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Emanuela Carla dos Santos

(Organizadora)

Comunicação Científica e Técnica em


Odontologia

Atena Editora
2019
2019 by Atena Editora
Copyright da Atena Editora
Editora Chefe: Profª Drª Antonella Carvalho de Oliveira
Diagramação e Edição de Arte: Lorena Prestes e Karine de Lima
Revisão: Os autores

Conselho Editorial
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Prof. Dr. Álvaro Augusto de Borba Barreto – Universidade Federal de Pelotas
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Profª Drª Cristina Gaio – Universidade de Lisboa
Prof. Dr. Constantino Ribeiro de Oliveira Junior – Universidade Estadual de Ponta Grossa
Profª Drª Daiane Garabeli Trojan – Universidade Norte do Paraná
Prof. Dr. Darllan Collins da Cunha e Silva – Universidade Estadual Paulista
Profª Drª Deusilene Souza Vieira Dall’Acqua – Universidade Federal de Rondônia
Prof. Dr. Eloi Rufato Junior – Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Prof. Dr. Fábio Steiner – Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
Prof. Dr. Gianfábio Pimentel Franco – Universidade Federal de Santa Maria
Prof. Dr. Gilmei Fleck – Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Profª Drª Girlene Santos de Souza – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
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Prof. Dr. Julio Candido de Meirelles Junior – Universidade Federal Fluminense
Prof. Dr. Jorge González Aguilera – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
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Profª Drª Natiéli Piovesan – Instituto Federal do Rio Grande do Norte
Profª Drª Paola Andressa Scortegagna – Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Prof. Dr. Ronilson Freitas de Souza – Universidade do Estado do Pará
Prof. Dr. Takeshy Tachizawa – Faculdade de Campo Limpo Paulista
Prof. Dr. Urandi João Rodrigues Junior – Universidade Federal do Oeste do Pará
Prof. Dr. Valdemar Antonio Paffaro Junior – Universidade Federal de Alfenas
Profª Drª Vanessa Bordin Viera – Universidade Federal de Campina Grande
Profª Drª Vanessa Lima Gonçalves – Universidade Estadual de Ponta Grossa
Prof. Dr. Willian Douglas Guilherme – Universidade Federal do Tocantins
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(eDOC BRASIL, Belo Horizonte/MG)
C741 Comunicação científica e técnica em odontologia [recurso eletrônico] /
Organizadora Emanuela Carla dos Santos. – Ponta Grossa (PR):
Atena Editora, 2019. – (Comunicação Científica e Técnica em
Odontologia; v. 1)

Formato: PDF
Requisitos de sistema: Adobe Acrobat Reader.
Modo de acesso: World Wide Web.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-7247-229-6
DOI 10.22533/at.ed.296190104

1. Dentistas. 2. Odontologia – Pesquisa – Brasil. I. Santos,


Emanuela Carla dos. II. Série.
CDD 617.6069
Elaborado por Maurício Amormino Júnior – CRB6/2422
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de
responsabilidade exclusiva dos autores.

2019
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www.atenaeditora.com.br
APRESENTAÇÃO

A Odontologia vem ampliando cada vez mais sua área de atuação dentro do
campo da saúde. Hoje aliamos o conhecimento teórico de base às novas tecnologias
e técnicas desenvolvidas através de pesquisas para elevar a qualidade e atingir
excelência na profissão.
Diante da necessidade de atualização frequente e acesso à informação de
qualidade, este E-book, composto por dois volumes, traz conteúdo consistente
favorecendo a Comunicação Científica e Técnica em Odontologia.
O compilado de artigos aqui apresentados são de alta relevância para a
comunidade científica. Foram desenvolvidos por pesquisadores de várias instituições
de peso de nosso país e contemplam as mais variadas áreas, como cirurgia, periodontia,
estomatologia, odontologia hospitalar, bem como saúde do trabalhador da Odontologia
e também da área da tecnologia e plataformas digitais.
Espero que possam extrair destas páginas conhecimento para reforçar a
construção de suas carreiras.

Ótima leitura!
Profª. MSc. Emanuela Carla dos Santos
SUMÁRIO

CAPÍTULO 1................................................................................................................. 1
OS CONTEÚDOS DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCOMAXILOFACIAIS NA FORMAÇÃO DO
CIRURGIÃO-DENTISTA GENERALISTA
Karine Angar
Adair Luiz Stefanelli Busato
Alan Carlos Corradine Binotto
Aurelício Novaes Silva Júnior
Pedro Antônio Gonzáles Hernandez
DOI 10.22533/at.ed.2961901041

CAPÍTULO 2............................................................................................................... 16
ANSIEDADE EM PACIENTES SUBMETIDOS A EXODONTIA DE TERCEIROS MOLARES: RELAÇÃO
ENTRE ANSIEDADE ODONTOLÓGICA E CORTISOL SALIVAR
Marcus Antonio Brêda Júnior
Valdemar Mallet da Rocha Barros
Darklison Pereira Santos
Fabíola Singaretti de Oliveira
Ricardo José de Holanda Vasconcellos
Ricardo Viana Bessa Nogueira
DOI 10.22533/at.ed.2961901042

CAPÍTULO 3............................................................................................................... 30
INFLUÊNCIA DOS DENTIFRÍCIOS NAS PROPRIEDADES FÍSICA E MECÂNICA DE
COMPÓSITOS RESINOSOS
Mayara Zaghi Dal Picolo
Suelem Chasse Barreto
Josué Junior Araujo Pierote
Carlos Tadeu dos Santos Dias
Luis Alexandre Maffei Sartini Paulillo
DOI 10.22533/at.ed.2961901043

CAPÍTULO 4............................................................................................................... 43
MONITORING OF ABFRACTION LESIONS BY CONFOCAL LASER MICROSCOPY METHOD
Cristiane Aparecida Nogueira Bataglion
Flávia Cassia Cabral Rodrigues
Shelyn Akari Yamakami
César Bataglion
Juliana Jendiroba Faraoni
Regina Guenka Palma Dibb
DOI 10.22533/at.ed.2961901044

CAPÍTULO 5............................................................................................................... 52
ANÁLISE DA RUGOSIDADE SUPERFICIAL DO ESMALTE DENTAL BOVINO SUBMETIDO A
AGENTES CLAREADORES
Ana Paula Martins Gomes
Ana Maria Martins Gomes
Antônio Augusto Gomes
Elâine Cristina Vargas Dadalto
Lilian Citty Sarmento
Luciana Faria Sanglard
Renata De Oliveira Guaré
DOI 10.22533/at.ed.2961901045
CAPÍTULO 6............................................................................................................... 68
ANÁLISE DAS PLACAS OCLUSAIS E DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES TRATADOS COM
DIAGNÓSTICO DE DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR
Lea Maria Franceschi Dallanora
Camila Karen Fillipiaki
Analu Buzanello
Fábio José Dallanora
Mariana Machado T. de M. Costa
Leonardo Flores Luthi
Grasieli de Oliveira Ramos
Acir José Dirschnabel
Bruna Eliza de Dea
DOI 10.22533/at.ed.2961901046

CAPÍTULO 7............................................................................................................... 79
DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR EM POLICIAIS MILITARES
Raísa Rebeka Silva de Araújo
Lorenna Mendes Temotéo Brandt
Alessandro Leite Cavalcanti
DOI 10.22533/at.ed.2961901047

CAPÍTULO 8............................................................................................................... 86
RAPID PROTOCOL OF LLLT IN PATIENTS WITH MIOFASCIAL PAIN AND MOUTH OPENING
LIMITATION: PRELIMINARY RESULTS
Vitória de Oliveira Chami
Anna Carolina Teixeira Centeno
Gisele Jung Franciscatto
Débora do Canto Assaf
Tatiana Bernardon Silva
Vilmar Antônio Ferrazzo
Mariana Marquezan
DOI 10.22533/at.ed.2961901048

CAPÍTULO 9............................................................................................................... 92
AVALIAÇÃO DA PADRONIZAÇÃO DO CALIBRE APICAL DE CONES DE GUTA-PERCHA E O EFEITO
DA PERDA DE PESO DESTES CONES APÓS A DESINFECÇÃO POR DIFERENTES LÍQUIDOS
Cássia Bocchino Seleme
Ana Flávia Pereira Heck
Elisa Karina Donda
Maria Isabel Anastacio Faria de França
Alexandre Roberto Heck
Egas Moniz de Aragão
Alessandra Timponi Goes Cruz
Guilherme Jun Cucatti Murakami
DOI 10.22533/at.ed.2961901049

CAPÍTULO 10........................................................................................................... 108


AVALIAÇÃO IN VITRO DA PRODUÇÃO E EXTRUSÃO DE DEBRIS COM INSTRUMENTOS
RECIPROCANTES
Karina Domingues Holzmann
Tainara Caroline Cogo de Oliveira
Júlio Cezar Chidoski-Filho
Fábio André dos Santos
Aline Cristine Gomes Matta
Fabrício Rutz da Silva
DOI 10.22533/at.ed.29619010410

CAPÍTULO 11........................................................................................................... 122


DETECÇÃO DO 4O CANAL EM PRIMEIROS MOLARES SUPERIORES UTILIZANDO QUATRO
MÉTODOS CLÍNICOS DIFERENTES
Layse Ribeiro Schuster
Simone Helena Ferreira Gonçalves
Ana Paula Martins Gomes
Gabriela Marcelle Almeida Santos
Carlos Xavier Muniz
Juliana Boa Sorte de Oliveira
DOI 10.22533/at.ed.29619010411

CAPÍTULO 12........................................................................................................... 131


IMPACTO DE DIFERENTES INSTRUMENTOS ROTATÓRIOS NA DISTRIBUIÇÃO DE ESTRESSE
DURANTE O TRATAMENTO DE CANAIS RADICULARES
Júlia Adornes Gallas
Shelyn Akari Yamakami
Igor Bassi Ferreira Petean
Ana Paula Macedo
Aline Evangelista Souza-Gabriel
Manoel Damião de Sousa Neto
Regina Guenka Palma-Dibb
DOI 10.22533/at.ed.29619010412

CAPÍTULO 13........................................................................................................... 144


MEDIDA DA ACIDEZ E ALCALINIDADE DE PASTAS ENDODÔNTICAS ASSOCIADAS À ALOE VERA
Jorge Pereira Júnior
Nayane Chagas Carvalho Alves
Juliana Cordeiro Cardoso
Diana Santana de Albuquerque
Maria Amália Gonzaga Ribeiro
DOI 10.22533/at.ed.29619010413

CAPÍTULO 14........................................................................................................... 155


ANÁLISE DAS CONDIÇÕES BUCAIS, PARÂMETROS SALIVARES, DIETA E HIGIENE ORAL
QUANTO AO RISCO DE CÁRIE E EROSÃO DENTAL EM PACIENTES OBESOS INDICADOS PARA
CIRURGIA BARIÁTRICA
Laís Renata Almeida Cezário Santos
Laís Brandão Nobre
Ana Clara de Almeida Silva
Barbara Maria Cavalcante Lôbo
Geisa Gabriella Rodrigues de Oliveira
Evanisa Helena Maio de Brum
Kristiana Cerqueira Mousinho
Sylvia Amélia Vasconcelos de Albuquerque
Natanael Barbosa dos Santos
DOI 10.22533/at.ed.29619010414

CAPÍTULO 15........................................................................................................... 172


ODONTOGERIATRIA: SAÚDE BUCAL DE IDOSOS RESIDENTES EM INSTITUIÇÕES
FILANTRÓPICAS DE LONGA PERMANÊNCIA
Larissa Raimundi
Ligia Dalastra
Alice Ribeiro Danielli
Emanuela Carla dos Santos
Daniela Faglioni Boleta Ceranto
Eliana C Fosquiera
DOI 10.22533/at.ed.29619010415

CAPÍTULO 16........................................................................................................... 184


CÁRIE DE RADIAÇÃO – EFEITOS DA RADIOTERAPIA DE CABEÇA-E-PESCOÇO NA DENTINA
RADICULAR: IMPLICAÇÕES CLÍNICAS E TERAPÊUTICAS
Marilia Mattar de Amoêdo Campos Velo
Marina Ciccone Giacomini
Letícia Ferreira de Freitas Brianezzi
Giovanna Speranza Zabeu
Rafael Simões Gonçalves
Cassia Maria Fischer Rubira
Paulo Sérgio da Silva Santos
Linda Wang
DOI 10.22533/at.ed.29619010416

CAPÍTULO 17........................................................................................................... 199


EFEITOS DO ALENDRONATO DE SÓDIO NO REPARO ÓSSEO
Fernanda Tiboni
Suyany Gabrielly Weiss
Jennifer Tsi Gerber
Allan Fernando Giovanini
Rafaela Scariot
DOI 10.22533/at.ed.29619010417

CAPÍTULO 18........................................................................................................... 209


INFLUÊNCIA DA HIPOSSALIVAÇÃO NO PH BUCAL E NA PRESENÇA DE NITRITO NA SALIVA
Amanda Rafaela da Silva Amorim
Mayara Ricardo Moraes
Mariana de Lyra Vasconcelos
Herculano Ramirez Floro Alonso
Kelly de Moura Ferreira
Lilianny Querino Rocha de Oliveira
José de Amorim Lisboa Neto
Camila Maria Beder Ribeiro Girish Panjwani
DOI 10.22533/at.ed.29619010418

CAPÍTULO 19........................................................................................................... 217


RELAÇÃO ENTRE PH SALIVAR E PRESENÇA DE NITRITO NA CAVIDADE BUCAL ATRAVÉS DA
ANÁLISE BIOQUÍMICA DA SALIVA
Amanda Rafaela da Silva Amorim
Mayara Ricardo Moraes
Mariana de Lyra Vasconcelos
Herculano Ramirez Floro Alonso
Kelly de Moura Ferreira
José de Amorim Lisboa Neto
Camila Maria Beder Ribeiro Girish Panjwani
DOI 10.22533/at.ed.29619010419
CAPÍTULO 20........................................................................................................... 227
ANÁLISE BIOQUÍMICA DA SALIVA PARA DETECÇÃO DA PRESENÇA DE NITRITOS
Amanda Rafaela da Silva Amorim
Mayara Ricardo Moraes
Mariana de Lyra Vasconcelos
Herculano Ramirez Floro Alonso
Kelly de Moura Ferreira
José de Amorim Lisboa Neto
Camila Maria Beder Ribeiro Girish Panjwani
DOI 10.22533/at.ed.29619010420

CAPÍTULO 21........................................................................................................... 235


ESTUDO COMPARATIVO DA ESTRUTURA DO FÍGADO ENTRE RATAS JOVENS, ADULTAS E
IDOSAS
Andréia Affonso Barretto Montandon
Eleny Zanella Balducci
José Paulo de Pizzol Júnior
Cleverton Roberto Andrade
DOI 10.22533/at.ed.29619010421

CAPÍTULO 22........................................................................................................... 250


APLICAÇÃO LOCAL DO LÁTEX DA HANCORNIA SPECIOSA GOMES A 2.5% NÃO FAVORECE A
NEOFORMAÇÃO E NEM A MINERALIZAÇÃO ÓSSEA EM RATOS
Francielly Andressa Felipetti
Juliana dos Santos Neves
Ingrid Grazielle Sousa
Pedro Duarte Novaes
DOI 10.22533/at.ed.29619010422

CAPÍTULO 23........................................................................................................... 260


“AVALIAÇÃO DE CIRURGIA GUIADA DE IMPLANTE INTEGRANDO TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA E ESCANEAMENTO ÓTICO PARA FABRICAÇÃO DE GUIA CIRÚRGICO”
Eduardo Mendes de Paula
Vinícius Fabris
Fernando Esgaib kayatt
Flávio Domingues das Neves
Milena Bortolotto Felippe Silva
Ricardo Raitz
DOI 10.22533/at.ed.29619010423

CAPÍTULO 24........................................................................................................... 269


CORROSION RESISTANCE AND ANTI-BIOFILM EFFECT OF ROCK ROSE REMEDY: A POTENTIAL
PREVENTIVE MEASURE IN IMPLANT THERAPY
Ana Beatriz Sliachticas Monteiro
DOI 10.22533/at.ed.29619010424

CAPÍTULO 25........................................................................................................... 283


IMPLANTES DENTÁRIOS IMEDIATOS INSTALADOS EM ALVÉOLOS INFECTADOS: REVISÃO
SISTEMÁTICA DE REVISÕES SISTEMÁTICAS
Olavo Barbosa de Oliveira Neto
Fabiano Timbó Barbosa
Célio Fernando de Sousa Rodrigues
Fernando José Camello de Lima
DOI 10.22533/at.ed.29619010425
CAPÍTULO 26........................................................................................................... 296
AVALIAÇÃO MULTIPROFISSIONAL DO FREIO LINGUAL E DA MAMADA DA DÍADE MÃE-BEBÊ
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Danielly Cunha Araújo Ferreira
Marília Neves Santos
Laíza Fernandes Martins
Marcela Magna Gomes Araújo Godoy
Camila Raíssa Oliveira Gontijo
Alessandra Maia de Castro
DOI 10.22533/at.ed.29619010426

CAPÍTULO 27........................................................................................................... 311


DEFEITOS DE DESENVOLVIMENTO DO ESMALTE NA DENTIÇÃO DECÍDUA: AMELOGÊNESE,
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS, FATORES ETIOLÓGICOS E PERINATAIS
Elisa Miranda Costa
Ana Carolina Mendes Pinheiro
Judith Rafaelle Oliveira Pinho
Cecília Cláudia Costa Ribeiro
Erika Bárbara Abreu Fonseca Thomaz
DOI 10.22533/at.ed.29619010427

CAPÍTULO 28........................................................................................................... 325


EFFECT OF ND:YAG LASER AND FLUORIDE TREATMENT ON THE PERMEABILITY OF
PRIMARY TOOTH ENAMEL
Juliana Jendiroba Faraoni
Shelyn Akari Yamakami
Danielle Torres Azevedo
Juliana dos Reis Derceli
Walter Raucci Neto
Regina Guenka Palma-Dibb
DOI 10.22533/at.ed.29619010428

SOBRE A ORGANIZADORA.................................................................................... 337


CAPÍTULO 5

ANÁLISE DA RUGOSIDADE SUPERFICIAL DO


ESMALTE DENTAL BOVINO SUBMETIDO A AGENTES
CLAREADORES

Ana Paula Martins Gomes CH6N2O3 15%, pH 6,5% (6h por 14 d) e, o de


Universidade Federal do Espírito, Departamento consultório, com gel de H2O2 38%, pH 6,5 (2
de Clínica Odontológica, Vitória - ES aplicações/ 15min/ 3 sessões/ intervalo de 5
Ana Maria Martins Gomes dias) e o misto foi realizado com intervalo de
Universidade Federal do Espírito, Departamento 5 dias entre os 2 clareamentos. Todos corpos
de Clínica Odontológica, Vitória - ES
de prova receberam polimento com disco de
Antônio Augusto Gomes feltro e pasta diamantada, e aplicação tópica de
Universidade Federal do Espírito, Departamento
flúor neutro. As leituras foram realizadas pelo
de Prótese Dentária, Vitória - ES
Perfilômetro Digital 3D e a ponta analisadora
Elâine Cristina Vargas Dadalto de superfície foi calibrada para uma área de
Universidade Federal do Espírito, Departamento
4 mm x 4 mm. Os dados foram processados
de Clínica Odontológica, Vitória - ES
pelo software MountainsMap® Premium
Lilian Citty Sarmento
versão 7.0 e representados por imagens
Universidade Federal do Espírito, Departamento
de Clínica Odontológica, Vitória – ES tridimensionais. As comparações foram feitas
pelo teste ANOVA e Bonferroni. Os resultados
Luciana Faria Sanglard
Universidade Federal do Espírito, Departamento obtidos na leitura inicial, após o clareamento
de Clínica Odontológica, Vitória - ES dental e após polimento e aplicação tópica
de flúor foram, respectivamente para cada
Renata De Oliveira Guaré
Universidade Cruzeiro do Sul - Programa de grupoi: 1-0,0410±0,0014 μm, 0,1368±0,0265
Pós-Graduação em Odontologia, São Paulo - μm, 0,1361±0,0371 μm; 2-0,0456±0,0052
SP μm, 0,1752±0,0496 μm, 0,1622±0,0503 μm;
e 3-0,0453±0,0053 μm, 0,1330±0,0260 μm,
0,1328±0,0312 μm. Em todos os grupos
a análise de ANOVA foi significante e a de
RESUMO: Este estudo experimental in vitro
Bonferroni significante entre a leitura inicial e o
analisou a rugosidade superficial do esmalte
clareamento dental. Concluiu-se que as técnicas
dental bovino após a realização de técnicas
de clareamento caseiro, em consultório e mista
de clareamento dental. Um total de quinze
promoveram aumento da rugosidade superficial
corpos de prova planificados foram divididos
no esmalte bovino planificado e o polimento
em três grupos: 1- caseiro; 2- consultório;
e aplicação tópica de flúor não promoveram
3- misto. O caseiro foi realizado com gel de
redução.

Comunicação Científica e Técnica em Odontologia Capítulo 5 52


PALAVRAS-CHAVE: Clareamento Dental. Clareadores. Propriedades de Superfície.
Esmalte Dentário.

ABSTRACT: This in vitro experimental study analyzed the surface roughness of bovine
dental enamel after performing tooth whitening techniques. A total of fifteen planned
specimens were divided into three groups: 1- home bleaching; 2- bleaching in the
office; 3- mixed bleaching. The housekeeping was performed with 15% CH6N2O3 gel,
pH 6.5% (6h for 14 d) and the office with 38% H2O2 gel, pH 6.5 (2 applications / 15min
/ 3 sessions / 5 days) and the mix was performed with a 5 day interval between the 2
whitening. All specimens were polished with felt disc and diamond paste, and topical
application of neutral fluorine. The readings were performed by 3D Digital Profiler and
the surface analyzer tip was calibrated to an area of ​​4 mm x 4 mm. The data were
processed by the MountainsMap® Premium software version 7.0 and represented
by three-dimensional images. The comparisons were made using the ANOVA and
Bonferroni tests. The results obtained in the initial reading after dental bleaching and
after polishing and topical application of fluoride were, respectively for each group:
1-0.0410 ± 0.0014 μm, 0.1368 ± 0.0265 μm, 0.1361 ± 0.0371 μm; 2-0.0456 ± 0.0052
μm, 0.1752 ± 0.0496 μm, 0.1622 ± 0.0503 μm; and 3-0.0453 ± 0.0053 μm, 0.1330 ±
0.0260 μm, 0.1328 ± 0.0312 μm. In all groups ANOVA analysis was significant and
Bonferroni analysis was significant between initial reading and dental bleaching. It was
concluded that the techniques of home bleaching, in the clinic and mixed promoted
an increase of surface roughness in the planned bovine enamel and the polishing and
topical application of fluoride did not promote reduction.
KEYWORDS: Tooth Bleaching. Surface Properties. Bleaching Agentes. Dental Enamel.

1 | INTRODUÇÃO

A cor do dente tem uma influência importante na aparência de uma pessoa.


Defeitos de esmalte marrom e branco, desmineralização, manchas brancas de
hipocalcificação e variações naturais na cor do dente pode prejudicar o sorriso de
forma marcante (ROSENTHALER; RANDEL, 1998). As alterações de cor ou manchas
podem estar localizadas sobre o dente - manchas extrínsecas; ou no íntimo da estrutura
dental - manchas intrínsecas (MAIA; BERNARDON, 2015).
As manchas intrínsecas podem ser amenizadas por agentes que penetram no
esmalte e na dentina para oxidar os cromógenos e promover o clareamento do substrato.
As manchas intrínsecas causadas pela idade (manchas amareladas), por fatores
genéticos, tabaco ou café têm uma resposta mais rápida ao clareamento. Manchas
azul-acinzentadas causadas por tetraciclina respondem lentamente, enquanto dentes
manchados com fluorescência marrom respondem moderadamente ao tratamento
com agentes clareadores (HAYWOOD, 2000; HAYWOOD et al., 1994).
Os agentes clareadores podem ser aplicados tanto pelo profissional, em altas

Comunicação Científica e Técnica em Odontologia Capítulo 5 53


concentrações após proteção dos tecidos moles (clareamento em consultório) ou pelo
paciente, supervisionado pelo profissional, em baixas concentrações usando produtos
em moldeiras por um período de duas semanas (clareamento caseiro). Também são
encontrados no mercado produtos (moldeiras ou fitas) que o paciente pode adquirir
sem supervisão do cirurgião-dentista (ELFALLAH; SWAIN, 2013).
Várias publicações apontam diversos efeitos colaterais como: sensibilidade dental
e gengival (MATIS et al., 2009; REIS et al., 2011; da COSTA et al., 2012;); perda de
minerais (RODRIGUES et al., 2005; ZANET, FAVA e ALVES, 2011; SOARES et al.,2013);
diminuição da dureza (RODRIGUES et al., 2005; USHIGOME et al., 2009; BORGES
et al., 2013; ABOUASSI, WOLKEWITZ e HAHN, 2011; ZANET, FAVA e ALVES, 2011;
MONDELLI et al., 2015; GRAZIOLI et al., 2017); aumento da rugosidade superficial
(MORAES et al., 2006; USHIGOME et al., 2009; ABOUASSI, WOLKEWITZ e HAHN,
2011; SA et al., 2013; MONDELLI et al., 2015); erosão do esmalte (USHIGOME et al.,
2009; XU, LI e WANG, 2011; ZANET, FAVA e ALVES, 2011) e; aumento da adesão
bacteriana (HOSOYA et al., 2003; de ARRUDA et al., 2012).
A rugosidade representa as saliências e reentrâncias de uma superfície, sendo
considerada uma propriedade importante, capaz de aumentar a área superficial,
proporcionar retenção mecânica de materiais e inclusive de biofilme, e mostrar a
eficácia de procedimentos de acabamento e polimento (LEITÃO; HEGDAHL, 1981).
Esta pesquisa consiste em um estudo in vitro com o objetivo de analisar a rugosidade
superficial do esmalte dental bovino após diferentes técnicas de clareamento dental e,
polimento e aplicação tópica de flúor.

2 | MATERIAL E MÉTODOS

Esta pesquisa consiste em um estudo experimental in vitro e os procedimentos


foram executados por um único operador. Foi desenvolvido após aprovação pelo
Comitê de Ética na Utilização de Animais (CEUA) do Centro de Ciências da Saúde da
Universidade Federal do Espírito Santo (CCS/UFES) protocolo nº024/2015.
O esmalte bovino foi considerado como substrato. Para tratamento da superfície
foi utilizado produtos para clareamento dental (peróxido de carbamida 15% e peróxido
de hidrogênio 38%), e produtos para polimento do esmalte (disco de feltro e pasta
diamantada) e aplicação tópica de flúor (fluoreto de sódio 2% neutro).
Para realização do experimento a amostra (n=15) foi dividida em três grupos de
acordo com as técnicas de tratamento: GI- Clareamento Caseiro; GII- Clareamento
em Consultório; GIII- Clareamento Misto. A aleatorização foi realizada utilizando o
software BioEstat 5.0. O método de seleção e agrupamento das amostras foi realizado
pela amostragem aleatória simples em 3 grupos.
Os corpos de prova foram obtidos a partir de incisivos centrais inferiores (I1)
recém extraídos de bovinos de raça não definida (RND). Foram selecionadas apenas

Comunicação Científica e Técnica em Odontologia Capítulo 5 54


mandíbulas que apresentavam os seguintes elementos dentais: I1, I2 e I3 erupcionados,
o que corresponde a faixa etária entre 36 e 42 meses (BROWN et al., 1960). Os
dentes bovinos foram extraídos após o sacrifício dos animais para consumo, no
abatedouro Mafrical (Frigorífico Cariacica S.A., Cariacica, ES) e acondicionados em
caixa térmica com gelo e assim, transportados para o laboratório.
O preparo dos corpos de prova foi realizado no Laboratório de Ensaios Mecânicos
do Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade Federal do Espírito
Santo (UFES). Para seleção dos dentes foi realizado um exame visual, com auxílio
de lupa (DMI® 4X, São Paulo, SP, Brasil), sob iluminação artificial, após secagem
com seringa tríplice por 20s. Os dentes bovinos selecionados (n=42) apresentavam
superfície vestibular mais uniforme e plana, sem defeitos anatômicos, trincas ou
fraturas.
Inicialmente, foi realizada a separação da coroa da porção radicular, com disco
diamantado dupla face (Figura 1) (no 7020, KG Sorensen®, Ind. Com. Ltda, Barueri, SP,
Brasil) sob constante irrigação de jato de água em peça-de-mão, em baixa rotação.
Em seguida a porção coronária foi fixada com cera pegajosa em uma placa de resina
acrílica autopolimerizável (Clássico Jet®, São Paulo, SP, Brasil) (Figura 2).
Em seguida, foram feitos dois cortes na porção coronária, nos sentidos mésio-
distal e inciso-cervical (Figura 4, 5 e 6) com disco diamantado de alta concentração
(Extec 4” x 012 x 1/2) acoplado em cortadeira metalográfica (Labcut® 1010) (Figura 3)
obtendo-se os blocos dentais. O tamanho dos espécimes foi conferido com o auxílio
de uma régua. Com o objetivo de padronizar a posição foi marcado com um lápis a
borda incisal dos espécimes. Após a seleção, foram obtidos os espécimes a partir
da superfície vestibular dos incisivos na região correspondente a área mais plana da
coroa do elemento dental, com dimensão aproximada de 7,0 mm x 7,0 mm (Figura 7).
Em seguida, os espécimes foram incluídos em resina acrílica autopolimerizável
(Clássico Jet®, São Paulo, SP, Brasil), em um tubo de PVC CRISTAL de diâmetro
1/2’’ x 2 mm (Plastic®) previamente cortado de forma padronizada com 1 cm de altura
(Figuras 8, 9 e 10).

Figura 1. Separação coroa-raiz realizada com disco diamantado dupla-face, em baixa rotação;

Comunicação Científica e Técnica em Odontologia Capítulo 5 55


Figura 2. Fixação da coroa com cera pegajosa em placa de acrílico; Figura 3. Cortadeira
metalográfica; Figuras 4, 5 e 6. Padronização do tamanho dos espécimes

Figura 3. Espécimes com dimensão aproximada de 7,0 mm x 7,0 mm; Figura 8. Confecção
dos corpos de prova; Figura 9. Estabilização das amostras em tubo de PVC cristal de diâmetro
1/2’’ x 2 mm; Figura 10. Inclusão dos espécimes em resina acrílica autopolimerizável.

Os procedimentos de planificação e polimento da superfície dos corpos de prova


foram realizados na politriz (Metalprisma®, Erios, São Paulo, SP,

Brasil) (Figura 11). Para isto foram utilizadas lixas (Norton®), em ordem
decrescente com relação ao tamanho do grão em micrômetro (μm) variando de 23,6
μm a 6,6 μm (XAVIER et al., 2010). Os corpos de provas foram adaptados em um
dispositivo de alumínio e estes foram acoplados à politriz (Figura 12). O procedimento
foi realizado em baixa velocidade, 300 rpm, sob refrigeração constante e carga padrão
de 120 g, por 2 min para cada grana de lixa. Para cada seis corpos de prova levados à
politriz foi utilizado um jogo de sete lixas. Nas lixas 400, 500 e 600 o grão é de óxido de
alumínio e pertence à classificação CAMI - Associação dos Fabricantes de Abrasivos
Revestidos-EUA); e nas lixas 1200, 1500, 2000 e 2500 o grão é de carbeto de silício e
pertence à classificação JIS - Sistema Industrial Japonês.

Figura 4. Politriz; Figura 5. Corpos de prova nos dispositivos utilizados para adaptação na
politriz; Figura 6. Corpos de prova submetidos a banho em ultrassom

Finalmente, para impedir que os grãos remanescentes interferissem na leitura


da rugosidade superficial, os corpos de prova foram lavados (Lavadora Ultra-Sônica
Digital SoniClean 6®, Sanders Medical, Santa Rita do Sapucaí, MG, Brasil) com água
destilada, por 10min (Figura 13). Este procedimento foi repetido antes de cada leitura.
Foi realizado exame visual dos corpos de prova, com auxílio de lupa (DMI® 4X,
São Paulo, SP, Brasil), sob iluminação artificial, após secagem com seringa tríplice
por 20s. Foram selecionadas 15 corpos de prova, dos 42 preparados, obedecendo
aos seguintes critérios: de inclusão - corpos de prova que macroscopicamente
apresentaram homogeneidade, com nenhuma trinca e/ou irregularidades no esmalte
e com superfície vítrea.
Comunicação Científica e Técnica em Odontologia Capítulo 5 56
Após o preparo dos corpos de prova, estes foram armazenados em cuba plástica
e ficaram totalmente imersos em 200 mL de saliva artificial (solução com pH 7,0
contendo água destilada, 0,9 mmol/L de fosfato, 1,5 mmol/L de cálcio, 50 mmol/L de
cloreto de potássio, 20 mmol/L de Tri-hidroximetil) e mantidos em estufa a 370C ± 20C
(Sistema Caritest®). A saliva artificial foi trocada diariamente até o fim do experimento.
Os corpos de prova foram submetidos ao clareamento de acordo com a distribuição
dos grupos de estudo e a recomendação do fabricante. A quantidade de gel clareador
aplicada na superfície do corpo de prova foi padronizada, a um volume de 4 mm de
comprimento x espessura da ponta aplicadora. Com auxílio de um microbrush o gel
foi espalhado, de modo que a superfície ficasse recoberta por cerca de 1 mm de
espessura.
O clareamento em consultório foi realizado nos grupos GII, GIII. No clareamento
de consultório o gel utilizado foi o peróxido de hidrogênio 38%, pH 6,5 (Opalescence®
Boost PF 38% - Ultradent). Antes de cada aplicação foi feita a remoção da saliva com
escova de Robinson reta (Microdont®), durante 5s, reproduzindo os procedimentos em
consultório. Em seguida foi feito a aplicação do gel clareador, que permaneceu em
contato por 15min. O gel foi aspirado com uma cânula e uma nova camada foi aplicada
por mais 15min. Portanto, o gel totalizou 30min em contato com a superfície do corpo
de prova. Após a segunda aplicação, foi finalmente feito a lavagem e secagem da
superfície por 20s cada, com uso de seringa tríplice e armazenados em saliva artificial
a 370C. Após intervalos de cinco dias, este procedimento foi repetido por mais duas
vezes, totalizando três sessões de clareamento pela técnica de clareamento de
consultório.
O clareamento caseiro foi realizado nos grupos GI e GIII. O gel utilizado foi o
peróxido de carbamida 15%, pH 6,5% (Opalescence® PF 15% - Ultradent). As etapas do
clareamento caseiro foram realizadas reproduzindo os passos que são recomendados
ao paciente em tratamento clareador. Antes de cada aplicação, foi feito escovação
com escova de cerdas macias, com dez movimentos de varredura da cervical para
incisal. Após aplicação do agente clareador, os corpos de prova permaneceram por
seis horas em estufa a 370C. Após cada intervalo, os corpos de prova foram lavados
em água corrente, escovados novamente e armazenados em saliva artificial a 370C.
Este procedimento foi repetido durante 14 dias. A quantidade de material clareador
dispensado sobre o corpo de prova foi suficiente para cobrir a superfície.
O clareamento misto foi realizado no grupo GIII. No clareamento misto foram
realizados os procedimentos do clareamento de consultório seguido do clareamento
caseiro. O intervalo entre essas técnicas foi de 5 dias.
Antes do polimento e aplicação tópica de flúor optou-se por estocagem em saliva
artificial na estufa a 370C por 14 dias. O polimento foi realizado com a pasta diamantada
(Diamond Excel®, FGM) e disco de feltro (Diamond Flex®, FGM) após o clareamento
dental.
Os espécimes foram estabilizados em um dispositivo a fim de padronizar a carga
Comunicação Científica e Técnica em Odontologia Capítulo 5 57
empregada (30 g) durante o procedimento. Foi utilizado quantidade padronizada de
pasta diamantada (5 mg) e 1 disco de feltro para cada corpo de prova. Os sistemas
foram aplicados em baixa rotação por um período de 2min, sendo que após 30s de
aplicação, foi feito um intervalo de 30s para que não houvesse aquecimento do corpo de
prova. Em seguida, realizou-se o polimento por mais 30s, e assim, subsequentemente,
totalizando então dois minutos de polimento. Foi feito a lavagem e secagem durante
20s. Foi realizada a aplicação tópica de gel de fluoreto de sódio 2% neutro (Flugel®
DFL), por 1min.
Finalmente os corpos de prova foram lavados em cuba ultrassônica (Lavadora
Ultra-Sônica Digital SoniClean 6®, Sanders Medical) com água destilada por 15min e
levados para a análise final da rugosidade superficial.
Os corpos de prova foram estabilizadas em uma placa de vidro de forma que
todos ficassem na mesma posição. Os corpos de prova foram moldados com material
de moldagem à base de poliéter (Impregum F®, 3M ESPE), para garantir que fossem
reposicionados sempre no mesmo local.
As medições foram realizadas no perfilômetro digital 3D (Taylor Hobson série
Talysurf CLI 1000®, Taylor Hobson do Brasil, São Paulo - SP; Brasil) no Laboratório
do Centro Tecnológico do Curso de Engenharia Mecânica da Universidade Federal
do Espírito Santo (UFES). O equipamento é acoplado a um computador (Figura
14). A rugosidade superficial foi analisada com a ajuda de um software específico
(MountainsMap® Premium versão 7.0). O software utilizado foi adquirido no site www.
digitalsurf.com.
A análise das superfícies foi realizada com auxílio de uma ponta palpadora que,
partindo de um ponto previamente determinado, percorreu sobre a região central do
corpo de prova (Figura 15 e 16). A ponta foi calibrada por um mesmo operador cego
em relação aos grupos estudados em todas as leituras. O operador era treinado para
manipular o equipamento.

Figura 7. Perfilômetro digital acoplado a um computador com um software específico

Figura 8 e 9. Leitura das amostras. Ponta ativa de diamante, com secção transversal de 0,002
mm de raio

A ponta analisadora de superfície foi calibrada para aferir as leitura dos corpos de
prova, que apresentaram área total de, aproximadamente, 4 mm x 4 mm (16 mm2). Em
cada área foram lidas aproximadamente 335 linhas, com espaçamento de 12 μm entre

Comunicação Científica e Técnica em Odontologia Capítulo 5 58


as linhas, e 0,5 μm entre pontos, a uma velocidade de 500 μm/s. O tempo utilizado
para leitura foi de, aproximadamente, 45 minutos de leitura para cada corpo de prova.
Portanto, o tempo utilizado para leitura dos 15 corpos de prova foi de 11 horas e 15
minutos após cada procedimento.
Em seguida, foi aplicado o filtro Gaussiano, usado para a separação da rugosidade,
da ondulação e do erro de forma (Figuras 17, 18, 19 e 20). Foi selecionado o filtro de
rugosidade com um cut-off de 0,25 mm. O comprimento de amostragem foi portanto,
de 3,75 mm x 3,75 mm (14,0625 mm2=14.062,5 μm2) obtendo-se um comprimento
de medição igual a 15 cut-off’s It=16λc, com aproximadamente, 313 linhas de leitura.
Ao longo do estudo foram realizadas um total de 3 leituras (leitura inicial, após o
clareamento e após o polimento final).

Figura 10. Gráficos referentes à topografia de superfície e representação da imagem em 3D


da superfície geométrica; Figura 11. Imagem em 3D da superfície após a aplicação do filtro
gaussiano; Figura 12. Ondulação; Figura 13. Textura.

Os dados capturados pelos equipamentos e processados pelo respectivo software


foram representados por meio de imagens tridimensionais. Os valores foram extraídos
das imagens, a partir do cálculo dos parâmetros solicitados, os quais permitiram a
avaliação numérica das superfícies.
Deste modo, após obtenção dos dados e tabulação no software Excel
(Microsoft®) versão 2007, procedeu-se a análise estatística utilizando o software IBM
SPSS Statistics version 21. Foram calculados os valores correspondentes à mínima,
à máxima e à média aritmética bem como o desvio padrão dos grupos estudados.
As comparações das médias (inter e intragrupos) dos valores da rugosidade para os
tipos de procedimentos foram realizadas pela ANOVA para amostras dependentes e
independentes. Como a ANOVA somente identifica haver diferenças entre pelo menos
um par de médias, foi requerida as comparações múltiplas de Bonferroni para identificar
quais são estes pares. O nível de significância utilizado em todas as análises foi de 5%
e intervalo de confiança de 95%.

3 | RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para realização das medidas de rugosidade superficial pode-se utilizar o


Microscópio Eletrônico de Varredura (PATTERSON et al., 1992), o Microscópio de

Comunicação Científica e Técnica em Odontologia Capítulo 5 59


Força Atômica (BERNARDES FILHO; ASSIS; PESSOA, 1998), capacidade de
polarização e reflexão de luz (ALVES et al., 2004), o Rugosímetro digital ou óptico
(NAPOLEONE; ARAÚJO; DAMIÃO, 2001) e o Perfilômetro digital 3D (OLIVEIRA et
al., 2006). Hutchings (1992), Whitehead et al. (1999), Xavier; Silva; Sanglard (2010)
e Xavier et al. (2015) defenderam que Perfilômetros digitais 3D possibilitam estudos
de área, podendo executar leituras de dezenas de perfis de uma mesma superfície
possibilitando a obtenção de dados com pouquíssimas nanodistorções.
Com relação aos métodos de armazenamento de dentes, humanos ou bovinos,
utilizados em pesquisas estão a água destilada, a solução de timol a 0,1% ou 0,02%,
cloramina T 0,5% ou 1%, 10% de formalina, água deionizada, glutaraldeído 0,2%,
solução salina balanceada Hank’s, hipoclorito de sódio 0,1%, tampão salina, solução
fisiológica e o congelamento puro ou com imersão em solução fisiológica (ÇOBANKARA
et al., 2004; FRANCESCUT, ZIMMERLI e LUSSI, 2006; FARRET et al., 2010; AYDIN et
al., 2015). Diante das controvérsias quanto ao método de estocagem optou-se neste
estudo, trabalhar com dentes frescos recém extraídos de mandíbulas de bovinos para
preparo dos espécimes, e assim minimizar a interferência nas amostras dos métodos
de armazenamento por longos períodos.
A dificuldade de obtenção de dentes humanos hígidos em quantidade suficiente
e a necessidade de padronização dos substratos, redução do risco de infecção e a
questão bioética, têm motivado o desenvolvimento de pesquisas científicas que visam
conseguir um substituto viável para os dentes humanos. Os dentes bovinos têm sido
usados para substituir dentes humanos pois estudos mostraram que a sua composição
química e propriedades físicas são semelhantes ao dente humano. Além disso, o
tamanho do dente bovino facilita a preparação dos espécimes (CHEN et al., 2008).
Os dentes bovinos podem ser considerados como substituto de primeira escolha de
dentes humanos em estudos experimentais (TERUEL; ALCOLEA; HERNÁNDEZ;
RUIZ, 2015). Contudo, deve-se levar em consideração a idade dos dentes bovinos,
mas como regra geral, deve ser recomendado selecionar dentes com maior tempo na
cavidade bucal devido a melhores chances de encontrar maior similaridade com os
dentes humanos. A microdureza do esmalte de terceiros molares de indivíduos de 20
à 30 anos foi similar ao dente de bovinos na idade compreendida de 38 e 48 meses
(FONSECA et al., 2008). Considerando todas as afirmativas acima utilizou-se apenas
incisivos centrais de bovinos cujas mandíbulas apresentavam os elementos dentais:
I1, I2 e I3 erupcionados, o que corresponde a faixa etária entre 36 e 42 meses (BROWN
et al., 1960).
Estudos têm avaliado a influência da estocagem em saliva artificial das amostras
de dentes bovinos após tratamento de microabrasão e clareamento. Abreu et al. (2011)
observaram diminuição na microdureza do esmalte durante o tratamento, mas foram
recuperados após imersão em saliva artificial. Em trabalho realizado com agentes
clareadores, Mondelli et al. (2015) concluíram que os protocolos de clareamento
causam pequenas alterações no esmalte e que após 7 dias de estocagem em saliva
Comunicação Científica e Técnica em Odontologia Capítulo 5 60
artificial, mostraram remineralização. Com relação à rugosidade, observaram aumento
durante o clareamento com peróxido de hidrogênio 38% (Opalescence XtraBoost®
38%), entretanto houve uma recuperação após imersão na saliva artificial durante 14
dias. Assim, neste estudo, optou-se por estocagem em saliva artificial.
A preparação dos espécimes, etapa de planificação, é considerada de fundamental
importância para os resultados dos testes. Durante este procedimento, a numeração,
bem como o fabricante da lixa devem ser os mesmos, preservando o mesmo padrão de
qualidade. Na etapa de planificação com as lixas teve-se o cuidado de utilizar lixas de
boa procedência, mesmo lote em todas as amostras e a cautela com a padronização
da técnica, considerando a sequência, o tempo e a irrigação contínua das amostras.
Todos esses cuidados refletiram na homogeneidade das leituras iniciais (Tabela 1).
A partir das leituras de rugosidade superficial (Sa) obtidas das amostras de cada
grupo (n=5), nos tempos inicial, após clareamento dental e, após polimento e aplicação
tópica de flúor (+ATF) foram calculados os valores mínimos, máximos e médios da Sa
e o desvio padrão (Tabela 1). Para a leitura realizada após o clareamento dental, os
valores de Sa foram diferentes entre os grupos (ANOVA, p<0,001). Considerando o
procedimento de polimento e aplicação tópica de flúor, a comparação intra grupos das
médias de Sa demonstrou significância estatística (ANOVA, p<0,001) nos diferentes
grupos (Tabela 1). O Gráfico 1 representa os valores médios correspondentes às
diferentes leituras de Sa dos diferentes procedimentos nos grupos GI, GII e GIII.

Desvio
Leituras Grupos* Mínimo Máximo Média Valor p
padrão
GI 0,0394 0,0428 0,0410 0,0014
Inicial GII 0,0397 0,0517 0,0456 0,0052 0,384
GIII 0,0384 0,0520 0,0453 0,0053
GI 0,1250 0,1760 0,1368 0,0265
Clareamento
GII 0,1020 0,3030 0,1752 0,0496 <0,001*
dental
GIII 0,1030 0,1690 0,1330 0,0260
GI 0,0915 0,1830 0,1361 0,0371
Polimento
GII 0,1010 0,2350 0,1622 0,0503 <0,001*
+ ATF
GIII 0,0932 0,1740 0,1328 0,0312

Tabela 1. Valores mínimos, máximos, médios, desvio padrão e comparação das médias das
leituras da rugosidade superficial (SA) de acordo com os grupos estudados

*ANOVA (p<0,05)

*GI Clareamento caseiro; *GII Clareamento em consultório; *GIII Clareamento misto

Comunicação Científica e Técnica em Odontologia Capítulo 5 61


Gráfico 1. Representação gráfica das médias das leituras da rugosidade superficial (Sa) dos
grupos GI, GII e GIII

Os grupos GI (clareamento caseiro), GII (clareamento em consultório) e GIII


(clareamento misto) apresentaram diferenças estatisticamente significantes nas médias
das leituras (Tabela 2). O teste de Bonferroni evidenciou diferenças significantes entre
as leituras inicial e após clareamento dental nos grupos GI (clareamento caseiro), GII
(clareamento em consultório) e GIII (clareamento misto) (Tabela 3).

Intervalo de
confiança 95%
Erro
Grupo Leitura Média F Valor p
Padrão Limite Limite
inferior superior
Inicial 0,0410 0,0006 0,0394* 0,0427
Clareamento
0,1368 0,0118 0,1039 0,1697 <
GI dental 127,141
Polimento 0,001*
0,1361 0,0166 0,0900 0,1822
+ ATF
Inicial 0,0456 0,0023 0,0390* 0,0521
Clareamento
0,1762 0,0222 0,1146 0,2378
GII dental 81,316 0,001*
Polimento
0,1622 0,0225 0,0998 0,2246
+ ATF
Inicial 0,0453 0,0024 0,0388* 0,0519
Clareamento
0,1330 0,0116 0,1007 0,1653
GIII dental 128,176 <0,001*
Polimento
0,1328 0,0139 0,0941 0,1715
+ ATF

Tabela 2. Comparação das médias das leituras da rugosidade superficial (SA) dos grupos GIV,
GV e GVI

*ANOVA (p<0,05)

Comunicação Científica e Técnica em Odontologia Capítulo 5 62


Intervalo de
Diferença confiança 95%
Erro Valor
Grupo Leitura (I) Leitura (J) média para a diferença
Padrão p
(I-J)
Limite Limite
inferior superior
Clareamento
Inicial -0,0957 0,0124 0,005* -0,1450 -0,0465
dental
GI Clareamento Polimento +
0,0007 0,0048 0,999 -0,0183 0,0197
dental ATF
Clareamento
Inicial -0,1306 0,0216 0,011* -0,2163 -0,0450
dental
GII Clareamento Polimento +
0,014 0,0174 0,999 -0,00550 0,0830
dental ATF
Clareamento
Inicial -0,0877 0,0099 0,003* -0,1267 -0,0486
dental
GIII Clareamento Polimento +
0,0002 0,0027 0,999 -0,0106 0,0109
dental ATF

Tabela 3. Comparação entre os pares de médias da rugosidade superficial (SA) dos grupos
GIV, GV e GVI

*Comparações múltiplas de Bonferroni (p<0,05)

Devido ao fato dos estudos serem realizados com diversas metodologias, variando
técnicas, tipos de substrato, planificados e hígidos, agentes clareadores, concentrações
e tempos de aplicação dos agentes, os resultados são contraditórios. Alguns autores
não encontraram diferenças entre os valores de rugosidade superficial antes e após
tratamento, tais como: Çobankara et al. (2004) em estudo in vitro não encontraram
aumento na rugosidade superficial do esmalte após o uso de peróxido de carbamida
15%; Moraes et al. (2006) avaliaram in vitro a rugosidade do esmalte submetido à
clareamento com peróxido de hidrogênio 10% (3h diariamente) durante 21 dias e
armazenadas em água destilada 37ºC e não observaram alteração na rugosidade do
esmalte após o tratamento; Faraoni-Romano et al. (2008) não observaram alteração
significante na rugosidade de dentes bovinos submetidos a clareamento com peróxido
de hidrogênio 7,5%, 18% e 38% e peróxido de carbamida 10% e 22% e; Abouassi,
Wolkewitz e Hahn (2011) observaram que o peróxido de carbamida 10% ou de
hidrogênio 3,6% não influenciaram a rugosidade.
Todas as técnicas de clareamento dental (caseiro, em consultório e mista)
promoveram aumento da rugosidade superficial no esmalte dental bovino planificado.
Alguns autores encontraram resultados semelhantes aos nossos (RODRIGUES et
al., 2005; MORAES et al., 2006; USHIGOME et al., 2009; MONDELLI et al., 2015).
O clareamento caseiro (peróxido de carbamida 15%), em consultório (peróxido de
hidrogênio 38%) e o misto (peróxido de carbamida 15% mais peróxido de hidrogênio
38%) promoveram aumento na rugosidade superficial nas amostras de dente
bovino planificadas. Moraes et al. (2006) avaliaram in vitro a rugosidade superficial
de dentes humanos submetidos à clareamento com peróxido de hidrogênio 35%
(30 min semanalmente) durante 21 dias e armazenadas em água destilada 37ºC e

Comunicação Científica e Técnica em Odontologia Capítulo 5 63


observaram aumento da rugosidade média durante a primeira e segunda semana.
Ushigome et al. (2009) verificaram que a rugosidade superficial do esmalte aumentou
devido à dissolução dos constituintes do esmalte e a erosão aumentou com o tempo
de imersão do esmalte bovino em peróxido de carbamida ou hidrogênio, 10% ou 30%,
por 30 ou 180 min. Mondelli et al. (2015) verificaram que o clareamento dental tende
a aumentar a rugosidade e a porosidade porém, tende a reduzir a microdureza do
esmalte. Recentemente, Cavalli et al. (2018) avaliaram as alterações químicas de
esmaltes sadios e desmineralizados submetidos a alta concentrações de peróxido de
hidrogênio 35% contendo flúor e cálcio e observaram redução da perda de minerais
na superfície de esmalte normal e desmineralizado, mas não observaram a reversão
da perda de minerais na subsuperfície.
Hosoya et al. (2003) analisaram em MEV a adesão bacteriana e a rugosidade
superficial do esmalte após clareamento dental. Observaram que ocorre aumento
da rugosidade superficial e com a repetição desse procedimento houve o aumento
da adesão de Streptococcus mutans ao esmalte. Os pesquisadores de Arruda et al.
(2012) avaliaram o aspecto estrutural e morfológico do esmalte submetido a intenso
desafio cariogênico após a aplicação do peróxido de hidrogênio 35%. O peróxido de
hidrogênio 35% intensificou as alterações estruturais e histomorfológicas induzidas
pelo acúmulo de biofilme na superfície do esmalte quando exposto in situ ao desafio
cariogênico.
Após revisão bibliográfica e desenvolvimento da metodologia, pode-se concluir
que este estudo sobre rugosidade de esmalte bovino submetido ao clareamento
apresenta novas possibilidades de pesquisas, a fim de ampliar os conhecimentos
específicos sobre as inúmeras mudanças morfológicas que podem ocorrer, tendo em
vista que no presente estudo optou-se por abordar uma delas, não menos importante, a
rugosidade. Esta característica apresenta a relevância de estar intimamente relacionada
com o brilho e reflexão da luz, bem como o acúmulo e retenção do biofilme. Assim,
o polimento do esmalte é importante, pois pode interferir diretamente com a estética
do dente e a saúde dos tecidos adjacentes (SEGURA; DONLY; WEFEL, 1997). Assim
com China et al. (2014) neste estudo, a redução da rugosidade superficial após o
polimento e aplicação tópica de flúor não foi significante, mas ela ocorreu, contribuindo
assim para a redução da formação do biofilme na superfície do esmalte.
Deste modo, abordar outras características como a microdureza e a quantidade
de esmalte perdido, bem como avaliar o efeito de outros produtos na superfície do
esmalte nas condições sugeridas neste estudo e em outras condições, in situ e in
vivo, são possibilidades coerentes e que merecem ser valorizadas em estudos
futuros. Estudos in vivo em dentes que possuem alterações de cor objetivando análise
qualitativa e quantitativa da cor são necessários com o objetivo de constatar a técnica
que apresenta melhor resultado clínico.
Ressalta-se ainda a significância deste estudo uma vez que há uma escassez
de pesquisas sobre o efeito de cada técnica na superfície do esmalte. A contribuição
Comunicação Científica e Técnica em Odontologia Capítulo 5 64
que este estudo traz ao assunto, esclarece aspectos relacionados à rugosidade que
contribuirão na prática clínica, ao alertar o cirurgião-dentista para a importância do uso
do polimento e aplicação tópica de flúor.

4 | CONCLUSÕES

Com base nos resultados obtidos foi possível concluir que os valores de
rugosidade superficial sofreram alterações ao longo do tratamento utilizando as
técnicas de clareamento dental e que todas as técnicas de clareamento dental (caseiro,
em consultório e mista) promoveram aumento da rugosidade superficial no esmalte
bovino planificado. O polimento e a aplicação tópica de flúor não promoveram redução
da rugosidade superficial no esmalte bovino submetido à clareamento dental.

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