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TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
Tópicos Físicos, Químicos e
Biológicos
- Volume 3
1ª Edição
2020
Copyright© 2020 por Editora Científica Digital
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos
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Editor Executivo
João Batista Quintela
Editor Científico
Prof. Dr. Robson José de Oliveira
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Érica Braga Freire
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Arte e Diagramação
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Bibliotecário
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Jurídico
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CONSELHO EDITORIAL
Prof. Dr. Robson José de Oliveira - Universidade Federal do Piauí
Prof. Me. Ernane Rosa Martins - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás
Prof. Me. Reinaldo Eduardo da Silva Sale - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará
Prof. Me. Hudson Wallença Oliveira e Sousa - Instituto Nordeste de Educação Superior e Pós-Graduação
Prof. Dr. Wescley Viana Evangelista - Universidade do Estado de Mato Grosso Carlos Alberto Reyes Maldonado
Prof. Me. Marcelo da Fonseca Ferreira da Silva - Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória
Profª. Ma. Juliana Campos Pinheiro - Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Profª. Dra. Maria Cristina Zago - Faculdade de Ciências Administrativas e Contábeis de Atibaia
Profª. Dra. Gracielle Teodora da Costa Pinto Coelho - Centro Universitário de Sete Lagoas
Profª. Ma. Glória Maria de França - Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Profª. Dra. Carla da Silva Sousa - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano
SUMÁRIO
CAPÍTULO 01 .......................................................................................................................................... 13
Silmara Hellen dos Santos Tavares; Flávia Roseira dos Reis; Ádria Rafaela Vulcão Pereira; Laudiceia
de Abreu Costa; Jodivan Ferreira Vaz; Natalino da Costa Sousa; Carlos Alberto Martins Cordeiro
DOI: 10.37885/200801013
CAPÍTULO 02 .......................................................................................................................................... 22
DOI: 10.37885/201001635
CAPÍTULO 03 .......................................................................................................................................... 38
Milton de Jesus Filho; Kátia Silva Maciel; Luciano José Quintão Teixeira; Mateus Silva Junqueira
DOI: 10.37885/201001695
CAPÍTULO 04 .......................................................................................................................................... 54
Renata Gati Dala Bernardina; Selma Garcia Holtz; Irany Rodrigues Pretti; Larissa Leandro Cruz; Daniela
Barros de Oliveira
DOI: 10.37885/200801016
CAPÍTULO 05 .......................................................................................................................................... 63
Juliana Sousa Bogéa; Daniela Aguiar Penha Brito; Amanda Pereira Lima
DOI: 10.37885/200901435
CAPÍTULO 06 .......................................................................................................................................... 72
Elizabete Lourenço da Costa; Rodrigo Vieira Gonzaga; Ana Carolina Lambert Magalhães
DOI: 10.37885/201001766
SUMÁRIO
CAPÍTULO 07 .......................................................................................................................................... 84
Jonathan dos Santos Viana; Maria do Socorro Nahuz Lourenço; Thayane Leonel Alves; Luiz
Fabiano Palaretti
DOI: 10.37885/200901528
CAPÍTULO 08 .......................................................................................................................................... 97
Lohanne Franciele Damasceno Martins; Renata Teixeira Pfrimer; Claudio Fernandes Cardoso; Clarice
Gebara; Edmar Soares Nicolau
DOI: 10.37885/201001753
CAPÍTULO 09 .........................................................................................................................................115
Antônio Jason Gonçalves da Costa; Bárbara Karoline Rêgo Beserra Alves; Ana Cibele Pereira Sousa;
Rosangela Maria Oliveira Marinho; Ídila Maria da Silva Araújo; Beatriz dos Santos Dantas; Maria Nilka
de Oliveira; Joilane Alves Pereira-Freire; Stella Regina Arcanjo Medeiros
DOI: 10.37885/200901252
CRAFT BEER ADDED WITH PINK PEPPER: STUDYING PACKAGE, ACCEPTANCE AND PURCHASE
INTENTION OF THE BEVERAGE
Mila Marques Gamba; Beatriz Módolo Busato; Sara Fernandes Leão; Thallis Abdalla de Oliveira Prata
Monteiro; Raquel Vieira de Carvalho; Tarcísio Lima Filho; Suzana Maria Della Lucia
DOI: 10.37885/201001654
Natalia Caroline de Azevedo; Valéria Cristina dos Santos Camargo; Cinthia Elizabeth Fuentes-Jaime;
Carla Cristina Enes
DOI: 10.37885/200901481
SUMÁRIO
CAPÍTULO 12 ........................................................................................................................................ 170
Dayane Nunes Barros; Venancio Ferreira de Moraes Neto; Aline Maria Tenório Elias; Marcelo Edvan dos
Santos Silva; Alexandre Tavares da Rocha; Marcelo Metri Corrêa; Alexandre Ricardo Pereira Schuler;
Suzana Pedroza da Silva
DOI: 10.37885/200901458
Gabrielle Carvalho Silva Oliveira; Sônia de Oliveira Duque Paciulli; Gaby Patricia Terán Ortiz; Ana Cardoso
Clemente Filha Ferreira de Paula
DOI: 10.37885/201001627
Ana Paula de Oliveira Pinheiro; Gabriel Silvério Filbido; Daphane da Cruz e Silva; Ricardo Dalla Villa;
Adriana Paiva de Oliveira
CAPÍTULO 15 ........................................................................................................................................ 217
Selma Garcia Holtz; Renata Gati Dala Bernardina; Irany Rodrigues Pretti; Edinei José Armani Borghi;
Daniela Barros de Oliveira
DOI: 10.37885/200901476
Suéllen Junger Costa; Dara Ramos Carolino; Ariele Grillo Mesabarba; Fabiana de Cássia Carvalho Oliveira
DOI: 10.37885/201001744
DOI: 10.37885/200901473
SUMÁRIO
CAPÍTULO 18 ........................................................................................................................................ 255
Aline Carare Candido; Marisa da Silva Corrêa; Ariele Grillo Mesabarba; Suéllen Junger Costa; Dara
Ramos Carolino; Fabiana de Cássia Carvalho Oliveira
DOI: 10.37885/201001743
DOI: 10.37885/201001756
DOI: 10.37885/201001584
Ester Helena Alves; Suelene Francisca da Silva Bispo dos Santos; Priscila Hoffmann Carvalho; Vania
Battestin Wiendl
DOI: 10.37885/201001633
Bruna Rekowsky; Isabelle Viana; Islaine Silva; Tamires Ferreira; Carlos Cavalheiro; Karina Magalhães-
Guedes; Marion Costa
DOI: 10.37885/201001718
Vanessa Bonfim da Silva; Bruna Cerqueira dos Santos; Beatriz Pinheiro de Oliveira Alves; Leonardo
Fonseca Maciel; Nelson de Carvalho Delfino; Emanoel Ferreira Martins Filho; Alessandra Estrela-Lima;
Marion Pereira da Costa
DOI: 10.37885/201001629
SUMÁRIO
CAPÍTULO 24 ........................................................................................................................................ 337
DOI: 10.37885/201001745
DOI: 10.37885/201001640
Ricardo Midding; Douglas Klein; Kaio Alex Woelfer; Luca Weber Kinast; Willian Felipe Dall Agnol; Débora
Roberta Grutka; Gabriel Billian
DOI: 10.37885/200901357
Diogo Eduardo Backes; Estevan Bruch Lauersdorf; Edson José Roberto; Guilherme Loffi; Luiz Antônio
Gerhardt Giacomini; Maicon Sulivan Corrente Schaffer; Samir Eduardo Patel Sapelli
DOI: 10.37885/201001628
Tayane Paulo da Silva; Jessica Lorrane Pereira de Matos; Elida Simone Guido; Felipe da Silva Figueira;
Davi Novaes Ladeia Fogaça; Jamilly Ribeiro Lopes
DOI: 10.37885/201001729
Roni Peterson Carlos; Carlos Henrique Milagres Ribeiro; Thatyelle Cristina Bonifácio; Lucas Ferreira
Costa; Pedro Henrique Ferreira Costa; Jacqueline Paula do Nascimento Mateus; Teresa Drummond
Correia; Laércio Boratto de Paula; Marcelo Zózimo da Silva; José Alcir Barros de Oliveira
DOI: 10.37885/201001579
SUMÁRIO
CAPÍTULO 30 ........................................................................................................................................ 415
André Von Randow de Assis; Ramon Gomes de Castro Lourenço; Suzana Fernandes Gomes
DOI: 10.37885/201001739
10.37885/200801013
RESUMO
MATERIAIS E MÉTODOS
A formulação ocorreu através do uso de CMS das espécies pescada Branca (Plagioscion
squamosissimus) e tucunaré (Cichla ocellaris), as espécies são facilmente encontradas com
preços relativamente acessíveis. Posteriormente as porções de CMS foram imersas, sepa-
radamente, em uma solução de água, sal e suco de limão permanecendo em repouso por
30 minutos. Após esse período, foram lavados e colocados em água fervente por 4 minutos,
em seguida foram congelados até o preparo das panquecas.
A execução e a montagem do produto foram preparadas separadamente. A massa
foi preparada utilizando-se trigo, ovos, leite, óleo vegetal e sal, enquanto que os recheios,
com ambas as espécies, foram cozidos em água e sal e posteriormente refogadas com,
manteiga, cebola, alho, tomate, pimentão, molho de tomate, limão, creme de leite e ceboli-
nha. O molho branco (ou bechamel) foi preparado com manteiga, trigo, orégano e sal. Por
fim, as panquecas foram montadas, sendo colocado o recheio na massa, acondicionadas
uma a uma em um refratário e o molho branco posto por cima das panquecas.
Para a avaliação sensorial das panquecas, foram convidadas 25 pessoas não treina-
das para avaliação da aceitação e perfil de característica. As amostras foram apresentadas
juntas, no entanto identificadas com combinações de três dígitos e uma letra, de acordo
com a metodologia proposta por TEIXEIRA ET AL, (1987). Foi pedido aos provadores que
avaliassem parâmetros como: aparência, aroma, cor, sabor, textura, aceitação global e fre-
quência de consumo, baseados no método de TEIXEIRA ET AL, (1987). Foram utilizadas
fichas com teste de aceitação em escala hedônica estruturada de 9 pontos, ancorada entre
os pontos de mínimo e máximo classificados como: desgostei extremamente (1) até gostei
extremamente (9).
A frequência de consumo recebeu avaliação em escala hedônica de 1 a 9, com clas-
sificação diferenciada descrita em: só comeria isto se fosse forçado (a) (1), só comeria isto
se não pudesse escolher outro alimento (2), raramente comeria isto (3), não gosto disso,
mas comeria ocasionalmente (4), comeria isto se tivesse acessível, mas não me esforçaria
para isto (5), gosto disto e comeria de vez em quando (6), comeria isto frequentemente (7),
comeria isto muito frequentemente (8) e comeria isto sempre que tivesse oportunidade (9).
A análise econômica do produto foi feita a partir de um cálculo utilizando a regra de três
para proporção exata (em kg, mL ou un) e preço de cada item utilizado na formulação. No final,
RESULTADOS E DISCUSSÕES
A análise sensorial pode ser aplicada para determinar a aceitação de um produto por
parte dos consumidores, com o intuito da aceitação de novos produtos, no melhoramento
de produtos, ou ainda em estudos para redução de custos, controle de qualidade e, entre
outras aplicações (SILVA J. et al., 2013).
Os atributos de classificação: aparência, aroma, cor, sabor, textura e aceitação global,
obtiveram notas com médias todos acima de 8,0 para o elaborado de pescada branca. No en-
tanto o elaborado de tucunaré obteve notas médias acima de 7,0 para os atributos aroma e
cor, para os demais atributos todas as médias foram acima de 8,0.
O atributo frequência de consumo obteve uma média finalizada de 8,71 para o elaborado
que continha pescada branca e média final de 7,62 para o elaborado com tucunaré. Em seu
estudo com empanados de três espécies de peixes, NETTO, (2010) obteve resultados de
frequência de consumo por meio de porcentagens, sendo: 67% para steak de pacú (Piaractus
mesopotamicus), 70% para steak de jundiá (Rhandia quelen) e 70% para steak de tilápia
(Oreochromis niloticus).
O resultado para o atributo índice de aceitação (IA) da amostra de panqueca de pescada
branca foi de 93,58% e para a amostra de panqueca de tucunaré, o resultado foi de 89,80%
de aceitação, como representado na tabela 3. A combinação de massas e pescado possui
uma boa aceitabilidade, MALUF et al.,(2010) provou isso em seu estudo com, elaboração
de massa fresca de macarrão enriquecida com pescado defumado, onde obteve um índice
de aceitação de 97%.
No teste de preferência pareada, dos 25 avaliadores, 8 preferiram a panqueca de pes-
cada branca e os outros 17 preferiram a panqueca de tucunaré, desse modo, não houve
diferença significativa de preferência entre as amostras (tabela 4).
Panquecas
Atributo Escore
Pescada Tucunaré
Aparência 1a9 8,57 ± 0,81 8,33 ± 0,91
Aroma 1a9 8,14 ± 1,11 7,9 ± 1,26
Cor 1a9 8,14 ± 0,96 7,95 ± 1,07
Sabor 1a9 8,57 ± 0,68 8,52 ± 0,75
Textura 1a9 8,43 ± 0,87 8,14 ± 1,01
Aceitação global 1a9 8,38 ± 0,97 8,1 ± 1,04
Índice de aceitação 0 a 100% 93,58 89,80
Frequência de consumo 1a9 8,71 ± 0,56 7,62 ± 1,43
AMOSTRA DE PREFERÊNCIA
Tucunaré 762B 17
CONCLUSÃO
8. FAO. World fisheries and aquaculture in review. SOFIA, v. 35, n. 3, p. 4–13, 2020.
10. FONSECA, L. S. et al, Análise sensorial de empanados sem glúten elaborados a partir
de carne de peixe, 2016.
11. GODOY, L. C. et al, Análise sensorial de caldos e canjas elaborados com farinha de car-
caças de peixe defumadas: aplicação na merenda escolar, 2010.
12. MALUF, M. L. F. et al. Elaboração de massa fresca de macarrão enriquecida com pescado
defumado. Rev. Inst. Adolfo Lutz, v. 69, n. 1, p. 84–90, 2010.
15. SILVA, J. et al. Avaliação sensorial de pescado empanado produzido com carne mecani-
camente separada de pacu cultivados em tanques-rede. Sensory evaluation of fish product :
of breaded produced of the minced of pacu raised in net cages. p. 4–7, [s.d.].
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RESUMO
Atualmente, o consumidor tem buscado cada vez mais o aproveitamento integral dos
alimentos visando economia, alimentação saudável e sustentabilidade. O maracujá é
rico em vitaminas, minerais e fibras, e sua utilização industrial na elaboração de polpa,
sucos, doces e sorvetes gera uma grande quantidade de subprodutos que podem che-
gar até 65% do peso do fruto. A casca, sendo rica em pectina, é de grande valia para a
produção de geleias, visto que a mesma é hidrossolúvel e forma gel quando em contato
com a água. Objetivou-se com esse trabalho, utilizar a poupa e a casca do maracujá para
a produção de geleia de fruta e verificar sua aceitabilidade, visando o aproveitamento
integral da fruta. Foram realizadas análises de sólidos totais, sólidos solúveis (ºBrix), pH,
acidez titulável, relação sólidos solúveis/acidez titulável (ratio), atividade de água, cor,
intenção de compra, além da qualidade sensorial das geleias em relação aos atributos
cor, aroma, textura, sabor e impressão global do produto desenvolvido a partir do suco
e da casca do maracujá com diferentes concentrações. Os resultados mostraram que
houve uma boa aceitabilidade da geleia de casca de maracujá pelos consumidores quanto
aos atributos sensoriais pesquisados, além de boa intenção de compra. Em relação à
composição centesimal o resíduo do processamento do maracujá possui teores altos
de fibras, lipídeos, cinzas (minerais) e proteínas, justificando o seu aproveitamento no
desenvolvimento de novos produtos com maior valor nutricional.
OBJETIVO
METODOLOGIA
As geleias foram elaboradas com o suco integral do maracujá, açúcar cristal e o extrato
líquido pectinoso obtido do albedo do maracujá, em três diferentes proporções, que foram
definidas em ensaios preliminares, conforme mostrado na Tabela 1.
INGREDIENTES F1 F2 F3
A cocção foi conduzida em panela de alumínio, com agitação manual contínua. Foi
adicionado no recipiente de cocção o extrato líquido pectinoso obtido do albedo de mara-
cujá, adicionando-se parte do açúcar e agitando-se suavemente até completa dissolução.
Iniciou-se o aquecimento sob contínua agitação e após cerca de 1 minuto de ebulição foi
acrescentado, de uma vez, o restante do açúcar. Ao atingir 12 minutos de ebulição cessou-
-se o aquecimento e foi adicionado gradativamente, porém mantendo a agitação, o suco
previamente aquecido até aproximadamente 95 °C.
Após essa etapa, a geleia foi envasada à quente em embalagens de vidro previamente
esterilizadas a 100 °C por 15 min, sendo então fechadas com tampa de metal e inverti-
das. Em seguida os vidros com as geleias foram resfriados em água até aproximadamente
40 °C e armazenados em temperatura ambiente.
As geleias foram analisadas quanto aos teores de sólidos totais, sólidos solúveis (ºBrix),
pH, acidez titulável e relação sólidos solúveis/acidez titulável (ratio) de acordo com os mé-
todos do Instituto Adolfo Lutz (IAL, 2008).
A análise sensorial das geleias foi realizada por meio do teste de aceitação, de acordo
com Reis e Minim (2013). Cada amostra foi testada por um grupo de 86 avaliadores não
treinados, que gostavam de geleia, devidamente informados sobre o estudo e que aceita-
ram participar do teste de aceitação sensorial assinando o Termo de Consentimento Livre
e Esclarecido. Os consumidores foram instruídos a marcarem em uma ficha a impressão
que o produto, como um todo, lhes causou quanto aos atributos de aparência, cor, odor,
sabor, consistência e impressão global. Para este teste utilizou-se uma escala hedônica de
9 pontos (9 = gostei extremamente, 5 = indiferente, 1 = desgostei extremamente). Os valo-
res numéricos foram posteriormente analisados estatísticamente. As amostras de geleias
codificadas com números de três dígitos foram servidas de forma aleatória e monódica em
cabines individuais no Laboratório de Análise Sensorial de Alimentos e acompanhadas de
água mineral à temperatura ambiente, para limpeza do palato entre as avaliações.
Na ficha da análise de aceitação sensorial aplicada aos avaliadores também foi apre-
sentado o teste de intenção de compra (IAL, 2008 – nº 167/IV), no qual os avaliadores ava-
liaram se “certamente comprariam o produto” (5), “possivelmente comprariam o produto”
(4), “talvez comprariam ou talvez não comprariam” (3), “possivelmente não comprariam o
produto” (2) e “certamente não comprariam o produto” (1).
Este projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética da Universidade Federal
do Espírito Santo para aprovação quanto aos cuidados éticos para o consumo por seres
humanos e obteve parecer de aprovação de número 2.243.644. A adesão dos avaliadores
ao trabalho foi mediante a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
RESULTADOS
Variáveis F1 F2 F3
Figura 02. Gráfico de intenção de compra do produto “geleia de polpa e casca de maracujá”.
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
1. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Análise sensorial dos alimentos e
bebidas: terminologia. 1993. 8p.
3. ANDERSEN, O.; ANDERSEN, V. U. As frutas silvestres brasileiras. 3. ed. São Paulo: Globo,
1989. 203p.
7. CHAUHAN, O. P.; ARCHANA, B. S.; SINGH, A.; RAJU, P. S.; BAWA, A.S. Utilization of tender
coconut pulp for jam making and its quality evaluation during storage. Food and Bioprocess
Technology, Dublin, v. 6, n. 6, p. 1444-1449, 2013.
10. CRUZ, C. D. Programa Genes: Biometria. Viçosa, MG: Editora UFV, 2006. 382p.
11. CUNHA, C. S. O.; SOUZA, R. M. D. de. Desenvolvimento de geleia de beterraba com mara-
cujá e a aceitabilidade do produto. 2010. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Nutrição) - Universidade Paulista, 2010.
13. FERREIRA, C. Z. Composição de geleias de morango preparadas com açúcar, sucos de frutas
ou edulcorantes. 2013. 28 f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Nutrição) – Uni-
versidade de Brasília, Brasília, DF, 2013.
14. GOMES, R. B.; SANTOS, M. B.; CARDOSO, R. L.; TAVARES, J. T. de Q.; CUNHA, D. da S.
Elaboração e avaliação físico-química e sensorial de geleia de maracujá com cenoura. Enci-
clopédia Biosfera, Centro Cientifico Conhecer- Goiânia, v. 9, n. 16, p. 2765-2770, 2013.
15. GUTKOSKI, L. C.; DURIGON, A.; MAZZUTTI, S.; SILVA, A. C. T.; ELIAS, M. C. Efeito do período
de maturação de grãos nas propriedades físicas e reológicas de trigo. Ciência e Tecnologia
de Alimentos, Campinas, v. 28, n. 4, p. 888-894, 2008.
16. HUNTERLAB. Hunter Associates Laboratory. Color measurement of cereal and cereal pro-
ducts. 2013. {online}. Disponível na Internet via: <http://www.hunterlab.com/node/653>. Arquivo
capturado em 26 de ago. 2018.
17. INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Métodos físico-químicos para análise de alimentos. 4 ed. São
Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 2008. 1020p.
19. ISHIMOTO, F. Y.; HARADA, A. I.; BRANCO, I. G.; CONCEIÇÃO, W. A. S.; COUTINHO, M. R.
Aproveitamento alternativo da casca do maracujá-amarelo (Passiflora edulis f. var. flavicarpa
Deg.) para produção de biscoitos. Revista Ciências Exatas e Naturais, v. 9, n. 2, p. 279-292,
2007.
20. JACKIX, M. H. Doces, geleias e frutas em calda. Campinas: Unicamp, Série Tecnologia de
Alimentos, 1988. 172p.
21. LIRA, I. F. de; JACKIX, M. de N. H. Utilização da casca do maracujá-amarelo (P. edulis f. flavi-
carpa, Degener) na produção de geleia. Fortaleza: EMBRAPA-CNPAT, Boletim de Pesquisa,
n. 17, 1996. 23p.
22. LOPES, R. L. T. Fabricação de geléias. Dossiê Técnico. Belo Horizonte: CETEC, 2007. 30p.
23. MACIEL, M. I. S.; MELO, E. A.; LIMA, V. L. A. G. de; SILVA, W. S. da; MARANHÃO, C. M. C.;
SOUZA, K. A. de. Características sensoriais e físico-químicas de geleias mistas de manga e
acerola. Boletim do CEPPA, Curitiba, v. 27, n. 2, p. 247-256, jul./dez. 2009.
28. OLIVEIRA, L. F., NASCIMENTO, M. R. F., BORGES, S. V., RIBEIRO, P. C. N.; RUBACK, V.
R. Aproveitamento alternativo da casca do maracujá-amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa)
para produção de doce em calda. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 22, n. 3,
p. 259-262, 2002.
30. REIS, R. C.; MINIM, V. P. R. Testes de aceitação. In: MINIM, V. P. R. (Ed.). Análise sensorial
– estudos com consumidores. 3 ed. atualizada e ampliada. Viçosa: Editora UFV, cap. 3, p.
65-81, 2013.
33. SOUCI, S. W.; FACHMAN, W.; KRAUT, H. Food composition and nutrition tables, 6 ed. Stut-
tgart: Medpharm, 2000.
34. VIANA, L. Análise Sensorial na Indústria de Alimentos. In: Rehagro. Brasil, Dez. 2005. {online}.
Disponível em: <http://www.rehagro.com.br/noticias>. Acessado em 29 Ago. 2018.
10.37885/201001695
RESUMO
O objetivo desse trabalho foi avaliar os efeitos de revestimentos comestíveis nas caracte-
rísticas físico-químicas de uvas da variedade Rubi armazenadas sob refrigeração. O de-
lineamento experimental foi realizado em parcelas subdivididas. As soluções utilizadas
foram de 3% de fécula de batata, 5% de amido de milho e 5% de gelatina. As amos-
tras foram armazenadas sob refrigeração a 8 ± 2 ºC e avaliadas com 1, 5, 10, 15 e 20
dias. Ao longo do tempo investigado verificou-se para todos os revestimentos um aumento
do pH e a redução da acidez, e após período tendeu-se a estabilizar, o que não ocorreu
para a amostra controle. Não foi encontrado efeito dos revestimentos na redução da perda
de massa. O teor de sólidos solúveis e ratio aumentaram durante o tempo de armazena-
mento. As uvas sem revestimentos e as revestidas com amido de milho proporcionaram
maiores reduções de antocianinas totais. As amostras de uvas revestidas apresentaram
percepção sensorialmente em relação à amostra controle. Quanto aos parâmetros de
textura, as amostras revestidas com gelatina obtiveram menor variação quanto a dureza
e ocorreu uma diminuição da elasticidade em todos os tratamentos. Quando comparadas
todas as amostras estudadas, a gelatina proporcionou melhores resultados, uma vez
que as uvas revestidas com esse material apresentaram maior estabilidade durante os
20 dias de armazenamento.
As uvas são frutas não climatéricas que possuem diversos compostos na sua compo-
sição, destacando-se os açúcares, ácidos, pectinas, gomas, compostos aromáticos e com-
postos fenólicos. As antocianinas são um dos compostos majoritários das uvas, responsáveis
pela coloração característica e que têm diversas funções para os seres humanos, como efeito
antioxidante, antitumoral, além de contribuir na prevenção de doenças cardíacas e inflama-
tórias (BURIN et al., 2010). No entanto, apresentam alta perecibilidade pós-colheita o que
pode acarretar alterações na cor, perda de peso, firmeza e compostos bioativos (PASTOR
et al., 2011; SOUSA et al., 2013).
Nesse contexto, a busca de materiais que apresentam a função de manter a textura e as
características sensoriais, como o sabor e o aroma; reduzir as trocas gasosas e a perda de
água excessiva em frutas, tem se tornado interesse de grupos de pesquisas. Sendo assim,
dentre essas substâncias promissoras que podem ser aplicadas em frutas, os revestimentos
comestíveis têm sido alvo de estudos (ÇAKMAK et al., 2020; YILDIRIM-YALÇIN et al., 2019;
FLORES-LÓPEZ et al., 2015).
Segundo Yıldırım-Yalçın et al. (2019) os revestimentos comestíveis têm a função de
contribuir prevenindo as trocas gasosas e a permeabilidade ao vapor de água, mantendo a
atmosfera interna, diminuindo a degradação e aumentando a vida útil, além de atuarem como
carreadores de compostos antimicrobianos e antioxidantes dos frutos. Ademais, auxiliam
na aparência natural da fruta sem promover alterações na cor, odor e sabor, sobretudo de
possuir uma boa aderência, evitando sua remoção no manuseio (ASSIS et al., 2009).
Os revestimentos podem ser obtidos de diferentes tipos de materiais, sendo mais utili-
zados os polissacarídeos, as proteínas e os lipídios (FLORES-LÓPEZ et al., 2015). Os po-
lissacarídeos apresentam boas propriedades de formação de filmes e boa barreira aos
gases, porém, são hidrofílicos e não proporcionam boa barreira à umidade (KESTER &
FENNEMA, 1986). Dentre eles, o amido é um dos mais utilizados, devido ao seu baixo cus-
to, alta disponibilidade e ser biodegradável quando lançado no meio ambiente (YILDIRIM-
YALÇIN et al., 2019). A gelatina também é um dos materiais aplicados para a produção de
filmes comestíveis, uma proteína de origem animal obtida do colágeno por hidrólise ácida
ou básica, e amplamente utilizada na indústria alimentícia. Além disso, a gelatina no Brasil é
produzida em grande escala, a baixo custo e com propriedades funcionais adequadas para
a produção dos revestimentos (CARVALHO, 1997). Os lipídios possuem baixa polaridade
sendo eficazes para reduzir a difusão de água, e também possuem uma boa barreira con-
tra injúrias no transporte e armazenamento, e por isso, têm sido amplamente utilizados em
frutas e vegetais (DOU, 2004).
MATERIAL E MÉTODOS
Materiais
As soluções foram preparadas utilizando 60 gramas para cada 2 L de água (3%) (fécula
de batata), 100 gramas para cada 2 L de água (5%) (amido de milho) e 24 gramas para cada
480 mL de água (5%) (gelatina). Essas soluções foram obtidas por meio do aquecimento
dos materiais citados anteriormente, dissolvidos em água sob agitação constante até atingir
a temperatura de 75 ºC.
As uvas foram divididas aleatoriamente em quatro lotes para a aplicação dos revesti-
mentos a temperatura ambiente, que consistiram na imersão durante 5 minutos e em seguida
suspendidas para a drenagem do excesso da solução presente nas amostras. O tratamento
controle não recebeu nenhum revestimento.
Análises físico-químicas
Em que PM: Perda de massa; Pi: Peso da bandeja no tempo 1 e Pf: Peso da bandeja
no tempo 2, 3, 4 ou 5.
A análise de cor foi realizada utilizando o colorímetro da marca Konica-Minolta CM-5
no modo reflectância, sendo utilizada a escala de cor do sistema CIELAB utilizando as coor-
denadas retangulares de cor L* (luminosidade), a* (intensidade de vermelho e verde) e b*
(intensidade de amarelo e azul).
A partir das coordenadas L*, a* e b* obtidas, foi calculada a diferença total de cor ( )
para cada tratamento em relação a amostra controle. Para o cálculo foi utilizado a Equação 2.
Análise estatística
RESULTADOS E DISCUSSÃO
pH
Tabela 1. Modelos ajustados e coeficientes de determinação (R2) para o pH em função do tempo de armazenamento,
em dias, para os diferentes revestimentos testados.
3,60
3,55
3,50
pH
3,45
Controle - experimental
Controle - modelo
3,40 FB - experimental
FB - modelo
GE - experimental
GE - modelo
3,35 AM - experimental
AM - modelo
3,30
0 5 10 15 20
Foi verificado que o pH das uvas revestidas aumentou com o decorrer do tempo de
armazenamento, sendo que a partir do 5º dia houve uma tendência em estabilizar o pH.
Entretanto, a amostra controle obteve um comportamento diferente das demais, apresentando
um crescimento linear. Nascimento (2012) ao investigar o efeito da fécula de batata como
revestimento comestível de tomates, encontrou menor valor de pH na amostra revestida em
relação ao controle. Esse comportamento está de acordo com o presente estudo e segundo
esse autor, isso pode ter ocorrido devido ao consumo dos ácidos orgânicos como substrato
durante a respiração no processo de maturação dos frutos, verificando que com a aplicação
dos revestimentos houve diminuição desses processos metabólicos.
Acidez Titulável
Para a acidez titulável, foi verificado que tanto a interação entre os dois fatores avaliados
e o estudo isoladamente de cada fator foi significativo ao nível de 5% de significância. Sendo
assim, foram obtidos modelos matemáticos e os coeficientes de determinação (Tabela 2)
e as curvas ajustadas (Figura 2) para explicarem o comportamento da acidez titulável das
uvas em função do período de armazenamento.
Tabela 2. Modelos ajustados e coeficientes de determinação (R2) para a acidez titulável total em função do tempo de
armazenamento, em dias, para os diferentes revestimentos testados
0,70
0,50
0,45
0,40
0 5 10 15 20 25
Perda de massa
Tabela 3. Modelos ajustados e coeficientes de determinação (R2) para a perda de massa em função do tempo de
armazenamento, em dias, para os diferentes revestimentos testados
16
Controle - experimental
14 Controle - modelo
FB - experimental
FB - modelo
12
GE - experimental
GE - modelo
-2
0 5 10 15 20 25
Observa-se que a perda de massa das uvas ao longo do tempo teve comportamento
linear positivo para todos os tratamentos testados. De acordo com trabalhos realizados por
Gallo et al. (2000), Oliveira & Cereda (2003), Lemos et al. (2007) e Gomes (2014) também
não encontraram efeito dos revestimentos utilizados na redução da perda de massa em
alimentos no decorrer do armazenamento. Isso pode ser explicado devido à elevada hidro-
filicidade que os revestimentos polissacarídeos e proteicos possuem.
Para o teor de sólidos solúveis e para o ratio, houve interação significativa (p<0,05)
entre o tipo de revestimento e o período de armazenamento das uvas. Além disso, os fatores
estudados isoladamente apresentaram-se significativos (p<0,05), sendo apresentados nas
Tabelas 4 e 5, para o teor de sólidos solúveis e para o ratio, respectivamente. Nas Figuras
4 e 5 são apresentadas as curvas ajustadas para o teor de sólidos solúveis e para o ratio
em função do armazenamento.
Tabela 4. Modelos ajustados e coeficientes de determinação (R2) para sólidos solúveis em função do tempo de
armazenamento, em dias, para os diferentes revestimentos testados
12,4
12,2
11,8
11,0
0 5 10 15 20 25
Tabela 5. Modelos ajustados e coeficientes de determinação (R2) para Ratio em função do tempo de armazenamento,
em dias, para os diferentes revestimentos testados
30
28
26
24
Ratio
Controle - experimental
Controle - modelo
22
FB - experimental
FB - modelo
GE - experimental
20
GE - modelo
AM - experimental
18 AM - modelo
16
0 5 10 15 20 25
Observa-se que o teor de sólidos solúveis das uvas aumentou durante o tempo de
armazenamento, e o revestimento de gelatina contribuiu com a menor variação (11,47 a
11,9 ºBrix). Segundo Nascimento (2012) o aumento dos sólidos solúveis pode ser explicado
devido à perda de massa, em decorrência da diminuição do teor de água dos frutos, o que
propicia a concentração de açúcares, além de ocorrer a conversão dos ácidos em açúcares.
Vicentino et al. (2011) obtiveram resultados semelhantes ao estudar revestimento de
filmes de amidos de mandioca modificados em uvas, observando também o aumento do teor
de sólidos solúveis durante o armazenamento. Verificou-se também que houve um aumento
Antocianinas totais
Tabela 6. Modelos ajustados e coeficientes de determinação (R2) para antocianinas em função do tempo de armazenamento,
em dias, para os diferentes revestimentos testados
Controle - modelo
FB - experimental
26 FB - modelo
GE - experimental
24 GE - modelo
AM - experimental
22 AM - modelo
20
18
16
14
12
10
8
0 5 10 15 20 25
Cor
Na Tabela 7 é apresentada a variação global de cor das uvas com revestimento co-
mestível em relação às amostras controle.
Existem diferentes fatores que impactam o consumidor em relação a determinado
alimento, dentre eles, a cor é o principal atributo. A mesma é considerada indicadora da
maturação ou conservação dos alimentos, uma vez que é uma importante característica que
determina a qualidade das frutas (RAMOS & GOMIDE, 2007).
Segundo Ramos & Gomide (2012) por meio de valores de diferença global de cor
(∆E), conseguem indicar o quanto a impressão de cor total de uma amostra é diferente do
padrão/controle e se essa diferença é perceptível aos olhos humanos. Esse valor engloba
os parâmetros colorimétricos (L*, a* e b*), avaliando a interação desses parâmetros entre si.
Nesse experimento, a maioria das amostras das uvas revestidas quando avaliadas
no decorrer no tempo apresentaram um valor de ∆E acima de 3,0 (Tabela 7). De acordo
com os autores citados acima, os valores dessa diferença global de cor encontrados nesse
estudo são perceptíveis sensorialmente em relação a amostra controle. Desta forma, os
revestimentos testados tiveram influência na cor das cascas das uvas.
Parâmetros de textura
Tabela 8. Modelos ajustados e coeficientes de determinação (R2) para dureza em função do tempo de armazenamento,
em dias, para os diferentes revestimentos testados
TRATAMENTOS MODELOS AJUSTADOS R2
Controle Dureza = 8,9620+0,1856 t 0,9891
FB Dureza = 10,3000+0,2023 t 0,9411
GE Dureza = 11,7460-0,0755 t 0,8340
AM Dureza = 11,2300-0,1126 t 0,9774
Dureza (N)
12
11
10
8
0 5 10 15 20 25
Figura 8. Média dos tratamentos testados do índice de elasticidade versus o tempo de armazenamento.
0,89
0,88
Experimental
Modelo
0,87
Índice de elasticidade
0,86
0,85
0,84
0,83
0,82
0 5 10 15 20 25
Foi verificado que as uvas revestidas com gelatina e amido de milho apresentaram
maior dureza em relação às amostras controle e revestida com fécula de batata. No entanto,
ao verificar o comportamento da dureza das uvas no decorrer do tempo de armazenamento,
as amostras revestidas com fécula de batata e sem revestimento apresentaram aumento da
dureza no decorrer do armazenamento.
Em relação à elasticidade, foi observado um comportamento linear decrescente no
decorrer no tempo. Esse fato pode ter ocorrido devido à perda de água no armazenamento,
o que pode ter levado a menor recuperação da forma original depois da deformação.
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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10.37885/200801016
RESUMO
MATERIAIS E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1.Resultados das análises físico-químicas expressos em média de três repetições ± desvio padrão
REFERÊNCIAS
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10.37885/200901435
RESUMO
Os óleos essenciais de especiarias são antimicrobianos naturais que tem sido alvo de
interesse pela indústria de alimentos como alternativas de conservantes mais aceitos
pelos consumidores. A bactéria Salmonella permanece como um dos principais agentes
causadores de surtos de doenças veiculadas por alimentos, sendo difícil seu contro-
le na produção de produtos de origem animal. Tornam-se importantes estudos sobre
a eficácia dos óleos essenciais de plantas contra Salmonella spp., dando alternativas
para aplicação no processo de produção de alimentos seguros. O trabalho teve como
objetivo determinar a atividade antimicrobiana in vitro de óleos essenciais comerciais
de especiarias frente a diferentes sorovares de Salmonella de importância para saúde
pública. Foram avaliadas as atividades antimicrobianas dos óleos essenciais de oréga-
no (Origanum vulgare), pimenta-preta (piper nigrum), Alecrim (Rosmarinus officinalis) e
Manjerona (Origanum Majorana), frente a 13 sorovares diferentes de Salmonella enterica.
Utilizou-se a técnica de difusão em ágar com disco para se determinar a atividade anti-
microbiana. Os resultados mostraram que o óleo essencial de pimenta preta não inibiu
o crescimento microbiano dos isolados. Os óleos de manjerona e alecrim apresentaram
atividade antimicrobiana frente os isolados de Salmonella, porém com efetividade varia-
da contra os sorovares. O óleo de orégano apresentou atividade antimicrobiana frente
a todos os sorovares estudados, com maior atividade antimicrobiana frente aos sorova-
res S. Albany, S. Enteritidis, S. Heidelberg, S. Panama, S. Schwarzengrund e S. enterica
subsp. enterica. De acordo com o trabalho, o óleo essencial de orégano foi o mais eficaz,
com maior espectro de ação contra os sorovares de Salmonella em relação ao óleo de
manjerona, alecrim e pimenta-preta, com possibilidade de uso como antimicrobianos na
indústria de alimentos.
Óleos essenciais
Foram testados os óleos essenciais duas marcas comerciais originadas de: oréga-
no (Origanum vulgare), pimenta-preta (piper nigrum), Alecrim (Rosmarinus officinalis) e
Manjerona (Origanum Majorana). Os óleos essenciais de estudados foram de marcas comer-
cializadas para a aplicação em alimentos e concentrações conforme a legislação específica
no Ministério da Saúde (BRASIL, 2005).
A atividade antibacteriana dos óleos essenciais foi avaliada através da técnica de difu-
são de disco de acordo com o protocolo M2-A8 do “National Committee for Clinical Laboratory
Standard” (NCCLS, 2000), adaptado para produtos naturais. Um dia antes da realização do
experimento, as cepas foram repicadas em Ágar Salmonella Shigella e incubadas a 37ºC
por 24 horas. Após crescimento bacteriano de 18 a 24 horas, foram inoculadas três a cinco
Unidades Formadoras de Colônia (UFC) em 5 mL de solução salina a 0,85%, com auxílio
de alça bacteriológica, previamente flambada. A suspensão obtida teve a turvação ajustada
por comparação visual à suspensão padrão 0,5 da escala de McFarland. Com o auxílio de
swab estéril, a suspensão foi semeada na superfície de uma placa de ágar Müller-Hinton, em
três direções até a obtenção de um esfregaço uniforme. Após a secagem do inóculo, foram
aplicados discos de papel de filtro, com 6 mm de diâmetro, impregnados com 5 μL de cada
óleo essencial. As leituras foram realizadas, após 18 a 24 horas de incubação a 37°C, por
meio da medição dos halos de inibição de crescimento bacteriano em milímetros de diâme-
tro. O controle de qualidade foi feito com a cepa padrão Salmonella enterica (ATCC 6017).
Tabela 1. Suscetibilidade de 40 cepas de Salmonella enterica frente a óleos essenciais de orégano (Origanumvulgaressp.
Hirtum), pimenta-preta (Piper nigrum), alecrim (Rosmarinus officinalis) e manjerona (Origanum majorana)
Sensibilidade Resistência
Óleo essencial
N % N %
Origanum vulgare 40 100 0 0
Piper nigrum 0 0 40 100
Rosmarinus officinalis 27 89,2 13 10,8
Origanum majorana 31 87,6 9 12,4
Com base no diâmetro dos halos de inibição de crescimento (Tabela 2), a faixa de
suscetibilidade dos isolados representantes dos estudados ao óleo essencial de orégano
foi de 14 a 20 mm. Os isolados que apresentaram maior diâmetro (18 mm), sendo consi-
derados mais sensíveis, foram os pertencentes ao sorovares S. Albany (4), S. Enteretidis
(1), S. Heidelberg (1), S. Panama (1), S. Schwarzengrund (4) e S. enterica subsp. Enterica (1).
Observou-se que três isolados representantes dos sorovares S. Panama, S. Enteritidis
e S. Worthing exibiram resistência simultânea aos óleos essenciais de pimenta preta, de
alecrim e de manjerona. No entanto, mostraram alta suscetibilidade ao óleo essencial de
orégano, com halos de inibição apresentando diâmetro entre 14 a 16 mm (Tabela 2).
A eficácia do óleo essencial de orégano frente ao gênero Salmonella tem sido compro-
vada em outros estudos. Santos et al. (2011) avaliaram a atividade antibacteriana dos óleos
essenciais de orégano, alho, cravo e limão sobre a cepa padrão de Salmonella Cholerasuis
e constataram que o óleo de orégano e de alho apresentaram melhores atividades antimi-
crobianas contra esse sorovar. Os halos de inibição exercidos pelo óleo de orégano teve
média de 14 mm, com valores semelhantes aos encontrados nesse estudo. Reis et al. (2020)
avaliaram a atividade antimicrobiana de diferentes óleos essenciais extraídos de plantas aro-
máticas comumente utilizadas em alimentos e comprovaram que o óleo essencial de orégano
mostrou-se o mais eficaz contra patógenos de origem alimentar, incluindo Salmonella spp.
Segundo Silva et al. (2010), a ação antimicrobiana do óleo essencial de orégano con-
tra Salmonella é resultado dos seus componentes biotivos carvacrol e o timol, além dos
componentes potencializadores p-cimeno e γ-terpineno. O nível de eficácia de sua ativida-
de bactericida está relacionado aos teores de seus componentes ativos presentes e estes
CONLUSÃO
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10.37885/201001766
RESUMO
Durante o processo de fritura uma série de reações químicas ocorre com o óleo, tais
como a oxidação, rancidez hidrolítica, reação de Maillard, resultando no acúmulo de vários
compostos voláteis, bem como, produtos monoméricos e poliméricos com um potencial
tóxico para a saúde. Como os alimentos fritos absorvem parte do óleo aquecido, o objetivo
deste trabalho foi avaliar a qualidade do óleo de fritura utilizado no comércio ambulante
no município de Santos, para isso foram coletadas 27 amostras aleatoriamente e subme-
tidas à análise de índice de acidez, índice de iodo, absortividade a 415nm, teor de dienos
e índice de refração. Os resultados obtidos foram comparados com dados da literatura.
Verificou-se que uma grande porcentagem das amostras apresentou valores elevados
de acidez, absortividade (415nm) e dienos conjugados, similares aos resultados de tra-
balhos experimentais que submeteram o óleo a períodos prolongados de aquecimento.
Houve pouca variação no índice de refração e o índice de iodo indicou a degradação de
ácidos graxos poliinsaturados. O presente estudo traz como alerta a necessidade de se
evitar o consumo excessivo de alimentos fritos, sobretudo aqueles comercializados por
ambulantes, visto que, o tempo de aquecimento sofrido pelo óleo implica em alterações
profundas, ao comparar com o óleo não tratado termicamente.
Figura 1. Decomposição dos ácidos oleico e linoléico pela autoxidação catalisada pelo aquecimento
MATERIAIS E MÉTODOS
Amostras
Determinações analíticas
Absorbância
Dienos(%) =
Concentração da amostra × l arg ura da cubeta
RESULTADOS E DISCUSSÃO
0,65
2,8
0,55
2,2
0,45
1,6
0,35
Max
Min
75% 1,0
0,25
25%
Median
0,15 0,4
0,05
Acidez (AGL%) -0,2
ABS (415nm)
a b
A maior parte das amostras coletadas neste estudo apresentou acidez entre 0,20 e
0,44%, valores similares aos obtidos por Jorge et al. (2005), ao simular o processo de fritura
doméstico, durante 4,5 e 7,5 horas, respectivamente.
Além da acidez, a cor do óleo é outro indicador do tempo de aquecimento, o aumento
na intensidade da coloração pode ocorrer pela migração de partículas queimadas prove-
nientes do alimento (JORGE et al., 2005), ou escurecimento do alimento devido à reação
de Maillard, que produzem também escurecimento do óleo, e contribuem para o consumo
de substâncias como furosina e hidroximetilfurfural (DELGADO-ANDRADE et al., 2010).
Outro fator que contribui para o escurecimento de óleos insaturados aquecidos é a
isomerização e migração de duplas ligações, levando à conjugação das mesmas, e conse-
qüentemente à maior absorção de luz azul, por outro lado, dependendo do tempo de aque-
cimento e do tipo de óleo, pode haver redução na coloração pela degradação de pigmentos
naturais do óleo (ANDRIKOPOULOS et al., 2002).
A Figura 3b representa o comportamento das amostras de óleos coletadas relação
à coloração, verificado por meio da leitura da absortividade em 415nm. O valor mínimo
correspondeu à amostra de óleo não aquecido, uma elevada porcentagem das amostras
se distanciou desse valor, o que indicou estágio avançado de degradação, com profundas
modificações na cor dessas amostras.
Os valores de absorbância no comprimento de onda de 415nm das amostras coletadas
apresentaram uma correlação linear positiva com o teor de acidez, com um valor de r = 0,85
(p<0,062), ou seja, quanto mais escura a coloração do óleo de soja submetido à fritura, maior
a intensidade da rancidez hidrolítica.
A espectrofotometria UV também tem sido empregada para avaliar a deterioração do
óleo, já que os produtos da auto-oxidação de óleos e gorduras exibem espectros caracte-
rísticos na faixa do ultravioleta. De acordo com Bachari-Saleh et al. (2013), mudanças na
Figura 4.Dienos conjugados e índice de refração das amostras de óleo utilizadas em fritura de pastel coletadas no comércio
ambulante no município de Santos (n=27)
4,5 13
4,0
11
3,5
3,0 9
2,5
7
2,0
Max
Min
1,5 5
75%
25%
1,0
Median
3
0,5
0,0 1
Dienos (%) Índice de Refração
a 135
b
125
115
105
95
85
75
65
Índice de Iodo
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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10.37885/200901528
RESUMO
MATERIAL E MÉTODOS
Figura 2. Formas de venda das hortaliças folhosas couve folha (a), chicória (b) e almeirão (c) minimamente processadas,
comercializadas no Supermercado B. Jaboticabal, UNESP, 2019.
pH
Foram pesados 10 g da amostra de cada hortaliça em um béquer que passou por tritu-
ração em liquificador doméstico com adição de 100 mL de água destilada. Após trituração,
a amostra foi agitada e deixada em repouso por 10 minutos (INSTITUTO ADOLFO LUTZ,
2008). O pH foi determinado, com aparelho previamente calibrado, operando-o de acordo
com as instruções do manual do fabricante.
Cinzas
Umidade
O teor de nitrogênio total das amostras foi determinado pelo Método de Micro-Kjeldahl
(EMBRAPA, 2009), utilizando-se o fator de conversão genérico 6,25 para transformação do
teor quantificado de nitrogênio em proteína.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Houve efeito significativo (P<0,05) para as características avaliadas na couve folha para
o fator supermercados e formas de venda (Figura 3). Porém para variável acidez titulável não
houve diferença entre supermercados. Para nenhuma das características avaliadas houve
interação entre fatores (Figura 3).
A couve folha apresentou maiores teores de umidade para forma de venda in natura
(88,81%) e para o supermercado B (77,75%). Observa-se que na couve folha minimamente
processada (67,34%) o teor de umidade é inferior ao da couve folha in natura (88,81%),
devido ao fato desta hortaliça ter sofrido rompimento celular, o que pode ter ocasionado o
extravasamento de água da célula. Hortaliças in naturas após colhidas em campo seguem
da mesma forma para as gônadas dos supermercados, evitando perdas de água pós colhei-
ta, pois onde os mesmos estavam à venda estava refrigerado conservando sua umidade.
Hortaliças in naturas tendem a ter menor vida em prateleira devido ao elevado teor de
água favorecendo o processo de deterioração e perda de qualidade pós colheita. Apesar
da couve folha ter obtido um teor de umidade superior, o mesmo encontra-se abaixo
(90,9%) ao estabelecido pela Taco (2011), inferindo que o produto já estava a algum tempo
exposto à venda.
Figura 3. Qualidade físico química, Umidade, Cinzas, pH, Acidez Total Titulável, Nitrogênio e Proteína para hortaliça folhosa
couve folha in natura e minimamente processada comercializada em dois supermercados na cidade de Jaboticabal - SP.
UNESP, Jaboticabal, 2019. Médias seguidas pela mesma letra, minúscula entre supermercados e entre formas de vendas,
não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (p<0,05).
Figura 4. Qualidade físico química, Umidade, Cinzas, pH, Acidez Total Titulável, Nitrogênio e Proteína para hortaliça
folhosa chicória in natura e minimamente processada comercializada em dois supermercados na cidade de Jaboticabal
- SP. UNESP, Jaboticabal, 2019. Médias seguidas pela mesma letra, minúscula entre supermercados e entre formas de
vendas, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey (p<0,05).
Alto teor de umidade nos alimentos referem-se ao manejo de irrigação adotado no cul-
tivo em campo. Alto teor de cinza foi obtido para hortaliça no supermercado B (0,68%) e não
diferiu entre as formas de vendas (Figura 5). Maiores valores de pH para a hortaliça almeirão
foram obtidas para o supermercado B (6,36) e forma de venda in natura (6,18). Dentro da
produção agrícola deve-se procurar tanto a obtenção de alta produtividade e qualidade pós
colheita. pH muito elevado tende a facilitar o processo de deterioração atrelado ao elevado
conteúdo de água na hortaliça folhosa.
A variável Acidez Total Titulável (ATT) para hortaliça folhosa almeirão (Figura 5), apre-
sentou-se com teores iguais tanto para os supermercados (0,03 g.100 g–1) e para formas de
vendas (0,03 g.100 g–1), induzindo que as condições de temperatura no armazenamento e
tempo de aquisição do produto favoreceram tal preservação.
CONCLUSÕES
– Hortaliças folhosas couve folha, chicória e almeirão têm suas qualidades físico-quí-
micas alteradas conforme a forma de vendas e local de aquisição (supermercados).
– O almeirão apresentou maior teor de umidade com 94,74 %, seguido da couve folha
e chicória, com 88,81% e 82,28 %. Os valores de cinzas, acidez total titulável, nitro-
gênio e proteínas das hortaliças estudadas apresentaram percentuais satisfatórios.
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Clarice Gebara
UFG
10.37885/201001753
RESUMO
Os biomas brasileiros, são ricos em biodiversidade e detêm uma série de espécies fru-
tíferas consideradas exóticas com potencial funcional e características sensoriais peculiares
(MORZELLE et al., 2015). Entre as espécies nativas da flora brasileira está a gabirobeira
(Campomanesia spp.), popularmente conhecida como guabiroveira, guabiroba, guabirova,
guavira ou guariba (BARROSO, 1991; SILVA et al., 2009; EMBRAPA, 2011).
A gabirobeira pertence à família Myrtaceae, que possui mais de 100 gêneros e cerca
de 3600 espécies distribuídas nas regiões tropicais e subtropicais do planeta (BARROSO,
1991; VALLILO et al., 2008; EMBRAPA, 2011). São espécies típicas de floresta Estacional
ou Ambrófila Mista e se adaptam a condições adversas como solos pouco férteis e secos
(CORADIN; SIMINSKI; REIS, 2011). No Brasil, podem ser encontradas em biomas, como
o Cerrado e a Mata Atlântica, em vários estados do país: Bahia, Minas Gerais, Espírito
Santo, São Paulo, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina
e Rio Grande do Sul (LORENZI, 1992; PAULA; FRANCISCO; JÚNIOR, 2004; SANTOS
et al., 2006; VALLILO et al., 2008; EMBRAPA, 2011; ALVES et al., 2013; LIMA et al., 2016;
MATTOS; CANETTI; OLIVEIRA, 2017).
A Campomanesia spp. é uma espécie secundária tardia, que quando árvore pode
apresentar entre 10 e 20 metros de altura, diâmetro médio de 21 cm, copa arredondada e
folhas verdes, simples, opostas, membranáceas, oval-oblongas, que medem de 4 a 10 cm
de comprimento. A folhagem é densa (Figura 1), as flores são brancas, a floração acontece
no período de setembro a outubro e a frutificação durante a primavera, entre os meses de
novembro a dezembro (CORADIN; SIMINSKI; REIS, 2011; EMBRAPA, 2011).
Os frutos, são bagas de forma arredondada, que possuem entre 4 e 8 g, de casca
amarelada e sabor adocicado quando maduros, diâmetro entre 15 e 20 centímetros com
aproximadamente seis sementes (VALLILO et al., 2008; CORADIN; SIMINSKI; REIS, 2011;
EMBRAPA, 2015)(Figuras 2 e 3).
Quadro1. Composição centesimal da gabiroba (Campomanesia sp.) apresentada na literatura por diversos autores.
Fibra Bruta (%)
Carboidratos(
Umidade (%)
Proteína (%)
Lipídeos (%)
(Kcal/100g)
Localização
Energético
Autor/Ano
Cinzas (%)
Espécie
Valor
%)
Campomanesia
(VALLILO et al., 2006) SP 75,9 1,50 11,6 1,60 9,00 0,45 66,3
adamantium
Campomanesia
(VALLILO et al., 2008) SP 81,4 1,90 8,90 1,10 6,30 0,50 57,3
xanthocarpa Berg
Proteína (%)
Lipídeos (%)
(Kcal/100g)
Localização
Energético
Autor/Ano
Cinzas (%)
Espécie
Valor
%)
Campomanesia
(SANTOS et al., 2012c) PR 14 1,31 n.d 1,10 n.d 0,68 n.d
xanthocarpa Berg
Campomanesia
(ALVES et al., 2013) GO 80,87 0,55 10,00 1,06 5,60 0,43 49,19
adamantium
Campomanesia xantho-
(EMBRAPA, 2015) RS n.d 0,62 7,75 1,30 6,51 n.d 38,98
carpa
Camponesia
(MORZELLE et al., 2015) MT 77,02 1,32 15,68 1,43 4,14 0,41 n.d
cambessedeana
*n.d: não determinado.
Espécie
Mn
Mg
Na
Cu
Ca
Zn
Fe
(ANDRADE et al., SC Campomanesia sp. 0,11 0,26 0,65 0,16 31,35 12,20 276,55 15,59 0,37
2012) PR Campomanesia sp. 0,08 0,21 0,42 0,18 24,24 12,98 340,32 10,62 44,52
Campomanesia xantho-
(ALVES et al., 2013) GO n.d 0,16 1,07 n.d 8,77 n.d 121,71 n.d 0,83
carpa
Campomanesia
(EMBRAPA, 2015) RS 1,14 1,37 0,48 2,37 161,38 77,94 192,59 19,51 16,05
xanthocarpa
MATERIAL E MÉTODOS
- Branco - -
Bancada 1 70 1
Bancada 2 70 1
Bancada 3 70 60
Bancada 4 70 300
Bancada 5 80 1
(TEIXEIRA; NEVES; PENA, 2006) Graviola Bancada 6 80 60
Bancada 7 80 60
Bancada 8 80 60
Bancada 9 80 300
Bancada 10 90 1
Bancada 11 90 60
Bancada 12 90 300
Piloto 1 70 30
(MONTEIRO; AMARO; BONILHA,
Maracujá Piloto 2 75 30
2005)
Piloto 3 80 30
Com base nas informações anteriores e nas informações dos trabalhos apresentados
no Quadro 3, foram definidos os binômios tempo/temperatura a serem avaliados para a
polpa de gabiroba. A pesquisa, foi desenvolvida no Centro de Pesquisa em Alimentos da
Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás (CPA/EVZ/UFG), em
Goiânia, GO. A polpa congelada de gabiroba (Campomanesia xanthocarpa) foi adquirida da
empresa Encontro de Sabores Comércio de Produtos Orgânicos Ltda, localizada em Passo
Fundo/ RS. A polpa foi transportada sob congelamento e armazenada em freezer (- 40°C)
T1 85 3
T2 85 5
T3 90 3
T4 90 5
Avaliação microbiológica
pH e Acidez Titulável
O teor de proteína das polpas foi determinando pelo método de Kjeldahl, seguindo
metodologia descrita na AOAC n° 991.20(A.O.A.C, 2006). O método consiste em três eta-
pas: digestão, destilação e titulação. A digestão de 1,5 g de amostra foi realizada em bloco
digestor (TECNAL TE-040/25, Piracicaba, SP) iniciando com temperatura de 100 °C com
aumento de 100 °C a cada 1 hora, até atingir temperatura de 400°C com completa digestão
das amostras. Procedeu-se a destilação em destilador (TECNAL TE-036/1, Piracicaba, SP),
utilizando 20 mL de ácido bórico como indicador e cerca de 25 mL/amostra de hidróxido
de sódio a 50% para a destilação. O destilado foi então titulado utilizando ácido sulfúrico
0,1 N até a viragem do indicador. O fator de conversão de nitrogênio total em proteína uti-
lizado para a polpa de gabiroba foi de 6,25 (INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 2008). O teor de
proteína total foi calculado de acordo com a fórmula a seguir:
Em que:
F= Fator de conversão da relação nitrogênio/proteína.
Lipídeos
da fórmula a seguir:
Em que:
P1 = peso do béquer mais resíduo seco;
P2 = peso do béquer vazio;
P3 = massa da amostra;
Umidade
O teor de umidade das amostras, foi determinado utilizando estufa de circulação forçada
de ar (BIOVERA MMM Group Vacucell, Rio de Janeiro, RJ). Cerca de 5 g da amostra foram
pesados em cadinhos com pérolas de vidro, previamente secos e tarados. A secagem foi
realizada a 105 ± 2 °C. As pesagens foram realizadas em balança analítica (AX200, Barueri,
Em que:
m1= massa do cadinho em gramas;
m2= massa da amostra em gramas;
m3= massa do cadinho e da amostra em gramas.
Cinzas
Em que:
m1= massa do cadinho em gramas;
m2= massa da amostra em gramas;
m3= massa do cadinho e da amostra incinerada em gramas.
Carboidratos
O cálculo do valor energético total proveniente dos nutrientes foi calculado seguindo
a metodologia descrita pelos autores que se segue (DUTRA-OLIVEIRA; C; WILSON E D,
1982; BRASIL, 2003; TACO, 2011) e foi expresso em:
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 2. Caracterização microbiológica (UFC/g) das amostras de polpa de gabiroba submetidas ou não à pasteurização.
Análises Microbiológicas
Bolores e Leve-
Aeróbios Mesófilos Coliformes a 35°C Coliformes a 45°C Salmonella spp.
Tratamentos duras
(UFC/g) (NNP/g) (NNP/g) (em 25g)
(UFC/g)
T1 <10 est. < 3,0 < 3,0 <100 Ausente
T2 <10 est. < 3,0 < 3,0 <100 Ausente
T3 <10 est. < 3,0 < 3,0 <100 Ausente
T4 <10 est. < 3,0 < 3,0 <100 Ausente
Controle 4,80 x 10 (est.)
4
< 3,0 < 3,0 3,80 x 10 2
Ausente
Valor máximo
* < 3,0 < 3,0 000 Ausente
de referência
*Não possui valor de referência estipulado pela legislação vigente.
Tabela 3. Análises de acidez e pH das amostras de polpa de gabiroba (média ± desvio padrão, n=3).
Acidez
Tratamentos pH
(g de ácido cítrico /100 mL)
*médias seguidas de letras minúsculas na mesma coluna indicam diferença significativa (p<0,05).
Tabela 4. Composição centesimal da polpa de gabiroba pasteurizada a 85°C/ 3 minutos (média ± desvio padrão, n=3).
Polpa de Gabiroba
Análises Físico-Químicas Valor Referência
Pasteurizada
CONCLUSÃO
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10.37885/200901252
RESUMO
O juá (Ziziphus joazeiro Mart.), fruto endêmico do semiárido nordestino, apresenta rele-
vante importância biológica principalmente relacionada às suas propriedades medicinais
e funcionais. Assim, objetivou-se avaliar o perfil nutricional e a viabilidade tecnológica
da farinha de juá (FPJ) obtida por liofilização da polpa de frutos do juazeiro, maduros e
íntegros, coletados em Picos – PI. Após cálculo de rendimento, a FPJ foi caracterizada
quanto à composição centesimal, em base seca; compostos fitoquímicos, atividade an-
tioxidantes (ABTS), índices de comportamento de fluxo (n) e de consistência (k). O ren-
dimento de produção de farinha resultou em 25,7% de FPJ liofilizada, de baixo teor
lipídico (1,2 g.100 g–1), teores médios de cinzas de 5,1 g.100 g–1 e proteína de 7,9 g.100
g–1. O aporte calórico (385,8 Kcal.100–1) da FPJ liofilizada é conferido pelo seu alto teor de
carboidratos (85,8 g.100 g–1). A FPJ ainda concentra expressivos conteúdos de licopeno
(543,21 mg.100 g–1), antocianinas (9,52 mg.100 g–1), flavonoides (14,36 mg.100 g–1) e
polifenóis extraíveis totais (1753,69 mg.100 g–1), fitoquímicos estes reconhecidos por suas
atividades antioxidantes, dentre elas a ABTS (15,96 µg Trolox.g–1 de farinha). A solução
da farinha de juá ajustou ao modelo Ostwald-de-Waele (R2 = 0,91) apresentando com-
portamento pseudoplástico com n = 0,65 e k = 3,496; classificando-se como um fluído
não-newtoniano. A farinha do juá liofilizada mostra-se como uma fonte promissora de
substâncias bioativas podendo ser utilizada para o enriquecimento de produtos, além
disso, devido seu caráter pseudoplástico, sugere boa aplicabilidade tecnológica para a
indústria alimentícia, especialmente como agente espessante.
O juazeiro (Zizyphus joazeiro Mart.) é uma árvore endêmica do bioma caatinga que
apresenta especial interesse nutricional, econômico e medicinal, podendo ser utilizado como
planta ornamental, na fabricação de cosméticos e produtos de limpeza, na alimentação
humana e animal, além de sua aplicação na medicina popular (FERNANDES e ARAÚJO,
2011; SILVA et al., 2011; DANTAS et al., 2014; SOUSA et al., 2015). Os frutos do juazeiro,
conhecidos popularmente como juá, são amarelos, globosos e comestíveis, apresentando
sabor doce e uma semente dura em seu interior, sendo muito consumido in natura ou pro-
cessados como doces e geleias (SILVA et al., 2017a).
Os frutos do juá apresentam em sua composição nutricional alto teor de carboidratos
(17,59 g.100g–1) e fibras (10,81 g.100g–1), compostos fitoquimicos como flavonóides, tani-
nos, fenólicos e saponinas (BRITO et al., 2014; OLIVEIRA et al., 2019). Além disso, estudos
realizados por Silva et al. (2011) demonstraram a presença de vitamina C para frutos do
juazeiro em quantidade superior (102.58 mg.100g–1) aos valores encontrados em laranja
(COUTO e CANNIATTI-BRAZACA, 2010) e goiaba (CARDOSO et al., 2015) sendo estas
consideradas popularmente como boas fontes desses micronutrientes.
Devido a sua composição nutricional e fitoquímica apresentar propriedades farmaco-
lógicas, o juazeiro, tem sido utilizado na medicina popular como um agente gastroprotetor,
analgésico e curativo, além de ser considerado um produto natural promissor no desenvol-
vimento de fitomedicamentos contra infecções resistentes (ANDRADE et al., 2019). Os últi-
mos trabalhos que visam à utilização dos componentes químicos provenientes do juazeiro
demonstraram aplicabilidade significativa de algumas dessas substâncias na indústria, prin-
cipalmente para fabricação de produtos de limpeza e higiene (DANTAS et al., 2014; BRITO
et al., 2014; OLIVEIRA et al., 2019). Outros estudos de caracterização do juá têm procurado
aplicá-lo na indústria de alimentos,como em processamento para sucos, doces e geléias,
obtenção de farinhas e incorporação em outros produtos alimentícios para agregar valor
nutricional (COSTA et al., 2019).
Apesar da ampliação da aplicabilidade do juá nas indústrias farmacêuticas, de produ-
tos de limpeza e de alimentos, ainda não existem estudos das suas propriedades reológi-
cas. As características finais de produtos desidratados, destacando-se as farinhas e polpas
de frutas desidratadas, dependem de algumas variáveis de processo, como as características
reológicas e o comportamento da viscosidade. Portanto, é importante determinar o compor-
tamento reológico das polpas de frutas desidratadas, a fim de se obter produtos com melhor
qualidade de solubilidade e reconstituição do pó e melhor efetividade no processo industrial
(CARNEIRO et al., 2012).
MATERIAL E MÉTODOS
Rendimento da farinha
A quantificação dos teores de carotenóides e licopeno foi realizada por meio da pesa-
gem de 1g da polpa de juá em erlenmyer envolto em papel alumínio e acrescido de 50 mL
de solução de acetona e hexano nas proporções de 2:3, respectivamente. Posteriormente,
o conjunto foi colocado em agitação por 15 minutos e filtrado a vácuo. Para a verificação da
leitura das concentrações foi utilizado um espectrofotômetro com comprimentos de onda de
453, 505, 645 e 663 nm. Para o cálculo das absorbâncias foi utilizado a fórmula proposta
por Nagata e Yamashita (1992):
O branco foi composto da solução de etanol 95% + HCl 1,5 N (85:15) (v/v), sendo o
resultado final expresso em mg.100 g–1.
A atividade antioxidante da polpa de juá liofilizada foi determinada pelo método ABST
de acordo com o método de Larrauri et al. (1997) adaptado. Primeiramente foi preparado
um extrato metanólico utilizando-se 25 g da amostra e 40 mL de metanol 50% (v/v), que
ficou em repouso por 60 minutos à temperatura ambiente. Em seguida, o sobrenadante foi
transferido para um balão volumétrico de 100 mL. No resíduo da primeira extração, foram
adicionados 40 mL de acetona 70% (v/v), e deixados em repouso novamente. O sobrena-
dante foi transferido para o balão volumétrico contendo o primeiro sobrenadante e o volume
foi completado com água destilada.
A partir do extrato obtido, foram preparadas diluições em triplicata. Em um ambiente
escuro, foi transferido uma alíquota de 30 µL de cada diluição do extrato para tubos de en-
saio com 3,0 mL do radical ABTS+. Foi realizada a leitura (734 nm). A partir das absorbân-
cias obtidas das diferentes diluições dos extratos, foi plotada a absorbância no eixo Y e a
diluição (mg.L–1) no eixo X. Em seguida, foi determinada a equação da reta. Para o cálculo
da AAT, foi substituída na equação da reta a absorbância equivalente a 1000 µM do padrão
trolox. A partir da equação da reta obtida por regressão linear, efetuou-se o cálculo para
verificar a atividade antioxidante.
Os resultados da atividade antioxidante dos extratos foram expressos em TEAC (ca-
pacidade antioxidante total equivalente ao Trolox), em µM trolox / g de polpa da fruta.
Comportamento Reológico
τ = K (γ )n
Análises estatísticas
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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10.37885/201001654
ABSTRACT
Non-traditional ingredients are being introduced in craft beers, such as pink pepper. The
objectives of this study were to propose an optimal packaging for an American Pale Ale
craft beer added with pink pepper and to investigate the influence of this ingredient and of
the packaging on sensory acceptance and purchase intention. Through the focus group
and modified choice-based conjoint analysis (MCBCA), it was determined the optimal
packaging should be labeled “brown with pink writing”, “bulged” format and illustration
of “barley and hops”. Afterward, two acceptance and purchase intention sessions were
performed. First, a blind test, it was verified that the samples (control, without pink pepper,
and beer added with pink pepper) had good sensory scores. Color, gasification, aroma,
flavor, and purchase intention did not differ between the samples. Foam, bitterness and
overall impression had lower acceptance in the pink pepper beer. In the test in the presen-
ce of the optimal packaging, all attributes and purchase intention of the pink pepper beer
were positively influenced by the packaging. We observed the role of the packaging on
consumers’ behavior. Moreover, the addition of pink pepper is a sensory viable alternative
for making a distinctive American Pale Ale craft beer. MCBCA = modified choice-based
conjoint analysis.
Craft beer consumption in Brazil is expanding and with the changes that have been oc-
curring lately in the behavior of beer consumers, the craft beers stand out, because they are
considered of higher quality (Murray and O’Neill, 2012) and for having some differentiation
from the more popular commercial beers, such as the addition of different ingredients, resul-
ting in several types of beer, with different flavors and aromas (Kleban and Nickerson, 2012).
The pink pepper (Schinus terebinthifolius Raddi), native to Brazil, is a small fruit with
a red or rosy color and a sweet flavor, which has a large use in popular medicine, as it pre-
sents antioxidant and antimicrobiological properties (Uliana et al., 2016; Dannenberg et al.,
2017; Da Silva et al., 2017). Pink pepper has also been used to decorate, confer aroma and
flavor to foods, both in the form of grain and essential oil (Souza, 2013). In Brazil, the State
of Espírito Santo is the largest producer of pink pepper, whose production is mainly destined
for export (Almeida and Leite, 2010).
The use of pink pepper in the production of beer represents an opportunity of innovation
and it represents an alternative use of fruits with imperfections which would be discarded
(Almeida and Leite, 2010).
The Brazilian craft beer market is still small, which makes it necessary to analyze how
the consumers are influenced. A product has intrinsic properties, which are sensory charac-
teristics such as appearance, flavor, texture and aroma (Asioli et al., 2017a) and the extrin-
sic properties such as nutritional information, brand, price, packaging and label information
(Balcombe et al., 2016; Oliveira, Ares and Deliza, 2017; Ardeshiri and Rose, 2018; Aydin and
Savas, 2018; Choi and Lee, 2019; Symmank, 2019). Both affect the purchase decision and
acceptance of food products, therefore, it is necessary to measure and interpret the respon-
ses of the consumers on these characteristics (Asioli et al., 2017b; Toutounji et al., 2019).
AIM
Apply the techniques denominated focus group and modified choice-based conjoint
analysis (MCBCA) to propose the optimal packaging for an American Pale Ale beer added
with pink pepper produced by handicraft and investigate the influence of the addition of pink
pepper and of the elaborated packaging on sensory acceptance and purchase intention
of the consumers.
This study was approved by the Research Ethics Committee of the Health Sciences
Center (CCS) of the Federal University of Espírito Santo (UFES) -ES, Brazil, under num-
ber 1,121,640. The analyzes were carried out in the Laboratory of Sensory Analysis of the
Department of Food Engineering of the Center of Agricultural Sciences and Engineering of
UFES (CCAE-UFES).
The experiment was carried out by consumers, among residents of the city of Alegre,
State of Espírito Santo, Brazil, employees and students of the CCAE-UFES.
Beer processing
The processing of the craft beers was carried out in batch (Brunelli et al., 2014). For
the final production of 28 L of American Pale Ale beer, one half being the control formulation
(without pink pepper) and the other half to the formulation with 0.1% pink pepper addition
during production. Milled Pale Ale type malts (6.340kg) and Crystal 110® (0.260kg) were
introduced into a flask, with 27L of mineral water (65 °C). For the mashing stage, the tempe-
rature of the mixture was controlled at 62 °C for 40 minutes and 72 °C for 20 minutes. After
the saccharification, the temperature of the wort was raised to 78 °C.
The wort was filtered and the cake was washed with 21L of mineral water at 78 °C for
extraction of the residual sugar. Then, the wort was divided into two lots, one for the control
formulation and the other for the pink pepper formulation.
Both formulations were heated to boiling at atmospheric pressure for 60 minutes and
added with hops. At the beginning of the boil, the first addition of 6g of Columbus® type hops
was carried out in pellets to give bitterness to the beer; after 30 minutes of boiling, 7g of
Cascade® type hops (for bitterness and aroma) were added and after 55 minutes, an additio-
nal 18g of Cascade® hops (for aroma) were added. In the case of the formulation with 0.1%
pink pepper (concentration defined in preliminary tests), the addition of 13g of this macerated
ingredient occurred after 30 minutes of boiling.
The worts were cooled to 20 °C, and the whirlpool was operated for 2 minutes to clarify
the worts. Then, they were transferred to the fermenters and the density was corrected to
1.054 g.mL–1 when necessary (BJCP, 2008). Saccharomyces cerevisiae (6 x 109 UFC.g–1
cells) of high fermentation was previously hydrated and 7.5g of yeast was inoculated into
each formulation. The fermentation process started at a controlled temperature at 21 ºC for
seven days in incubator type B.O.D., LimaTec®. Then, the maturation stage was started, with
temperature controlled at 3 ºC for 10 days. Then, the priming stage was carried out, in which
a solution of 0.5% (m.v–1) inverted sugar was added.
Focus group
Three roundtable focus group sessions were conducted, Lima Filho et al. (2015b; Della
Lucia and Minim, 2018). Twenty people participated, the first and the second sessions compo-
sed of seven participants and the third session composed of six participants. All participants
were beer appreciators and were recruited by invitation.
The sessions lasted an average of 90 minutes and were conducted by a moderator and
two assistants. A script of questions about the participants’ behavior regarding the observation
of beer labels was adopted. Six packs of craft beers were presented and participants were
asked for their opinions and it was requested that they ordered the packages according to
their preference.
The analysis of the results was performed after the reading of the notes and visualization
of the videotapes. During the data analysis, the emphasis was on the frequency of certain
responses and the occurrence of different and unique responses. As the study is qualitative,
no statistical analysis was performed; excerpts from participants’ responses were transcribed.
MCBCA was carried out with the purpose of evaluating the effects of the factors and
their levels on the choice of a craft beer packaging for the craft beer added with pink pepper.
The steps of this analysis are described below, according to Della Lucia et al. (2011) and
Lima Filho et al. (2015a).
The evaluation of the choice of craft beer packaging was carried out by 144 beer consumers.
The determination of the factors and their levels for the assembly of the labels was ob-
tained based on the results of the focus group sessions. The factors considered most relevant
in the craft beer packaging, at two levels, were: label color (level 1: “yellow with brown writing”
and level 2: “brown with pink writing”), label format (level 1: “bulged” and level 2: “rectangular”)
and illustration of the label (level 1: “pink pepper” and level 2: “barley and hops”).
For the data collection, the complete profile was used (Green and Srinivasan, 1978)
and the treatments arrangement used was the complete factorial (Carneiro et al., 2018).
Therefore, eight treatments were obtained (Table 1).
Figure 1. Examples of labels made for the packages under study: (a) Treatment 4; (b) Treatment 5, as in Table 1.
Prior to the analysis, consumers were oriented about the test procedure and asked to
behave as if they were buying craft beer.
The eight packaging images were simultaneously exposed to the consumers on a ta-
ble and given the time of 2 minutes for analysis of the packages, and the participants were
then asked to mark on the answer sheet the code of the packaging they would choose for
purchase (Lima Filho et al., 2015a).
The order of the package images on the table followed the experimental design propo-
sed by MacFie et al. (1989), in three replicates.
The analysis of MCBCA data was performed according to the methodology used by
Della Lucia et al. (2011) and Lima Filho et al. (2015a). Of the eight packages presented,
consumers should choose only one. Thus, when a treatment was chosen, the value 1 was
(1)
Where X is the matrix with the coded values of factor levels, represents the treatment
and β is the vector of parameters estimated by means of iterative numerical methods, in order
to maximize the likelihood function (L) of the sample.
The effect of choosing a treatment at one level of a factor over another level of the same
factor was calculated using Eq. (2) (Della Lucia et al., 2011).
(2)
For the acceptance and purchase intention tests, 81 volunteers were recruited, randomly,
based on their desire to participate in the study, regular beer consumers, over 18 years old
(the minimum legal beer drinking age in Brazil). The participants performed two acceptance
sessions, with a one-day interval (Della Lucia et al., 2013).
Session 1: a blind test was carried out with the objective of comparing the acceptan-
ce between the two American Pale Ale formulations (control, no added pink pepper, and
formulation added with pink pepper). Consumers tasted the two samples, without obtaining
any previous information about the product. Samples were coded with random three-digit
numbers and presented in a monadic and random way for each consumer.
Session 2: an information test was carried out, in which the objective was to evaluate
the influence of the craft beer packaging chosen through MCBCA on sensory acceptance of
the consumers. Only the sample of beer with addition of pink pepper was evaluated, together
with a prototype of the beer packaging. The participant was asked to judge the beverage,
taking into account the fact that it came from that packaging (prototype).
In both sessions, the samples were served in acrylic glasses (capacity 50mL), at a
temperature of 5 ºC to 7 ºC. It was used the 9-point hedonic scale, assigning scores that
ranged from “I extremely disliked it “ (score 1) and “I extremely liked it” (score 9) for attributes
RESULTS
Figure 2. Sociodemographic profile of the consumers who participated in the study: focus group sessions (n=20), MCBCA
(n=144) and sensory acceptance/purchase intention (n=81).
In focus group session 1, participants reported that the most observed factor was
package design, followed by alcohol content, color of the label, ingredients, and source. Most
participants were not consuming craft beers because of the difficulty of finding them on the
market. One participant stated that he observed more the packaging of craft beers than of
the industrial ones.
The label format was an aspect mentioned as important in session 1, however, it divi-
ded the opinion of the participants: “I like the bulged label for beers”; “I prefer square label
for handicrafts.”
During session 2, the alcohol content, color, brand and font of the letter predominated as
factors observed in beer packaging. Regarding the handicraft, in addition to alcohol content,
the composition/ingredients and the design were quite cited.
One of the reasons cited for the non-consumption of handicrafts was the price: “If it
were not so expensive, I would always buy it”. This fact can be justified by the income of
the participants, since all were undergraduate students in session 2, which is assumed to
have low income.
In session 3, factors such as alcohol content, brand and ingredients were the most
cited by participants and, in the case of handicrafts, the list of ingredients was the aspect of
greater impact during the observation of the packaging. In this session, the majority of the
participants consume craft beers; however, this consumption is not frequent, due to the lack
of availability and the high price on the local market.
In sessions 1 and 2, some participants stated that they observed the harmonization of
beers with food. “I notice the combinations, I find it very interesting.”
Some participants in session 3 recommended that every beer label should specify since
when the beer is produced. “I like it when it’s written the start date of beer production from
the factory, since when it is produced.”
Information on ingredients, alcohol content and other characteristics of beer were cited
as the most observed factors in craft beers at all sessions. It is interesting to note that a lar-
ge part of the participants, in all sessions, stated that they care about the origin of the beer,
appreciating the place of its production.
An important point is that in sessions 1 and 2, the color of the label was a prominent fac-
tor. “Yellow and red are colors that remind me of beer”; “I think dark colors look cooler for beer.”
The illustration was little cited during the sessions as a factor observed in beer packa-
ging, however, when projecting the images of craft beers, the illustrations were always com-
mented. “I like this figure”; “The design was disproportionate.”
A model (likelihood function) was obtained for the group of consumers and the β coef-
ficients and the hazard ratio values are shown in Table 2.
* significant by chi-square test (p ≤0,001); ns not significant by chi-square test (p > 0,001).
The hazard ratio for the factor color of the label means that the probability of choosing the
packaging with the level “brown with pink writing” was 1.15 times greater than the probability
of choosing a packaging with the level “yellow with brown writing”. It can be noticed that the
value found was very close to 1, evidencing the low influence of the color factor, which was
considered not significant (Table 2).
The probability of consumers choosing a package with the “bulged” level was 2.60 times
greater than the probability that they would choose a package with the “rectangular” level.
The probability of choosing a package with the level “barley and hops” was 1.57 times
greater than the probability of choosing a package with the level “pink pepper”.
The observed and estimated probabilities of choice for each treatment are presented in
Table 3, which allows inferences about the quality of the adjusted model in MCBCA.
Table 3. Observed and estimated probabilities by MCBCA for the treatments on study
1 0.1319 0.1307
2 0.1944 0.2054
3 0.1597 0.1502
4 0.2361 0.2360
5 0.0347 0.0502
6 0.1042 0.0790
7 0.0625 0.0578
8 0.0764 0.0908
* As in Table 1.
It was possible to verify that treatment 4 (packaging containing the label with the follo-
wing characteristics: label color “brown with pink writing”, “bulged” label format and illustra-
tion “barley and hops”) presented the highest estimated probability of choice (p = 0.2360),
followed by treatment 2 (p = 0.2054). The estimated choice probabilities for these treatments
were close and they differ only in relation to the levels of the color factor of the label, with
treatment 2 having the level “yellow with brown writing” and treatment 4 having the level
“brown with pink writing “.
The beer labels characteristics most observed by the consumers are brand (77.8%),
design (66.7%), information on ingredients (54.3%) and color and illustrations, both with
40.7%, according to data obtained by applying the questionnaire.
Craft beers are consumed by most of the participants (75.3%) and some of them justi-
fied the non-consumption due to the higher price and, mainly, due to the difficulty of finding
it in the local market.
The majority of participants care about the ingredients used in craft beers (69.1%), take
interest in differentiated ingredients (88.9%) and they like pink pepper (64.2%), occasionally
consuming it (37.0%). However, 95.1% had not consumed beer with pink pepper prior to the
present study and 97.5% would consume it in the future.
The hedonic means of the evaluated attributes and the purchase intention means of
the formulations in session 1 are shown in Figure 4. For all attributes of the control formula-
tion the means were between the “I moderately liked it” (score 7) and “I liked it very much”
(score 8) categories.
Figure 4. Hedonic means of each attribute and purchase intention means in session 1 (blind test) for both beer formulations.
For the formulation with pink pepper, the means were between “I slightly liked it” (score
6) and “I like it very much” (score 8). Regarding the purchase intention, both formulations
were between the categories “I maybe would buy / I maybe would not buy” (score 3) and “I
probably would buy” (score 4).
In the blind test, there was no significant difference in color, gasification, aroma, taste
and purchase intention (p>0.05) between the formulations (Figure 4). The foam and the
Figure 5. Hedonic means of each attribute and purchase intention means of beer added with pink pepper on sessions 1
(blind test) and 2 (test with packaging).
DISCUSSION
The focus group sessions allowed the obtainment of various information about craft
beers, such as the relation of consumers to the price of the beverages. Although the high
price is one of the reasons for the non-consumption of handicrafts among undergraduate
CONCLUSION
In this work, the addition of pink pepper in an American Pale Ale craft beer provided
good sensory acceptance and purchase intention of the beverage, and they were improved
in the presence of a developed label for the beer package.
Focus group sessions made it possible to identify important information in the decision
process of buying a craft beer and together with the modified choice-based conjoint analy-
sis; it was possible to propose the optimal packaging for an American Pale Ale beer added
with pink pepper. The label containing color brown with pink writing, bulged format and il-
lustration of barley and hops has improved the sensory acceptance and purchase intention
of the beverage.
The addition of pink pepper is a sensory viable alternative for making a distinctive
American Pale Ale craft beer. Thus, together with the appropriate packaging, pink pepper is
a spice with great potential for producing distinctive craft beers of the American Pale Ale type.
As this study is a pilot study since the acceptance and purchase intention tests were
conducted in laboratory conditions, further studies in central locations, natural drinking en-
vironment or home-use-tests should be conducted to corroborate the findings of this work.
Moreover, studies about physico-chemical and microbiological characteristics of the beer
added with pink pepper and its stability during storage time must be conducted to com-
plement this work.
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10.37885/200901481
RESUMO
Um dos maiores problemas de saúde pública é a desnutrição que afeta grande parcela
da população mundial, principalmente crianças. A biofortificação de alimentos se apresenta
de forma alternativa e complementar as condutas de combate a carências nutricionais exis-
tentes, pois oferece alimentos mais nutritivos, produzidos de forma sustentável e de baixo
custo a populações carentes, que possuem acesso limitado a mercados e a sistemas de
saúde formais (GRAHAM et al., 2007; CAMARGO, 2018, WARTHA et al., 2015).
A biofortificação consiste na seleção e cruzamento de plantas de mesma espécie, em
que são selecionadas aquelas com maior teor de nutrientes e que possuem as melhores
características agronômicas (CAMARGO, 2018). No Brasil, a Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (EMBRAPA) coordena a biofortificação de alimentos, dentre elas a batata-doce,
visando o auxílio no combate as principais deficiências nutricionais existentes (Ferro, Vitamina
A), por meio dos projetos de biofortificação HarvestPlus, AgroSalud e BioFORT (NOLÊTO
et al., 2015). Estes programas visam incentivar a produção de alimentos biofortificados, por
meio da distribuição de sementes e da integração com produtores rurais (CAMARGO, 2018).
A batata-doce (Ipomoea batatas L.) tem origem nas Américas do Sul e Central, possui
uma enorme capacidade de produzir energia por unidade de área e tempo (Kcal/ha/dia), sen-
do rica em nutrientes e energia, devido ao elevado teor de β-caroteno (precursor da vitamina
A), de vitaminas do complexo B e C, dos sais minerais, dos açúcares e dos carboidratos
(CARDOSO et al., 2005) e é uma raiz muito utilizada na dieta das populações, configurando
uma boa alternativa para melhorar a nutrição dessas populações (NOLÊTO et al., 2015).
As excelentes características agrícolas e a composição nutricional da batata-doce bio-
fortificada a torna uma matéria-prima de grande potencial de uso na indústria na elaboração
de farinhas, cereais, bolos, pães e outros derivados (SILVA, 2010).
No Brasil e em países da América Central, da África e Ásia estão sendo desenvolvidos
produtos a partir de alimentos biofortificados e as técnicas de conservação são muito im-
portantes para o desenvolvimento e inserção destes produtos na alimentação da população
carente, como alternativa viável para aumentar a oferta de micronutrientes e minimizar as
carências nutricionais (ALVES et al., 2012).
Assim, a farinha produzida a partir da batata-doce biofortificada pode ser utilizada na
indústria alimentícia na elaboração de produtos diversificados, principalmente em alimentos
infantis, produtos dietéticos e de panificação, que também podem ser produzidos por peque-
nas agroindústrias (CAMARGO, 2018). Nas padarias tortas e bolos são a segunda categoria
motivacional de compra, sendo o pão a primeira. São, portanto, produtos que atraem os
consumidores e que podem facilitar a aceitação do alimento biofortificado (SILVA et al. 2011).
MÉTODOS
O processo de produção dos bolos foi realizado sem a utilização de iluminação artificial
e com baixa incidência de iluminação natural para evitar a perda de pró-vitamina A. Foram
elaboradas três formulações distintas, sendo que os ingredientes utilizados na elaboração
dos bolos, exceto a farinha de batata-doce biofortificada, foram adquiridos em supermercados
localizados no município de Campinas – SP. Os bolos foram preparados com três concen-
trações diferentes de farinha de batata-doce biofortificada e de farinha de arroz. A primeira
formulação (B1) apresenta 10,23% de farinha de batata-doce biofortificada e 20,46% de
farinha de arroz, a segunda formulação (B2) apresenta 15,35% de farinha de batata-doce
biofortificada e 15,35% de farinha de arroz e a terceira formulação (B3) apresenta 20,46%
de farinha batata-doce biofortificada e 10,23% de farinha de arroz (Tabela 1).
O modo de preparo foi igual para as três formulações, sendo inicialmente todos os
ingredientes foram pesados em balança digital, com exceção do óleo de milho e da clara
desidratada que foram pesados em balança analítica.
Tabela 1. Ingredientes e proporções utilizadas nas três formulações de bolo preparado com farinha de batata-doce
biofortificada em gramas (g) e em porcentagem (%).
B1 B2 B3
Ingrediente Quantidade
g % g % g %
Farinha de batata-doce 100 10,23 150 15,35 200 20,46
Farinha de arroz 200 20,46 150 15,35 100 10,23
Açúcar mascavo 100 10,23 100 10,23 100 10,23
Clara desidratada 17,14 1,75 17,14 1,75 17,14 1,75
Fermento químico em pó 15 1,54 15 1,54 15 1,54
Óleo de milho 45,3 4,64 45,3 4,63 45,3 4,64
Água 500 51,15 500 51,15 500 51,15
Fonte: Elaborada pelos autores.
Composição Centesimal
Caracterização físico-química
Fórmulas
(1)
(2)
(3)
Para determinação de umidade (4), cinzas (5), proteínas (6), lipídeos (7), fibra (8),
carboidrato (9), acidez (10) e diferença total de cor (11) utilizou-se as fórmulas a seguir:
(10)
(11)
RESULTADOS
Composição centesimal
Tabela 2. Composição centesimal nos três bolos preparados com farinha de batata-doce biofortificada.
Composição Centesimal B1 B2 B3
Umidade (%) 46,18 ± 0,37 46,64 ± 0,20 44,81 ± 0,12
Cinzas (%) 3,31 ± 0,01 3,74 ± 0,07 4,57 ± 0,03
Proteínas (%) 8,89 ± 1,00 9,30 ± 0,33 9,12 ± 0,63
Lipídeos (%) 10,54 ± 0,20 8,96 ± 0,40 7,90 ± 0,34
Carboidratos (%) 31,08 ± 1,58 31,38 ± 1,00 33,60 ± 1,12
Fibras (%) 6,80 ± 0,84 7,54 ± 0,97 12,30 ± 2,60
VET (Kcal/100g) 250,25 240,15 244,04
Fonte: Elaborada pelos autores. Notas: VET= valor energético total em quilocalorias por 100 gramas. Valores obtidos por meio da
média ± desvio padrão de três repetições, exceto para o VET. Valores de cinzas, proteínas, lipídeos e carboidratos são em base seca. Os
valores de carboidrato incluem a fibra alimentar total. Realizou-se o cálculo do coeficiente de rejeição (Q) para umidade, o resultado
foi maior ao Q da tabela, rejeitando-se o valor questionável (RORABACHER, 1991)
Tabela 3. Valores médios de acidez total titulável, Brix e pH dos três bolos preparados com farinha de batata-doce
biofortificada.
Parâmetro B1 B2 B3
Acidez total titulável (% ácido) 10,14 ± 0,24 12,15 ± 0,35 15,00 ± 0,42
Sólidos solúveis (ºBrix) 3,31 ± 0,01 3,74 ± 0,07 4,57 ± 0,03
pH 6,47 ± 0,44 6,08 ± 0,10 5,92 ± 0,08
Fonte: Elaborada pelos autores. Nota: Valores obtidos por meio da média ± desvio padrão de três repetições
Em relação à análise de cor (Tabela 4), os resultados indicam que há uma diferença
entre os três bolos, sendo de L* de +2,21; a* de -0,45 e b* de -0,05 entre B1 e B2, de L* de
+4,49; a* de -0,13 e b* de +2,18 entre B1 e B3, e de L* de +2,28; a* de +0,32 e b* de
+2,23 entre B2 e B3.
Tabela 4. Valores médios relativos à cor dos três bolos preparados com farinha de batata-doce biofortificada.
Formulação Amostras L* a* b*
1 50,15 11,25 23,61
B1 2 50,11 11,43 23,96
3 50,49 11,65 24,27
Média 50,25 11,45 23,95
Desvio Padrão 1,44 0,37 1,09
1 48,34 11,95 24,17
B2 2 47,97 11,90 24,21
3 47,82 11,87 23,60
Média 48,04 11,90 24,00
Desvio Padrão 0,53 0,59 1,15
1 45,97 12,17 23,07
B3 2 44,97 11,29 21,61
3 46,34 11,29 20,65
Média 45,76 11,58 21,77
Desvio Padrão 0,76 0,67 1,38
Fonte: Elaborada pelos autores. Nota: Valores obtidos por meio da média ± desvio padrão de três repetições
DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
Composição centesimal
Análise físico-química
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10.37885/200901458
RESUMO
O Brasil é o maior produtor de café das espécies Coffea arábica e Coffea conilon, com
aproximadamente 2,2 milhões de hectares destinados ao cultivo. A cafeína é um alca-
loide, que pertence ao grupo das xantinas, encontrado principalmente no café, sendo
um estimulante do sistema nervoso central da função cardíaca, da circulação sanguínea
e da liberação de adrenalina. A espectroscopia de infravermelho médio é uma técnica
muito empregada para análise quantitativa e qualitativa de alimentos, sendo um método
rápido com ampla aplicação analítica. O objetivo do presente trabalho foi desenvolver
metodologia precisa, exata e de baixo custo para quantificação da cafeína e, identificar
e quantificar a cafeína de blends de café arábica e conilon em diferentes condições do
processo de torrefação, através do FTIR. Foi realizado um planejamento fatorial 23; feito
os blends e, os grãos foram torrados e moídos com moedor manual. Para a curva de
quantificação foram preparadas soluções padrão de cafeína com seis concentrações
conhecidas e realizada a leitura no FTIR, validação da metodologia e quantificação dos
blends. O método demonstrou uma boa linearidade R2= 0,9854 e equação da reta Y =
0,0027x - 0,0105. A sensibilidade, capacidade máxima com confiança de distinção entre
duas concentrações, foi de 36,56 g de cafeína, limite de detecção de 1,62.10–3 g de cafeí-
na/g e limite de quantificação de 4,65.10–3 g de cafeína/g de amostra. A precisão obteve
valores de 0,00409-0,04849, estando de acordo com estudos já realizados. Quanto à
exatidão foi obtido erro relativo de 4,09% e índice Z de 2,04. Para especificidade houve
presença de picos negativos e valores reduzidos de concentração, mostrando interferência
das impurezas para quantificação. Para robustez teve maior influência o efeito B/b=0,14,
relativo à quantidade de clorofórmio utilizado. O teor de cafeína dos blends estudados
variou entre 0,4142-4,3325%, a legislação brasileira vigente determina um teor mínimo
de 0,7% de cafeína, estando 9 dos blends dentro da legislação.
Atualmente o Brasil é o maior produtor de café das espécies Coffea arábica e Coffea
conilon, com aproximadamente 2,2 milhões de hectares destinados ao cultivo de café, entre
15 estados: Bahia, Ceará, Acre, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rondônia, Minas Gerais,
Pernambuco, Paraná e Pará, sendo os maiores produtores são: Minas Gerais e Espírito
Santo. Em 2015, de toda a produção nacional, 74% correspondeu ao café arábica e 26%
ao café conilon (DURÁN et al., 2017). O café possui um valor de mercado volátil, devido a
diversos fatores não relacionados diretamente ao mercado, o clima é considerado um fator
não sistêmico que impacta diretamente na produtividade e no preço (REGO, PAULA, 2012).
Segundo a Associação Brasileira de Indústria de Café (ABIC), no ano de 2018, o consumo
de cafés torrados e moídos atingiu 81 % do total da demanda nacional do tipo tradicional,
significando cerca de 4,82 kg por habitantes ao ano, dessa forma, o Brasil ocupa o primeiro
lugar do ranking dos países que mais consomem café no mundo (ABIC, 2018).
A qualidade do café está relacionada a diversos fatores, dentre eles as características
do grão e composição química, que são determinados por fatores genéticos. Cada espécie
tem suas características próprias, o processo de preparo e conservação do grão, a torração e
o preparo da infusão, também influenciam na qualidade do grão e bebida café (FERNANDES
et al., 2001). A qualidade do café é determinada por tipos ou defeitos e pela classificação
da bebida com base na análise sensorial (CLEMENTE et al., 2015). A análise sensorial é
realizada a partir da apreciação e julgamento de pessoas treinadas (BARBOSA et al., 2013).
Cada espécie possui características químicas próprias, essa diferença entre as es-
pécies garante que os grãos crus submetidos a operações térmicas gerem bebidas com
características sensoriais diferentes (MONTEIRO, TRUGO, 2005).
O café é consumido através de infusão dos grãos, principalmente blends das espé-
cies C. Canephora e C. arábica, sendo conhecida como uma bebida de propriedades esti-
mulantes, adquirida pela presença de cafeína e ácidos clorogênicos, que possuem capaci-
dade antioxidante (DURÁN et al., 2017). A cafeína é um alcaloide, que pertence ao grupo
das xantinas, é inodora com sabor amargo, encontrado principalmente no café, guaraná e
mate (MONTEIRO, TRUGO, 2005). Segundo Martinez et al. (2014) a espécie C. Canephora
apresenta cerce de 2,2% de cafeína, quase o dobro da espécie C. Arábica com 1,2%.
Dentre suas propriedades temos que a cafeína é um estimulante do sistema nervoso
central da função cardíaca, da circulação sanguínea e da liberação de adrenalina. A cafeína
associada a adrenalina, potencializam o estímulo de diversos tecidos, contrações musculares,
elevam o índice de quebra de glicogênio muscular e hepático e possuem ação estimulante
respiratória (SANTOS et al., 2015).
Tabela 1. Parâmetros e níveis do planejamento fatorial completo – Blends de café arábica e conilon.
Fator 1 0 1
Temperatura (ºC) 140 170 200
Tempo (min) 7 12 17
Concentração do café tipo arábica (%) 12,5 31,25 50
Seguindo a metodologia proposta por Abdalla (2015), foram preparadas soluções padrão
de cafeína com seis concentrações conhecidas (Tabela 3). Foi adicionado separadamente
o clorofórmio e o KBr seco. As amostras padrão foram misturadas, trituradas e secas em
estufa para remover o clorofórmio.
(2)
(3)
Sendo: x = média dos valores dos brancos da amostra; s = desvio padrão dos brancos
da amostra; e S = sensibilidade.
Para a determinação do Limite de Quantificação (LQ) (Equação 4), foram analisados
6 brancos e calculados a média e o desvio padrão (FEINBERG; RAGUÈNÈS, 1998).
(4)
Sendo: x = média dos valores dos brancos; s = desvio padrão dos brancos; e S = sen-
sibilidade do método.
Precisão
Exatidão
Para a avaliação da exatidão da metodologia, foi calculado o erro relativo de acordo com
a Equação 5. O índice Z foi calculado segundo a Equação 6. A avaliação dos resultados do
índice Z foi realizada de acordo com a seguinte escala de pontuação: |Z| ≤ 2 = satisfatório;
2 < |Z |≤ 3 = questionável; |Z | > 3 = insatisfatório (INMETRO, 2003).
Sendo: Xlab = média dos valores obtidos na análise da solução padrão; Xv = valor
teórico aceito como verdadeiro Material de Referência Certificado (MRC)
(6)
Sendo: Xlab = média dos valores obtidos experimentalmente; Xv = valor teórico aceito
como verdadeiro (MRC); s = unidade de desvio (incerteza do MRC).
Especificidade
Robustez
Para avaliar a robustez da metodologia, foi utilizado o teste proposto por Youden e
Steiner (TAN; XU; ZHENG, 1995). Uma amostra padrão, amostra 5, foi submetida a variação
de temperatura e quantidade de clorofórmio, sendo a= 80 °C e b= 0,6 ml de clorofórmio, os
fatores nominais A e B são os usuais do padrão, de cada amostra com variação foi feita em
triplicata (Tabela 4).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A faixa espectral de trabalho foi ajustada entre 500 a 4000 cm–1; embora os dados es-
pectrais estudados sejam restritos à região entre 1625,00 - 1770,00 cm–1. Os resultados da
faixa de trabalho estão indicados na Tabela 5 e Figura 1. O método demonstrou uma boa
linearidade R2= 0,9854. A ANVISA (2003) recomenda um coeficiente de correlação maior
ou igual a 0,990 e o INMETRO (2011), valores acima de 0,90. O coeficiente encontrado se
encontra acima do estabelecido pelo INMETRO demonstrando uma boa linearidade e con-
fiabilidade, podendo ainda ser melhorado para se chegar aos limites mínimos recomendados
pela ANVISA. A equação da reta obtida foi y = 0,0027x - 0,0105.
Tabela 5. Resultados da faixa de trabalho, com o desvio padrão e o coeficiente de variação (CV).
Tabela 6. Quantificação de cafeína por FTIR dos blends de café arábica e conilon.
Cafeína
Concentração do café
Experimento Temperatura (0C) Tempo (min) Cafeína por FTIR (%) (%)
arábica (%)
(ELIAS, 2019)
1 140 7 50 0,6132±0,0036 1,24±0,57
2 200 7 50 0,4142±0,0009 1,38±0,63
3 140 17 50 1,0964±0,0012 1,06±00
4 200 17 50 2,0033±0,0002 1,39±0,60
5 140 7 12,5 2,0364±0,0025 1,39±0,03
6 200 7 12,5 1,1475±0,0006 1,45±0,05
7 140 17 12,5 4,3325±0,0190 1,46±0,06
8 200 17 12,5 3,2338±0,0041 1,60±0,00
9 170 12 31,25 3,8126±0,0048 1,44±0,60
10 170 12 31,25 4,0519±0,0007 1,57±0,55
11 170 12 31,25 3,9493±0,0015 1,62±0,52
CONCLUSÃO
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10.37885/201001627
RESUMO
A Sicana odorifera é uma planta alimentícia não convencional, de alta produtividade, valor
nutricional, paladar característico e intenso de seus frutos. O objetivo deste trabalho foi
avaliar as características físico-químicas e de derretimento de sorvetes elaborados com a
polpa do melão de croá. Foram utilizadas três formulações com diferentes concentrações
de polpa e as amostras foram analisadas quanto a composição centesimal, overrun, teste
de fusão e análises microbiológicas. Em relação ao teor de fibras, os valores observados
foram, F1 de 3,9 g de fibra/100 g e F2 de 5,2g de fibra/100 g, podendo serem consideradas
fontes de fibra. E para F3 foram encontrados 6,5 g de fibra/100 g, podendo ser classifica-
da como de alto conteúdo de fibras. Os resultados mostram overrun de 21,36%, 14% e
13,1% para F1, F2 e F3, respectivamente, evidenciando que o maior conteúdo de fibras
reduz o overrun dos sorvetes. Os tempos de derretimento avaliados para as diferentes
formulações dos sorvetes diferiram estatisticamente entre si e, F3 apresentou maior
estabilidade em relação às demais. Esse efeito está relacionado ao conteúdo de fibra,
que influenciou o comportamento reológico de sorvetes, acarretando no fortalecimento
do produto em relação à fusão. As análises microbiológicas nas amostras atenderam a
legislação em vigor. A utilização da polpa de melão de croá em sorvetes, mostra-se com
potencial para o aproveitamento das plantas alimentícias não convencionais, contribuindo
para a diversificação de gelados comestíveis no mercado alimentício, com características
de estabilidade térmica e saudabilidade.
O melão de caroá, mais conhecido por croá, é considerado uma planta alimentícia não
convencional (PANC) e pode ser cultivada em quintais urbanos. A utilização desta planta
consiste em uma alternativa de alimentação, agregando valores às refeições e melhoria de
renda para agricultores familiares. O fruto possui alta produtividade/planta, e a produção de
polpa no fruto é bastante significativa, demonstrando um grande potencial para a indústria
de alimentos. Além disso, suas características de funcionalidade e propriedades nutricionais
tornam este fruto bastante atrativo ao processamento.
O croá é conhecido por suas qualidades nutritivas e medicinais, contribuindo para o
resgate cultural e regional, podendo ser utilizado - tanto o fruto verde quanto maduro- em
purês, sobremesas lácteas, entre outros produtos alimentícios. Atualmente, a busca e de-
senvolvimento de sobremesas lácteas com características funcionais ou inovadores tem
crescido cada vez mais no mercado alimentício. É importante observar que, neste nicho de
mercado, ingredientes inovadores e processos tecnológicos aplicados concedem a produção
de sobremesas com maiores valores nutricionais, melhor digestibilidade e novos sabores.
O sorvete é uma sobremesa láctea muito apreciada, possuindo grande crescimento
de consumo, devido ao clima e a variedades de frutas tropicais, atendendo aos diversos
paladares, todas as faixas etárias e classe social. Além de saboroso, é nutritivo, e engloba
frutas ou derivados do leite em composição.
As indústrias de alimentos têm explorado cada vez mais na inovação de produtos.
Esses devem ser diferentes dos que já existem no mercado, atendendo às necessidades e
preferências dos consumidores, sendo mais nutritivos, saborosos, digestivos, e com suas
características sensoriais preservadas.
Portanto, o enriquecimento do sorvete com polpas de frutos regionais é muito impor-
tante, pois valoriza a sobremesa e atende ao apelo do mercado alimentício com o produto
saboroso e funcional. Além disso, constitui uma alternativa para o processamento destes
frutos, originando uma diferente forma de consumo, favorecendo tecnologias de baixo cus-
to, gerando, deste modo, alternativas para o aproveitamento da alta produção de frutos,
diminuindo o desperdício da produção e gerando renda para os pequenos fruticultores. Este
trabalho tem como objetivo, o desenvolvimento e avaliação da aceitabilidade de sorvete,
utilizando a polpa do fruto de croá (Sicana odorífera).
METODOLOGIA
Para a realização deste estudo, o fruto do Sicana odorífera foi adquirido na cidade de
Belo Horizonte, e transportado para a cidade de Bambuí no mês de fevereiro. Em seguida,
Processamento do croá
O processamento do croá iniciou-se com a seleção do fruto de acordo com sua co-
loração, sanidade e integridade física. Em seguida, o fruto foi higienizado, despolpado e
congelado (Figura 1).
O fruto foi lavado com água corrente e imerso em água contendo 120 ppm de cloro
ativo, por um tempo de 10 minutos. Após a pesagem, o fruto foi cortado com o auxílio de uma
faca inoxidável, separando-se, assim, a casca, polpa e semente. As partes constituintes do
fruto foram pesadas separadamente, e registrados seus pesos. A polpa foi acondicionada
em sacos plásticos, nas quantidades de 300, 400 e 500 g, e, em seguida, armazenada em
câmara de resfriamento, à temperatura de 5°C. O restante foi congelado à uma temperatura
de -18°C, para a realização das análises físico-química.
Teste de derretimento
O teste foi realizado de acordo com o procedimento estabelecido por Braguini (2011),
que consiste na adição de 50 mL de sorvete ao centro do disco (Figura 4), para avaliar o
derretimento do mesmo. Visualmente, a cada minuto, foi observada a extensão que o der-
retimento tornava com o passar do tempo. O sorvete foi analisado à temperatura de 25°C,
a partir de uma pistola a laser, com a qual controlou-se a temperatura. Considera-se um
derretimento ideal em um tempo mínimo de 10 minutos.
Análises físico-químicas
Análises microbiológicas
Segundo Albuquerque et al. (2002), é muito importante analisar a qualidade dos fru-
tos em espécies frutíferas, para definir a aceitação do produto a ser desenvolvido a partir
destes. A qualidade é determinada pelas dimensões do fruto, coloração, sabor, aroma e
rendimento da polpa. As características físicas do fruto de Sicana odorífera utilizado neste
estudo foram avaliadas (Tabela 2).
Parâmetros* Médias*
Acidez titulável total (g/100g de ácido cítrico) 1,09±0,05
Sólidos solúveis (º Brix) 6,00±0,29
pH 6,50±0,21
Umidade (%) 84,34±1,26
Cinzas 2,00±0,13
Os valores de sólidos solúveis totais (6,00° Brix) e pH (6,50) encontrados neste estudo
se aproximam aos valores verificados por Filho (2013), que foi de 5,80° Brix e 6,95, respec-
tivamente. Em contrapartida, o valor encontrado de acidez titulável total para polpa de croá
(1,09 g/100 g de ácido cítrico) foi superior ao analisado por Filho (2013), que obteve valor de
0,51 g/100 g de ácido cítrico para polpa do fruto. De acordo com Canuto et al. (2010), estas
diferenças podem ser atribuídas a fatores edafoclimáticos e/ou genéticos, porém é provável
que a diversidade no estádio de maturidade dos frutos empregados no preparo das polpas
seja a maior responsável pela variabilidade da acidez da polpa.
Em relação à porcentagem de umidade, Cecchi (2003) determina que o padrão pode
variar entre 65 a 95% de umidade em frutos. O valor encontrado para o fruto de croá estu-
dado foi de valor 84,34%, semelhante a Filho (2013), que obteve para a polpa de croá um
valor de 83,37% de umidade.
De acordo com Zambiazi (2010), o teor de cinzas nos alimentos corresponde ao resíduo
mineral fixo (alumínio, cálcio, cobre, ferro, fósforo, magnésio, manganês, potássio, zinco,
entre outros minerais) restante da queima em altas temperaturas da matéria orgânica em
mufla. A quantidade de cinzas encontrada foi de 2,00 % neste trabalho, superior ao obtido
por Conjiu et al (2017), que foi de 1,10 %. Observamos, porém, que essa quantidade se
encontra dentro do padrão de cinzas estabelecido para frutas que é: de 0,30 a 2,10 %.
Os valores médios obtidos para acidez titulável, pH, sólidos solúveis totais e fibras do
sorvete produzido a partir de diferentes concentrações da polpa de croá (Tabela 4) mostram
diferenças significativas (p>0,05) para todos os parâmetros avaliados.
Formulações
Análises F1 F2 F3
Acidez titulável (° D) 24,50±0,23 a
23,00±1,25 b
22,00±1,23 c
pH 6,35±0,30 c
6,50±0,16 b
6,60±0,20 a
Sólidos solúveis totais (° Brix) 30,00±2,05 c 45,00±2,15 b 49,00±1,60 a
Fibras (g/100 g de sorvete) 3,90 c
5,20 b
6,50 a
Fonte: Autora (2019). Médias seguidas de desvio padrão (n = 3); F1: Sorvete com 9% de polpa de croá; F2: Sorvete com 11% de polpa
de croá; F3: Sorvete com 13% de polpa de croá.
Os resultados nas formulações F1, F2 e F3 mostram que quanto maior foi a concen-
tração de polpa de croá adicionada no sorvete, menor foi a acidez titulável e maiores foram
os parâmetros de pH, sólidos solúveis e o teor de fibras.
Não existem valores padrão de acidez titulável e pH determinados por legislação para
sorvetes (BRASIL, 1995). Os parâmetros de acidez titulável, pH e sólidos solúveis são in-
fluenciados pela polpa da fruta utilizada na formulação e, deste modo, sorvetes de frutas
possuem uma acidez diferente de sorvetes de creme ou chocolate (CORREIA et. al, 2008).
Rocha et. al, (2001) relata que altos teores de ácidos encontrados em produtos lácteos,
como o ácido lácteo, diminuem a precisão de se adicionar acidificantes, contribuindo com a
qualidade nutricional e sensorial, e a segurança alimentar destes produtos.
De acordo com a legislação, os sorvetes devem apresentar um valor mínimo de 28%
de sólidos solúveis totais (BRASIL, 1999; BRASIL, 2005), portanto todas as formulações
de sorvetes analisadas (Tabela 4) estão de acordo com a legislação para teor de sólidos
solúveis, variando de 30 a 49° Brix.
Segundo Silva (1997) e Araújo (2001), o índice em °Brix influencia tanto nas proprieda-
des termo físicas, como as químicas e biológicas do fruto analisado. De acordo com estes
autores, quanto maior a quantidade de sólidos solúveis existentes, menor a quantidade de
açúcar a se adicionar aos frutos, contribuindo, deste modo, para a diminuição do custo de
produção e, consequentemente, um aumento da qualidade do produto a ser desenvolvido.
Elevados teores em brix (acima de 67º) podem influenciar positivamente na aceitação do
novo produto desenvolvido, influenciando diretamente no sabor (PERRONE et al. 2011).
Em relação ao teor de fibras, os resultados mostram que os sorvetes obtidos das for-
mulações F1 e F2 podem ser considerados como sobremesas fontes de fibra, por apresen-
tarem valores superiores ao mínimo estabelecido pela legislação, que é de 3g de fibra/100
g. A formulação F3, por sua vez, é classificada como sorvete de alto conteúdo de fibras, por
apresentar um valor superior ao mínimo sugerido por legislação, que é de 6 g de fibra/100
g (BRASIL, 2012).
Os valores obtidos para overrun (%) das diferentes formulações de sorvete a partir da
polpa de croá variaram de 21,36% a 13,1% de acordo com a formulação utilizada (Figura
5). O ar presente no sorvete o torna mais suave, influenciando diretamente nas propriedades
de derretimento e textura (CHANG; HARTEL, 2002a; CHANG; HARTEL, 2002b; SOFJAN;
HARTEL, 2004; PEREIRA et al., 2011).
Figura 5. Análise de Overrun (%) das diferentes formulações do sorvete desenvolvido com polpa de croá.
Os resultados relativos aos testes de disco para o derretimento aplicado nas diferentes for-
mulações de sorvete de croá (Figura 6) mostram a estabilidade do sorvete a temperatura de 25°C.
Figura 6. Teste de disco para o derretimento do sorvete acrescido de polpa de croá (A, B e C) à temperatura de 25°C para
as formulações F1, F2 e F3.
Figura 7. Teste de derretimento das diferentes formulações do sorvete desenvolvido com polpa de croá.
Análises microbiológicas
Tabela 5. Parâmetros permitidos por legislação e obtidos nas análises microbiológicas do sorvete de croá.
Notas: F1: Sorvete com 9% de polpa de croá; F2: Sorvete com 11% de polpa de croá; F3: Sorvete com 13% de polpa de croá. AUS:
Ausência. Coag: Coagulase.
Fonte: Adaptado de BRASIL (2001).
CONCLUSÃO
Conclui-se que o fruto de croá estudado, possui alto rendimento e pode ser considerado
de ótima qualidade para processamento. Todas as características físico-químicas da polpa
apresentaram resultados desejáveis para o processamento. Os parâmetros físico-quími-
cos e microbiológicos dos sorvetes desenvolvidos com diferentes formulações de polpa de
croá apresentaram características desejáveis e boa estabilidade térmica. Observa-se que
a concentração de 13% de polpa de croá produz sorvetes com estabilidade térmica ideal,
podendo ser utilizada na formulação de sorvetes com características funcionais. Portanto,
este trabalho mostra que a exploração de plantas alimentícias não convencionais, como
o Sicana odorífera, é uma estratégia adequada para agregar valores a esses frutos ainda
pouco conhecidos, e para o desenvolvimento de novos produtos.
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A pimenta é uma especiaria muito consumida devida sua pungência, flavor, propriedades
nutricionais e funcionais. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a composição
físico-química e a concentração de compostos bioativos da pimenta cumari verdadeira
(Capsicum baccatum var. praetermissum) in natura e processada em conserva ácida,
a fim de verificar se o processamento resultou em alterações estatísticas significativas
(p-valor: 0,001). A determinação do teor de umidade foi feita por secagem em estufa
a 105ºC, até obtenção de massa constante; atividade de água feita em analisador de
atividade de água por ponto de orvalho; acidez titulável em ácido cítrico pelo método de
titulação potenciométrica de neutralização; pH por potenciometria direta; sólidos solúveis
totais em refratômetro digital; fibra dietética total pelo método enzimático-gravimétrico;
vitamina C pelo método de Tillmans; compostos fenólicos totais e carotenoides totais fo-
ram determinados por espectrofotometria UV-Visível e parâmetros de cor por colorimetria
pelo sistema CIE L*a*b*. Os resultados para as amostras in natura e em conserva foram,
respectivamente: 71,86 e 69,40% de umidade; 0,98 e 0,99 de atividade de água; 0,19 e
0,44 g de ácido cítrico 100 mL-1; 4,72 e 4,25 de pH; 5,22 e 4,90 ºBrix; 20,08 e 22,80% fibra
alimentar total; 57,77 e 58,33 mg de ácido ascórbico 100 mL-1; 27,16 e 35,93 mg EAG
100 g-1; 1,33 e 1,41 mg carotenoides totais 100 g-1. Apresentou-se diferenças estatísticas
significativas nos valores de pH, acidez titulável em ácido cítrico, compostos fenólicos
e fibras alimentares da conserva em relação a amostra in natura, entretanto, a pimenta
cumari verdadeira apresentou resultados satisfatórios, pois manteve suas propriedades
físico-químicas e funcionais mesmo após o processamento tecnológico, tendo apenas
a redução do pH e a adição de salmoura quente como método de conservação, sem a
realização da pasteurização. Portanto, mostrou-se como uma potencial fonte de fibras e
compostos bioativos que podem contribuir com a dieta, saúde e bem-estar do consumidor.
A fim de obter-se uma amostra representativa para a realização das análises químicas
das pimentas in natura e em conserva, utilizando a casca, polpa e sementes, cujo líquido
de cobertura da conserva não foi considerado para as análises, foi preparada uma amos-
tra composta obtida por meio da combinação de diversas amostras simples. Sendo uma
parcela representada por 20 pimentas, em que cada pimenta representaria uma amostra
simples. As parcelas de 20 pimentas foram trituradas e homogeneizadas em liquidificador e
posteriormente processadas de acordo com as especificações de cada parâmetro químico,
tornando-se assim uma amostra composta, de onde foi retirada a alíquota utilizada para a
quantificação (MATTOS et al., 2007).
A determinação do teor de umidade foi feita por secagem direta em estufa de circulação
de ar (marca FANEM®, modelo Orion 515) a 105ºC, conforme descrito pelo Instituto Adolfo
Lutz (2008) no método 012/IV, em que foi pesado de 5g das amostras em placas de Petri
previamente taradas, até obtenção de uma massa constante para as amostras.
A determinação da atividade de água foi feita em um analisador de atividade de
água por ponto de orvalho (marca AQUALAB®, modelo 4TE), conforme o método oficial nº
978.18 da AOAC (2012).
A acidez total titulável foi determinada por titulação potenciométrica de neutraliza-
ção utilizando potenciômetro digital (marca HANNA INSTRUMENTS®, modelo HI 2221).
Primeiramente, foram pesados 5 g de amostra, previamente triturada em liquidificador,
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com base nos resultados apresentados na Tabela 1 e com a análise estatística aplica-
da, verificou-se a existência de diferenças significativas (p-valor < 0,1%) entre as amostras
apenas para os parâmetros de acidez titulável em ácido cítrico, pH, fibra dietética (alimentar)
total e compostos fenólicos.
Tabela 1. Resultados obtidos para as pimentas cumari verdadeira in natura e em conserva (média ± desvio padrão).
Para o teor de umidade, observou-se que a amostra in natura apresentou uma variação
em relação à amostra em conserva. É possível que o líquido de cobertura tenha alterado a
pressão osmótica promovendo a concentração das soluções naturais das pimentas, inter-
ferindo no teor de água (OETTERER et al., 2006, p. 551). No entanto, Valverde (2011) em
estudo com pimenta malagueta in natura e em conserva, observou fenômeno contrário, em
que a pimenta em conserva apresentou valores de umidade mais elevados. Oliveira (2011)
e Dambros (2014) determinaram o teor de umidade de pimentas do gênero Capsicum spp.
CONCLUSÃO
AGRADECIMENTOS
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10.37885/200901476
RESUMO
MATERIAL E MÉTODOS
Cada repetição do suco de araçá-boi foi aquecida num recipiente de aço inoxidá-
vel (30 cm ɸ) até a fervura (100 ±2 °C) em agitador magnético (400 °C e 800-1200 rpm).
Amostras de 100g do suco foram retiradas nos tempos 0, 10, 20, 30, 40, 50 e 60 minutos
de tratamento térmico, colocadas em frascos de polipropileno e refrigeradas a 3-4 °C até o
momento das análises.
Quantificaram-se as pectinas totais segundo Begum et al. (2017), Carvalho et al. (2006)
e Holt (1954), com adaptações. Diluíram-se 20 g das amostras em 200 mL de água destilada
(1:10), fervendo-se com agitação por uma hora, repondo-se a água perdida durante a fervura.
Filtrou-se o extrato em algodão, completando-se para 250 mL com água destilada em balão.
Pipetou-se alíquota de 50 mL em Erlenmeyer de 500 mL, adicionando-se 150 mL de água
destilada e 5 mL de NaOH 1N, com agitação constante, seguindo-se repouso por 18 horas.
Após, adicionaram-se 25 mL de solução de ácido acético 1 N seguindo-se repouso de 5 min.
Após, com agitação, adicionaram-se 50 mL de solução de cloreto de cálcio 1 N, levando-se
à fervura por 1 min. seguida de repouso mínimo de 1 h. Filtrou-se em papel de filtro Quanty®
com poros de 11 μm, previamente seco e tarado em cápsula de porcelana. Seguiu-se a
lavagem com água destilada quente até remoção completa do cloreto livre (água límpida)
testando-se com solução de nitrato de prata 1%. Após, secou-se o papel de filtro em estufa
a 100°C por 3 h, seguida de esfriamento em dessecador e pesagem. O cálculo foi feito pela
equação (3). Os resultados foram expressos em g de pectato de Ca / 100 g de suco.
Parâmetros de cor
Usou-se o método TPA (Texture Profile Analysis) segundo Rosenthal (2001) e Trihn
e & Glasgow (2012), com adaptações. Colocaram-se 30 mL de amostra na cubeta cilíndri-
ca de 40 x 50 mm (ɸ x altura) do Texture Analyzer Brookfield CT3, utilizando-se célula de
carga de 10 kg e probe TA11/1000 a qual aprofundou-se 20 mm na amostra por dois ciclos
seguidos a uma velocidade de 2 mm/s. Determinaram-se os seguintes parâmetros: dureza,
adesividade, gomosidade, coesividade, elasticidade, índice de elasticidade e mastigabilidade.
Análise Estatística
Com o software R Core Team (2019), fez-se a análise de variância dos dados pelo
teste F (5% de probabilidade) e, havendo efeito significativo dos diferentes tempos de fervu-
ra, fez-se a análise de regressão (5% de probabilidade). Escolheu-se o modelo de regres-
são baseado na significância dos coeficientes angulares e nos valores dos coeficientes de
determinação (R2).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O teor de SS do suco de araçá-boi aumentou linearmente (Fig. 1a), e o valor inicial foi
de 5,1 °Brix. Tal valor no suco, que foi duplamente peneirado, foi superior aos encontrados
para a polpa do fruto por Canuto et al. (2010), Gomes et al. (2010), Iturri et al. (2021) e Virgolin
et al. (2017) que foram, respectivamente 4,50, 4,58, 4,60 e 3,00 °Brix. Tal fato pode estar re-
lacionado à homogeneização do suco promovida pela dupla peneiragem antes do tratamento
térmico, favorecendo maior acurácia da leitura no refratômetro, quando comparado à polpa
na qual há mais partículas em suspensão. O modelo linear ajustado mostra que, mesmo
após fervura prolongada do suco, os SS mantiveram-se sem degradação, alcançando 11,5
° Brix, o que pode indicar boa viscosidade para utilização posterior do suco.
Na AT observou-se também aumento linear de 2,48 até 5,49 mg de ácido málico / 100
g (Fig. 1b). Lima et al. (2002) apontaram que frutas e produtos de frutas de elevada acidez
(acima de 1,00%) são de interesse para a indústria alimentícia, pois reduzem o uso de aci-
dificantes com finalidade conservadora. Millán et al. (2007) tratando termicamente a polpa
de araçá-boi a 80 /C / 15 min. seguindo-se diferentes tipos de congelamento e posterior
descongelamento, obtiveram valor máximo quando a polpa não sofreu congelamento nem
descongelamento após o tratamento térmico, chegando a de 3,28 mg de ácido málico /100
g–1. Assim, o resultado obtido no presente trabalho indica que o congelamento e descon-
gelamento da polpa de araçá-boi antes da obtenção do suco e de seu tratamento térmico,
Figura 1. Efeito do tratamento térmico (100 ±2 °C / 0-60 min.) sobre o teor de sólidos solúveis (SS) (a) e de acidez titulável
(AT) (b).
(a) (b)
Figura 2. Efeito do tratamento térmico (100 ±2 °C / 0-60 min.) sobre pH (a) e relação Brix/Acidez (b).
(a) (b)
Figura 3. Efeito do tratamento térmico (100 ±2 °C / 0-60 min.) sobre a Atividade de água (Aw) (a) e a Umidade (b).
(a) (b)
Figura 4. Efeito do tratamento térmico (100 ±2 °C / 0-60 min.) sobre a Atividade antioxidante (a), Compostos fenólicos
(b), Flavonoides (c) e Carotenoides (d).
(a) (b)
(c) (d)
Figura 5. Correlação entre Atividade Antioxidante, Sólidos Solúveis, Compostos Fenólicos, Flavonoides, Carotenoides e
Pectinas (a). Efeito do tratamento térmico (100 ±2 °C / 0-60 min.) sobre as Pectinas Totais (b).
(a) (b)
Figura 6. Efeito do tratamento térmico (100 ±2 °C / 0-60 min.) sobre o parâmetro Dureza, na Análise do Perfil de Textura
do suco de araçá-boi.
Tabela 1. Perfil de textura do suco de araçá-boi em função do tratamento térmico (100 ±2 °C / 0-60 min.).
Tempo Adesividade Fraturabilidade Elasticidade Gomosidade Mastigabilidade
Coesividade
(min) (mJ) (N) (mm) (N) (mJ)
0 0,10 0,05 0,90 11,25 0,10 1,13
10 0,23 0,03 0,89 9,84 0,09 1,00
20 0,20 0,02 0,96 10,07 0,10 1,10
30 0,26 0,01 0,88 11,71 0,09 1,10
40 0,23 0,02 0,91 10,80 0,06 0,83
50 0,10 0,04 1,05 10,37 0,12 0,90
60 0,16 0,01 0,92 11,92 0,12 1,46
Cv (%) 83,36 62,12 16,60 8,66 27,00 50,60
De acordo com o teste F (5% de probabilidade), as médias das variáveis Adesividade, Fraturabilidade, Coesividade, Elasticideade, Gomosidade e Mas-
tigabilidade não são diferentes.
Figura 7. Efeito do tratamento térmico (100 ±2 °C / 0-60 min.) sobre a Luminosidade (a), Tonalidade (b) e Cromaticidade
(c) da cor do suco de araçá-boi.
(a) (b)
CONCLUSÃO
AGRADECIMENTOS
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RESUMO
METODOLOGIA
Quadro 1. Protocolo de Educação Alimentar e Nutricional com mulheres dependentes químicas institucionalizadas.
Alegre, ES. 2019
RESULTADOS
Figura 1. Frequência de uso de sal e açúcar de adição e consumo de doces antes e após a intervenção. Alegre, ES. 2019.
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
A intervenção nutricional educativa realizada por dois meses, de caráter prático, de-
terminou o efeito desejado na mudança de comportamento alimentar e na melhoria dos
parâmetros antropométricos das mulheres estudadas, atingindo assim, seu objetivo.
As atividades educativas foram capazes de atingir as participantes de modo que encon-
trassem a motivação, esforço e determinação para mudarem sua realidade, o que contribuiu
para a efetividade da intervenção. Mesmo estando em período de desintoxicação pelo uso
de drogas, estas se apresentaram interessadas em uma melhor qualidade de vida, refletiram
sobre sua saúde o que, por consequência, contribuiu para seu autoconhecimento.
Sendo assim, ressalta-se a importância da implantação de atividades contínuas e
sistemáticas de promoção da saúde, com ênfase na alimentação e nutrição, na rotina dos
serviços de saúde focando, principalmente, em parcelas mais vulneráveis da população
como as mulheres dependentes químicas.
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10.37885/200901473
RESUMO
METODOLOGIA
A salga úmida proporciona uma menor exposição do alimento ao oxigênio e, desta ma-
neira protege o conteúdo lipídico do processo de oxidação. Pescados salgados normalmente
são submetidos à este tipo de salga em decorrência do elevado teor lipídico insaturado, de
elevada susceptibilidade à oxidação. Verificou-se no presente trabalho, que durante a eta-
pa de salga, a desidratação da carne se apresentou moderada, inicialmente encontrou-se
75% de umidade e após 20 dias de salga, chegou à 63% de umidade, atingindo o equilíbrio
osmótico (Figura 1). Resultado semelhante ao encontrado por Molina-Filho et. al. (2006), o
período de 15 à 20 dias para atingimento do equilíbrio osmótico em filés de tambaqui.
Verificou-se que mesmo após o atingimento do equilíbrio osmótico, a umidade atingi-
da, não atendia ainda à umidade estabelecida por legislação para estabilidade de produtos
salgados, 35%. Desta maneira, verifica-se a necessidade de realizar uma posterior etapa
de secagem. Diante deste fato, optou-se por prosseguir no desenvolvimento do produto,
paralisando a salga úmida em 20 dias de processo.
Figura 1. Teor de umidade de filés espalmados de tambaqui durante salga úmida com salmoura a 30%.
Após 20 dias de salga úmida, os filés foram submetidos à secagem sob refrigeração
à 5 oC. Verificou-se que nos primeiros dias de secagem, os filés apresentaram ganho de
umidade, na câmara de desidratação, este fato deve-se à umidade da câmara, a qual se
apresentou elevada, 55%. Após 20 dias de secagem chegou ao atingimento de umidade
exigido pela legislação (Figura 2).
Figura 2. Teor de umidade de filés espalmados de tambaqui após salmoura, durante secagem sob refrigeração à 5oC.
Tabela 1. Teor de umidade de filés espalmados de tambaqui durante salga úmida com salmoura a 30%.
CV% 5 35
Teste 1 37,71
Teste 2 57,00
Teste 3 24,86
Apesar da alta variabilidade no tempo de secagem, o período para que a umidade má-
xima de 35% fosse atingida, não ultrapassou a quantidade de dias estipulada neste trabalho,
de 20 dias. Este período apresenta-se seguro e com adequada margem de segurança, visto
que esta tecnologia será passada aos pequenos produtores e estes não terão como realizar
o controle de umidade.
O tempo total de processamento determinado neste trabalho foi de 40 dias, sendo
metade deste tempo para salga úmida e a outra metade para a secagem do filé. Nates
et al. (2014), promoveram a salga seguida de secagem de filé de tambacu, por 19 dias no
total do processamento e atingiram umidade final de 56%, se mostrando inadequado para
atendimento à legislação.
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10.37885/201001743
RESUMO
OBJETIVO
RESULTADOS
Tabela 1. Frequência de crianças que alcançaram os marcos de desenvolvimento motor na idade adequada e inadequada.
Alegre, ES. 2016.
Adequado Inadequado
Marco do desenvolvimento motor N
(%) (%)
1) Postura: barriga para cima, pernas e braços fletidos, cabeça lateralizada 34 91,1 8,9
2) Observa um rosto 34 67,7 32,3
3) Reage ao som 34 70,6 29,4
4) Eleva a cabeça 33 57,6 42,4
5) Sorriso social quando estimulada 32 75 25
6) Abre as mãos 29 86,2 13,8
7) Emite sons 30 73,3 26,7
8) Movimenta ativamente os membros superiores e inferiores 30 90 10
9) Resposta ativa ao contato social 25 88 12
10) Segura objetos 27 96,3 3,7
11) De bruços, levanta a cabeça, apoiando-se nos antebraços 26 53,9 46,1
12) Busca ativa de objetos 24 33,3 66,7
13) Leva objetos à boca 24 37,5 62,5
14) Localiza o som 23 47,8 52,2
15) Muda de posição ativamente 21 57,1 42,9
16) Brinca de esconde-achou 18 38,9 61,1
17) Transfere objetos de uma mão para a outra 15 53,3 46,7
18) Duplica sílabas 11 63,6 36,4
19) Imita gestos 8 37,5 62,5
20) Faz pinça 9 44,4 55,6
Dos lactentes acompanhados, 54,3% eram do sexo feminino, 88,5% estavam em alei-
tamento materno e 68,6% foram amamentados na primeira hora de vida, porém não foi
encontrada relação significante entre aleitamento materno ou a amamentação na primeira
hora de vida e a idade de realização dos marcos de desenvolvimento motor. O consumo de
leite materno foi predominante frente aos outros tipos de aleitamento (Tabela 2).
Observou-se que 45,7% (n=16) das crianças receberam aleitamento materno exclusivo
(AME) até o sexto mês de vida. Essas crianças alcançaram os marcos do desenvolvimento
motor “segura objetos” e “busca ativa de objetos” mais cedo do que aquelas que não mama-
ram exclusivamente (2,2 vs 3,0 meses, p=0,006; 3,0 vs 4,2 meses, p=0,02, respectivamente).
Houve, ainda, associação entre o AME e a realização do marco “abre as mãos” na idade certa
(p=0,04). Em relação ao marco “engatinhar”, as crianças que mamaram exclusivamente até
o sexto mês o alcançaram em idade posterior à daquelas que não mamaram exclusivamente
(10,5 vs 7,0 meses, p=0,01).
A idade mediana de introdução de água e chás foi de três meses (mínimo 1 e máximo
6) e a de introdução da alimentação complementar foi de cinco meses (mínimo 4 e máximo
6), mas não foi encontrada relação significante entre a média de idade de introdução de
água, chá e alimentos complementares com o desenvolvimento motor adequado ou não.
A idade gestacional (IG) ao nascer variou de 35 a 42 semanas, sendo a média de 39
semanas. Observou-se correlação entre a IG e os marcos do desenvolvimento motor “de
bruços, levanta a cabeça, apoiando-se nos antebraços” (r²= 0,20; p=0,02) e “engatinha” (r2=
0,41; p=0,04), ou seja, a IG explicou 20% e 40% da variação na idade de alcance destes
marcos, respectivamente.
O peso ao nascer variou de 2,1 a 4,2 kg, sendo o peso médio de 3,4 kg. As crianças
que alcançaram o marco “observa um rosto” e “sorriso social” na idade certa apresentaram
Tabela 3. Correlação entre o Índice de Massa Corporal e o desenvolvimento motor em crianças no primeiro ano de vida.
Alegre, ES. 2016.
Idade (meses)/
1 2 3 4 6 7 9 10 11
Marcos
p=0,01;
DM3
r²=0,90;
p=0,01; p=0,03; p=0,02;
DM4
r²=0,90 r²=0,93 r²=0,86
p=0,01; p=0,02;
DM6
r2=0,90 r2=0,86
p=0,01; P<0,01; p=0,03; p=0,02;
DM7
r²=0,90 r²=0,98 r²=0,93 r²=0,86
p=0,001;
DM9
r²=0,98
p=0,001;
DM10
r²=0,98
P<0,01;
DM11
r²=0,96
p=0,02; P<0,01;
DM12
r²=0,32 r²=0,87
p=0,01;
DM19
r²=0,89
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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10.37885/201001756
RESUMO
OBJETIVOS
IONÓFOROS POLIÉTERES
Características e aplicações
Figura 1. Estrutura química dos antibióticos ionóforos poliéteres. Fonte: ELLIOTT; KENNEDY; MCCAUGHEY (1998).
Resistência bacteriana
Aspectos toxicológicos
Bovinos 22-80
Cabras 26,9
Cães Fêmeas >10
Cães Machos >20
Camundongos 70-96
Cavalos 1-3
Coelhos 41,7
Galinha-d’angola 95
Galinhas 130-250
Macacos 60-110
Ovelhas 12
Perus 346-416
Porcos 17-50
Ratos 21,5-50
Fonte: EMA, 2007.
Foram realizados vários estudos de toxicidade oral por doses repetidas subcrôni-
cas em roedores e cães. Os principais sinais de toxicidade incluíram diminuição do peso
corporal e degeneração dos músculos esquelético e cardíacos (EMA, 2007; FAO/WHO,
2009a). Os Níveis Sem Efeitos Adversos Observáveis (NOAELs) reportados variaram de
1,14 a aproximadamente 3,5 mg/kg de peso corporal, com base no retardo do crescimento
e nas alterações absolutas ou pesos relativos dos órgãos (EMA, 2007; FAO/WHO, 2009a).
Em um estudo sobre teratologia, concluiu-se que a monensina administrada por via oral
a coelhas em gestação em doses de até 0,76 mg/kg não afetam o desempenho reproduti-
vo da mãe ou o desenvolvimento do feto. Os efeitos maternos relacionados ao tratamento
incluíram uma redução na média diária do consumo de alimentos no grupo de doses mais
elevadas que, no entanto, não foi acompanhado por mudanças de peso. Não houve indicação
de fetotoxicidade nos embriões até a dose mais alta testada (0,76 mg/kg de peso corporal)
(EMA, 2007; FAO/WHO, 2009a).
O potencial da monensina em induzir carcinogenicidade foi avaliado por dois anos em
estudos em ratos e camundongos. A monensina não influenciou a ocorrência de alterações
não neoplásicas, incluindo lesões musculares cardíacas e esqueléticas e outras condições
inflamatórias e degenerativas. A latência e prevalência de neoplasias benignas e malignas
foram semelhantes no grupo controle e nos animais tratados com monensina. A sobrevivên-
cia não foi afetada adversamente pelo tratamento. Foi concluído que a monensina não era
cancerígena para ratos e camundongos (EMA, 2007; FAO/WHO, 2009a).
Os ionóforos poliéteres são altamente tóxicos para algumas espécies, como equi-
nos, e não são utilizados na medicina humana. Quando ingeridos por humanos podem
provocar rabdomiólise e, em casos mais graves, levam à insuficiência cardíaca e renal
Métodos analíticos
Nos últimos anos, tem havido uma tendência entre os pesquisadores em ampliar o
poder dos métodos analíticos para um maior número de coccidiostáticos, incluindo drogas
usadas no tratamento de bovinos e ovinos, tendo como principal ferramenta a utilização
Aspectos regulatórios
De acordo com Hersom e Thrift (2012), os ionóforos não possuem tempo de carência
em relação ao abate do animal ou à venda dos produtos obtidos. Isso significa que a admi-
nistração de ionóforos ao gado pode ser realizada até o dia da venda ou abate. Segundo
o rótulo do produto BOVATEC® (ZOETIS, 2013), que é composto pela lasalocida, não foi
estabelecido um intervalo de segurança para este produto em bezerros. Há apenas um
alerta de segurança aconselhando o não uso do produto em bezerros que serão proces-
sados para vitela.
CONCLUSÃO
1. AARESTRUP, F. M.; BAGER, F.; JENSEN, N. S.; MADSEN, M.; MEYLING, A.; WEGENER, H.
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10.37885/201001584
RESUMO
METODOLOGIA
Preparo da Amostra
Para polpa de cajá foram preparadas diluições de 100 mL, 200 mL e 300 mL e coloca-
das em béqueres previamente tarados. Em seguida as polpas diluídas foram conduzidas a
estufa (105°C) e a cada 30 minutos foi medida condutividade térmica, temperatura e peso da
amostra; o procedimento foi repetido até que os valores obtidos se apresentassem constante.
K =[326,58 + 1,0412T-0,00337T2]
RIEDEL
[0,46+0,54Xw]1,73x10–3
O erro percentual médio foi calculado a partir da seguinte equação: % Erro médio =
k experimental – k predito / k experimental Os valores estimados foram comparados aos
experimentais a partir do percentual de erro médio a fim de, verificar a melhor aplicabilidade
de um modelo matemático para a predição da condutividade térmica desse estudo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 01. Variação da Condutividade Térmica com o Tempo para diluição de 100 mL da polpa de cajá.
Figura 02. Variação da Condutividade Térmica com o Tempo para diluição de 200 mL de polpa de cajá.
Figura 04. Variação da Condutividade Térmica com o Tempo para diluição de 100 mL de polpa de cajá
Figura 05. Variação da Condutividade Térmica com o Tempo para diluição de 200 mL de polpa de cajá.
Figura 06. Variação da Condutividade Térmica com o Tempo para diluição de 300 mL de polpa de cajá.
Figura 07. Variação da Condutividade Térmica com o Tempo para diluição de 100 mL de polpa de cajá.
O modelo proposto pela equação I apresentou uma melhor relação gráfica entre as
condutividades térmicas experimentais e as preditas teoricamente, no entanto, essa relação
deve ser estudada, pois os gráficos apresentaram melhor ajuste através de uma relação
polinomial de ordem 4.
A tabela 3 mostra uma comparação da condutividade térmica medida experimental-
mente e os valores obtidos pelos três modelos.
Figura 09. Variação da Condutividade Térmica com o Tempo para diluição de 300 mL de polpa de cajá.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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10.37885/201001633
RESUMO
OBJETIVO
MATERIAIS E MÉTODOS
Métodos
A linhagem fúngica que foi utilizada no presente estudo foi isolada do solo da árvore
conhecida popularmente com Ingá. Posteriormente esta linhagem foi identificada como sendo
Aspergillus niger. A linhagem fúngica foi conservada em tubos de ensaio com meio de ágar
batata dextrose (PDA), inclinados e em temperatura de 10ºC. A linhagem foi repicada em
meio PDA inclinado, com suplemento de ácido tânico 0,2% (p.v-1), pH final do meio igual a
5,2 e incubadas em estufa à 32ºC por 120 horas para pré-indução da tanase.
RESULTADOS
Foi verificado a influência do agente extrator NaCl 1,5% e tampão acetato (pH 5,0 –
0,2M) na extração da enzima após a fermentação (Figura 3).
Nota: Colunas com letras iguais não apresentam diferenças significativas para o teste de Tukey (p>0,05)
Nota: Colunas com letras iguais não apresentam diferenças significativas para o teste de Tukey (p>0,05)
Nota: Colunas com letras distintas são significativamente diferentes para o teste
de Tukey (p<0,05)
Figura 6. Influência do agente indutor (ácido tânico) no meio de fermentação sólida Nota: Colunas com letras distintas
são significativamente diferentes para o teste de Tukey (p<0,05)
DISCUSSÃO
De acordo a Figura 1, o pH da amostra foi medido a cada 1 (uma) hora, num perío-
do total de 3 (três) horas e manteve-se estável no decorrer das medidas, numa média de
5,24 ± 0,02. O caráter ácido observado é proveniente da composição deste resíduo, assim
como afirmam os autores Filho (1999) e Rech e Zorzan (2017), e estão em acordo com
o resultado encontrado na literatura, que relatou pH=5,96 para o bagaço de malte úmido
(RECH; ZORZAN, 2017).
Conforme dados apresentados na Figura 2, constatou-se que a produção da enzima
tanase nos resíduos cervejeiros foi de 0,046U/mL ± 0,002 para o resíduo da cerveja indus-
trial e de 0,043U/mL ± 0,003 para o resíduo da cerveja artesanal. Dessa forma, foi dada a
preferência para os estudos com o resíduo proveniente da produção industrial.
A extração da enzima foi maior quando se utilizou NaCl (1,5%), obtendo-se valores
de atividade de tanase em torno de 0,098 U/mL. Ao utilizar o tampão acetato (pH 5,0 –
0,2M), o valor de atividade foi de 0,096 U/mL (Figura 3). Dessa forma, os testes seguintes
foram conduzidos com o tampão acetato (pH 5,0 – 0,2M), posto que não houve diferença
significativa na atividade de tanase, segundo o teste de Tukey (p>0,05), e estes resultados
estão de acordo com a metodologia relatada na maioria dos estudos que obtiveram bons
resultados (BATTESTIN, 2007; EL-FOULY et al, 2010; SCHONS, RIES e MACEDO, 2012;
SRIVASTAVA e KAR, 2009).
CONCLUSÕES
A partir dos resultados obtidos com o desenvolvimento do trabalho, foi possível cons-
tatar que o resíduo da indústria cervejeira se configura em um ótimo resíduo agroindustrial
empregado como substrato para a produção de biomoléculas através de fermentação em
estado sólido a partir do fungo Aspergillus niger. Além disso, foram estabelecidos os me-
lhores padrões para a otimização do processo biotecnológico, que se firmaram em testes
com resíduo da produção industrial de cerveja, com o tampão acetato (pH 5,0 – 0,2M) como
agente extrator, o preparo do meio de fermentação na proporção 1:1 com umidade de cerca
de 52%, 5 dias de incubação, com pH ótimo para a máxima atividade de tanase de 4,50,
5% de agente indutor (ácido tânico) no meio fermentativo, e a reação enzimática realizada
a 70°C no pH=4,50.
Com base nisso, foi possível observar o aumento da atividade enzimática, passando
de 0,04 U/mL para 0,19 U/mL ao final dos ensaios. Dessa forma, os próximos passos são
direcionados ao início do processo de purificação da biomolécula de produzida.
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Tamires Ferreira
UFBA
10.37885/201001718
RESUMO
O Brasil tem a quinta maior produção leiteira em nível internacional, estando somente
atrás da Índia, Estados Unidos da América, China e Paquistão (FAO, 2020) e em nível na-
cional, o leite é um dos seis produtos mais importantes da agropecuária brasileira, o qual
é fundamental para o suprimento de alimentos e geração de emprego para a população
(Embrapa, 2016). Segundo Paixão et al. (2014), o comércio leiteiro tem sido cada vez mais
exigente e atento quanto a aplicação das boas práticas agropecuárias visando o aumento
do retorno do capital investido, atrelado a melhoria de qualidade e confiança do consumidor.
O leite de vaca e seus derivados têm importante participação na dieta humana nas
mais variadas idades (Marangoni et al., 2018; Sharabi et al., 2018) e é reconhecido como
fonte de nutrientes essenciais, incluindo proteínas, lipídios, carboidratos, vitaminas e sais
minerais (Cavero-Redondo et. al., 2019). Devido a sua rica composição, o leite se torna um
ambiente propício para a proliferação abundante e heterogênea de microrganismos (Fusco
et al., 2020) e, com isso, a avaliação de parâmetros físico-químicos e microbiológicos se
torna importante para manter a segurança e qualidade na cadeia produtiva do leite de vaca
e seus derivados (Gregory et al., 2014).
A alta contagem de microrganismos mesófilos aeróbicos e psicrotróficos, por serem
deteriorantes, impactam diretamente na qualidade do leite e consistem em um desafio na
cadeia de produção (Marioto et al., 2020) assim como a possível presença de agentes pa-
togênicos. O nível de contaminação e proliferação microbiológica no leite está associado às
condições sanitárias e de armazenamento ao qual o produto é exposto desde a fase inicial
da produção até o momento do consumo (Palii et al., 2020). O leite pasteurizado é a forma
mais comumente comercializada no mercado (Baral e Kumar, 2020) pois, a pasteurização se
tornou um dos métodos mais amplamente utilizados para evitar os riscos à saúde humana
pelo consumo de leite cru (Tadjine et al., 2020).
A pasteurização consiste na exposição do leite a diferentes combinações de tempo e
temperatura seja pela pasteurização lenta (63 a 65 ºC/ 30min) ou a rápida (72 a 75 ºC/ 15
a 20seg) a fim de eliminar as bactérias patogênicas e reduzir a carga de microrganismos
indesejáveis favorecendo um produto não prejudicial e de qualidade constante (Beloti et al.,
2015; Costa et al., 2019; Tadjine et al., 2020). A alta contagem de mesófilos e de coliformes
podem indicar ineficácia do tratamento término ou contaminação pós-pasteurização (Baral
e Kumar, 2020). Estes podem decorrer principalmente da alta carga contaminante inicial ou
do emprego inadequado do tempo e temperatura durante o processo.
MÉTODOS
RESULTADOS
2
Valores de referência de acordo com a IN 76/2018 (Brasil, 2018).
3
m= valor mínimo permitido.
m2=4,0x104,
Mesófilos (UFC/mL) 2,2x10² 2,7x10² <1,0x10¹ 6x10² <1,0x10¹ 7x10² 8,1x104
M3=8,0x104
Psicrotróficos (UFC/mL) <1,0x10¹ <1,0x10¹ <1,0x10¹ <1,0x10¹ <1,0x10¹ <1,0x10¹ 2,5x10² ND4
Salmonella ssp. (25mL) Ausente Ausente Ausente Ausente Ausente Ausente Ausente Ausência
1
Valores de referência de acordo com a IN 62/2011 (Brasil, 2011).
2
m= valor mínimo permitido.
3
M = valor máximo estipulado.
4
ND = valores não estabelecidos em legislação.
DISCUSSÃO
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
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10.37885/201001629
ABSTRACT
Objective: The objective was to develop goat Coalho cheese seasoned with alcoholic
beverages and to evaluate the effects of this condimentation on the physicochemical,
bacteriological characteristics and instrumental color and texture. Methods: For this, goat
Coalho cheeses seasoned with alcoholic beverages and physicochemical (fat, moisture,
pH, color and instrumental texture) and bacteriological analyses (Lactococcus lactis ssp.
cremoris and Lactococcus lactis ssp. lactis count) were performed. Results: The sample
T01 was the sample that presented the lowest percentages of moisture and T02 of fat in
the dry extract, with the sample control being the sample that more presented significant
difference between treatments. In relation to the pH, all the samples showed significant
difference throughout the maturation and storage period. With the lower values for L* than
those already reported in the literature, the predominance of the yellow component of b*
was the one that most contributed to the color of the cheeses. Hardness and gumminess
were the most variable attributes, especially for sample T01 and chewiness for sample
T02. The counts of Lactococcus lactis ssp. cremoris and Lactococcus lactis ssp. lactis
showed that there was no significant difference between the seasonings used and the
storage period. Conclusion: It is possible to use as seasoning technology the alcoholic
beverages in goat Coalho cheeses with three days of maturing and a pressing time of 4
hours. Alcoholic beverages have a significant influence on the physicochemical, but they
do not influence in the bacteriological count, making them viable with the seasoning step
being after three days of maturation.
Key wo r d s: A l c h o l i c S e a s o n i n g, G o at C h e e s e, G o at M i l k , I n s t r u m e n t a l C o l o r,
Instrumental Texture.
INTRODUCTION
Dairy goats have been growing significantly in Brazil, especially in the Northeast re-
gion, which has the largest herd of dairy goats in Brazil (IBGE, 2014). Among the goat dairy
products, the cheese has a relative prominence, especially the Coalho cheese, which is a
product of great expression in the region, being produced in large scale, both artisan and
industrial (QUEIROGA et al., 2013).
However, the industrialization of goat cheeses is still restricted in Brazil, and the high
cost added to the lack of knowledge of the most of the population about functional proper-
ties of this product, such as good digestibility and hypoallergenicity, make it uncommon in
Brazilian food (GARCIA & TRAVASSOS, 2012; SANTOS et al., 2012). Another characteristic
that negatively affects goat cheese is not so well accepted is the characteristic flavor and
aroma, which causes rejection by unusually habitual consumers (CORREIA & BORGES,
2009; GARCIA et al., 2008). As a way of diversifying the market and popularizing goat chee-
ses, one has the possibility to season it up to make it more attractive to potential consumers.
Among the possible spicules are alcoholic beverages.
Brazil produces about 15,931,432 million liters per year of different alcoholic beverages
(IBGE, 2017). In this aspect, beer and cachaça have highlights, making it the two most con-
sumed drinks in the country. Besides these traditional drinks, there are the handmade drinks
that have been gaining market and surprising by the flavor and innovation. Among them are
the cocoa honey liquor and the mead, both of which are regional in nature and with potential
antioxidant properties that make these beverages together with cheeses, functional foods
(EFRAIM, ALVES & JARDIM, 2011; LAVINSKY, 2006; VIEIRA et al., 2010).
Thus, the objective of this study is to develop goat Coalho cheese seasoned with al-
coholic beverages and to evaluate the effects of this condimentation on the physicochemical
and bacteriological characteristics and instrumental color and texture.
Coalho cheeses were elaborated in Kadosh Dairy (Vila de Abrantes, Camaçari, Bahia,
12°48’03.0”S 38°17’41.0”W). For the preparation of 10 kg of Coalho cheese, 100 liters of
goat’s milk were used (Breeds Saanen and Toggenburg). The alcoholic beverages used were
the aged cachaça (Cachaça de Abaíra®, Abaíra, Bahia), Cocoa Honey Liquor (Sabores da
Cabrunca®, Camacan, Bahia), Mead (Sofia®, Salvador, Bahia) and Puro Malte Beer (Black
Princess®, Petropólis, Rio de Janeiro).
Physicochemical analysis
The analysis of fat and moisture of the cheeses were carried out according to the metho-
dology described in the “Official Methods of Analysis” in analytical triplicate. The fat analysis
was carried out by the butirometric method for cheeses and the moisture by the gravimetric
method (AOAC, 2012), for the characterization of the final product (Day 0).
The determination of the pH was performed by the electroanalytical method (Kasvi pH
meter, K39-1014B, Brazil) in analytical triplicate (AOAC, 2012). The determination of color
and texture was performed according to Andrade et al. (2007), using the Konica Minolta
colorimeter (Chroma Meter CR5 model, United States) and the TA.XT Express Enhanced
texturometer (Stable Micro Systems, Extralab Brazil), respectively. For the texture, the TPA
was analyzed for the attributes of hardness, adhesiveness, elasticity, chewiness, gummi-
ness, cohesiveness and resilience. The samples were cut into 5 cm x 5 cm cubes and the
pre-determined parameters were: cylindrical probe, 5 g force, pre-test velocity 1.0 mm / s,
2.0 mm / test and post-test 10 mm / distance of 10 mm and time of 5 s. These analyzes (pH,
color and texture) were performed on day 3 of storage.
Bacteriological analyzes
The count of Lactococcus sp. of the cheeses were performed using M17 Agar (Sigma-
Aldrich cod. 63016-500G-F, Brazil) supplemented with lactose (Sigma-Aldrich cod. 63-
42-3, Brazil) in analytical and experimental duplicate, incubated in aerobiose at 35°C/ 48
hours (APHA, 2015).
Statistical analysis
The results for the physicochemical and bacteriological analyzes were analyzed by
analysis of variance (ANOVA one-way), using a commercially available statistical package,
the SPSS program (v. 17, Chicago IL, USA). Statistical significance was set at the 0.05 level
of confidence (p <0.05) using the Tukey test.
The five goat Coalho cheese were produced e they are presented in Figure 1. When
the physicochemical parameters were evaluated for the five samples of goat Coalho cheese
studied, it can be observed that T01 was the sample that presented the lowest percentages
of moisture and T02 of fat in the dry extract, with the sample control being the sample that
more presented, for almost all parameters studied, a significant difference between treatments
(Table 1). This difference in these parameters suggests that the alcoholic beverages used
in the seasoning of the cheese interfere in its physicochemical parameters, besides that the
pressing time of 4 hours was sufficient to promote a suitable desorption for the beginning
of the maturation process, evidenced by the minor moisture (Table 1). The results obtained
in this study were similar to those reported in the literature for both goat Coalho cheese
(QUEIROGA et al. 2013; SOUZA et al., 2011) and bovine Coalho cheese (CAVALCANTE
et al., 2007; COSTA et al., 2018).
Figure 1. Seasoned goat Coalho cheese. (A) Control (B) Coalho cheese with aged cachaça (C) Coalho cheese with cocoa
honey liqueur (D) Coalho cheese with mead (E) Coalho cheese with beer.
Table 1. Chemical composition obtained for seasoned goat Coalho cheeses corresponding to day 0 of storage.
Treatment Fat (%) Moisture (%) TDE (%) FMDE (%)
Control 26.30 ± 2.68A 43.43 ± 1.57A 56.58 ± 1.57A 45.71 ± 4.89A
T01 28.20 ± 3.65A 36.17 ± 2.91B 63.83 ± 2.91B 43.41 ± 7.46A
T02 24.90 ± 0.89A 36.76 ± 6.05B 63.25 ± 6.05B 39.53 ± 5.05A
A, B A, B
T03 24.70 ± 2.05A 38.08 ± 4.60 61.92 ± 4.60 39.68 ± 6.13A
T04 27.70 ± 5.01A 39.02 ± 2.28A, B 60.08 ± 2.28A, B 42.36 ± 4.43A
*Differents capital letters indicate significant differences (p <0.05) between samples.
TDE = Total Dry Extract; FMDE = Fatty matter in dry extract; T01 = cheese with cachaça; T02 = cheese with cocoa honey liquor; T03
= cheese with mead; T04 = cheese with beer.
Figure 2. pH and Lactococcus sp. count plot. (A) pH plot of the seasoned goat Coalho cheeses over the storage period. (B)
Lactococcus sp. count of the seasoned goat Coalho cheeses throughout the storage period in Log CFU/g. T01 = cheese with
cachaça; T02 = cheese with cocoa honey liquor; T03 = cheese with mead; T04 = cheese with beer; STO = Storage. *Capital
letters indicate significant differences (p <0.05) between samples. *Lowercase letters indicate significant differences (p
<0.05) in the same sample between the analyzed days.
Figure 3. Seasoned goat Coalho cheese with the appearance of fungi contamination. (A) Control (B) Coalho cheese with
aged cachaça (C) Coalho cheese with cocoa honey liqueur (D) Coalho cheese with mead (E) Coalho cheese with beer.
Most yeasts are microorganisms that grow in medium acidity and pH between 3,5 and
6,0, especially those found in fruit juices and beverages (FRANCO & LANDGRAF, 2008).
Thus, the contamination observed in the cheeses would result from the alcoholic seasoning
itself. The control and other treatments that had no contact with the fermented beverages
may have presented deterioration due to cross contamination, since they were in the same
refrigeration environment.
Because yeasts use organic acids and alcohols for its growth, it raise the pH of the
food it contaminate. Thus, this would be a possible explanation for the increase in pH of the
samples, especially the control. Even with the difference between the treatments and the
storage days, the pH is in agreement with that reported for bovine Coalho cheese, as per
Sousa et al. (2014) when evaluating the physico-chemical characteristics of Coalho cheeses
from 6 states of the Brazilian Northeast, Cavalcante et al. (2007) when evaluating the bovine
Coalho cheese obtained from pasteurized milk and endogenous lactic culture and for goat
Coalho cheese, by Moraes et al. (2018), which avaluated the potential probiotic of goat cheese
produced with autochthonous adjunct culture of Lactobacillus mucosae.
In addition to the above, the cheeses presented unpleasant odors along the storage,
resulting from the deterioration process. Thus, with the contamination of the cheeses, the
Table 2. Results of the color analysis of the seasoned goat Coalho cheeses throughout the storage period.
Days of Analysis
Treatment
Color 0 STO 12 STO 24 STO 36 STO 48 STO 60 STO
Control 75.96 ± 5.78A,a 78.53 ± 4.54A,a 77.84 ± 4.31A,a 68.52 ± 9.14A,a 62.59 ± 13.03A,a 65.67 ± 10.38A,a
T01 68.31 ± 5.00B,a 71.59 ± 3.34B,a 69.24 ± 6.77B,a 69.46 ± 5.84A,a 70.94 ± 6.17A,a 69.17 ± 8.18A,a
A,B,a B,a B,a
L* T02 71.86 ± 3.95 69.62 ± 5.71 73.11 ± 4.64A, 71.19 ± 6.53 A,a
69.47 ± 11.73 A,a
64.96 ± 16.67A,a
T03 72.81 ± 5.43A,B,a,b 75.24 ± 4.78A,B,a 73.43 ± 4.88A,B,a,b 69.45 ± 11.74A,a,b 66.69 ± 11.15A,a,b 58.70 ± 14.20A,b
T04 70.74 ± 2.96A,B,a 70.32 ± 4.61B,a 76.78 ± 5.78A,B,a 66.42 ± 13.36A,a 70.01 ± 6.91A,a 62.98 ± 11.91A,a
Control -1.62 ± 1.10A,a -1.21 ± 1.22A,a -0.53 ± 2.15A,a 0.35 ± 3.29A,B,a -0.79 ± 2.74A,a -1.36 ± 2.14A,a
a* T02 0.61 ± 2.66A,B,a 1.13 ± 2.70A,B,a -0.48 ± 2.00A,a -0.83 ± 2.05A,B,a -2.37 ± 2.80A,a -2.45 ± 2.41A,a
T03 -0.40 ± 1.60A,B,a 0.23 ± 2.44A,B,a 0.73 ± 1.93A,a -1.88 ± 2.14B,a -1.85 ± 2.58A,a -2.39 ± 5.31A,a
T04 0.72 ± 1.24A,B,a 0.91 ± 1.47A,B,a 0.26 ± 2.14A,a 0.26 ± 3.87A,B,a 1.12 ± 2.76A,a -0.41 ± 3.86A,a
A,a
Control 21.23 ± 4.87 A,a
15.46 ± 5.34 A,a
15.77 ± 3.68 A,a
17.77 ± 4.37 A,a
15.68 ± 5.40 14.87 ± 6.38A,a
T01 31.05 ± 7.64B,a 22.30 ± 4.87A,B,a,b 20.46 ± 3.91A,b 21.06 ± 7.07A,b 17.33 ± 5.01A,b 15.74 ± 7.16A,b
b* T02 22.81 ± 4.37A,a 20.89 ± 3.94A,B,a,b 16.90 ± 2.99A,a,b 16.83 ± 3.25A,a,b 15.21 ± 5.90A,b 14.32 ± 5.91A,b
T03 23.89 ± 4.87A,B,a 23.16 ± 5.41A,B,a 20.10 ± 3.42A,a,b 17.16 ± 4.73A,a,b 15.98 ± 5.62A,a,b 14.61 ± 7.47A,b
A,B,a B,a
T04 27.85 ± 5.03 25.50 ± 7.16 16.02 ± 4.81 A,b
17.60 ± 5.72 A,b
20.69 ± 4.67 A,a,b
16.24 ± 6.67A,b
With the lower values for L* than those already reported in the literature, it can be con-
cluded that with predominance of the yellow component of b*, this was the one that most
Table 3. Results of the texture analysis of the seasoned goat Coalho cheeses throughout the storage period.
Days of Analysis
Treatment
0 STO 12 STO 24 STO 36 STO 48 STO 60 STO
Control 843.54 ± 215.20A, a 518.72 ± 90.31A, b 517.09 ± 163.71A, b 650.22 ± 143.50A, a 693.62 ± 179.75A, a 392.72 ± 79.36A, b
T01 924.06 ± 122.16A, a 522.21 ± 37.59A, b 502.41 ± 50.49A, b 524.77 ± 76.85A, b 638.12 ± 174.54A, c 410.41 ± 130.27A, d
Hardness T02 466.75 ± 52.70B, a, b 550.17 ± 63.19A, a 508.57 ± 71.20A, a, b 555.32 ± 190.86A, b 498.45 ± 135.76A, a, b 343.11 ± 85.57A, b
(g)
T03 639.87 ± 129.54B, a 674.93 ± 75.10B, a 491.99 ± 125.16A, a, b 576.87 ± 165.90A, a, b 686.30 ± 262.64A, a 412.51 ± 50.51A, b
582.75 ± 151.71B,
T04 670.20 ± 98.62B, a 491.21 ± 115.89A, b 579.39 ± 92.18A, a, b 455.37 ± 95.94A, b 422.4 ± 121.11A, b
a, b
Control -59.70 ± 62.03A, a -89.66 ± 25.08A, a -70.16 ± 36.57A, a -137.60 ± 58.11A, a, b -200.99 ± 95.28A, b -28.71 ± 19.10A, B, a
T01 -94.09 ± 66.29A, a -115.72 ± 40.64A, a -80.37 ± 16.62A, a -57.72 ± 36.25B, a -139.81 ± 112.55A, B, a -29.89 ± 18.15A, B, a
Adhesiveness
T02 -83.15 ± 38.11A, a -104.50 ± 43.97A, a, b -77.36 ± 22.04A, a -77.66 ± 51.97A, B, a -137.41 ± 21.61A, B, b -55.47 ± 28.11A, a
(g.s)
T03 -82.56 ± 24.86A, a -105.48 ± 32.76A,a, b -96.29 ± 30.97A, a, b -111.00 ± 37.17A, B, a -140.20 ± 54.31A, B, b -47.30 ± 32.08A, a
T04 -63.00 ± 57.54A, a -74.21 ± 38.94A, a -74.24 ± 51.40A, a -56.12 ± 56.74B, a -43.66 ± 28.71B, a -19.67 ± 11.25B, a
Springiness Control 0.91 ± 0.04A, a 0.93 ± 0.02A, a, b 0.93 ± 0.03A, a, b 0.97 ± 0.03A, a, b 0.98 ± 0.06A, b 0.91 ± 0.05A, a
T01 0.94 ± 0.01A, a 1.06 ± 0.29A, a 0.93 ± 0.02A, a 0.94 ± 0.02A, a 0.95 ± 0.04A, a 0.90 ± 0.04A, a
T02 0.93 ± 0.02A, a 0.95 ± 0.03A, a 0.93 ± 0.03A, a 0.94 ± 0.05A, a 1.10 ± 0.31A, a 0.93 ± 0.07A, a
T03 0.95 ± 0.02A, a, b 0.98 ± 0.06A, a 0.93 ± 0.02A, a, b 0.95 ± 0.02A, a, b 0.94 ± 0.03A, a, b 0.90 ± 0.06A, b
T04 0.94 ± 0.04A, a 0.95 ± 0.02A, a 1.07 ± 0.38A, a 0.96 ± 0.09A, a 0.91 ± 0.04A, a 1.01 ± 0.20A, a
Control 435.79 ± 168.23A, a 219.45 ± 46.62A, b 263.51 ± 113.64A, b 330.71 ± 125.92A, a, b 303.43 ± 77.61A, a, b 213.61 ± 56.59A, b
T01 372.99 ± 55.67A, B, a 278.31 ± 63.51A, a 242.99 ± 29.64A, a 251.10 ± 52.06A, a 313.81 ± 90.92A, a 239.56 ± 103.93A, a
Chewiness T02 195.26 ± 32.30B, a, b 279.57 ± 58.53A, C, a, b 243.04 ± 44.62A, a, b 321.80 ± 161.50A, a 273.00 ± 99.53A, a, b 166.68 ± 52.17A, b
T03 269.59 ± 51.23B, a, b 355.86 ± 46.43B, C, a 240.24 ± 58.62A, b 302.76 ± 76.99A, a, b 326.57 ± 97.69A, a 209.46 ± 36.87A, b
T04 297.57 ± 106.26B, a 365.58 ± 60.79B, a 291.33 ± 82.29A, a 344.67 ± 67.14A, a 242.68 ± 75.16A, a 297.85 ± 179.69A, a
T01 398.27 ± 59.36A, C, a 0.66 ±0.07A, C, b 260.49 ± 33.01A, b 267.52 ± 54.14A, b 331.30 ± 99.98A, a, b 264.12 ± 111.02A, b
T02 208.99 ± 30.27B, a 293.31 ± 55.36A, C, a, b 262.85 ± 51.42A, a, b 348.08 ± 185.19A, b 250.26 ± 77.24A, a, b 180.42 ± 59.46A, a, b
Gumminess
T03 285.88 ± 57.75B, C, a, b 365.57 ± 50.01B, C, a 257.16 ± 63.05A, b 320.15 ± 83.86A, a, b 348.11 ± 110.76A, a 231.71 ± 32.62A, b
T04 321.52 ± 128.16A, B, a 388.30 ± 71.44B, a 281.42 ± 72.75A, a 360.13 ± 61.77A, a 268.32 ± 87.20A. a 279.98 ± 103.52A, a
Control 0.56 ± 0.12A, a, b 0.45 ± 0.04A, a 0.53 ± 0.07A, a, b 0.51 ± 0.09A, a, b 0.45 ± 0.04A, a 0.59 ± 0.06A, B, C, b
T01 0.43 ± 0.05B, a 0.50 ± 0.03A, B, a 0.52 ± 0.02A, b 0.51 ± 0.04A, a, b 0.52 ± 0.07A, B, b 0.62 ± 0.07A, C, c
Cohesiveness T02 0.45 ± 0.04A, B, a 0.53 ± 0.05B, C, a, b 0.51 ± 0.04A, a, b 0.60 ± 0.12A, B, b 0.50 ± 0.03A, B, a 0.52 ± 0.07B, C, a, b
A, B, a B, C, b A, B, b A, B, b
T03 0.45 ± 0.03 0.54 ± 0.05 0.53 ± 0.06 A, b
0.56 ± 0.02 0.52 ± 0.04 0.56 ± 0.05B, C, b
T04 0.54 ± 0.09A, B, a 0.58 ± 0.04C, a, b 0.57 ± 0.03A, a, b 0.62 ± 0.06B, a, b 0.58 ± 0.10B, a, b 0.66 ± 0.07A, b
Control 0.29 ± 0.11A, a 0.13 ± 0.03A, b, c 0.18 ± 0.08A, b, c 0.15 ± 0.06A, b, c 0.09 ± 0.01A, b 0.22 ± 0.05A, a, c
T01 0.17 ± 0.04B, a 0.14 ± 0.02A, a 0.16 ± 0.02A, a 0.19 ± 0.03A, B, a 0.15 ± 0.07A, B, a 0.26 ± 0.06A, a
T03 0.16 ± 0.02B, C, a, b 0.18 ± 0.04A, B, a, b 0.17 ± 0.05A, a, b 0.19 ± 0.06A, B, a, b 0.14 ± 0.02A, B, a 0.20 ± 0.04A, b
T04 0.24 ± 0.08A, a 0.23 ± 0.06B, a 0.21 ± 0.07A, a 0.30 ± 0.08B, a 0.21 ± 0.08B, a 0.27 ± 0.06A, a
The results obtained (Figure 1B) in the counts of Lactococcus lactis ssp. cremoris and
Lactococcus lactis ssp. lactis showed that there was no significant difference between the
seasonings used and the storage period. It can be assumed that seasoning with alcoholic
beverages does not influence the viability of lactic acid bacteria when this step occurs three
days after maturation of the cheeses. This behavior can be explained by the fact that lactic
acid bacteria can reach a concentration in the first three days of maturation that did not pre-
vent its viability and counting through bacteriological analyzes.
As at the end of maturation the lactic acid bacteria were viable, it means that with the
formation of lactic acid and the reduction of pH, the proteases and peptidases could act, since
it act in a more acidic pH range. Although lactic acid bacteria (LAB) are weakly proteolytic, it
do possess a proteinase and a wide range of peptidases which are main responsible for the
formation of small peptides and amino acids in cheese, providing to the cheese its charac-
teristic flavor (FOX & MCSWEENEY, 1996).
CONCLUSIONS
From the results obtained, it can be concluded that it is possible to use as seasoning
technology the alcoholic beverages in goat Coalho cheeses with three days of maturing and
a pressing time of 4 hours. However, to study its behavior throughout storage, it is necessary
ACKNOWLEDGEMENTS
The authors thank the Program in Animal Science in the Tropics (UFBA); Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (process no. 405728/2018-2 and
402430/2018-2, CNPq, Brazil); Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (Finance Code 001, CAPES, Brazil) for the financial support to obtain this article.
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RESUMO
OBJETIVO
Mostras e Reagentes
Foram analisadas três amostras diferentes da variedade Arbequina, uma produzida pela
Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), identificada neste estudo
como ArbequinaMG; uma produzida pela Olivas do Sul Ltda®., do estado do Rio Grande do
Sul, identificada como ArbequinaRS; e uma importada da Espanha, comercializada como
Olive Pouns® (Fab: 03/2013 EXP 08/2015 Lot: 004/475), identificada neste estudo como
ArbequinaMed. A EPAMIG também forneceu uma amostra de variedade brasileira, chama-
da Maria da Fé, desenvolvida na Fazenda Experimental do município de Maria da Fé- MG,
identificada neste estudo pelo nome original. A última amostra de AOEV foi a Gallo®, uma
marca de origem portuguesa popularmente consumida no Brasil (Fab: 12/2012 EXP 06/2014
Lot L23610K097).
Meio essencial modificado Egle (Eagle’s Modified Essential Medium - EMEM), solução
salina tampão fosfato (phosphate buffer saline - PBS) e soro fetal bovino (fetal bovine serum
- FBS), foram adquiridos da Gibco® (Grand Island, NY, USA). Penicilina/estreptomicina, os
kits de ensaios enzimáticos catalase e superóxido dismutase (SOD), 2,2-difenil-1-picrilhi-
drazil (2,2- diphenyl-1-picrylhydrazyl - DPPH), fluoresceína (FL), ésteres metílicos de ácidos
graxos, hidroxitirosol e tirosol, ácido gálico, trolox (6-hydroxy-2,5,7,8-tetramethylchroman-2-
carboxylic acid), DMSO (dimethyl sulfoxide), e MTT ((3- (4,5-dimethylthiazol-2-yl)-2,5-diphenyl
tetrazolium bromide)) foram adquiridos da Sigma-Aldrich® (Steinheim, Germany). Hexano e
isopropanol de grau LC foram comprados da JT Baker® (Center Valley, PA, USA). O reagente
Folin (sodium dodecyl sulfate - SDS), ácido clorídrico (HCl) e Tween 80 foram adquiridos do
LabSynth® (Diadema, SP, Brasil).
Ésteres metílicos de ácidos graxos (EMAGs) foram preparados de acordo com o método
de Hartman & Lago[14]. A separação e identificação dos EMAGs foram realizadas usando
um cromatógrafo capilar a gás (CCG) (Agilent Technologies®, Wilmington, USA) com um
amostrador automático e detector de ionização em chama (GC-FID)[15], usando uma coluna
capilar (DB-23 Agilent®, 50% cianopropilmetilpolissiloxano, 60 cm de comprimento, 0.25
mm de diâmetro interno, filme 0.25 μm de espessura). A temperatura utilizada foi de 110
°C/5 min, 110-215 °C (5 °C/min), 215 °C/24 min, a temperatura do detector foi de 280 °C, a
temperatura do injetor foi de 250 °C. Foi usado hélio como gás de arraste na proporção de
O conteúdo fenólico total foi quantificado usando a técnica Folin-Ciocaulteau[16]. Esta foi
realizada utilizando uma curva de calibração com padrão de ácido gálico autenticado (0.01
-0.1 μg.mL-1) e absorbância medida a 725nm. As análises foram realizadas em triplicata e
os resultados foram expressos em miligramas de ácido gálico equivalente por quilograma
de azeite (mg.kg-1).
Quantificação de pigmentos
Tirosol e hidroxitirosol foram extraídos de acordo com Ballus et al.[3], com adapta-
ções. As amostras foram analisadas pelo sistema Dionex UltiMate 3000-HPLC (Thermo
Fisher Scientific®, Germering, Alemanha) associado a um detector de arranjo de diodos (DAD)
segundo Hrncirik & Fritsche[16]. Os compostos foram identificados comparando os tempos
de retenção e os espectros de UV-Vis dos padrões. Os espectros foram obtidos entre 190 e
330 nm e processados a 280 nm, em triplicata. Os compostos fenólicos foram quantificados
por meio de curvas de calibração dos respectivos padrões analíticos e os resultados foram
expressos em miligramas por quilograma de azeite (mg.kg-1).
Atividade antioxidante
O ensaio ORAC foi realizado usando fluoresceína (FL) como sonda fluorescente, con-
forme descrito por Macedo et al.[18]. A automatização foi conduzida em um leitor de micro-
placas NovoStar (BMG LABTECH®, Alemanha) com filtros de fluorescência de 485ex e
520em. Os valores ORAC foram definidos como a diferença entre a área sob a curva de
decaimento da FL e o branco (AUC líquido). As análises foram conduzidas em triplicata
e os valores ORAC-FL expressos como μmol de Trolox equivalente por grama de azei-
te (µmol TE.g-1).
Ensaio DPPH
O ensaio DPPH foi realizado de acordo com o método descrito por Macedo et al.[18], com
modificações. As amostras foram diluídas em etanol 100% para uma concentração final de 10
mg.mL-1. O meio reacional consistiu em 50 µL de amostra diluída e 150 µL de solução DPPH
(0.2 mmol.L-1 em etanol). A diminuição da absorbância a 520 nm foi medida por 16 minutos
e realizada em um leitor de microplaca NovoStar (BMG LABTECH®, Alemanha). As análises
foram conduzidas em triplicata e os resultados expressos como μmol de Trolox equivalente
por grama de azeite (µmol TE.g-1).
Ensaio de citotoxicidade
Análises estatísticas
RESULTADOS
Tabela 1. Composição de ácidos graxos das amostras de azeite de oliva extra virgem.
C14:0 mirístico 0.04 ± 0.00b 0.04 ± 0.00bc 0.05 ± 0.00a 0.03 ± 0.00c 0.03 ± 0.00c
C16:0 palmítico 16.72 ± 0.01a 13.58 ± 0.02c 14.04 ± 0.17b 11.84 ± 0.01d 12.84 ± 0.01d
C17:0 margárico 0.09 ± 00b 0.08 ± 00c 0.11 ± 0.00a 0.06 ± 0.00d 0.08 ± 0.00c
C18:0 esteárico 1.82 ± 0.03b 1.52 ± 0.03c 2.49 ± 0.33a 1.95 ± 0.01b 2.81 ± 0.03a
C20:0 araquídico 0.39 ± 0.01bc 0.38 ± 0.01c 0.42 ± 0.01a 0.4 ± 0.00b 0.42 ± 00a
C22:0 behênico 0.13 ± 0.00ab 0.15 ± 0.02a 0.14 ± 0.00ab 0.15 ± 0.00a 0.12 ± 0.01b
C24:0 lignocérico 0.06 ± 0.00b 0.06 ± 0.00b 0.07 ± 0.00b 0.1 ± 0.01a 0.11 ± 0.00a
Monoinsaturados
C16:1 palmitoleico 0.13 ± 0.00c 0.18 ± 0.00a 0.14 ± 0.00b 0.11 ± 0.00d 0.11 ± 0.00d
C17:1 heptadecanóico 0.20 ± 0.00b 0.21 ± 0.00b 0.22 ± 0.00a 0.09 ± 000c 0.16 ± 0.00c
C18:1 oleico 63.58 ± 0.06c 67.63 ± 0.12b 67.78 ± 0.27b 72.97 ± 0.03a 70.45 ± 0.86b
C20:1 gadoleico 0.29 ± 0.01b 0.39 ± 0.01a 0.32 ± 0.00b 0.39 ± 0.00a 0.29 ± 0.01b
Poliinsaturados
C18:2 linoleico 9.88 ± 0.01a 9.58 ± 0.07a 9.41 ± 0.28a 7.67 ± 0.01b 8.22 ± 0.78b
C18:3 linolênico 0.63 ± 0.00c 0.83 ± 0.01b 0.63 ± 0.03c 1.34 ± 0.01a 0.76 ± 0.09b
Valores expressos em média ± DP do % da área relativa do pico (n=3). Letras diferentes na mesma linha indicam diferenças significativas entre as
amostras (p <0,05).
Tabela 2. Fenólicos totais e atividade antioxidante das amostras de azeites de oliva extra virgem pelos ensaios de sequestro
de radical DPPH e ORAC
DPPH ORAC
Amostra Fenólicos totais (mg AGE.kg-1)
(μmol TE.g-1) (μmol TE.g-1)
ArbequinaRS 168.51 ± 0.82a 1790.0±160.9a 115.92±3.58a
ArbequinaMG 97.70 ± 3.76b
1216.2±84.7 b
110.04±7.83a
Foi observada uma correlação positiva entre fenólicos totais e a atividade antioxidante
por DPPH, segundo o teste de correlação de Pearson (Figura 1), em que a ArbequinaRS
e a ArbequinaMed apresentaram as maiores concentrações de fenóis totais e maiores
valores de DPPH.
Figura 1. Teste de correlação de Pearson (r2= 0.9218, p<0.05) entre o total fenólico (AGE mg.kg-1) e atividade antioxidante
pelo ensaio DPPH (μmol TE.g-1).
ArbequinaRS 4.42 ± 0.03b 23.29 ± 0.04b 379.20 ± 0.69a 1.28 ± 0.03c 1.55 ± 0.02de
ArbequinaMG 3.68 ± 0.04d 19.20 ± 0.01c 323.70 ± 1.50b 1.47 ± 0.03c 2.05 ± 0.04d
Maria da Fé 11.59 ± 0.07a 36.50 ± 1.08a 358.40 ± 0.35a 1.04 ± 0.02c 4.35 ± 0.05b
Gallo® 3.71 ± 0.01d 19.12 ± 0.11c 300.60 ± 0.76c 4.53 ± 0.08b 4.53 ± 0.08a
Abreviações: OH-tirosol = hidroxitirosol. Valores expressos em média ± DP (n=3). Letras diferentes na mesma coluna indicam diferença significa-
tiva entre as amostras (p <0.05).
A toxicidade das emulsões de AOEVs para as células HepG2 foi testada pelo ensaio
MTT. As concentrações de azeites nas emulsões variaram de 0.5 a 4 mg.mL-1 e os tratamen-
tos foram realizados por 24 h. Baseando-se nos resultados do MTT (dados não mostrados),
optou-se pela menor concentração (0.5 mg.mL-1) das formulações de emulsão de azeite a ser
utilizada para a caracterização de seus efeitos modulatórios sob as enzimas antioxidantes,
uma vez que esta concentração não influenciou na viabilidade celular.
A Figura 2 apresenta a atividade enzimática, catalase e SOD, das células HepG2 após
tratamento com 0.5 mg.mL-1 de amostras de AOEVs emulsificadas.
Figura 2. Atividade enzimática da Catalase e SOD, respectivamente, em células HepG2 após tratamento (0.5 mg.mL-1
AOEV emulsificado). Valores expressos em média ± DP (n=3). Letras diferentes indicam diferença estatística significativa
entre as amostras (p <0.05). O controle representa a atividade enzimática das células sem tratamento.
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
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10.37885/201001640
RESUMO
OBJETIVO
METODOLOGIA
Processamento da matéria-prima
Os grãos de quinoa da variedade BRS Piabiru safra 2013, lote BSB004/13, fornecidos
pela Embrapa Cerrados, Planaltina, DF, foram submetidos a um tratamento térmico, a 60
°C por um período de 1 hora, em secador estático de bandejas, para facilitar o processo de
Tabela 1. Ingredientes utilizados na elaboração das bebidas em pó para o preparo de 1 litro de bebida.
Ingredientes Natural Baunilha Morango Capuccino Chocolate
(g) F1 F2 F3 (F4) (F5)
Farinha de quinoa 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Cacau em pó - - - - 43,75
Corante - - 0,20 - -
Embalagem e armazenamento
Figura 2. Imagem das embalagens utilizadas para o acondicionamento e armazenamento dos preparados em pó elaborados
com farinha integral de quinoa.
Análises microbiológicas
Análise Sensorial
Foi realizado um teste de aceitação sensorial com 100 consumidores não treinados,
devidamente informados sobre o estudo e que aceitaram participar do teste de aceitação
Figura 3. Imagem visual das bebidas prontas para servir: (a) Chocolate; (b) Morango; (c) Baunilha; (d) Capuccino; (e) Natural.
RESULTADOS
Tabela 2. Resultados da caracterização nutricional e das análises físico-químicas da farinha integral de quinoa (média ±
desvio-padrão).
Análises Resultados
Teor de água (g 100 g ) –1
11,67 ± 0,21
*Proteínas (g 100 g ) –1
15,65 ± 0,41
*Lipídeos (g 100 g–1) 6,47 ± 0,26
*Cinzas (g 100 g )
–1
2,85 ± 0,10 g
*Carboidratos (g 100 g–1) 66,91 ± 0,51
*Quantificação de energia (kcal 100 g )–1
388,47
Teor de taninos (g 100 g–1) 0,41 ± 0,00
L* 79,03 ± 0,16
a* +2,48 ± 0,12
b* +18,53 ± 0,51
pH 6,47 ± 0,03
Acidez titulável (%) 4,66 ± 0,09
Índice de solubilidade (%) 23,01 ± 2,59
Índice de absorção de água (g/g) 2,27 ± 0,08
Molhabilidade (min) 01:49
*Os resultados das análises centesimais da farinha integral estão expressos em base seca (bs).
Análises microbiológicas
Tabela 4. Médias das notas de aceitação sensorial e intenção de compra para as amostras das bebidas preparadas com
farinha integral de quinoa.
Impressão Intenção de
Formulações Aroma Sabor Aparência Textura
Global Compra
F1 5,1 c 4,5 b 5,7 c 6,1 b 4,8 c 2,5 c
F2 6,9 ab 6,5 a 6,3 b 6,9 a 6,6 ab 3,5 ab
F3 7,2 a
6,9 a
7,5 a
7,1 a
7,1 a
3,7 a
F4 6,3 b 6,5 a 6,6 b 6,8 a 6,4 b 3,4 b
F5 6,7 ab
6,2 a
7,4 a
6,9 a
6,5 ab
3,5 ab
*Médias seguidas de letras iguais em uma mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05). Aceita-
ção sensorial: escala hedônica de nove pontos. Intenção de compra: escala de cinco pontos. F1: Natural; F2: Bauni-
lha; F3: Morango; F4: Capuccino; F5: Chocolate.
Figura 4. Gráfico das médias das notas de aceitação sensorial e intenção de compra para as amostras das bebidas com
farinha integral de quinoa (n = 100). F1: Natural; F2: Baunilha; F3: Morango; F4: Capuccino; F5: Chocolate.
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
O rendimento obtido para a farinha integral de quinoa foi satisfatório, obtendo-se uma
farinha na granulometria desejada para o preparado em pó para bebidas.
A caracterização nutricional da farinha integral da quinoa da variedade BRS Piabiru
mostrou que a mesma é uma boa fonte de proteínas, lipídeos e cinzas (minerais), o que a
torna um produto de bom interesse nutricional. Já com base no teor de taninos encontrado,
este se apresentou dentro dos níveis não prejudiciais à saúde.
A granulometria da farinha obtida, assim como o seu índice de solubilidade e de mo-
lhabilidade mostrou que a farinha de quinoa possui boa capacidade de hidratação e que
este produto pode ser considerado próximo ao instantâneo, favorecendo sua utilização na
formulação de bebidas.
A estabilidade microbiológica do pó para preparo de bebidas, acondicionado em em-
balagem aluminizada à temperatura ambiente, foi alcançada por um período de 60 dias.
Quanto ao teste de aceitação sensorial e de intenção de compra, os resultados obtidos
no presente estudo foram positivos mostrando ser viável o emprego da farinha de quinoa
na elaboração de bebidas em pó aromatizadas, colaborando então para a elaboração de
um novo produto com alta qualidade nutricional e isento de glúten, sendo uma opção de
consumo tanto para crianças e adultos, bem como para a população celíaca.
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10.37885/200901357
RESUMO
Dados sócio-econômicos
O consumo de carde de frango no brasil tem crecido de forma muito expressiva, pas-
sando de um consumo quase inexpressivo em 1972, a carne de frango tornou-se a partir de
2006 a mais consumida pela população brasileira. No ano de 2010 o consumo per capita
de carne de frango alcançou 44,1 kg, enquanto que o consumo de carne bovina e suína foi
de 35 e 14,8 kg respectivamente (UAGRO, 2015).
A exportação da carne de frango também vem crecendo, sendo o Brasil o maior exporta-
dor de carne de frango no mundo, onde em 2015, foram embarcados 4,1 milhões de toneladas
A matéria prima
Características físico-químicas
Características sensoriais
Como as embalagens a vácuo extingue o oxigênio, ela se torna ideal para embagem
de carnes, quijos e embutidos devido ao controle microbiológico que retarda a deterioração
e viscosidade. Se após a embalagem, os alimentos forem congelados o tempo de conser-
vação será multiplicado.
Aspectos da legislação
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
MATERIAIS E MÉTODOS
Para a produção da linguiça de frango utilizaremos cortes do frango. Uma vez o frango
abatido, se processa a desossa desse frango aproveitando os seguintes cortes para se fazer
a lingüiça: coxa, sobrecoxa e o peito. Uma vez desossada, se retira a pele do frango com
cuidado. Procedida esta etapa, vamos para moagem, que pode ser feita tanto por moedor
manual quanto moedor elétrico. Em seguida colocamos na carne ou na massa um tempero
completo no qual compramos pronto, nesse tempero vem uma mistura de sal, pimenta,
alho em pó, pimenta do reino em pó e cominho. Essas são as especiarias que utilizamos
na elaboração da linguiça. Temperar até a massa ficar bem homogenia, deixar a mesma
descansar por um período de dez minutos e depois processar o embutimento. Cuidados
na hora de embutir a linguiça, como a tripa mesmo sendo processada e vendida antes de
Ingredientes e formulações
Procedimentos de fabricação
Toalete
A carne deve ser completamente desossada para facilitar o moimento e evitar danos
mecânicos ao moendor, já a pele será removida no intuito de diminuir o teor de lipídios
no produto final.
Toda a carne deve ser misturada ao tempero, de forma que este fique uma mistura bem
homogenia, garantindo a mesma quantidade de tempeiro para diferentes partes do produto,
assim o sabor e qualidade é padrão em todo o lote processado.
Higienização da tripa
Embora a tripa comprada já seja pré processada, esta ainda necessita de uma nova
limpeza antes da utilização, na qual será utilizando vinagre e água.
Embutimento
Resfriamento / Congelamento
Determinações analíticas
As analizes ficam a par das determinações de ph, acidez, EST, proteína total, lipídeos
e minerais. Eventualmente, pode tornar-se pertinente executar o teste de kreis para proces-
sados que foram submetidos a longo prazo de armazenamento, mas que não é necessário
aplicação neste trabalho, pois o período entre fabricação e degustação do produto é curto.
Acidez
A acidez total titulável das amostras foram quantificada por titulação com solução
padronizada de hidróxido de sódio (NaOH) 0,1mol/L, utilizando solução alcoólica de fenolf-
taleína a 1% como indicador, utilizando 5g de cada amostra, os resultados foram expressos
em porcentagem de ácido cítrico.
EST
Proteína total
Minerais
Análise sensorial
ANÁLISE ESTATÍSTICA
RESULTADO E DISCUSÃO
Os resultados encontrados para pH, EST, proteínas, lipídios, minerais e acidez para
as amostras avaliadas da linguiça, indicaram uma pequena variação entre as amostras ana-
lisadas, como pode ser observado na tabela 2. Para avaliação estatística, os tratamentos
não diferiram entre si. A capsaisina substancia da pimenta não foi suficiente para que os
tratamentos se diferencia-se estatísticamente.
Para avaliação geral, os tratamentos não diferiram entre si. Todas as formulações foram
bem aceitas quanto aos atributos avaliados; no entanto, a amostra do P2 foi mais aceita do
que P1 e P3 em todos os atributos. As médias seguidas de pelo menos uma letra em comum
não diferem estatisticamente pelo teste Tukey a 5% de probabilidade.
Ressaltando que na produção das linguiças de frango, as receitas são distintas na quan-
tidade “pimenta branca”. Dentre os testes aplicados, não houveram diferenças estatísticas,
mas, o P2 houve maior aceitação na degustação, a qual foi utilizada 45 gramas da especiaria,
sendo o procedimento que atingiu a proporção intermediária de quantidade do ingrediente.
Os resultados obtidos na avaliação sensorial de aparência, cor, aroma, sabor e impres-
são global são apresentados na tabela 3. Para o atributo aparência, observou-se que não
ocorreu diferença entre as amostras das três formulações, porque a substância da pimenta
a capsaisína não expressou resultado significante para que os tratamentos com maior teor
de pimenta demonstra-se um destaque estatístico.
Para avaliação geral, os tratamentos não diferiram entre si. Todas as formulações foram
bem aceitas quanto aos atributos avaliados; no entanto, a amostra do P2 foi mais aceita do
que P1 e P3 em todos os atributos. As médias seguidas de pelo menos uma letra em comum.
A capsaisina substância química considerada como responsável de expressar destaque
em ratamentos quando utilizada em maior quantidade não proporcionou diferença estatística
em tratamentos com sua composição em maiores porçoes.
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Guilherme Loffi
PUC - PR
10.37885/201001628
RESUMO
MATERIAL E MÉTODOS
F1 F2 F3 F4
Carne Suína (g/kg) 600 500 700 300
Carne Bovina (g/kg) 250 200 100 350
carne Ovina (g/kg) 150 300 200 350
Condimento para linguiça (g/kg) 33 33 33 33
Sal (g/kg) 15 15 15 15
Pimenta-preta fina (g/kg) 4 4 4 4
Açúcar (g/kg) 5 5 5 5
Nitrato (mg/kg) 150 150 150 150
RESULTADOS E DISCUSSÃO
As médias das análises físico-químicos dos quatro diferentes produtos, estão apre-
sentadas na Tabela 2.
Características Formulações
PH 1 2 3 4
PH 5,10±0,007b 5,15±0,014b 5,29±0,01a 5,31±0,14a
Lipídos (%) 13,13±0,41a 11,30±0,19b 10,65±0,18c 13,70±0,38a
Proteína Total (%) 30,43±0,95a 29,87±0,16a 30,32±0,16a 29,58±0,35a
Cinzas (%) 7,04±0,06b 7,87±0,04a 7,17±0,11b 7,64±0,14a
Umidade (%) 39,84±1,27a 40,00±0,34a 39,86±0,29a 39,89±0,06a
CONCLUSÃO
Salames levam uma característica de ser rico em proteína, ela varia conforme a quan-
tidade de carne e o tipo de carne utilizada para elaboração deste embutido. As proteínas
são importantes constituintes dos salames, tanto pelo aspecto nutricional como por suas
propriedades tecnológicas. As proteínas são os principais componentes estruturais e fun-
cionais de carnes processadas (IBAÑEZ et al., 1997).
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10.37885/201001729
RESUMO
Os biscoitos estão presentes em cerca de 99,7% dos lares brasileiros, sendo que grande
parte do consumo é de biscoitos doces. A indústria de biscoitos tem seguido a tendência
atual de saudabilidade na alimentação, oferecendo produtos enriquecidos com proteínas,
vitaminas, fibras, minerais, grãos, entre outros. Além disso, o setor tem buscado reduzir os
teores de sódio, gordura trans e açúcar em seus produtos, a fim de se adequar às metas do
Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Abimapi, 2018).
Na elaboração dos alimentos de panificação, a substituição parcial da farinha de trigo
por farinhas oriundas de produtos regionais, tais como frutos, vegetais e tubérculos, é uma
atividade promissora do ponto de vista nutricional e econômico, uma vez que melhora não
só a qualidade nutricional do alimento, mas estimula a agricultura, a indústria e a economia
local (Santana et al., 2011). Embora não seja considerado um alimento básico da dieta, os
biscoitos apresentam vantagens de fácil manipulação, longa vida de prateleira, e de ampla
aceitação e consumo por indivíduos de todas as faixas etárias, o que os torna um veículo
em potencial para a adição de farinhas mistas visando obter alimentos mais saudáveis e
nutritivos, conforme já reportado pela literatura (Santana et al., 2011; Clerici et al., 2013;
Bolanho et al., 2015).
O uso de ingredientes não usuais, que sejam fontes de fibras alimentares e proporcio-
nem o enriquecimento nutricional, em produtos alimentícios tem cada vez mais sido mais
utilizada (Mello e Laaksonen, 2009). Entretanto, a adição destes ingredientes pode levar a
mudanças sensoriais, portanto, o desenvolvimento e a otimização do produto final envolvem
a realização de testes sensoriais junto a possíveis consumidores, de forma a se elaborarem
formulações atrativas e de grande aceitação (Silva et al., 1998).
Dentre os frutos típicos do Cerrado, no qual está inserida a região oeste da Bahia, o
pequi (Caryocar brasiliense) tem se destacado devido à sua importância econômica e cul-
tural e ao seu valor nutricional e terapêutico. O pequi é rico em lipídeos, proteínas, fibras
alimentares e carboidratos; além disso, a polpa e a amêndoa do fruto possuem altos teores
de carotenoides, vitaminas A, B e C e minerais essenciais, respectivamente (Lima et al.,
2007; Carvalho et al., 2015, Santos et al., 2016). Em se tratando das formas de uso do pe-
qui, a polpa é utilizada na preparação de pratos salgados, na produção de geléias, doces e
cremes, e para extração de óleo; a amêndoa é mais usada na produção de farofas, doces e
aperitivos, e como fonte de óleos com aplicações na indústria cosmética (Lima et al., 2007;
Oliveira e Scariot, 2010).
A conservação do pequi durante os períodos de entressafra é realizada basicamente
por congelamento e acidificação (conservas). Portanto, o emprego de técnicas de conser-
vação como a desidratação confere ao fruto outras formas de uso, maior vida útil e propicia
OBJETIVO
MÉTODOS
Matéria-prima
Para a produção da farinha da polpa de pequi (FPP) os frutos foram lavados e en-
xaguados em água corrente. Posteriormente, os frutos foram submetidos à cocção até o
amolecimento da polpa e despolpados manualmente. Devido ao elevado teor de lipídeos
da polpa, o que dificulta a obtenção de pó, adicionou-se 10% (m/m) de fécula de mandioca
antes da secagem. A polpa foi colocada em bandejas e seca em estufa a 70ºC por 4 horas.
Para a obtenção da farinha da amêndoa de pequi (FAP) as sementes foram colo-
cadas em bandejas e secas em estufa a 70°C por 4 horas, a fim de remover a umidade.
Após, a amêndoa foi extraída e lavada em água corrente para a retirada de espinhos re-
siduais. As amêndoas foram dispostas em bandejas e secas em estufa a 105°C por cerca
de 4 horas, seguido pelo resfriamento à temperatura ambiente e moagem em processa-
dor de alimentos.
Tabela 1. Formulações dos biscoitos doces: padrão (F0) e com 10% (F1), 15% (F2) e 20% (F3) das farinhas de pequi (FPP
e FAP)
Formulações dos biscoitos
Ingredientes
F0 F1 F2 F3
Farinha de trigo (g) 54,0 48,6 45,9 43,2
FPP1 (g) - 2,7 4,1 5,4
FAP1 (g) - 2,7 4,1 5,4
Sal (g) 0,5 0,5 0,5 0,5
Açúcar (g) 13,5 13,5 13,5 13,5
Margarina (g) 15,0 15,0 15,0 15,0
Fermento químico (g) 0,8 0,8 0,8 0,8
Ovo (mL) 6,0 6,0 6,0 6,0
Óleo (mL) 4,0 2,0 2,0 2,0
Leite (mL) 6,0 6,0 6,0 6,0
1
Porcentagem em relação ao peso inicial de farinha de trigo na F0.
Esta pesquisa teve seu projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade Federal do Oeste da Bahia – UFOB/BA, sob n.º 99893018.2.0000.8060.
A análise sensorial foi realizada no Laboratório de Análise Sensorial do Departamento
de Engenharia de Alimentos da UFOB, em cabines individuais. Participaram da pesquisa
56 provadores não treinados constituída por alunos e servidores da UFOB, de ambos os
gêneros. Para avaliar a aceitação dos biscoitos padrão e com adição das farinhas de pequi,
foi realizado teste afetivo laboratorial pelo método da escala hedônica estruturada de nove
pontos, que varia de ‘gostei muitíssimo’ (nota 9) a ‘desgostei muitíssimo’ (nota 1), de acordo
com testes de aceitabilidade descritos por Meilgaard et al. (2006). Os atributos avaliados
foram: aparência, cor, aroma, sabor e textura.
O teste de intenção de compra foi realizado utilizando-se escala estruturada de cinco
pontos, que varia de ‘certamente não compraria’ (nota 1) a ‘certamente compraria’ (nota 5).
Este estudo contou com a participação de 56 provadores cujo perfil constituiu-se assim:
quanto ao gênero, 63 % masculino e 37 % feminino; quanto à faixa etária, 30 % entre 15-
20 anos; 25 % entre 21-25 anos; 16 % entre 26-30 anos; 14% entre 31-35 anos; 9% entre
36-40 anos; 4 % acima de 41 anos e 2% que não informou. As amostras foram servidas em
escala monádica sequencial, por sorteio, e em pratos plásticos brancos, codificados com
números de três dígitos ao acaso, acompanhadas de um copo de água.
RESULTADOS
Tabela 2. Caracterização dos biscoitos com farinha de trigo (B0) e adicionados de 10% (B1), 15% (B2) e 20% (B3) de
farinhas da polpa (FPP) e da amêndoa (FAP) de pequi1
Amostras de biscoitos
Componentes (g/100g)
B0 B1 B2 B3
Umidade 2,71 ± 0,09a 1,46 ± 0,09b 1,09 ± 0,07c 0,76 ± 0,03d
Proteínas 7,12 ± 0,09b 7,01 ± 0,10b 7,16 ± 0,09ab 7,39 ± 0,07a
Lipídeos 19,23 ± 0,16 c
21,68 ± 0,10 b
21,98 ± 0,13 b
24,76 ± 0,14a
Cinzas 1,20 ± 0,01b 1,17 ± 0,01c 1,25 ± 0,01a 1,22 ± 0,01b
Carboidratos 2
72,45 70,14 69,61 66,63
Atividade de água 0,22 ± 0,01a
0,17 ± 0,01b
0,16 ± 0,01b
0,15 ± 0,00b
1
Resultados apresentados como média±desvio padrão, onde médias com letras iguais na horizontal não diferem significativamente entre si
pelo teste de Tukey (p < 0,05). 2 Calculado por diferença.
Tabela 3. Aceitabilidade dos biscoitos com farinha de trigo (B0) e adicionados de 10% (B1), 15% (B2) e 20% (B3) de farinhas
da polpa (FPP) e da amêndoa (FAP) de pequi1
Parâmetros sensoriais
Formulações
Aparência Cor Aroma Sabor Textura
B0 7,78 ± 1,46a 7,95 ± 1,24ab 7,55 ± 1,53a 7,69 ± 1,62a 8,14 ± 1,32a
B1 7,89 ± 1,52a 8,16 ± 1,14a 7,58 ± 1,52a 8,00 ± 1,28a 8,32 ± 1,32a
B2 7,42 ± 1,52a 7,25 ± 1,62b 7,19 ± 1,58a 7,27 ± 1,61a 7,89 ± 1,38a
B3 5,86 ± 2,14b 5,91± 2,14c 6,32 ± 2,01b 5,59± 1,32b 6,16 ± 2,27b
1
Resultados apresentados como média ± desvio padrão, onde médias com letras iguais nas colunas não diferem significati-
vamente entre si pelo teste de Tukey (p < 0,05).
A boa aceitação dos biscoitos contendo farinhas de pequi pode ser comprovada pelos
resultados obtidos pelo teste de intenção de compra, conforme Figura 1.
Figura 1. Gráfico com a média e desvio das notas atribuídas pelos provadores para a intenção de compra das formulações
de biscoitos com farinha de trigo (B0) e adicionados de 10% (B1), 15% (B2) e 20% (B3) de farinhas da polpa (FPP) e da
amêndoa (FAP) de pequi.
DISCUSSÃO
Avaliação sensorial
Nas formulações sem farinhas de pequi (B0) e com 10% (B1) e 15 (B2), não houve
diferença significativa com relação aos parâmetros avaliados, com exceção da cor, onde foi
identificada diferença entre os biscoitos B1 e B2. Isto demonstra que uma substituição de
até 15% de farinha de trigo pelas FPP e FAP não afetaram significativamente as caracterís-
ticas sensoriais dos biscoitos formulados. Ainda é possível verificar que apesar da igualdade
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
1. ABIMAPI, Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães &
Bolos Industrializados. Anuário Abimapi 2017/2018. São Paulo: ABIMAPI, 2018. Disponível
em: <https://www.abimapi.com.br/anuario.php>. Acesso em: 27 jun. 2018.
2. BOLANHO BC, EGEA MB, GUIDO ES, DANESI EDG, Produção de farinha com subproduto
do processamento de palmito pupunha (Bactris Gasipaes Kunth.) para aplicação em biscoitos.
Rev. Bras. Prod. Agroind, v. 17, n. 2, p. 149-158, 2015.
3. CARVALHO LS, PEREIRA KF, ARAÚJO EG, Características botânicas, efeitos terapêuticos e
princípios ativos presentes no pequi (Caryocar brasiliense). Arq. Cienc. Saúde Unipar, v. 19,
n. 2, p. 147-157, 2015.
4. CLERICI MTPS, OLIVEIRA ME, NABESHIMA EH, Qualidade física, química e sensorial de
biscoitos tipo cookies elaborados com a substituição parcial da farinha de trigo por farinha
desengordurada de gergelim. Braz. J. Food Technol, v. 16, n. 2, p. 139-146, 2013.
5. IAL, Instituto Adolfo Lutz, Métodos físico-químicos para análises de alimentos. 1ª ed. (digital).
São Paulo: IAL, 2008.
6. LIMA A, SILVA AMO, TRINDADE RA, TORRES RP, MANCINI-FILHO J, Composição química e
compostos bioativos presentes na polpa e na amêndoa do pequi (Caryocar brasiliense Camb.).
Rev. Bras. Frutic, v. 29, n. 3, p. 695-698, 2007.
8. MEILGAARD M, CARR BT, CIVILLE GV Sensory Evaluation Techniques. 4th ed. Florida: CRC
Press, 2006. 387 p.
10. MELO, S. M. C. de; AGUIAR, E. P. S.; ERIG, G. A. Percepções do Consumo do Pequi em Pal-
mas (TO): entre o contentamento e a indiferença. Caderno Virtual de Turismo. Rio de Janeiro,
v. 17, n.1, p. 73-87, abr. 2017.
11. MORETO VO, BRUNI, AR, CZAIKOSKIA A, CZAIKOSKI K. Desenvolvimento e análise sen-
sorial de biscoito acrescido de farinha de Guavirova. Brazilian Journal of Development, v. 6,
n. 8, p. 58580-58588, 2020.
12. OLIVEIRA WL, SCARIOT A, Boas práticas de manejo para o extrativismo sustentável do pequi.
Brasília: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 2010.
13. SANTANA FC, SILVA JV, SANTOS AJAO, ALVES AR, WARTHA ERSA, MARCELLINI PS,
SILVA MAAP, Desenvolvimento de biscoito rico em fibras elaborado por substituição parcial
da farinha de trigo por farinha da casca do maracujá amarelo (Passiflora Edulis Flavicarpa)
e fécula de mandioca (Manihot Esculenta Crantz). Alim. Nutr, v. 22, n. 3, p. 391-399, 2011.
14. SANTOS BO, MELO JOF, SOUZA SVC, ARAÚJO RLB, Aproveitamento do pericarpo de pequi
(Caryocar brasiliense Camb.): obtenção de farelos por diferentes métodos de secagem e carac-
terização físico-química. In: XXV Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos,
2016, Gramado. Anais...Gramado: sbCTA-RS, 2016.
15. SILVA MR, SILVA MAAP, CHANG YK, Use of jatobá (Hymenaea stigonocarpa Mart.) flour in
the production of cookies and acceptance evaluation using univariate and multivariate sensory
tests. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 18, n. 1, p-25-34, 1998.
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RESUMO
Dentre a vasta gama de olerícolas, podemos citar a família das Cucurbitáceas, que
apresentam uma grande importância econômica para diversas regiões, devido à necessidade
de mão de obra em seu cultivo, sendo em maior parte produzida pela agricultura familiar
(HELDEN et al., 2007; RESENDE et al., 2013).
Mesmo apresentando uma boa oferta durante o ano todo, a abobrinha italiana é um
fruto não climatérico (KADER, 2002), e para a classificação dos frutos é levado em con-
sideração a coloração, uniformidade, tamanho e textura da casca e dos tecidos internos
(CEAGESP, 2017).
Ocorrendo perdas pós-colheita desde o campo, na comercialização, e principalmen-
te na pós-colheita, podendo ser classificadas em quantitativas, qualitativas e nutricionais,
sendo as principais causas primárias as fisiológicas, fitopatológicas e por danos mecânicos,
(CHITARRA; CHITARRA, 2005; GUERRA et al., 2017), tendo como um dos principais mo-
tivos a alta perecibilidade e adoção de técnicas de manejo inadequadas para realização da
colheita, armazenamento e transporte (CENCI, 2006).
Segundo Faquin e Andrade (2004) o cálcio é um macronutriente secundário exigido
pelas plantas, e uma de suas funções está relacionada com a elongação e multiplicação
celular, refletindo assim no crescimento radicular e proporcionando resistência a planta. Pode
ser aplicado em pré-colheita e pós-colheita, possibilitando frutos mais firmes, reduzindo de-
sordens fisiológicas e auxiliando na resistência de pragas e doenças (HENZ, s/a; SILVA, s/a).
No entanto, não são encontrados trabalhos na literatura sobre a aplicação de cálcio via
foliar em abobrinha italiana. Diante do exposto, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito
de diferentes concentrações de Nitrato de Cálcio (Calcinit®) pulverizado nas folhas em três
diferentes momentos do ciclo da cultura, buscando maior tempo de conservação dos frutos,
e determinar a melhor concentração de cálcio usada nos parâmetros de perda de massa
fresca, cor e textura, possibilitando ao agricultor maior flexibilização na comercialização.
METODOLOGIA
Foram utilizadas frutos de Abobrinha Italiana (Cucurbita pepo), submetidas a três apli-
cações, com intervalo de 6 dias entre elas (1ª antes da floração; 2ª período de floração
plena e início da frutificação; 3ª quando os primeiros frutos já estavam formados), de di-
ferentes concentrações de nitrato de Cálcio (Calcinit®) composto de 26,5% de óxido de
cálcio, fonte de cálcio 100% solúvel em água estando na forma assimilável pelas plantas
(YARA, 2015). O Calcinit® foi diluído em água destilada e aplicado via foliar nas plantas
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Pelo Gráfico 1 podemos observar que o tratamento 1 (0g/L) teve um percentual menor
de perda de massa em todas as 3 semanas quando comparado com os demais. Sendo a
perda na primeira semana variando de 19,1% (tratamento 4 (9g/L)) a 2,0% (tratamento 1
(0g/L)). Na segunda semana a perda variou entre 11,7% (tratamento 5 (12 g/L)) a 3,3% (tra-
tamento 1 (0 g/L)), já na terceira semana a perda variou de 26,8% (tratamento 5 (12 g/L)) a
14,0% (tratamento 1 (0 g/L)).
Fonte: Do autor.
Gráfico 2. Valores médios das 3 semanas para massa fresca de todos os tratamentos
Fonte: Do autor.
Legenda: Momentos das avaliações representa a média para uma semana compreendida em 10 dias com 5 avaliações.
De acordo com Hojo (2005) a perda de massa dos frutos é devido a sua transpiração
e respiração, fazendo com que ocorra desde mudanças em sua aparência, como também
alteração do seu sabor e em alguns casos levando até sua deterioração, o que foi observado
no presente experimento.
A partir do oitavo dia de avaliação, alguns frutos ficaram inviáveis para a comercializa-
ção e, devido à perda de água, apresentaram aspecto de murchamento, ocorrendo perda
da qualidade visual de comercialização (CHITARRA; CHITARRA, 2005). O mesmo fato
ocorreu no trabalho de Araújo (2014), sobre alteração pós- colheita com abobrinha menina
no terceiro dia de avaliação, sendo o fato justificado devido os frutos apresentar em sua
composição 95% de água, além de sua casca ser menos espessa, facilitando assim uma
maior suscetibilidade à perda de massa.
O parâmetro L em frutas e hortaliças é um importante atributo para avaliá-las, sendo
classificadas quanto à intensidade de brilho na casca.
No Gráfico 3, em relação as médias do parâmetro L nas 3 semanas, os valores de
brilho variaram de 59,78 (tratamento 2 (3 g/L)) a 56,15 (tratamento 4 (9 g/L)). As médias dos
tratamentos não apresentaram diferença durante o período avaliado, porém o tratamento 2
Fonte: Do autor.
Legenda: Momentos das avaliações representam a média para uma semana compreendida em 10 dias com 5 avaliações.
Gráfico 4. Valores médios das 3 semanas para a intensidade de cor verde (parâmetro A) de todos os tratamentos.
Fonte: Do autor.
Legenda: Momentos das avaliações representam a média para uma semana compreendida em 10 dias com 5 avaliações.
Gráfico 5. Valores médios das 3 semanas para a intensidade de cor amarela (parâmetro de todos os tratamentos.
Fonte: Do autor.
Legenda: Momentos das avaliações representa a média para uma semana compreendida em 10 dias com 5 avaliações.
Tendo uma maior exigência em qualidade dos produtos pelos consumidores, um dos
fatores de maior aceitabilidade em frutas e hortaliças é a sua coloração, devido a este fa-
tor está associado com uma melhor qualidade. Sendo assim a comercialização de frutos
de abobrinha deve ser na coloração verde clara no estágio imaturo (ARAÚJO, 2014 apud
KAYS, 1991; FILGUEIRA, 2013), podendo ser observado que os frutos perdem a coloração
ideal ao logo do tempo devido ao processo de senescência, sendo necessária uma rápida
comercialização.
De acordo com Chitarra e Chitarra (2005) a textura é um atributo físico, podendo re-
presentar a qualidade em que o produto se encontra.
No experimento pode-se perceber através do Gráfico 6, que os valores médios da tex-
tura de todos os tratamentos, durante a 1ª, 2ª e 3ª semana de avaliação, houve diferença.
Porém percebe-se uma maior diferença entre as semanas, sendo a primeira a presença de
frutos com maior firmeza, e ao longo da segunda e terceira semana a firmeza foi diminuindo
de forma similar.
Na primeira semana os valores médios de textura para o primeiro dia variaram de 728,6
(tratamento 4 (9g/L)) a 643,4 (tratamento 5 (12 g/L)), e no décimo dia os valores de textura
variaram de 585,3 (tratamento 3 (6 g/L)) a 409,3 (tratamento 2 (3 g/L)), sendo o tratamento
3 (6 g/L) apresentando menor perda de firmeza dos frutos.
Para segunda semana, os valores médios no primeiro dia variaram de 409,5 (tratamen-
to 4 (9 g/L)) a 362,6 (tratamento 5 (12 g/L)) e no décimo dia os valores variaram de 470,3
(tratamento 3 (6 g/L)) a 396,9 (tratamento 5 (12 g/L)). Já na terceira semana demonstrou
Gráfico 6 - Valores médios da textura de todos os tratamentos, durante a 1ª, 2ª e 3ª semana de avaliação.
Fonte: Do autor.
Legenda: Momentos das avaliações os primeiros valores de 1º e 10º dia compreendem a 1ª semana, os segundos compreendem
a 2ª e os terceiros compreendendo a 3ª.
Através do Gráfico 7, dos valores médios das 3 semanas para textura, percebe-se que
os tratamentos que proporcionaram maior firmeza aos frutos no primeiro e no décimo dia
foram o tratamento 4 (9 g/L) e o tratamento 3 (6 g/L) respectivamente. Porém o tratamento
4 (9g/L) e 5 (12g/L) apresentaram pouca variação na firmeza dos frutos do 1º ao 10º dia se
comparado com o tratamento 3 (6g/L) e 2 (3g/L).
Assim, a aplicação via foliar de cálcio se relaciona diretamente com a manutenção
da função e das estruturas das membranas celulares dos frutos, atuando como um agente
cimentante ocasionando maior firmeza entre os tecidos vegetais, como foi possível observar
nos tratamentos (CHITARRA; CHITARRA, 2005).
Fonte: Do autor.
CONCLUSÃO
REFERENCIAS
1. ARAÚJO, F. F. Alterações pós-colheita e resposta ao etileno em frutos de abobrinha
menina brasileira.2014. 57f. Dissertação (Mestrado em Fitotecnia) – Universidade Federal
de Viçosa. Viçosa, Minas Gerais, 2014.
8. HELDEN, G.; NEITZKE, R.; BARBIERI, R. L. Chave para a identificação das espécies de abó-
boras (Cucurbita, Cucurbitaceae) cultivadas no Brasil. Embrapa Clima Temperado. Pelotas,
documento 197. 1ª ed. p. 31, 2007.
14. SILVA, W. B.; SILVA, G. M. C.; SILVA, L. R.; WALDMAN, W. R.; OLIVEIRA, J. G.Tratamento
com cloreto de cálcio na pós-colheita retarda o desverdecimento e a perda de firmeza do ma-
mão. Dissertação de mestrado. Revista brasileira de fruticultura. v.37 n.3 Jaboticabal 2015.
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ABSTRACT
Several empirical and theoretical equations predict the freezing temperature of food sys-
tems through soluble solids content. In this work, we compare four models using the
experimental freezing data of Auleda et al. [Journal of Food Engineering, 105 (2011),
289-294] for pear, apple and peach juices, in the range of 10-40°Brix. EMSO software
estimated the parameters with a 95% confidence level. We demonstrated that model 2 is
undefined for some values of soluble solids content when its parameter is positive and is
converted to model 1 when the parameter is negative. On the other hand, model 3 is the
most suitable model for freezing fruit juices, since it gives lower deviations and prediction
errors, and higher viable range of concentration. Its parameter was rewritten as a function
of the carbohydrates content and the weighted proportions of their volumes and hydroxyl
groups, that is, the chemical nature of the solute was successfully inserted into the model.
Based on statistical evidence, the soluble solids content of sucrose contributes most to
the determination of the parameter and the prediction of the freezing temperatures. The
prediction of the freezing temperatures of concentrated juices by using models 2 and 3
are challenging, once the prediction errors increase with the fourth power of the soluble
solids content. To keep validating the models, freezing studies of more concentrated
juices are required.
Knowing the freezing point helps to investigate the purity of samples (RAHMAN et al.,
2002), to determine the time to freeze the food (PHAM, 2014), and even to simplify the sto-
rage and transport of food systems (AULEDA et al., 2011). Some models try to predict the
freezing temperature through water activity definitions. For food,
(1)
where and are, respectively, the molecular weight and the freezing temperature
of water, is the gas constant, and is the average latent heat of fusion in between and
(CLAUSSEN et al., 2007; SCHWARTZBERG, 1976). We recommend the compilation
made by van den Berg and Bruin (1981) to evoke other models based on the water activity.
For an ideal solution, is (CHEN, 1986; CHEN, 1987)
(2)
where is the soluble solids content and , where is the molecular weight of
the solute. In this case, is approximated by the molar fraction of water (SCHWARTZBERG,
1976), which originates the Schwartzberg equation,
(3)
where the parameter represents the amount of water unavailable for freezing per unit
of soluble solids content. It can be either positive (when water interacts with the solute) or
(5)
From the estimation of molecular weights employing models 1 and 2, the deviation between
their estimated and experimental values are expressed as
(6)
where is the molecular weight of the solutes calculated from model 1, and (con-
centration coefficient) is a parameter to be determined (CHEN, 1986; CHEN et al., 1996 ).
Again, can be either positive or negative, depending on the system (CHEN, 1986). From
Equation (6), the water activity and the prediction model are rewritten, respectively, as
(7)
(8)
Auleda et al. (2011) observed that the freezing temperature depends on the proportion
of the carbohydrates in the solution (sucrose, glucose and fructose). The authors noted that
the juice freezing curves are inside the “juice zone”, a region delimited by the glucose and
sucrose freezing curves. These observations led the authors to empirically obtain model 4
(AULEDA et al., 2011),
(9)
where and are the molecular weights of sucrose, glucose and the
solution studied and , and are the respective freezing temperatures.
was calculated as a weighted average of the molecular weights of carbohydrates in solution
(AULEDA et al., 2011).
Propose new freezing temperature models using experimental data of Auleda et al.
(2011), verify their suitability, and compare them with models from the literature.
METHODOLOGY
Table 1. Experimental freezing points of pear, apple and peach juices from Auleda et al.’s work (2011).
Temperature (°C)
Concentration (°Brix)
Pear Apple Peach
10 -1.05 ± 0.24 -1.07 ± 0.22 -1.00 ± 0.28
15 -1.80 ± 0.24 -1.74 ± 0.22 -1.60 ± 0.28
20 -2.50 ± 0.24 -2.50 ± 0.22 -2.05 ± 0.28
25 -3.60 ± 0.25 -3.20 ± 0.22 -2.70 ± 0.28
30 -4.30 ± 0.23 -4.10 ± 0.22 -3.25 ± 0.29
35 -5.50 ± 0.25 -5.20 ± 0.22 -4.20 ± 0.28
40 -6.60 ± 0.22 -6.70 ± 0.23 -5.60 ± 0.29
RESULTS
The parameters of models 2 and 3 and our proposed models are shown in Table 3 and
in Table 4, respectively, with the corresponding confidence interval.
Juice
Parameter Model
Pear Apple Peach
-0.15 ± 1.61 0.25 ± 0.92 0.85 ± 0.86 -1.54 ± 0.05 1.65 ± 0.14
The freezing curves predicted from the models are compared to the experimental points
in Figure 1, Figure 2 and Figure 3,for the pear, apple and peach juices, respectively.
Figure 1. Experimental points from Auleda et al. (2011) versus predicted freezing curves for pear juice.
Figure 2. Experimental points from Auleda et al. (2011) versus predicted freezing curves for apple
Table 5. Pearson’s coefficient and p-values investigate the correlation between the freezing temperature and the soluble
solids content of glucose ( ), fructose ( ), and sucrose ( ). strong correlations are highlighted (|Pearson’s
coefficient 0.90 and p-value 0.1).
10°C 15°C 20°C 25°C 30°C 35°C 40°C
Pearson’s coefficient -0.381 -0.824 -0.622 -0.905 -0.752 -0.779 -0.556
xglu
P-value 0.751 0.384 0.573 0.280 0.458 0.431 0.625
Pearson’s coefficient -1.000 -0.852 -0.968 -0.756 -0.907 -0.889 -0.985
xfru
P-value 0.017 0.350 0.161 0.454 0.276 0.303 0.109
Pearson’s coefficient 0.909 0.989 0.989 0.952 0.999 0.997 0.974
xsuc
P-value 0.273 0.094 0.094 0.198 0.020 0.047 0.147
Finally, we employed F-test with 95% confidence level and obtained the applicability
range of models 2 and 3 displayed in Table 6.
Table 6. Range of soluble solids content where the models 2 and 3 can be well employed.
Model 2 Model 3
Pear 0 ≤ xs ≤0.42 0 ≤ xS ≤0.55
Apple 0 ≤ xs ≤0.41 0 ≤ xs ≤0.54
Peach 0 ≤ xs ≤0.41 0 ≤ xs ≤0.54
DISCUSSION
Table 3.ensures all parameters were significant, except parameter for the pear juice,
since 0 is possible. The confidence intervals of parameters and , respectively for apple
and pear juices, include minimum possible values close to zero. Hence, the parameters in
these two situations have their significance questioned but not discredited. For pear juice,
the confidence interval of the parameters suggests that models 2 and 3 may be simplified to
model 1 (when ≈ 0 and ≈ 0). This is enforced by Figure 1, where the results from model
1 are close to those from models 2 and 3. However, the results from model 1 at 25°Brix and
35°Brix are out of the experimental error, which is not the case with models 2 and 3. In Figure
2 and Figure 3, the results of model 1 deviate more from the experimental points, especially
for the highest concentrations and for the peach juice. Both models 2 and 3 predict well
the freezing temperature of all juices and, since they respect the experimental errors, it is
inappropriate to compare them.
The temperatures calculated from model 4, on the other hand, only agree with the ex-
perimental errors up to 25°Brix, for all the juices. Note that model 4 expresses the freezing
temperature as a function of the chemical nature of the solute (and not the soluble solids
content), consequently, we expected that model 4 would be insufficient to describe the free-
zing of concentrated juices. The relevance of the solids content as a variable in the models
Since , when we multiply this range by 1, add 1 in both sides and finally
divide by , the range of the soluble solids content is rewritten as
(11)
(12)
Once is positive, model 2 is undefined only for some values of when . was
positive for all the juices, thus, unphysical results would rise if the freezing were evaluated for
some higher concentrations of juice. When we estimate parameter considering that
, however, we obtain that model 2 is simplified to model 1 (i.e ). Therefore, although
model 2 brought good predictions in the evaluated range of concentration, it is insufficient to
predict freezing for concentrated juices.
Then, a term regarding the chemical nature of the solutes will be included in model 3
through the parameter . In this way, is now empirically written as a function of the soluble
solids content of glucose ( ), fructose ( ) and sucrose ( ),
(13)
where , , , (say hydroxyl parameter) and (say volume parameter) are new
parameters to be estimated. In the first term of model B, the constants and were
suggested empirically based on the proportion of hydroxyls in each molecule of carbohydra-
te. In the second term, constants and were similarly suggested based on the volume
ratio between the molecules.
Table 4.shows the estimated parameters of models A and B. The confidence inter-
vals imply none of the parameters of model A were significant, unlike the parameters of
model B. Table 5 points out there is a huge relationship between these variables for sucro-
se because four of the seven freezing experiments of Auleda et al. (2011) presented high
Pearson’s coefficients and low p-values. This reveals that the empirically attributed weights
in model B agree with the statistical analysis. The correlation coefficients of model B were
higher than 0.996 for all the juices, which indicates the model predicts satisfactorily.
To investigate the prediction error, we calculate the prediction variance ( ),
(15)
where is the covariance matrix calculated from the objective function, which
is defined here as
(16)
and is
(17)
where and are the freezing temperatures obtained from the experiments and the
model, respectively, for each experiment (the total number of parameters is ), is the
experimental error and is the parameter of each model (the total number of parameters is
). Hence, the prediction variances for the parameter models 2 ( ) and 3 ( ) are
(19)
These equations reveal the prediction errors depend on the fourth power of the soluble
solids and they depend quadratically on the nature of the solute (represented by the molecular
weight). Thus, the prediction errors greatly increase with the solids content, and it is intensified
if the solute has low molecular weight. Similarly, it will be more difficult to accurately predict
the freezing temperatures of concentrated juices. From the prediction variances and F-test,
Table 6 shows that the soluble solids content range for model 3 is larger than for model 2,
which indicates that model 3 can be extrapolated to a concentration of, approximately, 55°Brix.
CONCLUSIONS
Four models from the literature were evaluated in the range of 10-40°Brix of solub-
le solids content. The experimental points available in Auleda et al. (2011) were used for
the statistical study and parameter estimation using EMSO (2004) software with a 95%
confidence level.
Model 2 is undefined for some values of solids content when 0. On the other hand,
when 0, model 2 is simplified to model 1. The prediction errors for model 3 were lower and
its range of applicability was wider than model 2, which brings model 3 as the most reliable
model even when compared to models 1 and 4. In this way, the parameter in model 3 was
successfully written as a function of the chemical nature of the solute (carbohydrates content,
and hydroxyl and volume proportions). We obtained that the prediction errors depend on the
fourth power of the soluble solids content, therefore, it is more difficult to predict the freezing
temperatures to concentrated juices. Similarly, the chemical nature of the solute modify the
prediction errors: they decrease with the molecular weight.
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New York: Academic Press. p. 2-61. 1981;
Azeite de Oliva Extra Virgem: 338 Eugenia Stipitata: 7, 54, 55, 56, 59, 60, 61, 62,
218, 233, 234, 235, 236, 237
B
F
Bebida Aromatizada: 355
Farinha: 20, 121, 152, 156, 360, 397
Beverages: 131, 233
Farinha de Batata: 152, 156
Biofortificação: 152, 215
Fermentação Sólida: 300
Bioprocessos: 300
Fibras: 157, 158, 193, 214, 403
Biscoitos: 397, 398, 399, 402
Fibra Solúvel: 23
Boi: 55
Formulação: 20, 159, 189, 360
Bolo: 152
Freezing Concentration: 416
C
Freezing Point: 416
Café: 171, 172, 173, 181
Fruta: 191
Cálcio: 405, 406
G P
Gelados Comestíveis: 185 Parameter Estimation: 416
Goat Cheese: 325 Passiflora Edulis: 23, 24, 35, 36, 197, 199, 236
I Pescado: 249
Índice Crioscópico: 315, 317, 319 Processamento: 27, 83, 95, 104, 113, 187, 188,
214, 220, 249, 334, 357, 370, 371
Inocuidade Alimentar: 315
Processo: 121, 155, 171
Instrumental Color: 325
Produtos Lácteos: 268
Instrumental Texture: 325
Propriedades Termofísicas: 197, 290, 297
J
Psicrotróficos: 315, 319
Juá: 116, 127
Q
L
Qualidade: 11, 20, 52, 53, 90, 92, 94, 96, 110,
Leite Bovino: 315 113, 182, 250, 336, 393, 402, 404, 413, 414
Linguiça: 11, 374 Qualidade Físico: 11, 90, 92, 94, 393
Lipídeos: 29, 58, 73, 100, 107, 111, 158, 363, Quantificação: 29, 127, 171, 176, 179, 341,
383, 398 342, 363
Sugars: 416
T
Tanase: 300, 311
Textura: 19, 30, 43, 220, 231, 236, 364, 399, 405