Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Engenharia em foco
Volume 04
Conselho Editorial:
PDF.
Vários autores.
Bibliografia.
ISBN: 978-65-81028-70-1
DOI: 10.35587/brj.ed.0001866
22-133845 CDD-621.31
CAPÍTULO 01 .................................................................................................... 1
CADESIMU – 4.0 – SEQUÊNCIA DIDÁTICA DO CADESIMU
Gustavo Paulino Dayrell
Cleber Lima Nascimento
Delson José dos Santos
Aline Aparecida Rodrigues de Carvalho
Angélica Lourenço Oliveira
Aurea Messias de Jesus
DOI: 10.35587/brj.ed.0001867
CAPÍTULO 02 .................................................................................................. 19
REDES DE DISTRIBUIÇÃO AÉRIA. COMPARATIVO ECONÔMICO ENTRE
A REDE CONVENCIONAL E COMPACTA
Gustavo Paulino Dayrell
Rodolfo Longo Fim Pimentel
Adriano Alves Arantes Freitas
Aline Aparecida Rodrigues de Carvalho
Angélica Lourenço Oliveira
Aurea Messias de Jesus
DOI: 10.35587/brj.ed.0001868
CAPÍTULO 03 .................................................................................................. 28
PROTEUS – SEQUÊNCIA DIDÁTICA MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO
Sarah Vilela de Almeida
José Renato da Silva Fernandes
Tarcisio Amaro Augustinho
João Nilton Alves Rezende
Jefferson dos Santos Vieira
Aurea Messias de Jesus
DOI: 10.35587/brj.ed.0001869
CAPÍTULO 04 .................................................................................................. 55
GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA UTILIZANDO RESÍDUOS SÓLIDOS
URBANOS PARA A CIDADE DE ITUIUTABA – MG
Higor Dias Macedo
Alan Hipólito Vieira da Silva
Daniela Freitas Borges
Humberto Cunha de Oliveira
Angelica Lourenço Oliveira
Aurea Messias de Jesus
DOI: 10.35587/brj.ed.0001870
CAPÍTULO 05 .................................................................................................. 74
COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA: MÉTODOS REGULATÓRIOS E
ASPECTOS ECONÔMICOS
Matheus Felipe de Paula Lopes
Daniela Freitas Borges
Fernanda Sena Silva
Angelica Lourenço Oliveira
Aurea Messias de Jesus
Humberto Cunha de Oliveira
DOI: 10.35587/brj.ed.0001871
CAPÍTULO 06 .................................................................................................. 93
ANÁLISE DA ADEQUAÇÃO DO SISTEMA DE ATERRAMENTO DO BLOCO
A2 DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS – CAMPUS
ITUIUTABA
Aline Aparecida Rodrigues de Carvalho
Euripedes Justino da Silva Junior
Aurea Messias de Jesus
Daniela Freitas Borges
Emerson Carlos Guimarães
Ayonara Cristina da Silva
DOI: 10.35587/brj.ed.0001872
1
estudantes com as aplicações de comandos elétricos no acionamento de
motores de corrente contínua e alternada.
2
1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
3
alunos na resolução de problemáticas sobre diferentes assuntos. Neste caso a
problemática gira em torno do software CADeSimu muito utilizado nas aulas
práticas de disciplinas da Engenharia Elétrica, onde é possível a aplicação dos
conhecimentos teóricos adquiridos. O trabalho adota também uma revisão
bibliográfica sobre o assunto, assim como as contribuições da utilização do
software no processo de aprendizado. As pesquisas foram realizadas em
artigos, monografias, manuais, sites e blogs da área técnica, entre outros.
O diferenciativo da sequência didática enquanto estratégia de
enriquecimento do aprendizado dos estudantes é que as atividades são
elaboradas e desenvolvidas seguindo uma lógica sequencial de
compartilhamento e evolução do conhecimento (E-DOCENTE, 2019).
Devido ao contexto em que a sequência didática se coloca como uma
melhoria capaz e eficiente, é preciso compreender como ela pode ser usada
em cada etapa da vida escolar do discente (E-DOCENTE, 2019).
O trabalho se inicia com as instruções iniciais que vão desde baixar o software
utilizado, as configurações iniciais, um entendimento sobre o programa e seus
componentes e por fim realizando a simulação de partidas, como: partida
direta, partida estrela-triângulo, partida compensadora, partida Soft-Starter e
partida com inversor de frequência.
4
Figura 1: Senha CADeSimu 4.0
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
5
Como visualizado na Figura 2, temos na horizontal diversos
componentes que podem ser usados, sendo eles, em sequência:
Alimentação – São encontradas alimentações monofásicas, bifásica ou
trifásica como por exemplo fontes: fase, neutro, fase-neutro, fase-fase-fase-
neutro e até mesmo com proteção. Na Figura 3 é possível observar os
componentes mais utilizados em alimentação.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
6
Figura 5: Componentes mais utilizados em automáticos e disjuntores.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
7
Soft-starter e inversores – São utilizadas nas partidas suaves e partidas
com inversão na frequência da rede. Na Figura 8 é possível observar os
componentes mais utilizados Soft-Starter e Inversores.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
8
Figura 10: Componentes mais utilizados em Botão de acionamento.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
9
máquinas.
Símbolos 2D: Botões e motores em 2D.
Símbolos 3D: Botões e motores em 3D.
Cabos e conexões: Cabos de alimentação fase, neutro, terra. Na Figura
12 é possível observar os componentes mais utilizados em cabos e conexões.
Fonte: Os autores.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.1. Partida Direta
10
Figura 13: Esquema de ligação de uma partida direta.
Fonte: Os autores.
11
em estrela, com uma tensão de 58 % da nominal. Em seguida, após um
determinado tempo de ligação, o motor é convertido pelos contatores para
triângulo e, por fim, assumirá a sua tensão nominal (FRANCHI, 2008).
Este tipo de partida é utilizado exclusivamente em partidas de máquinas
sem carga, pois o conjugado de partida é proporcional ao quadrado da tensão
de alimentação, logo será muito alto. Exclusivamente depois de ter atingido a
tensão nominal é que a carga poderá ser aplicada (FRANCHI, 2008).
Vale ressaltar que nessa partida primeiro temos K1 e K3 funcionando
fazendo a ligação em estrela e em seguida K1 e K2 funcionando e fornecendo
a tensão nominal em triângulo. K2 e K3 NF no nosso comando, funcionam
como nosso intertravamento pois não podemos ter os dois funcionando no
mesmo tempo. Caso contrário, isso acarretaria um curto no sistema. Na Figura
15 é possível observar o esquema de ligação de uma partida estrela-triângulo e
na Figura 16 podemos observar o diagrama de força e comando de uma
partida estrela-triângulo no CADeSimu.
12
Figura 16: Diagrama de Força e Comando de uma partida estrela-triângulo noCADeSimu.
Fonte: Os autores.
13
Figura 17: Esquema de ligação de uma partida compensadora.
Fonte: Os autores.
14
(FRANCHI, 2008), são muito utilizadas atualmente em indústrias pelo fato de
serem mais seguras. No entanto, elas têm um custo elevado. Porém, em
indústrias o investimento é levado em consideração, pois uma falha em algum
motor pode ocasionar em perdas de dinheiro.
Outro ponto que podemos levar em consideração nesses tipos de
partida é que a redução de cabos é quase de 95%, e não há necessidade de
contatores e temporizadores para fazer comutações de ligações de diferentes
tensões. A única coisa que deve ser levada em consideração são os
parâmetros da máquina, que são dados pelo fabricante. Na Figura 19 é
possível observar o diagrama de comando de soft-starter e na Figura 20 o
diagrama de força e comando de uma partida soft-starter no CADeSimu.
15
Figura 20: Diagrama de Força e Comando de uma partida Soft-Starter
Fonte: Os autores.
16
Figura 21: Diagrama de Força e Comando de uma partida com inversor de frequência
Fonte: Os autores.
Não podemos afirmar que há uma partida melhor que a outra, pois cada
partida tem sua particularidade, vantagens e desvantagens. Tudo irá depender
de qual vai ser a sua aplicação, e do quanto deseja-se gastar, por exemplo, não
há necessidade de se gastar com a partida de uma bomba d’água em uma
fazenda uma partida com soft-starts, sendo que podemos usar a partida direta,
que se trata de motor com baixo CV e que vai atender à nossa demanda.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
17
REFERÊNCIAS
18
CAPÍTULO 02
REDES DE DISTRIBUIÇÃO AÉRIA. COMPARATIVO ECONÔMICO ENTRE
A REDE CONVENCIONAL E COMPACTA
19
RDP uma solução viável, além de aumentar a qualidade no fornecimento de
energia e minimizar o conflito entre rede e natureza.
20
1. INTRODUÇÃO
Vital para a vida humana desde a sua descoberta por Tales de Mileto
(624-548 a.C) no ano 600 a.C., o estudo sobre eletricidade tem avançado e,
consequentemente evoluído com o crescimento da globalização mundial,
principalmente pela sua capacidade de impulsionar o desenvolvimento
econômico com a utilização de maquinários de grande porte em indústrias,
criando assim uma comodidade para os seres humanos. Na contramão deste
crescimento, a falta de energia gera prejuízos econômicos para o setor
industrial e problemas para o consumidor residencial (CIPOLI, 1993).
Os órgãos de regulamentação do sistema de energia elétrica exigem
cada vez mais eficiência das concessionárias, além de qualidade e
confiabilidade na rede. Dessa forma, a Agência Nacional de Energia Elétrica
(ANEEL) tem criado indicadores para monitorar a qualidade do fornecimento de
energia elétrica das empresas distribuidoras. Podemos citar indicadores
coletivos de Duração Equivalente de Continuidade (DEC) e o de Frequência
Equivalente de Continuidade (FEC) que registram respectivamente, quantas
horas em média por ano e quantas vezes o consumidor fica sem energia
elétrica. Se alguma das distribuidoras não respeitar a meta estabelecida pelos
responsáveis, ficam sujeitas a multa pelo órgão de regulamentação (ANEEL,
2017).
Existem no Brasil duas importantes redes de distribuição aéreas, as
convencionaise as protegidas, também conhecidas como rede aérea compacta.
O sistema com Redes de Distribuição Aérea (RDA) convencional foi
desenvolvido entre a década de 1950 e 1960 sendo atualmente um
dos modelos mais obsoletos em sistemas de distribuição. A rede
apresenta condutores não isolados e sua presença em locais
arborizados é ineficiente, pois ao entrar em contato com galhos pode
ocasionar curtos-circuitos e desligamentos súbitos da rede elétrica,
ainda ocorrem conflitos quando próximos de sacadas, marquises,
painéis dentre outros, podendo causar acidentes graves ou fatais.
(VELASCO, 2003)
21
de energia elétrica em que todos os cabos se encontram isolados, mesmo
sendo distribuídos também de forma aérea. Na rede secundária são utilizados
cabos multiplexados. Já a rede primária é constituída de três condutores
cobertos por polietileno reticulado. Este arranjo é sustentado por cabo de aço
com 9,5mm de diâmetro e de alta resistência (VELASCO, 2003).
Embasado neste relato, o presente trabalho tem como objetivo comparar
a utilização entre a Rede de Distribuição Aérea Convencional e a Rede de
Distribuição Compacta e Protegida, sendo a RDP uma solução viável, além de
aumentar a qualidade no fornecimento de energia e minimizar o conflito entre
rede e natureza.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
22
faturamento; (iii) queima de aparelhos domésticos; (iv) queima de
equipamentos industriais; entre outros. Além disso, esse sistema ocasiona para
as concessionárias gastos acentuados com manutenção na rede.
A RDA é predominantemente o sistema mais utilizado no país, porém é
muito vulnerável para a ação de intempéries, pois apresenta a utilização de
cabos nus. Tal vulnerabilidade traz muitos problemas no fornecimento de
energia o qual podemos evidenciar: (i) curtos-circuitos; (ii) queima de
transformadores; (iii) queima de aparelhos domésticos e industriais; (iv)
desligamento da rede a qual pode trazer transtornos nos hospitais por exemplo;
(v) perdas financeiras; (vi) e do bem maior da população que é a vida
(VELASCO, 2003).
A ANEEL (2017) cita os principais problemas que levam as
concessionárias a realizarem a manutenção preventiva: (i) rompimento de
cabos em função de quedas de árvores; (ii) sobrecarga ou oxidação; (iii)
cruzetas e postes quebrados em função da incidência de ventos; (iv) colisões
de veículos com a estrutura; (v) transformadores queimados devido às
sobrecargas ou descargas atmosféricas; (vi) isoladores e para raios danificados
em função de descargas violentas ou por atos de vandalismo; e (vii) estas
arrebentados e chaves danificadas devido a desgastes.
Conforme a N.D 2.7 da CEMIG, as RDPs são feitas de cabos
multiplexados e autosustentados, instalados com postes tanto circular quanto
duplo T, retangular e de madeira. Além disso, vale ressaltar que, no estado de
Minas Gerais, os sistemas monofásicos e trifásicos de distribuição com tensões
secundárias de 120/240 volts, e 127/220 volts, apresentam, respectivamente,
tensões primárias de 7.967/13.800 volts.
A manutenção corretiva da RDC está em contato com problemas de
fixação dos cabos nos isoladores losangulares, cuja danificação é provocada
por agentes naturais como a ação dos ventos, quedas de galhos de árvores e
ressecamento do próprio material. Por outro lado, a manutenção preventiva vai
além de podas, inspeções visuais em seus diversos componentes como
isoladores, postes, cabos, chaves, para-raios, transformadores, entre outros
(NETO, 2011).
A CEMIG (1998) garante que quando comparada com a rede
convencional, as redes protegidas podem apresentar diversos benefícios,
23
sendo eles: (i) redução nas taxas de falhas; (ii) redução na manutenção da
rede; (iii) aumento de segurança para a sociedade e eletricistas em geral; (iv)
na possibilidade da melhora na qualidade de energia elétrica fornecida; (v) e
reconhecimento da empresa, não apenas pela a sociedade em geral, mas
também por grupos de entidades de defesa ambiental que visam o bem
estar social.
Entretanto, tais problemas já possuem a RDP como uma solução
viável, além de aumentar a qualidade no fornecimento de energia e
minimizar o conflito entre a natureza e a rede de distribuição. Esse
tipo de rede é menos vulnerável a interferências naturais tais como
chuva, ventos e árvores, torna o sistema mais confiável por usar
cabos protegidos por uma camada de polietileno reticulado termofixo
(XLPE) e ter uma estrutura mais resistente. Porém ainda não é
amplamente utilizada no sistema brasileiro de distribuição. (ALBANI e
COSTA, 2017)
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1. Levantamento de custos
RDA 54.188,89
RDP 62.215,99
RDA 167.732,09
RDP 192.578,55
Fonte: Os autores.
24
Como podemos observar, vemos que o custo de implantação, preço por
km, dos tipos de rede RDA e RDP não têm tanta diferença de preço, podemos
assim, reforçar a tese que ao longo prazo teríamos um custo-benefício maior,
pois a rede compacta protegida exige menos manutenção, além de ser mais
segura e confiável (ANEEL, 2017).
Quando se fala na transformação de RDA para RDP, podemos
considerar o reaproveitamento dos materiais e o traçado já existentes da rede,
excetuando-se os cabos de alumínio.
De acordo com dados divulgados pela CPFL/SP no ano de 2001, o custo
de transformação da rede convencional para a compacta era de
R$35.000,00/km. Deflacionando este valor para os dias atuais temos
R$108.336,29/km.
Pode-se observar que a substituição das redes aéreas convencionais
para compactas traz uma economia maior do que a instalação de uma nova
rede compacta, dado a não necessidade de obras civis eo fato da troca da rede
elétrica ser feita de forma mais rápida.
Podemos também analisar que quando se utiliza a RDP, a necessidade
de podas de árvores diminui, tendo em vista que os cabos utilizados são
protegidos, logo, não ocorrendo curto no sistema. Podemos também enfatizar o
fato da melhora do FIC (Frequência das Interrupções do Consumidor), pois
quanto menor a quantidade de ocorrências de interrupções, menos prejuízo
terá a concessionária.
A Tabela 3 traz dados fornecidos pela CEMIG, com relação a custos de
manutenção preventiva e corretiva realizada em 1998.
25
do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), temos um percentual
aumento de 283,55 %, como pode ser observado na Tabela 4.
Tabela 4: Custos corrigidos de manutenção preventiva e corretiva em RDA e RDP, com e sem
arborização.
RDA RDP
Com Sem Com Sem
Manutenção arborização arborização arborização arborização
Preventiva
R$/KM 525,86 250,43 83,17 26,81
Corretiva R$/KM 59,10 12,24
Fonte: Os autores.
4. CONCLUSÕES
26
REFERÊNCIAS
27
CAPÍTULO 03
PROTEUS – SEQUÊNCIA DIDÁTICA MOTOR DE INDUÇÃO
TRIFÁSICO
28
corrente alternada.
ABSTRACT: The methodology used in the present work has as its origin the
didactic sequence, which is an educational strategy that seeks to help students
in solving problems on different subjects. With the Proteus platform, SPICE
simulation of circuits is possible, in addition to the simulation of various
microcontrollers, being able to run its firmware with Debug options and access
to the microcontroller registers. The present work aims to develop a didactic
sequence using the Proteus software, for a better understanding of the students
with the applications of electrical commands in the activation of alternating
current motors.
29
1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
30
Devido ao contexto em que a sequência didática se coloca como uma
melhoria capaz e eficiente, é preciso compreender como ela pode ser usada
em cada etapa da vida escolar do discente (E-DOCENTE, 2019).
O trabalho se inicia com apresentação do programa, e as instruções
iniciais como as configurações iniciais, um entendimento sobre o programa e
seus componentes e por fim realizando a simulação utilizando motor de
indução trifásico.
Figura 1: File.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
31
Avançando para uma nova página é possível escolher a criação de um
schematic, caso seja possível, mas não sendo o caso. Conforme pode ser visto
na Figura 3.
Figura 3: Criando um novo projeto.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
32
Figura 5: Firmware Project.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
33
Figura 7: Página inicial Proteus.
Fonte: Os autores.
34
Figura 8: Vista panorâmica.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
35
Na Aba View é possível observar algumas formas de visualização, e
realizar alterações no tipo de linha, tipo de cursor, entre outras informações.
Conforme pode ser visto na Figura 11.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
36
e que são mais utilizados no caso em questão, como capacitores, conectores,
diodos, indutores, motores, resistores, transistores, entre outros. Conforme
pode ser visto na Figura 13.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
37
Componente Mode esteja selecionado. Conforme pode ser visto na Figura 15.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
38
Device Pins Mode. Conforme pode ser visto na Figura 18.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
39
Probes. Conforme pode ser visto na Figura 21.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
2.2. Sobre o Programa
40
Comandos de exibição: Redesenhar, Grade, Origem falsa, Cursor, Pan,
Mais Zoom, Menos Zoom, Ver tudo, Visualizar área. Conforme pode ser visto
na Figura 24.
Figura 24: Comandos de exibição.
41
Ferramentas de design. Conforme pode ser visto na Figura 28.
42
exercício. E se você usar a simulação de circuitos para desenvolver suas
ideias, gastará ainda mais tempo trabalhando no esquema (LABCENTER,
2002).
O ISIS foi criado com isso em mente. Ele evoluiu ao longo de doze anos
de pesquisa e desenvolvimento e foi comprovado por milhares de usuários em
todo o mundo. A força de sua arquitetura nos permitiu integrar a primeira
simulação convencional baseada em grafos e agora – com o PROTEUS VSM –
simulação interativa de circuitos no ambiente de projeto. Pela primeira vez, é
possível desenhar um circuito completo para um sistema baseado em
microcontrolador e testá-lo interativamente, tudo dentro do mesmo software.
Enquanto isso, o ISIS mantém uma série de recursos voltados para o designer
de PCB, para que o mesmo design possa ser exportado para produção com
ARES ou outro software de layout de PCB (LABCENTER, 2002).
Para o usuário educacional e autor de engenharia, o ISIS também se
destaca na produção de esquemas atraentes como você vê nas revistas. Ele
fornece controle total da aparência do desenho em voltas de larguras de linha,
estilos de preenchimento, cores e fontes. Além disso, um sistema de modelos
permite definir um 'estilo de casa' e copiar a aparência de um desenho para
outro (LABCENTER, 2002).
Outras características gerais incluem:
• Funciona em Windows 98/Me/2k/XP e posterior;
• Roteamento automático de fios e colocação/remoção de pontos;
• Ferramentas poderosas para selecionar objetos e atribuir suas
propriedades;
• Suporte total para barramentos, incluindo pinos de componentes,
terminais entre folhas, portas de módulos e fios;
• Lista de materiais e relatórios de verificação de regras elétricas;
• Saídas Netlist para todas as ferramentas populares de layout de PCB
(LABCENTER, 2002).
43
combina simulação de circuito de modo misto, modelos de microprocessadores
e modelos de componentes interativos para permitir a simulação de projetos
completos baseados em microcontroladores (LABCENTER, 2002).
O ISIS fornece os meios para inserir o design em primeiro lugar, a
arquitetura para simulação interativa em tempo real e um sistema para
gerenciar o código-fonte e o código-objeto associado a cada projeto. Além
disso, vários objetos de gráfico podem ser colocados no esquema para permitir
que a simulação convencional de tempo, frequência e variável de varredura
seja realizada (LABCENTER, 2002).
44
esquemático inteligente) Ferramenta para desenvolvimento de esquemáticos,
sendo possível gerar projetos multi-sheet, gerar relatórios, entre outras
funcionalidades relacionadas ao desenvolvimento de esquemáticos
(ANACOM, 2010).
VSM – Virtual System Modeling (Modulação de Sistema Virtual) Este
módulo é responsável pelas simulações e animações de componentes e,
principalmente, na utilização de microcontroladores, já que é através desta
tecnologia que é possível emular microcontroladores no PROTEUS. O VSM
trabalha em conjunto com o ISIS, permitindo que diretamente no esquemático
sejam componentes animados, como motores, led’s, display’s, etc.
(ANACOM, 2010).
PRO-SPICE – SPICE3F5 para simulação matemática O PRO-SPICE
também trabalha em conjunto com o ISIS, utilizando modelos matemáticos
SPICE, permitindo que na simulação sejam utilizados instrumentos e gráficos.
ARES – Advanced Routing and Editing Software (Roteamento Avançado
e Edição de software) O desenvolvimento de layout's (PCB) é realizado no
ARES, onde através de uma interface própria, podemos importar o netlist do
ISIS, definir padrão de trilhas, pad's, vias, etc. O ARES permite desenvolver
projetos de um até 16 camadas, roteamento automático, auto-colocação, etc.
(ANACOM, 2010).
Apesar de termos quatro módulos trabalhando no PROTEUS,
efetivamente têm dois ambientes de trabalho, sendo o ISIS responsável pelo
esquemático, simulação e animação de componentes e o ARES ferramenta
para o desenvolvimento do layout.
O ISIS trabalha alguns tipos de arquivos sendo os mais importantes
(ANACOM, 2010):
• .DSN – Arquivo contendo os esquemáticos;
• .DBK – Arquivo de Backup;
• .SEC – Arquivo section contendo esquemáticos exportados;
• .MOD – Arquivo que contém as informações de projetos hierárquicos,
subcircuitos, etc;
• .LIB – Arquivo de Bibliotecas;
• .SDF – Arquivo contendo os Netlists.
45
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
46
voltímetro, amperímetro, analisador lógico e mais oito instrumentos
(ANACOM, 2010).
Os instrumentos de medição de tensão e corrente podem ser
adicionados clicando sobre o ícone Virtual instrument modes (ANACOM, 2010).
A utilização de instrumentos no Proteus é bastante intuitiva, já que todos
se assemelham com instrumentos reais, inclusive em seus parâmetros de
trabalho, por exemplo, em um voltímetro é possível alterar o valor da
resistência interna, possibilitando medições mais próximas do real
(ANACOM, 2010).
Primeiro passo é selecionar as fontes que serão usadas. Para isso deve-
se ir em Componente Mode, Pick Devices e em Keywords, procurar por Vsine.
Conforme pode ser visto na Figura 32.
47
Figura 32: Seleção das fontes utilizadas.
Fonte: Os autores.
Após isso adicionar três fontes e conectá-las. Conforme pode ser visto
na Figura 33.
Figura 33: Conexão das fontes.
Fonte: Os autores.
48
Figura 34: Outputs.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
49
Figura 36: Escolha do motor.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
50
Figura 38: Simulação.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
51
Figura 40: Configurando o relé.
Fonte: Os autores.
Para isso adicione também um botão. Conforme pode ser visto na 41.
Fonte: Os autores.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
52
Baseando-se no levantamento de informações apresentadas ao longo
do trabalho, pode-se concluir a necessidade e importância do uso de softwares
para o aprendizado e também o exercício dos conceitos abordados em sala de
aula nas mais diversas disciplinas dos cursos de engenharia
Com o intuito de suprir a carência de conhecimento dos discentes de
engenharia, no que diz respeito a comandos elétricos e acionamentos de
motores, esse trabalho se mostra útil ao introduzir e explicar o funcionamento
do software para realização de simulações.
Vale salientar que a utilização do software na construção do
conhecimento irá proporcionar um aprendizado mais dinâmico, estimulando a
busca pelo conhecimento prático a fim de aplicar os conhecimentos teóricos.
Sem dúvida a plataforma Proteus é um ótimo ambiente para
desenvolvimento e simulação de projetos eletrônicos baseados em
microcontroladores. Possui diversos recursos que agilizam o processo de
criação e testes durante o desenvolvimento de um projeto. Com a integração
de um editor de código e a compilação do firmware, torna-se ainda mais
poderoso.
53
REFERÊNCIAS
54
CAPÍTULO 04
GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA UTILIZANDO RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS PARA A CIDADE DE ITUIUTABA – MG
55
anos. Tendo como parâmetro legal a LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE
2010.
56
1. INTRODUÇÃO
57
Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), existe uma quantidade massiva
de lixo que cada brasileiro produz. Esse valor é, em média, 379,2 kg de lixo
por ano, o que corresponde a mais de 1 kg por dia.
Ligado a isso, temos o crescimento populacional. Para fins
comparativos, em 1991 a população brasileira, segundo o Censo
Demográfico, era de 146,8 milhões de habitantes, e em 2021 chegou a 213,3
milhões. Tendo em vista que esse assunto é de fato um problema atual, e
que tende a se agravar com o passar dos anos, em 2010 foi criada no Brasil
a Lei 12.305.
A Lei 12.305, instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS). Entre os objetivos, estão a não geração, a redução, reutilização,
reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final
ambientalmente adequada dos rejeitos - a parte que não pode ser
reaproveitada e tem de ir para aterros sanitários, locais bem diferentes de
lixões. Além disso, a PNRS exige a transparência no gerenciamento de
resíduos sólidos urbanos (RSU) dos setores públicos e privados, devido ao
aumento constante da geração de resíduos.
A PNRS também determinou datas para o fim dos lixões, onde as
capitais e cidades metropolitanas têm até 02 de Agosto de 2021. Cidades
com mais de 100 mil habitantes têm até 02 de Agosto de 2022. Municípios
entre 50 e 100 mil habitantes terão até 2023, enquanto as cidades com
menos de 50 mil habitantes terão até 2024 (BRASIL, 2010).
É notório o crescimento populacional, e proporcionalmente temos o
aumento da geração de lixo, bem como o aumento da demanda energética.
Segundo 26 de julho de 2018 – Cnseg, a população brasileira atingirá sua
quantidade máxima em 2047, onde teremos cerca de 233,2 milhões de
habitantes, ou seja, aproximadamente 30 milhões de toneladas de lixo a mais
serão produzidas.
Segundo (EPE, 2007), o consumo residencial totalizou 7.854 GW/h em
novembro de 2007, de forma que nesse mesmo intervalo o consumo médio por
residência foi de 147,6 KW/h. Contudo uma publicação no Indexmundi
apresenta o Consumo de eletricidade per capita em todo o mundo no ano
2020, o Brasil esta em nonagésima nona posição no consumo médio de
energia elétrica com 2405 KW/h.
58
Quando falamos de resíduos, temos um processo a seguir,
particularmente iniciado desde sua geração até onde será sua disposição final.
Portanto existe a necessidade de tratamento e destinação correta desse lixo e
o aproveitamento do seu potencial energético se torna extremamente benéfico.
De acordo com a PNRS, a destinação de resíduos consiste na
reutilização, compostagem, reciclagem, recuperação, aproveitamento
energético e outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do
SISNAMA (Sistema Nacional de Meio Ambiente), do SNVS (Sistema Nacional
de Vigilância Sanitária) e do SUASA (Sistema Unificado de Atenção à
Sanidade Agropecuária), desde que respeitadas normas operacionais
específicas que evitem danos ou riscos à saúde e à segurança pública,
minimizando os impactos ambientais adversos. Enquanto a disposição final
consiste em distribuir ordenadamente os rejeitos em aterros, observando as
normas operacionais específicas que evitem danos ou riscos à saúde e à
segurança pública, minimizando os impactos ambientais adversos.
Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos 2018/2019 realizado pela
Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública (Abrelpe), cerca de
8 % do lixo produzido no Brasil (6,3 milhões de toneladas) ainda não é sequer
coletado e 40 % do lixo que é coletado é descartado em lixões ou aterros que
não contam com medidas necessárias para garantir a segurança do meio
ambiente e a da população local. Esta é a realidade em cerca de 3.000 dos
mais de 5.500 municípios do País.
De acordo com esse mesmo panorama, se compararmos com os países
da América Latina, o Brasil é o campeão de geração de lixo, representando
40 % do total gerado na região (541 mil toneladas/dia, segundo a ONU Meio
Ambiente).
Portanto, faz-se necessária a destinação correta do lixo gerado,
utilizando um modelo viável para o destino final e reutilização energética.
Segundo o panorama 2021 da Abrelpe, grande parte dos resíduos sólidos são
deslocados de forma incorreta, sendo descartados em média 40 % da coleta de
lixo nos lixões e aterros controlados.
Diante dessa problemática é de suma importância para a comunidade, e
este trabalho apresenta um estudo dos modelos atuais de destinação dos
resíduos produzidos de forma geral, bem como também a situação encontrada
59
em Ituiutaba – MG, e ainda desperta as possibilidades de utilização desses
resíduos na geração de energia elétrica como também apresentar suas
respectivas vantagens e desvantagens.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
60
de aterro sanitário, onde acompanhamos o processo de seu funcionamento.
De acordo com o responsável pela gestão do aterro:
eles recebem cerca de 80 toneladas de lixo urbano por dia, material
que ainda apresenta bastantes resíduos recicláveis, devido à falta de
conscientização e estímulo da população com relação à separação
do lixo, sem levar em conta os rejeitos de construção, que também
estão sendo alocados no aterro, em uma pilha diferente dos resíduos
(TOSTES, 2022).
61
3.1. Aterro Sanitário
Onde:
Qt,x – Quantidade de metano gerado no ano em questão, dada em
(m3/ano).
K – Taxa de geração de metano (1 /ano).
Rx – Quantidade de resíduos depositada no ano x em toneladas (t/ano).
62
L0 – Potencial de geração de metano.
T – Ano em questão.
X – Ano em que o resíduo foi depositado.
Entretanto, há uma metodologia desenvolvida pela Agência de Proteção
Ambiental dos Estados Unidos que é recomendada para aterros sanitários que
ainda não estão em funcionamento, encontrando-se em fase de projeto, a
CETESB/SMA (2003), o qual usou para calcular a vazão de metano.
Para o aterro em funcionamento:
𝑄 = 𝐹 ∗ 𝑅 ∗ 𝐿0 ∗ (1 − 𝑒−𝐾𝑡) (2)
Onde:
Onde:
L0 – potencial de geração de metano dos resíduos em toneladas
(CH4/tonelada de resíduo);
FCM – fator de correção de metano;
COD – carbono orgânico degradável, em tonelada (C/ tonelada de
resíduo);
CODf – fração de COD dissociada;
63
F – fração do metano presente no biogás em volume;
(4/3) – se trata do fator de conversão do carbono em metano, dado
emtonelada de CH4/tonelada de C.
FCM é o fator de correção do metano, que varia de acordo com a
qualidade de compactação dos resíduos, pois considera que a maneira como
os resíduos são depositados influencia na geração de metano do aterro
sanitário (NECKER et al., 2013). Para aterros sanitários o valor de FCM é de
1, pois é um local adequado com deposição controlada dos resíduos.
COD é a quantidade de carbono degradável presentes nos resíduos e a
fração de COD dissociada (CODf), segundo Necker et al., (2013), podemos
calculá-las através das respectivas equações:
𝐶𝑂𝐷 = (0,4 ∗ 𝐴) + (0,17 ∗ 𝐵) + (0,15 ∗ 𝐶) + (0,4 ∗ 𝐷) + (0,3 ∗ 𝐸) (5)
Onde:
A – fração de papel e papelão dos resíduos;
B – fração de detritos de parques e jardins dos resíduos;
C – fração de alimentos dos resíduos;
D – fração de tecidos de resíduos;
E – fração de madeira dos resíduos.
Onde:
T – temperatura na zona anaeróbia do aterro sanitário.
Portanto, para calcularmos COD, usamos a equação (5), detalhada
abaixo.
𝐶𝑂𝐷 = (0,4 ∗ 1,124) + (0,17 ∗ 0,033) + (0,15 ∗ 0,541) + (0,4 ∗ 0,017) + (0,3 ∗ 0)
64
FCM = 1
F = (segundo Lins, Mito e Fernandes) a composição está entre 50 –
70 %, foi considerado 60 % para os cálculos.
Portanto substituindo os resultados (7) e (8) assim como os valores de
FCM e F na equação (4) temos:
4
𝐿0 = 1 ∗ 0,14316 ∗ 0,77 ∗ 0,6 ∗
3
Para o cálculo de potência elétrica que pode ser gerada utilizando essa
vazão, consideramos um motor ciclo Otto.
O motor ciclo Otto é um dos equipamentos mais utilizados para realizar
a queima do biogás, devido ao seu maior rendimento de energia elétrica e
menor custo quando comparado às tecnologias de outros motores. Para
realizar a queima de biogás nos motores ciclo Otto, é necessário fazer algumas
pequenas modificações no sistema, que são:
• Sistemas de alimentação;
• Ignição;
• Taxa de compressão.
Os motores a gás funcionam segundo os princípios dos motores a diesel
e a gasolina. De fato, alguns motores a gás são motores a diesel ou a gasolina,
convertidos para funcionar com gás. A conversão consiste em algumas
modificações nos sistemas de alimentação e de ignição e também na taxa de
compressão. Os motores a gás, de ignição por centelha, possuem uma
eficiência volumétrica menor que o equivalente motor com combustível de
petróleo, pelo fato da adição de gás reduzir o volume de ar aspirado. Contudo,
a menor eficiência volumétrica é, geralmente, compensada pelo fato de que os
motores a gás conseguem funcionar com taxas de compressão elevadas, 12-
13:1. Isto é possível porque o poder antidetonante do gás está ligado ao
número de metano, ou seja, quanto maior a quantidade de metano maior será
a resistência à detonação (ZAREH, 1998).
A equação que possibilita calcular a potência através do motor ciclo
65
Otto, é dada pela equação (10):
Onde:
Pot - potência gerada;
Q - vazão de biogás em m3/h;
PCI - poder ccalorífico do biogás = 4.613 kcal/m3 (PRICE e
CHEREMISINOFF,1981);
n - eficiência elétrica do motor = 0,28;
860 - conversão kcal para kW
Considerando um motor ciclo Otto no processo, com rendimento de 28%
e substituindo na fórmula (10) temos:
1.368.576
( ∗ 4613 ∗ 28%)
𝑃𝑜𝑡 = 860
860
𝑃𝑜𝑡 = 234 𝐾𝑊 / ℎ
3.2. Incineração
66
possui uma garra (aranha) que pega esses resíduos e o encaminha para as
grelhas, onde o resíduo é incinerado. Após a incineração o resíduo se torna
cinzas inertes, que são transportadas por esteiras, essa cinza em
coprocessamento pode ser incorporada no cimento na construção civil, como
também no asfalto, podem ser separados também os óxidos metálicos, que
podem voltar para indústria.
Na liberação de energia temos o processo de caldeira, onde o calor
liberado aquece a água do sistema, que se transforma em vapor, que gira uma
turbina acoplada em um gerador, onde temos a geração de energia elétrica,
pode-se destacar também a possibilidade de aproveitamento da energia
térmica gerada. A água passa então pelo processo de resfriamento e faz o ciclo
novamente.
Este processo é mais usado nos casos de lixo hospitalar ou que
possuem algum tipo de contaminação perigosa, onde o descarte é ainda mais
complicado, devido ao risco de contaminação, onde é realizado em
incineradores apropriados, mantendo toda segurança possível. A fumaça
gerada deve passar por um sistema de filtragem para diminuir ao máximo a
poluição do ar.
Podemos destacar como vantagens da utilização dessa técnica, a
redução do volume dos resíduos, o que traz facilidade no descarte final, a
eliminação de características patogênicas dos resíduos de saúde, e também a
possibilidade do aproveitamento energético, podendo ser utilizado para
geração de eletricidade e calor.
Como desvantagens, podemos citar justamente a possível emissão
desses gases, já que os filtros requerem atenção e manutenção, para que não
haja risco para a população e para o meio ambiente, sendo uma das razões
pelas quais foram desativadas diversas unidades de incineração no país.
Outra questão é que esta prática não é considerada uma solução
sustentável para o problema dos resíduos, tendo em vista que não estimula
o consumo consciente e a redução do desperdício.
Segundo Renata Vieira (O Globo) existem quase 2.500 usinas de
incineração de lixo operantes no mundo. A China é a maior produtora de
energia térmica a partir do lixo — incinera 35 % dos resíduos que recolhe, em
339 usinas. Na Europa, são 522 em operação. Entre os emergentes, a Índia já
67
opera 20 usinas do tipo.
Segundo Wellington Pereira, Doutor em Biotecnologia, Mestre em
Físico-química em uma live feita 22/07/2021, um incinerador só se faz viável a
nível municipal, se tratando de no mínimo 500 mil habitantes, caso contrário o
investimento não se paga (PEREIRA et al., 2021).
3.3. Pirólise
68
através do processo de pirólise essa transformação se dá em 20 horas.
Relacionado a reatores de pirólise, temos também sistemas que usam
plasma e plasma frio, são tecnologias muito interessantes e promissoras, que
estão em desenvolvimento e evolução, entretanto não aprofundaremos sobre
esses modelos neste artigo, tendo em vista que o objetivo é uma solução para
uma cidade de médio porte.
Conseguimos contato com a empresa Bravo Projetos e Participações
Ltda, que se trata de uma montadora e fabricante de equipamentos para
tratamento ecológico de Inservíveis Industriais e Resíduos Sólidos Urbanos.
Sempre precedidos de um Projeto Executivo realizado pela empresa, onde
determinam as melhores soluções ambientais para os casos analisados.
Priorizando a saúde e o bem estar da população; com fulcro na rentabilidade e
transformação desses materiais em energia.
Quem nos atendeu foi Dimas Nicolao, um dos Sócios da empresa, que
nos instruiu e nos auxiliou nas informações sobre um possível projeto para a
quantidade de resíduos disponíveis no município.
Onde, o custo de implantação de uma usina de tratamento para 80
toneladas de RSU por dia, tem um custo médio de R$4.000.000,00, sendo
esse um valor estimado, tendo em vista que um projeto executivo requer a
análise de vários fatores, como os vários subprodutos, a opção de optar por
mais ou menos dos mesmos, que são eles: Gás, produção de energia elétrica
utilizando gás ou processos térmicos, produção de óleo combustível apenas ou
destilando para diesel ou gasolina. Portanto essas definições podem deixar o
projeto mais caro ou mais barato.
Tratando da quantidade de geração, podemos fazer uma projeção
aproximada, assim como fizemos para o aterro, já que a produção de gás varia
de acordo com a composição do RSU. Seria necessário a Gravimetria para
termos um valor mais coerente com a realidade, porém podemos determinar
utilizando a média do RSU, o que nos leva que, a cada 1 tonelada de RSU
alimentando o sistema, temos em torno de 2.000 m 3 de Syngas.
Referindo ao potencial energético que pode ser proporcionado no
gaseificador pirolítico, temos que cada 1.5 toneladas de RSU que alimenta o
sistema por hora produzirá aproximadamente 1 MW/h (NICOLAO, 2022).
Considerando que das 80 toneladas disponíveis no município,
69
aproximadamente 55 % seria utilizado no gaseificador, portanto, 44 toneladas
dia, o que nos leva a uma geração de 29 MW/dia.
Sendo necessário levar em consideração que o RSU utilizado para
alimentar o processo, pode ter no máximo 20 % de umidade, assim como
partículas de 30 mm. Portanto, pode haver a necessidade de um secador e um
triturador antes da alimentação do sistema, o que também interfere no valor
final de instalação do projeto.
Mesmo existindo vários fatores que podem influenciar no potencial da
geração, os projetos realizados pela empresa apresentam payback sempre
abaixo de 30 meses. Eles contam com um projeto na cidade de Formiga, em
Minas Gerais, se tratando de um sistema de pirólise de pneus com destilaria,
onde terá como produto diesel e gasolina, com previsão de montagem em
setembro (NICOLAO, 2022).
4. CONCLUSÕES
70
separação, pois simplesmente são descartados no monte de rejeitos materiais
que poderiam ser reciclados ou reaproveitados.
Para os Resíduos, vimos que o aterro é uma opção, e podemos
aproveitar o gás gerado. Entretanto é necessária uma grande área destinada
ao manejo e investimento econômico, pois após o fechamento de uma célula
de resíduos, é necessário iniciar outra e assim sucessivamente. Caso não
exista a possibilidade de investimento elevado para técnicas mais modernas e
adequadas ao manejo dos RSU, a construção de aterro se torna a solução
viável, na intenção de minimizar os impactos negativos dos chamados lixões.
Com relação ao resultado do estudo numérico para a produção de
energia elétrica oriunda dos RSU, vimos que a Pirólise tem considerável
espaço, com um enorme potencial, e comprovadamente viável, mesmo para
pequenas quantidades de material, o que levaria a possíveis soluções de
vários problemas, tais como a deposição do lixo, geração de empregos, e
aproveitamento energético de algo que normalmente é simplesmente jogado no
meio ambiente, seja de forma controlada em aterro ou pior ainda em lixões.
Relacionando o potencial de energia elétrica gerada através de ambas
as técnicas analisadas (Pirólise e Aterro Sanitário), para alimentar residências,
constatou-se que através da utilização do gás gerado no aterro, a energia
elétrica gerada seria de aproximadamente 168 MW/mês, portanto suficiente
para abastecer aproximadamente 1100 residências, enquanto a energia gerada
através da gaseificação pirolítica teria potencial para gerar 870 MW/mês,
capacidade para abastecer 5700 residências.
Comparando as duas técnicas analisadas, fica evidente a vantagem da
pirólise sobre o aterro sanitário, constatado pelo presente estudo.
71
REFERÊNCIAS
IBGE. Censo agro 2017. Disponível em: IBGE | Censo Agro 2017 | População
estimada do país chega a 213,3 milhões de habitantes em 2021. Acesso em:
09 mai. 2022.
72
e Tecnologia Ambiental/ Revista do Centro do Ciências Naturais e Exatas.
v. 17 n. 17 Dez. 2013, p. 3416- 3424. Acesso em: 01 mai. 2022.
73
CAPÍTULO 05
COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA: MÉTODOS REGULATÓRIOS
E ASPECTOS ECONÔMICOS
74
regulatórios, elencando as principais normativas estabelecidas pela ANEEL,
que norteia os procedimentos necessários para ingresso de empresas
geradoras no mercado livre e regulado, que serão acompanhados pela CCEE.
Esses órgãos pertencem ao pilar que forma o setor elétrico nacional, principal
setor responsável pelo desenvolvimento dos demais.
75
1. INTRODUÇÃO
76
Figura 1: Evolução da capacidade instalada no SIN – Julho 2022/ Dezembro 2026.
77
modelo de micro e minigeração contribui para a matriz elétrica brasileira de
forma sustentável, pois são instalações de geração a partir de fontes
renováveis ou cogeração qualificada. A marca de 10 GW reflete o trabalho da
Agência para aumentar investimentos no setor elétrico e viabilizar o
empoderamento do consumidor”.
Expondo que o crescimento é exponencial da microgeração no pais, o
que favorece e propicia as relações comerciais no atual mercado energético,
que se constituem por dois métodos:
• Ambiente de Contratação Regulada (ACR);
• Ambiente de Contratação Livre (ACL).
O Ambiente de Contratação Regulada - ACR acontece através de
leilões, que são regulamentados e efetuados pela Câmara de Comercialização
de Energia Elétrica, cumprindo a normativa da Agência Nacional de Energia.
Os leilões são um dos principais mecanismos de comercialização do país,
contando com compradores e investidores do ramo.
No Ambiente de Contratação Livre – ACL as comercializações são
bilaterais e relativamente bem mais simples. Onde o objetivo principal é o
acordo benéfico para ambas as partes. Desta forma um contrato será
elaborado pelo prestador do serviço (geradores ou comercializadores) e o
beneficiário (empresas consumidoras e distribuidoras).
Para entender esses ambientes citados anteriormente, neste trabalho
será apresentado um estudo exemplificando as vantagens de se negociar no
mercado livre, buscando esclarecer seu impacto na geração e cogeração de
energia elétrica de um panorama geral no Brasil. Tal estudo, visa também as
regulamentações, sustentabilidade, e os aspectos econômicos pela prospecção
de preços de energia.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
78
remuneração de todas as concessionárias por meio da transferência de
recursos excedentes das empresas superavitárias para as deficitárias, pois até
esse momento a estrutura tarifária revelava disparidades no custo de geração e
distribuição entre as diversas regiões do país (BRASIL, 1974).
As concessionárias que operavam em regiões mais desenvolvidas
diluíam o custo do serviço por um número de consumidores muito maior. Isso
garantia estabilidade financeira e capacidade de investimento com uma tarifa
impraticável nas regiões que atendiam a mercados principiantes
(BRASIL, 1974).
Porém, na década de 90, o governo federal criou as leis como, 8.031
(Abril de 1990), 8.631 (Março de 1993), 8.987 e 9.074 (Fevereiro e Julho de
1995, respectivamente), pelas quais foram responsáveis por:
• Extinguir a equalização tarifária;
• Permitir os contratos de suprimento energético entre as empresas
distribuidoras e geradoras;
• Proporcionar a participação da iniciativa privada, onde foi criado o
conceito de PIE (Produtor Independente de Energia), em que empresas
privadas e investidores têm permissão para gerar e comercializar energia
elétrica;
• Criação do conceito de consumidor livre, que determina que o
consumidor poderia escolher o fornecedor de energia de sua preferência.
A criação das leis citadas acimas foram consideradas como marco, por
estabelecer os fundamentos do novo modelo, assentando a criação de um
mercado competitivo de energia, pois entre 1996 a 1998, o setor elétrico
passou por uma reestruturação, em que as empresas foram divididas em
setores de geração, transmissão e distribuição. Neste período, foram criados
alguns dos principais órgãos da matriz elétrica nacional atual, sendo um
regulador, a ANEEL (Agência Nacional de Energia), um operador, o ONS
(Operador Nacional do Sistema Elétrico) e um ambiente para realização das
negociações de compra e venda de energia, MAE (Mercado Atacadista de
Energia), que posteriormente foi sucedido pela CCEE (Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica).
No início dos anos 2000, o Brasil sofreu com a escassez de chuvas, o
que gerou o apagão de 2001, devido à alta demanda energética e à grande
79
dependência das hidrelétricas. Isso provocou uma sobrecarga no sistema
elétrico do país. A principal medida inicial tomada foi o racionamento de
energia, posteriormente o governo federal criou a instituição responsável pelo
planejamento do setor a longo prazo, a EPE (Empresa de Pesquisa Energética)
e uma instituição para avaliar a segurança do suprimento de energia elétrica, o
CMSE (Comitê de Monitoramento de Setor Elétrico).
Com as diversas mudanças pelo passar dos anos, criou-se o modelo de
Governança Corporativa no Setor Elétrica exposto na Figura 2.
80
Figura 3: Sistema Interligado Nacional
Como é dito pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico, o SIN traz uma
confiabilidade para evitar crises como a de 2001, o que é importante visto que
o setor elétrico é responsável por potencializar o setor econômico Brasileiro.
Desta forma a integração por trás do SIN tem papel fundamental dentro
da malha energética, mas também dentro da comercialização de energia, e
para entender isto, é importante identificar os participantes destas negociações,
ou como são chamados, agentes.
81
autorizados a explorar e prestar serviços públicos de energia elétrica conforme
previsto pela Lei nº 8.987/95;
Os produtores independentes de energia elétrica são agentes individuais
ou agrupados em consórcio, que recebem concessão, permissão ou
autorização da ANEEL para produzir energia elétrica destinada para a
comercialização por sua conta e risco.
Os autoprodutores (AP) são também agentes com concessão,
permissão ou autorização para produzir energia elétrica destinada
exclusivamente para seu uso podendo comercializar eventual excedente de
energia uma vez autorizado pela ANEEL.
82
a) Comercializadores - compram e vendem energia através de contratos
bilaterais ou através de leilões;
b) Importadores e exportadores - detêm autorização da ANEEL para
realizar o comércio internacional de compra e venda de energia;
c) Consumidores livres - são os agentes que possuem uma demanda
mínima de 3.000 kW, em qualquer nível de tensão, ligados ao sistema após a
data de 07 de Julho de 1995 e podem escolher seu fornecedor de energia
elétrica através de livre negociação a ser firmada com os agentes geradores ou
com os comercializadores;
d) Consumidor especial – àqueles que demandarem potência entre 500
kW e 3 MW, em qualquer tensão, desde que a energia adquirida seja
proveniente de pequenas centrais hidrelétricas, empreendimentos com
potência instalada igual ou superior a 1.000 kW ou empreendimentos cuja fonte
primária de geração seja a biomassa, energia eólica ou solar, de potência
injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição menor ou igual a
30.000kW.
Como pode-se observar acima, e tendo em vista a estrutura do setor
elétrico Brasileiro, é possível entender melhor os ambientes onde essas
relações mercantis entre os agentes acontecem.
Onde no Ambiente de Contratação Regulada, a compra em leilões é
feita de forma conjunta e supervisionada pela Agência Nacional de Energia e
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, de forma que as
distribuidoras, buscam a comprar de energia a uma menor tarifa, para reduzir o
custo para os consumidores. Os leilões de energia são definidos de acordo
com o tipo de energia ofertada e o tempo decorrido entre a contratação e a
efetivação na entrega da mesma pelo gerador à distribuidora.
E por sua vez no Ambiente de Contratação Livre, a contratação de
energia se dá mediante operações de compra e venda envolvendo os agentes
vendedores (geradores ou comercializadores) e o consumidor final, que, neste
caso, é quem escolhe o seu fornecedor de energia por meio de contratos
bilaterais. As relações comerciais entre os agentes no Ambiente de
Contratação Livre são livremente pactuadas e regidas pelos contratos no qual
estarão estabelecidos: os prazos, volumes e flexibilidade.
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica é a responsável por
83
administrar e manter o registro de todos os contratos, independente do
ambiente que ele foi comercializado. E para entender esses contratos é
necessário saber que independentemente da localização de certo agente, este
poderá firmar acordos com qualquer outro agente conectado ao SIN, sem
limitação física, sendo assim, um agente localizado em qualquer região do país
poderá comercializar energia com outro agente localizado em qualquer
outra região.
Na prática, no entanto, existem restrições para que essa energia seja
comercializada isso é levado em consideração pelo Operador Nacional do
Sistema Elétrico leva isso em consideração durante a operação do sistema.
Além disso, é permitido transitar com a energia entre todos os subsistemas.
Todavia, cada subsistema apresenta características distintas com relação à
sua capacidade física, e nem sempre é executável enviar toda a energia
demandada. Quando tal restrição ocorre é necessário acionar a geração
através de fontes locais.
Por exemplo, um gerador do subsistema Sul vendeu um contrato de
energia para um consumidor localizado no subsistema Norte. Fisicamente esta
energia não será deslocada entre eles e provavelmente o consumidor será
atendido por fontes de geração local enquanto que outros
consumidores,próximos ao gerador que vendeu o contrato, irão consumir
sua energia.
Logo, fica clara a importância da Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica em manter os registros dos contratos, para fiscalizar energia verificada
e contratada tendo como objetivo processar corretamente os resultados
correspondentes a cada um dos agentes e efetuar a contabilização no
mercado. Entre os modelos de contrato temos como exemplo:
• Contrato de Compra e Venda de Energia Elétrica no Ambiente de
Contratação Livre - CCEAL: Este contrato formaliza a compra e venda de
energia elétrica livremente negociada entre todos os agentes desde seja
respeitada a regulamentação vigente.
• Contrato de Compra de Energia Incentivada – CCEI: Também são
contratos livremente negociados entre os agentes geradores a partir de fontes
incentivadas, que são empreendimentos de geração de energia renovável com
potência instalada não superior a 30 MW, tais como: pequenas centrais
84
hidrelétricas, centrais geradoras eólicas, termelétricas a biomassa e usinas
fotovoltaicas.
• Contrato de Comercialização de energia elétrica no Ambiente
Regulado – CCEAR: Existe o CCEAR por quantidade e o CCEAR por
disponibilidade. Ambos têm como objetivo formalizar a contratação de energia
elétrica, através de leilões realizados de forma regulada, para atendimento da
demanda das distribuidoras.
• Contratos de Itaipu: A Itaipu Binacional foi criada em Abril de 1973
pelo Tratado de Itaipu que foi celebrado entre o Brasil e o Paraguai com o
objetivo de realizar o aproveitamento hidrelétrico dos recursos hídricos do rio
Paraná pertencente aos dois países. De acordo com a Lei nº 10.438/2002 a
Eletrobrás também passou a ser responsável pela comercialização da energia
gerada por Itaipu. Porém, como a área de atuação das subsidiárias da
Eletrobrás abrangem os subsistemas Sul e Sudeste/Centro-Oeste, somente as
distribuidoras destas regiões possuem cotas desta energia proporcionalmente
ao seu consumo. Sendo assim, os contratos que comercializam estas cotas
são chamados de Contratos de Itaipu e eles são registrados na CCEE
separadamente para cada cotista.
• Contratos de Cotas de Energia Nuclear – CCEN: O CCEN firma a
contratação de energia elétrica entre Angra I e Angra II, representadas pela
Eletrobrás, e as distribuidoras, que atendem suas demandas de acordo com
cotas-partes.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
85
ter sua demanda contratada mínima igual a 3.000 kW. Tal consumidor poderá
contratar energia convencional ou incentivada.
Já o consumidor especial, pode ser uma unidade ou um conjunto de
unidades consumidoras. Se for em unidades, devem ser em áreas próximas e
provenientes do mesmo CNPJ. Além disso, asoma das demandas da carga
contratadadeve ser maior ou igual a 500 kW. O consumidor especial poderá
negociar apenas energia proveniente de fontes incentivadas.
As fontes incentivadas são as pequenas centrais hidrelétricas, as usinas
térmicas de biomassa, as eólicas e as solares de até 50 MW ou cogeração
qualificada que tenha uma potência menor ou igual a 30.000 kW.
São consideradas fontes convencionais as usinas termelétricas acima de
50 MW e as grandes usinas hidrelétricas.
Para uma empresa geradora de energia, tanto de fontes convencionais
ou incentivadas, inserir-se no mercado de energia brasileiro, primeiramente é
necessário a obtenção da autorização através da requisição da outorga feita à
Agência Nacional de Energia, através da Resolução Normativa nº 390/2009.
A documentação, incluindo o preenchimento dos anexos da Resolução
citada acima e seus anexos, poderá ser elaborada pelo próprio corpo de
engenharia responsável pelas instalações da empresa. Uma vez obtida a
outorga é necessário solicitar à Agência Nacional de Energia ou ao Ministério
de Minas e Energia – MME, o cálculo da garantia física destas instalações para
posteriormente fazer adesão a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
para solicitar o acesso à rede de distribuição para as concessionárias das
áreas onde estão localizadas as instalações. Segue o PRODIST
(Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico
Nacional) conforme mostrado na Figura 4.
86
Figura 4: Fluxograma para Celebração de Contrato.
87
pagará pela energia demandada no período requerido. Quem opta pelo
mercado não regulado negocia a compra de energia com antecedência e
estabelece os melhores preços e condições sem se sujeitar às variações e
bandeiras tarifárias.
E tendo em vista que os consumidores do mercado regulado não podem
escolher os fornecedores de energia e podem sofrer com os aumentos de
preço e tarifas estipuladas pela Agência Nacional de Energia, o que não
acontece no mercado livre, onde as operações de compra e venda acontecem
através de cláusulas contratuais flexíveis entre os agentes. Sendo assim, o
consumidor tem o poder de decisão de compra de energia, podendo escolher
livremente o fornecedor da energia demandada.
O que por fim acaba ocasionando a diminuição do impacto ambiental,
pois o consumidor livre é capaz de negociar com agentes geradores de fontes
renováveis. Ou seja, a energia incentivada, por exemplo, promovida pelo
governo brasileiro tem a intenção de estimular o crescimento de pequenas
centrais hidrelétricas (PCH), energia eólica e energia solar. O que torna o
mercado livre mais sustentável do que o mercado tradicional o que é tido como
um diferencial competitivo muito forte, impulsionado não apenas pelas
orientações de órgãos mundiais, mas por ser cada vez mais exigida pela
sociedade que, consciente sobre a importância do tema, passa a exigir atitudes
ambientalmente responsáveis das empresas que consomem e contratam.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
88
qualquer país está fortemente ligado às suas condições de infraestrutura. Um
dos principais fatores é a oferta de energia elétrica, que desempenha um papel
extremamente importante em diversas áreas econômicas. Situações
deficitárias e até mesmo a simples ameaça, como o apagão de 2001, geram
grandes prejuízos à economia, que poderiam levar muitos anos para se
recuperarem.
Assim, este trabalho atinge seu objetivo principal de apresentar as
diretrizes básicas para que qualquer empresa e graduando de Engenharia
Elétrica, compreenda as formas de comercialização de excedente de energia
dentro da estrutura atual do mercado de energia elétrica Brasileiro.
Além disso, fica evidenciado que o Brasil ainda está caminhando para
um cenário de negociações que seja de fácil acesso a quem deseja participar.
Atualmente não se nota um senso comum entre as empresas sobre a
percepção da possibilidade de se inserir neste mercado. Principalmente as de
médio porte, que estão habituadas a comprar energia de uma concessionária
como se fosse a única forma de fazê-la, ou seja, são consumidores cativos por
desconhecimento de alternativas.
O Brasil tem muito a caminhar para atingir um momento em que a
entrada no mercado de energia seja fácil e de imediata percepção, como
também para pessoas físicas e empresas de pequeno porte, o será
fundamental para desenvolvimento e crescimento do setor elétrico nacional.
89
REFERÊNCIAS
90
CCEE, Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Disponível em: <
https://www.ccee.org.br/web/guest/sobrenos>. Acesso em 24 de junho de 2022.
91
PRODIST. Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema
Elétrico Nacional – PRODIST. ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica,
2021. Disponível em: <https://antigo.aneel.gov.br/web/guest/prodist>. Acesso
em: 20 jul. 2022.
SISTEMAS de Energia Elétrica: Análise e Operação. 1. ed. [S. l.]: LTC, 2011.
572 p. ISBN 8521618026.
92
CAPÍTULO 06
ANÁLISE DA ADEQUAÇÃO DO SISTEMA DE ATERRAMENTO
DO BLOCO A2 DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS
GERAIS – CAMPUS ITUIUTABA
93
levantamento dos materiais utilizados e verificando também se é necessário
apresentar uma proposta de aperfeiçoamento para sistema de proteção do
local, com o objetivo de garantir mais segurança pessoal e prevenir prejuízos
futuros. No presente trabalho foi adotado como método o procedimento
experimental e comparativo, segundo modelos adotados por outros autores,
além da orientação por procedimentos já utilizados e trabalhos consolidados
como teses, artigos, artigos on-line, dissertações, livros, e normas
regulamentadoras.
ABSTRACT: Grounding is the means responsible for the flow of fault currents,
whether by switching or by atmospheric discharges, without causing dangerous
voltages and keeping the voltage drop in the earth resistance low. To carry out
a review of the literature on earthing systems, and to carry out a study on the
earthing system existing in block A2 of the Universidade do Estado de Minas
Gerais, carrying out a survey of the materials used and also verifying if it is
necessary to present a proposal for improvement for the earthing system.
protection of the place, with the objective of guaranteeing more personal safety
and preventing future damages. In the present work, the experimental and
comparative procedure was adopted as a method, according to models adopted
by other authors, in addition to guidance by procedures already used and
consolidated works such as theses, articles, online articles, dissertations,
books, and regulatory standards.
94
1. INTRODUÇÃO
95
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Sistema de Aterramento
2.1.1. Definição
96
De forma geral, o sistema de proteção contra descargas atmosféricas é
distinto em duas topologias de proteção, que são qualificadas quanto ao seu
uso interno e externo, e é categorizado em quatro classes e níveis de proteção,
que são relacionados à capacidade de redução da extensão dos danos
causados pelos parâmetros das correntes descarregadas (CAMILO, 2021).
Segundo Souza (2020) e Kafer (2018) um SPDA dimensionado de forma
incorreta pode causar prejuízos a estruturas e em certos casos nas pessoas,
no momento em que se encontram expostos à incidência direta e indireta de
descargas atmosféricas. É importante analisar o risco na implementação do
sistema, uma vez que, avaliações rápidas não são eficientes para demonstrar
os fatores necessários para uma boa execução.
A terra, portanto, é uma boa escolha como ponto de referência zero,
uma vez que ela nos circunda em todos os lugares. Quando alguém
está de pé em contato com a terra, seu corpo está aproximadamente
no potencial da terra. Se a estrutura metálica de uma edificação está
aterrada, então todos os seus componentes metálicos estão
aproximadamente no potencial de terra. (MORENO, 1999, p. 4)
97
2018) é orientado que antes de ocorrer a implantação de SPDA para proteção,
é necessário a realização de um estudo que consiste no gerenciamento de
riscos, para a comprovação de que é realmente necessário a instalação de um
SPDA. Certos locais possuem uma baixa probabilidade de queda de raios por
km², mas não se deve basear apenas nessa informação, pois outros fatores
são considerados, para que o estudo seja feito de forma satisfatória.
Para Silva e Marquez (2013) para se iniciar uma avaliação da
necessidade de implantação de um SPDA, deve ser analisado o risco de
exposição, que é definido como o risco da estrutura ser atingida por um raio, e
também alguns fatores sobre a estrutura, como: altura; localização; natureza de
sua construção; tipo de ocupação; e valor de seu conteúdo ou os efeitos
indiretos.
98
Figura 1: Método de Wenner.
99
2.2.3. Método Gaiola de Faraday
2.3.2. Esquema TN
A norma ABNT NBR 5410 (2004, p. 6) diz que: “Esquema TN-S, no qual
o condutor neutro e o condutor de proteção são distintos. Neste esquema
representado na figura acima, trata-se de um Esquema TN-S, sendo que o
condutor neutro e condutor de proteção são separados ao longo de toda a
instalação.” O esquemático deste sistema pode ser observado na Figura 3.
100
Figura 3: Esquemático TN-S
101
Esquema TN-C, sendo que as funções do neutro e condutor de proteção são
combinadas em um único condutor ao longo de toda a instalação.” O
esquemático deste sistema pode ser observado na Figura 5.
2.3.3. Esquema IT
102
2.4. Tipos de Hastes
2.4.1. Definição
103
2.4.2.3. Hastes em em triângulo
A norma ABNT NBR 5419 (2005) diz que: “Sistema que consiste em
subsistema de captores, subsistema de condutores de descida e subsistema
de aterramento. A probabilidade de penetração de uma descarga atmosférica
no volume a proteger é consideravelmente reduzida pela presença de um
subsistema de captação corretamente projetado.”
104
2.6. Aterramento da rede elétrica
2.6.1. Definição
105
certa profundidade abaixo da superfície (ALMEIDA e OLIVEIRA, 2013). Na
Tabela 2 é possível observar a resistividade do solo de acordo com a
temperatura.
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
106
Com a realização dos conceitos importantes e necessários para o
discernimento com o tema abordado neste trabalho, começaremos a tratar do
estudo de caso do aterramento do bloco A2 do Campus Universitário da UEMG
- Ituiutaba. Neste capítulo serão expostos os materiais que foram utilizados no
aterramento existente e o laudo técnico.
A medição de aterramento é realizada através de um terrômetro, um
aparelho capaz de medir, através de sensores, a resistência do aterramento e
do solo ao receber descargas elétricas. Por ser um equipamento delicado, seu
manuseio precisa ser feito com o máximo cuidado, a fim de não danificá-lo.
107
Figura 8: Exemplo de funcionamento de um Terrômetro.
Fonte: Os autores.
108
3.1.2. Localização do Bloco A2
4. ANÁLISE E RESULTADOS
109
utilizados, não suportará a demanda contratada que será instalada. Logo
necessita de uma atualização no sistema de proteção, onde se deve colocar
mais hastes de aterramento para equipotencializar a estrutura do bloco, para
suprir essa nova carga que será instalada no bloco. E caso algum equipamento
específico, ter um aterramento individualizado.
Temperatura do ambiente 30 ºC 27 ºC
110
• Cabo de Cobre Nu, que subirá ao sistema SPDA da construção
(Considerado na Fase 2).
• Cabo de Cobre Nu de 50 mm² em vala de profundidade mínima de 50
cm abaixo do nível nivelado.
• Haste tipo "COPPERWELD" 5/8” x 3,0m, modelo TEL-5814 (SUPER
CAMADA).
• Cabo de Cobre Nu que subirá ao sistema SPDA da construção
(Considerado na fase 2).
• Anodo de Zinco, de sacrifício, para vida útil de 20 anos. Opção de
solda no eletrodo ou no cabo da malha.
• Cabo de Cobre Nu que subirá ao sistema SPDA da construção
(Considerado na fase 2).
• Rabicho para interligação da malha com ao QDC-1.
• Solda Exotérmica Tipo T para interligação da malha de aterramento.
• Cabo de Cobre Nu de 50 mm² em vala de profundidade mínima de 50
cm abaixo do nível nivelado.
• Rabicho para interligação da Malha ao QDC-2.
• Rabicho para interligação da Malha ao QGBT.
• Solda Exotérmica Tipo T para interligação da malha de aterramento.
• Cabo de Cobre Nu que subirá ao sistema SPDA da construção
(Considerado na fase 2).
Lista de material:
• Cabo de Cobre Nu de 50 mm²;
modelo TEL-550;
• Solda Exotérmica;
111
Quantitativo:
• 12 x Hastes do Tipo COPPERWELD;
• 4 x Caixas de inspeção e manutenção do sistema de aterramento;
• 4 x Anodo de Zinco;
• 7 x Cabos de Cobre Nu, que subirá ao Sistema SPDA da Construção;
• 24 x Soldas Exotérmica entre cabos de 50 mm² em T;
• Rabicho;
• QDC-1;
• QDC-2;
• QGBT.
Modelos:
Figura 12: Modelo no AutoCad de uma caixa de inspeção do Tipo Solo de PVC com tampa de
ferro.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
112
Figura 14: Modelo no AutoCad de uma solda exotérmica entre cabos em T.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
113
O intuito deste trabalho de conclusão de curso foi concluído, onde se
realizou uma revisão de literatura sobre os sistemas de aterramento, e realizou
também um estudo sobre sistema de aterramento existente no bloco A2 da
Universidade do Estado de Minas Gerais - Campus Ituiutaba, realizando o
levantamento dos materiais utilizados e verificando que o sistema precisa ser
aprimorado em decorrência do tempo de instalação, do aumento de carga da
instalação, e das especificações técnicas que os novos equipamentos
demandam, garantindo mais segurança pessoal e prevenção de
prejuízos futuros.
114
REFERÊNCIAS
CAPELLI, Alexandre. Aterramento Elétrico. Saber Eletrônica, [s. l.], ed. 329,
p. 56-59, Junho 2000.
115
FISCHER, D. R. Análise de risco e proposta de PDA para uma Edificação
Universitária. 2018. 150 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Tecnólogo em
Manutenção Industrial) - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul – UNIJUI, Santa Rosa, 2018.
116
<http://abcobre.org.br/wp-content/uploads/2021/05/e-book-aterramento-
eletrico.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2022.
117
CAPÍTULO 07
INVERSORES DE FREQUÊNCIA E A SUA REVOLUÇÃO NO
PROCESSO DE ACIONAMENTO DE MOTORES ELÉTRICOS
118
PALAVRAS-CHAVE: Acionamentos; Inversores de Frequência; Motores
Elétricos.
119
1. INTRODUÇÃO
120
também conhecidos como conversores de frequência.
Os inversores de frequência possibilitaram uma revolução no setor,
permitindo além da operação dos motores elétricos de forma mais eficiente, a
possibilidade do controle de velocidade dos motores de indução, que são os
mais largamente utilizados nas indústrias.
Este artigo tem por objetivo apresentar as principais características
presentes nos inversores, assim como as suas aplicações, vantagens,
desvantagens e aplicações, com toda a pesquisa envolvida tendo por propósito
elucidar de forma dinâmica e objetiva a importância que a introdução dos
inversores representou na evolução dos processos produtivos.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Inversores de Frequência
121
sem precedentes na indústria, substituindo o emprego de outros dispositivos
que eram utilizados para esse mesmo fim, (como polias e caixas de redução),
além de alguns modelos mais modernos também permitirem o controle de
outros parâmetros, como frenagem, monitoramento da corrente elétrica e
proteção contra sobrecorrentes. Na Figura 1 é possível observar um inversor
de frequência.
Figura 1: Inversor de frequência
2.2. Funcionamento
2.3. Estrutura
122
• Filtro: O filtro é constituído por um barramento CC que tem por
objetivo suavizar as ondulações no sinal CC gerado pelo retificador.
• Capacitores: São os principais elementos que constituem o filtro,
responsáveis por realizar o processo de filtragem e de ajuste das ondulações
de tensão.
• Inversores: São semicondutores que funcionam em corte e saturação
(chaves abertas e fechadas respectivamente), fazendo a modulação do sinal
CC e o convertendo em um sinal de pulso com largura modulada. Na Figura 2
é possível observar o circuito interno de um inversor de frequência.
2.4. Características
2.4.1. Rampas de aceleração e desaceleração
123
aumentando, até que aos 20 segundos o equipamento atinja a velocidade
máxima correspondente ao valor de frequência definida em 100 Hz.
Já o processo de desaceleração por rampa funciona de maneira inversa,
desacelerando o motor de forma gradual dentro de um período também pré-
programado.
Essas funcionalidades, além de bastante versáteis e úteis, contribuem
de forma significativa na redução de custos com manutenção, pois ao não ser
necessário que o motor opere a máxima velocidade constantemente, ele irá
manter a sua integridade e a de outras estruturas presentes no processo ao
qual faz parte preservadas por mais tempo, reduzindo o desgaste dos materiais
e dispositivos envolvidos.
124
2.4.4. Proteção
125
processo de acionamento e controle de motores de indução assíncronos
representou um salto tecnológico sem precedentes, e trouxe consigo diversas
vantagens em comparação aos métodos anteriormente utilizados, dentre as
quais podemos citar:
• Processo de instalação simples;
• Redução de consumo de energia em diversos processos, o que
representa uma economia significativa nos custos finais de produção;
• Redução dos valores de pico de corrente dos motores nas partidas;
• Ganho de produtividade, com o aumento da precisão e eficiência das
operações dentro do processo de produção;
• Proteção dos motores contra surtos vindos da rede de alimentação;
• Redução dos custos com manutenção, ao garantir uma vida útil
operacional maior ao motor e aos elementos presentes no processo ao qual faz
parte;
• Aumento da segurança ao substituir o uso de variadores mecânicos e
eletromagnéticos.
Mas como em todo dispositivo que é parte fundamental na operação de
um processo, a sua utilização também apresenta algumas desvantagens, que
apesar de inferiores em quantidade em comparação as vantagens,
representam pontos importantes que devem ser avaliados como:
• Custo de aquisição inicial consideravelmente alto, tornando-o não tão
atrativo para aplicações de pequena escala.
• Necessidade de manutenção especializada, pois como se trata de um
equipamento sofisticado, exige que a sua manutenção seja realizada por
técnicos especializados, o que acaba por gerar custos adicionais à sua
operação.
3. CONCLUSÕES
126
Tais avanços possibilitaram, em comparação aos métodos anteriores de
acionamento, um nível muito maior de controle e gerenciamento dos
equipamentos envolvidos nos processos de produção, reduzindo custos,
otimizando recursos e aumentando a produtividade.
127
REFERÊNCIAS
128
CAPÍTULO 08
CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA ATRAVÉS DE
UTILIZAÇÃO DE BANCOS DE CAPACITORES
129
PALAVRAS-CHAVE: Capacitores; Correção Fator de Potência; LabVIEW.
130
1. INTRODUÇÃO
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
131
grandezas diferentes, elas estão relacionadas, pois, se você aumenta o seu
FP, você aumentará o rendimento da sua máquina, conforme a tabela de
consumo/eficiência energética (IMETRO, 2019).
132
Segundo Portal da Engenharia (2019): “Nos circuitos que não são
resistivos, em corrente alternada, a potência aparente não é real, pois não irá
considerar a defasagem que existe entre a tensão e corrente.”
A potência aparente é identificada pela unidade de medida em Volt
Ampere (VA) e tem sua notação pela letra “S”.
𝑆 = 𝑈 .𝐼
133
Figura 1: Triângulo de potência.
Fonte: Os autores
3. METODOLOGIA
134
dados proposta se constituirá da busca de informações em periódicos
científicos assim como um exemplo de aplicação no laboratório virtual.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1. Cálculo do capacitor
Vale ressaltar que neste caso o capacitor será inserido em paralelo, pois
quando os cálculos são feitos, empregamos a tensão que é injetada no circuito,
e sabemos que para a tensão ser a mesma os componentes devem ser ligados
em paralelo.
135
Figura 2: Bloco de programação.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores
1) São dados:
𝑍 = 100∟30º (Ω) 𝑒 𝑉(𝑇) = 440∟0º (𝑉)
Determine:
a) I, sendo a corrente que circula pelo sistema, na forma complexa
retangular e polar.
136
b) S, sendo a potência aparente na forma complexa retangular.
c) |S|, sendo o módulo da potência aparente.
d) P , sendo a potência ativa.
e) Q, sendo a potência reativa.
f) O valor do Fator de Potência desse sistema.
g) Se a correção necessária for adicionar banco de capacitores, indique
o valor desses capacitores que devem ser adicionados ao sistema em µ𝐹
(micro Faradays);
Como pode ser visto pela figura 4, ao utilizar o programa, podemos obter
todas as respostas necessárias, bastando inserir os dados recebidos.
Fonte: Os autores
137
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
138
REFERÊNCIAS
139
CAPÍTULO 09
A ENERGIA FOTOVOLTAICA COMO ALTERNATIVA PARA
MINIMIZAR O CUSTO COM ENERGIA ELÉTRICA DURANTE A
MANUTENÇÃO DE UMA USINA SUCROALCOOLEIRA
140
diretamente um dos objetivos da multinacional, que é a diminuição da emissão
de Gases do Efeito Estufa (GEE) no ambiente.
141
1. INTRODUÇÃO
2. MATERIAIS E MÉTODOS
142
Foram feitas coletas de dados na Usina BP Biocombustíveis –
Ituiutaba/MG utilizados para o dimensionamento do sistema fotovoltaico;
necessário para a correta escolha dos componentes do sistema, e a verificação
da eficiência e dos custos de sua implantação.
Iremos inicialmente verificar em cenários ideais, quanto de energia
elétrica a unidade BP de Ituiutaba consome no período de entressafra,
viabilizando uma análise futura da possibilidade da geração de energia
fotovoltaica para a geração de crédito junto à concessionária e o abatimento do
custo com energia elétrica da unidade durante sua manutenção ou a instalação
de um sistema independente, que seja desconectado à rede elétrica,
abastecendo diretamente a demanda de carga na unidade consumidora,
eliminando a necessidade da aquisição e pagamento da energia proveniente
da concessionária.
Para este trabalho, foi utilizado o programa SunData, que está disponível
na página do Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio Brito
(CRESESB) que teve o intuito de oferecer a ferramenta para auxílio no
dimensionamento de sistemas fotovoltaicos.
Após todo um levantamento de informações, desenvolvemos o
dimensionamento da estrutura proposta para entender qual seria o
investimento aplicado.
Finalizando, verificou-se a viabilidade do projeto e qual será o tempo
gasto para o pagamento do investimento e o início do retorno financeiro do
empreendimento.
Para se projetar um sistema fotovoltaico é necessário se ter um
profundo conhecimento da carga, suas características, perfil ao longo dos dias
e meses como também das características da radiação solar incidente no local.
O critério de dimensionamento pode ser o de menor custo, maximização da
energia suprida (confiabilidade) ou uma combinação de ambos (GEPEA, s/d).
Ainda segundo o GEPEA (s/d), o projeto para a elaboração de um
sistema fotovoltaico pode ser dividido nas seguintes etapas: avaliação do
recurso solar, estimativa de carga, escolha da configuração do sistema e o
dimensionamento dos componentes do sistema.
Para cada etapa, faremos uma breve introdução e apresentação de
dados importantes que foram coletados para o desenvolvimento deste trabalho.
143
2.1. Descrição do ambiente estudado e análise do recurso solar
144
uma nova alternativa renovável para a geração de energia limpa.
Evidentemente, para que haja a geração da energia solar com o máximo
rendimento possível, é necessária a irradiação do sol com maior frequência
disponível.
Para estabelecer este parâmetro, foi utilizado o software SunData
(CRESESB, 2018), que determina o cálculo da irradiação solar em todo o
território nacional por meio da inserção das coordenadas geográficas. O local
estudado está posicionado no sistema de coordenadas nas medidas
aproximadas com latitude 19°0'59.05"S e longitude 49°40'29.13"O, ambas
extraídas por meio do software Google Earth Pro (2018).
Ao inserir as coordenadas no software SunData disponível no site do
CRESESB, o sistema nos mostra o nível de irradiação mensalmente no ponto
inserido conforme a Figura 2.
145
Figura 3: Visualização do comportamento da irradiação solar incidida no ponto sobre a área da
instalação das placas fotovoltaicas – cálculo no plano inclinado.
146
Elétrica (CCEE) é uma operadora do mercado de energia elétrica que divulga
informações importantes para o desenvolvimento do segmento da
comercialização da energia.
No âmbito operacional, uma das principais atividades da CCEE é
contabilizar as operações de compra e venda de energia elétrica, apurando
mensalmente as diferenças entre os montantes contratados e os montantes
efetivamente gerados ou consumidos pelos agentes de mercado. Para tanto,
registra os contratos firmados entre compradores e vendedores, além de medir
os montantes físicos de energia movimentados pelos agentes (CCEE, s/d).
Além do pagamento da quantidade consumida durante este período, a
companhia também possui uma demanda contratada de 3.000 KWh que faz
parte de seu contrato com a CEMIG. O consumo correspondente à instalação
ocorre conforme mostrado na Tabela 1 .
Mês/Ano Energia
(Entressafra) consumida HP e
HFP (Mwh)
DEZ/2016 552,072
JAN/2017 542,852
FEV/2017 526,672
MAR/2017 694,926
DEZ/2017 640,257
JAN/2018 667,045
FEV/2018 565,425
MAR/2018 632,385
Média 602,704
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.1. Dimensionamento das placas fotovoltaicas
147
fotovoltaicas instaladas consiga captar a quantidade de energia do sol
suficiente para atingir a média consumida. Para que possamos alcançar o
melhor número, precisamos considerar os seguintes cálculos:
CT= Consumo médio total
Conforme Tabela 1: 𝐶𝑇 ≅ 602.704 𝑘𝑊ℎ
CD= Consumo médio diário
𝐶𝑇
𝐶𝐷 =
30 𝑑𝑖𝑎𝑠
Assim:
602.704 𝑘𝑊ℎ
𝐶𝐷 = = 20.090 𝑘𝑊ℎ. 𝑑𝑖𝑎
30 𝑑𝑖𝑎𝑠
P = Potência
𝐶𝐷
𝑃=
𝐼𝑅
Sendo: IR= Incidência de irradiação solar
𝑘𝑊ℎ
𝐼𝑅 = 5,26
𝑚2
Assim:
148
conforme mostra as especificações no Tabela 2.
Marca Sinosola
Empresa NeoSolar
Tipo Policristalino
Modelo SA330-72P
Máxima potência 330 Wp
Tensão em máxima potência - Vmp 37,72
(V)
Corrente em máxima potência - Imp 8,75
(A)
Eficiência do módulo 17%
Fonte: NEOSOLAR s/d.
23.819.391,6 𝑊𝑝
𝑃=
0,83
𝑃 = 4.601.676,63 𝑊𝑝
4.601.676,63
𝑁º 𝑑𝑒 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠 =
330
149
maior potência de saída para que otimizemos a quantidade de dispositivos
instalados. Atualmente, no mercado existe o inversor com potência máxima de
entrada de 136 kWp e potência nominal de saída de 110 kW, conforme mostra
as especificações na Tabela 3.
Onde:
𝑃𝐿𝑠é𝑟𝑖𝑒 = Placas Ligadas em série
𝑉𝐷𝐶𝑖𝑛𝑣 = Tensão de entrada do inversor
𝑉𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎 = Tensão da placa fotovoltaica
Sendo assim, teremos que:
1.100 𝑉
𝑃𝐿𝑠é𝑟𝑖𝑒 =
37,72𝑉
𝑃𝐿𝑠é𝑟𝑖𝑒 ≅ 29
150
Portanto, respeitando o limite de tensão de entrada do inversor,
trabalharemos com a hipótese de utilizarmos 29 placas fotovoltaicas ligadas em
série. A princípio, devido a associação ser em série, a corrente total
permanecerá a mesma.
Considerando Ptotal sendo a potência total resultante da ligação das 29
placas em série, teremos que:
𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 29 ∗ 330 𝑊𝑝
𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 9.570 𝑊𝑝
Onde:
𝑄𝑟𝑎𝑚𝑜𝑠 = Quantidade de ramos
𝑃𝐷𝐶𝑖𝑛𝑣 = Potência de entrada do inversor em Wp
𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = Potência total resultante da ligação das 29 placas em série
Logo:
136.000 𝑊𝑝
𝑄𝑟𝑎𝑚𝑜𝑠 =
9.570 𝑊𝑝
𝑄𝑟𝑎𝑚𝑜𝑠 ≅ 14
151
E a quantidade de placas fotovoltaicas por inversor será de:
𝑄𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎𝑠 = 𝑄𝑟𝑎𝑚𝑜𝑠 ∗ 𝑃𝐿𝑠é𝑟𝑖𝑒
Onde:
𝑄𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎𝑠 = Quantidade de placas por inversor
𝑄𝑟𝑎𝑚𝑜𝑠 = Quantidade de ramos
𝑃𝐿𝑠é𝑟𝑖𝑒 = Placas ligadas em série
Logo:
𝑄𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎𝑠 = 14 ∗ 29 = 406
𝑁º 𝑑𝑒 𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎𝑠
𝑁º 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑜𝑟𝑒𝑠 =
𝑁º 𝑑𝑒 𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑜𝑟
152
13.945
𝑁º 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑜𝑟𝑒𝑠 =
406
𝑁º 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑜𝑟𝑒𝑠 ≅ 34 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠
20.090 𝑘𝑊ℎ
= 5,37ℎ ou 5 horas e 22 minutos
3.740𝑘𝑊
153
3.4. Investimento em inversores
154
Os leilões de energia elétrica são a principal forma de contratação de
energia no Brasil e foram criados com a finalidade de assegurar o atendimento
da demanda no Ambiente de Contratação Regulada (ACR). Os leilões são
realizados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), por
delegação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)
(TRADENER, 2017).
A realização de leilões para expansão da oferta de energia elétrica foi
um mecanismo introduzido na reforma do setor elétrico e consolidado com a
efetiva participação de várias instituições do Setor Elétrico Brasileiro, inclusive
a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Esses leilões constituem pilares do
arranjo institucional introduzido em 2004. Desde o primeiro leilão, tem sido
fundamental a participação da EPE, seja contribuindo para o aperfeiçoamento
das regras e dos parâmetros básicos definidos nas portarias de diretrizes do
Ministério de Minas e Energia (MME), seja conduzindo todo o processo de
habilitação técnica dos empreendimentos de geração participantes
(BRASIL, s/d).
A CCEE realiza mensalmente o cálculo da média mensal do Preço de
Liquidação das Diferenças (PLD). Segundo a CCEE (s/d), o cálculo considera
os preços semanais por patamar de carga ponderado pelo número de horas
em cada patamar e em cada semana do mês. Confira abaixo na Tabela 7 os
últimos cálculos da CCEE.
Tabela 7: Últimos preços médios calculados pela CCEE para cada submercado.
Submercado
Mês SE/CO S NE N
10/2018 271,83 271,83 271,83 271,83
09/2018 472,75 472,75 472,75 473,58
08/2018 505,18 505,18 505,18 505,18
07/2018 505,18 505,18 505,18 505,18
06/2018 472,87 472,87 441,96 441,96
05/2018 325,46 325,46 211,57 159,47
04/2018 109,71 109,71 108,64 51,13
03/2018 219,23 219,23 218,14 40,16
02/2018 188,79 188,54 178,54 42,91
01/2018 180,07 177,82 178,01 142,23
Fonte: (CCEE s/d)
155
realizados com os valores praticados durante o período de manutenção da
usina para calcularmos o valor pago pela usina para a aquisição da energia. O
valor real pago não pôde ser divulgado pela empresa por motivos éticos que
regem a companhia.
A Tabela 8 nos mostra os valores mencionados para cada mês e o
respectivo consumo realizado pela BP.
156
como forma de compensação.
Análogo ao método de levantamento de custo na Tabela 9 foi estimado o
quanto a empresa pagou em energia nos últimos 12 meses, de acordo com seu
consumo realizado. Vejamos na Tabela 10 o quanto a companhia gastou.
Tabela 10: Estimativa do custo real praticado pela empresa nos últimos 12 meses
Valor praticado no Estimativa do
Mês/Ano Consumo
período valor total
(Entressafra) (MWh)
(PLD – SE/CO) (R$) pago (R$)
OUT/2017 140,385 533,82 74.940,32
NOV/2017 157,097 425,17 66.792,93
DEZ/2017 640,257 235,07 150.505,21
JAN/2018 667,045 180,07 120.114,79
FEV/2018 565,425 188,79 106.746,59
MAR/2018 632,385 219,23 138.637,76
ABR/2018 160,179 109,71 17.573,24
MAI/2018 240,533 325,46 78.283,87
JUN/2018 2,19 472,87 1.035,59
JUL/2018 22,095 505,18 11.161,95
AGO/2018 41,669 505,18 21.050,35
SET/2018 24,05 472,75 11.369,64
Total 3.293,31 4.173,3 798.212,23
Fonte: CCEE s/d.
157
realizado pela usina sucroalcooleira na Tabela 11.
De acordo com Brasil (2018), o fator médio de emissão de CO2 deve ser
usado quando o objetivo de quantificar as emissões da energia elétrica que
está sendo gerada em determinado momento.
158
Sendo assim, com este fator, podemos realizar o levantamento estimado
que quanto a utilização da energia solar fotovoltaica pode colaborar para
impedir a emissão de CO2 na atmosfera durante o período da manutenção da
usina estuda para os próximos anos, com o sistema em funcionamento.
Consideraremos para os cálculos o Fator Médio Mensal do ano de 2017
conforme mostra o Quadro 2.
Tabela 12: Estimativa da quantidade de dióxido de carbono emitido de acordo com a demanda
de carga consumida e o Fator Médio Mensal.
Fator Médio
Mês/Ano Consumo Estimativa de CO2
Mensal
(Entressafra) (MWh) emitido (ton)
(tCO2/MWh)
DEZ/2016 552,072 0,0714 39,41794
JAN/2017 542,852 0,0566 30,72542
FEV/2017 526,672 0,0536 28,22962
MAR/2017 694,926 0,0696 48,36685
DEZ/2017 640,257 0,0892 57,11092
JAN/2018 667,045 0,0640 42,69088
FEV/2018 565,425 0,0608 34,37784
159
MAR/2018 632,385 0,0635 40,15645
Total 321,07592
Fonte: CCEE s/d.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
160
dependem da energia de outras fontes não renováveis. Todo o investimento a
ser realizado será amplamente diluído no grande retorno oriundo da geração
de energia limpa que será injetada na rede elétrica.
Um bônus para a conclusão deste trabalho foi conseguir mostrar a
colaboração significativa que a usina BP pode proporcionar a todos nós seres
vivos. Além de conseguir trazer o bem estar para as pessoas de forma indireta,
produzindo a energia para colocar em funcionamento aparelhos e
equipamentos que trazem nosso conforto e atendam nossas necessidades,
ainda potencializa um de seus compromissos com o planeta de reduzir a
emissão de dióxido de carbono e outros gases causadores do efeito estufa que
consequentemente provocam o aquecimento de nosso planeta.
161
REFERÊNCIAS
162
agosto de 2018.
163
CAPÍTULO 10
AS MUDANÇAS DO SISTEMA ELÉTRICO NO BRASIL PARA A
IMPLANTAÇÃO DAS REDES ELÉTRICAS INTELIGÊNCIAS –
SMART GRID
164
Brasil. Por fim, buscou-se pontuar os desafios, possibilidades e vantagens da
mudança do atual sistema para as redes elétricas inteligentes, discutindo os
principais requisitos para a implantação das smart grids. A metodologia
utilizada foi a pesquisa bibliográfica, caracterizando o estudo como de revisão,
construído a partir da seleção de livros, artigos e demais publicações sobre o
assunto central. A pesquisa mostrou que as principais vantagens da
implementação das redes elétricas inteligentes são a eficiência comercial e
energética, a segurança operacional e sistêmica, o aumento da confiabilidade
do sistema elétrico e a sustentabilidade econômica e ambiental.
ABSTRACT: The objective of this study was to discuss the changes that need
to occur for the Brazilian electrical system to become a system of intelligent
electrical networks, known as smart grids. In this perspective, it was sought to
present an overview of the current electrical system in the country and the
challenges that this system faces in the distribution of energy and, from this, to
conceptualize the intelligent electrical networks and to present the advantages
of this system in comparison with the current structure. of energy distribution in
Brazil. Finally, we sought to point out the challenges, possibilities and
advantages of changing the current system to smart grids, discussing the main
requirements for the implementation of smart grids. The methodology used was
bibliographic research, characterizing the study as a review, built from the
selection of books, articles and other publications on the central subject. The
research showed that the main advantages of implementing smart grids are
commercial and energy efficiency, operational and systemic safety, increased
reliability of the electrical system and economic and environmental
sustainability.
165
1. INTRODUÇÃO
166
ambiental. As redes elétricas inteligentes vêm para suprir estas necessidades.
Portanto indaga-se: para que estas modificações possam acontecer, quais as
mudanças devem ser tomadas?
O objetivo geral do trabalho é discutir as mudanças que precisam
ocorrer para que o sistema elétrico brasileiro se torne um sistema de redes
elétricas inteligentes, ou smart grid.
2. REFERÊNCIAL TEÓRICO
2.1. Panorama do sistema elétrico brasileiro atual
167
de promover melhorias na utilização garantindo eficiência e reduzindo a
inevitabilidade de implantar novos projetos de geração para acompanhar o
crescimento da demanda (KAGAN; OLIVEIRA; ROBBA, 2010).
Entre maio de 2001 e fevereiro de 2002 ocorre o racionamento de
energia elétrica. Esse racionamento impactou o PIB (Produto Interno Bruto),
com perdas aproximadas de 25 bilhões de dólares, além de causar muita
insatisfação nos consumidores (CASTRO, 2003).
Diante desta nova situação, governo e empresas passaram a analisar
com mais cautela a situação da geração e distribuição de energia no país,
concentrando as preocupações na situação financeira das companhias e na
capacidade de geração e transmissão a médio e curto prazo. Vislumbrou-se
deficiências no setor que em relação ao crescimento da demanda poderia
chegar em um ponto de insuficiência energética, requerendo alternativas para
evitar o desabastecimento, conforme explica Castro (2003) que
acrescenta que:
O modelo do sistema elétrico implantado pelo governo FHC,
pretendia criar uma estrutura totalmente privatizada, retirando do
Estado qualquer poder ou capacidade de ação. Nesta perspectiva,
tentou-se estruturar um modelo em que a energia elétrica seria uma
mercadoria sujeita ao livre jogo das forças do mercado. O resultado
deste modelo foi a elevação substancial das tarifas, desmonte da
capacidade de planejamento do setor, proibição para investimentos
das empresas públicas, tudo isto contribuindo e culminando com a
crise de oferta de 2001 (CASTRO, 2003, p.14).
168
preferenciais resgatáveis, que seriam remuneradas pelo IGP-M mais
juros de 6 % ao ano. Contudo, esta proposta foi rejeitada pelo governo
Lula, e caso fosse executada, provavelmente não seria em sua
totalidade.
169
usinas termelétricas a combustíveis fósseis, que se tornaram mais
importantes na matriz elétrica devido aos recentes períodos
prolongados de seca. Usinas termelétricas à biomassa (a maior parte
utilizando bagaço de cana-de-açúcar como combustível) e usinas
eólicas têm contribuído cada vez mais para a geração de eletricidade,
enquanto a geração centralizada de energia solar fotovoltaica (FV)
representou cerca de 1,1% da capacidade instalada em 2018
(GRIEBENOW; OHARA, 2019, p.12).
170
A Figura 2 apresenta o histórico da geração de energia elétrica no Brasil
nas últimas décadas.
171
dedicado a reformulações estratégicas com o objetivo de melhorar a eficiência
do sistema e reduzir a possibilidade de intercorrências, como por exemplo,
eventuais interrupções no fornecimento de energia, quer seja pela escassez
hídrica, quer seja por falhas operacionais. Além disso, a necessidade de
agregar maior eficiência na gestão do sistema é mais uma questão que tem
estimulado a busca por alternativas de otimização.
Emerge desta discussão as Redes Elétricas Inteligentes (REIs), ou
Smart Grid (SG), percebidas como:
[...] a rede elétrica que utiliza tecnologia digital avançada para
observar e gerenciar o transporte de eletricidade em tempo real com
fluxo de energia e de informações bidirecionais entre o sistema de
fornecimento de energia e o cliente final. A inserção das REIs
proporciona uma variação de serviços novos (GALLOTTI, 2021, p.2).
172
daquela energia demandada (GALLOTTI, 2021).
• Digitalização: as operações ocorrendo em ambiente digital
permitem maior controle de dados em tempo real, tanto por parte da
distribuidora e comercializadora de energia, quanto por parte dos próprios
consumidores. Significa que a ociosidade e estagnação no fluxo de
transmissão de energia deixa de existir por se vincular diretamente à
demanda, analisada em tempo real e suprida no menor tempo possível. Tal
eficiência se dá por meio dos medidores e sensores inteligentes,
sincrofazores, automação, machine learning, big data and analytcs e
blockchain. (GALLOTTI, 2021).
• Descarbonização: representa a substituição das termelétricas por
fontes renováveis de energia, o que provoca a diminuição do uso de
combustíveis fósseis agregando benefícios ao meio ambiente e se alinhando
aos princípios do desenvolvimento sustentável (GALLOTTI, 2021).
Para alguns autores, dentre eles Kagan, Oliveira e Robba (2010), as
redes elétricas inteligentes são o futuro da distribuição de energia, uma vez que
promovem uma atualização da infraestrutura já instalada. Esta atualização
resulta em adequações para que o sistema elétrico ganhe mais eficiência,
fornecendo energia no momento em que esta é requerida pelos clientes,
garantindo qualidade e o mínimo de interrupções, independentemente do tipo
de cliente conectado à rede.
Esse olhar para o futuro da distribuição de energia, no Brasil e no
mundo, reflete perspectivas que encontram nas redes elétricas inteligentes as
bases para a adesão às características do que se espera que seja o sistema
elétrico do futuro, isto é:
[...] geração variável e distribuída; estabilidade reduzida devido às
novas fontes; sistema de controle distribuído, flexível e resiliente;
dinâmica muito mais rápida; carga flexível e transacional; modelo de
negócios baseado em serviços; resposta à crescente expectativa dos
clientes em relação à qualidade do fornecimento de energia, assim
como, aos anseios do regulador e das demais autoridades; a
tendência de competição no mercado de energia elétrica direta ou
indiretamente; e a necessidade da diminuição dos custos
operacionais, como, exemplificando, aqueles relativos a perdas e
inadimplência (GALLOTTI, 2021, p.3).
173
nova realidade de geração e consumo com o olhar na eficiência operacional
como resposta direta ao crescimento da demanda. Manter a atual estrutura do
sistema elétrico representa a manutenção dos problemas que já são
conhecidos e que a cada nova ocorrência coloca em xeque a capacidade do
sistema em assegurar a distribuição permanente de energia elétrica. Basta
pensar nos episódios de interrupção do fornecimento e na demora para o
restabelecimento do serviço.
Portanto, reitera-se a necessidade de modernização do sistema elétrico
com a implementação das REIs, ou SG, para otimizar a produção, distribuição
e consumo, com eficiência e qualidade agregados pelo uso intensivo da
tecnologia.
Conceitualmente, conforme descrito por Schettino (2014 apud LEITE;
CRUZ, 2017, p.47):
A Smart Grid, ou rede inteligente é o sistema de transmissão e
distribuição de energia elétrica capacitado de tecnologias que
possibilitam um elevado grau de automação. A utilização dessa
tecnologia garante uma ampla gama de benefícios aos consumidores
e concessionarias de energia, possibilitando ampliar
substancialmente a eficiência operacional, garantindo uma resposta
rápida às demandas inerentes ao sistema.
174
Dos conceitos apresentados, infere-se que as REIs são implementadas
visando a otimização da transmissão, distribuição e consumo de energia
elétrica. As mudanças trazidas pela implantação das SG agregam melhorias
significativas em termos de monitoramento, gestão e qualidade da energia
oferecida aos consumidores, uma vez que a principal característica das redes
elétricas inteligentes é o uso maciço da tecnologia.
Quanto aos elementos e funcionalidades das redes elétricas inteligentes,
tem-se, segundo Rivera, Esposito e Teixeira (2013): automação e eficiência
operacional, geração e armazenamento distribuídos, iluminação eficiente,
dentre outros. A Figura 3 traz um esquema destes elementos e
funcionalidades.
175
elétrica é a capacidade de reconfiguração automática da rede através da coleta
de dados do sistema em tempo real, com um alto grau de processamento
destes dados a ponto de evitar possíveis cortes de fornecimento de energia.
Sua utilização permite às smart grids três objetivos fundamentais:
• A capacidade de monitoramento em tempo real com capacidade de
tomada de decisão;
• Antecipação. Deverá, constantemente, procurar por possíveis
problemas que possam trazer perturbações;
• Isolação. Deverá ser capaz de isolar partes do sistema que
apresentam defeitos e reestabelecer o fornecimento de energia a partes não
afetadas;
• Benefícios: retorno ao modo de operação do sistema em um curto
período de tempo. reestabelecimento do fornecimento de energia para maior
parte das cargas afetadas e menor necessidade do envio de equipes ao
campo.
Nota-se, pelo exposto nesta seção do estudo, que a implantação de
redes elétricas inteligentes é um caminho viável para se alcançar melhorias no
sistema elétrico de modo a beneficiar os usuários do serviço. Levando-se em
conta o aumento crescente do consumo, o que torna necessário que haja um
padrão de gerenciamento desse recurso de maneira responsável, eficiente e
sustentável. Portanto, evoluir as tecnologias e técnicas de gestão operacional,
se apresenta como uma necessidade para que se alcance o máximo de
benefícios da exploração e uso desse tipo de energia.
Deste modo, a seção seguinte do estudo aborda os desafios,
possibilidades e vantagens da mudança do sistema elétrico no Brasil para a
implantação das redes elétricas inteligentes.
176
status tanto no sentido distribuidora para cliente, quanto no inverso
(BARRETTO, 2018).
As modificações para o consumidor são: programas de conscientização
quanto aos benefícios das redes inteligentes; acesso do consumidor a
informações de consumo em tempo real; avaliação do consumidor em controlar
seu consumo de energia, buscando a eficiência energética; identificação de
serviços como gerenciamento de energia, fornecimento de serviços de
comunicação, carregamento de veículos elétricos etc.; incentivo à instalação de
micro geração distribuída nas residências, possibilitando a venda à
distribuidora (ANEEL, 2010).
No lado das concessionárias, há uma recepção passiva de dados que
permite mapeamento da rede e gerenciamento de falhas e quedas de energia,
gestão de ativos e um serviço de melhor qualidade e confiabilidade
(BARRETTO, 2018).
No ano de 2012, a ANEEL aprovou a Resolução Normativa n. 482, que
“Estabelece as condições gerais para o acesso de micro geração e mini
geração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica, o sistema
de compensação de energia elétrica, e dá outras providências”. Foi o marco
inicial, para o Brasil, do sistema que permite que consumidores possam
produzir sua própria energia através de painéis fotovoltaicos ou microturbinas
eólicas para participar ativamente da rede elétrica, fornecendo força produtiva
de energia em troca de compensação na conta de luz (BARRETTO, 2018,
p.45).
Dentre as várias tecnologias que propiciam a inserção de uma Smart
Grid, pode-se citar:
177
consumidores. Utilizam-se os chamados Smart Meters, os quais são
medidores eletrônicos com funcionalidade ampliada e capacidade de
comunicação bidirecionais.
c) Equipamentos Prediais e Eletrodomésticos Inteligentes: São
equipamentos elétricos para uso em residências e estabelecimentos
comerciais que estão sendo equipados com recursos de controle capazes de
alterar sua demanda em função de sinais de preço ou relacionados com a
confiabilidade do sistema elétrico.
De acordo com Falcão (2011), para os consumidores finais, com a
introdução do conceito de Smart Grid, particularmente devido à introdução dos
Smart Meters e da micro geração (geração de pequeno porte instalada em
residências e pequenos edifícios), as tarifas, antes passivas, agora passam a
ser ativas podendo, inclusive, serem de forma instantânea e dinâmica.
As principais modificações virão de:
178
uma abordagem Plug & Play de controle, cada CEP tem que identificar a rede
ao redor e se comunicar com os consumidores vizinhos para estabelecer uma
regra de controle distribuído e próximo do ideal. Com esse procedimento,
torna-se possível explorar amplamente todas as fontes de energia existentes,
reduzir a perda local de distribuição e estabilizar as tensões da rede
(BONALDO et al., 2013).
É notório que ainda há muitos desafios para serem superados e
tecnologia a ser ampliada para conseguir suprir tal inovação. Porém, de acordo
com o exposto nesta seção, tem-se os desafios e as possibilidades para
realizar de maneira satisfatória a implantação das Smart Grids. Ter nas mãos o
controle dos gastos energéticos da sua residência, geração de energia
residencial e venda às concessionarias, poder escolher de onde virá a energia,
tendo a consciência de quanto está sendo pago em cada kWh, são algumas
das vantagens das redes elétricas inteligentes. Saber o quanto cada
eletrodoméstico está consumindo de energia, por meio de eletrodomésticos
inteligentes, gera ao consumidor final um poderio de informações e decisão
muito desejado. Tendo em vista suprir essas necessidades, surgem as
Smarts Grids.
3. ESTADO DA ARTE
3.1. Fichamento
179
diversos segmentos da rede elétrica.
• Características atribuídas às smart grids: auto recuperação,
empoderamento dos consumidores, tolerância a ataques externos, qualidade
de energia, acomodação de uma grande variedade de fontes e demandas,
redução de impactos ambientais do sistema produtor de eletricidade, melhor
resposta à demanda mediante a atuação remota em dispositivos dos
consumidores e viabilização de mercados competitivos de energia,
beneficiando-se deles e favorecendo o mercado varejista e a microgeração.
• A evolução do processo de implantação das smart grids deve seguir
os seguintes passos: instalação da infraestrutura de dispositivos inteligentes,
instalação da infraestrutura de comunicações, integração e interoperabilidade,
disponibilização de ferramentas analíticas e disponibilização e otimização
operativa.
• Tecnologias já existentes que viabilizam a implantação de uma smart
grid: Geração Distribuída e Microgeração; Infraestrutura Automática de
Medição (AMI); Precificação Dinâmica; Equipamentos Prediais e
Eletrodomésticos Inteligentes; Dispositivos Eletrônicos Inteligentes (IEDs); e
Medição Fasorial Sincronizada (PMU).
Artigo 2: Redes elétricas inteligentes (smart grid): oportunidade para
adensamento produtivo e tecnológico local (RIVERA; EXPOSITO; TEIXEIRA,
2013).
• As redes elétricas inteligentes têm como objetivo otimizar a produção,
distribuição e consumo de energia, viabilizando a entrada de novos
fornecedores e consumidores na rede, com melhorias significativas em
monitoramento, gestão, automação e qualidade da energia ofertada, por meio
de uma rede elétrica caracterizada pelo uso intensivo de tecnologias da
informação e comunicação.
• O conceito de smart grid traz uma mudança no paradigma do setor
elétrico frente a necessidade de tornar o sistema mais interativo.
• As necessidades de incorporar diferentes fontes de energia na rede e
de introduzir novos consumidores, além da necessidade de melhorar a
eficiência e o dimensionamento da rede, estão entre os motivos da crescente
aplicação de inteligência no sistema elétrico no mundo.
•A implantação das redes elétricas inteligentes pode ser
180
compreendida em três dimensões: agregar inteligência ao sistema de
fornecimento de energia elétrica; extrair benefícios da substituição dos
medidores eletromecânicos por eletrônicos inteligentes; uso de inteligência
nos centros consumidores.
• No Brasil e no mundo, as redes elétricas inteligentes se encontram
ainda em estágio de evolução embrionário. Os planos de substituição de
medidores inteligentes dos Estados Unidos, da Europa e do Japão apontam
para conclusão entre 2022 e 2030, o que não significa, necessariamente, a
implantação do conceito integral de redes elétricas inteligentes.
• A implantação de redes inteligentes no Brasil demandará grandes
investimentos. Estes investimentos podem alcançar de R$ 46 bilhões a R$ 91
bilhões até 2030.
• Os principais motivadores para a implantação de redes inteligentes
no Brasil são: busca das eficiências comercial e energética; aumento da
confiabilidade do sistema elétrico; segurança operacional e sistêmica; e
sustentabilidade econômica e ambiental.
• Além destes motivadores, o Plano Nacional de Energia prevê a
redução do consumo final de energia elétrica em 10% em 2030 por meio de
medidas indutoras de eficiência energética. Portanto, a eficiência operacional
é o grande vetor para os investimentos em redes elétricas inteligentes.
• A implantação das redes elétricas inteligentes no Brasil representa
uma grande oportunidade de mercado para fornecedores de tecnologia.
Artigo 3: Estudo e aplicação da smart grid no sistema elétrico de
distribuição brasileiro (LEITE; CRUZ, 2017).
• A rede de energia elétrica de distribuição tem evoluído pouco nos
últimos anos, mas, devido a novos desafios provocados pelas mudanças
modernas, como ameaças à segurança, uso de energias intermitentes, metas
de melhoria dos indicadores de qualidade, redução dos picos de demanda e
aumento da confiabilidade, emerge a necessidade de evolução tecnológica
com a integração de sensores e mediadores inteligentes na rede.
• A demanda de energia elétrica nacional vem crescendo muito nos
últimos anos, e esse aumento da demanda traz consigo perdas relevantes
inerentes aos atuais sistemas de distribuição e transmissão. A implantação de
novas tecnologias pode trazer melhorias na utilização de energia, tornando o
181
sistema mais eficiente e reduzindo as perdas.
• A smart grid é o sistema de transmissão e distribuição de energia
capacitado de tecnologias que possibilitam um elevado grau de automação,
garantindo ampla gama de benefícios aos consumidores concessionárias de
energia, ampliando a eficiência operacional, garantindo uma resposta rápida
às demandas inerentes ao sistema.
• A rede inteligente é o futuro da distribuição de energia elétrica, pois, a
partir da utilização da infraestrutura já existente possibilita a eficiência mais
adequada para o sistema elétrico.
• O sistema permite identificar de forma instantânea e precisa as falhas
e quedas no fornecimento de energia elétrica. Possibilita também o
conhecimento mais aprofundado do comportamento do consumo de cada
cliente garantindo melhor planejamento da ampliação da oferta.
•O sistema garante, ainda, maior controle por parte das
concessionárias, melhorando a apuração de fraudes ou perdas operacionais
no sistema.
• As redes inteligentes são citadas como uma solução viável para
alguns dos problemas das interrupções de energia no sistema de distribuição,
já que otimizam a transmissão, distribuição e o consumo de energia elétrica,
agregando melhorias em monitoramento, gestão, automação e qualidade da
energia ofertada pelo uso intensivo de tecnologias de informação e
comunicação.
• O sistema elétrico atual faz uso de um modelo antigo, com
instalações formadas por equipamentos fisicamente robustos sem muitas das
facilidades que as novas tecnologias podem proporcionar. Este padrão
representa, no longo prazo, riscos para as operações.
• Analisando pelo aumento da demanda, a defasagem da infraestrutura
da rede é uma das causas do aumento dos índices de frequência e duração
das interrupções, o que traz prejuízos à continuidade da prestação do serviço.
• A rede atual sofre com a falta de infraestrutura de comunicação
efetiva, monitoramento e diagnóstico de falhas, o que aumenta a
possibilidade de colapso do sistema devido ao efeito cascada iniciado por
uma única falha.
• Estes aspectos fazem parte do conjunto de fatores que motivam a
182
mudança do sistema tradicional para as redes elétricas inteligentes, embora
sua implantação seja algo complexo e que envolve elevados investimentos.
• Apesar disso, as redes inteligentes já são uma realidade internacional.
➢ Nos Estados Unidos foi aprovado, em 2008, uma legislação sobre
redes inteligentes, e em 2009 foi inserido o montante de $ 4 bilhões em um
pacote de incentivos ao desenvolvimento dessas redes.
183
problemas relacionados aos equipamentos e competência de suportar
distúrbios.
➢ Sustentabilidade econômica e ambiental: modificação dos negócios
e das viabilidades para novos serviços de custo agregado concedidos pelas
concessionárias, assim como a atual regulamentação do net metering e uso
de veículos elétricos e híbridos conectados às redes.
• O sistema elétrico do futuro é caracterizado por:
➢ Geração variável e distribuída.
➢ Estabilidade reduzida devido às novas fontes.
➢ Sistema de controle distribuído, flexível e resiliente.
➢ Dinâmica muito mais rápida.
➢ Carga flexível e transacional.
➢ Modelo de negócios baseado em serviços.
➢ Resposta a crescente expectativa dos clientes em relação à
qualidade do fornecimento de energia, assim como, aos anseios do regulador
e das demais autoridades.
➢ Tendência de competição no mercado de energia elétrica direta ou
indiretamente.
➢ Necessidade da diminuição de custos operacionais, especialmente
aqueles relativos a perdas e inadimplência.
• Essa modernização do sistema elétrico encontra na implantação das
redes elétricas inteligentes sua forma de se operacionalizar e se viabilizar.
• No Brasil, os propósitos da implantação das redes elétricas
inteligentes podem ser assim resumidos:
➢ Diminuir as perdas técnicas e comerciais.
➢ Aprimorar a qualidade do serviço prestado pelas distribuidoras.
➢ Reduzir os custos operacionais.
➢ Melhorar o planejamento da expansão da rede.
➢ Aperfeiçoar a gestão dos ativos.
➢ Impulsionar a eficiência energética.
➢ Desenvolver a inovação e a indústria tecnológica.
• Alguns benefícios da implantação das redes elétricas inteligentes:
➢ Maior flexibilidade e confiabilidade.
➢ Menos lançamento de gases de efeito estufa.
➢ Atenuação dos gastos de geração.
184
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
185
respeito à infraestrutura de transmissão e de tecnologia. Para tanto, são
necessários investimentos que viabilizem a mudança do sistema de modo
paralelo e incorporado, ou seja, aproveitando-se do atual modelo e migrando
gradualmente para a nova estrutura, mais tecnológica, de redes elétricas
inteligentes.
Considerando as vantagens da implementação das smart grids, pode-se
ponderar que tais investimentos são viáveis no longo prazo, pois, o ganho de
eficiência associado à redução de perdas operacionais e de minimização de
impactos ambientais justificam a mudança e podem valorar a análise dos
investimentos necessários. Assim, quando se analisa o aumento contínuo da
demanda por energia elétrica, o que em contrapartida aumenta o nível das
perdas operacionais, a mudança do atual sistema para a implementação das
redes elétricas inteligentes, neste aspecto, já se mostra viável.
O estudo realizado mostrou que os projetos de implantação das smart
grids são ainda embrionários e que um longo caminho ainda tem que ser
percorrido. No entanto, as mudanças estão sendo implementadas gradualmente
e pelo que foi levantado nos artigos, livros e outros trabalhos acadêmicos sobre
o tema, as perspectivas são boas para a efetivamente e funcionamento das
redes elétricas inteligentes no Brasil.
186
REFERÊNCIAS
LEITE, João Victor de Andrade; CRUZ, Antônia Ferreira dos Santos. Estudo e
aplicação da smart grid no sistema elétrico de distribuição brasileiro. XVI SEPA
– Seminário Estudantil de Produção Acadêmica. Salvador: UNIFACS, 2017.
Disponível em:
<https://revistas.unifacs.br/index.php/sepa/article/view/4902/3294>. Acesso em:
15 set. 2021.
187
em: <http://pee.ufrj.br/teses/textocompleto/2016032902.pdf>. Acesso em: 10
fev. 2022.
188
CAPÍTULO 11
ESTUDO SOBRE PROTÓTIPO DE UM SENSOR
MODALMÉTRICO DE FIBRA ÓPTICA VERSUS DESCARGAS
PARCIAIS
189
a operação do transformador e que protótipo do sensor de fibra óptica
apresentou como o método mais eficiente na prevenção de falhas em
transformadores porque é capaz de captação sinais descargas parciais,
mesmo com transformadores em operação.
ABSTRACT: The aim of the course conclusion work was to study the prototype
operation of a fiber optic modalmetric sensor for detection of partial discharges
in transformers and to compare the means used in the detection of partial
discharges in ten works published in recent years. We conclude through
bibliographical research that there are many studies related to partial
discharges and methods of prevention and detection of these failures in
transformers. However, the methods applied in the detection of these
discharges are still not efficient when it comes to the analysis of these failures
during the operation of the transformer and which prototype of the fiber optic
sensor presented as the most efficient method in the prevention of failures in
transformers because it is capable of capturing discharge signals partial, even
with transformers in operation.
190
1. INTRODUÇÃO
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Transformador
191
onde o fluxo magnético, variável, produzido em um age sobre o outro. O
enrolamento no qual a fonte é aplicada é o primário e o enrolamento onde a
carga é conectada é o secundário (ESCOLA POLITÉCNICA DA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 2016). Para Silva et al., (2012)
transformadores em geral são equipamento fundamental para ativação de
“sistemas de conversão e distribuição de energia elétrica e estão presentes
desde a planta geradora, elevando a tensão para níveis adequados à
transmissão a longas distâncias, até a distribuição, reduzindo a tensão para
níveis de consumo residencial”.
Um transformador é composto basicamente de dois enrolamentos, no
qual, a variável e o fluxo magnético formado, age um sobre o outro. O
enrolamento, onde a fonte é instalada é o primário do transformador e o
enrolamento onde a carga é conectada é o secundário. De modo geral, a
função de um transformador é a de reduzir as perdas em transmissão por
redução da corrente requerida para transmitir uma determinada potência
elétrica (NINÄS, 2004).
Transformadores de potência são equipamentos elétricos onde o
princípio básico de seu funcionamento é converter os diferentes níveis de
tensão entre a fonte, ligada ao circuito primário, e a carga alimentada ligada, ao
secundário. Sua principal função é a transformação de tensão e correntes
alternadas entre os circuitos, sem alterar a frequência, também muito utilizado
para compatibilizar os níveis de tensão do circuito primário ao circuito
secundário. A proporção entre as correntes primária e secundária depende da
relação entre o número de voltas (espiras) em cada um dos enrolamentos
(SOARES, 2011).
3. MATERIAIS E MÉTODOS
192
O material utilizado para desenvolvimento da pesquisa foi concedido
através de uma licença teórica emitida pelo setor responsável pela criação do
protótipo.
193
vibração mecânica sentida por esse trecho multimodo, ocorrerá um rearranjo
da luz dentro desta fibra, este novo rearranjo modificará a luz reacoplada na
fibra monomodo.
e) A intensidade de luz reacoplada na fibra monomodo será proporcional
à intensidade da vibração mecânica.
f) Após o reacoplamento na fibra monomodo, a luz voltará a atingir o
circulador óptico.
g) A partir do circulador óptico a luz chegará ao fotodetector.
h) Após o fotodetector, são selecionadas somente as componentes de
alta frequência que são características das descargas parciais.
i) O sinal filtrado pode ser gravado, através de uma conversor
analógico/digital, ou visto através de um analisador espectral elétrico
(ARANTES, 2021, p.12).
O esquema de funcionamento do sensor modalmétrico pode ser
observado na Figura 2.
As análises das falhas são realizadas através dos ruídos coletados dos
transformadores. Os parâmetros analisados através dos ruídos são frequência,
energia e amplitude. As descargas parciais podem ser identificadas através da
194
duração da amplitude dos ruídos, conforme pode-se observar na Figura 3.
195
3.4. Ensaios
196
Para analisar os ruídos das DPs foi necessário primeiro fazer medições
dos ruídos e vibrações locais sem o funcionamento do transformador e
colocação de filtros porque em campo o sensor foi aplicado a distâncias
maiores que 100 metros.
De acordo com Arantes (2015):
concentração grande do ruído na frequência de 103.5 kHz. Para
captação dos dados quando da aplicação de tensão no secundário do
transformador, projetou-se um filtro para eliminar as frequências de
ruído, sem grandes perdas do sinal da vibração do transformador.
• TC 702 _V do DJ701
• TC 702 _B do DJ701
O TC 702_V do DJ701 apresentava fortes atividades de DPs que foram
detectadas através de ensaio do Cepel e análise cromatográfica de gases.
TC 702_B do DJ701, foi medido para ser a referência de um
equipamento de baixa atividade de DP. Pode-se observar o local de
acoplamento do sensor na Figura 8.
197
de 60 milhões de registros durante um minuto de gravação que corresponde ao
valor da tensão transduzida pelo ruído na faixa do ultrassom, a cada µs. Na
Figura 9 é possível observar o local de acoplação do sensor e também os
equipamentos utilizados para os ensaios.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Resultados de ensaios no CEPEL
198
Pode-se observar na Figura 11 que as frequências dos ruídos
predominam em quase todas as faixas de captação do sinal, para filtrar os
ruídos predominantes foi usado um filtro passa baixa com frequência de corte
de 80 KHz. A Figura 11 mostra a ação do filtro na captação dos sinais. Em
amarelo o sinal sem filtro e em azul o sinal filtrado.
Figura 11: Sinal sem filtro (amarelo) x sinal com filtro (azul).
199
4.2. Resultados de ensaios em Imperatriz
200
• Ausência de um pára-raios, ou o mesmo desconectado ou fora do
padrão necessário;
• Falta de aterramento;
• Aterramento de resistência elevada (superior a 100 ohms);
• Fusível desajustado;
• Erro na posição do contador de tensão;
• Carga superior a potência.
4.5. Fadiga
4.6. Surtos
201
dos eventos de sobretensão de um transformador é provocado por descargas
atmosféricas, e 40 % por outros motivos, como: degradação do isolamento
devido a descargas anteriores, choques térmicos, fadigas acumuladas, ou grau
de perda de vedação (BECHARA, 2010).
202
dos isolamentos líquidos ou sólidos e a consequente intensificação do campo
elétrico no interior da cavidade com menor tensão de ruptura. As descargas
parciais internas podem ocorrer em qualquer parte do dielétrico, como por
exemplo, na junção de dois materiais dielétricos diferentes e nas regiões
adjacentes ao eletrodo. Contudo, torna-se necessário a presença de uma
cavidade no dielétrico. Além disso, as descargas parciais são de curta duração
em relação ao período da tensão senoidal aplicada, são repetitivas e têm o
tempo de subida muito curto, podendo ser modeladas idealmente como uma
função impulso ou delta de Dirac δ(t) (ZINGALES, 2000).
O surgimento de vazios na estrutura desses materiais pode ser devido a
causas distintas, dependendo da natureza do material e do processo de
fabricação. A Figura 13, ilustra uma DPs interna (MACEDO, 2014).
Figura 13: Exemplo de isolamento com falhas que podem causar DPs.
203
Figura 14: Exemplo DPs superficial.
Figura 15: Exemplo de configuração que pode gerar descargas tipo corona.
204
diferem entre si, em função dos diversos fenômenos físicos e químicos
originados a partir da ocorrência das descargas. Dessa forma, é possível se
analisar diversas características que auxiliam na detecção. Podendo-se citar,
por exemplo (KEMP, 1995; JAMES et al., 2008; AGARWAL et al., 1995;
AMERICO et al., 2017):
a) Elétricos- A IEC 60270 estabelece três configurações de ensaio,
sendo que estas variações consistem na detecção da queda de tensão sobre a
impedância de medição. A primeira configuração baseia-se na impedância de
medição em série com o objeto em análise. Conforme mostra a Figura 16
(AMERICO et al., 2017. p.2).
205
impedâncias de medição 1 e 2. Este circuito apresenta vantagens no que se
refere aos problemas de interferências externas. Conforme se observa na
Figura 18.
Figura 18: Configuração de ensaio 3.
206
4.12. Descargas parciais em transformadores
207
4.14. Métodos de detecção de descargas parciais
208
4.15. Análise de desempenho do protótipo do sensor modalmétrico de fibra
óptica na detecção de descargas parciais
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
209
REFERÊNCIAS
210
IE COMMISSION et al., IEC 60270 High-voltage test techniques-Partial
discharge measurements, 3. Edition, Geneva, Switzerland, 2000.
JAMES, R. E.; SU, Qi. Condition assessment of high voltage insulation in power
system equipment. IET, 2008.
211
CAPÍTULO 12
SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS
ATMOSFÉRICAS - SPDA – ESTUDO DA ABNT NBR 5419 E
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
212
PALAVRAS-CHAVE: Descargas atmosféricas; Malha de aterramento;
Proteção de sistemas elétricos; SPDA.
213
1. INTRODUÇÃO
214
de Proteção Contra Descargas Atmosféricas – SPDA, nos termos da NR 10, do
Ministério do Trabalho, e NBR 5419, da Associação Brasileira de Normas
Técnicas.”
Este trabalho tem por objetivo realizar um estudo sobre os sistemas de
proteção contra descargas atmosféricas, embasados na norma brasileira ABNT
NBR 5419 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas, abordando
seus principais tópicos, e aprofundando nos itens descritivos dos métodos de
proteção.
Outro propósito deste trabalho é apresentar um projeto prático, no qual
foi utilizado o bloco C do Campus Universitário da UEMG como exemplo de
aplicação, justificando tecnicamente a necessidade de instalação de um SPDA,
dimensionando os subsistemas de acordo com a ABNT NBR 5419 e
apresentando uma lista de materiais, caso seja decidida a implantação do
projeto.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
215
Nesse método, os terminais aéreos de captação são dispostos
uniformemente pelas superfícies superiores do edifício e seguem para o
subsistema de descidas e, em seguida, para o subsistema de aterramento,
formando uma malha, análoga ao teorema de Faraday. A Figura 1 ilustra uma
casa que utiliza o método de proteção da gaiola de Faraday (SIT
ENGENHARIA, 2021).
216
equipotencial, eventualmente incluindo DPS (dispositivo de proteção contra
surtos), interligando o SPDA, a armadura metálica da estrutura, as instalações
metálicas, as massas e os condutores dos sistemas elétricos de potência e de
sinal, dentro do volume a proteger (ABNT NBR 5419, 2005, p. 17).
217
𝑁𝑑 = 𝑁 * 𝐴 * 𝐵 * 𝐶 * 𝐷 * 𝐸 (3)
Onde:
𝑁𝑑 é a avaliação de risco para determinada estrutura;
N é o índice de necessidade de instalação de um SPDA;
A é o fator correspondente ao tipo de ocupação da estrutura;
B é o fator correspondente ao tipo de construção;
C é o coeficiente correspondente ao conteúdo da edificação e os efeitos
indiretos das descargas atmosféricas que ela comporta;
D é fator referente à localização do prédio;
E é o fator referente à topografia do terreno onde o prédio se encontra.
Onde:
Qd é a quantidade de descidas;
Pe é o perímetro da edificação, em metros;
Em é o espaçamento médio entre os condutores de descida, em metros,
de acordo com o nível de proteção.
218
Nível III: Edifícios residenciais, industriais com baixo risco de incêndio,
estabelecimentos agropecuários, áreas rurais de médio porte com estruturas
em madeira, etc.;
Nível IV: Depósitos de sucatas, áreas rurais de pequeno porte com
estruturas em madeira, etc.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
𝑁g = 4 * 10−2 * 𝐼𝑐1,25
𝑁g = 4 * 10−2 * 301,25
𝑁g =2,8084 [(raios*ano)/𝑘𝑚2]
219
da passarela do pavimento imediatamente superior, tem uma altura de 3
metros. A partir dessas alturas medidas, o valor da área de atração de
descargas atmosféricas calculado foi de 3.816,20 m².
Com a área de atração e a densidade de descargas, calculamos o índice
de necessidade de instalação de um SPDA, através da equação 1,
desenvolvida abaixo.
𝑁 = 𝐴AE * 𝑁g * 10−6
𝑁 = 3816,2 * 3 * 10−6
𝑁 = 11,4486 * 10−3 [raios/ano]
𝑁𝑑 = 𝑁 * 𝐴 * 𝐵 * 𝐶 * 𝐷 * 𝐸
𝑁𝑑 = 11,4486 * 10−3 * 1,7 * 1 * 1,7 * 0,4 * 0,3
𝑁𝑑 = 3,9704 * 10−3
220
é em telhas de fibrocimento do modelo Canaleta 90. O compartimento onde
está localizada a caixa d’água encontra-se exatamente no centro da estrutura,
tem dimensões de 4,25 por 5,60 por 2,00 metros de altura e não possui
telhado, apenas uma laje plana impermeabilizada.
Os condutores da malha de captação escolhidos foram em forma de
barra chata de cobre de 3/4” x 3/16” e os terminais aéreos deverão ser de base
plana, galvanizados a quente, de 35 cm de comprimento.
Na torre da caixa d’água, serão instalados oito terminais aéreos, sendo
localizados nos centros e nos vértices do referido plano, parafusados de baixo
para cima na barra de cobre, com parafusos inoxidáveis e apertados com
porcas também em aço inox. A barra de cobre, por sua vez, será fixada à laje
da torre por meio de parafusos inoxidáveis e buchas de nylon cravadas na laje.
No telhado principal, serão instalados 37 terminais aéreos em cada lado
de 73,05 m, com uma distância média de 2 metros entre eles. Nos lados de
15,15 m, serão colocados sete terminais de captação, já descontando um em
cada extremidade, contabilizado anteriormente na face perpendicular, com 2,17
metros de espaçamento médio. Na cumeeira do telhado, foram projetados 16
terminais, subtraindo um em cada extremidade, contabilizado anteriormente no
lado de 15,15 metros, também com 2 metros de espaçamento. A fixação dos
terminais aéreos na barra de cobre deverá ser realizada da forma citada
anteriormente, e a barra deverá ser parafusada na telha de fibrocimento
utilizando parafusos e porcas de aço inox. A Figura 2 ilustra como os terminais
deverão ser fixados no telhado do bloco C.
Figura 2: Detalhe de fixação do terminal aéreo e da barra de cobre nas telhas de fibrocimento.
Fonte: Os autores.
221
captação composto por 128 terminais aéreos, mostrado abaixo, na planta baixa
da malha de captação, como pode ser observado na Figura 3.
Fonte: Os autores.
222
𝑄𝑑 = 11,76
𝑄𝑑 ≅ 12
Fonte: Os autores.
Onde:
1.Condutor de cobre nu 16 mm², vem do subsistema de captação e
conecta-se à malha de aterramento;
2.Condutor de cobre nu 16 mm² para aterramento do guarda corpo;
3.Parte metálica fixa do guarda corpo;
4.Terminal a compressão estanhado 16 mm²;
5.Conector de pressão 16 mm².
Os condutores do subsistema de descida escolhidos foram em cabos de
223
cobre nu de 16 mm² e em barras chatas condutoras, também de cobre, de 3/4”
x 3/16”. As barras chatas condutoras interligam a captação ao subsistema de
aterramento, terminando a uma altura de 3 metros acima do nível do solo, a
partir de onde a descida é continuada com um cabo de cobre de 16 mm², como
ilustra a Figura 5.
Fonte: Os autores.
Onde:
1. Cabo de cobre nu 16 mm², vem do subsistema de captação e
conecta-se à malha de aterramento;
2. Barra chata condutora de cobre 3/4” x 3/16”;
3.Tubo de PVC Ø 1” x 3,00 m;
4. Abraçadeira tipo “D”;
5. Parafuso de aço inoxidável Philips de 4,2 x 32 mm;
6. Bucha de nylon nº 8;
7. Terminal a compressão estanhado 16 mm²;
8. Parafuso de aço inoxidável de 1/4” x 7/8”;
9. Porca de aço inoxidável de 1/4”.
224
perímetro.
Os condutores de malha deverão ser de cobre nu de 50 mm², enterrados
a 50 cm de profundidade com a terra compactada.
As conexões entre os condutores de descida, condutores de malha e
hastes de aterramento deverão ser realizadas exclusivamente através de solda
exotérmica, a uma profundidade de aproximadamente 30 cm. As soldas
exotérmicas aplicadas na confecção da malha são do tipo cabo/haste,
cabo/cabo “T” e cabo/cabo na horizontal, onde a emenda de condutores se faz
necessária.
A resistência de aterramento medida foi de 9,8 Ω, através do método da
queda de potencial, fato que não exige nenhum tratamento de correção de
resistividade do solo local.
A malha de aterramento, com uma área de 1.350,00 m², envolve o
prédio principal, e possui uma distância entre hastes de exatamente 3 metros,
para que não haja gradientes de tensão que possam vir a provocar tensões de
passo perigosas para quem se encontra no interior da malha. A Figura 6 ilustra
a planta baixa da malha de aterramento, onde a região não hachurada
representa a área compreendida entre o final do guarda corpo da passarela e o
início do passeio, a região em vermelho representa toda a construção e a
região em verde representa a abrangência da malha, e todas as medidas estão
em metros.
Fonte: Os autores.
225
Na Figura 7 é mostrada a caixa de inspeção descrita acima, que deverá
ser aplicada na malha de aterramento do bloco C.
Fonte: Os autores.
Onde:
1. Haste de aterramento alta camada (254 microns) de 3/4” por 3 metros
de comprimento;
2. Cabo de cobre nu 16 mm². Vem do subsistema de descida;
3. Cabo de cobre nu 50 mm². Vem do subsistema de aterramento;
4. Caixa de inspeção Ø 30 cm em PVC;
5. Tampa de ferro fundido.
226
primeiro pavimento, que, por sua vez, conectar-se- á ao barramento do
pavimento térreo e este, ao subsistema de aterramento, e a esses barramentos
deverão ser conectados:
• Carcaça de quadros de distribuição e derivação;
• Eletrodutos e encanamentos metálicos;
• Ferragens sobressalentes, acima do nível da laje;
• Terra de todos os equipamentos elétricos.
O uso de dispositivo de proteção contra surtos no bloco C é dispensável,
pois na rede de distribuição da Companhia Energética de Minas Gerais –
CEMIG há para-raios de baixa tensão, que tornam o sistema elétrico em
edificações seguro contra surtos de tensão provocados por incidência de
descargas atmosféricas.
Todas as interligações entre as caixas de equalização e a malha de
aterramento deverão ser efetuadas por condutores de cobre nu de 50 mm² e
deverão obedecer à seguinte hierarquia, mostrada pela Figura 8.
Fonte: Os autores.
227
duas salas.
Fonte: Os autores.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
228
Embora o método da gaiola de Faraday seja o mais eficiente entre os
três utilizados para proteção contra descargas atmosféricas, há também a
opção de projetar um SPDA utilizando a combinação com o método dos
captores Franklin. Essa combinação aumenta o custo da implantação do
sistema e não aumenta sua eficiência, pois o captor Franklin atrairá descargas
atmosféricas para a estrutura, que poderá ser captada por ele ou pelos
terminais aéreos e a gaiola de Faraday por si só já é suficiente para proteger a
estrutura contra os efeitos danosos da incidência de raios.
O projeto utilizado como exemplo de aplicação neste trabalho teve um
índice de necessidade de instalação que já obriga a instalação de um sistema
de proteção contra descargas atmosféricas, e a edificação é destinada a fins
educacionais, fato que agrava o previsto na ABNT NBR 5419 de 2005.
Por se tratar de uma edificação existente, não foi utilizado o SPDA
estrutural, e todo o projeto foi elaborado em conformidade com a norma
brasileira ABNT NBR 5419.
O subsistema de captores foi dimensionado, posicionando-se os
captores de forma mais simétrica possível, e os condutores da malha de
captação foram escolhidos em forma de barras chatas condutoras de cobre.
229
REFERÊNCIAS
230
CAPÍTULO 13
AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL UTILIZANDO O MÓDULO ESP32-
CAM COM CÂMERA OV2640 E ANTENA 3DI
231
monitoramento em tempo real, através da Internet. A análise da viabilidade
econômica demonstrou que o projeto apresenta baixo custo em relação a
sistemas existentes no mercado, cumprindo assim as premissas iniciais do
presente trabalho.
232
1. INTRODUÇÃO
233
comunicação sem fio.
Domótica é a automatização e o controle aplicados à residência. Esta
automatização e controle se realizam mediante o uso de
equipamentos que dispõem de capacidade para se comunicar
interativamente entre eles e com capacidade de seguir as instruções
de um programa previamente estabelecido pelo usuário da residência
e com possibilidades de alterações conforme seus interesses. Em
consequência, a domótica permite maior qualidade de vida, reduz o
trabalho doméstico, aumenta o bem-estar e a segurança, racionaliza
o consumo de energia e, além disso, sua evolução permite oferecer
continuamente novas aplicações (AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL,
2011).
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Componentes de Hardware
234
Este componente é uma placa de desenvolvimento de modo duplo,
contando com WIFI e bluetooth que usa antenas e núcleos de PCB baseados
em ESP32-S, faixa de ajuste de frequência principal de 80 MHz a 240 MHz,
sensor no chip, sensor Hall, sensor de temperatura, entre outros. Amplamente
utilizado em aplicações de IoT é adequado para dispositivos inteligentes
domésticos, monitoramento sem fio, reconhecimento facial e outras aplicações
da Internet das coisas (TRAY TECNOLOGIA, 2022). Na Figura 1 pode ser
observado o módulo ESP32-CAM.
235
Analisando a pinagem do módulo em questão pode-se verificar que o
mesmo conta com diversos GPIOs para conexão de periféricos. O mesmo
possui três pinos GND coloridos em preto, e dois pinos de alimentação
representados em vermelho, de 3.3 V e 5 V (RANDOM NERD TUTORIALS,
2020), o que é representado na Figura 3.
236
2.2. Componentes de software
3. MATERIAIS E MÉTODOS
237
realizada em livros, revistas, artigos e outros. A segunda parte do trabalho
consiste na escolha do local de instalação e construção do protótipo de
segurança. Após essa etapa é feita a coleta e análise de dados.
Fonte: Os autores.
238
Figura 7: Fixação do protótipo lado interno.
Fonte: Os autores.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Configurações IDE Arduino
Fonte: Os autores.
239
2º) Com o download finalizado basta clicar sobre o arquivo, e autorizar o
programa.
3º) Após essa etapa é preciso aceitar os termos de uso do programa,
como pode ser visto na Figura 9.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
240
5º) O primeiro passo para iniciar a configuração é indo em Arquivo e
depois Preferências, como pode ser observado na Figura 11.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
241
7º) Após esse processo é preciso baixar as bibliotecas do módulo, para
isso deve-se ir em Ferramentas>Placa>Gerenciador de Placas, como pode ser
observado na Figura 13.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
242
9º) Após essa configuração, as placas da família ESP32 estão
disponíveis para uso na IDE do Arduino.
10º) Para verificar que o pacote de placas foi instalado corretamente, basta
seguir o mesmo processo do tópico 7, e as placas disponíveis podem ser
observadas, como mostra a Figura 15.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
243
12º) Algumas informações precisam ser modificadas para o
funcionamento correto, em Ferramentas>Partition Scheme, e escolher a opção
mostrada na Figura 17.
Fonte: Os autores.
244
Figura 18: Instalação do driver.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
16º) Instalação do conversor USB serial CH340G (V3), o link para baixar
pode ser encontrado no site: https://www.robocore.net/tutoriais/instalando-
245
driver-do-nodemcu. Após ser baixado o arquivo deve ser descompactado, e
executado, como mostra a Figura 20.
Fonte: Os autores.
4.2. Código do Arduino
246
Figura 21: Conexão módulo ESP32 CAM com o Conversor USB Serial.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
247
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.1. Funcionamento do protótipo
Fonte: Os autores.
248
Figura 24: Monitoramento da parte interna da residência.
Fonte: Os autores.
Componente Valor
Módulo ESP32-CAM com Câmera OV2640 2MP R$85,00
Placa FTDI FT232RL Conversor USB Serial R$20,00
Jumper Fêmea-Fêmea R$10,00
Fonte 5V R$19,00
Protoboard R$11,00
Total:
R$145,00
Fonte: Os autores.
249
R$1000,00 a R$1200,00 para sistemas com 4 câmeras e um monitor. Sistemas
mais simples, com 2 a 4 câmeras tem seu preço de R$385,00 a R$655,00,
podendo variar em decorrência de marca, qualidade das câmeras e outros
acessórios adicionais.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
250
REFERÊNCIAS
ISAAC. ESP32-CAM: O que você deve saber sobre este módulo. Disponível
em: <https://www.hwlibre.com/pt/c%C3%A2mera-esp32/>. Acesso em: 13 fev.
2022.
251
CAPÍTULO 14
PROCESSO DE PRODUÇÃO DO BIODIESEL
252
Endereço: Rua Vereador Geraldo Moisés da Silva, s/n, Universitário, Ituiutaba – MG
E-mail: aurea.jesus@uemg.br
253
1. INTRODUÇÃO
2. MATERIAIS E MÉTODOS
254
2.1. Definição e matérias primas
255
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1. Processos de fabricação do biodiesel
256
feita a remoção dos produtos gerados durante a sua fabricação. Entre eles
estão: glicerina, água residual e ésteres metílicos (BIODIESEL BRASIL, 2018).
Uma alternativa para remoção de impurezas do biocombustível é a
lavagem com água quente. A lavagem com água acidificada neutraliza o
catalisador básico. Os compostos líquidos podem ser separados dos ésteres
por decantação e em seguida é feito o aquecimento para a secagem e a
remoção da umidade (BIODIESEL BRASIL, 2018).
3.2. Transesterificação
257
seguintes tipos de transesterificação: alcoólise, que é a reação entre álcool e
éster; acidólise, reação entre éster e ácido carboxílico; e interesterificação,
reação entre dois ésteres (MAGALHÃES, 2022).
Conforme o tipo de substância que reage com o éster, temos os
seguintes tipos de transesterificação: alcoólise, que é a reação entre álcool e
éster; acidólise, reação entre éster e ácido carboxílico; e interesterificação,
reação entre dois ésteres (MAGALHÃES, 2022).
3.4. Hidroesterificação
258
A hidroesterificação é um processo que envolve uma etapa de hidrólise
seguida de uma etapa de esterificação (ENCARNAÇÃO, 2007).
Encarnação (2007) diz:
A hidrólise consiste numa reação química entre a gordura ou o óleo
com a água, gerando-se glicerina e ácidos graxos. Independente da
acidez e da umidade da matéria-prima, o produto final da hidrólise
possui acidez superior a 99 %. Portanto, ao invés de diminuir a acidez
através de um refino, a hidrólise aumenta propositadamente a acidez
da matéria-prima. Além disso, obtém-se uma glicerina muito mais
pura que a glicerina advinda da transesterificação. Matérias-primas de
grau alimentício geram glicerinas de grau alimentício a partir da
hidroesterificação. Isso jamais ocorre na transesterificação, onde um
significativo teor de sais, álcoois e outras impurezas encontram-se
presente na glicerina. Atualmente, as três plantas de hidrólise (SGS,
em Ponta Grossa-PR; Irgovel – Indústria Rio Grandense de Óleos
Vegetais, em Pelotas-RS; e ICSG – Indústria Campineira de Sabão e
Glicerina, em Campinas - SP), em operação no Brasil, atingem
conversões superiores a 99 %.
5. CONCLUSÕES
259
modificação nos motores, além de ter sua viabilidade comprovada na avaliação
dos componentes do motor, não tendo apresentado nenhum tipo de resíduo
que comprometesse o desempenho.
A maior parte dos veículos utilizados na indústria são movidos a diesel.
O biodiesel é uma alternativa econômica, tendo a vantagem de ser confiável,
renovável e fortalecer a economia do país gerando mais empregos.
260
REFERÊNCIAS
261
CAPÍTULO 15
USO DOS BIOCOMBUSTÍVEIS NO BRASIL
262
Instituição: Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM)
Endereço: Rua Belarmino Vilela Junqueira s/nº, Novo Tempo 2, Ituiutaba – MG
E-mail: denisecomputacao@gmail.com
ABSTRACT: The motivations for the interest in the use of biofuels are varied
and diversify from one country to another, among them are the reduction of
external dependence on oil and the minimization of pollution, especially in large
urban centers. Brazil has a significant prominence in the world scenario of
production and use of biofuels, particularly in relation to ethanol produced from
sugarcane and biodiesel derived from vegetable oils or animal fats.
263
1. INTRODUÇÃO
2. MATERIAL E MÉTODOS
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.1. Programa Nacional do álcool (PROÁLCOOL)
264
sustentáveis e contribuir para o cumprimento das metas de redução de
emissões com as quais o Brasil se comprometeu no Acordo de Paris (VIDAL,
2019).
As principais metas relacionadas aos biocombustíveis a serem
alcançadas até 2030 foram: redução de 43 % das emissões de gases de efeito
estufa, participação de 45 % de energias renováveis e de 18 % da bioenergia
na matriz energética (BRASIL, 2017).
A Lei criou o CBIO (Crédito de Descarbonização), um ativo financeiro,
negociado em bolsa, emitido pelos produtores e importadores de
biocombustível a partir da comercialização. Os distribuidores de combustíveis
serão obrigados a adquirir os CBIOs para cumprir sua meta de
descarbonização que será estipulada anualmente pelo Governo (VIDAL, 2019).
O Renovabio teve data para começar a ser implementado efetivamente:
janeiro de 2020. A resolução do Conselho Nacional de Política Energética
(CNPE), de junho de 2018, estabeleceu a meta de redução para
comercialização de combustíveis de 10,1 % de redução de CO2, em 2028
(GROBA, 2018).
265
Tabela 1: Capacidade de produção de biodiesel (B1000 no Brasil por região (m3/ano), nos
anos de 2020 e 2021.
266
Figura 1: Matéria-prima utilizada na produção de biodiesel (B100) no Brasil (m3).
267
3.5. Projeções positivas para o Biodiesel e Etanol no Brasil
4. CONCLUSÕES
268
emissões de gases do efeito estufa e com a poluição ambiental.
O Brasil é um dos destaques no cenário mundial de produção de
biocombustíveis, particularmente em relação ao etanol produzido através da
cana de açúcar, em que o país lidera a produção mundial, e o biodiesel
produzido a partir de óleos vegetais ou gorduras animais.
Passados mais de 10 anos da implantação do Programa, o óleo de soja
continua respondendo por um percentual superior a 65,74 % da matéria-prima
usada para produção de biodiesel. Os estados do Mato Grosso e Rio Grande
do Sul foram os maiores produtores de biodiesel nos anos de 2020 e 2021,
juntos corresponderam a 49,27 % no ano de 2020 e 46,96 % da produção total
do país.
269
REFERÊNCIAS
SENA, V. Com gasolina alta, o Brasil pode usar etanol para driblar os preços?
Disponível em: <https://exame.com/esg/com-gasolina-alta-brasil-pode-usar-etanol-
para-driblar-os-precos/>. Acesso em: 13 abr. 2022.
270
SOBRE AS ORGANIZADORAS
271
Ituiutaba / UEMG - Unidade de Ituiutaba, no período de 2018 a 2019.
Anteriormente, atuou como professora do ensino superior na Fundação
Educacional de Ituiutaba FEIT/UEMG no período de 2004 até 2014.Professora
de Física substituta na universidade Federal de Uberlândia - UFU no período
de 2011 a 2012, e no ensino Médio e Fundamental, no Colégio GVC, desde
2011 até atualmente. É membro do Grupo de pesquisa GPTEX - Grupo de
Pesquisas em Engenharia, Tecnologia e Ciências Exatas, atuando
principalmente nos temas: Circuitos Fotométricos, Self-healing e Smart Grid,
Motores de Indução trifásica, Inversores, Circuitos Eletrônicos, Energia
Fotovoltaica, Domótica e Comunicação Sem Fio.
272
Agência Brasileira ISBN
ISBN: 978-65-81028-70-1