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Contextualização da disciplina
• A natureza histórico-social dos processos de saúde e doença; Diagnóstico “ateórico”: topografia dos sintomas;
quando os sintomas são apresentados
• O que entendemos por saúde mental;
Diagnóstico teórico: conceituação a base de um
• Determinantes sociais da saúde;
arcabouço teórico; ou seja, utilizando um
• Racismo e saúde mental; embasamento teórico, teorias psicológicas
como comportamental, psicanálise …
• Saúde como capacidade de produzir novos modos e vida;
Livro: Psicoterapias Cognitivo-Comportamentais - Bernard Rangé e colaboradores T- erapia
C-ognitivo > pensamentos > crenças
Capítulo 1 - Terapia cognitiva C-omportamental
Rompimento do conecte de que a tcc deve explicar as emoções de acordo com as situações vividas
Modelo Cognitivo
Não é a situação por si só que determina/ influência os nossos sentimentos, comportamentos e respostas fisiológicas, mas o modo
como interpretamos a situação.
“ O que perturba o ser humano não são os fatos, mas a interpretação que ele faz destes” ( Epitecto, século I d. C.)
“Nossa serenidade não depende das situações, mas de nossa reação diante delas. Portanto, ao intervirmos no aqui e agora, torna-se possível
provocar mudanças em nossos futuros.” (Buda, 563, a.C)
INTRODUÇÃO A TCC
• Desenvolvidas por Aaron Beck (fins década 50 e início dos anos 60)
• Teste do conceito psicanalítico da depressão
• Identificando os sonhos dos pacientes Beck percebeu que os conteúdos eram similares aos pensamentos quando eles estavam acordados
• Pensamento automáticos negativos que estavam ligados às suas emoções
• Começou a ajudar os pacientes a identificar, avaliar e responder aos pensamentos irrealistas e desadaptativos
Conceitos Importantes
1. Modelo cognitivo
2. Pensamentos automáticos
3. Crenças centrais
4. Crenças intermediárias
5. Distorções cognitivas
6. Conceituação co
7. Psicopatologia
Modelo cognitivo
As emoções e comportamentos das pessoas são influenciadas por sua percepção dos eventos;
Não é uma situação por si só que determina o que as pessoas sentem, mas, antes, o modo como elas interpretam uma situação.
Breves Reflexões sobre a importância de uma Psicologia Antirracista
Alguns questionamentos:
b) você é racista?
g) Na matriz curricular do curso de psicologia está disponível a disciplina ERER ( educação para s relações étnico raciais)? Em qual condição? Obrigatória ou optativa?
h) Quantos/ quais autores/ pensadores negros fundamentam a prática dos professores do curso de psicologia?
i) Estão presentes na biblioteca e disponíveis para os alunos autores negros específicos da psicologia/ psiquiatria como Lília Ferreira Lobo, Neuza Santos Souza e pensadores envolvidos
na temática como Suely Carneiro, Kabenguele Munanga, Franz Fanon e outros que como eles apontam para a forma em que é construída a subjetividade do negro nesse espaço social que
lhe é absolutamente inóspito?
j) É possível pensar a construção de uma psicologia antirracista em um espaço majoritariamente branco? De que forma?
k) Porque se faz necessário que o profissional esteja preparado para atender a negritude em sua subjetividade?
l) Que espécie de profissional você pretende ser? Um profissional que esteja apto a atender a todos, indiscriminadamente, ou apenas a branquitude?
Essas são algumas indagações/provocações feitas justamente para causar desequilíbrio, a reflexão e a partir daí promovermos a mudança.
“Numa sociedade racista não basta não ser racista, é necessário ser antirracista
O que é racismo? É a crença sobre a superioridade de uma raça sobre as demais, tomando por referência as características físicas e outros traços do comportamento
humano
-
-
⑧
Crenças intermediárias Pensamentos automáticos
Crenças intermediárias
Crenças centrais
Crenças centrais
Pensamentos Automáticos
São os pensamentos avaliativos rápidos não decorrentes de deliberação ou raciocínio. Parecem surgir automaticamente, são bastante rápidos e
breves.
Como consequência, tendemos a aceitar os nossos pensamentos como verdadeiros sem fazer análise crítica deles
Desde a infância as pessoas desenvolvem ideias sobre si mesmas, outras pessoas e o mundo;
As pessoas tentam extrair sentido do seu ambiente desde os seus primeiros estágios de desenvolvimento
Suas interações com o mundo e outras pessoas conduzem a determinados entendimentos ou aprendizagens, suas crenças quais podem variar em precisão e funcionalidade
E
Regras
Crença intermediárias . Suposição
Crenças nucleares são o terceiro e mais profundo nível de cognições e têm Afirmação
sua origem nas experiências infantis. Têm uma forma absoluta, negativa,
rígida e inflexível sobre o que o indivíduo pensa sobre si; são mais difíceis
de ser acessadas e modificadas; resultam da interação da natureza
genética do indivíduo e de sua hipersensibilidade pessoal à rejeição, ao
abandono, à oposição, às dificuldades inerentes de se estar vivo e de
Crenças centrais ou nucleares
componentes externos do seu ambiente, que podem reforçar ou atenuar
fatores positivos e negativos da natureza geneticamente determinada do 7 Sentimento de Incapacidade
indivíduo.
Crenças intermediárias
Classe de crenças desenvolvidas a partir das crenças centrais (segundo nível de cognições);
Regras, afirmações e pressupostos criados pelo indivíduo para que ele possa conviver com as ideias absolutas,
negativas e não adaptativas, que tem a seu respeito;
Crença central
Crença intermediária
“Sou um fracasso”
“Pessoas que fazem as coisas de forma
Pai exigente absolutamente correta, são competentes; pessoas
que não fazem as coisas de forma
Irmã mais velha considerada bonita absolutamente correta são um fracasso”
e inteligente (aluna nota 10) (afirmação)
Carla considerada aluna média “Se eu não me esforçar muito, então me darei mal”
(pressuposto)
Pai a comparava com a irmã, dizia
que ela seria um fracasso. “Devo sempre me dedicar ao máximo” (regra)
Distorções Cognitivas
• Formas imprecisas de pensar que podem induzir emoções negativas e comportamentos prejudiciais;
• Falhas no processamento das informações, erros lógicos do pensamento;
• Pensamentos disfuncionais que nos fazem perceber a realidade de modo distorcido;
• Relacionados as crenças (estão são as raízes das distorções).
Pensamentos polarizado dicotômico, “tudo ou nada”= Analise de situação de forma muito extrema e tendênciosas,
por opostos/tendência a examinar fatos de maneira dicotômica em categorias opostas (“tudo ou nada”);
Filtragem/ Maximização/ minimização =Foco da atenção no lado negativo de eventos, desconsiderando aspectos
positivos sem conseguir analisar a situação de modo ampliado / alguns fatos da vida com conotação negativa são
maximizados e experiências positivas são minimizadas;
Aceitação liberal/ Interferência Arbitrária = Conclusão precipitada mesmo com poucas evidências que confirmem
aquele fato diante de indícios claros. /tirar conclusões na ausência de evidências que as confirmem;
Raciocínio emocional= Percepções da realidade guiada pelos sentimentos atuais; ideia de que as emoções refletem as
coisas como elas são/tendência a tomar as próprias emoções como única forma de validar uma experiência;
Personalização = Culpa desproporcional em si pelas coisas ruins que acontecem ao seu redor, desconsiderando
aspectos do contexto./ o indivíduo sustenta e ideia de que ele é causador de fatos ruins;
Afirmações do tipo que deveria … / Tirania do “Deveria”= Analise de situações em termo de como elas deveriam ter
ocorrido, ao invés de como ocorreram./ tendência de avaliar o comportamento na base de auto-regras altamente
moralistas (“deveria ou não deveria”, “certo ou errado”);
Catastrofização/ pensamento catastrófico = Percepção de risco aumentado nas experiências vividas ou que estão
por vir, a ponto de não saber como maneja-las ( o pior está por vir)/ tendência a exagerar a conotação negativa de
fatos e experiências;
Leitura mental= Percepção de que sabe o que as outras pessoas estão pensando ou que as outras pessoas sabem o que
se passa em sua cabeça/tendência de antecipar negativamente e sem provas para isso o que as outras pessoas
pensam sobre você.
Adivinhação do futuro, premonição= Antecipação negativa do futuro prever problema que acabam por não acontecer
Rotulação = Atribuição de rótulos negativos aos outros ou a si mesmo./ tendência a avaliar erros como traços
estáveis do comportamento;
Atribuição de culpa= culpabilidade do outro por dificuldades pessoais e sentimentos negativos vividos.
“ Na concepção cognitivistas a psicopatologia pode ser considerada o resultado de crenças excessivamente disfuncionais ou pensamentos
demasiadamente distorcidos que, em atividade, teriam a faculdade de influenciar o humor e o comportamento do indivíduo enviesando sua
percepção da realidade”
Transtorno Mental:
Papel do psicoterapeuta:
• Educar o paciente sobre o papel das cognições em nosso estado e humor e comportamentos;
• Auxiliar o paciente na identificação dos pensamentos automáticos e crenças disfuncionais;
• Propor técnicas de reestruturação cognitiva;
• Levantar hipóteses sobre crença central e sua categoria.
Apresentar e discutir junto ao paciente a hipótese sobre a crença central;
• Educar o paciente sobre crenças centrais em geral e sobre sua crença central específica;
• Começar a avaliar e modificar a crença central junto com o paciente, auxiliando-o a especificar uma crença central
nova e mais adaptativa.
Restruturação Cognitiva
Sessões de terapia
• Feedback da sessão.
Técnicas Cognitivo - Comportamental
Introdução
• Técnicas cognitivas e comportamentais têm como objetivo modificar as crenças e os comportamentos disfuncionais que
mantêm os sintomas em atividade;
• São utilizadas para mudar o pensamento, o humor e o comportamento do paciente que procura ajuda;
• O uso de técnicas deve evitar o caráter de “receita pronta”, sendo fundamental respeitar a individualidade, os problemas,
características e habilidades do paciente, bem como o domínio do psicoterapeuta.
Papel do psicoterapeuta
• Educar o paciente sobre o papel das cognições em nosso estado e humor e comportamentos;
• Educar o paciente sobre crenças centrais em geral e sobre sua crença central específica;
• Começar a avaliar e modificar a crença central junto com o paciente, auxiliando-o a especificar uma crença central nova e
mais adaptativa.
• Sessão de avaliação;
• Conceituação cognitiva
• Deve incluir história clínica criteriosa e um resumo conciso dos fatores sociais, psicológicos e biológicos que podem ter
contribuído para o desenvolvimento de determinado transtorno mental, sofrimento psicológicos ou aspectos relacionados
a queixa do paciente.
OBJETIVO: usar as informações contextuais e diagnósticas disponíveis para desenvolver um plano terapêutico abrangente
que esteja em consonância com o contexto cultural e social do indivíduo.
Técnicas
Escuta
• Sensível e genuína;
• Crítica: que favoreça uma análise contextualizada do sofrimento humano e dos modos de vida, reconhecendo inclusive
determinantes histórico-sociais;
Processo educativo com finalidade de favorecer adesão ao tratamento, bem como melhora do estado de humor.
(II) O tratamento: necessidade de encaminhamentos, outras terapias, uso de medicação, funcionamento do serviço, etc.;
Consiste nos pacientes aprenderem a identificar os pensamentos automáticos que são disfuncionais, aprenderem a rotulá-los e,
consequentemente, monitorar padrões cognitivos.
Etapas:
(1) definir pensamento automático;
Questionamento Socrático
• Exploração colaborativa, acerca de um problema, evento ou percepção de alguma experiência, entre paciente e psicoterapeuta, para
modificar padrões disfuncionais de pensamento, com o objetivo de modificar comportamentos e emoções disfuncionais;
• O psicoterapeuta formula questões que visam dirigir a atenção do paciente para uma área específica e avaliar as suas respostas em
relação ao tema
•Importante alternar com diálogos não socráticos, visto que questionamentos excessivos pode limitar a espontaneidade do paciente, se
assemelhando a um interrogatório, o que pode prejudicar a relação paciente-terapeuta.
Evidências contra e a favor
yit
ACrença:
Evidências contra... Evidências a favor...
Tipo uma balança
Metáfora Metáfora Exploração da realidade
Advogado de defesa=
defende
Promotor= acusa
Flecha descendentes
• Por meio de perguntas sobre o significado do que o cliente relata identificar a cadeia de pensamentos automáticos até chegar à
crença central;
• Terapeuta mostra no papel o sentido do pensamento que aponta para o outro por meio de setas;
Exemplo=
“Sou um fracasso”
(Crença central)
• A prática clínica indica que em algumas situações o paciente é competente para encontrar uma solução, mas tem dificuldades de
colocar em prática.
- Reconhecimento de reações cognitivo-afetivo-comportamentais imediatas; 2° que meios possíveis par resolver o problema /
- Inibir tendência de respostas impulsivas ou de não fazer nada. Listar as possibilidades
(II) Definição e formulação do problema 3° Investigar com o paciente quais estratégia ele
conseguiria utilizar e escolher uma
- Compreender e clarificar a natureza do problema
4° qual a chance de funcionar? Ou da errado?
5° Testar
6° Avaliar o teste
(III) Levantamento de alternativas
(IV)Tomada de decisão
(V) Verificação
Experimento Comportamental
Pode favorecer o paciente a reavaliar distorções cognitivas, por meio de um “teste da realidade”;
Os experimentos precisam ser graduados, para que níveis moderados de ansiedade sejam gerados.
Exemplo: “paciente que pensa que está sendo perseguido” (sintoma psicótico)
• Dá próxima vez que você estiver indo para o metrô e tiver a sensação de que está sendo seguido, tente identificar a pessoa ou
as pessoas que parecem estar envolvidas.
• Faça o mesmo caminho pelo menos cinco vezes. Verifique se você vê a mesma pessoa ou pessoas repetidamente.
• Tente encontrar uma explicação razoável do que significaria se você não vir as mesmas pessoas mais de uma vez. Se vir a
mesma pessoa ou pessoas mais de uma vez, poderia ser qualquer outra razão além de a pessoa estar seguindo-o?
Treinamento em Relaxamento
Processo de aprendizagem que inclui o controle da respiração em situações estressantes e o reconhecimento e posterior
relaxamento da tensão muscular.
I) Respiração diafragmática;
II)Visualização numa situação confortável;
III) Meditação;
IV) Relaxamento Muscular Progressivo.
Higiene do Sono
Aconselha-se os pacientes a realizar exercícios físicos exclusivamente durante a manhã ou nas primeiras horas da
tarde;
Evitar nicotina, álcool, bebidas quentes que contenham cafeína (café, chá, bebidas “cola” e inclusive o guaraná);
Regularizar a hora de deitar e levantar; Utilizar o quarto somente para dormir; Manter atividade sexual.
Técnicas de Exposição
• Consiste na exposição do paciente a estímulos ou situações aversivas (imaginativa ou real);
Dessensibilização
• Exposição gradual e repetida; automática
• Provoca aumento da ansiedade, com posterior habituação; Espoem as pessoas
gradualmente aquilo
• Pode funcionar como uma evidência contrária a pensamentos e crenças desenvolvidos acerca que a causa fobia
da situação temida.
• Prevenção de respostas (ou dos rituais): é a abstenção, por parte do paciente, de realizar rituais, compulsões mentais, ou outras
manobras, destinadas a aliviar ou neutralizar medos ou desconfortos associados às obsessões.
• Fenômeno da Habituação.
Cartão de Enfrentamento
• Consiste na escrita de “cognições saudáveis” em cartões que poderão ser acessados pelo paciente em situações de desequilíbrio
da emoção;
• Variações e criatividade