzido nas maternidades de Hospitais Universitários da Ni-
géria, evidenciou que 41% dos incidentes ocorreram na faixa etária de 20 a 29 anos. Em
Cuba, o estudo conduzido por Furones Mourelle et al. (2015) e em Moçambique por David
et al. (2014), apresentaram resultados semelhantes. Entretanto, esta pesquisa trata-se de
um estudo com delineamento transversal; assim, não foi possível definir uma relação de
causalidade. No entanto, no estudo de Oliveira (2018), as variáveis etnia, trabalho, presença
de companheiro e admissão antes de 37 semanas influenciaram de forma significativa a
ocorrência de EA em gestantes.
No tocante aos incidentes que mais ocorreram com os RN e mães, os resultados
mostram que grande parte das falhas ocorreram durante a identificação do paciente; com
as mães foi seguido de omissão e quedas. No entanto, a literatura cientifica brasileira tem
reportado que os principais incidentes estão associados à cadeia medicamentosa, como no
estudo de Munhoz et al. (2018), realizado em um hospital universitário de grande porte do
Rio Grande do Sul, onde consta que 63.6% estava associado a medicamentos. Resultados
semelhantes ao de Souza, Alvez e Alencar (2018) (29,6%) na cidade de Petrolina, Figuei-
redo et al. (2018) (18,9%) em Montes Claros - Minas Gerais e Silva et al. (2014) (63%) no
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ADEOYE, I.A.; ONAYADE, A.A.; FATUSI, A.O. Incidence, determinants and perinatal outcomes of
near miss maternal morbidity in Ile-Ife Nigeria: a prospective case control study. Bmc Pregnancy And
Childbirth, [S.l.], v. 13, n. 1, p.1-10, 15 abr. 2013. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1186/1471-
2393-13-93.> Acesso em: 15 de maio de 2019.
ADHIKARI, N.K.J. Patient safety without borders: measuring the global burden of adverse events.
Bmj Quality & Safety, Toronto, v. 22, n. 10, p.798-801, 30 ago. 2013. Disponível em: <http://dx.doi.
org/10.1136/bmjqs-2013-002396.> Acesso em: 3 set. 2018.
ALMEIDA, R.A.R. et al. Quedas em doentes hospitalizados: contributos para uma prática baseada
na prevenção. Revista de Enfermagem Referência, [S.l.], n. 2, p. 163-172, 2010.
ANACLETO, T.A. et al. Erros de medicação. Conselho Federal de Farmácia, [S.l.], p.1-24, 2010.
Disponível em: <http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/124/encarte_farmaciahospitalar.
pdf> Acesso em: 15 de maio de 2019.
ANDRADE, L.E.L. et al. Cultura de segurança do paciente em três hospitais brasileiros com dife-
rentes tipos de gestão. Ciência & Saúde Coletiva, [S.l.], v. 23, n. 1, p.161-172, jan. 2018. Disponível
em: <http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232018231.24392015.> Acesso em: 10 de maio de 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. ANVISA. Portaria n.º 529, de 1 de abril de 2013. Institui o Programa
Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Diário oficial da União: Brasília, 2013, p.2. Disponível
em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.html.> Acesso em:
3 set. 2018.
BRASIL. Principais questões sobre Segurança do Paciente em Unidades Neonatais. 2019. Dispo-
nível em: < http://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-recem-nascido/principais-questoes-so-
bre-seguranca-do-paciente-em-unidades-neonatais/> Acesso em: 15 de maio de 2019.
CLARO, C.M. et al. Eventos adversos em Unidade de Terapia Intensiva: percepção dos en-
fermeiros sobre a cultura não punitiva. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 45, n. 1, p.
167-172, Mar. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi-
d=S0080-62342011000100023&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 15 de maio de 2019.
DAVID, E. et al. Maternal near miss and maternal deaths in Mozambique: a cross-sectional, region-
-wide study of 635 consecutive cases assisted in health facilities of Maputo province. Bmc Preg-
nancy And Childbirth, [S.l.], v. 14, n. 1, p.1-8, dez. 2014. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1186/
s12884-014-0401-3.> Acesso em 15 de maio de 2019.
FASSINI, P.; HAHN, G.V. Riscos à segurança do paciente em unidade de internação Hospitalar: Con-
cepções da equipe de enfermagem. Rev Enferm UFSM, Santa Maria, v. 2, n. 2, p.290-299, mai/ago.
2012. Disponível em: < https://periodicos.ufsm.br/reufsm/article/view/4966> Acesso em: 3 set. 2018.
GÖTTEMS, L.B.D. et al. A study of cases reported as incidents in a public hospital from 2011 to
2014. Revista da Escola de Enfermagem da Usp, São Paulo, v. 50, n. 5, p.861-867, out. 2016.
Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/s0080-623420160000600021.> Acesso em: 12 de maio
de 2019.
HOFFMEISTER, L.V.; MOURA, G.M.S.S.; MACEDO, A.P.M.C. Learning from mistakes: analyzing inci-
dents in a neonatal care unit. Revista Latino-americana de Enfermagem, [S.l.], v. 27, p.1-8, 4 fev. 2019.
Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/1518-8345.2795.3121.> Acesso em: 13 de maio de 2019.
LANZILLOTTI, L.S. et al. Adverse events and other incidents in neonatal intensive care units.
Ciência & Saúde Coletiva, [S.l.], v. 20, n. 3, p.937-946, mar. 2015. Disponível em: <http://dx.doi.
org/10.1590/1413-81232015203.16912013.> Acesso em: 10 de maio de 2019.
LIMA, C.S.P.; BARBOSA, S.F. Ocorrência de eventos adversos como indicadores de qualidade
assistencial em unidade de terapia intensiva. Revista Enfermagem Uerj, Rio de Janeiro, v. 23, n.
2, p.222-228, 19 maio 2015. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.12957/reuerj.2015.6076.> Acesso
em: 14 de maio de 2019.
LORENZINI, E.; SANTI, J.A.R.; BÁO, A.C.P. Patient safety: analysis of the incidents notified in a
hospital, in south of Brazil. Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, v. 35, n. 2, p.121-127, jun.
2014. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/1983-1447.2014.02.44370.> Acesso em: 3 set. 2018.
MENDES, W. et al. The assessment of adverse events in hospitals in Brazil. International Journal
For Quality In Health Care, [S.l.], v. 21, n. 4, p.279-284, 23 jun. 2009.
MORSE, M.L. et al. Morbidade Materna Grave e Near Misses em Hospital de Referência Regio-
nal. Rev. bras. epidemiol., São Paulo, v. 14, n. 2, p.310-322, June 2011. Disponível em: <http://
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2011000200012&lng=en&nrm=iso>.
Acesso em: 14 maio 2019.
MUNHOZ, O.L. Profile of patients and incidents in a surgical clinic unit. J Nurs UFPE on-line.,
Recife, v.12, n.2, p.416-23, Feb., 2018. Disponível em: < https://periodicos.ufpe.br/revistas/revis-
taenfermagem/article/viewFile/230813/27848> Acesso em: 08 de maio de 2019.
OLIVEIRA, R.M. et al. Strategies for promoting patient safety: from the identification of the risks to
the evidence-based practices. Escola Anna Nery - Revista de Enfermagem, Rio de Janeiro, v. 18,
PARANAGUÁ, T.T.B. et al. Prevalence and factors associated with incidents related to medication
in surgical patients. Revista da Escola de Enfermagem da Usp, São Paulo, v. 48, n. 1, p.41-47,
fev. 2014a. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/s0080-623420140000100005.> Acesso em:
15 de maio de 2019.
PASA, T.S. et al. Risk assessment and incidence of falls in adult hospitalized patients. Revis-
ta Latino-americana de Enfermagem, [S.l.], v. 25, p.1-8, 2017. Disponível em: <http://dx.doi.
org/10.1590/1518-8345.1551.2862.> Acesso em: 14 de maio de 2019.
RAMOS, F.O.; ZUÑIGA, R.A.A. Underutilization of the reports of adverse events in na Argentine
hospital. International Journal Of Risk & Safety In Medicine, [S.l.], v. 29, n. 3-4, p.159-162, 4 jun.
2018. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.3233/jrs-180003.> Acesso em: 15 de maio de 2019.
SILVA, L.A. et al. Notification of adverse events: characterization of events occurred in a hospital
institution. J Nurs UFPE on-line., Recife, v. 8, n.7, p.3015-23, Sept., 2014. Disponível em: < https://
periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/10020> Acesso em: 14 de maio de 2019.
SIMAN, A.G.; CUNHA, S.G.S.; BRITO, M.J.M. Ações de enfermagem para segurança do paciente
em hospitais: revisão integrativa. Rev enferm UFPE, Recife, v. 11, n. 2, p.1016-1024, fev. 2017. Dis-
ponível em: < https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/viewFile/13472/16174>
Acesso em: 08 out. 2018
SOUSA, K.A.S. Quedas de pacientes adultos em um Hospital Público de Ensino. 2014. 106 f.
Dissertação (Mestrado) - Curso de Enfermagem, Escola de Enfermagem da Universidade Federal
de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2014.
SOUZA, F.T. et al. Percepção da enfermagem sobre os fatores de risco que envolvem a segurança
do paciente pediátrico. Revista de Enfermagem da Ufsm, [S.l.], v. 4, n. 1, p.152-162, 10 jul. 2014.
Disponível em: <http://dx.doi.org/10.5902/217976928781.> Acesso em: 15 de maio de 2019.
SOUZA, R.F.; ALVES, A.S.; ALENCAR, I.G.M. Eventos adversos na unidade de terapia intensiva.
Rev enferm UFPE on-line., Recife, v.12, n.1, p.19-27, jan., 2018. Disponível em: < https://perio-
dicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/25205> Acesso em: 14 de maio de 2019.
SOUZA, V.S. et al. Erros e eventos adversos: a interface com a cultura de segurança dos profis-
TASE, T.H. et al. Identificação do paciente nas organizações de saúde: uma reflexão emergente.
Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, v. 34, n. 3, p.196-200, set. 2013. Disponível em:
<http://dx.doi.org/10.1590/s1983-14472013000300025.> Acesso em: 28 set. 2018.
TASE, T.H.; QUADRADO, E.R.S.; TRONCHIN, D.M.R. Evaluation of the risk of misidentification of
women in a public maternity hospital. Revista Brasileira de Enfermagem, [s.l.], v. 71, n. 1, p.120-
125, fev. 2018. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0134.> Acesso em: 13
de maio de 2019.
TRICARICO, P. et al. Professional attitudes toward incident reporting: can we measure and compare
improvements in patient safety culture?. International Journal For Quality In Health Care, Itália, v.
29, n. 2, p.243-249, 4 fev. 2017. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1093/intqhc/mzx004.> Acesso
em: 09 de maio de 2019.
VALLES, J.H.H. et al. Nursing care missed in patients at risk of or having pressure ulcers. Re-
vista Latino-americana de Enfermagem, [s.l.], v. 24, p.1-8, 2016. Disponível em: <http://dx.doi.
org/10.1590/1518-8345.1462.2817.> Acesso em: 14 de maio de 2019.
WACHTER, R.M. Compreendendo a segurança do paciente. 2 ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. World Alliance for Patient Safety, Taxonomy: The Conceptual
Framework for the International Classification for Patient Safety: final technical report. Genebra:
WHO, 2009a.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. OMS lança esforço global para reduzir pela metade os erros
relacionados à medicação em cinco anos. 2017. Disponível em: <https://www.paho.org/bra/index.
php?option=com_content&view=article&id=5384:oms-lanca-esforco-global-para-reduzir-pela-me-
tade-os-erros-relacionados-a-medicacao-em-cinco-anos&Itemid=838>. Acesso em: 15 maio 2019.
10.37885/200700704
RESUMO
Septicemia pode ser definida como uma disfunção orgânica causada por infecção,
desencadeada por um patógeno, o qual provoca uma resposta imunológica e inflamatória
desordenada no hospedeiro (SINGER et al., 2016). Em 2016, a Society of Critical Care Me-
dicine (SCCM) e a European Society of Critical Care Medicine (ESICM) adotaram um novo
protocolo, conhecido como Sepsis 3, com novas definições para infecção, sepse e choque
séptico. Assim, o termo sepse grave deixou de existir e a avaliação clínica da disfunção
orgânica passou a ser baseada no score Sequential Organ Failure Assessment (SOFA), no
qual deve variar de 2 ou mais pontos (SINGER et al., 2016; OLIVEIRA et al., 2019).
O SOFA rápido (qSOFA) considera como preceitos clínicos a presença de pressão
arterial sistólica menor ou igual 100mmHg, incursões respiratórias maior ou igual a 22 e
alteração no estado mental avaliada pela Escala de Glasgow com escore menor que 15
(OLIVEIRA et al., 2019). Nesse viés, observa-se que o escore qSOFA é útil enquanto me-
todologia para triagem clínica de septicemia e o escore SOFA é mais usado como critério
clínico de diagnóstico da septicemia (SANTOS; NUNES, 2019). Dessa forma, os critérios
da síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS) deixaram de ser requisitos para
diagnóstico de sepse e o conceito de choque séptico corresponde à hipotensão associada
a lactato maior ou igual a 2mmol/L após reposição volêmica. No entanto, o Instituto Latino
Americano da Sepse (ILAS) não foi favorável a essa mudança, pois ao analisar países com
recursos escassos verificou-se que tais novas definições não contemplavam a necessidade
de diagnósticos precoces. Desse modo, o ILAS compreende o choque séptico como uma
septicemia que evoluiu para hipotensão sem resposta a reposição volêmica independente-
mente de hiperlactatemia (INSTITUTO LATINO-AMERICANO DA SEPSE, 2019).
A septicemia pode ser considerada um grave problema de saúde pública, pois possui
alta prevalência e incidência, haja visto o envelhecimento da população, o crescimento do
número de pacientes imunossuprimidos e de portadores de doenças crônicas, o aumento
da resistência bacteriana e a falta de infraestrutura de atendimento hospitalar (INSTITUTO
LATINO-AMERICANO PARA ESTUDOS DA SEPSE, 2015), além de gerar altos índices de
morbimortalidade e altos custos governamentais. O estudo SPREAD (the Sepsis PREvalen-
ce Assessment Database), conduzido por Machado e equipe, foi do tipo observacional de
227 unidades de terapia intensiva (UTIs) distribuídas por diversos estados brasileiros. Esse
estudo demonstrou alta prevalência, incidência e mortalidade hospitalar de sepse no país
emergente, além de associar a baixa disponibilidade de recursos como um dos principais
fatores vinculados a essa maior mortalidade. Ademais, notou-se que os dados sobre septi-
cemia dos países de renda média ainda são escassos, o que pode acarretar subnotificações
(MACHADO et al.,2017).
METODOLOGIA
RESULTADOS
Figura 1. Número e incidência por 100 mil habitantes das internações por septicemia, segundo o ano, de 2008 a 2019,
Brasil, segundo dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIHSUS).
Figura 2. Número de internações por septicemia, segundo a faixa etária, de 2008 a 2019, Brasil, segundo dados do
Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIHSUS).
Em relação aos óbitos, curva da mortalidade tem padrão ascendente com a idade,
apresentando o maior pico na população com mais de 80 anos, que representou 141.242
óbitos e taxa de mortalidade de 66,6 casos a cada 100 mil habitantes A única exceção
nesse padrão da curva são as crianças com menos de um ano, as quais representaram
16.776 óbitos, com uma taxa de mortalidade de 11,76%, maior do que nas crianças mais
velhas (figura 3).
Figura 3. Taxa de mortalidade das internações por septicemia, segundo a faixa etária, de 2008 a 2019, Brasil,
segundo dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIHSUS).
Ainda, em relação ao sexo, os homens têm maior média de permanência (12,3 dias)
e menor taxa de letalidade (42,9) para a internação por septicemia, enquanto as mulheres
apresentam taxa de letalidade de 44,7 e permanecem 11,6 dias internadas em média. Já em
relação à faixa etária, há um destaque para as crianças menores que 1 ano de idade que
permanecem aproximadamente 14,4 dias, enquanto outras faixas etárias não ultrapassam
Tabela 1. Número de internações e óbitos por septicemia, segundo o critério cor/ raça, de 2008 a 2019, Brasil, segundo
dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIHSUS).
Tabela 2. Número de internações e óbitos por septicemia, segundo regime de internação e caráter do atendimento, de
2008 a 2019, Brasil, segundo dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIHSUS).
Internações Óbitos
Regime
Público 324772 165608
Privado 312649 105380
Ignorado 525137 238043
Caráter do atendimento
Eletivo 65276 24752
Urgência 1097209 484250
Outros tipos de acidente de trânsito 39 8
Outros tipos de lesões e envenenamento por agentes
34 21
químicos ou físicos
Total 1162558 509031
Tabela 3. Número e porcentagem das internações e dos óbitos por septicemia, segundo Região e Unidade Federativa do
país, de 2008 a 2019, Brasil, segundo dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIHSUS).
Internações Óbitos
Região/Unidade da Federação
N % N %
Região Norte 62462 5,37% 22728 4,46%
Rondônia 8502 0,73% 2451 0,48%
Acre 1343 0,12% 488 0,10%
Amazonas 13570 1,17% 6414 1,26%
Roraima 840 0,07% 311 0,06%
Pará 33210 2,86% 10914 2,14%
Amapá 888 0,08% 347 0,07%
Tocantins 4109 0,35% 1803 0,35%
Região Nordeste 227205 19,54% 91926 18,06%
Maranhão 15599 1,34% 6379 1,25%
Piauí 6037 0,52% 2473 0,49%
Ceará 37795 3,25% 19492 3,83%
Rio Grande do Norte 18295 1,57% 6010 1,18%
Paraíba 24903 2,14% 6669 1,31%
Pernambuco 57981 4,99% 26743 5,25%
Alagoas 15326 1,32% 3965 0,78%
Sergipe 4867 0,42% 2560 0,50%
Bahia 46402 3,99% 17635 3,46%
Região Sudeste 598250 51,46% 288565 56,69%
Minas Gerais 186279 16,02% 64264 12,62%
Espírito Santo 20002 1,72% 5885 1,16%
Rio de Janeiro 97160 8,36% 51298 10,08%
São Paulo 294809 25,36% 167118 32,83%
Região Sul 222716 19,16% 83908 16,48%
Paraná 77840 6,70% 30540 6,00%
Santa Catarina 42092 3,62% 14779 2,90%
Rio Grande do Sul 102784 8,84% 38589 7,58%
Região Centro-Oeste 51925 4,47% 21904 4,30%
Mato Grosso do Sul 6101 0,52% 2650 0,52%
Mato Grosso 18931 1,63% 8217 1,61%
Goiás 15191 1,31% 5648 1,11%
Distrito Federal 11702 1,01% 5389 1,06%
Total 1162558 100% 509031 100%
Figura 4. Número de internações por septicemia por Região, segundo o ano, de 2008 a 2019, Brasil, segundo dados do
Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIHSUS).
Figura 5. Número de óbitos por septicemia por Região, segundo o ano, de 2008 a 2019, Brasil, segundo dados do Sistema
de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIHSUS).
DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sendo assim, a partir das informações levantadas pelo presente estudo, foi possível
determinar um perfil epidemiológico das internações e óbitos por septicemia no Brasil e suas
regiões no período de 2008 a 2019. A análise das informações levantadas reafirma que a
septicemia se trata de um problema atual e grave de saúde pública, visto que afeta uma
parcela crescente da população brasileira, atingindo de forma significativa grupos vulnerá-
veis, tanto em relação a fatores sociais quanto fisiológicos. Mesmo que limitados, os dados
obtidos podem ser utilizados para aprimorar as políticas nacionais já estabelecidas sobre
o tema e arquitetar novas, com foco na prevenção, principalmente nas populações mais
acometidas por essa doença, e melhoria do sistema de saúde, com destaque para a rede
pública. Tais ações exemplificam-se por educação populacional acessível sobre a doença,
como essa se manifesta, como prevenir e quando procurar serviço médico de forma precoce
para evitar agravo do quadro; elaboração de novos protocolos que evidenciam e promovem
o diagnóstico precoce e tratamento adequado dos casos, evitando períodos de internações
exacerbados que poderiam ser evitados, assim como uso descontrolado e desnecessário de
antibióticos; e também treinamento permanente de todos os profissionais de saúde envolvi-
dos na linha de cuidado dos pacientes com septicemia, para aplicação correta dos protoco-
REFERÊNCIAS
ÁLVARO-MECA, Alejandro et al. Epidemiological trends of sepsis in the twenty-first century (2000–
2013): an analysis of incidence, mortality, and associated costs in Spain. Population Health Me-
trics, [S.L.], v. 16, n. 1, p. 1-11, 12 fev. 2018. Springer Science and Business Media LLC. http://
dx.doi.org/10.1186/s12963-018-0160-x. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/
PMC5809921/. Acesso em: 14 jul. 2020.
BRASIL. Resolução nº 510, de 07 de abril de 2016. Dispõe sobre as normas aplicáveis a pesqui-
sas em Ciências Humanas e Sociais. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília,
DF, 24 maio 2016. Disponível em: http://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/
content/id/22917581. Acesso em: 07 jul. 2020.
CONDE, Katia Aparecida Pessoa et al. Differences in Sepsis Treatment and Outcomes between
Public and Private Hospitals in Brazil: a multicenter observational study. Plos One, [S.L.], v. 8,
n. 6, p. e64790-e64790, 6 jun. 2013. Public Library of Science (PLoS). http://dx.doi.org/10.1371/
journal.pone.0064790. Disponível em: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/36422. Acesso
em: 14 jul. 2020.
DINIZ, Lílian Martins Oliveira; FIGUEIREDO, Bruna de Campos Guimarães e. O sistema imunoló-
gico do recém-nascido. Revista Médica de Minas Gerais, Belo Horizonte, v. 24, n. 2, p. 233-240,
2014. GN1 Genesis Network. http://dx.doi.org/10.5935/2238-3182.20140056. Disponível em: http://
rmmg.org/artigo/detalhes/1604. Acesso em: 13 jul. 2020.
GYAWALI, Bishal et al. Sepsis: the evolution in definition, pathophysiology, and manage-
ment. Sage Open Medicine, [S.L.], v. 7, p. 1-13, jan. 2019. SAGE Publications. http://dx.doi.
org/10.1177/2050312119835043. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/
PMC6429642/. Acesso em: 14 jul. 2020.
JÚNIOR, João Andrade L. Sales et al. Sepse Brasil: Estudo Epidemiológico da Sepse em Unidades
de Terapia Intensiva Brasileiras. Revista Brasileira Terapia Intensiva, [S.L.], v. 18, n. 1, p. 9-17, jan.
2006. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rbti/v18n1/a03v18n1.pdf. Acesso em: 12 jul. 2020.
KOTFIS, Katarzyna et al. A worldwide perspective of sepsis epidemiology and survival according
to age: observational data from the icon audit. Journal Of Critical Care, [S.L.], v. 51, p. 122-132,
jun. 2019. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.jcrc.2019.02.015. Disponível em: https://doi.
org/10.1016/j.jcrc.2019.02.015. Acesso em: 13 jul. 2020.
LOBO, Suzana Margareth et al. Mortalidade por sepse no Brasil em um cenário real: projeto UTIs
Brasileiras. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, [S.L.], v. 31, n. 1, p. 1-4, mar. 2019. GN1 Ge-
nesis Network. http://dx.doi.org/10.5935/0103-507x.20190008. Disponível em: https://www.scielo.
br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2019000100001. Acesso em: 13 jul. 2020.
MACHADO, Flavia R et al. The epidemiology of sepsis in Brazilian intensive care units (the Sep-
sis PREvalence Assessment Database, SPREAD): an observational study. The Lancet Infectious
Diseases, [S.L.], v. 17, n. 11, p. 1180-1189, nov. 2017. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/
s1473-3099(17)30322-5. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28826588/. Acesso em:
06 jul. 2020.
MARINHO, Alexandre et al. Desigualdade racial no Brasil: um olhar para a saúde. Desafios do De-
senvolvimento, Brasília, v. 70, 2011. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?op-
tion=com_content&view=article&id=2688:catid=28&Itemid=23#:~:text=Desigualdade%20racial%20
no%20Brasil%3A%20um%20olhar%20para%20a%20sa%C3%BAde&text=O%20ano%20de%20
2011%20foi,o%20Ano%20Internacional%20dos%20Afrodescendentes.. Acesso em: 14 jul. 2020.
MARTIN, Greg S. et al. The Epidemiology of Sepsis in the United States from 1979 through 2000.
New England Journal Of Medicine, [S.L.], v. 348, n. 16, p. 1546-1554, 17 abr. 2003. Massachusetts
Medical Society. http://dx.doi.org/10.1056/nejmoa022139. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.
nih.gov/12700374/. Acesso em: 14 jul. 2020.
MORELLO, Luis Gustavo et al. Assessment of clinical and epidemiological characteristics of patients
with and without sepsis in intensive care units of a tertiary hospital. Einstein (São Paulo), [S.L.],
NEIRA, Ricardo Alfredo Quintano et al. Epidemiology of sepsis in Brazil: incidence, lethality, costs,
and other indicators for brazilian unified health system hospitalizations from 2006 to 2015. Plos One,
[S.L.], v. 13, n. 4, p. 1-15, 13 abr. 2018. Public Library of Science (PLoS). http://dx.doi.org/10.1371/
journal.pone.0195873. Disponível em: https://journals.plos.org/plosone/article/file?id=10.1371/
journal.pone.0195873&type=printable. Acesso em: 15 jul. 2020.
OLIVEIRA, Gabriel G. P.. Revisão dos protocolos no tratamento da sepse. Cadernos de Medicina,
Teresópolis, v. 2, n. 3, p. 101-110, 2019. Disponível em: http://www.revista.unifeso.edu.br/index.
php/cadernosdemedicinaunifeso/article/view/1649/773. Acesso em: 15 jul. 2020.
REINHART, Konrad et al. O ônus da sepse: uma chamada em apoio ao dia mundial da sepse 2013.
Revista Brasileira de Terapia Intensiva, [S.L.], v. 25, n. 1, p. 3-5, mar. 2013. GN1 Genesis Network.
http://dx.doi.org/10.1590/s0103-507x2013000100002. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2013000100002. Acesso em: 13 jul. 2020.
RUDD, Kristina e et al. Global, regional, and national sepsis incidence and mortality, 1990–2017:
analysis for the global burden of disease study. The Lancet, [S.L.], v. 395, n. 10219, p. 200-211,
jan. 2020. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/s0140-6736(19)32989-7. Disponível em: https://
www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6970225/. Acesso em: 14 jul. 2020.
RUDD, Kristina E. et al. The global burden of sepsis: barriers and potential solutions. Critical
Care, [S.L.], v. 22, n. 1, p. 1-11, 23 set. 2018. Springer Science and Business Media LLC. http://
dx.doi.org/10.1186/s13054-018-2157-z. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/
PMC6151187/. Acesso em: 14 jul. 2020.
SANTOS, Christyan Sannder; NUNES, Carlos Pereira. Sepsis 3: definições, aplicabilidade, van-
tagens e desvantagens. Revista de Medicina de Família e Saúde Mental, Teresópolis, v. 1, n. 1,
p. 193-200, jun. 2019. Disponível em: http://www.revista.unifeso.edu.br/index.php/medicinafami-
liasaudemental/article/view/1588. Acesso em: 06 jul. 2020.
SANTOS, José Alcides Figueiredo. Desigualdade racial de saúde e contexto de classe no Brasil.
Dados, [S.L.], v. 54, n. 1, p. 05-40, fev. 2011. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/
SILVA, Eliézer et al. Brazilian Sepsis Epidemiological Study (BASES study). Critical Care, [S.L.], v.
8, n. 4, p. 251-260, jun. 2004. Springer Science and Business Media LLC. http://dx.doi.org/10.1186/
cc2892. Disponível em: https://ccforum.biomedcentral.com/articles/10.1186/cc2892. Acesso em:
15 jul. 2020.
SINGER, Mervyn et al. The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock
(Sepsis-3). Jama, [S.L.], v. 315, n. 8, p. 801, 23 fev. 2016. American Medical Association (AMA).
http://dx.doi.org/10.1001/jama.2016.0287. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/
PMC4968574/. Acesso em: 06 jul. 2020.
TANIGUCHI, Leandro u et al. Sepsis-related deaths in Brazil: an analysis of the national mortality
registry from 2002 to 2010. Critical Care, [S.L.], v. 18, n. 6, p. 1-7, 5 nov. 2014. Springer Science
and Business Media LLC. http://dx.doi.org/10.1186/s13054-014-0608-8. Disponível em: https://
pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25370578/. Acesso em: 14 jul. 2020.
10.37885/200600564
RESUMO
MATERIAIS E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O aplicativo desenvolvido foi denominado Quiz Ortopedia®, tendo sua patente regis-
trada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) em sistema iOS® com registro
512018000006-1 e em plataforma Android® com registro BR 512018000005-3.
As imagens de algumas telas representativas do aplicativo podem ser observadas nas
figuras 1 a 3.
Os quatro grupos eram compostos de 33 participantes cada. O grupo III foi dividido
por ano de residência (residentes do 1º ano, residentes do 2º ano e residentes do 3º ano),
representando o total de participantes 8,3% cada subgrupo. Entre todos os participantes,
em relação à parte I do questionário, 55,3% (73/132) tem como sistema operacional o iOS®,
Figura 2. Telas da seleção de assuntos, quantidade e tempo das questões do Aplicativo Quiz Ortopedia®.
n %
Ocupação
Acadêmico Unichristus 33 25,0
Acadêmico UFC 33 25,0
Residente 1º Ano 11 8,3
Residente 2º Ano 11 8,3
Residente 3º Ano 11 8,3
Ortopedista 33 25,0
Sistema operacional
Android 59 44,7
iOS 73 55,3
Usou aplicativo
Sim 132 100,0
Usou aplicativo para fins acadêmicos
Não 6 4,5
Sim 126 95,5
Tabela 2. Análise estatística entre acadêmicos, residentes e ortopedistas do sistema operacional e do uso de aplicativos
para fins acadêmicos
Ocupação
Ocupação
Da mesma forma, analisando a parte III, observa-se diferença entre os grupos com
importância estatística em todas as perguntas (0,001-0,032), exceto na pergunta 6 (p-valor
= 0,177) (Tabela 4).
Ocupação
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
AKHTAR, Kashif et al. Training safer orthopedic surgeons. Acta Orthopaedica, [s.l.], v. 86, n. 5,
p.616-621, set. 2015. Informa UK Limited.
ATESOK, K. et al. Surgical Simulation in Orthopaedic Skills Training. Journal Of The American
Academy Of Orthopaedic Surgeons, [s.l.], v. 20, n. 7, p.410-422, 1 jul. 2012. Ovid Technologies
(Wolters Kluwer Health). http://dx.doi.org/10.5435/jaaos-20-07-410.
FRANKO, Orrin I.. Smartphone Apps for Orthopaedic Surgeons. Clinical Orthopaedics And Rela-
ted Research®, [s.l.], v. 469, n. 7, p.2042-2048, 6 maio 2011. Ovid Technologies (Wolters Kluwer
Health). http://dx.doi.org/10.1007/s11999-011-1904-0.
JAMAL, Amr et al. Mobile Phone Use Among Medical Residents: A Cross-Sectional Multicenter
Survey in Saudi Arabia. Jmir Mhealth And Uhealth, [s.l.], v. 4, n. 2, p.1-11, 19 maio 2016. JMIR
Publications Inc.. http://dx.doi.org/10.2196/mhealth.4904.
KARPICKE, Jeffrey D.; ROEDIGER, Henry L.. The Critical Importance of Retrieval for Learning.
Science, [s.l.], v. 319, n. 5865, p.966-968, 15 fev. 2008. American Association for the Advancement
of Science (AAAS). http://dx.doi.org/10.1126/science.1152408.
MARCAI, Edgar et al. A mobile learning system to enhance field trips in geology. 2014 Ieee Fron-
tiers In Education Conference (fie) Proceedings, [s.l.], out. 2014. IEEE. http://dx.doi.org/10.1109/
fie.2014.7044030.
MARÇAL, E.; ANDRADE, R.; RIOS, R. Aprendizagem utilizando dispositivos móveis com sistemas
de realidade virtual. RENOTE – Revista Novas Tecnologias na Educação, v.3, p.1-11, 2005.
SANDHOLZER, Maximilian et al. Medical students’ attitudes and wishes towards extending an
educational general practice app to be suitable for practice: A cross-sectional survey from Leipzig,
Germany. European Journal Of General Practice, [s.l.], v. 22, n. 2, p.141-146, 2 abr. 2016. Informa
UK Limited.
SHAW, Christiana M.; TAN, Sanda A.. Integration of Mobile Technology in Educational Materials
Improves Participation: Creation of a Novel Smartphone Application for Resident Education. Journal
Of Surgical Education, [s.l.], v. 72, n. 4, p.670-673, jul. 2015.
SINGLER, Katrin et al. Development and initial evaluation of a point-of-care educational app on
medical topics in orthogeriatrics. Archives Of Orthopaedic And Trauma Surgery, [s.l.], v. 136, n. 1,
p.65-73, 8 dez. 2015. Springer Nature. http://dx.doi.org/10.1007/s00402-015-2366-8.
STIRLING, Euan Rb; LEWIS, Thomas L; A FERRAN, Nicholas. Surgical skills simulation in trauma
and orthopaedic training. Journal Of Orthopaedic Surgery And Research, [s.l.], v. 9, n. 1, p.1-9,
dez. 2014. Springer Nature. http://dx.doi.org/10.1186/s13018-014-0126-z.
WALSH, K. Mobile Learning in Medical Education: Review. Ethiopian Journal Of Health Sciences,
[s.l.], v. 25, n. 4, p.363-366, 5 out. 2015. African Journals Online (AJOL). http://dx.doi.org/10.4314/
ejhs.v25i4.10.
10.37885/200700791
RESUMO
MÉTODOS
Realizou-se uma revisão de literatura por meio da análise de artigos encontrados nas
plataformas Scielo e Pubmed. Os descritores utilizados foram: "apneia obstrutiva do sono",
"SAOS" e "síndrome metabólica". Após a análise, setenta artigos foram selecionados para
pesquisa e, desses, quarenta e três serviram de base para o estudo. Foram incluídos no
estudo artigos que se encaixavam na temática, disponíveis em inglês, português e espanhol,
publicados entre os anos de 2000 e 2020, além de diretrizes e teses que abordavam as
comorbidades que fazem parte da SM. Assim, os artigos e diretrizes que não apresentaram
os princípios propostos foram excluídos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Síndrome Metabólica
Componentes Níveis
Obesidade abdominal por meio de circunferência abdominal
Homens > 102 cm
Mulheres > 88 cm
TG ≥ 150 mg/dL
HDL Colesterol
Homens < 40 mg/dL
Mulheres < 50 mg/dL
Pressão arterial ≥ 130 mmHg ou ≥ 85 mmHg
Glicemia de jejum ≥ 110 mmHg
Obesidade
Diabetes
Sabe-se que há uma estreita relação entre diabetes, obesidade e a AOS. A sociedade
Americana de Diabetes (AAD, 2012) descreve o DM como sendo um conjunto de distúr-
bios metabólicos que se caracterizam pela hiperglicemia como resultado de alterações da
liberação da insulina, da ação da insulina ou de ambas. Essa condição na qual ocorre um
defeito na via da insulina pode ser resultado de processos autoimunes que levam a uma
deleção total ou quase total do hormônio, caracterizando o DM tipo 1, ou de uma diminuição
da resposta periférica ao mesmo hormônio que é resultado principalmente da interação de
fatores genéticos, os quais predispõem o indivíduo à doença, com fatores ambientais, como
sedentarismo e alimentação desbalanceada, caracterizando o DM tipo 2, além de outros
fatores como gravidez e hormônios exógenos (VON HERRARTH; SANDA; HEROLD, 2007).
A OMS ressalta ainda que enquanto nos casos de DM tipo 1 os sintomas ocorrem
a curto prazo, no DM do tipo 2, os pacientes podem apresentam a doença e permanecer
assintomáticos por muitos anos até que ocorra o agravamento da condição. A SAOS está
intimamente ligada ao DM tipo 2, ao qual em 80% dos casos está associado a condições
de obesidade ou sobrepeso. A fisiopatologia desse tipo de diabetes é complexa, pois ao
contrário do que ocorre no tipo 1 no qual ocorre destruição direta das células B das ilhotas
pancreáticas que são responsáveis pela produção do hormônio insulina, nesse tipo ocorrem
interações bioquímicas anormais que resultam na resistência à insulina. Isso se relaciona
a SAOS pela ocorrência de ciclos de ativação simpática ocasionados pela “falta” de glicose
nos principais tecidos corporais (encéfalo e outros) e estresse oxidativo (hipóxia intermiten-
te, hipercapnia e despertares) uma vez que para que ocorra o metabolismo completo da
glicose nos tecidos é necessário além da entrada, sua quebra e o oxigênio é essencial na
etapa final, a cadeia respiratória que ocorre na mitocôndria (GUTHRIE; GUTHRIE, 2004).
Na doença, devido a fatores genéticos e ambientais, há uma grande quantidade de
glicose disponível nos tecidos, levando ao aumento da produção de insulina pelo pâncreas
para gerar a entrada de glicose nos órgãos específicos, como o músculo esquelético e o
tecido adiposo, contudo, devido a repetição de péssimos hábitos, ocorre a fadiga do pân-
creas, gerando defeitos na liberação ou na ação da insulina levando a doença e a diversas
complicações, principalmente envolvendo os tecidos neural e cardiovascular, além disso,
Dislipidemia
Hipertensão
Sabe-se que existe uma sólida associação causal entre SAOS e HAS. Através de
estudo de coorte, Peppard et al. (2000) demonstraram que portadores de SAOS têm risco
triplicado de desenvolver HAS nos primeiros 4 anos de doença. Essa correlação se baseia
nos efeitos metabólicos dos períodos de apneia durante o sono, de modo que o prejuízo na
capacidade respiratória desencadeia episódios de hipóxia e hipercapnia. Logo, essas desor-
dens na oxigenação afetam a homeostase do organismo, ao passo que tendem a lesionar a
estrutura dos vasos sanguíneos, coração e pulmões (PEDROSA; LORENZI-FILHO, 2009).
Por outro viés, a fisiopatologia da SAOS implica em desordens sistêmicas, como a
exacerbação na atividade do sistema nervoso simpático. Esse processo tende a ativar cons-
tantemente o mecanismo de quimiorreflexo, responsável pelo controle gasoso do sangue,
de maneira que reduz a sensibilidade dos barorreceptores. Assim, há uma hiperativação
simpática durante a apneia, com aumento de frequência cardíaca e pressão arterial. Essa
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ATKESON, A.; YEH, S. Y.; MALHOTRA, A.; JELIC, S. Endothelial Function in Obstructive Sleep
Apnea. Progress in Cardiovascular Diseases, v. 51, n. 5, p. 351–362, 2009.
BARBOSA, L.; CHAVES, O. C.; RIBEIRO, R. C. L. Anthropometric and body composition para-
meters to predict body fat percentage and lipid profile in schoolchildren. Rev Paul Pediatr., v. 30,
n. 4, p. 520-528, 2012.
BITTENCOURT, L. R. A.; HADDAD, F. M.; FABBRO, C. D.; CINTRA, F. D.; RIOS, L. Abordagem
geral do paciente com síndrome da apneia obstrutiva do sono. Rev Bras Hipertens., v. 16, n. 3,
p.158-163, 2009.
BOREL, A. L. Sleep Apnea and Sleep Habits: Relationships with Metabolic Syndrome. Nutrients,
v. 11, n. 11, p. 2628, 2019.
CARNEIRO, G.; RIBEIRO FILHO, F. F.; TOGEIRO, S. M.; TUFIK, S.; ZANELLA, M. T.Interações
entre síndrome da apneia obstrutiva do sono e resistência à insulina. Arq Bras Endocrinol Metab.,
v. 51, n. 7, p. 1035-1040, 2007.
CINTRA, F. D.; POYARES, D.; GUILLEMINAULT, C.; CARVALHO, A. C.; TUFIK, S.; DE PAOLA, A.
A. V. Alterações cardiovasculares na síndrome da apneia obstrutiva do sono. Arquivos Brasileiros
de Cardiologia, v. 86, n. 6, p. 399–407, 2006.
CRISPIM, C. A.; ZALCMANI, I.; DÁTTILOI, M.; PADILHA, H. G.; TUFIKI, S.; DE MELLO, M. T.
Relação entre sono e obesidade: uma revisão da literatura. Arq Bras Endocrinol Metab., v. 51, n.
7, p. 1041-1049, 2007.
DEKON, S. F. C.; LIMA, K. S.; PENTEADO, A. C. C.; NUNES, G. P. Índices utilizados para
diagnóstico e plano de tratamento do ronco primário e da síndrome da apneia obstrutiva do sono
DRAGER, L. F.; BORTOLOTTO, L. A.; FIGUEIREDO, A. C.; SILVA, B. C.; KRIEGER, E. M.; LO-
RENZI-FILHO, G. Obstructive sleep apnea, hypertension, and their interaction on arterial stiffness
and heart remodeling. Chest., v. 131, n. 5, p. 1379-86, 2007.
GRASSI, G.; FACCHINI, A.; TREVANO, F. Q.; DELL'ORO, R.; ARENARE, F.; TANA, F.; BOLLA, G.;
MONZANI, A.; ROBUSCHI, M.; MANCIA, G. Obstructive sleep apnea- dependent andindependent
adrenergic activation in obesity. Hypertension, v. 46, n. 2, p. 321-5, 2005.
GUTHRIE, R.; GUTHRIE, D. Pathophysiology of Diabetes Mellitus. Critical Care Nursing Quartely,
v. 27, n. 2, p. 113-125, 2004.
HO, M.L.; BRASS, S.D. Obstructive sleep apnea. Neurol Int., v. 3, n. 3, p. e15, 2011. HONORATO,
A. S. D.; BANDO, E.; UCHIMURA, T. T.; JUNIOR, M. M. Perfis antropométrico, lipídico e glicêmico
em adolescentes de uma instituição filantrópica no noroeste do Paraná. J Bras de Patol Med Lab.,
v. 46, n. 1, p. 7-15, 2010.
KONO, M.; TATSUMI, K.; SAIBARA, T.; NAKAMURA, A.; TANABE, N.; TAKIGUCHI, Y.; KURIYAMA,
T. Obstructive sleep apnea syndrome is associated with some components of metabolic syndrome.
Chest., v. 131, n. 5, p. 1387-92, 2007.
KUVAT, N.; TANRIVERDI, H.; ARMUTCU, F. The relationship between obstructive sleep apnea
syndrome and obesity: A new perspective on the pathogenesis in terms of organ crosstalk. Clin
Respir J., v. 14, p. 595–604, 2020.
LEE, Y. S.; KIM, J. W.; OSBORNE, O.; OH, D. Y.; SASIK, R.; SCHENK, S.; CHEN, A.; CHUNG,
H.; MURPHY, A.; WATKINS, S. M.; QUEHENBERGER, O.; JOHNSON, R. S.; OLEFSKY, J. M.
Increased adipocyte O2 consumption triggers HIF-1α, causing inflammation and insulin resistance
in obesity. Cell, v. 157, n. 6, p. 1339-1352, 2014.
LEPROULT, R.; VAN CAUTER, E. Role of Sleep and Sleep Loss in Hormonal Release and Meta-
bolism. Endocr. Dev., v. 17, p. 11–21, 2010.
LOPES, T. DO V. C.; TUFIK, S.; DE MELLO, M. T. Relação entre apneia obstrutiva do sono e
obesidade: uma revisão sobre aspectos endócrinos, metabólicos e nutricionais. RBONE - Revista
Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, v. 11, n. 64, p. 250-260, 2017.
MANCINI, M. C.; ALOE, F.; TAVARES, S. Apneia do sono em obesos. Arq Bras Endocrinol Metab.,
v. 44, n. 1, p. 81-90, 2000.
PAPANAS, N.; STEIROPOULOS, P.; NENA, E.; TZOUVELEKIS, A.; SKARLATOS, A.; KONSTA,
M.; VASDEKIS, V.; MALTEZOS, E.; BOUROS, D. Predictors of obstructive sleep apnea in males
with metabolic syndrome. Vasc Health Risk Manag., v. 6, p. 281-286, 2010.
PEDROSA, R. P.; LORENZI-FILHO, G. Apneia do sono e hipertensão arterial sistêmica Sleep apnea
and systemic arterial hypertension. Revista Brasileira de Hipertensão, v. 16, n. 3, p. 174–177, 2009.
PEPPARD, P. E.; YOUNG, T.; PALTA, M.; SKATRUD, J. Prospective study of the association be-
tween sleep-disordered breathing and hypertension. N Engl J Med., v. 342, n. 19, p. 1378-84, 2000.
SALAROLI, L. B.; BARBOSA, G. C.; MILL, J. G.; MOLINA, M. C. B. Prevalência de síndrome me-
tabólica em estudo de base populacional, Vitória, ES - Brasil. Arq Bras Endocrinol Metab., v. 51,
n. 7, p. 1143-1152, 2007.
ROMERO, C. E. M.; ZANESCO, A. O papel dos hormônios leptina e grelina na obesidade. Rev.
Nutr. Campinas, v. 19, n. 1, p. 85-91, 2006.
SAVRANSKY, V.; NANAYAKKARA, A.; LI, J.; BEVANS, S.; SMITH, P. L.; RODRIGUEZ, A.; PO-
LOTSKY, V. Y. Chronic intermittent hypoxia induces atherosclerosis. Am J Respir Crit Care Med.,
v. 175, n. 12, p. 1290-7, 2007.
SILVA, G. A.; SANDER, H. H.; ECKELI, A. L.; FERNANDES, R. M. F.; COELHO, E. B.; NOBRE, F.
Conceitos básicos sobre síndrome da apneia obstrutiva do sono. Revista Brasileira de Hipertensão,
v. 16, n. 3, p. 150-157, 2009.
SILVA, R. A.; KANAAN, S.; SILVA, L. E.; PERALTA, R. H. S. Estudo do perfil lipídico em crianças
e jovens do ambulatório pediátrico do Hospital Universitário Antônio Pedro associado ao risco de
dislipidemias. J Bras Patol Med Lab., v. 43, n. 2, p. 95-101, 2007.
SPIEGEL, K.; LEPROULT, R.; L'HERMITE-BALERIAUX, M.; COPINSCHI, G.; PENEV, P. D.;
VAN CAUTER, E. Leptin levels are dependent on sleep duration: relationships with sympathova-
gal balance, carbohydrate regulation, cortisol, and thyrotropin. J Clin Endocrinol Metab., v. 89, p.
5762-71, 2004a.
SPIEGEL, K.; TASALI, E.; PENEV, P.; VAN CAUTER, E. Brief communication: Sleep curtailment
in healthy young men is associated with decreased leptin levels, elevated ghrelin levels, and in-
creased hunger and appetite. Ann Intern Med., v. 141, p. 846-50, 2004b.
SUN, S.; ZHAI, H.; ZHU, M.; WEN, O.; HE, X.; WANG, H. A resistência à insulina está associada
ao Sfrp5 na apneia obstrutiva do sono. Braz. J. otorrinolaringol., v. 85, n. 6, p. 739-745, 2019.
VON HERRARTH, M.; SANDA, S.; HEROLD, K. Type 1 diabetes as a relapsing-remitting disease?
Nat Rev Immunol., v. 7, n. 12, p. 988-94, 2007.
ZANCANELLA, E.; HADDAD, F. M.; OLIVEIRA, L. A. M. P.; NAKASATO, A.; DUARTE, B. B.;
SOARES, C. F. P.; CAHALI, M. B.; ECKELI, A.; CARAMELLI, B.; DRAGER, L.; RAMOS, B. D.;
NÓBREGA, M.; FAGONDES, S. C.; ANDRADA, N. C.Apneia obstrutiva do sono e ronco primário:
tratamento. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, 80.1, p. 17-28, 2014.
ZIMBERG, I. Z.; DE MELO, C. M.; DEL RE, M.; DOS SANTOS, M. V.; CRISPIM, C. A.;
10.37885/200700725
RESUMO
A aproximação familiar trazida pela reforma psiquiátrica foi uma conquista imprescindível,
mas muitos familiares ainda encontram dificuldades em adequar-se a essa função, visto
que se caracteriza uma experiência de fardo a carregar. Logo, há a necessidade de
apoio aos familiares cuidadores, quanto à educação em saúde para o entendimento da
doença e da situação vivida. Buscou-se, portanto, identificar a sobrecarga sofrida pelo
cuidador familiar de portador de transtorno mental e analisar a atuação do profissional
de enfermagem na assistência ao cuidador familiar e sua relação com o ente PTM. A
metodologia trata-se de uma revisão integrativa de literatura, com caráter teórico-reflexivo,
que sintetiza os estudos disponíveis mais atuais sobre assistência de enfermagem ao
cuidador familiar de portadores de transtornos mentais. Para a busca dos trabalhos foi
utilizada a Biblioteca Virtual em Saúde onde foram pesquisados os descritores “saúde
mental”, “cuidadores” e “enfermagem psiquiátrica. A presença de um portador de
transtorno mental na família implica repercussões tanto nas interações emocionais como
no andamento das atividades domésticas e na situação econômica. Identificou-se que as
famílias não são preparadas durante a hospitalização de seus pacientes e, no momento
da alta, percebiam o futuro do paciente com pessimismo, preocupação e incerteza. A falta
de orientação foi apresentada como uma realidade cotidiana difícil de ser enfrentada,
principalmente em relação aos cuidados. O papel dos enfermeiros é preponderante,
enquanto profissionais de saúde habilitados a transmitir a informação necessária para
a tomada de decisão para o cuidar. Apesar de a enfermagem ser presente na maioria
dos serviços, foi de constatação absoluta um certo despreparo destes profissionais na
potencialização do papel da família como parte integrante do cuidado. É importante
avançar no conhecimento, na participação, no desenvolvimento de atividades e práticas
que capacitem os profissionais de saúde para serviços mais qualificados. O enfermeiro,
como profissional que mais atua diretamente com os pacientes e familiares, deve buscar
progresso na metodologia de serviços de saúde com a inclusão do familiar aos seus
cuidados e atenção, melhorando assim a qualidade de vida de todos os envolvidos.
No âmbito da saúde mental, a família, por muito tempo, foi vista como fator desenca-
deante da enfermidade mental do indivíduo ou, no caso inverso, pensada como instituição
que deveria ser protegida da loucura e adoecimento de seu familiar, pois este era entendido
como um modelo exemplar negativo, indisciplinado e responsável pela desordem social.
Deste modo, o doente era afastado de sua família, que permanecia alheia ao tratamento
proposto, o que contribuiu ainda mais para o processo de exclusão social do portador de
transtorno mental (PTM).8,15
Contudo, surgiu na década de 70, o Movimento Brasileiro de Reforma Psiquiátrica
(MBRP) apresentando um novo modelo de atenção psiquiátrica, agora baseado na desinsti-
tucionalização do doente mental, propondo a substituição progressiva do aparato manicomial
por serviços de base territorial. Este movimento se caracterizou por críticas à hegemonia do
saber biomédico no cuidado à saúde mental, bem como às infelizes consequências teste-
munhadas durante anos pela segregação e exclusão social, promovidas a partir do modelo
asilar. 12,15
A nova política buscou a humanização das instituições de atenção à saúde mental e
garantir instrumentos legais, comprometidos com os direitos civis dos pacientes psiquiátricos
e com a inserção da família como parte importante no tratamento. Essa aproximação familiar
foi uma conquista imprescindível, mas muitos familiares ainda encontram dificuldades em
adequar-se a essa função, visto que se caracteriza uma experiência de fardo a carregar,
descrita por mudanças negativas no cotidiano relacionadas ao processo de cuidado, imple-
mentação de hábitos e maiores responsabilidades.3,13
Tornar-se cuidador de um PTM requer que os familiares coloquem suas necessidades e
desejos em segundo plano e reorganizem sua vida em função das necessidades do paciente.
Deixam de lado, na maioria das vezes, a profissão, as atividades de lazer e o autocuidado.
Sobrecargas lhe são impostas pelas mudanças em suas rotinas, gastos financeiros exce-
dentes, além do desgaste físico e emocional. Muitas vezes despreparados, se deparam com
desafios ao assumirem o papel de cuidadores. Queixam-se frequentemente, de depressão,
estresse e ansiedade. 11,15
Por um lado, o contexto do cuidado dá-se em prol da inclusão social do PTM, por outro,
facilita a existência de sobrecarga dos cuidadores, os quais passam a ser atores ativos de
tal processo sem nem entender suas bases, suas motivações. Fica claro que fora das insti-
tuições hospitalares o cuidado é uma atividade que requer muita responsabilidade e, muitas
vezes, dedicação exclusiva, podendo gerar sofrimento aos cuidadores. Além do paciente,
as pessoas que estão ao seu redor tendem a ter maiores desgastes físicos e emocionais,
tornando-se mais frágeis, podendo levar a um período de adoecimento. 5,9
OBJETIVOS
Dada a relevância do tema exposto, este estudo teve como objetivo identificar a sobre-
carga sofrida pelo cuidador familiar de portador de transtorno mental, citar as dificuldades
ditas como fatores para seu possível adoecimento a partir da literatura revisada e analisar
a atuação do profissional de enfermagem na assistência ao cuidador familiar e sua relação
com o ente PTM.
METODOLOGIA
A atual política de saúde mental preconiza a inclusão dos familiares dos portadores de
transtornos mentais graves na assistência. A família é convocada a participar efetivamente
deste processo de reconstrução da dignidade do portador de sofrimento psíquico, ocupando
lugar privilegiado nas discussões das políticas públicas em saúde mental diante da Reforma
Psiquiátrica. Revalorizada, a família deixa a condição de mera informante das manifestações
psicopatológicas, passando a representar o mais importante instrumento na “reabilitação do
indivíduo em sofrimento psíquico15.Tornar a família corresponsável no tratamento do parente
REFERÊNCIAS
BESSA, J.B.; WAIDMAN, M.A.P. Família da pessoa com transtorno mental e suas necessidades
na assistência psiquiátrica. Texto contexto - enferm. [online] vol.22 no.1 Florianópolis Jan./Mar.
2013. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-07072013000100008.
CARDOSO, L. et al. Perspectivas atuais sobre a sobrecarga do cuidador em saúde mental.Rev. esc.
enferm. USP [online]. vol.46 no.2 São Paulo Apr. 2012. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/
S0080-62342012000200033.
ELOIA, S. C. et al. Sobrecarga do cuidador familiar de pessoas com transtorno mental: uma revisão
integrativa. Saúde debate[online]. 2014, vol.38, n.103, p.996-1007. Disponível em: http://dx.doi.
org/10.5935/0103-1104.20140085.
FERNANDES, C. S.; ANGELO, M. Cuidadores familiares: o que eles necessitam? Uma revisão
integrativa. Rev. esc. enferm. USP [online]. 2016, vol.50, n.4, p.675-682. Disponível em: http://
dx.doi.org/10.1590/S0080-623420160000500019.
FIRMO, A.A.M.; JORGE, M.S.B. Experiências dos cuidadores de pessoas com adoecimento psí-
quico em face à reforma psiquiátrica: produção do cuidado, autonomia, empoderamento e resolu-
bilidade. Saude soc. [online]. 2015, vol.24, n1, p.217-231. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/
S0104-12902015000100017.
GOMES, M.L.P.; SILVA, J.C.B.; BATISTA, E.C. Escutando quem cuida: quando o cuidado afeta
a saúde do cuidador em saúde mental. Revista Psicologia e Saúde. [online]. v. 10, n. 1, jan./abr.
2018, p. 3-17. Disponível em: http://dx.doi.org/10.20435/pssa.v10i1.530.
KEBBE, L. M. et al.Cuidando do familiar com transtorno mental: desafios percebidos pelos cuida-
dores sobre as tarefas de cuidar. Saúde debate [online]. 2014, vol.38, n.102, p.494-505. Disponível
em:http://dx.doi.org/10.5935/0103-1104.20140046.
TAVARES, C.M.M. et al. Atenção de enfermagem à família do portador de transtorno mental: con-
tribuições para educação permanente. CiencCuidSaude[online]. 2012 Out/Dez; 11(4): p. 767-774.
Disponível em: http://dx.doi.org/10.4025/cienccuidsaude.v11i4.21569.
10.37885/200700659
RESUMO
MÉTODOS
RESULTADOS
Tabela 1. Número de artigos selecionados sobre os cuidados de enfermagem ao paciente com doença de Alzheimer em
conduta paliativa, selecionados conforme cruzamento dos descritores, segundo a Base de Dados, período 2013-2017.
MEDLINE 34
Cuidados Paliativos and Doença de
LILACS 3
Alzheimer
BDENF 1
Cuidados Paliativos and Enfermagem and
MEDLINE 10
Doença de Alzheimer
TOTAL 48
12
Não abordavam o tema pro-
7
posto Sem textos completos
Cuidados Paliativos And Doença 6
disponíveis Não se enquadra 6
de Alzheimer 4
como artigo Indisponíveis de
3
forma gratuita Duplicidade
Total 32
Total 10
Fluxograma 1. Seleção dos artigos para análise científica sobre os cuidados de enfermagem ao paciente com doença de
Alzheimer em cuidados paliativos, 2013-2017.
Tipo de
Autores Ano Título Revista Base de dados
estudo
Descritivo
Mitchell SL 2015 Advanced Dementia. N Engl J Med MEDLINE
Qualitativo
Palliative care and
quality of life for people
with dementia: medical Revisão de International Psy-
Volicer L, Simard J 2015 MEDLINE
and psychosocial Literatura chogeriatrics
interventions.
Cuidados paliativos e
Descritivo Rev. Enfermagem
Queiroz RB, et al. 2014 Alzheimer: concepções LILACS
Qualitativo UERJ
de neurologistas.
Dying with dementia:
symptoms, treatment,
Journal of Pain and
and quality of life in the Estudo
Hendriks SA,et al. 2014 Symptom Manage- MEDLINE
last week transversal
ment
of life.
Quadro 2. Resultado dos artigos selecionados sobre os cuidados de enfermagem ao paciente com doença de Alzheimer
em conduta paliativa, 2013-2017.
DISCUSSÃO
O cuidado paliativo preza pela qualidade de vida tanto para o paciente enfermo quanto
para a sua família. O Sistema Único de Saúde (SUS) tem um papel decisivo na promoção
dessa assistência paliativa humanizada. A organização dos cuidados paliativos deverá ter
como objetivo integrar os cuidados paliativos na rede de atenção à saúde (BRASIL, 2018).
A resolução Nº 41, DE 31 DE OUTUBRO DE 2018 normatiza que o SUS deve ofertar
gratuitamente cuidados paliativos como parte dos cuidados continuados incluído no âmbito
do sistema de saúde, o qual diz respeito ao tratamento e cuidados destinados a toda pessoa
afetada por uma doença que ameace a vida, seja aguda ou crônica, a partir do diagnóstico
desta condição (BRASIL, 2018):
A partir da leitura e análise crítica dos estudos, puderam-se identificar quatro temas
principais que estão ligados, de forma direta ou indireta, aos cuidados de enfermagem vol-
tados ao binômio o idoso com DA e família, sendo divididos nas seguintes categorias:
Para idosos com patologias crônicas como a DA, a evolução para a morte sobrevém
quando o paciente se encontra em condição de fragilidade, com declínio das suas funções
biológicas e qualidade de vida. Desse modo há uma necessidade de promover assistência
integral, não só ao paciente, mas também a seus familiares, pois a aproximação da morte
de um ente querido desperta na família um desgaste físico e emocional. Para que se tenha
uma assistência integral é necessário que se tenha uma abordagem holística e humanizada
aos envolvidos, garantindo conforto e alívios dos sintomas (QUEIROZ RB, et al., 2014).
A abordagem multidisciplinar também é essencial para o cuidado, visando uma assis-
tência mais humanizada no final da vida. A equipe deve estar sintonizada, compartilhando
informações e trabalhando cooperativamente, entendendo quais são os objetivos a serem
atingidos nesta fase do cuidar (JOHNSON C, 2017). Neste sentido, a equipe deve oferecer
um tratamento adequado ao paciente com doença de Alzheimer, resgatando a humaniza-
ção do processo de morrer, e compreender a morte como parte da vida (CARDOSO DH, et
al.,2013).
Desta forma, mais do que habilidades técnicas de tratamento, é fundamental que a
equipe de saúde desenvolva uma relação de empatia com os pacientes e familiares, sendo
importante ouvir e ser sensível às necessidades dos mesmos, valorizando suas experiên-
cias, desenvolvendo uma relação baseada na dignidade e respeito de forma a auxiliá-los
no processo de morte (JOHNSON C, 2017).
Considerando a assistência integral na revisão realizada, verificamos que o modo de
cuidar deve ser holístico e humanizado; a importância de proporcionar suporte psicossocial
e espiritual, valorizar o conforto, o bem-estar, o zelo, a dedicação, a empatia e a atenção
ao paciente e familiar; preservar a autoestima do paciente, ter carinho e paciência, incen-
tivo às atividades que estimulem as funções mentais; a importância de prover assistência
psicológica, espiritual e a prestação do cuidado deve ser de acordo com as preferências do
paciente (QUEIROZ RB, et al., 2014; VOLICER L e SIMARD J, 2015).
Segundo a OMS, “os cuidados paliativos são uma abordagem que melhora a qualidade
de vida de pacientes e suas famílias que enfrentam doenças com risco de vida, através da
prevenção e alívio do sofrimento por meio de identificação precoce, avaliação e tratamento
da dor e outros problemas físicos, psicossocial e espiritual” (WHO, 2017).
Embora a dor não seja uma consequência usual da demência, os pacientes com DA
devem ser cuidadosamente monitorados quanto à presença de dor. Devido a déficits de
memória pessoas com demência são menos propensas a relatar dor e, quando desenvol-
vem afasia, podem não poder informar verbalmente a presença de dor. De forma que gritar
ou rejeitar o cuidado pode ser a maneira de comunicar a dor ou desconforto. Portanto, é
importante monitorar sinais não-verbais de dor (VOLICER, 2009).
Neste contexto, outra prática contemplada nos cuidados paliativos é a sedação paliativa,
que é a administração deliberada de fármacos que reduzem o nível de consciência, com o
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir dos artigos analisados, conclui-se que os princípios básicos para os cuidados
paliativos integrais compreendem reconhecer a morte como um processo natural da vida e
incorporar a integração dos cuidados físicos, espirituais, emocionais e sociais na promoção
do conforto dos pacientes. Conforme recomenda a filosofia paliativista, que compreende o
paciente e sua família na sua subjetividade, a equipe de enfermagem deve atender as ne-
cessidades do paciente com doença de Alzheimer oferecendo cuidados de forma integral
e humanizado, permitindo a participação da elaboração dos planos de cuidados, desenvol-
vendo uma relação de empatia baseada na dignidade e respeito de forma a auxiliá-los no
processo de morte.
REFERÊNCIAS
ALZHEIMER’S ASSOCIATION. 2018 Alzheimer’s disease facts and figures. Alzheimer's & De-
mentia. 2018; 14 (3):367-429.
ARAÚJO MMT, SILVA MJP. A comunicação com o paciente em cuidados paliativos: valorizando
a alegria e o otimismo. Rev da Esc Enferm da USP. 2007;41(4):668–674.
BRASIL, Ministério da Saúde. Resolução nº 41, de 31 de outubro de 2018. Dispõe sobre as diretrizes
para a organização dos cuidados paliativos, à luz dos cuidados continuados integrados, no âmbito
Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 nov. 2018. Seção 1, p 276.
DENING KH, et al. Preferences for end-of-life care: a nominal group study ofpeople with dementia
and their family carers. Palliative Medicine,2013; 27, 409–417
CARDOSO DH, et al. Cuidados paliativos na assistência hospitalar: a vivência de uma equipe
multiprofissional. Texto & Contexto - Enfermagem, 22(4), 1134-1141
HENDRIKS SA, et al. Dying With Dementia: Symptoms, Treatment, and Quality of Life in the Last
Week of Life. J Pain Symptom Manage.2014; 47(4):710–720.
JOHNSON C. Living with dignity: a palliative approach to care at the end of life. ANMJ. 2017;
MOHER D, et al. PRISMA Group. Preferred reporting items for systematic reviews and meta-a-
nalyses: the PRISMA statement. Ann Intern Med. 2009; 151(4):264-269
QUEIROZ RB, et al. Cuidados paliativos e Alzheimer: concepções de neurologistas. Rev Enferm
UERJ. 2014;22(5):686-692.
RAYMOND M, et al. Palliative and end of life care for people with dementia: lessons for clinical
commissioners. Prim Health Care Res Dev. 2014;15:406-417.
SANTOS FH, et al. Highlights from the International Summit on Intellectual Disability and Dementia
Implications for Brazil. Dementia & Neuropsychologia, 2018;12(4), 329-336.
SAPORETTI LA, SILVA AMOP. Importância da abordagem religiosa e espiritual em Cuidados Pa-
liativos. In: Academia Nacional de Cuidados Paliativos, organizador. Manual de cuidados paliativos.
Rio de Janeiro: Diagraphic. 2012; p. 556-559.
SILVA RS, et al. Cuidando do paciente no processo de morte na Unidade de Terapia Intensiva.
Rev Esc Enferm USP. 2011;45(3):738-744.
SOUZA VCT, et al. Bioética, religião, espiritualidade e a arte do cuidar na relação médico-paciente.
Revista Bioethikos, Centro Universitário São Camilo - 2012;6(2):181-190
VOLICER, L. Do we need another dementia pain scale? J Am Med Dir Assoc. 2009 Sep;10(7):450-
452.
VOLICER L, SIMARD J. Palliative care and quality of life for people with dementia: medical and
psychosocial interventions. Int Psychogeriatrics. 2015;27(10):1623-1634.
WORLD HEALTH ORGANIZATION-WHO. World report on ageing and health. Geneva: WHO; 2015.
YEAMAN PA, et al. Providing quality palliative care in end-stage Alzheimer Disease. Am J Hosp
Palliat Care. 2013 Aug;30(5):499-502.
10.37885/200700724
RESUMO
Introdução: Convulsão febril (CF) é definida como crise acompanhada por febre maior
ou igual a 38ºC, que ocorre em crianças de 6 a 60 meses de idade sem evidência
de infecção. As CF não devem ser confundidas com epilepsia. O reconhecimento das
crises febris é clínico, necessitando de diagnóstico diferencial. Objetivo: Revisar na
literatura as características da convulsão febril infantil e aperfeiçoar o conhecimento e a
prática de enfermagem. Metodologia: Foi realizada uma revisão da literatura nacional
baseada na análise de publicações que abordasse a convulsão febril com ênfase em suas
características clinicas, terapêuticas e atuação da enfermagem. No período de novembro
a dezembro de 2019, nas bases de dados SCIELO, LILACS, BVS. Usamos na busca
dos artigos os descritores: convulsão; cuidado de enfermagem; criança; emergência;
febre. Selecionamos 18 artigos, utilizamos 10, disponíveis em texto completo. Foram
inclusos artigos focados na convulsão febril em crianças, condição de urgência, cuidado
de enfermagem. Os que não contemplassem o tema, duplicados e fora da faixa etária
pediátrica foram excluídos. Resultados e Discussão: A maioria dos autores consideram
que as CF podem ocorrer nas primeiras 24 horas do episódio febril, em que há rápida
elevação da temperatura e são benignas. Os autores classificam os tipos de crise febril
e diferenciam as crises convulsivas epiléticas das febris. Sete artigos abordaram a crise
convulsiva como situação de urgência clínica e enfatizam o uso de anticonvulsivantes e
benzodiazepínicos, além de orientação aos pais. Os fatores riscos: idade menor que 18
meses, sexo masculino e antecedentes familiares. A qualificação da equipe é importante,
no tocante a enfermagem, no manejo da crise convulsiva e epiléticas nas emergências
pediátricas. Conclusão: As crises convulsivas são comuns na infância. O atendimento
de urgência é necessário, a fim de garantir uma abordagem rápida, eficaz e livre de
danos ao paciente.
OBJETIVO
Realizou-se uma revisão da literatura nacional baseada na análise de livros, tese, dis-
sertações, trabalhos publicados em anais de congressos, artigos científicos que abordam a
convulsão febril, com ênfase em suas características clínicas, epidemiológicas, terapêuticas
e atuação da enfermagem. A busca ocorreu nos meses de novembro e dezembro de 2019,
nas bases de dados Science Direct e Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Biblioteca Virtual de Saúde
do Brasil (BVS), além do repositório de bibliotecas online de universidades públicas do Brasil.
Foi utilizada na busca a intersecção dos seguintes Descritores em Saúde (DESCS):
1) convulsão febril; 2) enfermagem; 3) criança; 4) emergência. A pesquisa bibliográfica é
desenvolvida com base em material já elaborados constituídos principalmente por livros e
artigos científicos (GIL, 2008).
Foram selecionados 18 artigos, sendo 10 utilizados e disponíveis online em texto com-
pleto e resumos. Para a seleção das fontes, foram consideradas como critério de inclusão
aqueles artigos que fossem focados na convulsão febril em crianças, condição de urgência,
cuidado de enfermagem e publicados nos últimos 5 anos. E os artigos que não contem-
plassem a temática acima, artigos duplicados ou não abordassem a faixa etária pediátrica
foram excluídos.
A seguir, é possível observar na figura 1, o fluxograma da triagem dos estudos encon-
trados nas ferramentas de busca em saúde, para direcionar a revisão literária.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
A amostra final resultou em dez artigos (NASCIMENTO 2014; ALENCAR 2015; ALVA-
RENGA et al., 2015; BRITO et al 2017; ALMEIDA, 2018, BORRIM, 2018 e CASELLA 2017;
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, S. P. Convulsão febril: aspectos clínicos e terapêuticos. Artigo de revisão. Revista
médica, v.55, n.1, p.38-42, Fortaleza, 2015.
BORRIM, C. Revisão bibliográfica: crises epiléticas febris em crianças. Revista uniplar, Disponível
em <http:// revista.uniplar.net>. Acesso em: 23 de nov. de 2019.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. Revista Atlas, ed.10, São Paulo, 2008
NASCIMENTO, A. D. Perfil dos casos de crise convulsiva atendidos no pronto atendimento no ano
de 2013. 29 fls. TCC (especialização - Programa de Pós-graduação em Enfermagem. Linhas de
Cuidado em Urgência e Emergência) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2014.
10.37885/200700583
RESUMO
Objetivo: Descrever o perfil clínico dos pacientes idosos portadores de úlcera venosa e a
assistência que vem sendo prestada pelos enfermeiros nas unidades de saúde. Métodos:
Trata-se de uma revisão bibliográfica, que ocorreu na base de dados Biblioteca Virtual
em Saúde, utilizando-se os descritores em saúde “idoso”, “úlcera varicosa”, “cuidados
de enfermagem”, combinados entre si. Foram selecionados 12 artigos que se fizeram
apropriados a esta pesquisa. Resultados: Conhecer o perfil sociodemográfico dos
pacientes e sua relação com a qualidade dos atendimentos prestados pelos enfermeiros
viabiliza um bom prognóstico no tratamento dessas úlceras. Considerações finais:
Percebeu-se que a atividade continuada e a implantação de protocolos são a melhor
estratégia para um bom atendimento evitando assim recidivas.
METODOLOGIA
Foi realizada uma revisão integrativa de literatura. Teve por finalidade juntar, organi-
zar e avaliar de forma sistemática resultados de pesquisas voltados para uma determinada
temática que permitirá a síntese do conhecimento (OLIVEIRA FP, et al., 2016).
As buscas foram realizadas nos seguintes bancos de dados Biblioteca Virtual em
Saúde (BVS). A coleta foi realizada utilizando a associação dos seguintes descritores em
Ciências da Saúde (Decs): idoso, úlcera varicosa e cuidados de enfermagem, no período
de fevereiro de 2018.
Dos descritores associados resultaram em um total de 40 artigos. Foram seleciona-
dos os que atendiam aos seguintes critérios de inclusão: artigos com textos completos, em
português, entre 2006 e 2016, e descartados os que atendiam ao seguinte critério de ex-
clusão: artigos que não abordassem a temática do estudo como, artigos de revisão, teses
e dissertações.
Após passar pelos critérios de inclusão e exclusão restaram 34 artigos aos quais foram
lidos os títulos e selecionados os que condiziam com o tema do trabalho, restando 21 artigos.
Após essa seleção foram lidos os resumos de forma minuciosa para identificar os que
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Benevides JP, et al. (2013), identificou que a maioria dos idosos que possuem úlcera
venosa ou arterial encontram-se numa faixa etária de 69 anos, a maior parte deste são do
sexo feminino e casados. Em relação ao grau de escolaridade, nunca tinham estudado, ou
apenas estudaram cerca de cinco anos em toda a vida.
Comparar os domínios da
qualidade de vida relacionados
à saúde (QVRS) de pessoas
com úlcera venosa (UV) atendi-
Comparação dos domínios da
das no Hospital Universitário
Torres VG, et al. 2014 qualidade de vida de clientes
Onofre Lopes (HUOL), em
com úlcera venosa.
Natal/RN, Brasil, e em quatro
unidades de cuidados de
saúde primários em Évora,
Portugal.
A maioria dos pacientes com úlcera venosa tem no membro inferior edema, veias
varicosas, eritema, descamação e prurido, possuem em média, entre um a cinco lesões, e
que o tempo de permanência das mesmas era de 3 anos, apresentava dor de intensidade
variável (EBERHARDT TD, et al., 2016).
As úlceras venosas são encontradas com maior frequência, em idosos, na região mais
distal dos membros inferiores, como por exemplo, o maléolo. As úlceras nessa região estão
intrinsecamente ligadas a deficiência do sistema circulatório (BENEVIDES JP, et al.,2013).
Outro aspecto observado foi que a maioria dos pacientes com úlcera venosa relata-
ram ser portador de hipertensão arterial sistêmica, seguida da insuficiência venosa crônica,
além de fazerem uso contínuo de medicamentos, possuíam alterações significativas nos
índices de massa corporal sendo em média 29,7 kg/m², dados analisados no ambulatório
(EBERHARDT TD, et al., 2016).
A dor em pacientes com úlcera venosa é uma característica predominante, apresen-
tando-se pior à noite, gerando limitação na mobilidade dos membros inferiores afetados. É
evidenciada por muitos pacientes como o maior impacto em sua qualidade de vida (TORRES
GV, et al., 2014).
Devido às restrições nas atividades da vida diária, os portadores de úlcera venosa,
são expostos a uma séria de conflitos desencadeando, consequentemente, ao mesmo o
confinamento e afastamento da sociedade (SILVA MH, et al.,2013).
Estudos comprovam que a qualidade de vida em pacientes portadores de feridas crôni-
cas, afetam seu estilo de vida devido à dor, dificuldade de mobilidade, depressão, perda da
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
SANTANA RF, ALMEIDA KS, SAVOLDI NAM. Indicativos de Aplicabilidade das Orientações no
Cotidiano de Cuidadores de Portadores de Alzheimer. Rev Esc Enferm USP 2009; 43(2):459-64.
MIRANDA GMD, MENDES ACG, SILVA ALA. O envelhecimento populacional brasileiro: desafios
e consequên- cias sociais atuais e futuras. Rev. Bras. Geriat. Geronto, 2016; 19(3): 507-519.
BRASIL (Ministério da Saúde). DATASUS. Indicadores de dados básicos – Brasil – 2008. Brasília:
Ministério da Saúde; 2008.
ABBADE LPF, LASTORIA S. Abordagem de pacientes com úlcera da perna de etiologia venosa.
An Bras Der- mato 2006;81 (6): 509-22.
FERNANDES LF, PIMENTA FC, FERNANDES FF. Isolamento e perfil de suscetibilidade de bac-
térias de pé diabético e úlceras de estase venosa de pacientes admitidos no pronto-socorro do
principal hospital universitário do estado de Goiás, Brasil. J Vasc Bras 2007;6(3):211-217.
SANTOS RC, CAMACHO ACLF, VALENTE GSC, et al. Produção científica sobre cuidados de
enfermagem aos pacientes adultos e idosos com úlceras venosas revisão integrativa. Rev enferm
UFPE 2013; 7(esp): 4951-7.
OLIVEIRA FP, OLIVEIRA BGRB, SANTANA RF, et al. Classificações de intervenções e resultados
de enferma- gem em pacientes com feridas: mapeamento cruzado. Rev Gaúcha Enferm 2016;
37(2): e55033.
BENEVIDES JP, COUTINHO JFV, SANTOS MCL, et al. Avaliação clínica de úlceras de perna em
idosos. Rev Rene 2013; 13(2): 300-8.
EBERHARDT TD, LIMA SBS, LOPES LFD, et al. Perfil sociodemográfico e clínico de pacientes
com úlceras venosas acompanhados em ambulatório: estudo transversal descritivo. Rev Enferm
UFSM 2016; 6(4):539-547.
TORRES GV, BALDUINO LSC, COSTA IKF, et al. Comparação dos domínios da qualidade de
vida de clientes com úlcera venosa. Rev Enferm UERJ 2014; 22(1): 57-64.
SALVETTI MG, COSTA IKF, DANTAS DV, et al. Prevalência da dor e fatores associados em pa-
cientes com úlcera venosa. Rev Dor 2014; 15(1):17-20.
DIAS TYAF, COSTA IKF, SALVETTI MG, et al. Influência da assistência e características clínica
na qualidade de vida de portadores de úlcera venosa. Acta Paul Enferm 2013; 26(6): 529-34.
SILVA MH, JESUS MCP, MERIGHI MAB, et al. O cotidiano do homem que convive com a úlcera
venosa crônica: estudo fenomenológico. Rev Gaúcha Enferm 2013; 34(3): 95-101.
CARMO SS, CASTRO CD, RIOS VS, et al. Atualidade na assistência de enfermagem a portadores
de úlcera venosa. Rev. Eletr. Enf. 2007; 9(2) 506-17.
MEDEIROS ABA, FRAZÃO CMFQ, FERNANDES MICD, et al. Associação dos fatores socioe-
conômicos e clíni- cos e o resultado integridade tissular em pacientes com úlceras. Rev Gaúcha
Enferm 2016; 37(1): e54105.
RIZZATTI SJS, BUDÓ MLD, SILVA DC, et al. Cuidados em saúde de pessoas com úlcera venosa
em assistência ambulatorial. Rev Enferm UFPI 2016; 5(1):17-22.
REIS DB, PERES GA, ZUFFIi FB, et al. Cuidados às pessoas com úlcera venosa: Percepção dos
enfermeiros da estratégia de saúde de família. Rev Min Enferm 2013; 17(1): 101-106.
DANTAS DV, DANTAS RAN, COSTA IKF, et al. Protocolo de assistência a pessoas com úlceras
venosas: vali- dação de conteúdo. Rev Rene 2013; 14(3): 588-99.
DANTAS DV, DANTAS RAN, ARAÚJO RO, et al. Proposta de protocolo para assistência as pes-
soas com úlceras venosas. Rev Enferm UFSM 2013; 3(Esp):618-626.
10.37885/200700672
RESUMO
MÉTODOS
RESULTADOS
Participaram deste estudo 80 estudantes, nas quais 44 (55%) eram do sexo feminino e,
destas, 25 (31%) estavam matriculadas na escola particular. Na escola pública, verificou-se
que os estudantes possuíam média de peso de 46kg(±13) e média de pontuação no IMC
de 22(±2.8). Na escola particular, a média de peso encontrada foi de 33kg(±3.5) com média
de IMC 16 (±2.8).
Em relação a qualidade dos alimentos ingeridos pelas crianças durante as refeições, não
foram encontradas diferenças significativas no consumo de carboidratos, proteínas, lipídios
e fibras (p > 0,05) nos contrastes eutrófico x sobrepeso, eutrófico x obeso e sobrepeso x
obeso no pós teste de Tukey, na ANOVA de Fischer, conforme tabela 1. Não há associação
significativa entre escola e perfil antropométrico definido pelo IMC (χ²=1,46; p=0,4820).
Quanto à proporção de crianças que fazem refeições em companhia dos pais, não
houve diferença estatisticamente significativa entre a escola pública (85,7%) e a escola
particular (88,9%) (p=0,3351). A proporção de crianças que faz refeições frente à TV é sig-
nificativamente maior na escola pública (60,0%), comparada a essa proporção na escola
particular (28,9%) (p=0,0026*), conforme tabela 2. A proporção de crianças que pratica es-
porte é significativamente menor na escola pública (65,7%), comparada a essa proporção
na escola particular (88,9%) (p=0,0060*), conforme tabela 2; a frequência semanal média
dessa prática é também significativamente maior entre os alunos da escola particular por
semana 2,80±1,85 contra 1,42±1,32 vezes por semana entre os alunos da escola pública
(p=0,003*), conforme gráfico 1.
Tabela 2. Proporção de estudantes que fazem refeições com os pais e em frente à TV.
DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BARBOSA-SILVA MC, BARROS AJ. Avaliação subjetiva: parte 1 – revisão de sua validade após
duas décadas de uso. Arquivos de Gatroenterologia, 2002; 39(3): 181-7.
COLEONE JD, et al. Perfil nutricional e alimentar de escolares matriculados em uma escola mu-
nicipal. Ciência e Saúde, 2017; 10(1): 34-8.
COSTA AR, BARROS TES, KUNZ E. O brincar como construção racional nas escolas de Educação
Física. Revista Motrivivência, 2018; 30(53): 196-208.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia Alimentar para a População Brasileira. 2ªed. Brasília: Ministério
da Saúde, 2014.
MITRE RMA, GOMES R. A promoção do brincar no contexto da hospitalização infantil como ação
de saúde. Ciência e Saúde Coletiva, 2004; 9(1): 147-54.
PIMENTA FS, et al. Agreement between subjective global nutrituinal assessment and the nutritional
assessment of the world health organization. Jornal de Pediatria, 2018; 94(6): 602-8.
QUEIROZ DR, et al. Competência motora de pré-escolares: Uma análise em crianças de escola
pública e particular. Motricidade, 2016; 12(3): 56-63.
RINALDI AEM, et al. Contribuições das práticas alimentares e inatividade física para o excesso
de peso infantil. Revista Paulista de Medicina, 2008; 3(26): 271-7.
SANTOS DS, et al. Transição nutricional na adolescência: uma abordagem dos últimos 10 anos.
Revista Eletrônica Acervo Saúde, 2019; 20: 2-6.
SILVA J, et al. Níveis insuficientes de atividades física de adolescentes associados a fatores so-
ciodemográficos, ambientais e escolares. Ciência e Saúde Coletiva, 2016; 23(12).
SOUSA JTA, et al. Influência da mídia no consumo alimentar inadequado de crianças e adoles-
centes como promotora de doenças crônicas: uma revisão da literatura. International Journal of
Nutrology, 2018; 11.
SOUZA AA, CADETE MMM.O papel das famílias e da escola na formação de hábitos alimentares
saudáveis de crianças escolares. Revista Pedagógica, 2017; 19(40): 136-54.
10.37885/200700658
RESUMO
Objetivo: Avaliar a cobertura vacinal do sarampo nas regiões do Brasil no período 2013
a 2019, e relacionar com sua reemergência no período de 2018 a 2019. Métodos: Trata-
se de um estudo ecológico, transversal de caráter descritivo, abrangendo uma análise
de séries temporais da cobertura vacinal para tríplice e tetra viral do Brasil. Resultados:
Após análise dos dados, foi observado reemergência do sarampo no período de 2017
a 2019, confirmado mais de 10 mil casos de 2018 a 2019, sendo esses concentrados
na faixa etária menor de 5 anos seguido de 20 a 29 anos. Tal fato decorre das baixas
coberturas vacinais em crianças de 1 a 4 anos, sendo, de acordo com os dados, menores
que a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde para todas as regiões do Brasil, o
qual favorece o atual perfil de surto de alguns estados, como Pará, São Paulo e Rio de
Janeiro. Conclusão: As baixas coberturas vacinais influenciam diretamente no aumento
dos casos de doenças imunopreveníveis, tais coberturas inadequadas decorrem da
crescente desinformação da população referente às vacinas e seus benefícios. Destaca
a importância das avaliações constantes das coberturas vacinais e fortalecimento dos
sistemas de vigilância epidemiológica.
Desde que Edward Jenner demonstrou que a imunização poderia ser alcançada e as-
sim diminuir as mortes causadas por doenças transmissíveis, a sociedades humana investe
nas melhorias ou descobertas de novas vacinas (LOROCCA LM e CARRARO TE, 2000).
No século XVIII, a varíola foi considerada uma das principais patologias que dizimaram a
população mundial, em 1980, a Organização Mundial de Saúde (OMS) conseguiu sua erra-
dicação após vacinação em massa (BRASIL, 2005).
No Brasil, o Programa Nacional de Imunização (PNI), criado em 1973 pelo Ministério da
Saúde (MS), tem como objetivo coordenar as ações de imunizações administradas rotineira-
mente nos serviços de saúde, tentar alcançar as coberturas vacinais e erradicar ou controlar
diversas doenças imunopreveníveis, representando um avanço de extrema importância para
saúde pública, tal programa conta com a respeitabilidade e credibilidade da população e de
grupos científico (MONTEIRO CN, et al., 2018; MIZUTA AH, et al., 2019).
Apesar do seu reconhecido impacto na diminuição da morbimortalidade de doenças
infectocontagiosas, evitando milhões de mortes, a aceitação das vacinas ainda não é uni-
versal (MIZUTA AH, et al., 2019). Essa medida preventiva, frequentemente, vem sendo
questionada e criticada devido aos seus efeitos adversos (WHO, 2015).
Os grupos de recusa vacinal ou antivacinismo têm se tornado mais evidente em diver-
sos países, o receio aos Eventos Adversos Pós Vacinação (EAPV) vem se proliferando em
todo o mundo, aumentando a quantidade de pessoas e grupos que declaram preocupações
com a segurança e a necessidade da aplicação das vacinas (MONTEIRO CN, et al., 2018).
Atualmente, o PNI define um Calendário Nacional de Vacinação que contempla dezes-
sete vacinas distribuídas de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL,
2017).
A vacina tríplice viral, incluída no calendário de vacinação em 1992, trata-se de uma
vacina atenuada que contém vírus vivo do sarampo, rubéola e caxumba (SRC) sem a capa-
cidade de induzir doenças, sendo administradas e duas doses, a primeira aos doze meses
de idade e a segunda aos quinze meses. Tenta-se estabelecer uma ampla imunização de
rotina para que a cobertura vacinal atinja o patamar de 95% (BRASIL, 2014; CVE, 2016;
SBIM, 2017). A tríplice viral é altamente imunogênica, conferindo proteção de 98% contra
sarampo, 99,3% contra rubéola e 96,1% contra caxumba (SVS, 2018).
O sarampo, rubéola e caxumba, são doenças altamente contagiosas e de fácil propa-
gação com predomínio durante a infância, sua transmissão ocorre por vias aéreas através de
tosse e espirros ou contato com a saliva e secreções respiratórias de indivíduos infectados,
tais patologias são capazes de apresentar várias complicações graves (BRASIL, 2003; CVE,
2017). Não há tratamento específico para tais infecções, baseia-se na realização de medidas
MÉTODOS
Figura 1. Organograma metodológico referente às aquisições das informações e análises dos dados do artigo.
Desde 2015 sem registrar casos de sarampo, sendo os últimos ocorridos no estado do
Ceará, São Paulo e Roraima, o Brasil, a partir de 2017, vem enfrentando uma reemergência
viral devido, principalmente, as baixas coberturas vacinais. No período de 2017 a 2018, de
acordo com Informe N° 17|2017/2018 foram confirmados 1.100 casos de sarampo no Brasil.
Após esse período, segundo dados obtidos pelo Informe Nº 37 e 42| 2018/2019, no
período de Fevereiro de 2018 a 28 de Junho de 2019, foram confirmados 10498 casos de
sarampo, desses, os maiores número foram registrados nos estados de Amazonas com
93,47%, Roraima 3,45 % e Pará com 1,50%, seguidos de São Paulo (0,66%), Rio Grande do
Sul (0,44%), Rio de Janeiro (0,30%), Pernambuco (0,04%), Sergipe (0,04%), Bahia (0,03%),
Rondônia (0,02%), Distrito Federal (0,01%), Minas Gerais (0,04%) e Santa Cataria (0,03%).
Atualmente, o estado do Pará, São Paulo e Rio de Janeiro, encontram-se em situação de
surto ativo, as demais unidades federativas (UF), tiveram seus últimos registros no período
de Julho de 2018 a Março de 2019 (Tabela 1).
Tabela 1. Representa a frequência de casos confirmados de Sarampo por Unidades Federativas seguido de seus últimos
registros no período de 06 de Fevereiro de 2018 a 28 de Junho de 2019 no Brasil.
2018/2019*
UF1
N % Último resgistro
Legenda: 1Unidades Federativas. *Dados atualizados em 28/06/2019 e sujeitos a alterações. ** Estados com surto ativo.
Fonte: INFORME Nº 37| 2018/2019; INFORME Nº 42| 2019.
Tabela 2. Demonstra a distribuição de casos confirmados de Sarampo segundo faixa etária, registrados no Brasil por
Unidades Federativas no período de Fevereiro de 2018 a 28 de Junho de 2019.
2018/2019*
Faixa Etária
Amazonas % Roraima % Pará % São Paulo** % Rio de Janeiro %
Legenda: *Dados atualizados em 28/06/2019 e sujeitos a alterações. ** Estados com surto ativo.
Fonte: INFORME Nº 37| 2018/2019; INFORME Nº 42| 2019.
Gráfico 1. Demonstra a cobertura vacinal para tríplice viral, primeira dose (D1).
Legenda: A: Cobertura para todas as regiões do Brasil no período de 2013 a abril de 2019; B: Cobertura de cada Unidade Federativa
(UF) da região Norte (N); C; Cobertura de cada UF da região Nordeste (NE); D: Cobertura de cada UF da região Centro Oeste (CO); E:
Cobertura de cada UF da região Sudeste (SE); F: Cobertura de cada UF da região Sul (S).
Fonte: Dados do SINAN. Dados atualizados em 18/04/2019 e sujeitos a alterações.
Legenda: A: Cobertura para todas as regiões do Brasil no período de 2013 a abril de 2019; B: Cobertura de cada Unidade Federativa
(UF) da região Norte (N); C; Cobertura de cada UF da região Nordeste (NE); D: Cobertura de cada UF da região Centro Oeste (CO); E:
Cobertura de cada UF da região Sudeste (SE); F: Cobertura de cada UF da região Sul (S).
Fonte: Dados do SINAN. Dados atualizados em 18/04/2019 e sujeitos a alterações.
A imunização não é limitada ao público infantil, todavia, é foco para garantir uma bar-
reira de proteção com intuito de conter o vírus. De acordo com os boletins epidemiológicos,
a segunda maior faixa etária acometida pela doença é adulta de 20 a 29 anos. A prevenção
da faixa de 1 a 5 anos, baseia-se na imunização coletiva, a qual confere resistência a um
determinado grupo à disseminação do vírus, aonde pessoas vulneráveis, como os menores
de um ano e de 20 a 29 anos, se beneficiam dessa condição, contribuindo para o controle de
doenças infectocontagiosas, porém, a baixa imunização de rotina favorece a reemergência
viral.
Os benefícios coletivos e individuais advindos da imunização são originados de um
elevado empenho, custos financeiros e grandes estruturas de autoridades sanitárias com
finalidade de garantir segurança das vacinas, no entanto, mesmo com sua eficácia compro-
vada, grupos de recusa vacinal reconhecem as vacinas como insegura e desnecessária.
Tal fato não é recente, no Reino Unido, no século XIX, por exemplo, havia charges contra
vacina da varíola (DUBÉ E, et al., 2015).
De acordo com a OMS (2019), desde 2013 o país vem registrando queda das coberturas
vacinais. Doenças consideradas erradicadas, como a poliomielite, são ameaças à população
devido ao descaso com a medida de prevenção (OMS, 2019). Atualmente, o cenário de surto
ativo de sarampo, considerada erradicada, e as baixas coberturas vacinais para todas as
CONCLUSÃO
A vacinação é uma das principais e a mais eficaz medida de prevenção, tendo como
objetivo controlar e erradicar doenças infectocontagiosas. No entanto, diversos fatores com-
plexos como religião e socioeconômico, podem contribuir para recusa vacinal, aumentando o
REFERÊNCIAS
CENTER FOR CHRONIC DISEASE PREVENTION. Mumps: For Healthcare Providers. 2019.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Programa Nacional de Imunizações: Queda nos índices das
coberturas vacinais no Brasil. 2018.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Blog da Saúde. Caxumba: o que é, causas, sintomas, trata-
mento, diagnóstico e prevenção. 2019.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Blog da Saúde. Ministro da Saúde defende ampliar cobertura
de vacinação como prioridade para o mundo. 2019.
DUBÉ E, et al. Hesitação vacinal, recusa de vacinas e o movimento anti-vacinal: influência, impacto
e implicações. RevEspecialista em Vacinas. 2015.
LOROCCA LM, CARRARO TE. O mundo das vacinas- caminhos (des)conhecidos. Cogitare En-
ferm., Curitiba, 2000; v.5, n.2, p.43-50.
MIZUTA AH, et al. Percepções acerca da importância das vacinas e da recusa vacinal numa
escola de medicina. Revista Paulista de Pediatria, 2019; v. 37, n. 1, p.34-40.
MONTEIRO CN, et al. Cobertura vacinal e utilização do SUS para vacinação contra gripe e pneu-
monia em adultos e idosos com diabetes autorreferida, no município de São Paulo, 2003, 2008 e
2015. Epidemiologia e Serviços de Saúde., Brasília, 2018; v. 27, n. 2, p.1-8.
MORAES MM, et al. Trajetória da rubéola no Estado do Pará, Brasil: rumo à erradicação. Rev.
Pan-Amaz. Saude. 2015.
SILVA FSS, et al. Incompletude vacinal infantil de vacinas novas e antigas e fatores associados:
coorte de nascimento BRISA, São Luís, Maranhão, Nordeste do Brasil. Cad. Saúde Pública. 2018.
SILVA PRV et al. Sociedade de risco midiatizada, o movimento antivacinação e o risco do autismo.
Ciência & Saúde Coletiva, 2015; 20 (2): 607-616.
SUCCI RCM. Recusa vacinal - que é preciso saber. J. Pediatr. (Rio J.) vol.94 no.6 Porto Alegre
Nov./Dec. 2018.
TARIFA JR, ARMANI G. Os climas urbanos GEOUSP, 2001. World Health Organization.Measles
Surveillance. 2012.
UNITED NATIONS HIGH COMISSIONER FOR REFUGEES (UNHCR). Venezuela Situation: res-
ponding to the need of people displaced from Venezuela. Supplementary Appeal.Relatório. 2018.
10.37885/200700575
RESUMO
MÉTODOS
Sujeitos da amostra
2. Extubação Orotraqueal
Verificar se a dieta nasoenteral foi suspensa posicionando o paciente no leito em
decúbito dorsal com cabeceira elevada à 45 graus, após, aspirar o TOT e as vias aéreas
superiores (VAS) do paciente, desinsuflar o cuff com seringa, solicitar ao paciente abrir
cavidade oral e realizar uma inspiração profunda seguida de tosse, retirar o TOT sem ser
abruptamente para não lesionar vias aéreas, instalar o dispositivo de oxigenoterapia eleita
(máscara de Venturi ou cateter binasal de O2), ofertando uma concentração de O2 suficiente
SpO2 ≥ 93%, solicitar uma tosse espontânea, realizar a ausculta pulmonar e das VAS para
descartar laringo espasmos e broncoespasmos, monitorizar os sinais vitais, saturação parcial
de oxigênio (SpO2), padrão ventilatório, expansibilidade torácica e o nível de consciência.
Ética na Pesquisa
Os dados coletados foram digitados no programa Excel for Windows 10 (Microsoft Office
Professional Plus 2016) e, posteriormente avaliado pelos autores as médias e desvio padrão.
Também foi realizado o teste T de Student em algumas amostras e o nível de significância
estatística adotado para este teste foi de 5%, ou seja, o valor de P igual ou inferior a 0,05
para resultados estatisticamente significativos (p<0,05).
Para melhor elucidar os resultados desta pesquisa separamos os dados em dois gru-
pos diferentes:
Grupo 1 - pacientes intubados que progrediram para extubação orotraqueal (n=35),
(63,6% com tubo orotraqueal).
Grupo 2 - pacientes traqueostomizados que progrediram para retirada da VM (n=20),
(36,4% com traqueostomia).
Na amostragem inicial foram analisadas 75 amostras de controle de desmame, sendo
excluídos 20 de pacientes que não passaram no teste de respiração espontânea. Assim a
amostra foi realizada com 55 pacientes em tratamento intensivo, sendo 31 homens (56,4%)
e 24 mulheres (43,6%) com idade mínima de 13 anos e máxima 88 anos.
A realização dos desmames foi de caráter rápido, ou seja, em menos de 24h em 100%
(n=35) dos pacientes do grupo 1. No grupo 2, os desmames de caráter prolongado somaram
100% (n=20).
A utilização da peça T como teste de respiração espontânea prevaleceu em 91,4%
(n=32) no grupo 1, e 80% (n=16) no grupo 2.
Da amostragem total (n=55) a taxa de sucesso da retirada da VM foi de 76,36% (n=42)
(Tabela 1). A taxa de reintubação foi de 14,2% (n=5) nos pacientes do grupo 1, corroboran-
do com a literatura vigente (LIU L, et al., 2012; MABROUK AA, et al., 2015; CASSEL LW e
VIEIRA SRR, 2013; ROLIM JFC, et al., 2011).
Ainda no grupo 1, em 3 dos 5 casos com falha no desmame a reintubação foi neces-
sária devido a disfunções do sistema respiratório: 01 Edema Agudo Pulmonar (EAP), 01
Insuficiência Respiratória Pulmonar Aguda (IRPA) e 01 laringo espasmo, nos outros 02 casos
a reintubação ocorreu devido ao rebaixamento do nível de consciência. Destes pacientes
que retornaram para a VM, 2 foram com menos de 2h, 2 com menos de 12h e 1 com menos
de 24h.
Em média, os pacientes intubados (grupo 1) permaneceram 3,74 dias em VM antes
da tentativa de retirada do respirador artificial.
No grupo 2, os pacientes foram submetidos ao procedimento de traqueostomia entre
7 a 14 dias de TOT, após a realização da traqueostomia a média de tempo de VM foi de
3,45 dias até o ato de retirada. A taxa dos que retornaram para VM foi de 40% (n= 8). Sendo
03 em menos de 2 h, 04 com menos de 12 h e 01 com menos de 24 h. A volta à VM neste
grupo foi devido a esforço respiratório em todos casos (n=8).
Quanto aos dados hemogasométricos colhidos no momento pré-extubação ou retirada
da VM, obtivemos uma média dos valores da gasometria arterial nos grupos estudados.
Subdividimos a média dos valores e desvio padrão nos casos de sucesso e nos casos de
Tabela 1. Conjunto de Médias, Desvio Padrão e T-Student dos dados hemogasométricos nos grupos de sucesso e falha
no desmame.
Sucesso n= 42 Falha n=13 Valor de p
Podemos observar que os valores médios de BE foram acima do valor de referência (-2
a +2 mmol/L) nos dois grupos estudados, acompanhando os valores do HCO3. Os valores
médios de lactato mantiveram entre 0,96 e 1,36mmol/L colaborando com valores normais
para retirada da VM nas amostras estudadas (Tabela 2).
Tabela 2. Valores máximos e mínimos dos dados hemogasométricos obtidos através da gasometria arterial nos pacientes
com sucesso e falha no desmame:
Max. Mín. Max. Mín.
Dos 6 pacientes com aumento do PCO2 no grupo 1, todos estavam com valor de HCO3
também aumentado. Dos 3 pacientes no grupo 2, também todos apresentavam valor acima
da normalidade de HCO3.
DISCUSSÃO
TODOS SE FE TODOS SE FE
Tabela 5. Média e Desvio padrão dos valores de PaO2 e PaCO2 nos grupos de sucesso e falha no desmame da VMI:
Sucesso Falha P value
CONCLUSÃO
CALDEIRA FM, WESTPHAL GA. Manual prático de medicina intensiva. São Paulo: EditoLIU L, et
al. Neuroventilatory efficiency and extubation readiness in critically ill patients. Critical Care. 2012.
16: R143.
SAUGEL B. et al. Prediction of extubation failure in medical intensive care unit patients. Journal of
Critical Care. 2012. 27: 571-577. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.jcrc.2012.01.010. Acesso
em 28 de dezembro de 2018.
BARBAS CSV, et al. Diretrizes de Ventilação Mecânica. AMIB e SBPT, I Fórum de Diretrizes em
ventilação mecânica 2013
MAEHLE K, et al. Metabolic alkalosis is the most common acid-base disorder in ICU patients. Critical
Care. Department of Anaesthesiology and Intesive Care of Nordland Hospital. Norway. 2014. 18:420.
MORTARI DM, et al. Prevalência de pacientes com indicação para uso de ventilação mecânica
não-invasiva em uma unidade de emergência. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba. 2010. v.12, n.1,
p. 13 - 16. UNILUS Ensino e Pesquisa. 2013
LAIZO A, et al. Complicações que aumentam o tempo de permanência na unidade de terapia inten-
siva na cirurgia cardíaca. Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular. 2010. v. 25 (2), p. 166-171.
MABROUK AA, et al. Evaluation of some predictors for successful weaning from mechanical ven-
tilation. Egyptian Journal of Chest Diseases an Tuberculosis. 2015. v. 64, p. 703-707.
CASSEL LW, VIEIRA SRR. Avaliação da intervenção fisioterapêutica em uma população geral de
pacientes críticos submetidos a um protocolo de extubação orotraqueal. Dissertação de Mestrado
apresentada no programa de pós-graduação em medicina. Universidade Federal do Rio Grande
do Sul. 2013.
PINTO JMA, et al. Gasometria arterial: aplicações e implicações para enfermagem. Revista Ama-
zônia Science & Health. abril/junho 2017.v. 5, n. 2, p. 33 a 39
PAREDES ER, et al. Protocolo de prevenção de falha de extubação com estratégia para evitar as
JEGANATHAM N, KAPLAN CA, BALK RA. Ventilator liberation for high-risk-for-failure patients:
Improving value of the spontaneous breathing trial. Rush University Medical Center and Rush Me-
dical College, Chicago, Illinois – EUA. Respiratory Care. v. 60, n. 2. February 2015
REIS HFC, et al. Insuficiência da extubação influencia desfechos clínicos e funcionais em pacien-
tes com traumatismo crânio encefálico. Jornal Brasileiro de Pneumologia. São Paulo. v. 39, n. 3.
maio/junho 2013.
FREITAS EEC, DAVID CMN. Avaliação do sucesso do desmame da ventilação mecânica. Revista
Brasileira de Terapia Intensiva. v. 18, n. 4, p. 351-359. outubro/dezembro 2006.
MOTA, J. D. H.; RODRIGUES, Y. DE S.; SOUZA, F. DOS S. L. DE. Avaliação da contribuição dos
dados hemogasométricos pré extubação e na retirada da ventilação mecânica. Revista Eletrônica
Acervo Saúde, v. 11, n. 12, p. e749, 8 jul. 2019. Artigo original.
10.37885/200600535
RESUMO
O Papilomavírus Humano (HPV), é um grupo de mais de 150 tipos virais que infecta as
células epiteliais basais cutâneas ou mucosas e é altamente prevalente na população sexu-
almente ativa. O HPV é assintomático e é classificado de acordo com o risco de desenvolver
o câncer. Os sub-tipos de alto risco mais comuns são os tipos 16 e 18 e estão associados
ao carcinoma de vagina, ânus e colo de útero; os de baixo risco, predominantemente os
tipos 6 e 11, causam desenvolvimento de verrugas acuminados (LETO MGP, et al., 2011;
NAKAGAWA JTT et al., 2010; GIRIANELLI, VR et al., 2010).
Em relação ao câncer de colo de útero os tipos 16 e 18 são os mais perigosos, estão
presentes em cerca de 70% dos casos de cânceres de colo de útero. Entretanto o tipo 16 é
considerado o mais fatal, responsável por 50% dos casos de canceres de colo de útero em
todo o mundo (BRASIL, 2018).
Os tipos 6 e 11 estão associados a 90% da ocorrência de verrugas na região oral e
genital. O Brasil tem similaridade no perfil de prevalência da doença com o restante do mun-
do 53,2% para o HPV 16 e 15,8% para o HPV 18. O câncer do colo do útero é uma doença
preocupante e que pode levar a óbito. A sua alta incidência e altas taxas de mortalidade
justificam a grande preocupação mundial acerca do tema (WHO, 2016).
Com o objetivo de prevenir a infecção e reduzir a incidência de casos de câncer de
colo uterino, foi criada a vacina anti-HPV, o qual há dois tipos que são comercializadas no
Brasil: a quadrivalente e a bivalente. Até onde se sabe, a duração da proteção da vacina é
de mais de 5 anos após esquema vacinal completo, quando a vacina quadrivalente foi im-
plantada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), era necessária a administração de
três doses, havendo posteriormente, sido modificado o esquema vacinal para duas doses
(ZARDO MRI, et al., 2014; RUAS BRB, et al., 2017).
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), são esperados 17,11 casos de
câncer de colo de útero para cada mil mulheres no Brasil no ano de 2014. Devido o conheci-
mento prévio da população, qualitativamente incompleto e por vezes equivocado, a adesão
à vacinação se torna insuficiente para atingir a meta de prevenção. Enquanto o Brasil não
avança na imunização, países como a Austrália vão se destacando na erradicação quase
completa do HPV, reduzindo ainda mais as complicações causadas pela doença viral cujo
sucesso consiste na associação dos programas com o ambiente escolar (PEREIRA RGV,
et al., 2016; MOTA CV 2018).
Para que o programa de vacinação contra o HPV seja eficaz é necessário que a po-
pulação seja devidamente informada sobre a enfermidade. Os meios de informação são
diversos, com a criação das equipes de saúde da família, a figura do agente comunitário de
saúde passa a ser fundamental nesse trabalho, existem muitas barreiras para a aceitação
MÉTODOS
Variáveis analisadas:
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Gráfico 1. Relação entre a quantidade de meninas residentes no estado do Maranhão na faixa etária de 09 a 14 anos e
a administração da primeira e da segunda dose da vacina entre os anos de 2014 e 2019
Gráfico 2. Relação entre a presença de epitélio metastático na faixa etária de 09 anos, 10 a 14 anos e de 15 a 19 anos
em pessoas do sexo feminino e residentes no estado do Maranhão e sua relação com a administração da primeira e da
segunda dose da vacina entre os anos de 2014 e 2019
Apesar da vacina contra o HPV ter como objetivo a diminuição na incidência de novos
casos de HPV e consequentemente cânceres, as pesquisas mostram que ela pode funcio-
nar como um tratamento para aqueles que já contraíram o HPV eliminando verrugas por
exemplo. Pesquisadores comprovaram que tanto na vacinação preventiva como terapêutica
a vacinação contra o HPV apresentou vantagens mesmo em uma infecção recorrente (CHOI
H, 2019).
Em um estudo realizado no estado do Maranhão no ano de 2011 foi demonstrado que
12,5% de todos os exames realizados apresentaram epitélio metaplásico. Somente 18,9%
Tabela 1. Presença de epitélio metastásico por faixa etária 9 anos, 10 a 14 anos, 15 a 19 anos dos anos de 2014 a 2019
na população residente do estado do Maranhão
Gráfico 3 . Comparação entre as proporções das séries históricas de 2008 a 2013 e 2014 a 2019 de neoplasias e carcinomas
em mulheres internada por faixa etária por 10.000 mil habitantes no estado do Maranhão
Gráfico 4. Média de gastos ao longo dos anos de 2014 a 2019 com os procedimentos: Histerectomia com anexectomia (uni
e bilateral) em oncologia, Histerectomia com ressecção de órgãos contíguos em oncologia; Histerectomia total ampliada
em oncologia; Histerectomia total em oncologia de residentes do Maranhão
Os estudos mostram que quando as mulheres são imunizadas e já tiveram algum con-
tato com o HPV a probabilidade de apresentarem lesões epiteliais de alto grau (NIC 2 e NIC
3) é menor nas proporções de: diminuição de 38% em NIC 3 e de 35% em NIC 2. Quando
um serviço de imunização é efetivo a expectativa é que os casos de cânceres de colo de
útero e gastos hospitalares atrelados a ele praticamente desapareçam, o que se observa no
presente estudo é que acontecem aumentos de forma progressiva (HALL MT, et al., 2019).
Tabela 2. Quantidades de Autorizações de Internações Hospitalares (AIH’s) aprovadas ao longo dos anos de 2014 a 2019
no procedimento Amputação Cônica de colo de útero com colpectomia em Oncologia e valores gastos com o procedimento
na população de mulheres em geral
CONSIDERAÇÕES FINAIS
ALBRIGHT K, et al. Noninitiation and Noncompletion of HPV Vaccine Among English-and Spanish-S-
peaking Parents of Adolescent Girls: A Qualitative Study. Academic Pediatrics. 2017;17(7):778-784.
ANIL K, et al. Effect of prophylactic Human Papillomavirus (HPV) vaccination on oral HPV infections
among young adults in the United States. Journal of Clinic Oncology. 2017; 36: 262-267.
BRALSFORD KJ, JAMIRSON E. Following Australia’s lead to eradicate cervical cancer. BMJ.
2019; 36(6): 49-55.
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Informe técnico da ampliação da oferta das vacinas papilo-
mavírus humano 6, 11, 16 e 18 (recombinante) – vacina HPV quadrivalente emeningocócica C
(conjugada), Brasilia 2018.
BROWER AF, et al. HPV vaccination has not increased sexual activity or accelerated sexual debut
in a college-aged cohort of men and women. BMC Public Health. 2019; 25(19): 821- 825.
CARNEIRO CPF, et al. O papel do enfermeiro frente ao câncer de colo uterino. Revista Acervo
Saúde. 2019; 35 (25): 1-9.
CAVALCANTI CD, et al. Eficácia da dose única na imunização contra o HPV. Brazilian Journal of
Surgery and Clinical Research. 2019; 28(1):61-70.
CHOI H. Can quadrivalent human papillomavirus prophylactic vaccine be an effective alternative for
the therapeutic management of genital warts? An exploratory study. International Brazilian Journal
of Urology. 2019; 45 (2): 361-368.
CRUICKSHANK ME, et al. Reduction in colposcopy workload and associated clinical activity
following human papillomavirus (HPV) catch-up vaccination programme in Scotland: an ecological
study. BJOG. 2017; 1-8.
DONKEN R, et al. Effect of human papillomavirus vaccination on sexual behaviour among young
females. Le Médecin de famille canadien. 2018; 64: 509-513.
FEITOSA LG, et al. Imunização contra papilomavirus humano em escolas municipais: relato de
experiência. Revista de Enfermagem da UFPE. 2019; 13(24): 12-18.
FONSECA AJ, et al. Epidemiologia e impacto econômico do câncer de colo de útero no Estado
de Roraima: a perspectiva do SUS. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetetrícia. 2010; 32(8):
386-392.
GIRIANELLI VR, et al. Prevalência de HPV em mulheres assistidas pela estratégia saúde da
família na Baixa Fluminense do Estado do Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Ginecologia e
Obstetetrícia, 2010; 32(1): 39-46.
GONÇALVES LA, et al. Avaliação da cobertura vacional contra o papiloma vírus humano a partir
da vacina HPV quadrivalente recombinante nos municípios do 9º núcleo regional de saúde da
Bahia. Saúde n Revista Mosaicum. 2018; 27:147-158.
GRANDAHL M, et al. To consent or decline HPV Vaccination: A Pilot Study at the Start of the Na-
GUINCHON JR, et al. Citizen intervention in a religious ban on in-school HPV vaccine administration
in Calgary, Canada. Preventive Medicine. 2013; 57(5):409- 413.
HALL MT, et al. The projected timeframe until cervical cancer elimination in Australia: a modelling
study. Lancet Public Health. 2019; 4:19–27.
LETO MGP, et al. Infecção pelo Papilomavírus Humano: Etiopatogenia, Biologia Molecular e Ma-
nifestações Clínicas. Anais Brasileiro de Dermatologia, 2011; 86(2): 306-317.
MOTA CV. HPV: Por que a vacinação de adolescentes contra Vírus de transmissão sexual que
causa câncer não avança no Brasil?. BBC Brasil, 2018. Disponível em: https://www.bbc.com/
portuguese/brasil-44705298. Acesso em: 10 de nov. 2019.
MUNRO A, et al. The impact of human papillomavirus type on colposcopy performance in women
offered HPV immunisation in a catch-up vaccine programme: a two-centre observational study.
BJOG. 2017;124: 1394-1401.
NAKAGAWA JTT, et al. Vírus HPV e Câncer de Colo de Útero. Revista Brasileira de Enfermagem,
2010; 63(2): 307-311.
PALMER T, et al. Prevalence of cervical disease at age 20 after immunisation with bivalent HPV
vaccine at age 12-13 in Scotland: retrospective population study. BMJ. 2019; 36(5):1-10.
PEREIRA RGV, et al. A Influência do conhecimento na atitude frente à vacina contra o Papiloma-
vírus Humano: ensaio clínico randomizado. ABCS Health Science, 2016; 41(2): 78-83.
RUAS BRB, et al. Estratégia e adesão da vacinação contra HPV no município de Amparo, São
Paulo, Brasil. Saúde em Foco, 2017; 1(2); 61-71.
SANCHES EB. Prevenção do HPV: A utilização da Vacina nos serviços de saúde. Revista Saúde
e Pesquisa. 2010; 3(2): 255-261.
SANTOS RS, MELO ECP. Internação por câncer de mama e colo de útero no Brasil. Revista de
Pesquisa Cuidado é Fundamental. 2010;2(1):217-219.
SILVA DSM, et al. Rastreamento do câncer do colo do útero no Estado do Maranhão, Brasil. Ci-
ência & Saúde Coletiva. 2014; 19(4):1163-1170.
SINKA K, et al. Achieving high and equitable coverage of adolescent HPV vaccine in Scotland.
Journal of Epidemiology and Community Health. 2014; 68:57–63.
SOUSA PDL, et al. Conhecimento e aceitabilidade da vacina para o HPV entre adolescentes, pais
e profissionais de saúde: elaboração de constructo para coleta e composição de banco de dados.
Joural of Human Growth Development, 2018; 28(1):58-68.
WHO, World Health Organization. Weekly epidemiological record. Relevé épidémiologique heb-
domadaire. Weekly epidemiological record, n°.43, 24 october 2014.
ZAHDI MR, et al. Hepatite A: avaliação do custo-benefício da prevenção pela vacina - Paraná,
Brasil. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. 2010; 4(16):281-288.
Artigo original
10.37885/200700688
RESUMO
O câncer é de fato uma grande ameaça à saúde pública, tanto no âmbito social quando
no econômico, contabilizando aproximadamente 596 mil novos casos no ano de 2016 (INCA,
2016), classificando-o como sendo a segunda maior causa de morte no Brasil e no mundo
(WHO, 2015). A alta incidência das doenças é impulsionada principalmente pelo aumento
do envelhecimento da população.
O Fórum Econômico Mundial estimou custos diretos de tratamento de câncer e com-
pareceu a valores de perdas de renda em US$ 290 bilhões em 2010 (BLOOM DE, et al.,
2011), resultando na União Europeia, por exemplo, em custos para o tratamento do câncer
maiores que 126 milhões de euros (LUENGO-FERNANDEZ R, et al., 2013). Dentro os mo-
tivos para o crescimento dos gastos na área, certamente encontramos o investimento em
pesquisa de rastreio avançado, diagnóstico precoce e nas modalidades de tratamento, este
fato, não deixam dúvida de que os custos do câncer só se expandirão (BLOOM DE, et al.,
2011). No Brasil, as despesas com tratamentos de câncer (cirurgia oncológica, radioterapia,
quimioterapia e iodoterapia) cresceu 357% entre os anos de 2000 e 2014 (BRASIL, 2015).
Além disso, a consciência do impacto psicológico para os pacientes e a importância de
manter a saúde relacionada qualidade de vida (QVRS) durante e após a terapia antineoplási-
ca, têm aumentado nas últimas décadas (BOTTOMLEY A, 2002). Nos campos da oncologia
cirúrgica e radiológica, grandes progressos já foram feitos, resultando em tratamentos com
menos efeitos colaterais e sobrecarga do paciente.
As modalidades de tratamento sistêmico estão de certa forma atrasadas neste aspecto
do tratamento. Apesar das evoluções no sentido de quimioterapias com doses mais baixas
e menos tóxicas, imunoterapias direcionadas e a alta frequência desses tratamentos, são
emocionalmente estressantes para os pacientes e interferem com o seu funcionamento
social (HALL M E LLOYD H, 2008).
Neste contexto, é que está inserido a necessidade de desenvolver estudos de custo-
-efetividade (CE), buscando justificativas para aprovação ou revogação de novas terapias,
custosas para os órgãos pagadores e danosas para os pacientes em uso. A avaliação de CE
geralmente ocorre por meio de estudos de modelagem comparando duas ou mais coortes
com intervenções diferentes, que depois de montar ou utilizar dados de ensaios clínicos já
finalizados, é caracterizada e aplicada em uma população hipotética (SECOLI SR, et al., 2010).
Numerosos parâmetros são inseridos no modelos, não se limitando aos custos de
terapia, mas sim, probabilidades de doença remanescente/livre de progressão (usualmente
baseado em dados), probabilidades de toxicidade (com os custos de gestão de acordo), e
os resultados clínicos esperados até a morte (também baseado em dados clínicos e / ou
extrapolação dos mesmos) (SECOLI SR, et al., 2010).
MÉTODOS
Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, baseada nos itens exigidos para
revisões e meta- análises PRISMA (PRISMA, Reporting Items for Systematic Reviews and
Meta-Analyses) (MOHER D, et al., 2010).
Critérios de elegibilidade
Estratégia de busca
Análise de dados
Após a remoção das duplicatas, foram selecionados artigos relevantes com base no
título e resumo. Os artigos selecionados foram selecionados de forma independente da re-
levância, pelo autor principal (J.A.C), de acordo com os critérios de elegibilidade propostos.
RESULTADOS
Resultado da pesquisa
Ao ler esta revisão, deve-se ter em mente que os modelos e métodos dos estudos abor-
dados em sua grande maioria, baseiam-se em ensaios clínicos randomizados, porém com
avaliações custo efetivas heterogêneos, utilizadas para explorar os desfechos de interesse;
especialmente, em relação as diferentes nacionalidades que cada estudo apresenta, o que
gera mudanças importantes nos critérios econômicos e comparativos. O tamanho amostral
que compõe as avaliações e o horizonte temporal de cada avaliação econômica, não foram
incluídos nesta revisão, devido à grande diferença nos mesmos, sendo que cada estudo
utilizado e neoplasia avaliada carece, nesses dois pontos, de critérios individualizados. Uma
visão geral das conclusões feitas em cada documento, referente relação custo-efetividade
das terapias comparas, é dada nos Quadros 2 e 3.
Modelo de Markov
Quadro 2. Identificação dos artigos encontrados quanto a país da pesquisa, neoplasia, terapias e etapas do modelo de
Markov.
Legenda: ¹QALYs: anos de vida ajustados a qualidade; ²ICER: relação custo-benefício incremental.
Análises de sensibilidade
Diversos estudos utilizaram a Simulação de Monte Carlo (SMC) para descobrir estra-
tégias de incertezas (Rivera F, et al., 2017; Saito S, et al., 2017; Zhan M, et al., 2017) outros
utilizaram curvas de aceitabilidade de custo-efetividade para apresentar os resultados das
análises de sensibilidade probabilística (CARLSON JJ, et al., 2017; VAN KAMPEN RJW,
et al., 2017; CASADO LF, et al., 2018). Para explorar as possíveis influências de diferentes
parâmetros, os autores descreveram os resultados através um diagrama de tornado Saito
S, et al. (2017); Zhen H, et al. (2018); Zhou K, et al. (2018) esta metodologia resultou em
diversos achados.
Demonstrou-se, em alguns estudos, que a fase do modelo de Markov que mais in-
O termo "utilidade" refere-se à qualidade percebida pelos pacientes com base em seu
estado de saúde e recebe um valor entre 1 (saúde perfeita) e 0 (estado de saúde equivalente
à morte) Casado LF, et al. (2018), estes dados, a sobrevivência e o QALY, foram extraídos
pelos estudos revisados de ensaios clínicos randomizados, e foram utilizados associados a
estimativa dos custos globais, na composição do valor de custo-eficácia incremental (ICER)
(ZHEN M, et al., 2018; ZHOU K, et al., 2018). Os dados de efetividade que foram inseridos
em cada ciclo de Markov, a partir dos resultados coletados, seguiram a mesma metodologia
(MATTER-WALSTRA K, et al., 2015; XIE J, et al., 2015; ZHANG P, et al., 2016).
Os ensaios clínicos randomizados utilizados, em alguns casos, avaliavam diretamente
a qualidade de vida (Zhang P, et al., 2016), em outros, utilizavam os valores de pesquisas
anteriores, onde esse critério tinha sido avaliado (GOLDSTEIN DA, et al., 2015; RIVERA F,
et al., 2017; SAITO S).
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BACH PB. New math on drug cost-effectiveness. N Engl J Med, 2015; 373:1797–9.
BLOOM DE, et al. The Global Economic Burden of Non-communicable Diseases. Geneva: World
Economic Forum, 2011.
BOTTOMLEY A. The cancer patient and quality of life. Oncologist, 2002; 7:120–25.
BRASIL. Ministério da Saúde. Debater sobre oncologia. 2015b. Disponível em: http://www2.ca-
mara.leg.br/atividade- legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/cssf/audiencias-publicas/
audiencia-publica-2015/aud-publica-25- 08/apresentacao-paulo-eduardo-xavier-mendonca. Acesso
em: 03 nov. 2018.
CASADO LF, et al. Papr reduction using scs-slm technique in stfbc mimo-ofdm. Phrmacoeconomics
Outcomes Res Iberia. 2017; 12(10): 3218–21.
COHN DE, et al. A cost-utility analysis of NRG Oncology/Gynecologic Oncology Group Protocol
218: Incorporating prospectively collected quality-of-life scores in an economic model of treatment
of ovarian cancer. Gynecol Oncol, 2015; 136(2): 293–9.
GOLDSTEIN DA, et al. Necitumumab in metastatic squamous cell lung cancer. JAMA Oncol, 2015;
1(9): 1293–300.
GOLDSTEIN DA, SARFATY M. Cancer drug pricing and reimbursement: lessons for the United
States from around the world. Oncologist, 2016; 21:907–9.
GOODWIN PJ, SHEPHERD FA. Economic issues in lung cancer: a review. J Clin Oncol, 2000;
16(12): 3900–12.
HALL M, LLOYD H. Evaluating patients’ experiences of home and hospital chemotherapy. Cancer
Nurs. Pract. 2008; 7( 1): 35-8.
HIGGINS JP, et al. The Cochrane Collaboration's tool for assessing risk of bias in randomised
trials. BMJ, 2011; 343: d5928.
HU X, HAY JW. First-line pembrolizumab in PD-L1 positive non-small-cell lung cancer: A cost-ef-
fectiveness analysis from the UK health care perspective. Lung Cancer, 2018; 123:166–71.
LUENGO-FERNANDEZ R, et al. Economic burden of cancer across the European Union: a popu-
lation-based cost analysis. Lancet Oncol, 2013; 14:1165–74.
MIGUEL LS, et al. Cost Effectiveness of Pembrolizumab for Advanced Melanoma Treatment in
Portugal. Value Heal, 2017; 20(8): 1065–73.
MOHER D, et al. Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA
statement. PLoS Med, 2010: 8;336–41.
PRASAD V, GRADY C. The misguided ethics of crossover trials. Con- temp Clin Trials, 2014;
37(2): 167–69.
RIVERA F, et al. Cost-effectiveness analysis in the Spanish setting of the PEAK trial of panitumumab
plus mFOLFOX6 compared with bevacizumab plus mFOLFOX6 for first-line treatment of patients
with wild-type RAS metastatic colorectal cancer. J Med Econ, 2017; 20(6): 574–84.
SARFATY M, et al. Cost Effectiveness of Nivolumab in Advanced Renal Cell Carcinoma. Eur Urol,
2018; 73(4): 628–34.
SATO RC, ZOUAIN DM. Modelos de Markov aplicados a saúde. Einstein, 2010; 8(3): 376-9.
SECOLI SR, et al. Avaliação de tecnologia em Saúde II. A análise de custo-efetividade. Arq Gas-
troenterol, 2010; 47(4): 329-33.
SOAREZ PC, NOVAES HMD. Limiares de custo-efetividade e o Sistema Único de Saúde. Cad.
Saúde Pública, 2017; 30(4): e00040717.
VAN KAMPEN RJW, et al. Real-world and trial-based cost-effectiveness analysis of bevacizumab
in HER2-negative metastatic breast cancer patients: a study of the Southeast Netherlands Breast
Cancer Consortium. Eur J Cancer, 2017; 79:238–46.
VOGLER S, et al. Cancer drugs in 16 European countries, Australia, and New Zealand: a cross-
-country price comparison study. Lancet Oncol, 2016;17:39-47.
WHO. Global Health Estimates 2015: deaths by cause, age, sex, by country and by region, 2000–
2015. 2016; Disponível em: http://www.who.int/healthinfo/global_burden_disease/estimates/en/
index1.html. Acesso em: 02 nov. 2018.
XIE J, et al. Economic Evaluations of Everolimus Versus Other Hormonal Therapies in the Treat-
ment of HR+/HER2- Advanced Breast Cancer from a US Payer Perspective. Clin Breast Cancer,
2015; 15(5): 263–76.
ZHANG P, et al. FOLFOX4 or sorafenib as the first-line treatments for advanced hepatocellular
carcinoma: A cost- effectiveness analysis. Dig Liver Dis, 2016; 48(12): 1492–7.
ZHOU K, et al. Cost-effectiveness analysis of sensitive relapsed small-cell lung cancer based on
JCOG0605 trial. Clin Transl Oncol, 2018; 20(6): 768-74.
10.37885/200600559
RESUMO
REVISÃO DE LITERATURA
Segundo Dale et al (2004), "Em 1916, von Economo descreveu pela primeira vez a
encefalite letárgica (EL), distúrbio do SNC que apresentava faringite seguida por distúrbio do
sono, parkinsonismo e sequelas neuropsiquiátricas.” De acordo com Hoffman (2017), “após
mais de 100 anos do principal episódio de epidemia, a etiologia permanece desconhecida,
embora existam duas teorias : ambiental e infecciosa, sendo mais recentemente sustentado
a teoria de autoimunidade.” Desde a epidemia de 1920, poucos casos foram relatados, no
entanto, atualmente, existem vários casos de infecções faríngeas seguidas por síndromes
com apresentações EL-like, nas quais todos os pacientes apresentam sintomas consisten-
tes com parkinsonismo. Durante sua fase aguda os pacientes experimentam sonolência
excessiva, distúrbios da motilidade ocular,febre e distúrbios do movimento, possuindo em
sua fase aguda sintomatologia semelhante à Doença de Parkinson.
Segundo Foster et al (2004), inicialmente, pelo fato de a EL apresentar os mesmos
MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO.
Questões Acertos pré-teste Acertos pós-teste Aprendizado
1. - - -
2. 95% (62) 100% (65) 4,8%
3. 86%( 56) 100% (65) 16%
4. 77% (50) 75% (49) -2%
5. 60% (39) 92% (60) 54%
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
DALE, Russell C. et al. Encephalitis lethargica syndrome: 20 new cases and evidence of basal
ganglia autoimmunity. Brain, v. 127, n. 1, p. 21-33, jan. 2004.
FOSTER, Harold D.; HOFFER, Abram. The two faces of L-DOPA: benefits and adverse side effects
in the treatment of Encephalitis lethargica, Parkinson’s disease, multiple sclerosis and amyotrophic
lateral sclerosis. Medical Hypotheses,British Columbia, v. 62, n. 2, p. 177-181, fev.2004.
HOFFMAN, Leslie A.; VILENSKY, Joel A. Encephalitis lethargica: 100 years after the epidemic.
Brain, v. 140, n. 8, p. 2246-2251, ago. 2017.
SANDES, Luiza Fernandes Fonseca et al. Cinema e educação médica: um relato de experiência
através da extensão universitária com o CINEMED. Revista Intercâmbio,Montes Claros. v. 7, p.
pag. 488-495, 2016.
Eduardo Gonçalves
UNIFIPMOC
10.37885/200600529
RESUMO
O diabetes mellitus (DM) é um distúrbio metabólico que atinge crianças, jovens, adultos
e idosos (MALTA DC, et al., 2017). O Brasil é o quarto país com maior prevalência da pato-
logia cerca de 14,3 milhões de pessoas foram acometidas pelo DM. A estimativa é que em
2040 o Brasil possua 23,3 milhões de pessoas portadoras da doença. Tal ascensão, pode
ser explicada pelo aumento da exposição das pessoas a fatores de risco, tais como idade
maior que 50 anos, obesidade, hipertensão arterial sistêmica e aumento dos níveis séricos
de colesterol (SANTOS LM, 2017). Ele pode ser classificado como tipo 1 (DM1), no qual as
manifestações ocorrem de forma precoce, geralmente ainda na primeira década de vida, com
a deficiência completa da produção de insulina endógena. Há também o tipo 2 (DM2), que
representa cerca de 90% do total de DM, característico da meia-idade e pode ser inicialmente
tratado com medicações de sensibilização e incremento da produção da insulina (FILHO
CAAD, et al., 2016). Nos idosos, comumente expostos por maior tempo ao DM, observa-se
a perda funcional das células β associada ao aumento da adiposidade central, diminuição
da massa magra, aumento da resistência à insulina (que por si resulta em redução do tecido
muscular) e predisposição a morbidades, que elevam o risco de quedas e fraturas, eventos
cardiovasculares e perda da autossuficiência (RAMOS RSPS, et al., 2017).
Trata-se, portanto, de uma síndrome metabólica de caráter multifatorial, que apresenta
complicações agudas como hipoglicemia; cetoacidose diabética - condição mais prevalente
no DM1-; estado hiperosmolar hiperglicêmico não cetótico - condição mais prevalente no
DM2-; bem como complicações crônicas, que podem ser macrovasculares (doença arterial
coronariana e cerebrovascular) ou microvasculares (neuropatia, nefropatia e retinopatia)
(SANTOS LM, et al., 2017). Nos idosos, o DM associa-se a um risco maior de morte pre-
matura e outras morbidades, principalmente, as grandes síndromes geriátricas, impactando
diretamente na qualidade de vida das pessoas com DM, que terão prejuízo em suas capa-
cidades funcionais, independência e autonomia, repercutindo sobre o sistema de saúde, e
sobre a família das pessoas com DM (VITOI NC, et al., 2015). É uma doença que causa
manifestações complexas e heterogêneas; sua consequência é expressar-se com elevada
morbimortalidade (ISER BPM, et al., 2015). Foi estimado que 5,3% dos óbitos ocorridos
em 2011 no Brasil foram devido à DM, com taxa de mortalidade por volta de 33,7 a cada
100.000 habitantes. Atualmente é a nona causa de morte no mundo, entretanto, até 2030,
o DM pode ir para a sétima posição (FLOR LS e CAMPOS MR, 2017).
O sedentarismo aumenta o risco na prevalência do DM tipo 2, por isso as populações
de risco e as pessoas já diagnosticados devem implantar a prática de atividade física em seu
plano terapêutico como medida de controle glicêmico/diminuição da resistência insulínica,
evitando deste modo complicações do DM e melhorando a qualidade de vida das pessoas
MÉTODOS
Fonte: Freitas RM, et al., 2019. Adaptado de Silva GSF, et al. 2007.
Para a análise final, fez-se uso da estatística descritiva para discorrer acerca do perfil
sociodemográfico e do nível de conhecimento e da efetiva prática de atividades físicas,
relatados pelos idosos. Foi estimada a distribuição percentual da amostra em relação às
RESULTADOS
Para melhor análise dos perfis dos pacientes diabéticos, frente à diversidade encontra-
da entre os 341 pacientes envolvidos, a tabela abaixo foi construída com base em variáveis
para demonstrar as características dos pacientes. Dessa forma, foi selecionado as variáveis
sexo, idade, tipo do diabetes, cor/raça e renda mensal (Tabela 1).
Tabela 1 – Perfil dos idosos com Diabetes Mellitus assistidos pela Estratégia de Saúde da Família, n=198. Montes Claros
– MG, 2017.
Variável n %
Sexo
Masculino 62 31,417
Feminino 136 68,582
Idade
60-65 100 50,50
65-69 39 19,54
70-74 28 14,17
75-79 15 7,27
80-84 12 6,13
85-90 3 1,53
91-95 1 0,51
Cor/Raça
Amarela 2 1,140
Branca 51 26,05
Indígena 1 0,510
Parda 109 55,255
Preta 27 14,171
Sem declaração 8 4,19
Renda em reais
0-1000 90 45,59
1001-2000 65 32,56
2001-3000 25 12,64
3001-4000 10 5,36
4001-5000 7 3,44
5001-10000 1 0,51
Diabetes mellitus *
Tipo 1 9 4,4
Tipo 2 189 95,6
Total 198 100
Legenda: * Dados correspondem às estimativas das Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (DSBD) 2017-2018.
Gráfico 1 – Avaliação do nível de conhecimento e da efetiva prática de atividades físicas entre idosos assistidos pela
Estratégia de Saúde da Família, n=198. Montes Claros – MG, 2017.
Tabela 2 – Caracterização da atividade física não recreativa, n=198 entre idosos assistidos pela Estratégia de Saúde da
Família, Montes Claros – MG, 2017.
Sim* 49 24,9 --
Não 149 75,1 --
Realizam atividades vigorosas 13 26,15 40,75 min
Realizam atividades moderadas 35 71,42 80 min
Realizam atividades leves 49 100,00 125,50 min
Tabela 3 - Categorização, proposta pelo IPAQ, do nível de atividade física praticada, entre idosos assistidos pela Estratégia
de Saúde da Família, n=198. Montes Claros – MG, 2017.
Variável N %
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ASSUNÇÃO SC, et al. Conhecimento e atitude de pacientes com diabetes mellitus da Atenção
Primária a Saúde. Escola Anne Nery Revista de Enfermagem. Rio de Janeiro – Rio de Janeiro.
2017; 21(4): 1-7.
DE LADE CG, et al. Efeitos de diferentes programas de exercícios e alterações mínimas detectá-
veis na hemoglobina A1c em pacientes com diabetes tipo 2. Diabetologia e Síndrome Metabólica.
2016; 8(13): 1-113.
DUARTE CK et al. Nível de atividade física e exercício físico em pacientes com diabetes mellitus.
Rev. Assoc. Med. Bras. [online]. 2012; 58(2): 1215-1221.
FLOR LS, CAMPOS MR. Prevalência de diabetes mellitus e fatores associados na população adulta
brasileira: evidências de um inquérito de base populacional. Revista Brasileira de Epidemiologia.
Rio de Janeiro – RJ, 2017; 20(1) 16-29.
GIORELLI GV, et al. Educação física e diabetes: prevenção e tratamento. Revista HUPE, Rio de
Janeiro, 2015; 14(4): 54-58
ISER BPM, et al. Prevalência de diabetes autorreferidos no Brasil: resultados da Pesquisa Nacional
de Saúde de 2013, Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde, Brasília – DF, 2015; 24(2): 305-314.
KER RG. Atividade física no combate à Diabetes Mellitus tipo 2. Monografia – Faculdade de Edu-
cação Física, Faculdade de Educação e Meio Ambiente, Arquiemes – RO, 2018: 1-29.
MALTA DC, et al. Fatores associados ao diabetes autorreferido segundo a Pesquisa Nacional de
Saúde, 2013. Revista de Saúde Pública. Belo Horizonte – MG, 2017; 51: 1-12.
MARÇAL DFS, et al. Efeitos do exercício físico sobre o diabetes mellitus tipo 1: uma revisão sistemá-
tica de ensaios clínicos e randomizados. Jornal de Educação Física. Maringá – PR, 2018; 29:1-14.
MAZO GZ. Recomendações de atividade físicas para idosos. Rev. Biomotriz, Cruz Alta – RS,
Dez./2018; 12(1):1-4.
RAMOS RSPS, et al. Fatores associados ao diabetes em idosos assistidos em serviço ambulatorial
especializado geronto-geriátrico. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, 2017; 20(3): 364-374.
RODRIGUES FFL, et al. Relação entre conhecimento, atitude, escolaridade e tempo de doença
em indivíduos com diabetes mellitus. Acta Paul Enferm. 2012; 25(2): 284-90.
SANTOS LM, et al. Avaliação do hábito alimentar e estado nutricional de idosos com diabetes
mellitus tipo 2 atendidos na atenção básica de saúde do município de Porteiras-CE. Revista E-Ci-
ência, 2017; 5(1): 69-77.
SILVA CA, LIMA WC. Efeito benéfico do exercício físico no controle metabólico do diabetes mellitus
tipo 2 a curto prazo. Arq.Bras.Endocrinol.Metabol. 2002; 46(5): 550-6.
SILVA GSF, et al . Avaliação do nível de atividade física de estudantes de graduação das áreas
saúde/biológica. Rev. Bras. Med. Esporte, Niterói, 2007; 13(1): 39-42.
VITOI NC, et al. Prevalência e fatores associados ao diabetes em idosos no município de Viçosa,
Minas Gerais. Rev. Bras. Epidemiol. 2015; 18(4): 953-965.
10.37885/200700766
RESUMO
A massagem para bebês, conhecida como Shantala foi descoberta e difundida inicial-
mente pelo obstetra francês Frédérick Leboyer. Em uma de suas viagens à Índia, Frédérick
observou, enquanto passeava, uma mãe massageando uma criança. Ao retornar para casa
iniciou a divulgar a Shantala. A sequência é composta por dezenove exercícios. Os movimen-
tos beneficiam cada qual, uma parte do corpo, trazendo harmonia para o bebê (LEBOYER,
2004, SOUZA; LAU; CARMO 2011).
Os benefícios fisiológicos incluem os sistemas respiratório, imunológico, musculoesque-
lético e digestivo. Pode-se citar o auxílio no alívio da dor e desconforto na tensão acumulada,
o alívio de cólicas, a melhora no sono, o auxílio no desenvolvimento motor grosso e sensório,
o auxílio inibindo o estresse, o auxílio na redução de cólicas e no desconforto abdominal.
Tendo sido observado em estudos, a substituição dos remédios pela massagem Shantala para
o alívio abdominal (SOUZA; LAU; CARMO, 2011, FARIA et al., 2018, RAMOS et al., 2014).
Temos ainda os benefícios psicocomportamentais relacionados ao vínculo familiar.
A repetição da massagem proporciona o aumento do vínculo familiar e/ou binômio mãe-
-filho, além de passar segurança ao bebê, trazendo à família uma vivência cada dia mais
amadurecida.(CRUZ; CAROMANO, 2007, FORTES; SANTOS; MORAES, 2014) Estudos
que avaliaram o impacto da massagem Shantala na qualidade de vida, através da escala
WHOQOL Bref, comprovaram melhora nos domínios físico, social, ambiental e psicológico
de monitoras que aplicaram a técnica, tendo o melhor resultado no domínio psicológico.
Ficando comprovado os benefícios mútuos da técnica tanto para o lactente quanto para a
pessoa que aplica (FARIA et al., 2018).
A Organização Mundial da Saúde define práticas integrativas e complementares como
um conjunto de saberes que não faz parte da terapêutica médica alopática (AZEVENO et
al., 2019). O Ministério da Saúde incentiva e reconhece a Shantala na Política Nacional de
Práticas Integrativas e Complementares, tendo em vista o importante recurso terapêutico
mostrado pela técnica (BRASIL, 2017).
A Shantala faz parte das terapias de intervenção e manejo do recém-nascido até o
segundo ano de vida, um saber multidisciplinar que contempla também a Enfermagem (RA-
MOS et al., 2014). Através da Resolução COFEN nº 581, de 2018, as Terapias Holísticas e
Complementares são reafirmadas como especialidades da Enfermagem. Fica assegurada
a legitimidade deste profissional que, além da utilização das terapias como instrumento de
cuidado, poderá ainda desenvolver estudos nessa área de atuação (BRASIL, 2018).
As prática integrativas e complementares são utilizadas também pelas mães a fim de
tentar curar males na infância (FORTES; SANTOS; MORAES, 2014). Tais recursos terapêu-
ticos constituem um sistema que procura estimular os mecanismos naturais de prevenção
METODOLOGIA
Tipo do estudo
Participantes da pesquisa
Local de Estudo
Coleta de dados
Análise de Dados
Aspectos éticos
Tabela 1. Caracterização dos participantes do estudo, segundo variáveis de idade, peso, e APGAR no 5° min.
Faixa Etária:
De 0 a 4 meses 4 40%
De 5 a 8 meses 5 50% 5,4 ± 1,8 Meses
De 9 a 12 meses 1 10%
Peso ao nascer:
APGAR no 5º minuto:
APGAR 8 2 20% APGAR 8.7 ± 0.5
APGAR 9 8 80%
TOTAL 10 100%
Fonte: Próprio autor. Número de frequência absoluta, % frequência relativa, média e desvio- padrão (DP).
Gráfico 2. Distribuição média das Frequências Respiratórias antes e após aplicação de massagem Shantala.
Gráfico 3. Distribuição das Temperaturas Axilares antes e após aplicação de massagem Shantala.
A pele é o maior órgão do corpo humano, possuindo ampla gama de receptores sen-
soriais expostos, que interagem com o sistema nervoso central. Os estímulos táteis recebi-
dos durante a massagem são enviados através dos nervos aferentes ao sistema nervoso
central. O hipotálamo controla as glândulas endócrinas do corpo, sendo este o responsável
pela liberação dos mediadores químicos, que ativam o Sistema Nervoso Autônomo (CRUZ;
CAROMANO, 2007).
Como consequência da massagem, através da estimulação cutânea, temos o relaxa-
mento profundo e ativação sistema nervoso autônomo parassimpático (CRUZ; CAROMANO,
2007). Nesse contexto, como indicador da atividade do sistema nervoso autônomo parassim-
pático, em eventos com curta duração, percebemos a variação da FC (SALES et al., 2018).
A ativação do sistema nervoso autônomo parassimpático está relacionada à liberação
de hormônios pelo hipotálamo (CRUZ; CAROMANO, 2007). Nesse período ocorre impor-
tante regulação dos batimentos cardíacos, sendo essa via responsável pelo relaxamento da
musculatura lisa do miocárdio, diminuição da força de contração e redução dos impulsos do
nodo sinoatrial (LINKVIEIUS et al., 2012). Fisiologia que corrobora em elucidar a redução
da FC observada no presente estudo.
Um dos fatores que pode ter relação com a redução da FR, é que a massagem relaxa as
fibras musculares e a rigidez das articulações quando aplicada sobre a caixa torácica, tendo
o potencial de relaxar as articulações costovertebrais e condroesternais, evitando a rigidez.
Isso contribui de forma direta a tornar mais tranquilo o movimento de expansão e retração
pulmonar, ocasionando maior conforto respiratório, tornando mais completa a expansão pul-
monar, com ritmos regulares de inspiração profunda (CRUZ; CAROMANO, 2007).
Outro fator estaria relacionado à estimulação parassimpática e sua relação direta com
o relaxamento, conforme já descrito na FC, pois quanto maior o relaxamento, maior a esti-
mulação parassimpática. Isso gera uma diminuição nos impulsos do sistema nervoso autô-
nomo simpático sobre as ações involuntárias dos músculos da respiração, ocasionando a
contração que possibilita fácil abertura das vias aéreas, reduzindo a Frequência Respiratória
(FR) (CRUZ; CAROMANO, 2007).
A homeostase da temperatura no corpo é controlada por mecanismos de feedback ter-
morreguladores presentes no hipotálamo, e pela vasodilatação e vasoconstrição ocasionados
pelo sistema nervoso autônomo (LINKVIEIUS et al., 2012). Além das influências internas,
outro fator condicionante para a temperatura é o ambiente. O corpo sofre influências do am-
biente para a manutenção da temperatura que ocorre por equilíbrio do meio mais aquecido
para o menos aquecido (CAROMANO; NOWORTNY, 2019).
Os fatores ambientais que contribuem para a manutenção da temperatura nos bebês
LIMITAÇÕES DO ESTUDO
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Cissa; MOURA, Caroline de Castro; CORRÊA, Hérica Pinheiro; MATA, Luciana Regina
Ferreira; CHAVES, Érika de Cássia Lopes; CHIANC, Tânia Couto Machado. Práticas integrativas
e complementares no âmbito da enfermagem: aspectos legais e panorama acadêmico-assisten-
cial. Escola Anna Nery, v.23, n.2, 2019. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/2177-9465-e-
an-2018-0389>. Acessado em 15 de out de 2019.
CAROMANO, Fátima Aparecida; NOWOTNY, Jean Paulos. Princípios físicos que fundamentam
a hidroterapia. Fisioterapia Brasil, v.3, n.6, p.394-402, 2019. Disponível em: <https://portalatlan-
ticaeditora.com.br/index.php/fisioterapiabrasil/article/download/2991/4780>. Acessado em 15 de
out 2002.
CRUZ, Cláudia Marchetti Vieira da; CAROMANO, Fátima Aparecida. Levantamento de conteúdos
para fundamentação do ensino dos efeitos psicocomportamentais da massagem para bebês. Acta
Fisiátrica, v. 14, n. 1, p. 11-16, 2007. Disponível em: < http://www.actafisiatrica.org.br/edicoes.
asp?vol=14&ano=2007>. Acessado em 15 de ago de 2019.
FARIA, Kelly Christina de; SILVA, Talita Sabrina da; FIGUEIREDO, Gloria Lúcia Alves; CASTRO,
Giselia Gonçalves de. Impacto da qualidade de vida de monitoras de bebês institucionalizados
antes e após a aplicação da massagem Shantala. Revista Brasileira de Qualidade de Vida, v. 10,
n. 1, 2018. Disponível em: < https://periodicos.utfpr.edu.br/rbqv/article/view/7294>. Acessado em
15 de ago de 2019.
FÉLIX, Adrian Maria da Silva; MAIA, Flávia de Oliveira Motta; SOARES, Rosimeire Ângela de
Quiroz. Atenção Primária a Saúde e Educação em Enfermagem no Brasil. Enferm. Foco [Internet],
v.10, n.6, p.175-181, 2019. Disponível em: <http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/
article/view/2779> Acessado em 04 jun de 2020.
FORTES, Andressa Monteiro Saraiva; SANTOS, Lucas de Souza, MORAES, Samara Dourado.
Percepção de mães sobre o uso de práticas integrativas e complementares em seus filhos. Enferm.
Foco [Internet], v.5, n. ½, p. 37-40, 2014. Disponível em: <http://revista.cofen.gov.br/index.php/
enfermagem/article/view/603> Acessado em 15 de out de 2019.
LINKEVIEIUS, Tamiris Akemi Kimura, MENEGHETTI, Cristiane Helita Zorel, DA SILVA, Paula Lumy,
BATISTELA, Ana Carolina Teixeira, JÚNIOR, Luiz Carlos Ferracini. A influência da massagem
shantala nos sinais vitais em lactentes no primeiro ano de vida. Revista Neurociências, v.20, n.4,
p. 505-510, 2012. Disponível em: < https://periodicos.unifesp.br/index.php/neurociencias/article/
view/8224>. Acessado em 15 de ago de 2019.
LEBOYER, Frédérick. Shantala: uma arte tradicional de massagem para bebês. 7. Ed. São Paulo:
Ground, 2004.
RAMOS, Elizia Moraes; SILVA, Liliane Faria da; CURSINO, EmiliaGallindo; MACHADO, Maria
Estela Diniz; FERREIRA, Dayanna Santos de Paula. O uso da massagem para alívio de cólicas e
gases em recém-nascidos. Revista Enfermagem UERJ, v. 22, n. 2, p. 245-250, 2014. Disponível
em: < https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/enfermagemuerj/article/view/13666>Acessado
em 15 de ago de 2019.
RONCALLO, Claudia Patrícia A; MIGUEL, Manuel Sánchez de; FREIJO, Enrique Arranz. Vínculo
materno- fetal: implicaciones em eldesarrollo psicológico y propuesta de intervenciónenatención-
temprana. Revista Escritos de Psicologia, Buenos Aires, n. 8 v.2, p14-234, 2015. Disponível em:
< http://scielo.isciii.es/pdf/ep/v8n2/revision2.pdf>. Acessado em 10 de outubro de 2019.
SALES, Jamilla; MONTEMEZZO, Dayne; VIEIRA, Camila Santana de Freitas; RESENDE, Ca-
milla Borges; RIBEIRO, Simone Nascimento Santo. Massagem terapêutica em recém-nascidos
SOUZA, Nilzemar Ribeiro de; LAU, Nathália da Cunha; CARMO, Tânia Maria Delfraro. Shantala
Massagem para Bebês: experiência materna e familiar. Ciência ET Práxis, v. 4, n. 07, p. 55-60,
2011. Disponível em: < http://www.fespmg.edu.br/books/Revista-Ciencia-Et-Praxis/Volume-04-N-
-07-Janeiro-Junho-2011/files/assets/basic-html/page59.html>. Acessado em 10 de outubro de 2019.
10.37885/200700609
RESUMO
DESENVOLVIMENTO TEXTUAL
Para realização deste estudo foram utilizadas 15 mandíbulas humanas secas do arquivo
de crânios da Radiologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC Minas
– Brasil (Figura 1). O estudo foi devidamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa
sob o Nº do Parecer 2.704.516.
Para a realização do estudo foram realizadas radiografias periapicais digitais dos inci-
A análise volumétrica dos tubérculos genianos, foi realizado com o modo semiauto-
mático do software (gratuito) de segmentação ITK-SNAP 3.0® (Cognitica, Filadélfia, PA). As
análises foram feitas por um único examinador, cirurgião-dentista radiologista, o qual possuía
conhecimento prévio sobre o funcionamento do software e sobre anatomia tomográfica.
Vinte dias após a conclusão de todas as medições nos tubérculos genianos, 100%
da amostra foi reavaliada e o coeficiente de correlação intraclasse (ICC) foi calculado para
determinar concordância intra e interexaminadores. ICC foi interpretado de acordo com o
sistema de categorização de Cicchetti (1994), ou seja, <0,40 concordância fraca, 0,40-0,59
concordância moderada, 0,60-0,74 boa concordância e 0,75-1 concordância excelente.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ELIZABETH, M. et al. Accuracy of cone beam computed tomography in determining the location
of the genial tubercle. Otolaryngology–Head and Neck Surgery, v.137, n.1, p. 115-118, July 2007.
JINDAL, G. et al. Rare Enlargement of Genial Tubercles and its Management: A Case Report.
Journal of Clinical and Diagnostic Research, v.9, n.11, p. 23-24, Nov 2015.
JÚNIOR, J. F. S. et al. Genioplasty for genioglossus muscle advancement in patients with obs-
tructive sleep apnea-hypopnea syndrome and mandibular retrognathia. Rev Bras Otorrinolaringol,
v.73, n.4, p. 480-6, 2007.
KIM, C.H. et al. Mandibular Muscle Attachments in Genial Advancement Surgery for Obstructive
Sleep Apnea. The Laryngoscope, v.0, n.0, p. 1-6, 2019.
KOLSUZ, M.E. et al. Evaluation of genial tubercle anatomy using cone beam computed tomography.
Journal of Oral Science, v.57, n.2, p. 151-156, May 2015.
LEE, J.W. et al. Accurate genial tubercle capturing method usingcomputer-assisted virtual surgery
for genioglossusadvancement. British Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, v.55, n.1, p. 92-
93, May 2016.
LEE, S.Y. et al. The genial tubercle: A prospective novel landmark for the diagnosis of mandibular
asymmetry. The Korean Journal of Original Article Orthodontics, v.47, n.1, p. 50-59, 2017.
NEJAIM, Y et al. Evaluation of the morphology of the genial tubercle using cone-beam computed
tomography. British Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, v.11, n.2, p. 1-2, 2017.
PARK, J.S. et al. Where to position osteotomies in genioglossal advancement surgery based on
locations of the mental foramen, canine, lateral incisor, central incisor, and genial tubercle. Journal
of Oral and Maxillofacial Surgery, v.11, n.1, p. 1-6, May 2017.
SONG, S.A. et al. Genial Tubercle Advancement and Genioplasty for Obstructive Sleep Apnea:
A Systematic Review and Meta-Analysis. The Laryngoscope, v.127, n.1, p. 984-992, Apr 2017.
10.37885/200700671
RESUMO
METODOLOGIA
RESULTADOS
Tabela 2. Características clínicas e prevalência dos fatores de risco cardiovasculares clássicos na população estudada (n
= 400)
Variáveis n (%)
Sintomas cardiovasculares 00 (00,0%)
Comorbidades 174 (43,5%)
HAS 130 (32,5%)
DM 64 (16,0%)
HAS + DM 30 (07,5%)
Dislipidemia 36 (09,0%)
DAS 04 (01,0%)
DRC 04 (01,0%)
DPOC 24 (06,0%)
Variáveis n (%)
Uso de medicamentos / Comorbidade 111 (63,7%)
Anti-hipertensivo / HAS 49 (37,7%)
Hipoglicemiante oral / DM 38 (59,3%)
Estatina / Dislipidemia 20 (55,5%)
Antiagreganteplaquetário / DAc 04 (100,0%)
Do total (174) de indivíduos com alguma comorbidades, 111 (63,0%) faziam uso de algum medicamento: 49 (37,7% dos hipertensos) em
uso de anti-hipertensivo, 38 (59,3% dos diabéticos) em uso de hipoglicemiante oral, 20 (50,5% dos portadores de dislipidemia), em uso de
estatina, com a observação de que todos portadores de doença arterial coronariana, faziam uso de antiagregante plaquetário (Tabela 3).
Tabela 4. Dados relacionados ao tipo de cirurgia realizada e estimativa do risco de complicações cardiovasculares (n = 400)
Variáveis n = 400
Tipo de cirurgia
Vascular 06 (01,5%)
Cabeça e pescoço 14 (03,5%)
Intraperitoneal (Colecistectomia e/ou herniorrafia) 110 (27,5%)
Ortopédica 16 (04,0%)
Tabela 5. Exames complementares solicitados quando não havia necessidade de solicitação de avaliação cardiovascular
pré-operatória (n = 72)
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
Na população estudada, observou-se que a maioria dos pacientes tem baixo risco
cardiovascular pré-operatório. Além disso, detectou-se taxa considerável de solicitação
REFERÊNCIAS
FEITOSA, Alina Coutinho Rodrigues et al. I Diretriz de avaliação perioperatória. Arquivos Brasileiros
de Cardiologia, p. e139-e178, 2007.
GARCIA, Aline Pallaoro et al. Indication of preoperative tests according to clinical criteria: need
for supervision. Brazilian Journal of Anesthesiology (English Edition), v. 64, n. 1, p. 54-61, 2014.
GUERRA, Mariana Escani et al. Análise da relevância dos exames laboratoriais pré-operatórios
solicitados em cirurgias eletivas em um hospital universitário. Revista do Médico Residente, v. 14,
n. 1, 2012.
HEINISCH, Roberto Henrique et al. Avaliação prospectiva de diferentes índices de risco cardíaco
para pacientes submetidos a cirurgias não-cardíacas. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 79,
n. 4, p. 327-332, 2002.
MORO, Eduardo Toshiyuki et al. Avaliação do perfil das solicitações de exames pré-operatórios
em hospital universitário. Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, v. 16, n. 1, p.
22-25, 2014.
PICON, Rafael V. et al. Prevalence of hypertension among elderly persons in urban Brazil: a sys-
tematic review with meta-analysis. American journal of hypertension, v. 26, n. 4, p. 541-548, 2013.
PICON, Rafael V. et al. Trends in prevalence of hypertension in Brazil: a systematic review with
meta-analysis. PLOS one, v. 7, n. 10, p. e48255, 2012.
SALES, José Augusto; TOMAZ, Carlos Alberto Bezerra. Avaliação dos fatores de risco cardio-
vascular e alteração eletrocardiográfica pré-operatória no idoso longevo. Revista Brasileira de
Cardiologia, v. 24, n. 1, p. 9-17, 2011.
SANTOS, Monica Loureiro; DE OLIVEIRA NOVAES, Cristiane; IGLESIAS, Antonio Carlos. Perfil
epidemiológico de pacientes atendidos no ambulatório de avaliação pré‐anestésica de um hospital
universitário. Brazilian Journal of Anesthesiology, v. 67, n. 5, p. 457-467, 2017.
SCHEIN, Oliver D. et al. The value of routine preoperative medical testing before cataract surgery.
New England Journal of Medicine, v. 342, n. 3, p. 168-175, 2000.
TOWNSEND, C. M. Sabiston: tratado de cirurgia. 18. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. 2. v. ISBN:
978-85-352-2708-6.
10.37885/200700782
RESUMO
DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
AVERIGUAR. In: DICIO, Dicionário Online de Português. Porto: 7Graus, 2018. Disponível em:
https://www.dicio.com.br/averiguar/. Acesso em: 27/04/2019.
BRASIL. Conselho Federal de Educação. Parecer do CFE nº 102. 09 de jun. 1962. Disponível
em:http://www.bvanisioteixeira.ufba.br/artigos/apuracao.html. Acesso em: 01 set. 2018.
BRASIL. Lei nº 4.024. Fixa as Diretrizes e Bases da Educação. D.O.U., 20 dez. 1961. Disponível
em:http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1960-1969/lei-4024-20-dezembro-1961-353722-publi-
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 43ª.ed. São Paulo:
Paz e Terra, 2011.
HOFFMANN, J. Avaliação – Mito e desafio: uma perspectiva construtivista. Porto Alegre: Media-
ção, 2005.
LIBÂNEO, JC. Organização e gestão da escola: teoria e prática/José Carlos Libaneo. 5. ed. revista
ampliada – Goiânia: Editora Alternativa, 2004.
LUCKESI, CC. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22ª ed.São Paulo:
Cortez, 2011
LUCKESI, CC. O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem? Pátio, Rio Grande do Sul, n. 12,
p. 6-11, fev/mar. 2000.
RABELO, E H. Avaliação: novos tempos e novas práticas. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.
RAMOS, RY. Avaliar conforme um currículo integrado com temas transversais. Pátio, Rio Grande
do Sul, n.12, p. 12-16, fev/mar. 2000.
UFPI
10.37885/200700590
RESUMO
METODOLOGIA
Durante a estadia na referida UBS, foi possível observar a dinâmica do trabalho da equi-
pe, as atividades desenvolvidas e a execução dos principais programas preconizados pelo
MS. A identificação do problema se deu após a participação de uma reunião semanal com
Para desenvolver suas atividades legalmente como profissão, o ACS tem suas ações
legitimadas pela Lei Federal nº 11.350, de 5 de outubro de 2006 (Brasil, 2006). Desse modo,
o ACS exerce, sob a supervisão do enfermeiro, ações de prevenção de doenças e promoção
da saúde por meio de visitas domiciliares ou comunitárias para monitoramento de situações
de riscos das famílias, de forma individual ou em âmbito coletivo, em concordância com as
diretrizes do SUS (Speroni et al., 2016).
O ACS, por suas características próprias de vínculo com a comunidade e com a equipe
de saúde, é considerado o principal elo entre esses dois elementos, possibilita o fortaleci-
mento do vínculo entre os profissionais de saúde e a família e proporciona a aproximação
das ações de saúde ao contexto domiciliar (Cardoso & Nascimento, 2010; Filgueiras & Sil-
va, 2011; Santos, Saliba, Moimaz, Arcieri, & Carvalho 2011). Além disso, o ACS tem papel
protagonista no que se refere à relação de trocas de experiências, aos saberes populares
de saúde e à identidade com a cultura, linguagem e costumes de sua própria comunidade
(Costa & Ferreira., 2012; Santos et al, 2011).
Acredita-se assim, que o ACS represente um elemento essencial na reorganização
dos serviços de saúde (Bezerra, Espírito Santo, & Batista Filho, 2005; Cardoso et al., 2010;
Peres, Caldas, Silva, & Marin, 2011). O ACS representa um recurso humano central e es-
tratégico na implantação de ações de promoção da saúde, envolvendo as pessoas, seus
conhecimentos e entornos (Pedraza, Rocha, & Sales, 2016).
A construção da identidade do ACS é observada em situações vividas no seu trabalho
como na construção do vínculo com os indivíduos da sua comunidade, nas relações de tra-
balho com os integrantes da equipe de saúde e demais agentes que compõem os serviços
dispostos na rede. Ao desenvolver seu trabalho, o ACS convive com algumas situações como
Fichas do E-SUS
Levantamento epidemiológico
Visitas domiciliares
Uma das atividades intrínsecas à ESF é a visita domiciliar, que proporciona ao pro-
fissional adentrar o espaço familiar e assim identificar suas demandas e potencialidades.
Portanto, a visita domiciliar enseja ampla visão das condições reais de vida da família e
possibilita a interação em ambiente familiar e social, através do conhecimento do cotidiano,
cultura, costumes e/ou crenças de uma determinada sociedade, o que torna essa vivência
enriquecedora para ambos (Drulla, Alexandre, Rubel, & Mazza, 2009).
Algumas dificuldades têm sido mencionadas como fatores importantes para o desempe-
nho profissional dos ACSs, inclusive para o desenvolvimento da visita domiciliar. O excesso
de atribuições, o alto número de famílias a serem acompanhadas, a falta de valorização
profissional, a baixa remuneração e a falta de apoio de outros profissionais da equipe foram
fatores citados como obstáculos por ACSs em diferentes localidades do país (Pedrosa &
Teles, 2001; Ferraz & Aerts, 2005; Ávila, 2011; Galavote, Prado, Maciel, & Lima, 2011; Ke-
bian & Acioli, 2014). O domínio desses fatores em municípios de maior complexidade pode,
talvez, implicar maiores dificuldades no exercício do trabalho do ACS. Percebemos ainda
que esses fatores são desfavoráveis aos desafios impostos aos ACSs, o que pode repercutir
negativamente nas relações recíprocas entre os membros da equipe de saúde da família, os
ACSs e as famílias, bem como na satisfação dos ACSs com o trabalho (Pedraza et al., 2016).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após este estudo foi possível entender a importância do Agente Comunitário de Saúde
para consolidação dos dados SISAB e da efetivação da Vigilância Epidemiológica no terri-
tório. Suas ações permeiam um protagonismo incomum em outros profissionais da rede de
serviços, onde suas atitudes repercutem em toda a população assistida por este profissio-
nal. Ponderado isso, vale ressaltar que tal dinamicidade do ACS junto ao serviço de saúde
será possível quando os gestores, trabalhadores do SUS e o próprio usuário atuarem em
conjunto, objetivando a melhoria dos fatores condicionantes à saúde.
A demais, encontrou-se certa resistência quanto a alimentação do sistema e-SUS,
contudo a equipe da referida UBS estava aberta para contribuir com a melhoria do serviço.
Conclui-se que o presente estudo possibilitou a ampliação do conhecimento sobre o trabalho
desenvolvido pelos ACS, como também, os ACS reconheceram a grande missão e impor-
tância que lhes é dada para ajudar a manter a qualidade de vida da comunidade.
REFERÊNCIAS
Bezerra, A. F. B., Espírito Santo, A. C. G., & Batista Filho, M. (2005). Concepções e práticas do
agente comunitário na atenção à saúde do idoso. Revista de Saúde Pública, 39(5), 809-815. Dis-
BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 set. 1990. p. 018055.
BRASIL. Lei nº 11.350, de 5 de outubro de 2006. Dispõe sobre o aproveitamento de pessoal ampa-
rado pelo parágrafo único do art. 2º da Emenda Constitucional nº 51, de 14 de fevereiro de 2006,
e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasilia, DF, 5 out. 2006. p. 46101.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portal da saúde. (2017). Retirado em 6 de julho de 2019 de http://
dab.saude.gov.br/portaldab/siab.php>.
Carreno, I., Moreschi, C., Marina, B., Hendges, D. J. B., Rempel, C., & Oliveira, M. M. C. (2015).
Análise da utilização das informações do Sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB): uma
revisão integrativa. Ciência & Saúde Coletiva, 20(3), 947-956. Disponível em: http://www.scielo.
br/pdf/csc/v20n3/1413-8123-csc-20-03-00947.pdf
Carvalho, C. A., Pinho, J. R. O., & Garcia, P. T. (2017). Epidemiologia: conceitos e aplicabilidade
no sistema único de saúde (Cap. 2, pp. 15). São Luís: EDUFMA.
Drulla, A. G., Alexandre, A. M. C., Rubel, F. I., & Mazza, V. A. (2009). A visita domiciliar como fer-
ramenta ao cuidado familiar. Cogitare Enfermagem, 14(4), 667-74. Disponível em: https://revistas.
ufpr.br/cogitare/article/view/16380/10861
Filgueiras, A. S., & Silva, A. L. A. (2011). Agente comunitário de saúde: um novo ator no cenário
Galavote, H. S., Prado, T. N., Maciel, E. L., & Lima, R. C. D. (2011). Desvendando os processos de
trabalho do agente comunitário de saúde nos cenários revelados na Estratégia Saúde da Família
no município de Vitória (ES, Brasil). Ciência & Saúde Coletiva, 16(1), 231-240. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/csc/v16n1/v16n1a26.pdf
Kebian, L. V. A., & Acioli, S. (2014). A visita domiciliar de enfermeiros e agentes comunitários de
saúde da Estratégia Saúde da Família. Revista Eletrônica de Enfermagem, 16(1), 161-169. Dis-
ponível em: https://revistas.ufg.br/fen/article/view/20260/16455
Pedraza, D. F., Rocha, A. C. D., & Sales, M. C. (2016). O trabalho educativo do agente comunitá-
rio de saúde nas visitas domiciliares em dois municípios do Brasil. Trabalho, Educação e Saúde,
14(1), 105-117. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tes/v14s1/1678-1007-tes-14-s1-0105.pdf
Peres, C. R. F. B., Caldas, A. L. Jr., Silva, R. F., & Marin, M. J. S. (2011). O Agente Comunitário
de Saúde frente ao processo de trabalho em equipe: facilidades e dificuldades. Revista da Escola
de Enfermagem da USP, 45(4), 905-911. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v45n4/
v45n4a16.pdf
Rodrigues, A. A. A. O., Santos, A. M., & Assis, M. M. A. (2010). Agente comunitário de saúde: su-
jeito da prática em saúde bucal em Alagoinhas, Bahia. Ciência & Saúde Coletiva, 15(3), 907-915.
Rouquayrol, M. Z., & Silva, M. G. C. (2013). Rouquayrol epidemiologia & saúde (Cap. 2, pp. 24).
Rio de Janeiro: MedBook.
Santos, K. T., Saliba, N. A., Moimaz, S. A. S., Arcieri, R. M., & Carvalho, M. L. (2011). Agente
comunitário de saúde: perfil adequado a realidade do Programa de Saúde da Família? Ciência e
saúde coletiva, 16(1), 1023-1028. Disponível em: https://www.scielosp.org/pdf/csc/2011.v16su-
ppl1/1023-1028/pt
Speroni, K. S., Fruet, I. M. A., Dalmolin, G. L., & Lima, S. B. S. (2016). Percepções dos agentes
comunitários de saúde: contribuições para a gestão em saúde. Revista Cuidarte, 7(2), 1325-1337.
Disponível em: https://www.revistacuidarte.org/index.php/cuidarte/article/view/338/736
Tomaz, J. B. C. (2002). O agente comunitário de saúde não deve ser um “super-herói”. Interfa-
ce (Botucatu), 6(10), 84-87. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rsp/v52/pt_0034-8910-rsp-
-S1518-87872018052000395.pdf
Vilela, R. A. G., Silva, R. C., Jackson Filho, J. M. (2010). Poder de agir e sofrimento: estudo de caso
sobre agentes comunitários de saúde. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 35(122), 289-302.
Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rsp/v52/pt_0034-8910-rsp-S1518-87872018052000395.pdf
10.37885/200700596
RESUMO
A tuberculose é descrita como uma das patologias mais antigas que se tem notícia
na história, no entanto, o termo tal como se descreve a doença só começou a ser utilizado
no ano de 1839. No contexto mundial, cerca de 10,4 milhões de pessoas adoeceram por
tuberculose no ano de 2015, com 1,4 milhão de mortes pela doença (LEÃO RNQ, 2013).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, aproximadamente, um terço da
população mundial tenha infecção latente por bactérias pertencentes ao complexo Myco-
bacterium tuberculosis. Deste grupo, 8 a 10 milhões de casos de tuberculose surgem a cada
ano, e dentre esses, cerca de 50% dos casos são caracterizadas como formas infectantes
da doença (BRASIL, 2017).
As regiões mais endêmicas no mundo incluem as nações insulares do Pacífico (exceto
Japão), a Ásia, o subcontinente indiano, a África subsaariana e a América Latina, a Rússia
e as antigas Repúblicas Soviéticas. Por conta de tratamento obsoleto, inadequado ou não
disponível, 2 a 3 milhões de pessoas por ano morrem devido à tuberculose (GOLDMAN L,
et al., 2005; BRASIL, 2015).
O Brasil faz parte do grupo dos 30 países de alta carga priorizados pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) e estes países concentram 87% dos casos de tuberculose no
mundo, sendo que o Brasil ocupa a 16ª posição em número absoluto de casos. No país,
no período de 2005 a 2014 foram diagnosticados 73 mil casos novos de tuberculose, e no
ano de 2015, foram identificados 69 mil casos novos de tuberculose, com 4,5 mil mortes em
decorrência desta patologia, caracterizando a TB como a terceira causa de morte por doença
infecciosa na população geral e a primeira causa de morte entre doenças infecciosas nas
pessoas que convivem com HIV/Aids (BRASIL, 2017).
A região Norte aparece como destaque com 67.000 casos, e possui cerca de 6000 mil
novos casos notificados a cada ano. Dentro desta região, destaca-se o Estado do Pará, e
mais especificamente a cidade de Belém, apresentando cerca de 1.300 novos casos novos
de tuberculose pulmonar a cada ano, o que representa 45% do número total de notificações
no país (SAMPAIO SN, et al., 2013).
Uma das problemáticas relacionadas à TB é a não captação de todos os casos pelos
sistemas de vigilância epidemiológica. O número total de casos que ocorre a cada ano é
estimado globalmente, assim como para as regiões e países, gerando dúvidas quanto a
seguridade das informações de carga da doença. As ausências de notificações podem ser
atribuídas às pessoas que não procuram o serviço de saúde ou procuram atendimento, no
entanto, não recebem o diagnóstico adequadamente (WORLD HEALTH ORGANIZATION,
2012). Para reduzir esse déficit de informação de diagnóstico, notificação e incidência, re-
comenda-se o fortalecimento do acesso, diagnóstico e vigilância.
MÉTODOS
Tabela 1. Características demográficas dos Agentes Comunitários de Saúde de uma Unidade Saúde da Família, Belém, 2018.
Variáveis N %
Sexo
Feminino 8 88,8
Masculino 1 11,1
Total 9 100
Idade
20 - 30 anos 2 22,2
31 - 40 anos 3 33,3
41 - 50 anos 4 44,4
51 - 60 anos - -
Total 9 100
Escolaridade
Ensino fundamental incompleto - -
Ensino fundamental completo 1 11,1
Ensino médio incompleto 2 22,2
Ensino médio completo 2 22,2
Ensino superior incompleto 3 33,3
Ensino superior completo 1 11,1
Total 9 100
Gráfico 2. Conhecimento dos agentes comunitários de saúde sobre tuberculose no pós-teste de acordo com os eixos
temáticos.
Legenda: ACS: agente comunitário de saúde. Fonte: Oliveira GS, et al., 2020.
DISCUSSÃO
O perfil sociodemográfico dos ACS está em conformidade com outros trabalhos que
avaliaram a mesma categoria profissional. A maioria da população deste estudo é do sexo
feminino 88,8% (n=8), fato que é corroborado por demais estudos realizados com a mesma
categoria (FAÇANHA MC et al, 2009).Sobre o nível de escolaridade, observou-se na amostra
pesquisada, que os ACS possuíam idade entre 20 e 50 anos, sendo que o perfil etário mais
prevalente se situou entre 41 e 50 anos, 44,4% (n=4).
A formação escolar mais prevalente ente os agentes comunitários foi o ensino supe-
rior incompleto, correspondendo a 33,3% (n=3) do total de entrevistados. Este é um fato
de extrema relevância na amostra, pois de acordo com a comparação em nível nacional, é
possível observar que os ACS apresentam, majoritariamente, nível de escolaridade superior
ao exigido para o cargo segundo a legislação vigente (FAÇANHA MC et al, 2009).
Num estudo realizado, foi evidenciado que a maioria (69%) dos participantes possuíam
o ensino médio completo (SCATOLIN BE et al, 2014). O maior grau de escolaridade parece
estar associado a uma maior capacidade do ACS de incorporar novas informações, bem
como transmitir o conhecimento para as famílias adscritas à sua microárea.
Ainda que a Organização Mundial de Saúde (OMS) estime que, aproximadamente, um
terço da população mundial tenha infecção latente por bactérias pertencentes ao complexo
Mycobacterium tuberculosis e que o Brasil esteja entre os países de maior incidência em
casos de tuberculose, estudos recentes apontam para uma desaceleração, tanto no número
de diagnósticos quanto na mortalidade de pacientes tuberculose (BRASIL, 2018).
A partir de mudanças ocorridas nos últimos anos, no âmbito da atenção básica, o Agen-
te Comunitário de Saúde passou a ser componente fundamental na promoção de ações de
vigilância em saúde e sua atuação no combate e controle da tuberculose tornou-se impres-
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BERALDO AA, et al. Atraso na busca por serviço de saúde para o diagnóstico da Tuberculose em
Ribeirão Preto, São Paulo. Ciênc. Saúde coletiva, 2012, 17(11): 10-20.
FAÇANHA MC, et al. Treinamento da equipe de saúde e busca ativa na comunidade: estratégias
para a detecção de casos de TB. J Bras Pneumol. 2009;35(5):449-454.
GOLDMAN L, et al. Tratado de Medicina Interna. 22ªEdição. Rio de Janeiro: ELSEVIER, 2005.
LEÃO RNQ, et al. Medicina Tropical e Infectologia na Amazônia. Belém: Samaúma E; 2013.
OLIVEIRA GP, et al. Linkage entre SIM e Sinan para melhorar da qualidade dos dados do sistema
de informação da tuberculose: a experiência nacional. Cad Saúde Colet. 2010; 18(7); 107-11.
ROGERIO WP, et al. Prevalence of infection with Mycobacterium tuberculosis and associated fac-
tors in community health workers in Brazil based on the tuberculin skin test. Cad. Saúde Pública
2015, 31(10):35-45.
ROCHA GSS, et al. Conocimiento de agentes comunitarios de salud sobre la tuberculosis, medidas
de control y tratamiento directamente observado. Cad. Saúde Pública, 2015; 31(7): 20-28.
SCATOLIN BE, et al. Busca de Pacientes Sintomáticos Respiratórios: Atuação do Agente Comu-
nitário de Saúde no controle da tuberculose em município de grande porte, Brasil. Texto Contexto
Enferm, Florianópolis, 2014, 23(2): 261-9.
OLIVEIRA, G. S. DE; CATARINA DA PAZ HOLODNIAK, A.; ABDELNOR HANNA PIQUEIRA DI-
NIZ, B.; SEGUIN AZEVEDO QUARESMA, R.; GOMES ALCÂNTARA, M.; LURY ABE EMOTO,
K.; LADEIA DA SILVA, G.; ROCHA DE AGUIAR, D.; LARISSA DOS SANTOS JARDIM, R.; SILVA
DIAS, R. Capacitação de agentes comunitários de saúde para identificação de casos de tubercu-
lose em uma unidade saúde da família. Revista Eletrônica Acervo Saúde, n. 48, p. e3425, 29
maio 2020. Artigo original.
10.37885/200700730
RESUMO
Introdução: Os acidentes com animais peçonhentos vêm se tornando cada vez mais
frequentes na América Latina. Nesse viés, a mesorregião do Baixo Amazonas, no
noroeste do estado do Pará, interior da Amazônia, apresenta grande quantidade de
casos notificados devido à confluência de ecótonos, ocupação urbana desordenada
e expansão do agronegócio, reduzindo o habitat dessas espécies. Objetivo: Analisar
os casos confirmados de acidentes por animais peçonhentos na mesorregião do Baixo
Amazonas, Pará. Método: Estudo descritivo, feito com base em dados recolhidos do
SINAN presentes no DATASUS, relativos ao período de 2008 a 2017 da região do Baixo
Amazonas, dispostos e analisados no programa Microsoft Office Excel 2007. Resultados:
No período analisado, foram notificados no SINAN 12863 casos de acidentes por animais
peçonhentos na região do Baixo Amazonas, onde o maior número registrado ocorreu
no ano de 2013, 1456 casos (11,31%) e o menor em 2008, 1081 casos (8,40%). Além
disso, percebeu-se um aumento de 22,14% no número de casos entre os anos de 2010
a 2013, um decréscimo de 22% entre 2014 a 2016, com conseguinte aumento de 14,51%
entre 2016 e 2017. Ademais, a faixa etária mais atingida, foi a de 20 a 39 anos (37,45%) -
período de maior produtividade laboral – seguido de 40 a 59 anos (23,97%) e de 15 a 19
anos (11,16%). Outrossim, o tipo de acidente mais comum foi o ofídico (47,92%), seguido
dos escorpionicos (40,58%). Conclusão: Assim, apesar do leve aumento do número
de notificações entre os anos de 2010 a 2013 e 2016 a 2017, foi vista uma melhora no
número de casos entre 2014 e 2016, visto o decréscimo de 22%. Percebeu-se também,
um leve aumento de 14,96% do número de casos da faixa etária mais afetada entre 2016
e 2017, assim como uma diminuição de 16,45% no número de acidentes por serpentes
entre 2015 e 2017. Entretanto, acredita-se que ainda existam muitas subnotificações na
região analisada, por se tratar do interior do estado, na região amazônica, principalmente
nas áreas mais precárias e afastadas da capital.
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BARROSO, Eduardo et al. Acidentes por centopéia notificados pelo "Centro de Informações To-
xicológicas de Belém", num período de dois anos. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina
Tropical, v. 34, n. 6, p. 527-530, 2001.
BENÍCIO, Ronildo Alves; CARVALHO, Leonardo Sousa; FONSECA, Mariluce Gonçalves. Veno-
mous animals of state of Piauí: epidemiology of accidents and list of medical importance species.
Rev. Bras. Zoociências| e-ISSN, v. 20, n. 1, p. 1-14, 2019.
BRASIL, Ministério da Saúde. ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS: Análise dos dados
epidemiológicos de 2014. Disponível em: <http://www.saude.gov.br/images/pdf/2016/maio/20/
Informe-Epidemiol--gico-animais- pe--onhentos---.pdf> Acesso em: 28/07/2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Acidentes de trabalho por animais peçonhentos entre trabalhadores
do campo, floresta e águas, Brasil 2007 a 2017. Brasília: MS 2019, Volume 50.
BOCHNER, Rosany; STRUCHINER, Claudio José. Acidentes por animais peçonhentos e sistemas
nacionais de informação. Cadernos de Saúde Pública, v. 18, p. 735-746, 2002.
BOCHNER, Rosany; STRUCHINER, Claudio José. Epidemiologia dos acidentes ofídicos nos últi-
mos 100 anos no Brasil: uma revisão. Cadernos de Saúde Pública, v. 19, p. 07-16, 2003.
CÂMARA, Ozianndeny Ferreira et al. Envenenamentos ofídicos em uma região da Amazônia Oci-
dental Brasileira, Brasil. Journal of Human Growth and Development, v. 30, n. 1, p. 120-128, 2020.
DA GRAÇA SALOMÃO, Maria; DE OLIVEIRA LUNA, Karla Patricia; MACHADO, Claudio. Epi-
demiologia dos acidentes por animais peçonhentos e a distribuição de soros: estado de arte e a
situação mundial. Revista de Salud Pública, v. 20, p. 523-529, 2018.
DA SILVA, Maria Josiérika Cunha et al. Perfil epidemiológico dos acidentes ofidicos da mesorregião
do baixo Amazonas do estado do Pará, Brasil/Epidemiological profile of the ophidian accidents of
lower Amazon region of Pará state, Brazil. Brazilian Journal of Health Review, v. 2, n. 3, p. 1968-
1979, 2019.
DE ALMEIDA LIMA, Cássio et al. Surveillance in health: accidents and deaths caused by veno-
mous animals in the southeast region–Brazil, 2005-2015/Vigilância em saúde: acidentes e óbitos
provocados por animais peçonhentos na região sudeste–Brasil, 2005- 2015. Revista de Pesquisa:
Cuidado é Fundamental Online, v. 12, p. 20-28, 2020.
FISZON, Judith Tiomny; BOCHNER, Rosany. Subnotificação de acidentes por animais peçonhentos
registrados pelo SINAN no Estado do Rio de Janeiro no período de 2001 a 2005. Revista Brasileira
de Epidemiologia, v. 11, p. 114-127, 2008.
FUNDAÇÃO EZEQUIEL DIAS - FUNED. Guia de bolso Animais Peçonhentos. Belo Horizonte, 2015.
LOPES, A. et al. Perfil epidemiológico dos acidentes por animais peçonhentos na região Norte
entre os anos entre 2012 e 2015: uma revisão. Revista de Patologia do Tocantins, v. 4, n. 2, p.
36-40, jun, 2017.
MATOS, Rafael Rodrigues; IGNOTTI, Eliane. Incidência de acidentes ofídicos por gêneros de
serpentes nos biomas brasileiros. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, p. 2837- 2846, 2020.
PINTO, G.; ANDRADE, L. Perfil epidemiológico dos acidentes com animais peçonhentos no hospital
público referência de Mato Grosso do Sul, 2019. Disponível em:https://repositorio.pgsskroton.com.
br/bitstream/123456789/24487/1/UNIDERP%20-%20Giovanna%20Peron%20de%20Souza%20
Pinto.pdf. Acesso em: 20 de julho de 2020.
REGIÕES de integração - Baixo Amazonas. Navega Pará, 2019. Disponível em: <http://www.
navegapara.pa.gov.br/regiao-baixo-amazonas>. Acesso em: 18 de julho de 2020.
SILVA, A.; BERNARDE, P.; ABREU, L. Acidentes com animais peçonhentos no Brasil por sexo e
idade. Rev. bras. Crescimento Desenvolv. Hum., v. 25, n. 1, p. 54-62, out, 2015.
SALOMÃO, Maria, da Graça; LUNA, Karla Patrícia de Oliveira; MACHADO, Claudio. Epidemiolo-
gia dos acidentes por animais peçonhentos e a distribuição de soros: estado de arte e a situação
mundial. Rev. de Salud Pública, v. 20, n. 4, 2018.
SILVA, Ageane Mota da; BERNARDE, Paulo Sérgio; ABREU, Luiz Carlos de. Acidentes com ani-
mais peçonhentos no Brasil por sexo e idade. Rev. bras. crescimento desenvolv. hum., São Paulo,
v. 25, n. 1, p. 54-62, 2015.
SILVA, Caio Filipe Rosa da; SANTOS, Carolina Magalhães dos; PALERMO, Thaís Aparecida de
Castro. Perfil epidemiológico de acidentes por animais peçonhentos. Rev. Enferm-UFPI, Piauí, v.
7, n. 3 p. 35-41, 2018.
SILVA, M. J. C. et al. Epidemiological profile of the ophidian accidents of lower Amazon region of
Pará state, Brazil. Brazilian Journal of health Review. Curitiba, v. 2, n. 2, p. 6, 1968-1979, mar./
apr. 2019.
TAVARES, Aluska Vieira et al. Epidemiology of the injury with venomous animals in the state of
Rio Grande do Norte, Northeast of Brazil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, p. 1967-1978, 2020.
10.37885/200700765
RESUMO
MÉTODOS
Tal revisão foi elaborada de acordo com o método PRISMA (Principais itens para Relatar
Revisões sistem[áticas e Meta-análises), anteriormente denominado QUORUM (Qualidade
dos Relatos de Meta- análises), o qual é constituído por um check list de 27 itens, os quais
buscam padronizar o processo de escrita de revisões sistemáticas, conforme sintetizado
pelos autores desse trabalho no (Quadro 1) (GALVÃO TF, et al., 2015).
Os dados foram coletados mediante revisão de literatura utilizando descritores do DECs
(Descritores em ciências da Saúde) e MeSH (Medical Subject Headings), como: ”Coinfecção”,
“HBV”, “Hepatite B”, “Hepatite D”, “Amazônia”.
Como base de dados foram usadas: Scielo, Lilacs, MedLine, Pubmed. Como critérios
de inclusão foram estabelecidos artigos originais e de revisão sistemática, desde que publi-
cados integralmente on-line nos idiomas português, espanhol e inglês no período de 2014
a 2019, utilizando os descritores já citados acima nos idiomas previamente selecionados.
Também foram incluídos artigos fora do período supracitado, desde que possuíssem
grande pertinência para elaboração deste trabalho. Como critérios de exclusão desconsi-
derou-se artigos publicados fora do período estabelecido, artigos que não tratavam direta-
mente da Hepatite B e Delta. Dissertações, capítulos de livros e manuscritos também foram
excluídos, assim como trabalhos que não apresentaram no título, resumo ou texto acerca
assunto chave desta revisão.
– Exclusão inicial dos artigos com base apenas nos seus títulos e nos critérios de in-
clusão e exclusão definidos pelos autores no processo metodológico.
– Exclusão secundária dos artigos selecionados na etapa anterior com base nos seus
resumos, também comparando aos critérios de inclusão e exclusão elaborados
pelos autores.
– Leitura integral dos artigos restantes das etapas anteriores e manutenção apenas
daqueles que se adequaram aos critérios de exclusão e inclusão e foram conside-
rados pertinentes para construção desse trabalho.
Seção do trabalho
Descrição do item
O título deve deixar claro o tipo de artigo em questão, seja ele revisão sistemática e/
Título
ou metanálise.
O mesmo deve ser estruturado e possuir todos os tópicos encontrados dentro do arti-
Resumo
go, destacando os principais pontos dele.
Discursar acerca do assunto a ser abordado, dados atualizados dos mesmos e a im-
Introdução
portância da realização de uma revisão de literatura sobre o tema.
Esclarecer que será feita discussão e análise dos artigos selecionados pelos autores
Objetivo
como pertinentes disponíveis na literatura médica.
- Esclarecer se foi seguido um protocolo de construção de revisões sistemáticas e
oferecer referências para o acesso do mesmo pelos leitores.
- Definir os descritores de pesquisas utilizados e as plataformas de pesquisas de
dados que foram escolhidas.
- Delimitar as características dos artigos a serem selecionados, como anos de publi-
Metodologia cação, revistas, tipos de estudos, idioma.
- Selecionar critérios para exclusão de artigos que possam interferir negativamente ou
que não se adequam à construção desse artigo.
- Descrever todas as etapas sequenciais realizadas pelos autores, desde leitura de
títulos, resumos e íntegra do estudo e como foi feita a análise deles por meios dos
critérios de inclusão e exclusão.
- Apresentar o número total de artigos encontrados e o número dos incluídos nessa
Resultados
revisão em cada etapa do processo de seleção.
- Sumarizar os principais resultados e sua força de evidência, conforme disponibili-
dade.
- Tratar da importância dos achados de acordo com grupos específicos, como profis-
Discussão
sionais da saúde, usuários do sistema de saúde e para formulação de novas políticas
públicas.
- Discutir limitações e vieses na elaboração da revisão sistemática
Relatar interpretação geral dos resultados e discussão supracitados e destacar re-
Conclusão/Considerações finais
levância do estudo em questão.
Descrever fontes de financiamento e suporte para construção da revisão sistemática,
Financiamento
se houverem os mesmos.
A partir dos artigos evidenciou-se que ambos os vírus são transmitidos, principalmente,
por via sexual. Mas também podem ser por via vertical, transfusional e parenteral (SILVA ALS,
et al., 2013; RIZZETO M, 2015; COGHILL S, et al., 2018). Diferentes autores mencionaram
que fatores socioculturais como, densidade populacional, realização de tatuagens, ativida-
SUPERINFECÇÃO COINFECÇÃO
O paciente já era portador do HBV quando contraiu o HDV; O paciente contrai os 2 vírus ao mesmo tempo;
Hepatite aguda fulminante; Hepatite aguda monofásica ou bifásica;
Tempo de incubação curto; Tempo de incubação variável;
Grande tendência à cronificação; Pouca tendência à cronificação;
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BOGOMOLOV P, et al. Treatment of chronic hepatitis D with the entry inhibitor myrcludex B: first
results of a phase Ib/IIa study. J Hepatol 2016; 65:490–498.
BOTELHO-SOUZA LF, et al. Hepatitis Delta: virological and clinical aspects. Virology journal, 2017.
CHABROLLES H, et al. The multiple fuctions of the hepatitis B virus core protein: new research
directions and therapeutic challenges. Med Sci (Paris), 2018; 34 (8-9): 639-700.
COGHILL S, et al. Epidemiology and clinical outcomes of hepatitis delta (D) virus infection in Que-
ensland, Australia. International Journal of Infectious Diseases, 2018. 74, 123–127. doi: 10.1016/j.
ijid.2018.07.005
CRISPIM MAE, et al. Molecular epidemiology of hepatitis B and hepatitis delta viruses circulating
in the western amazon region, north Brazil. BMC infectious diseases, 2014, 14:94.
FARCI P, NIRO GA. Clinical features of hepatitis D. Semin Liver Dis 2012;32(3):228–36
GHADIR MR, et al. Prevalence of hepatitis d virus infection among hepatitis B virus-infected patients
in qom province, center of iran. Hepat Mon 2012;12(3):205–8.
HAN Z, et al. Interferon impedes an early step of hepatitis delta virus infection. PLoS ONE 2011;6
e22415.
KOH C, et al. Oral prenylation inhibition with lonafarnib in chronic hepatitis D infection: a proo-
fof-concept randomised, double-blind, placebo-controlled phase 2A trial. Lancet Infect Dis 2015;
15:1167–1174.
MAKHLOUF NA, et al. Hepatitis D virus infection among hepatitis B virus surface antigen positive
individuals in Upper Egypt: Prevalence and clinical features. Journal of Infection and Public Health.
doi: 10.1016/j.jiph.2018.12.001
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual técnico para diagnóstico das hepatites virais. Brasília, 2015
OLIVEIRA MS, et al. Hepatite B crônica e a superinfecção por vírus D em pacientes na Amazônia
Ocidental brasileira. Rev Epidemiol Control Infect. 2015; 5(2):72-78.
RIZZETTO M. Hepatitis D virus: introduction and epidemiology. Cold Spring Harbor Perspect Med
2015;5 a021576.
SILVA ALS, et al. Hepatites virais: B, C e D: atualização. Rev Bras Med. SP, 2013; 10(3):206-18
TAKLE F. Current and future therapy of Hepatitis B and D. Dtsch Med Wochenschr. 2019
Apr;144(8):528-534
VILLA DI FILIPPO D, et al. Hepatitis D virus and hepatitis B virus infection in Amerindia communities
of the Amazonas state, Colombia. Virol J. 2015; 12:172
WRANKE A, et al. Clinical and virological heterogeneity of hepatitis delta in different regions world-
-wide: The Hepatitis Delta International Network (HDIN). Liver International, 2017, 38(5), 842–850.
doi:10.1111/liv.13604
YURDAYDIN C, et al. Treating cronic hepatitis delta: The need for surrogate markers of treatment
efficacy. Journal of Hepatology 2019 vol. 70.
ZHANG Z, et al. Hepatitis D virus replication is sensed by MDA5 and induces IFN-b/k responses
in hepatocytes. J Hepatol 2018; 69:25–35.
10.37885/200600544
RESUMO
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo do tipo descritivo transversal, com adultos jovens dentro de uma
faixa etária de 18 a 23 anos de idade do 3º ao 8º semestre do curso de nutrição, matriculados
regularmente em uma faculdade particular, Belém - PA. Para a elaboração do referencial
teórico foi r ealizada pesquisa em livros, artigos científicos na base de dados da Scielo
(Scientific Electronic Library), Biblioteca Virtual de Saúde, ABESO (Associação Brasileira
para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), WHO (World Health Organization), IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e DeCS (Descritores em Ciências da Saúde).
Foi adotado um método quantitativo em função de verificar as variáveis pré-determina-
das, buscando verificar sua existência, relação ou influência sobre outra variável (TERENCE
Seleção da Amostra
A pesquisa foi realizada na Faculdade Integrada Brasil Amazônia (FIBRA), no qual foi
desenvolvida com adultos jovens de ambos os sexos, na faixa etária entre 18 e 23 anos,
matriculados do 3º ao 8º semestre de 2018, período matutino, no mês de abril, acadêmicos
do curso de nutrição.
O número total de alunos matriculados nesta Instituição de Ensino Superior (IES) era
de 201 indivíduos. Desta forma, aceitando-se uma margem de erro de 5%, com um nível
de confiança de até 95%, a amostra para esta pesquisa foi de 58 indivíduos, número este
baseado na fórmula de cálculo de (SANTOS, 2016).
Fórmula de cálculo:
Onde:
n - amostra calculada N - população
Z - variável normal padronizada associada ao nível de confiança p - verdadeira proba-
bilidade do evento
e - erro amostral
Inicialmente, para a seleção da amostra, foi utilizada uma lista fornecida pela secretaria
acadêmica, onde o número de alunos matriculados, até aquela data, era de 201, dispostos
por período, nome do aluno, sexo e data de nascimento, onde foi possível estabelecer os
alunos que participaram da pesquisa de acordo com a idade preconizada (entre 18 e 23
anos), onde então, foi elaborada uma nova listagem somente com os alunos previamente
selecionados, para facilitar a identificação deles onde foi dado prosseguimento à entrega de
um Termo de Consentimento e Livre Esclarecimento (TCLE), posteriormente, ao recebimento
deste termo devidamente assinado pelos pesquisados, para então ser dado prosseguimento
à coleta de dados.
Foram inseridos os dados através dos questionários e codificados para serem inclusos
em tabela Excel, e realizado a estatística descritiva.
Aspectos Éticos
RESULTADOS
Foram analisados 58 universitários onde prevaleceu o sexo feminino com 84%, a faixa
etária da pesquisa que predominou 72% de 21 a 23 anos, e o período que predominou foi o
3º período 36% de acordo com a Tabela 1, onde utilizou-se o questionário sóciodemográfico.
Tabela 1. Frequencia absoluta e relativa dos gêneros, faixa etária e períodos dos alunos de nutrição de uma faculdade
particular Belém/Pará.
Gênero N %
Masculino 9 16%
Feminino 49 84%
Total 58 100%
Faixa etária N %
18-20 16 28%
21-23 42 72%
Total 58 100%
3º período 21 36%
5º período 5 9%
7º período 16 28%
8º período 16 28º
Total 58 100%
A antropometria foi utilizada para identificar o estado nutricional dos universitários, ser-
vindo como um bom diagnostico através do IMC, portanto segundo a variável de avaliação
nutricional, verificou-se a predominância de 72% (N=42) de eutrófia. E segundo a avaliação
de percepção da imagem corporal predominou com 28% (N=16) com sobrepeso, de acordo
com o gráfico 2.
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente
e dá outras providências. Lex: Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília: senado Federal, 1990.
CANDIDO CC, GOMES CET, SANTOS EC, GAMES GMO et al. Nutrição: guia prático. Transtornos
alimentares na adolescência. 3 ed. São Paulo: Iátria, 2010. p. 49-50, 2010.
CARAM ALA, LAZARINE IF. Atitudes alimentares em universitários dos cursos de Nutrição, Edu-
cação Física e Psicologia de uma instituição privada. Rev. Inst. Cienc. Saúde, 2013; 30(1): 71-73.
KIRSTEN VR, FRATTON F, PORTA NBD. Transtornos alimentares em alunas de nutrição do Rio
Grande do Sul. Rev. Nutr, 2009; 22(2): 22-27.
LAUS MF, ZANCUL MS, MARTINS TM, KAKESHITA IS, ALMEIDA SS. Percepção da imagem
corporal e estado nutricional em estudantes de nutrição. Alimentos e Nutrição, 2006; 17(1): 85-86.
MINZON JC. Fatores de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares entre adolescentes
de uma escola pública de Campo Grande - MS. Dissertação (Mestrado em psicologia) - Universi-
dade Católica Dom Bosco do Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2010: 92 p.
NUNES LG, SANTOS MC, SOUZA AA. Fatores de risco associados ao desenvolvimento de bulimia
nervosa em estudantes universitários: uma revisão integrativa. HU Revista, 2017; 43(1): 61-69.
PIZZETTA ZO, ARBOSA A, SANT’ANA PT, MARCIANO GCS et al. Associação da imagem cor-
poral e transtornos alimentares em adolescentes de Minas Gerais (Brasil). Nutr. Clín. Diet. Hosp,
2015: 35(2): 48–54.
PROENÇA RPC. Alimentação e globalização: algumas reflexões. Cienc. Cult, 2010; 62(4): 43–46.
REIS S, SOARES,LP. Estudantes de nutrição apresentam risco para transtorno alimentar. Revista
Brasileira de Ciência da Saúde, 2017; 21(4): 281– 290.
SILVA SMCS, MURA JDP. Tratado de alimentação, nutrição e deitoterapia. In.: Terapia nutricional
em anorexia e bulimia nervosa. 2ª ed. São Paulo: Roca, 2014. Cap. 44, V. 2, p. 759 – 762, 2014.
10.37885/200600542
RESUMO
MÉTODOS
RESULTADOS
Entre setembro de 2011 a setembro de 2017 foram operados 11 pacientes com cardio-
patia congênita de morfologia univentricular, submetidos à técnica de conexão cavopulmo-
nar parcial de BG como primeiro estágio. Desse total, 6 foram meninas (54,54%), a média
de idade na admissão hospitalar foi de 10,54 meses variando de 3 meses a 2 anos e onze
meses. As características anatômicas das cardiopatias foram: atresia tricúspide (5 casos –
45,45%), ventrículo único tipo esquerdo (5 casos – 45,45%) e ventrículo único tipo direito
(1 caso – 9,09%) (Tabela 1).
Legenda: IA: atresia tricúspide com concordância ventrículo arterial e atresia pulmonar; IB: atresia tricúspide com concordância
ventrículo arterial e estenose pulmonar.
Fonte: Pereira CMS, Pinheiro MF, Teixeira RK, et al (2019).
Figura 1. Aspecto intraoperatório: antes da cirurgia (1) – depois da confecção da anastomose cavo pulmonar bidirecional
(2), aspecto da angiografia da artéria pulmonar após a cirurgia.
Legenda: VCS: veia cava superior – APD: artéria pulmonar direita – AD: átrio direito – VU: ventrículo único – AO: aorta.
Fonte: Pereira CMS, Pinheiro MF, Teixeira RK, et al., 2019.
C.I.A 8 72,72%
C.I.V 11 100%
P.C.A 4 36,36%
Estenose pulmonar severa 9 81,81%
Atresia Pulmonar 2 18,18%
Cortriatriatum 1 9,09%
Transposição das Grandes Artérias 2 18,18%
Hipoplasia de Artérias Pulmonares 4 36,36%
Obstrução Via Saída Ventrículo Único 1 9,09%
Veia Cava Superior Esquerda Persistente 1 9,09%
Legenda: CIA: Comunicação interatrial, CIV: comunicação interventricular, PCA (persistência do canal arterial).
Fonte: Pereira CMS, Pinheiro MF, Teixeira RK, et al., 2019.
Legenda: Variação da saturação de oxigênio comparando-se a fase pré-operatória (vermelho) e pós- operatória (amarelo). Teste T de
student e p<0,05*.
Fonte: Pereira CMS, Pinheiro MF, Teixeira RK, et al., 2019.
Fonte: Variação da Pressão Arterial Pulmonar comparando-se a fase pré-operatória (vermelho) e pós- operatório (amarelo). Teste T
de student e p<0,05*
Fonte: Pereira CMS, Pinheiro MF, Teixeira RK, et al (2019).
O tempo de intubação orotraqueal variou de quatro a 456 horas (média: 79,72 ±137,54
horas, mediana: 16,00 ±72,00 horas), sendo os maiores valores encontrados nos pacientes
que evoluíram com complicações.
Não houve óbitos na amostra analisada, entretanto ocorreram 2 episódios de paralisia
frênica direita (18,18%), sendo necessário realização de plicatura diafragmática cirúrgica; no
paciente com veia cava esquerda persistente ocorreu quilotórax (9,09%) com necessidade
de pleurodese e drenagem pleural de longa permanência. Ocorreu um caso de síndrome da
resposta inflamatória sistêmica pós CEC (9,09%), sendo conduzido com suporte inotrópico
e diálise peritoneal. A permanência de internação hospitalar a partir do dia da realização do
procedimento cirúrgico variou de 10 a 41 dias (média de 16,9 dias (Tabela 3).
Tabela 3. Evolução dos Pacientes na Fase Hospitalar (até 30 dias após cirurgia).
TEMPO DE
SATO2 SATO2 PAP PRÉ PAP PÓS
CEC TEMPO-
DEPINÇA- TEMPO DE
COMPLICAÇÕES
MENTO IOT
PACIENTE (minutos) PRÉ % PÓS % (mm Hg) (mmHg)
(minutos)
1 45 0 70 80 18 18 4 HS BCP
2 0 0 75 92 20 17 4 HS QUILOTÓRAX
3 0 0 80 88 22 20 12 HS
4 0 0 90 95 24 20 1H
PARESIA FRÊ-
5 40 4 47 88 18 18 19 DIAS
NICA
6 50 0 70 90 * * 24 HS
7 90 10 80 90 23 18 12 HS
8 60 5 91 88 16 17 6 DIAS SIRS
PARESIA FRÊ-
9 35 0 72 85 22 13 7 DIAS
NICA
Legenda: *Valores não encontrados no prontuário. CEC (Circulação Extracorpórea), SATO2 PRE (Saturação de Oxigênio Pré-operatória),
SATO2 POS (Saturação de Oxigênio Pós-Operatória), PAP PRE (Pressão de Artéria Pulmonar Pré Operatória); PAP PÓS (Pressão de Artéria
Pulmonar Pós-Operatória); IOT (Intubação Oro traqueal); BCP (Bronco Pneumonia); SRS (Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica).
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
A análise das crianças tratadas no presente estudo não contempla a fase de evolução
a médio e longo prazo. Não obstante, mesmo sem realizar análise comparativa das cirurgias
de GB com grupo controle de pacientes submetidos à cirurgia de shunt sistêmico pulmonar,
constatou-se bom nível de saturação pós- operatória com excelente desempenho hemodi-
nâmico. Após correlacionar os resultados desta série de casos deste com as publicações
em grandes centros mundiais, nota-se que houve benefício em realizar o BG como primeiro
estágio, entretanto supõe-se que as condições hemodinâmicas relacionadas a cardiopatia da
amostra avaliada permitiram estabelecer a tática cirúrgica, sendo eventualmente esperado
como conduta mais recomendada não confeccionar shunt sistêmico pulmonar nestes pa-
cientes. Os resultados deste estudo sugerem que a confecção da anastomose cavopulmonar
parcial (BG) como paliação primária no tratamento do coração univentricular tem resultados
imediatos satisfatórios quando realizada acima dos três meses de idade e em associação
com estenose ou atresia pulmonar.
REFERÊNCIAS
HAUCK A, et al. The Pulmonary Circulation in the Single Ventricle Patient. Children, 2017; 4-71
ZAHR RA, et al. Half Century´s Experience with the Superior Cavopulmonary (Classic Glenn) Shunt.
Annals of Thoracic Surgery 2016; 101:177-82.
SASIKUMAR N, et al. Outcome of Blalock-Taussig shunts in currrent era: A single center expe-
rience. Congenital Heart Disease. 2017;1-7
SASIKUMAR N, et al. Pulmonary artery banding for univentricualr heart beyound the neonatal
period. Asian Cardiovasc Thorac Ann. 2014; 22: 660-6
ALSOUFI B, et al. Factors Associated with Interstage Mortality Following Neonatal Single Ventricle
Palliation. World Journal for Pediatric and Congenital Heart Surgery. 2018; 9:616-623
NICOLAS RT, et al. Early outcome after Glenn shunt and Fontan palliation and the impact of
operation during viral respiratory season: analysis of a 19-year multi-institutional experience. Ann
Thorac Surg 2005; 79:613-7
PETRUCCI O, et al. Outcomes of The Bidirecional Glenn procedure in Patients Less Than 3 Months
of Age. Journal of Thoracic Cardiovascular Surgery 2010; 139:562-568.
WATANABE T, et al. Phrenic nerve paralysis after pediatric cardiac surgery retrospective study of
CALVARUSO DF, et al. Bidirectional Glenn and antegrade pulmonary blood flow: temporary or
definitive palliation? Ann Thorac Surg. 2008; 85:1389-95.
SUZUKI Y, et al. Bidirectional Cavopulmonay Shunt with Additional Pulmonary Blood Flow. Asian
Cardiovasc Thorac Ann 2010; 18:135-140
GRAY RG, et al. Persistent antegrade pulmonary blood flow post-Glenn does not alter early post-
-Fontan outcomes in single-ventricle patients. Ann Thorac Surg. 2007; 84: 888-93
ABDULLAH AA. Bidirecional Glenn With Addictional Pulmonary Blood Flow: Systematic Review
and Evidance-Based Recommendations. Journal Card Surg 2015; 30:724-730
CLEZIOU J, et al. Bidirectional cavopulmonary connection without additional pulmonary blood flow
in patients below the age of 6 months. European Journal of Cardio-Thoracic Surgery. 2008; 34:
556-62.
HUSSAIN ST, et al. The bidirectional cavopulmonary (Glenn) shunt without cardiopulmonary bypass:
is it a safe option? Interact Cardiovasc Thorac Surg. 2007; 6: 77-82
CROTI UA, et al. Should the Bidirectional Glenn Operation be performed with or without cardiopul-
monary bypass? Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery. 2004; 19: 274-279.
GUIDA M, et al. Off-pump bidirectional Glenn through right anterior thoracotomy. Braz J Cardiovasc
Surg. 2015; 30:497-500
MANUEL V, et al. Single Ventricle Palliation in a Developing Sub-Saharan African Country: What
Should be Improved? World Journal for Pediatric and Congenital Heart Surgery. 2019; 10:164-170.
FRIEDMAN KG, et al. Risk factors for failed staged palliation after bidirectional Glenn in infants
who have undergone stage one palliation. Eur Journal Cardiothorac Surg. 2011; 40: 1000-1006.
TANOUE Y, et al. Three Hundred and Thirty-three experiences With the Bidirecional Glenn Proce-
dure in a Single Institute. Interact Cardiovascular Thoracic Surgery 2007; 6: 97-101.
PINTO VC, et al., Epidemiology of congenital heart disease in Brazil. Braz J Cardiovasc Surg
2015;30(2):219-24.
VAN DER LINDE D, et al., Birth prevalence of congenital heart disease worldwide. A systematic
review and meta- analysis. J Am Coll Cardiol. 2011;58(21):2241-7.
GO AS, et al., American Heart Association Statistics Committee and Stroke Statistics Subcommittee.
Heart disease and stroke statistics-2013 update: a report from the American Heart Association.
Circulation. 2013;127.
10.37885/200700727
RESUMO
MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 1. Percentual dos entrevistados que já fizeram uso de drogas e qual (ais).
As propriedades físico-químicas do Δ9-THC fazem com que ele seja rapidamente ab-
sorvido pelos pulmões, sendo distribuído para os tecidos de maior perfusão como o cérebro,
fígado, coração (GONÇALVES, 2014). Quando fumado, o Δ9-THC apresenta efeitos psicóticos
mais rápidos e de rápida duração, aproximadamente 1 hora e 30 minutos (FERNANDES,
2013). Quando consumida por via oral ou associada a alimentos, a absorção do Δ9-THC é
retardada e desigual, delongando o período para atingir altos níveis sanguíneos devido a
vários fatores, entre eles o efeito de primeira passagem (fígado) que pode reduzir a absorção,
reduzindo assim os efeitos psicoativos. Contudo, apesar da lenta absorção, os indivíduos
podem passar até 4 com essas sustâncias ativas no organismo, prolongando a sensação
de prazer que a droga provoca (GONÇALVES GAM, et al, 2014).
Ao perguntarmos se o entrevistado (a) conhecia a planta da Cannabis sativa, 67%
responderam que sim e 33% responderam que não conheciam (Figura 2 – A). Sobre a im-
portância farmacológica da Cannabis sativa, 61% dos pesquisados responderam que sabiam
SIM NÃO
Você acha que a maconha é a droga ilícita mais usada em nosso meio? 58% 42%
Cerca de 40% dos entrevistados afirmam que a maconha é considerada uma droga
leve e 58% disseram que não. Dados da literatura mostram que o Δ9-THC age como ago-
nistas em receptores CB1 ativando a liberação de neurotransmissores excitatórios como o
glutamato e dopamina, e possui efeitos inibitórios sobre o ácido gama-aminobutírico (GABA)
Figura 4. Pesquisa sobre o conhecimento dos universitários sobre os efeitos psicoativos da Cannabis sativa.
SIM NÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante dos dados da pesquisa conclui-se que os universitários ainda carecem de mais
conhecimentos com relação às ações farmacológicas da Cannabis sativa, uma vez que fo-
ram observados apenas conhecimentos superficiais sobre o seu uso. Isso pôde ser notado
quando a maioria respondeu que sabe que a maconha causa dependência e não sabem
onde ela atua e tampouco souberam opinar corretamente quanto à crise de abstinência. Por
esta razão, é importante que os universitários, principalmente os da área da saúde, estejam
inteirados sobre informações técnicas e farmacológicas da Cannabis sativa.
REFERÊNCIAS
ABUHASIRAA R, et al. Epidemiological characteristics, safety and efficacy of medical cannabis in
the elderly. European Journal of Internal Medicine, 2018; 49: 44–50.
ALCHIMIA, RL. Alchimia Blog: News about marijuana and growing guide. Disponível em: https://www.
alchimiaweb.com/blogen/cannabinoids-and-their-medicinal-properties/. Acesso em: 13 mai. 2018.
ATAKAN, Z. Cannabis, a complex plant: different compunds and different effects on individuals.
Therapeutic Advances in Psychopharmacology, 2012; 2(6): 241-254.
CAMPOS AC, GUIMARAES FS. Involvement of 5HT1A receptors in the anxiolytic-like effects of
cannabidiol injected into the dorsolateral periaqueductal gray of rats. Psychopharmacology(Berl)
2008;199:223-30.
COUTINHO MDPDL, et al. Uso da maconha e suas representações sociais: estudo comparativo
entre universitários. Psicologia em estudo; 2004; 9(3): 469-77.
CARLINI EA, CUNHA JM. Hypnotic and antiepileptic effects of cannabidiol. The Journal of Clinical
CONRAD C. Hemp: O uso medicinal e nutricional da maconha. Record, Rio de Janeiro; 2001.
BISOGNO T, et al. Molecular targets for cannabidiol and its synthetic analogues: effect on vanilloid
VR1 receptors and on the cellular uptake and enzymatic hydrolysis of anandamide. Br J Pharmacol.
2001;134(4):845-52.
DIEHL A. Abuso de cannabis em pacientes com transtornos psiquiátricos: atualização para uma
antiga evidência. Revista Brasileira de Psiquiatria, 2010; 32.
ELSOHLY, MA. Marijuana and the Cannabinoids. Totowa, Humana Press, 2007.
FLORIDOS, D. Maconha: 10 Doenças Que Podem Ser Tratadas Com A Cannabis. 2017. Disponível
em: https://www.greenme.com.br/viver/saude-e-bem-estar/1748-maconha-10- doencas-que-po-
dem-ser-tratadas-com-a-cannabis. Acesso em: 13 mar. 2018.
GONÇALVES GAM, SCHLICHTING CLR. Efeitos benéficos e maléficos da Cannabis sativa. Revista
Brasileira de Psiquiatria, 2018; 20(1): 92–97.
GUIMARÃES FS, et al. Antianxiety effect of cannabidiol in the elevated plus- maze. Psy-
chopharmacology, 1990; 100(4): 558-559.
HERSHKOWITZ M. The effect of in vivo treatment with (—) δ1-tetrahydrocannabinol, and other
psychoactive drugs on the in vitro uptake of biogenic amines. In: Marihuana Biological Effects.
Pergamon, 1979: 351-358.
HONÓRIO KM, et al. Aspectos terapêuticos de compostos da planta Cannabis sativa. Quimica
Nova, 2006; 29(2): 318–325.
HORNE, FA. Aspectos sociais e medicinais da ―Cannabis ativa‖ no mundo contemporâneo. Dispo-
nível em: Monografia de TCC – Química – Bacharelado – UFSJ – 2017 http://www.direitonet.com.
br/artigos/exibir/2886/Aspectos-sociais-e-medicinais-da- cannabisativa-no-mundo-contemporaneo.
Acesso em: 15 mai 2017.
ILAN AB, et al. Neurophysiologicaland subjective profile of marijuana with varying concentrations
of cannabinoids. Behav Pharmacol, 2005; 16: 487-96.
IVERSEN LL. The Science of Marijuana. New York, Oxford University Press, 2000.
LIVNE O, et al. DSM-5 cannabis withdrawal syndrome: Demographic and clinical correlates in U.S.
MATOS RLA, et al. O uso do canabidiol no tratamento da epilepsia. Revista Virtual de Quimica,
2019; 9(2): 786–814.
MECHOULAM R, et al. Cannabidiol – recent advances. Chem Biodivers. 2007; 4:1678- 1692.
OFIR L, ET AL. DSM-5 cannabis withdrawal syndrome: Demographic and clinical correlates in U.S.
adults. Drug and Alcohol Dependence, Volume 195, , Pages 170-177; 2019.
PAMPLONA FA. Quais são e pra que servem os medicamentos à base de Cannabis. Revista da
Biologia, 2014; 13(1): 28–35.
PETITET F, et al. Complex pharmacology of natural cannabinoids: Evidence for partial agonist
activity at delta 9- tetrahydrocannabinol and antagonist activity of cannabidiol on rat brain canna-
binoid receptors. Life Sci,1998; 63(1): PL1–PL6.
PEDUZZI P. Cannabis sativa L.: Roteiro ilustrado ajuda na identificação botânica da planta. Revista
Perícia Federal, ano 8, n. 24, 2006.
PERTWEE RG. The pharmacology and therapeutic potential of cannabidiol In: Cannabinoids.
Kluwer Academic/Plenum Publishers, 2004: 32-83.
RESSTEL LB, et al. Effects of cannabidiol and diazepam on behavioral and cardiovascular res-
ponses induced by contextual conditioned fear in rats. Behav Brain Res. 2006; 172(2): 294-298.
SAITO VM, et al. Exploração farmacológica do sistema endocanabinoide: Novas perspectivas para o
tratamento de transtornos de ansiedade e depressão. Revista Brasileira de Psiquiatria, 2010; 32: 7–14.
THOMAS BF, et al. Comparative receptor binding analysis of cannabinoid agonists and antagonists.
J. Pharm. Exp. Therap, 1998; 285(1): 285–292.
UNODC. World drug report. 2016. Disponível em: https://www.unodc.org/wdr2016/. Acesso em:
13 mai. 2018.
10.37885/200700702
RESUMO
O cuidado à Saúde da Mulher vem sendo edificado, no Brasil, com base em diversas
políticas públicas de saúde. Até meados de 1970, a saúde da mulher era vista apenas em
uma proporção procriativa, enfatizando-se apenas a atenção voltada ao ciclo gravídico-
-puerperal. A saúde pública defendia o natalismo e a medicina fortalecia a naturalização
das desigualdades entre os sexos, reforçando o olhar da mulher como mãe (BRASIL, 2011).
Diante da recorrência dos altos índices de adoecimento das mulheres no Brasil, em
1984, foi elaborado pelo Ministério da Saúde (MS) o Programa de Assistência Integral à
Saúde da Mulher (PAISM), com a finalidade de melhorar a atenção à saúde da mulher, que
incluía ações educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento e recuperação, englobando
a assistência à mulher em clínica ginecológica, no pré- natal, parto e puerpério, no climatério,
em planejamento familiar, Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), câncer de colo de
útero e de mama, entre outros que fossem necessários para atender as individualidades
das mulheres (BRASIL, 2011).
Segundo Domingues RM (2013), o PAISM consistiu em um importante divisor, inovando
as políticas públicas, no que se refere a integralidade e equidade para com a saúde da mu-
lher, visando um tratamento de maneira holística, abrangendo todas as fases do ciclo vital, e
não somente o ciclo gravídico-puerperal, como era o enfoque antes da criação do programa.
A partir desse novo modelo, o planejamento familiar passou a garantir o livre acesso
ao atendimento nos serviços de saúde, sendo dada plena liberdade de decisão ao casal
quanto aos métodos de contracepção, pertencendo ao Estado o dever de apenas ofertar e
garantir as orientações aos métodos contraceptivos e todo o acompanhamento necessário
(SILVA CD, et al., 2013).
Hoje, encontra-se uma variedade de contraceptivos no mercado. Alguns demandam
da mulher um entendimento sobre o seu corpo, como os métodos comportamentais, sendo
eles a “tabelinha”, o método de Ogino-Knous, o método de observação do muco cervical
e o método de temperatura. Há também outros, como o coito interrompido, que requerem
um maior controle por parte do homem. Porém, são métodos pouco incentivados devido à
elevada chance de falha.
Os mais usados e encorajados pelo Planejamento familiar são os métodos de barreira,
podendo ser o preservativo masculino e feminino, o diafragma e espermicidas. Dispõe-se
ainda de métodos hormonais: anticoncepcionais orais, injetável mensal e trimestral, e pílulas
de progestogênio.
Outro método é a contracepção de emergência, que previne gravidez indesejada após
o ato sexual desprotegido. Contudo, este meio não exclui a probabilidade de um aborto,
principalmente quando utilizado sem orientação e de forma repetitiva. E, para aqueles casais
MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Das 16 mulheres entrevistadas, 25% tinham idade entre 18 e 20 anos, 56,25% tinham
idade entre 20 e 30 anos, e 18,75% entre 30 e 40 anos. Em relação ao estado civil, 43,75%
eram casadas, 37,5% solteiras e 18,75% em união estável. Quanto ao número de filhos,
75% das mulheres tinham de 1 a 2 filhos, 12,5% de 3 a 4 filhos e 12,5% não possuíam fi-
lhos. Quando questionadas se já haviam utilizado algum tipo de método contraceptivo em
algum momento de suas vidas, quinze (15) mulheres afirmaram que sim, e apenas uma (1)
relatou que não.
A partir da análise das falas, estas foram agrupadas em três categorias: conhecimento
sobre os métodos contraceptivos, dúvidas sobre o uso dos métodos contraceptivos e infor-
mações sobre os métodos contraceptivos. A seguir, apresentaremos as considerações das
entrevistadas.
“Só de dois. O DIU por conta da infecção e os comprimidos que são feitos de
farinha, porque estraga o útero. Não tenho nenhum receio não, só em relação
a esses que falei, mas o uso sei como usar corretamente” (Flor 5).
“Sim e não, já usei anticoncepcional, mas ele me deu miomas e não me sinto
bem com ele porque me fez mal. Já usei a camisinha também” (Flor 8).
“Sim. O único receio que tenho é que eu sei que se usar de má forma ele
causa doenças né? ” (Flor 1).
“Hoje não. Eu não uso por motivo de autoestima mesmo, prazer” (Flor 2).
“Mais ou menos. Tenho do anticoncepcional, tem muita conversa dos efeitos
colaterais, de quando parar de tomar e querer engravidar e aí pode acontecer
algum problema nesse intervalo” (Flor 3).
“Tem vez que sim, tem vez que não, tenho mais medo por causa da camisinha,
os comprimidos tenho segurança com eles” (Flor 9).
‘“... vejo que são eficazes se a mulher usar direitinho. Se for remédio, confio
sim. Dúvidas até que não, tenho mais é receio mesmo” (Flor 6).
O contraceptivo precisa apresentar aspectos que garantam sua eficácia, aliada a ha-
bilidade de proteger contra gravidez indesejada e a segurança capaz de amparar ou não
causar danos à saúde de quem o utiliza (POLI ME, 2016).
No estudo de Silva IC (2018), a maior parte das mulheres relatou não ter nenhuma
dúvida quanto ao uso dos métodos contraceptivos e se sentem seguras quanto ao uso
desses métodos. Como pode ser observado no presente estudo, as participantes apresen-
taram receio quanto a efetividade do método que faziam uso, devido aos efeitos colaterais,
e informações inadequadas sobre as ações dos métodos. Observou-se ainda que apesar
dessas participantes relatarem não ter nenhuma dúvida, os informes apresentados por elas
não são coerentes. Estes achados remetem a uma certa fragilidade de conhecimento, o
que leva, na maioria das vezes, a não utilização dos contraceptivos ou até mesmo o uso de
maneira errônea.
Vale ressaltar que a mulher precisa se sentir bem com o método escolhido e que o
anticoncepcional citado pela maioria das entrevistadas é, muitas vezes, usado sem nenhuma
prescrição, orientação ou acompanhamento por profissional de saúde, obtidos com recursos
próprios, o que facilita a presença de falha e consequentemente aumento de efeitos adversos
(ANDRADE EC e SILVA LR, 2009). Achados semelhantes foram encontrados no estudo
de Paz EC e Ditterich RG, (2009), no qual as mulheres entrevistadas sabiam da existência
dos métodos contraceptivos, porém tinham informações bem confusas em relação às ca-
Silva IC (2018) apresenta em sua pesquisa que a principal fonte de informação para
as mulheres sobre os métodos contraceptivos é o médico, em seguida os enfermeiros e,
Destaca-se aqui a importância de explorar mais sobre este assunto de modo a escla-
recer melhor as usuárias, permitindo que se sintam seguras quanto ao método escolhido e,
ainda, o utilizem de maneira adequada, diminuindo, assim, as chances de falha e os danos
à saúde.
Em geral, os profissionais devem estar continuamente empenhados junto aos propósi-
tos do Planejamento Familiar para que haja modificações no comportamento das usuárias,
resultando em excelentes marcadores de saúde, tal como melhora na qualidade de vida
das mulheres.
O planejamento familiar é um território a ser trabalhado por esses profissionais que, se
qualificados para desenvolver tais atividades propostas, podem assumir com autossuficiência
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ANDRADE EC, SILVA LR. Planejamento familiar: umaquestão de escolha. Rev.Eletr.Enf. v.11,
n.1, p. 85-93, 2009.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Área Técnica de Saúde da Mulher.
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/
Aids e das HepatitesVirais. 2017.
DOMINGUES RM, et al. Acesso e utilização de serviços de pré-natal na rede SUS do município
MEDEIROS TRF, et al. Vivência de mulheres sobre contracepção na perspectiva de gênero. Re-
vista Gaúcha de Enfermagem, v.37, n.2, jun, 2016.
OSIS MJD, et al. Atenção ao Planejamento Familiar no Brasil hoje: reflexões sobre os resultados
de uma pesquisa. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 22, n.11, p. 2481-2490, nov., 2006.
PAZ EC, DITTERICH RG. Conhecimento das mulheres sobre os contraceptivos no planejamento
familiar. Rev. Gestão & Saúde, Curitiba, v. 1, n. 1, p. 1-10. 2009.
PENAFORTE MCLF, et al. Conhecimento, uso eescolha dos métodos contraceptivos por um grupo
de mulheres de uma Unidade Básica de saúde em Teresópolis, Rj. Cogitare Enfermagem, Rio de
Janeiro, v.15, n.1, p. 124-130, jan- mar, 2010.
RAMOS LA, et al. Uso de Métodos Anticoncepcionais por Mulheres Adolescentes de Escola Pú-
blica. CogitareEnferm., v. 23, n. 3: e55230, 2018.
SANTOS AA, et al. Fatores que interferem na escolha do método contraceptivo pelo casal: Revisão
Integrativa. Rev APS, v. 18, n. 3, p. 368-377, jul-set, 2015.
SILVA IC, et al. Gravidez no puerpério: Conhecimento das mulheres quanto ao uso de métodos
contraceptivos. Saber digital., v.11, n. 2, p. 35-41, 2018.
VASCONCELOS VN. Conhecimento das Mulheres sobre planejamento reprodutivo. 2019. 75f.
Monografia (Enfermagem) – Universidade Federal do Maranhão – UFMA, São Luís, 2019.
ZUNTA RSB, BARRETO ES. Planejamento Familiar: critérios para escolha do método contra-
ceptivo. Curso de Enfermagem da Universidade Paulista. São Paulo, v.32, n.2, p.173-178, 2014.
Monique Danyelle Emiliano Batista Paiva José Danillo dos Santos Albuquerque
UFPB UFPB
10.37885/200700576
RESUMO
A origem da palavra Morfologia vem do grego morphé, que significa “forma”. O conceito
biológico da Morfologia foi desenvolvido pelo escritor alemão Johann Wolfgang Von Goethe,
em 1790, e confirmado pelo anatomista e fisiologista alemão Karl Friedrich Burdach, em 1800.
As Ciências Morfológicas incluem três áreas que são: Anatomia, Histologia e Embriologia.
O termo Anatomia vem do grego anatemnō que significa cortar em partes. Objetiva o
estudo da forma, disposição e inter-relação das estruturas corporais. A Histologia (do grego
hystos = tecido + logos = estudo) é a parte das ciências morfológicas que estuda as células e
os tecidos do corpo, como essas estruturas se organizam para formar os órgãos, bem como
suas interações morfofuncionais. A Embriologia é a ciência que estuda o desenvolvimento
embrionário dos organismos vivos, ou seja, o processo de formação do embrião a partir de
uma única célula, o zigoto, que originará um novo ser vivo.
Museus de Ciências Morfológicas, geralmente, buscam oferecer ao público/comunidade
em geral, uma amostra didática e adaptada das descobertas em Anatomia, Embriologia e
Histologia, de uma forma clara e dinâmica.
O Museu de Ciências Morfológicas da Universidade Federal da Paraíba (MCM – UFPB)
oferecerá ao público uma viagem ao corpo humano possibilitando a aquisição do conheci-
mento sobre sua origem, observação da macro e microestrutura, além de comparação com
outros organismos do reino animal. O acervo contará com a exposição de peças anatômicas
reais e sintéticas, visualização de células, tecidos e órgãos em microscópios ópticos (de luz),
além de embriões e fetos em diferentes estágios de desenvolvimento.
O ambiente será um importante espaço de integração entre a comunidade e a Uni-
versidade Federal da Paraíba (UFPB), favorecendo, principalmente, os alunos do ensino
fundamental e médio das escolas públicas e privadas do Estado da Paraíba, além da pos-
sibilidade do desenvolvimento de vários projetos pelos alunos da própria instituição.
Esse capítulo tem por objetivo apresentar a proposta de um Museu em construção,
sediado no Departamento de Morfologia do Centro de Ciências da Saúde da Universidade
Federal da Paraíba (DMORF – UFPB), mostrando suas ações, proposições e posicionan-
do-o socialmente, diante das demandas regionais e mediante ações de outros museus de
ciências. O referido museu apresenta uma comissão formada por docentes das três áreas
da Morfologia e tem sua implantação executada com a participação dos extensionistas co-
ordenados por uma das docentes. A seguir teremos a apresentação de todas as linhas de
trabalho e suas constatações.
Todos os dados aqui relatados tem por base os projetos submetidos nos editais FLUEX/
UFPB em 2019 e PROBEX/UFPB em 2020, intitulados “Museu de Ciências Morfológicas da
UFPB: da concepção à formação do corpo humano”, assim como os resumos apresentados
O objetivo desta atividade foi realizar a pintura de ossos do crânio e da face com dife-
rentes cores, para tornar clara a visualização dos limites e localização dos mesmos. Essa
atividade foi dividida em 03 partes: 1 a) visualização dos limites ósseos do crânio a ser
pintado; 2 a) eleição das cores com ajuda de um atlas anatômico e 3 a) pintura em si. Com
auxílio de um atlas de Anatomia Humana, foram retiradas as ideias e principais cores que
poderiam ser utilizados em cada osso, ficando assim estabelecido: azul céu para o osso
frontal; laranja para os ossos zigomáticos; vermelho para os ossos nasais; azul petróleo
Diferentemente dos museus históricos, que buscam ter um grande acervo para pre-
servação de bens culturais ou coleções já existentes, os museus de ciências têm como
objetivo montar exposições que valorizem o processo de ensino e aprendizagem. Portanto,
são compostos por coleções didático-científicas e interdisciplinares, que buscam facilitar o
entendimento do público sobre determinados assuntos da ciência (RIBEIRO, 2005).
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BACK, D. et al. Educação em Espaços não Formais no Ensino de Ciências. Anais XI Encontro
Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XI ENPEC Universidade Federal de Santa
Catarina, Florianópolis, SC – 3 a 6 de julho de 2017.
BASTOS, C.; DELICADO, A. O corpo medicalizado nos museus. In: Cascais, A. F. (Eds.), Olhares
sobre a Cultura Visual da Medicina em Portugal, Alfragide: UnyLeya / CECL, pp. 38-66, 2014.
CHINELLI, M.V.; PEREIRA, G.R.; AGUIAR, L.E.V. Equipamentos interativos: uma contribuição
dos centros e museus de ciências comtemporâneos para a educação científica formal. Revista
Brasileira de Ensino de Física, v.30, n.4, 4505, 2008.
FERREIRA, C.L. O lugar da educação em espaços não formais: museus e centros de ciências.
Anais VIII Encontro de Pesquisa em Educação. Uberaba, MG – 22 a 24 de setembro de 2015.
LIMA, V. M.; PEREIRA, K. F.Processo de formação dos monitores do museu de Anatomia humana
e comparativa. Rev. Eletrônica do Curso de Pedagogia do Campus Jataí – UFG. v.8, n. 1, jan/jul,
2010.
MACEDO, K.D.S. et al. Metodologias ativas de aprendizagem: caminhos possíveis para inovação
do ensino em saúde. Esc. Anna Nery. v. 22, n.3, 2018.
MARANDINO, M. Museus de Ciências como Espaços de Educação. In: Museus: dos Gabinetes
de Curiosidades à Museologia Moderna. Belo Horizonte: Argumentum, 2005, p. 165-176.
MARANDINO, M. Interfaces na relação museu-escola. Cad. Cat. Ens. Fís., v. 18, n.1: p.85-100,
abr. 2001.
SILVA, M.R.; CARNEIRO, M.H. Popularização da ciência: análise da situação não formal de ensino.
Anais 29ª Reunião da ANPED. Caxambu. 2006.
VIEIRA, V.; BIANCONI, M.L.; DIAS, M. Espaços não-formais de ensino e o currículo de ciências.
Cienc. Cult. v.57 n.4. São Paulo. oct./dec. 2005.
10.37885/200700643
RESUMO
METODOLOGIA
RESULTADOS
A amostra estudada foi composta por 256 estudantes, sendo 53,5% (137) do sexo
masculino e 46,5% (119) do sexo feminino. A média de idade foi de 21,96 anos; 32% (82)
possuem renda familiar média entre 10 e 15 salários mínimos e 96,5% (247) deles são sol-
Tabela 1. Caracterização sociodemográfica dos estudantes de medicina de um Centro Universitário. Teresina – PI, Brasil.
2018.
Tabela 2. Frequência da idade em que os estudantes de medicina de um Centro Universitário começaram a beber e
número de vezes em que não fizeram o que era esperado nos últimos 12 meses pelo consumo de álcool de acordo com
o semestre em curso. Teresina – PI, Brasil. 2018.
Idade Frequência %
8 a 14 anos 51 19,9
15 a 20 anos 195 76,2
21 a 26 anos 10 3,9
MEDIA 16,38 -
TOTAL 256 100
Vezes nos últimos 12 meses que não fez o que era esperado pelo consumo de álcool
Pode-se verificar na Tabela 3 que, dos que ingeriram álcool uma vez por mês ou menos,
61,5% (56), nunca sentiram remorso, 36,2 % (33) sentiram remorso menos que 1 vez por
mês. Quando a frequência foi de 2- 4 vezes por mês, 33,5% (43) nunca sentiram remorso,
50% (64) sentiram remorso menos que 1 vez por e 16,5% (21) sentiram uma vez por mês.
Em relação ao número de doses de álcool consumidas em um dia normal, observou-se
que 47,5% (65) dos estudantes do sexo masculino e 48,7% (58) do sexo feminino ingerem
de 0 a 1 dose de álcool. Observa-se que as mulheres ingerem um número maior de doses
que os homens: 24,4% (29) ingerem de 2-3 doses de álcool e 21,8% (26) ingerem de 4-5
doses em um dia normal.
Tabela 3. Frequência de consumo de álcool associado ao sentimento de culpa ou remorso em estudantes de medicina
de um Centro Universitário e doses diárias de álcool por sexo. Teresina-PI, 2018.
Vezes nos últimos doze meses que sentiu culpa ou remor-
so após ter bebido
Menos que uma Uma vez por
Nunca
vez por mês mês
Nunca 1 1 (100%) 0 0
Uma vez por mês ou menos 56 (61,5%) 33 (36,2%) 2 (2,3%)
2-4 vezes por mês 43 (33,5%) 64 (50%) 21 (16,5%)
Frequência de consumo
2-3 vezes por semana 9 (33,3%) 10 (37%) 8 (29,7%)
4 ou mais vezes por
0 2 (100%) 0
semana
Total 109 109 31
Sexo
Masculino Feminino
0-1 65 (47,4%) 58 (48,7%)
Doses de álcool consumidas 2-3 16 (11,7%) 29 (24,4%)
em um dia normal 4-5 27 (19,7%) 26 (21,8%)
6-7 18 (13,1%) 2 (1,7%)
8 ou mais 11 (8,0%) 4 (3,4%)
Total 137 (100%) 119 (99,97%)
Tabela 4. Frequência de preocupação de pessoas próximas com o consumo de álcool pelos estudantes de medicina de
um Centro Universitário e frequência de danos causados por eles após o consumo de álcool. Teresina-PI, 2018.
Vezes em que alguém se preocupou com o fato de o estudante beber ou suge-
riu que ele parasse de beber
Não no último
Nunca No último ano TOTAL
ano
17 a 19 anos 23 (12,6%) 3 (10%) 9 (20,4%) 35 (13,8%)
20 a 23 anos 123 (67,6%) 19 (63,3%) 29 (65,9%) 171 (66,8%)
Idade 24 a 27 anos 23 (12,6%) 6 (20,0%) 4 (9,1%) 33 (13,0 %)
28 a 30 anos 11 (6,0%) 1 (3,3%) 1 (2,3%) 13 (5,1%)
32 a 41 anos 2(1,1%) 1 (3,3%) 1 (2,3%) 4 (1,6%)
Total 182 (71,1%) 30 (11,7%) 44 (17,2%) 256 (100%)
Vezes em que causou prejuízo a si mesmo ou a terceiros devido ao álcool
Nunca 169 (66,0%)
Não no último ano 55 (21,5%)
No último ano 32 (12,5%)
Total 256 (100%)
DISCUSSÃO
A literatura científica tem demonstrado que os estudantes universitários são mais vul-
neráveis ao consumo de bebidas alcoólicas, pela oferta demasiada de festas e locais de
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ABREU, T.T. et al. O consumo de bebida alcoólica e o binge drink entre os graduandos de Medicina
de uma Universidade de Minas Gerais. J Bras Psiquiatr. 2018;67(2):87-93. Disponível em: < http://
www.scielo.br/pdf/jbpsiq/v67n2/0047-2085-jbpsiq-67-2-0087.pdf > Acessado em: 29 de Set de 2018.
ANDRADE, Arthur Guerra de et al. Use of alcohol and other drugs among Brazilian college stu-
dents: effects of gender and age. Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 34, n. 3, p. 294-305, 2012.
BACHETTI, Lívia da Silva; FUKUSIMA, Sergio Sheiji; QUAGLIA, Maria Amélia Cesari. O efeito do
álcool na percepção visuoespacial e na cognição do espaço. Psic., Saúde & Doenças, Lisboa , v.
18, n. 2, p. 451-461, ago. 2017. Disponível em < http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=s-
ci_arttext&pid=S1645-00862017000200013&lng=pt&nrm=iso >. Acesso em 02 dez. 2017. http://
dx.doi.org/10.15309/17psd180213.
BARBOSA, Felipe Lacerda et al . Uso de álcool entre estudantes de medicina da Universidade Federal
do Maranhão. Rev. bras. educ. med., Rio de Janeiro , v. 37, n. 1, p. 89-95, Mar. 2013. Available from
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022013000100013&lng=en&nrm=-
iso>. Access on 01 Dec. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-55022013000100013.
KAPLAN, H.I; SADOCK, B.J. (Eds). Compêndio de Psiquiatria Clínica – Ciências do Comportamento
e Psiquiatria Clínica. 11ª edição. Porto Alegre:Artmed, 2017.
PASCHALL, Mallie J. College attendance and risk-related driving behavior in a national sample of
young adults. Journal of Studies on Alcohol, v. 64, n. 1, p. 43-49, 2003.
PELICIOLI, Marina et al . Perfil do consumo de álcool e prática do beber pesado episódico en-
tre universitários brasileiros da área da saúde. J. bras. psiquiatr., Rio de Janeiro, v. 66, n. 3,
p. 150-156, Sept. 2017. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi-
d=S0047-20852017000300150&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 02 Dec. 2017. http://dx.doi.
org/10.1590/0047-2085000000164.
PINHEIRO, M.A. et al. Prevalência e Fatores Associados ao Consumo de Álcool e Tabaco entre
Estudantes de Medicina no Nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Educação Médica. 41 (2) :
231 – 250 ; 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1981-52712015v41n2RB20160033. Disponível
em: < http://www.scielo.br/pdf/rbem/v41n2/1981-5271-rbem-41-2-0231.pdf > Acessado em: 27 de
set de 2018.
RINGWALT, Christopher L.; PASCHALL, Mallie J.; GITELMAN, Amy M. Alcohol prevention strategies
on college campuses and student alcohol abuse and related problems. Journal of drug education,
v. 41, n. 1, p. 99-118, 2011.
SILVA, Érika Correia; TUCCI, Adriana Marcassa. Padrão de consumo de álcool em estudantes
universitários (calouros) e diferença entre os gêneros. Temas em Psicologia, v. 24, n. 1, p. 313-
323, 2016.
World Health Organization. Global status report on alcohol and health 2014. Disponível em: http://
www.who.int/substance_abuse/publications/global_alcohol_report/en/ Acessado em:29 de Set de
2018.
10.37885/200700760
RESUMO
No final de 2019, uma notícia espalhou-se pelo mundo trazendo medo a todas as
nações. A descoberta de um vírus altamente contagioso colocou as principais lideranças
políticas em estado de alerta. Em janeiro de 2020, este assunto passou a ser o principal
tópico em todos veículos de informações. A partir de então, todos tiveram conhecimento do
novo Coronavírus, causador da doença nomeada como COVID-19 (LUIGI R e SENHORAS
EM, 2020).
O COVID-19 foi descoberto em 31 de dezembro de 2019 em Wuhan, China e dissemi-
nou-se rapidamente tornando-se uma pandemia (USHER K, et al., 2020). O vírus é altamente
patogênico e causa infecções do trato respiratório como a Síndrome Respiratória Aguda
Grave (SRAG) e pode levar ao óbito (GUIMARÃES HP et al., 2020, FIORATTI C, 2020).
É transmitido através de contato direto com gotículas de saliva produzidas através da
fala, tosse e espirros de um indivíduo contaminado. Além disso, pode-se contrair o vírus ao
tocar o rosto (olhos, nariz e boca) após o contato com superfícies e objetos contaminados
(FRANCO AG, et al., 2020).
Na maioria dos casos os sintomas podem ser brandos ou até mesmo imperceptíveis.
No entanto, os indivíduos sintomáticos podem apresentar sintomas comuns, como: febre,
tosse e dificuldade de respirar. Os sintomas graves apresentam quadros de pneumonia
grave (TUÑAS ITC, et al., 2020), acometendo principalmente pacientes idosos, portadores
de doenças pré-existentes, como hipertensão, diabetes, doenças respiratórias crônicas e
pessoas imunocomprometidas (CARVALHO AP, et al). Porém, o coronavírus não faz dis-
tinção de classe econômica, fronteiras, idiomas e ideologias, pois tem o poder de afetar a
todos, seja direta ou indiretamente (DALTRO M e BARRETO SEGUNDO JD, 2020).
O vírus pode ficar incubado por até 14 dias no hospedeiro humano, aumentando suas
chances de transmissão mesmo antes de aparecer os primeiros sintomas. Além disso, após
a morte da pessoa infectada, o vírus pode permanecer ativo por vários dias (BRASIL, 2020).
Neste contexto, a maior preocupação em relação ao vírus está relacionada ao seu alto
poder de disseminação, pois os números de pessoas infectadas podem crescer gradativa-
mente em poucos dias (MACEDO YM, et al., 2020).
No Brasil, o primeiro caso de COVID-19 foi identificado em 26 de fevereiro de 2020. O
paciente era procedente da cidade de São Paulo e havia retornado de uma viagem na Itália
dias antes do diagnóstico. Em poucos dias outras pessoas foram diagnosticadas, demons-
trando a rapidez de transmissão da doença. (MACEDO YM, et al., 2020).
Em 13 de março de 2020 foi registrado o primeiro caso de COVID-19 no estado do
Amazonas. Embora o governo tenha adotado medidas restritivas para prevenção da infec-
ção da doença, em 13 de abril, um mês após o surgimento do primeiro caso, o Amazonas
RELATO DE EXPERIÊNCIA
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
CARVALHO AP, et al. Novo coronavírus (COVID-19). Sociedade Brasileira de Pediatria, Departa-
mento científico de infectologia, 2020.
CHEN Q, et al. Mental Health care for medical staff in China during the COVID-19 outbreak. The
Lancet Psychiatry, 2020.
COOK TM. Personal protective equipment during the COVID-19 pandemic – a narrative review.
Anaesthesia, 2020.
DALTRO M, SEGUNDO JDB. A pandemia que nos mostra quem somos? Revista Psicologia, Di-
versidade e Saúde, 2020; 9(1): 5-8.
DINIZ C. Há um mês, Amazonas registrava primeiro caso de Covid-19; Número passa de 1,2 mil,
com mais de 60 mortes. G1 Amazonas.
DINIZ C. Hospital referência em Covid-19 de Manaus atinge capacidade máxima operacional, diz
governo.
FARBER M. Coronavirus nurses in China are shaving their heads to ‘improve efficiency’. Fox News.
FERNANDES EG, et al. Investigação do surto em navio de carga em tempo de COVID-19, Porto
de Santos, Brasil. Revista Saúde Pública, 2020; 54(34): 1-4.
FIORATTI C. Sim, o coronavírus veio da natureza – e não de um laboratório. Revista Super Inte-
ressante. Disponível em: http://www.super.abril.com.br. Acesso em: 04/04/2020.
FRANCO AG, et al. Máscaras cirúrgicas em tempos de coronavírus. Interamerican jornal of me-
dicine and health, 2020.
GOYAL K, et al. Fear of COVID 2019: First suicidal case in India!. Asian J. Psychiatr, 2020; 49.
KELVIN DJ, RUBINO S. Fear of the novel coronavirus. J. Infect. Dev. Ctries, 2020 14(1).
LI Z, et al. Vicarious traumatization in the general public, members, and non-members of medical
teams aiding in COVID-19 control. Brain Behav, 2020.
LIMA CKT, et al. O impacto emocional do Coronavírus 2019-nCoV (nova doença de Coronavírus).
Psiquiatry Research, 2020; 287.
MACEDO YM, et al. COVID – 19 NO BRASIL: o que se espera para população subalternizada?
Revista Encantar - Educação, Cultura e Sociedade - Bom Jesus da Lapa, 2020; 2: 01-10.
ORNELL F, et al. “Pandemic fear” and COVID-19: mental health burden and strategies. Brazilian
Journal of Psychiatry, 2020.
REIS MHS, et al. Ações de saúde em populações ribeirinhas no interior do estado do Amazonas:
Relato de experiência. Em SCHWEICKARDT JC. Atenção Básica na região amazônica: Saberes
e práticas para o fortalecimento do SUS. Rede Unida, 2019; 171-181.
SMITH et al. COVID-19: Emerging compassion, courage and resilience in the face of misinformation
and adversity. Journal of Clinical Nursing, 2020.
TUÑAS ITC, et al. Doença pelo Coronavírus 2019 (COVID-19): Uma abordagem preventiva para
Odontologia. Revista Brasileira de Odontologia, 2020; 77: e 1766.
USHER K, et al. Life in the pandemic: Social isolation and mental health. J Clin Nurs, 2020.
10.37885/200700620
RESUMO
O presente estudo caracteriza-se como uma revisão integrativa, que é definida como
uma forma de construir uma análise vasta da literatura, compreender sobre um assunto de
acordo com pesquisas anteriores, bem como permitir o pensamento sobre uma pesquisa
futura (MENDES KDS, et al., 2008).
Iniciou-se a pesquisa realizando um levantamento do acervo referente ao tema estudado
a partir de publicações nas bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SCIELO),
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências
da Saúde (LILACS). Os Descritores em Ciências da Saúde (DECS) da BVS selecionados
foram: antineoplásicos; cuidados de enfermagem. Esses descritores conectados pelo ope-
rador booleano AND, nortearam a busca pelos estudos científicos, orientados pela seguinte
pergunta de pesquisa: “Quais os cuidados de enfermagem necessários ao paciente oncoló-
gico adulto em tratamento quimioterápico sistêmico ambulatorial?”.
Foi utilizado na SCIELO, português e inglês como filtro, e na BVS e LILACS, texto com-
pleto disponível, português e inglês. A coleta de dados e a análise dos resultados foram feitas
nos dias 15 de maio a 30 de junho de 2018. Para inclusão dos artigos foram estabelecidos
os seguintes critérios: publicações em português e inglês, com texto completo disponível,
voltadas para o cuidado de enfermagem ao paciente oncológico adulto em tratamento qui-
mioterápico sistêmico ambulatorial, sem utilizar um intervalo de tempo específico.
Os critérios de exclusão adotados foram: artigos que não atendessem o objetivo do
estudo, voltados para pediatria e geriatria e direcionados a quimioterapia oral.
Após busca realizada e a seleção conforme os critérios de inclusão e exclusão tivemos
a composição da amostra para o estudo. Foram selecionados para essa revisão integrativa
17 artigos. Os dados foram coletados, sintetizados e organizados a fim de que pudéssemos
atingir o objetivo proposto em questão. Para maior clareza, segue Fluxograma 1 abaixo com
os detalhes mencionados.
RESULTADOS
Seguem no Quadro 1 abaixo os artigos selecionados com base nos critérios de inclusão
e exclusão adotados nesse estudo.
A base de dados LILACS obteve dez artigos (58,83%), revelando maior relevância no
que tange o número de artigos encontrados. Com seis artigos (35,29%) esteve a BVS, e a
SCIELO com um artigo (5,88%).
Ao avaliar o número de artigos publicados em cada revista, observaram-se duas pu-
blicações (11,78%), na Revista Brasileira de Enfermagem e duas publicações (11,78%), na
Revista Eletrônica de Enfermagem.
As demais revistas, Texto & Contexto - Enfermagem, Clinical Journal of Oncology
Nursing, Revista de Enfermagem UFPE online, Journal of Nursing UFPE online, Trials Jour-
nal, Cancer, Revista Mineira de Enfermagem - REME, Acta Scientiarum - Health Sciences,
Quanto a localização dos periódicos, dois eram do Rio de Janeiro (13,33%), dois de
Pernambuco (13,33%), dois de São Paulo (13,33%), um de Minas Gerais (6,67%), um de
Santa Catarina (6,67%), um do Paraná (6,67%), um do Rio Grande do Sul (6,67%), um do
Distrito Federal (6,67%), um de Goiás (6,67%), um da Pensilvânia (6,67%), um de Londres
(6,66%) e um da Geórgia (6,66%). Quanto ao tipo de pesquisa, seis artigos (35,29%) eram
pesquisas qualitativas, cinco (29,41%) quantitativas, duas (11,76%) revisões integrativas,
duas (11,76%) estudos randomizados controlados, uma (5,89%) revisão da literatura e uma
(5,89%) relato de caso. A distribuição dos estudos por ano de publicação é apresentada a
seguir no Gráfico 2.
DISCUSSÃO
Importante ressaltar que a maior parte dos periódicos (40%), apresentaram qualis
B1, e o qualis mais baixo foi B2, demonstrando que os artigos selecionados possuem uma
qualidade notável. O sistema que classifica os trabalhos científicos de programas de pós-
-graduação publicados possui como denominação qualis- periódicos. Anualmente ocorre a
atualização das classificações, onde A1 indica qualidade mais elevada, posteriormente se
seguem as demais: A2, B1, B2, B3, B4, B5 e C que indica qualidade zero (BRASIL, 2018).
A região sudeste brasileira apresentou maior número de publicações, totalizando cinco
artigos (29,41%). Há uma centralização da produção nas regiões Sudeste e Sul (SIDONE
OJG, et al., 2016). Além disso, no presente estudo, o câncer de mama foi o mais prevalente,
detectado em oito artigos (47,05%) e, segundo o INCA, esse câncer é o mais predominan-
te no mundo, sendo entre as mulheres mais frequente, especialmente na região Sudeste
(ALVES KR, et al., 2011).
Segundo Maruthappu M, et al. (2016) foi descoberto que a crise econômica global ocor-
rida na época obtinha relação com o excesso de óbitos por câncer entre 2008 e 2010. Isso
demonstra que em 2008 houve um aumento do número de câncer de forma excessiva, sendo
o ano de maior número de publicações desse estudo, totalizando quatro artigos (23,53%).
A fim de organizar as informações e facilitar no entendimento, discutimos as informações
relevantes em nosso trabalho, que compreendem o objetivo, em dois tópicos: Importância
das orientações de enfermagem durante o tratamento quimioterápico e Cuidados de enfer-
magem ao paciente oncológico em tratamento quimioterápico.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ALMEIDA EPM, et al. Monitoramento e avaliação dos efeitos colaterais da quimioterapia em pa-
cientes com câncer de cólon. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 2004; 12(5): 760-766.
ALVES KR, et al. Aspectos a serem abordados por enfermeiros na consulta a pacientes em uso
de quimioterápicos potencialmente neurotóxicos. Revista de Enfermagem UFPE online, 2011;
5(6): 1423-1430.
BRASIL. 2018. Classificação da produção intelectual. Fundação CAPES. Disponível em: http://
www.capes.gov.br/avaliacao/instrumentos-de-apoio/classificacao-da-producao-intelectual. Acesso
em: 01 de agosto de 2018.
BRASIL. Resolução COFEN-210 de1998. Dispõe sobre a atuação dos profissionais de Enferma-
gem que trabalham com quimioterápicos antineoplásicos. Rio de Janeiro, RJ, 1 de agosto 2018.
Seção 1, p.4.
BREEN S, et al. The Patient Remote Intervention and Symptom Management System (PRISMS)
– a Telehealth mediated intervention enabling real-time monitoring of chemotherapy side-effects in
patients with haematological malignancies: study protocol for a randomised controlled trial. Trials,
2015; 16(472): 1-17.
HINKLE JL, CHEEVER KH. Tratado de enfermagem médico – cirúrgico. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2017; 788p.
CAMARGO TC, SOUZA IEO. Enfermagem à mulher em tratamento quimioterápico - uma análise
compreensiva do assistir. Revista Brasileira de Enfermagem, 1998; 51(3): 357-368.
CIRILO JD, et al. A gerência do cuidado de enfermagem à mulher com câncer de mama em qui-
mioterapia paliativa. Texto & Contexto Enfermagem, 2016; 25(3): 1-9.
FERREIRA NMLA, et al. Quimioterapia antineoplásica e nutrição: uma relação complexa. Revista
Eletrônica de Enfermagem, 2008; 10(4): 1026-1034.
FONTES CAS, ALVIM NAT. A relação humana no cuidado de enfermagem junto ao cliente com
câncer submetido à terapêutica antineoplásica. Acta Paulista de Enfermagem, 2008; 21(1): 77-83.
GARCIA S. The Effects of Education on Anxiety Levels in Patients Receiving Chemotherapy for
the First Time: An Integrative Review. Clinical Journal of Oncology Nursing, 2014; 18(5): 516-521.
GOZZO TO, et al. Náuseas, vômitos e qualidade de vida de mulheres com câncer de mama em
tratamento quimioterápico. Revista Gaúcha de Enfermagem, 2013; 34(3): 110-116.
MARUTHAPPU M, et al. Economic downturns, universal health coverage, and cancer mortality in
high-income and middle-income countries, 1990–2010: a longitudinal analysis. The Lancet, 2016;
MENDES KDS, et al. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências
na saúde e na enfermagem. Texto & Contexto Enfermagem, 2008; 17(4): 758-64.
RODRIGUES AB, OLIVEIRA PP. Oncologia para enfermagem. São Paulo: Manole, 2016; 528p.
SALES CA, et al. A existencialidade da pessoa com neoplasia em tratamento quimioterápico. Acta
Scientiarum- Health Sciences, 2003; 25(2): 177-182.
SIDONE OJG, et al. A ciência nas regiões brasileiras: evolução da produção e das redes de cola-
boração científica. Revista TransInformação, 2016; 28(1): 15-31.
SILVA MM, et al. Perfil sociodemográfico e clínico de pessoas em tratamento quimioterápico: sub-
sídios para o gerenciamento em enfermagem. Revista Eletrônica de Enfermagem, 2013; 15(3):
704-712.
SIMÃO DAS, et al. Síndrome mão-pé induzida por quimioterapia: relato de um caso. Revista Bra-
sileira de Enfermagem, 2012; 65(2): 374-378.
OMS. 2017. Early cancer diagnosis saves lives, cuts treatment costs. Disponível em: http://www.
who.int/mediacentre/news/releases/2017/early-cancer-costs/en/. Acesso em: 15 nov. 2017.
10.37885/200700731
RESUMO
MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Quando questionadas sobre o conhecimento que as mães têm sobre as patologias dos
seus filhos as falas apresentaram discursos dicotômicos.
Discurso 1 – Conhecimento e desconhecimento das limitações físicas e cognitivas dos
filhos
[..] sim, vai passando o tempo e vou conhecendo essas limitações físicas dele,
claro que a gente ver que se meu filho for se relacionar com uma criança de 2
anos que não tem a micro, é bem diferente, tudo nele é mais lento[...]
Pois compreendemos que uma grande parte dos profissionais da saúde, principalmente
os médicos, em geral, não são capacitados para lidar com a deficiência, principalmente quan-
do se defrontam com um bebê com suspeita diagnóstica de alguma patologia ou síndrome.
Os médicos raramente esclarecem ou informam aos familiares sobre as possibilidades de
desenvolvimento da criança, a possibilidade de superação das dificuldades ou sobre os locais
onde os recursos são oferecidos (SANCHES LAS e FIAMENGHI-JR GA, 2011).
As mães precisam de ajuda, orientação, informação e compreensão, para que pos-
sam ajustar-se e realizar satisfatoriamente a sua função materna. É imprescindível que a
família estabeleça conhecimentos sobre as necessidades especiais de seus filhos, construa
padrões de enfrentamento dos sentimentos e das necessidades como um todo, na tomada
de decisões e na busca dos recursos para o bem-estar da criança e da família (SANTOS
LS, et al., 2017).
Os casos de microcefalia em sua maioria têm associado aos seus sinais e sintoma as
alterações motoras e cognitivas que alteram de acordo com o grau de acometimento cerebral.
O comprometimento varia para cada paciente pois depende muito da área e da extensão do
cérebro que foi lesionado pela doença, podendo a criança apresentar diversas dificuldades
como um declínio no desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM), pode apresentar também
déficits auditivos, físicos, intelectuais, cognitivos e visuais o que leva a compreensão das
dificuldades enfrentadas pela família no tratamento e reabilitação dos seus filhos (NORBERT
AAF, et al., 2016).
As alterações mais comumente associadas à microcefalia estão relacionadas ao déficit
intelectual e outras condições, que incluem: irritabilidade; convulsões; epilepsia; paralisia
cerebral; atraso no desenvolvimento de linguagem e/ou motor; desordens oftalmológicas,
cardíacas, renais e do trato urinário; entre outras (SÁ FE, et al., 2017).
No geral, as crianças que tem microcefalia apresentam atraso no desenvolvimento
neuropsicomotor com acometimento motor e cognitivo relevante e, em alguns casos as
[...] acho que não tem nenhuma dificuldade lá na APAE, eu não falo nada de lá,
atendem muito bem eu nunca tive problemas lá, todos os exames que preciso
marcam inclusive médico. [...]
O coletivo das mães acima relata que não possuem dificuldades no processo de aten-
dimento de seus filhos, e descreve as facilidades presentes durante o atendimento nas
instituições a qual são direcionadas.
O discurso demonstra que às facilidades encontradas pelo coletivo, em relação ao
atendimento das crianças acometidas pela microcefalia está intimamente relacionada a uma
assistência prestada por instituições não governamentais.
A participação expressiva de instituições não governamental objetiva a complementação
e aprimoramento da assistência prestada à população, bem como a condição e a natureza do
cuidado prestado a crianças com necessidades especiais, e mesmo com as dificuldades, a
formação de uma rede de apoio voltada para a inclusão e a acessibilidade da criança, auxilia
na aquisição de sua independência, qualificando o seu viver (PINTANEL AC, et al, 2013).
A Constituição Federal estabelece que a “família é à base da sociedade” (Art. 226) e
que, portanto, compete a ela, juntamente com o Estado, a sociedade em geral, “assegurar
à criança e ao adolescente o exercício de seus direitos fundamentais” tais como promoção
e proteção dos direitos humanos e apoio às crianças e aos adolescentes com deficiência
(BRASIL, 2006).
Sabe-se que o acompanhamento adequado contribui para a geração de indivíduos com
maior senso crítico, aptos a enfrentarem dificuldades, tornarem-se adolescentes, jovens e
adultos sadios e socialmente produtivos (SIMIÃO CKS, et al., 2017).
Entretanto a coletividade também expressa a as diversas dificuldades que as mães
enfrentam na busca pelo atendimento com a equipe multiprofissional que os filhos necessi-
[...] sim, desde a época que ela nasceu, eu uso o SUS, no posto eles a atendem
mensalmente, em outros estabelecimentos, dia de segunda, duas vezes por
semana, todo mês, o serviço é de qualidade. [...]
[...] uma coisa que o prefeito e o secretário de saúde, deveriam olhar com um
olhar diferenciado, para esses casos de microcefalia, que são casos novos, os
profissionais deveriam tomar cursos, para atender essas crianças, justamente
porque, não sei, acho que falta muito ainda pra fazer pelos nossos filhos. [...]
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ANDRADE MB, et al. Paralisia cerebral: estudo sobre o enfrentamento familiar. Reme, Rev. Min.
Enferm.; 15(1):86-96, 2011.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolo de atenção à saúde e res-
posta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus zika. Brasília: Ministério da
Saúde, 2016.
BRUNONI D, et al. Microcefalia e outras manifestações relacionadas ao vírus Zika: impacto nas
crianças, nas famílias e nas equipes de saúde. Ciênc. Saúde coletiva; 21(10):3297-3302, 2016.
OLIVEIRA MC, SÁ SM. A Experiência Parental após o Diagnóstico da Microcefalia por Zika Vírus:
Um Estudo de Caso. Revista Pesquisa em Fisioterapia; 7(4):64-70, 2017.
PINTANEL AC, et al. Facilidades e dificuldades da criança com deficiência visual para o exercício
da independência: percepções da família. Rev. enferm. UFPE; 7(1):119-27, 2013.
REIS J.C, et al. Abordagem da terapia ocupacional a bebês com microcefalia: uma experiência
no estágio curricular. Rev. Interinst. Bras. Ter. Ocup; 2(1):212-227, 2018.
SÁ FE, et al. Produção de sentidos parentais no cuidado de crianças com microcefalia por vírus
zika. Rev Bras Promoç Saúde; 30(4):1-10, 2017.
SANCHES LAS, FIAMENGHI-JR GA. Relatos maternos sobre o impacto do diagnóstico da defici-
ência dos filhos. Cad. Saúde colet.;19(3), 2011.
SANTOS LS, et al. A participação da família no trabalho de reabilitação da criança com microce-
falia. Ciências Biológicas e de Saúde Unit; 4(2):189-202, 2017.
SIMIÃO CKS, et al. Atenção integrada às doenças prevalentes na infância: prática do enfermeiro.
Revista de Enfermagem UFPE, [S.l.]; 11(12):5382-5390, 2017.
SOUSA ETC, et al. A microcefalia por possível infecção intrauterina do zika vírus e suas compli-
cações no sistema respiratório: um relato de caso. CONBRACIS. 2017.
SOUSA PSA, et al. Microcephaly zika and viruses: a systematic review. Rev Enferm UFPI; 5(4):51-
4, 2016.
SOUZA SEP. Reabilitação para crianças com síndrome congênita do zika vírus: percepção de
profissionais de saúde em uma unidade de Vitoria de Santo Antão, Pernambuco. TCC (Graduação
em Saúde Coletiva) – Universidade Federal de Pernambuco, Vitória de Santo Antão, 2017.
VEIGA SA, et al. Assistência de enfermagem à criança com microcefalia. Múltiplos Acessos; 2(2),
2017.
10.37885/200700680
RESUMO
MÉTODOS
RESULTADOS
Revista /
Autor / Ano Título Objetivo Tipo de Estudo Principais Resultados
Publicação
Identificar o padrão de AME Os fatores que contribuíram para
Hospital Amigo da Criança: pre- nos primeiros seis meses de o desmame precoce foram: tra-
Pesquisa com Revista Esc
Figueiredo SF, valência de aleitamento mater- vida de crianças nascidas um balho fora de casa, mães que
uma coorte Enfermagem
et al. (2013) no exclusivo aos seus meses s Hospital Amigo da Criança e não aumentaram anteriormente
prospectiva USP
e fatores intervenientes os fatores que contribuíram e a presença de intercorrências
para o desmame precoce mamarias.
Das entrevistas, quanto a defini-
ção de amamentação exclusiva,
Identificar que as gestantes 25 (55,6%) responderam que ela
e lactantes afirmam sobre o Estudo des- consiste apenas no leite mater- Revista
Conhecimento de gestantes
Maciel VB, et que é o aleitamento materno critivo com no; 5 (11,1%) em leite materno, Brasileira em
e lactantes sobre aleitamento
al. (2013 exclusivo, qual a sua duração abordagem água e chá; e 12 (26,7%) não co- Promoção da
materno exclusivo
e quais o benefícios para a quantitativa nheciam o significado do termo. Saúde
mãe e o bebê. Sobre os benefícios, 16 (35,7%)
afirmaram o aumento do vinculo
com o filho
O peso foi um dos fatores rela-
cionadas ao desmame precoce.
Avaliar a teoria do investimen- Crianças com maior peso ao
Wander K e The evolutionary ecology of to parenteral em tempo de ris- nascer tiveram menor probabili- Proceedings
Estudo Longitu-
Mattison S. early weaning in Kilimanjaro, co para desmame antes dos dade de desmame precoce em of the Royal
dinal
(2013) Tanzânia dois anos de idade em crian- relação aquelas que nasceram Society
ças de Kilimanjaro, Tanzânia. com baixo peso. Não foram ob-
servadas relações com fonte de
leite suplementar (gado)
Fatores sociodemográficos (ida-
The role of support and other de, materna, etnia, pais de nas-
Investigar a associação entre
factors in early breasfeeding estudo retros- cimento, privação, escolaridade) BMC Preg-
Oakley L, et al. o apoio pós-natal e a interrup-
cessation: na analysis of data pectivo quanti- e alimentação pré-natal, foram nancy &
(2014) ção da amamentação aos 10
from a maternity survey in en- tativo. associados a interrupção da Chidbirth
dias e seis semanas no bebê.
gland amamentação aos 10 dias e 6
semanas de vida do bebê.
DISCUSSÃO
O leite materno é a melhor fonte de alimento para o lactente, pois possui a nutrição
necessária que serve de proteção e promoção de saúde das crianças, além de possibilitar o
crescimento e desenvolvimento das mesmas, devido ao alto poder nutricional e propriedades
imunológicas (SALUSTIANO LP, et al., 2017).
Dessa forma, é importante, aproveitar tais benefícios com a prática do aleitamento ma-
terno exclusivo até os seis meses de vida do bebê, e somente depois, complementar o leite
materno com outros tipos de alimentos até os dois anos de idade ou mais, como preconiza
a Organização Mundial de Saúde (OMS) (WHO, 2016).
Assim, o conhecimento das mães sobre o aleitamento materno é fundamental segundo
o estudo de Maciel VB, et al. (2013) e como a falta de informação sobre a importância do
leite materno pode ser um fator para o desmame precoce. A pesquisa de Oliveira CS, et al.
(2015) também confirma tal fato e aborda um ponto muito importante: as dúvidas maternas.
Esse fato tem relação com os estudos de Oliveira CS, et al. (2015), Rius JM, et al.
(2015), Roccil E, et al. (2014) e Teter MS, et al. (2015) que afirmam que um dos mitos ex-
tremamente comum é a crença materna de produzir uma menor quantidade de leite, “leite
fraco”, ou que o mesmo não é suficiente para nutrir o bebê. Essa relação é pontuada por
Oliveira CS, et al. (2015) por algumas questões. De início pela ideia de que o leite da mãe
é muito ralo, ou desconhecer aspectos fisiológicos do próprio organismo o que leva a mãe
a pensar que esse alimento não é suficiente para sua prole. Além disso, outro aspecto im-
portante e que muitas vezes reforça a ideia de “leite fraco” é o choro infantil constante, que
leva a mulher a associar tal comportamento com fome, entretanto, nem sempre é verdade.
Esse fato entra em concordância com o estudo de revisão bibliográfica publicado por Fialho
FA, et al. (2014), que observou que esse entendimento sobre o choro infantil e leite fraco é
uma das principais causas para o desmame.
Também concorda com a ideia da “falta do leite” a publicação com o título “A prática do
aleitamento materno e os fatores que levam ao desmame precoce: uma revisão integrativa”
de Lima AP, et al. (2018) na qual afirma que esse fator é um ponto que gera o desmame,
pois, essa crença errônea, além de ser citado em vários dos artigos por eles pesquisados,
leva a nutriz a ter insegurança e acrescentar outros alimentos na dieta infantil antes do tem-
po, como chás, água e outros líquidos.
Trauma mamilar
Entre outros fatores para o desmame precoce, tem-se o trauma mamilar (OLIVEIRA
CS, et. al, 2015; ROCCIL E, et al., 2014; FIGUEIREDO SF, et al., 2013). Tais estudos con-
cordam com a revisão realizada por Lima AP, et al. (2018) onde se aponta que os machu-
cados na mama são questões de risco para a pausa na amamentação pela extrema dor que
a mãe sente na hora da alimentação do infante. É importante salientar nesse ponto como
tais situações podem ser evitadas, já que, através de uma orientação adequada a respeito
da pega correta da criança no momento da amamentação esses ferimentos poderiam ser
reduzidos, entretanto, infelizmente essa orientação muitas vezes não é contemplada pelos
fatos já citados aqui (OLIVEIRA CS et al., 2015).
Uso de chupetas
O uso de chupetas também é considerado como fator de risco para desmamar pre-
cocemente de acordo com Rius JM, et al. (2015), o que corrobora com o artigo de revisão
publicado por Lima AP, et al. (2018), no qual aponta, que apesar dos bicos artificiais sirvam
de acalento para o bebê, nos primeiros dias, eles podem gerar uma menor quantidade de
mamadas por parte da criança, e como nesse período inicial o organismo feminino está se
acostumando com a quantidade de leite necessárias a ser produzida, essa situação pode
gerar uma diminuição de vezes que ocorre a sucção o que leva a uma menor quantidade
Depressão
Etnia
O fator “etnia” também foi considerado nos estudos da revisão, com base nas publica-
ções de Maciel VB, et al. (2016), que trata da relação da amamentação em povos indígenas
e Pang WW, et al. (2017), que estuda, a prevalência de aleitamento materno e direto em
uma cidade na China.
Nos dois estudos, a etnia era considerada como um fator para o desmame precoce,
com base em análises quantitativas. Poucos estudos fazem relação com a amamentação e
etnias, e não se sabe ao certo a influência da praticas da amamentação sobre a etnicidade.
Peso da criança
Fatores sociodemográficos
CONCLUSÃO
Ao final dessa revisão foi possível observar quais os principais fatores que influenciam
no desmame precoce sendo eles: acreditar que possuí leite fraco ou insuficiente; trauma
mamilar; voltar ao trabalho ou estudos; interferências externas sejam elas por conta de algum
profissional da área da saúde ou familiar; depressão pós-parto; questões socioeconômicas;
etnia e baixo peso da criança.
Esses dados são de suma importância para a comunidade cientifica tendo em vista
a importância da amamentação da criança para a saúde e bem-estar populacional. Dessa
forma, pode-se sugerir a realização de políticas públicas que reduzam o desmame precoce
ou rastreamento precoce no pré-natal das mulheres que possuem esse risco.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde
da criança: aleitamento materno e alimentação complementar Brasília: Ministério da Saúde; 2 ed., 2015.
DEUS MD, DIAS ACG. Avós cuidadores e suas funções: uma revisão integrativa da literatura.
Pensando Fam, n.1, v. 20, p.112-25, 2016.
FIALHO F, et al. Fatores associados ao desmame precoce do aleitamento materno. Rev Cuid.
n.1, v.5, p. 670-8, 2014.
FIGUEIREDO MCD, BUENO MP, RIBEIRO CC, et al. Banco de Leite Humano: O Apoio à Amamen-
tação e a Duração do Aleitamento Materno Exclusivo. Journal of Human Growth and Development.
n. 2, v. 25. p.204-210, 2015.
FIGUEIREDO SF, MATTAR MJG, ABRÃO ACFV. Hospital Amigo da Criança: prevalência de
aleitamento materno exclusivo aos seis meses e fatores intervenientes. Rev Esc Enferm USP. N.
6, v. 47, p. 1291-7, 2013.
LIMA APC, NASCIMENTO DS, MARTINS MMF. A prática do aleitamento materno e os fatores que
levam ao desmame precoce: uma revisão intergrativa. Journal of Health Biol Sci, 2018.
MACIEL VBS, SILVA RP, SANUDO A, et al. Aleitamento materno em crianças indígenas de dois
municípios da Amazônia Ocidental Brasileira. Acta Paul Enferm. n.4, v.29, p. 469-75, 2016.
MARGOTTI E, MATTIELO R. Fatores de risco para o desmame precoce. Rev Rene. n. 4, v. 17,
p. 537-44, 2016.
OAKLEY LL, HENDERSON J, REDSHOW M, et al. The role of support and other factors in early
breastfeeding cessation: an analysis of data from maternity survey in England. BMC Medicine,
article number 88, 2014.
OLIVEIRA CS, IOCCA FA, CARRIJO MLR, et al. Amamentação e as intercorrências que contribuem
para o desmame precoce. Rev Gaúcha Enferm. v. 36, p.16-23, 2015.
PANG WWP et al. Direct vs. Expressed Breast Milk Feeding: Relation to Duration of Breastfeeding.
Nutrients, n.9, v.547, 2017.
RIUS JM, ORTUNÕ J, RIVAS C, et al. Factores associados al abandono precoz de la lactancia
materna en uma región del este de España. Asociacíon de Pediatría. Elsevier Espanha, 2014.
SALUSTIANO LPQ, ABADALLAH VOS, PINTO RMC. Fatores associados à duração do aleitamento
materno em crianças menores de seis meses. Rev. Bras. Ginecol. Obstet, n. 1, v. 34, p. 28-33, 2012.
SILVA CS, LIMA MC, SEQUEIRA ALA, et al. Association between postpartum depression and the
practice of exclusive breastfeeding in the first three months of life. J Pediatr (Rio J). ;v. 93, p.356-
64, 2017.
STUEBE AM, HORTON BJ, CHETWYND E, et al. Prevalence and Risk Factors for Early, Undesired
Weaning Attributed to Lactation Dysfunction. Journal of Women’s Health, Volume 23, Number 5, 2014.
TETER MSH, OSELAME GB, NEVES EB. Amamentação e Desmame Precoce em Lactantes de
Curitiba. Rev Espaço para a Saúde, v.16, n.4. Londrina, 2015.
VICTORA CG, BARROS AJ, FRANÇA GV, et al. Breastfeeding in the 21st century: epidemiology,
mechanisms, and lifelong effect. Lancet. 2016.
WHO. Guideline: protecting, promoting and supporting breastfeeding in facilities providing maternity
and newborn services. Geneva, 2017.
WHO, World Health Organization. Maternal, newborn, child and adolescent health. Breastfeeding, 2016.
10.37885/200700781
RESUMO
MÉTODOS
Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, com intuito de capturar artigos
que apresentassem em seus desenhos de estudo correlação com o tema. As informações
foram obtidas a partir de buscas feitas nas bases de dados LILACS, MEDLINE e PUBMED,
utilizando como descritores os termos “Disbiose”, “Transplante de microbiótica fecal” e “Pro-
bióticos”, com as opções em inglês, português, espanhol e francês, tendo sido empregado
o boleano AND. Além disso, foi utilizado como critério de inclusão os artigos que possuíam
boa confiabilidade e abordava e explanava o tema de forma adequada. Já os critérios de
exclusão do trabalho foram os artigos publicados antes de 2014, artigos com amostras in-
compatíveis e artigos incompleto (Figura 1). Assim, foram encontrados 20 artigos aptos para
serem abordados, sendo que 18 artigos foram publicados nos últimos 5 anos e apenas 2
artigos foram publicados nos últimos 6 anos.
RESULTADOS
Quadro 1. Artigos incluídos na revisão de acordo com autor, ano de publicação e tratamento abordado. Belém- PA, 2019.
Transplante da
Suplementação de Tratamento com
Prebióticos Probióticos microbiota fecal
Glutamina antibiótico
(TMF)
AÏT‐AISSA A e
- SIM - - -
AÏDER M, 2014.
BINDELS LB, et al.,
SIM - - - -
2016.
BRUNEAU A, et al.,
- - SIM - -
2018.
CHOI HH e CHO Y,
- - SIM - SIM
2016
DISCUSSÃO
Utilização de Probióticos
Os probióticos são definidos como bactérias vivas ou leveduras que, quando admi-
nistradas em quantidades adequadas, beneficiam a saúde do consumidor. Os probióticos
bacterianos mais conhecidos são os Lactobacillus, Bifidobacterium e Lactococcus, enquanto
a levedura mais utilizada é Saccharomyces boulardii (CHOI HH e CHO Y, 2016; DOS SAN-
TOS MORAES M, et al., 2018; MORROW LE e WISCHMEYER P, 2017).
Eles proporcionam efeitos benéficos na dor abdominal global, escores de inchaço e
flatulência, mas podem visar além do trato gastrointestinal como: o trato respiratório, o trato
urinário, a pele e a vagina, por exemplo, justamente por serem desenvolvidos para melhorar as
doenças fisiológicas em diferentes áreas do corpo (MORROW LE e WISCHMEYER P, 2017).
Suplementação de Glutamina
Prebióticos
O TMF funciona por meio da infusão de fezes de um indivíduo doador no trato gastroin-
testinal de um paciente com, por exemplo, infecção por Clostridium difficile, a fim de restaurar
a diversidade da microbiota intestinal. As fezes doadas são misturadas com solução salina
/ glicerol estéril e podem ser frescas ou congeladas, sendo que as fezes congeladas a –80
° C são viáveis e cultiváveis cerca de seis a dez meses. O transplante pode pela via sonda
naso-jejunal ou no ceco na colonoscopia, sendo considerado um procedimento seguro. ocor-
rer Procedimento realizado, principalmente, em condições de difícil tratamento de situações
nas quais se sabe que a microbiota fecal é anormal (CHOI HH e CHO Y, 2016; COSTELLO
SP, et al., 2015; SIDHU M e VAN DER POORTEN D, 2017).
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
AÏT‐AISSA A; AÏDER M. Lactulose: production and use in functional food, medical and pharmaceu-
tical applications. Practical and critical review. International journal of food science & technology,
2014; 49(5): 1245-1253.
BINDELS LB, et al. Towards a more comprehensive concept for prebiotics. Nature reviews Gas-
troenterology & hepatology, 2016; 12(5): 303.
CHANG C; LIN H. Dysbiosis in gastrointestinal disorders. Best Practice & Research Clinical Gas-
troenterology, 2016; 30(1): 3-15.
CHOI HH; CHO Y. Fecal microbiota transplantation: current applications, effectiveness, and future
perspectives. Clinical endoscopy, 2016; 49(3): 257.
COSTELLO SP, et al. Faecal microbiota transplant for recurrent Clostridium difficile infection using
long‐term frozen stool is effective: clinical efficacy and bacterial viability data. Alimentary pharma-
cology & therapeutics, 2015; 42(8): 1011-1018.
DE OLIVEIRA GLV, et al. Intestinal dysbiosis and probiotic applications in autoimmune diseases.
Immunology, 2017; 152(1): 1-12.
DOS SANTOS MORAES M, et al. EFEITOS FUNCIONAIS DOS PROBIÓTICOS COM ÊNFASE
NA ATUAÇÃO DO KEFIR NO TRATAMENTO DA DISBIOSE INTESTINAL. UNILUS Ensino e
Pesquisa, 2018; 14(37); 144-156.
GALLEGO CG; SALMINEN S. Novel probiotics and prebiotics: how can they help in human gut
microbiota dysbiosis?. Applied Food Biotechnology, 2016; 3(2): 72-81.
HO KJ; VARGA J. Early-Life Gut Dysbiosis: A Driver of Later-Life Fibrosis?. The Journal of inves-
tigative dermatology, 2017; 137(11): 2253-2255.
HOLECEK M. Side effects of long-term glutamine supplementation. Journal of parenteral and En-
teral Nutrition, 2013; 37(5): 607-616.
MORROW LE; WISCHMEYER P. Blurred lines: dysbiosis and probiotics in the intensive care unit.
Chest, 2017;151(2): 492-499.
PAIXÃO LA; DOS SANTOS CASTRO, FF. Colonização da microbiota intestinal e sua influência
SAAD N, et al. An overview of the last advances in probiotic and prebiotic field. LWT-Food Science
and Technology, 2013; 50(1): 1-16.
SIDHU M; VAN DER POORTEN D. The gut microbiome. Aust Fam Physician, 2017; 46(4): 206-211.
VIEIRA CR, et al. Efeito de uma bebida funcional à base de farinha de banana (Musa spp.) verde
sobre a microbiota intestinal, níveis de citocinas e capacidade antioxidante em mulheres com
excesso de peso e adiposidade abdominal. Dissertação (Mestrado em Biociências aplicadas à
saúde) - Instituto de Ciências Biomédicas. Universidade Federal de Alfenas, Minas Gerais, 2016.
PANTOJA, C. L.; COSTA, A. C. C.; COSTA, P. L. DE S.; ANDRADE, M. DE A. H.; SILVA, V. V.;
BRITO, A. P. S. O.; GARCIA, H. C. R. Diagnóstico e tratamento da disbiose: Revisão Sistemática.
Revista Eletrônica Acervo Saúde, n. 32, p. e1368, 7 out. 2019. Artigo original.
10.37885/200700622
RESUMO
Segundo o Hospital das clínicas de Ribeirão Preto (2011), o “Teste do Pezinho” deve
ser colhido em todo recém-nascido (RN) com 3 a 5 dias de vida, de preferência no 3o dia.
Apesar de ele poder ser realizado mais tardiamente, é de extrema importância a divulgação
para o público o período ideal de coleta do exame, evitando assim que muitas crianças
percam o período de diagnóstico e tratamento precoces e não se beneficiem da prevenção
A triagem neonatal trata-se de uma ação preventiva que permite fazer o diag-
nóstico, o mais precocemente possível, de diversas doenças congênitas ou
infecciosas, assintomáticas no período neonatal. Busca-se com a Triagem
Neonatal interferir no curso da doença, permitindo, desta forma, o tratamento
precoce específico e a redução ou eliminação das sequelas associadas a cada
doença (MENDES et al., 2017, p. 476).
• Hipotireoidismo Congênito:
Segundo Stranieri e Takano o hipotireoidismo congênito (HC) é uma doença causada
pela deficiência ou ausência da ação dos hormônios tireoidianos nos vários tecidos do orga-
nismo. Tal hormônio, é essencial para a maturação e o funcionamento de diversos órgãos
do corpo, principalmente do SNC (Sistema Nervoso Central) e do tecido esquelético.
“O HC quando não tratado tempestiva e adequadamente contribui para retardo mental,
disfunções do crescimento e do desenvolvimento neuropsicomotor da criança” (RAMALHO
et al., 2008, p. 623).
• Fibrose Cística:
Para Mocelin et al. (2017), a fibrose cística (FC) é uma das doenças genéticas autossô-
micas recessivas limitadoras da vida mais comuns. Essa doença é decorrente de mutações
• Anemia Falciforme:
A anemia falciforme é uma doença de caráter genético originada por uma mu-
tação no cromossomo 11 que resulta na substituição de um ácido glutâmico
pela valina na posição 6 da extremidade N-terminal na cadeia ß da globina,
dando origem à hemoglobina S. Os eritrócitos cujo conteúdo predominante
é a hemoglobina S assumem, em condições de hipóxia, forma semelhante à
de uma foice daí o nome falciforme (DI NUZZU e FONSECA, 2004, p. 347).
• Fenilcetonúria:
Stanieri e Takano (2009) explicam que a fenilcetonúria (PKU) é um erro inato no
metabolismo do aminoácido fenilalanina (FAL). É uma doença genética, causada por uma
mutação no gene que codifica a enzima, a fenilalanina hidroxilase, que é ativada no fígado
e responde pela transformação da fenilalanina em tirosina. A elevação da fenilalanina no
sangue permite a sua passagem em quantidade excessiva para o sistema nervoso central
(SNC), no qual o seu acúmulo tem efeito tóxico.
De acordo com Santos e Haack (2012), o erro no metabolismo da fenilalanina, impede
o metabolismo do triptofano e da tirosina, prejudicando assim a formação da melanina, sero-
tonina e outros neurotransmissores. Além disso, o acúmulo desse aminoácido nos tecidos,
forma o ácido fenilpirúvico que deixa a urina com cheiro forte e estranho.
• Hemocistinúria:
Conforme Silva et al. (2001), na hemocistinúria há um erro no metabolismo da metionina
de transmissão autossômica recessiva e sua partenogênese está relacionada à deficiência
de uma enzima chamada cistationa beta-sintase, resultando em altos níveis plasmáticos de
homocisteína, metionina e cisteína.
• Hiperfenilalaninemia:
• Deficiência de TBG:
Segundo Maciel (2016), a globulina carreadora de tiroxina (TBG) é a principal proteína
transportadora dos hormônios tireoidianos em humanos. Anormalidades hereditárias que
comprometem a estrutura e função da proteína resultam em deficiência completa (TBG-CD)
e parcial de TBG (TBG-PD).
Ainda de acordo com Maciel (2016), a alteração dessa proteína pode alterar a dosagem
dos hormônios tireoidianos, podendo causar doenças relacionadas com tais hormônios,
como o hipotireoidismo e o hipertireoidismo.
MATERIAIS E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
AGUIAR, Marcos José Burle de; LEÃO, Letícia Lima. Triagem neonatal: o que os pedia-
tras deveriam saber. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi-
d=S002175572008000500012>. Acesso em: 03 abr. 2018.
ALVES, Crésio de Aragão Dantas; JÚNIOR, Valdi Balesteri; TORALLES, Maria Betânia Pereira.
Triagem Neonatal para Hiperplasia Adrenal Congênita: Considerações sobre a elevação transitória
da 17-hidroxiprogesterona. Belo Horizonte, 2012. Acesso em: 10 jun.
BRASIL, Ministério da Saúde. Programa Nacional de Triagem Neonatal: Metas para 2013. Dispo-
nível: <http://portal.saude.gov.br/ portal/arquivos/pdf/2h_280213.pdf>. Acesso em: 26 mai. 2018.
BRAVO, Paulina et al. ¿Qué debe saber el pediatra de las hiperfenilalaninemias? Chile,
2015. Disponível em: <https://scielo.conicyt.cl/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0370-
41062015000300013&lng=es&nrm=iso>. Acesso em: 10 jun. 2018.
CRUZ, R.D.C.M. A importância do teste do pezinho para o conhecimento das mães. Saberes
Unicampo, v. 1, n. 1, p. 67-69, 2014. Disponível em: <http://revistas.faculdadeunicampo.edu.br/
index.php/Saberesunicampo/article/viewFile/174/37>. Acesso em: 26 mai. 2018.
DI NUZZO, Dayana V. P; FONSECA, Silva F. Anemia falciforme e infecções. Rio de Janeiro, 2004.
Disponível em: <file:///C:/Users/Walmy%20Jr/Downloads/anemia%20faciforme%20e%20infec%-
C3%A 7%C3%B5es.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2018.
DLE, Medicina laboratorial. Teste do pezinho: a certeza de fazer o melhor pelo seu filho. Disponível
em: <https://issuu.com/portaldle/docs/teste-do-pezinho-dle>. Acesso em: 03 abr. 2018.
KARAM, Simone de Menezes et al. Triagem neonatal para hiperfenilalaninemia: um estudo de co-
orte. Porto Alegre, 2012. Disponível em:< http://www.amrigs.org.br/revista/56-1/0000095572-4_924.
MACIEL, Andrêssa Aby Faraj Linhares. Deficiência parcial da proteína transportadora de tiroxina
(TBG): estudo do gene serpina7 e padrão de inativação do cromossomo X em uma família brasileira.
Disponível em: <http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/22087/1/2016_AndressaAbyFarajLinha-
resM aciel.pdf>. Acesso em 10 jun. 2018.
MARCÃO, Ana et al. Rastreio neonatal da homocistinúria clássica revela uma elevada frequência
da deficiência em MAT I/III na Península Ibérica. Disponível em: <http://www.insa.min-saude.pt/
wp-content/uploads/2017/01/observacoesNEspecia7- 2016_artigo5.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2018.
MENDES, Caroline Antonelli et al. Conhecimento de pais quanto a triagem neonatal, contribuição
do website Portal dos Bebês - Teste do pezinho. São Paulo, 2017. Disponível em: <http://www.
scielo.br/pdf/rcefac/v19n4/pt_1982-0216-rcefac-19-04- 00475.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2018.
MOCELIN, Helena et al. Triagem neonatal para fibrose cística no SUS no Rio Grande do Sul. Rio
Grande do Sul, 2017. Disponível em: <http://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/170615164232b-
cped_06_01_a02.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2018.
PESSOA, Ingrid Lacerda. Fibrose cística: aspectos genéticos, clínicos e diagnósticos. Paraíba,
2015. Disponível em: <file:///C:/Users/Walmy%20Jr/Downloads/fibrose.pdf>. Acesso em: 10 jun.
2018.
SILVA, Gisele Sampaio. Trombose Venosa Cerebral e Hemocistinúria. São Paulo 2001. Disponível
em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004- 282X2001000500032&script=sci_abstract&tln-
g=pt>. Acesso em 10 jun. 2018.
SILVA, Kaline Santos da et al. Triagem neonatal como método de rastreio de doenças no recém-
-nascido através do teste do pezinho: uma revisão de literatura. João Pessoa, 2017. Disponível
em: <http://temasemsaude.com/wp- tent/uploads/2017/08/17219.pdf>. Acesso em: 03 abr. 2018.
10.37885/200600537
RESUMO
Historicamente, a promoção de saúde foi conceituada pela primeira vez por Winslow
CEA, em 1920, e Sigerist HE, em 1946. Esses autores conceituaram quatro diretrizes básicas
das ciências médicas: promoção da saúde, prevenção às doenças, recuperação e reabilitação
da saúde. No ano de 1965, Leavell HR e Clark EG, relataram um parâmetro para descrição
da história das enfermidades, que englobou três níveis de prevenção: primário, secundário
e terciário. Dentre esses níveis, a atenção primária, refere-se à manutenção da saúde, evi-
tando-se o acometimento dos indivíduos por enfermidades (BUSS P, 2000; BUISCHI YP,
2003; SILVA RCL et al., 2006; PAULA IC e SANTOS MS, 2018).
A promoção de saúde deve acontecer em qualquer espaço da comunidade, e não
somente nos postos de saúde. Associações, igrejas, praças e principalmente nas escolas,
devem ser desenvolvidas atividades que visem a melhoria das condições de saúde e bem-
-estar da comunidade. A escola deverá receber atenção especial, visto que se pode alcançar
vários grupos sociais: alunos, famílias, além de professores e funcionários, ou seja, a escola
é um caminho para se abranger grande parte da comunidade (ANQUILANTE AG et al., 2003;
SÁ LO e VASCONCELOS MMVB, 2009).
A inserção dos programas de saúde nas comunidades escolares tem abrangência
inigualável, e pode ser ainda mais ampliada através do envolvimento dos gestores em
saúde e líderes locais e comunitários. Um trabalho coletivo, com engajamento social am-
plo, possibilita uma maior efetividade das políticas de saúde. As atividades desenvolvidas
devem ser planejadas de maneira a focar o público alvo, utilizando materiais adequados às
idades escolares, e aos adultos que participarão das ações. Dessa forma haverá um maior
engajamento da sociedade nas políticas de prevenção e promoção à saúde (BRASIL, 2004;
BALDINI MH et al., 2003; PAULA IC e SANTOS MS, 2018).
Um dos princípios fundamentais da promoção de saúde é o desenvolvimento de ações
destinadas às necessidades da população alvo. Neste sentido, o pré-requisito indispensá-
vel para o sucesso é o conhecimento da epidemiologia das doenças bucais, a realidade de
cada uma das pessoas, como se organizam na comunidade e solucionam os problemas
individuais e coletivos, o modo de vida, as crenças, os valores, anseios, enfim, estratégias
essências para se conhecer o grupo e então promover ações em saúde adequadas à rea-
lidade (BARROS SG e CHAVES SCL, 2003; PIVEZAM G et al., 2005).
Para Buishi YP (2003), a promoção de saúde é uma ação muito mais ampla do que
simplesmente repassar informações às pessoas. Orientar os pacientes de saúde bucal, sobre
a forma correta de realizar a escovação dental ou a importância da utilização dos dentifrícios
fluoretados durante esse processo não se traduz, sozinha, em promoção de saúde. Essa
promoção deverá ser uma ação global que tenha como objetivo a melhoria das condições
MÉTODOS
Figura 1. Instrumento para Coleta de Dados (baseado no estudo de ALMEIDA GCM e FERREIRA MAF, 2008).
Nas tabelas que se seguem, estão descritos os resultados referentes a todas as vari-
áveis estudas na presente pesquisa.
Tabela 1. Distribuição das variáveis: educação em saúde; escovação supervisionada; incentivo dos gestores; atividades
educativas/ preventivas em grupos específicos; acesso à escova e pasta fluoretada; campanhas preventivas.
VARIÁVEIS N %
Realização de Educação em Saúde 16 100
Realização de Escovação Supervisionada 16 100
Recebimento de Incentivo dos Gestores 16 100
Realização de atividades educativas/ preventivas em grupos específicos (como idosos,
16 100
gestantes, hipertensos, diabéticos e trabalhadores)
Acesso à escova dental e pasta fluoretada 16 100
Realização de campanhas preventivas (Câncer Bucal, Tabagismo, Prevenção da Cárie 15 97
Tabela 3. Distribuição dos profissionais que realizam a escovação supervisionada e as atividades de educação em saúde
bucal.
Tabela 4. Distribuição das variáveis: local de realização da atividade educativa; e recurso utilizado para educação em saúde.
Escolas e Creches Escolas, Unidades de Saúde e Domicílio Unidades de Saúde
Local de realização da Atividade Educativa 58,8% 35,3% 5,9%
Recurso utilizado para Educação em Saúde Álbum Seriado 17,6% Vídeo 76,5% Nenhum 3,5%
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ALMEIDA GCM, FERREIRA MÂF. Saúde bucal no contexto do Programa Saúde da Família:
práticas de prevenção orientadas ao indivíduo e ao coletivo. Cad Saúde Publica, Rio de Janeiro,
2008; 24(9): 2131-2140.
AQUILANTE AG et al. The importance of dental health education for preschool children. Rev
Odontol. UNESP, Araraquara, 2003; v. 32(1):39-45.
BALDINI MH, FADEL CB, POSSAMAI T, QUEIROZ MGS. A Inserção da Saúde Bucal no Pro-
grama Saúde da Família no Estado do Paraná. Brasil. Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro,
2003;1(2):27-32
BUISCHI YP. Promoção de saúde bucal na clínica odontológica. São Paulo, Artes Médicas, 2003.
BUSS P. Promoção da saúde e qualidade de vida. Ciência & Saúde coletiva, 2000; 5(1): 163-177.
ISMAIL AI, BURT AA., EKLUND SA. Epidemiologic patterns of smoking and periodontal disease
in the United States. JADA, San Francisco, 1983; 306:617-621.
LEAVELL HR, CLARK EG. Medicina preventiva. São Paulo: McGraw Hill do Brasil, 1976.
MURRAY JJ, NAYLOR MN. Fluorides and dental caries, pp. 32-67. In JJ Murray (org.). The pre-
vention of oral disease. (3 ed.). Oxford University Press, Nova York (1996).
PEREIRA GDS et al. A PROMOÇÃO DA SAÚDE BUCAL NO CONTEXTO ESCOLAR: UMA RE-
VISÃO INTEGRATIVA. Revista Expressão Católica Saúde, Quixadá, 2017; 2(2):9-16.
PIUVEZAM G et al. Ações de promoção em saúde bucal: um estudo com o povo indígena Tre-
membé, CE. ROBRAC. Revista de Odontologia do Brasil Central, 2005; 14(37):60-64.
SÁ LO, VASCONCELOS MMVB. A Importância da educação em saúde bucal nas escolas de Ensino
Fundamental - Revisão de literatura. Odontologia Clín-Científic, 2009;8(4):299-303.
SIGERIST HE. The University at the crossroads. New York: Henry Schumann Publishers (1946).
SILVA AH, ROSSONI E, SANTOS UEL. Título do artigo. Braz j periodontol, 2018; 28(2):7-13.
SILVA RCL et al. Quimo-Enfermagem. Políticas Pública de Saúde. Rio de Janeiro: Editora Aguia
Dourada, 2006.
VENÂNCIO DR et al. Promoção da saúde bucal: desenvolvendo material lúdico para crianças na
faixa etária pré- escolar. J Health Sci Inst. São Paulo, 2011; 29(3):153-156.
WINSLOW CA. The unitilled fields of public health. Science, 1951 51(1306):23-50.
MELO, T. R. N. B. DE; COSTA, P. DE S.; BRAGA, V. K. A.; DINIZ, M. DE A. G.; DE OLIVEIRA JÚ-
NIOR, A. G. Educação em saúde bucal: estudo das estratégias adotadas nas unidades de saúde do
interior do Ceará. Revista Eletrônica Acervo Saúde, n. 31, p. e1083, 31 ago. 2019. Artigo original.
10.37885/200700572
RESUMO
MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Conteúdo IVC*
Conteúdo Ivc*
Tabela 3. Diretrizes de educação em saúde para profissionais de saúde que atuam no contexto do ensino médio validado
pelos juízes especialistas – validação de conteúdo. Recife-PE, 2019.
Conteúdo IVC*
Tabela 4. Avaliação dos profissionais de saúde (população-alvo) sobre os aspectos semânticos das diretrizes de educação
em saúde para profissionais de saúde que atuam no contexto do ensino médio calculado pelo índice de validade de
conteúdo (1ª rodada método Delphi). Recife-PE, 2019.
Conteúdo IVC*
Eixo I: Temas gerais
Saúde do homem 0,89
Saúde da mulher 1,00
Saúde corporal 0,67
Saúde mental 0,89
Eixo II: Nutrição
Saúde nutricional/alimentação saudável/hábitos alimentares 1,00
Educação alimentar e nutricional 0,89
Obesidade e sobrepeso 1,00
Anorexia 1,00
Transtornos alimentares 1,00
Desperdícios de alimentos 1,00
Eixo III: Sexualidade e reprodução
Saúde sexual, reprodutiva e planejamento familiar 1,00
Gênero e sexualidade 0,89
Doenças sexualmente transmissiveis (DST’s) e IST’s 1,00
AIDS/HIV 1,00
Eixo IV: Segurança física e do meio ambiente
Saúde e segurança na escola 0,78
Primeiros socorros 0,89
Combate a incêndio 0,89
Educação ambiental 0,78
Ergonomia 0,89
Eixo V: Atividade física
Atividades físicas (alongamentos, caminhada e esportes) 0,89
Eixo VI: Psicossocial
Relacionamento abusivo 0,89
Violência 1,00
Depressão 1,00
Suicídio 1,00
Bulling 1,00
Comportamentos auto-mutilantes 1,00
Vida/pressão familiar e social 1,00
Ansiedade 1,00
Auto-estima 1,00
Bulimia 1,00
Legenda: *Índice de Validade de Conteúdo. Fonte: Carvalho IKS, Andreto LM, 2020.
Tabela 5. Abaixo, mostra-se o resultado da segunda rodada que teve a participação de cinco dos nove juízes participantes
da primeira rodada, sendo assim, nesta rodada, tive-se a perda de 45,5% (4) dos profissionais de saúde do grupo inicial
selecionado para realizar a validação semântica.
Conteúdo IVC*
Eixo I: Temas gerais
Saúde corporal 0,60
Higiene corporal (em substituição ao item saúde corporal) 0,40
Eixo IV: Segurança física e do meio ambiente
Saúde e segurança na escola 1,00
Educação ambiental 1,00
Legenda: *Índice de validade de conteúdo. Fonte: Carvalho IKS, Andreto LM, 2020.
Tabela 6. Diretrizes de educação em saúde para profissionais de saúde no contexto do ensino médio calculado pelo índice
de validade de conteúdo – validação semântica. Recife-PE, 2019.
Conteúdo IVC*
Eixo I: Temas gerais
Saúde do homem 0,89
Saúde da mulher 1,00
Saúde corporal 0,60
Saúde mental 0,89
Eixo II: Nutrição
Saúde nutricional/alimentação saudável/hábitos alimentares 1,00
Educação alimentar e nutricional 0,89
Obesidade e sobrepeso 1,00
Anorexia 1,00
Transtornos alimentares 1,00
Desperdícios de alimentos 1,00
Eixo III: Sexualidade e reprodução
Saúde sexual, reprodutiva e planejamento familiar 1,00
Gênero e sexualidade 0,89
Doenças sexualmente transmissiveis (DST’s) e IST’s 1,00
AIDS/HIV 1,00
Eixo IV: Segurança física e do meio ambiente
Saúde e segurança na escola 1,00
Primeiros socorros 0,89
Combate a incêndio 0,89
Educação ambiental 1,00
Ergonomia 0,89
Eixo V: Atividade física
Atividades físicas (alongamentos, caminhada e esportes) 0,89
Eixo VI: Psicossocial
Relacionamento abusivo 0,89
Violência 1,00
Depressão 1,00
Suicídio 1,00
Bulling 1,00
Comportamentos auto-mutilantes 1,00
Vida/pressão familiar e social 1,00
Ansiedade 1,00
Auto-estima 1,00
Bulimia 1,00
Direitos humanos 1,00
Discriminação racial 1,00
Drogas (lícitas e ilicitas) 1,00
Cidadania 1,00
Inclusão e diversidade 1,00
Estatuto da criança e do adolescente 1,00
Abuso sexual e exploração de crianças e adolescentes 1,00
Atendimento educacional especializado 0,89
Eixo VII – Doenças, afecções, infecções e transtornos
Tabagismo 1,00
Legenda: *Índice de Validade de Conteúdo Fonte: Carvalho IKS, Andreto LM, 2020.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ALEXANDRE NM, COLUCI MZ. Validade de conteúdo nos processos de construção e adaptação
de instrumentos de medidas. Ciênc. Saúde coletiva, v 16, n. 7, PP 3061-8, 2011.
BLEICHER T, OLIVEIRA, RCN. Políticas de assistência estudantil em saúde nos institutos e uni-
versidades federais. Psicologia Escolar e Educacional. 2016; 20(3), 543-549.
BOND, KS, et al. Development of guidelines for family and non-professional helpers on assisting
an older person who is developing cognitive impairment or has dementia: a Delphi expert con-
sensus study. BMC Geriatrics, July 7th 2016, Vol.16(1), pp.129.
BRASIL. Decreto nº 7.234, de 19 de Julho de 2010. Dispõe sobre o Programa Nacional de Assis-
tência Estudantil – PNAES. Diário Oficial da União 20 jul 2010.
CARDOSO V, et al. Escolas Promotoras de Saúde. Rev Bras Crescimento Desenvol Hum. 2008;
18(2): 107-115.
GUETERRES ÉC, et al. Educación para la salud en el contexto escolar: estudio de revisión inte-
gradora. Enferm. glob. [Internet]. 2017
JONES SE, et al. Association Between School District Policies that Address Chronic Health Condi-
tions of Students and Professional Development for School Nurses on such Policies. The Journal
of school nursing: the official publication of the National Association of School Nurses. 2015;31(3):
163-166.doi:10.1177/1059840514547275.
LIKERT RA. Technique for the measurement of attitudes. Archives of Psychology. n. 140, p. 44-
53, 1932.
MONT’ALVERNE DGB, CATRIB AMF. Promoção da saúde e as escolas: como avançar. Rev Bras
em Promoção da Saúde. 2013;26(3): 307-308.
MONTEIRO PHI, BIZZO N. A saúde na escola: análise dos documentos de referência nos quarenta
anos de obrigatoriedade dos programas de saúde, His Cienc Saúde. 2014;22(2): 411-427.
ROGERS R, et al. Top 10 Lessons Learned from Project Healthy Schools. The American Journal
of Medicine. 2017; Volume 130, Issue 8, 990.e1- 990.e7.
SEIGART D, et al. Barriers to providing school-based health care: International case comparisons.
Collegian. 2013; Volume 20, Issue 1, 43 – 50.
10.37885/200600556
RESUMO
RELATO DO CASO
Após 4 dias de internação foram realizados novos exames (Tabela 3), evidenciando
progressão do quadro colestático. Dos exames realizados, foi dado uma importância maior
ao CA 19-9, o qual apresentou um valor consideravelmente elevado, sugestivo de neoplasia
DISCUSSÃO
A síndrome de Mirizzi foi descrita primeiramente no ano de 1948 por Pablo Luis Mirizzi.
Atualmente é classificada em cinco tipos, sendo usado como parâmetros a compressão do
ducto hepático ou a existência de fístula colecistobiliar ou colecistoentérica e o diâmetro
desta. Este tipo de acometimento pode ser sugerido através de alguns exames, como os
de imagem da via biliar, contudo há uma dificuldade no diagnóstico pré-operatório e muitos
pacientes acabam não sendo diagnosticados e desta forma correndo maior risco de lesão
da via biliar, de forma iatrogênica, durante o ato cirúrgico (LAI ECH e LAU WY, et al., 2006;
PRINCIPE A, et al., 2003; CSENDES A., et al., 2008).
A compressão extrínseca da via biliar devido à impactação de cálculos no ducto cístico
ou no infundíbulo da vesícula, cursa geralmente com um quadro de dor abdominal associada
a icterícia e colangite. Além desses sintomas, o paciente pode apresentar náuseas, vômitos,
colúria, acolia fecal, prurido e hepatomegalia, sendo que o diagnóstico é dado na maior parte
dos casos, através de exames de imagem (LIN CL, et al., 1997; FONTES PRO, et al., 2012).
A alteração de exames como o CA 19-9 em portadores de doenças benignas possui
relatos na literatura e pode surgir em pacientes com doenças biliopancreáticas ou em outros
locais do trato gastrointestinal, todavia, a elevação em níveis muito altos é incomum nas
patologias benignas. A síndrome de Mirizzi apresenta-se como uma das condições raras
que podem ter essa elevação dos níveis de CA 19-9, sendo está a situação aqui relatada
(FONTES PRO, et al., 2012).
Muitos casos benignos que apresentam elevação dos níveis do CA 19-9 surgem diante
de um quadro de hiperbilirrubinemia secundária à obstrução biliar e os valores deste antígeno
tem como característica decrescerem ou até normalizarem depois que se tem a resolução
do quadro colestático. Este fato foi evidenciado no quadro da paciente aqui relatada, a qual
já apresentava normalização desse marcador após 8 semanas de pós-operatório (MANN
DV, et al., 2000; ROBERTSON AG e DAVIDSON BR, 2007).
Hodiernamente, sabe-se que o antígeno marcador CA 19-9 é um produto produzido
pelo epitélio da via biliar e secretado por meio da bile. Desta forma, diante de uma obstrução
em um ponto da via biliar, tem-se como consequência uma diminuição da excreção deste
produto e, consequentemente, aumento na sua absorção, o que contribui para o seu achado
alterado nos exames laboratoriais. Em patologias benignas, após melhora do quadro, seus
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A síndrome de Mirizzi, ainda que uma afecção pouco frequente, é uma das possibili-
dades etiológicas, descritas na literatura, para a elevação do marcador tumoral CA 19-9, e
mesmo sendo encontrado até então, um número muito pequeno de relatos médicos, é um
diagnóstico benigno para situações que cursam com elevação do antígeno carboidrato de
superfície celular, que tem seu valor de referência normalizado após tratamento cirúrgico
do processo obstrutivo. Dessa forma, ressalta-se a importância da descrição do caso aqui
discutido.
REFERÊNCIAS
BALLEHANINNA UK, CHAMBERLAIN RS. The clinical utility of serum CA 19-9 in the diagnosis,
prognosis and management of pancreatic adenocarcinoma: An evidence based appraisal. Journal
of Gastrointestinal Oncology, 2012; 3(2): 105-119.
FONTES PRO, et al. Síndrome de Mirizzi em associação com níveis séricos de CA 19-9 superiores
a 20.000 U/mL: é possível? ABCD: Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo), 2012;
25(1): 69-70.
GIBOR U, et al. CA 19-9 in the Presence of Obstructive Jaundice due to Mirizzi Syndrome. The
Israel Medical Association Journal, 2015;17(1): 60-61.
SHAH OJ, et al. Management of Mirizzi syndrome: a new surgical approach. ANZ Journal Surgery,
2001; 71: 423-427.
SILVA JB, et al. Síndrome de Mirizzi associada à fístula colecistogástrica. Relatos Casos Cirúrgi-
cos, 2016; (2): 1-3
JUNIOR EVM, et al. Mirizzi’s syndrome:case report and literature review. GED, 2015; 14(1).
ROBERTSON AG, DAVIDSON BR. Mirizzi syndrome complicating an anomalous biliary tract: a
novel cause of a hugely elevated CA19-9. Eur Journal Gastroenterology Hepatology, 2007; 19(2):
167-69.
LAI ECH, LAU WY. Mirizzi Syndrome: history, present and future development. ANZ, J. Surgery,
2006; 76: 251
IBRARULLAH M, et al. Mirizzi syndrome. Indian Journal of Surgery, 2008; 70: 281-287.
CSENDES A, et al. The Relationship of Mirizzi Syndrome and Cholecystoenteric Fistula: Validation
of a Modified Classification. World Journal Surgery, 2008; 32: 2237-2243.
LACERDA PS, et al. Mirizzi syndrome: A surgical challenge. ABCD: Arquivos Brasileiros de Cirurgia
Digestiva (São Paulo), 2014; 27(3): 226-227.
ROSENFELD LG, et al. Valores de referência para exames laboratoriais de hemograma da po-
pulação adulta brasileira: Pesquisa Nacional de Saúde. Rev. bras. epidemiol., Rio de Janeiro ,
2019; 22(2).
LEITE LMC, COELHO JF. Síndrome de Mirizzi: contribuição ao diagnóstico e à terapêutica. Ra-
diologia Brasileira, 2006; 39(3): 226.
LIN CL, et al. Mirizzi's syndrome with a high CA19-9 level mimicking cholangiocarcinoma. Am J
Gastroenterol, 1997; 92(12): 2309-10.
MANN DV, et al. Elevated tumour marker CA19-9: clinical interpretation and influence of obstructive
jaundice. Eur Journal Surgery Oncology, 2000; 26(5): 474-79.
PRINCIPE A, et al. Mirizzi syndrome with cholecysto-choledocal fistula with a high CA19-9 level
mimicking biliary malignancies: a case report. Hepato-gastroenterology, 2003; 50(53): 1259-62.
SANCHEZ M, et al. Elevated CA 19-9 levels in a patient with Mirizzi syndrome: case report. South
Med Journal, 2006; 99(2):160-63.
KAIRALA, R. C. O. M.; INÊS, P. A. C.; PERDUCA, R. G.; DAHER, B. L.; SILVA, B. L.; LEMOS, A.
F.; ZAMBRANA, D. R. C.; SILVA, C. C. F. C.; REVIRIEGO, C. H. F.; PEREIRA, M. C. N. Elevação
dos níveis de CA 19-9 em portadores de Síndrome de Mirizzi na ausência de doença maligna: um
relato de caso. Revista Eletrônica Acervo Saúde, n. 48, p. e2882, 14 maio 2020. Artigo original.