Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Faculdade de Educação
Cadeira
Tema
Relações Intergrupais
Beira
2024
Madalena Lisboa Manhique
Patrícia Américo
Lurdes Nota
João Chano
Tema
Motivação
Beira
2024
Indice
1. Introdução....................................................................................................................................1
1.2. Metodologia..............................................................................................................................2
1.2.1. Pesquisa quantitativa.............................................................................................................2
1.2.2. Pesquisa bibliográfica............................................................................................................2
2. Referencial Teorico......................................................................................................................3
2.1. Relações intergrupais................................................................................................................3
2.2. Primeiras ideias sobre as relações indivíduo-grupo..................................................................3
2.3. Relações intergrupais: o pontapé inicial para a discussão........................................................4
2.4. Relações intergrupais no contexto das minorias: dinâmica e expressão do preconceito,.........5
2.4.1. Racismo.................................................................................................................................5
2.4.2. Sexismo..................................................................................................................................6
2.5. Relações das unidades organizacionais....................................................................................7
2.5.1. O que é uma unidade organizacional?...................................................................................7
2.5.2. Definição e funções da estrutura organizacional...................................................................7
2.6. Relações Indústrias...................................................................................................................7
2.6.1. Importância das Relações Industriais:...................................................................................8
2.6.2. Produção ininterrupta.............................................................................................................8
2.6.3. Redução de Disputas Industriais............................................................................................9
2.6.4. Moral alto...............................................................................................................................9
2.6.5. Objetivos das Relações Industriais:.......................................................................................9
2.7. Medidas de Atitudes...............................................................................................................10
2.7.1. Requisitos básicos para a medida das atitudes....................................................................10
2.7.2. A natureza das atitudes.........................................................................................................11
2.8. As Relações Públicas..............................................................................................................12
2.8.1. Relações Públicas: a problemática de um conceito.............................................................13
2.8.2. Uma breve conceituação para Relações Públicas................................................................14
3. Conclusão..................................................................................................................................15
4. Referências................................................................................................................................16
1
1. Introdução
1.2. Metodologia
A pesquisa bibliográfica, considerada uma fonte de coleta de dados secundária, pode ser definida
como: contribuições culturais ou científicas realizadas no passado sobre um determinado
assunto, tema ou problema que possa ser estudado (Lakatos & Marconi, 2001; Cervo & Bervian,
2002).
Segundo Vergara (2000), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já
elaborado, constituído, principalmente, de livros e artigos científicos e é importante para o
levantamento de informações básicas sobre os aspectos direta e indiretamente ligados à nossa
temática. A principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de fornecer ao
investigador um instrumental analítico para qualquer outro tipo de pesquisa, mas também pode
esgotar-se em si mesma.
3
2. Referencial Teorico
pela pertença grupal, não sendo afetada pelas características individuais ou relações pessoais.
Apesar de ser um tema amplamente discutido pela filosofia, sociologia e antropologia, do ponto
de vista da psicologia social, as relações intergrupais fazem parte de sua agenda há um tempo
relativamente recente (Costa, 2009). Um dos primeiros trabalhos a analisar as relações
intergrupais e sua ligação com processos de discriminação social foi desenvolvido por Kurt
Lewin (1997/1941), tendo contribuído substancialmente para a formulação posterior da teoria da
identidade social. Este autor discute questões teóricas sobre discriminação social por meio da
observação e análise dos acontecimentos sociais e movimentos sociais da década de 30, na
Europa e nos EUA, especificamente, sobre questões referentes ao antissemitismo, luta das
mulheres e dos negros pelo direito ao voto (Lewin, 1997/1941). O interesse de Lewin estava nas
práticas de socialização e nas dinâmicas inter e intragrupais utilizadas pelos membros de grupos
desprivilegiados face o cenário de discriminação do qual eram alvo. Suas contribuições foram
utilizadas por Tajfel (1979), permitindo o desenvolvimento de teorizações mais sistemáticas
sobre as relações intergrupais. De modo geral, Lewin dá ênfase ao caráter social do
antissemitismo, situando-o em forças externas ao grupo discriminado e independente do
comportamento ou características de seus membros. Acrescenta ainda que os pensamentos
negativos relativos ao grupo de pertença dão origem a estratégias de adaptação ao grupo
dominante e também ao grupo dominado. No entanto, esse processo de adaptação, segundo essa
perspectiva, não se traduz em uma mudança efetiva no sistema social, visto que o grupo
dominado, normalmente, assimila os valores do grupo dominante, como é o caso das análises em
5
Segundo, Fernandes et al., (2007). O preconceito pode ser melhor elucidado quando
compreendido tanto como causa, quanto como consequência da estrutura e dos
agrupamentos sociais.
Vasconcelos et al., 2004, p. 153)Sendo que uma pessoa preconceituosa pode ser definida como
“alguém que dá prioridade aos próprios benefícios e ao sentimento de ser importante e
poderoso, além de buscar a manutenção de situações e/ou relações desiguais que o
favoreça”.
Neste contexto, é necessário mencionar os componentes, igualmente relevantes, que estruturam
os processos de preconceito. Como dito anteriormente, o preconceito envolve um pré-julgamento
sobre um grupo e seus membros, que inclui não apenas uma opinião ou crença generalizada
sobre esse grupo ou indivíduo denominada “estereótipo”, mas também uma reação emocional
associada, tal como desprezo, raiva ou nojo.
Plous, (2003), O comportamento resultante da junção entre estereótipo e preconceito é
denominado “discriminação” e envolve tratamentos injustos ou desvantagens resultantes da
pertença ao grupo.
2.4.1. Racismo
O preconceito parece estar entranhado nas relações humanas de uma forma que se torna uma
tarefa difícil identificar suas origens. Trata-se de um fenômeno enraizado de uma maneira tão
profunda que por vezes sugere que esteja ligado à própria natureza humana. No entanto, foi a
partir da década de 1920 que o estudo do preconceito começou a despertar atenção no âmbito
acadêmico, sobretudo atrelado a questões raciais.
6
Segundo Rodrigues; Assmar; Jablonski, (2012), Nesse cenário, as teorias buscavam compreender
possíveis inferioridades de determinadas raças, algo que se modificou na década de 1930,
quando o preconceito passou a ser tratado como irracional ou injustificado, considerado como
uma expressão de necessidades patológicas e fruto de processos sociais, contribuindo para a
manifestação de respostas discriminatórias entre grupos.
Entretanto, nas referidas décadas os estudos não contavam com um marco teórico consistente e
os achados denotavam “pedaços de conhecimento”, não um todo integrado.
Quanto às suas origens, Schucman (2010) aponta que este possui suas bases no século XVI,
quando a sociedade europeia iniciou seu contato com a diversidade humana dos diferentes
continentes.
2.4.2. Sexismo
A discussão de gênero tornou-se tão importante que hoje pode ser evidenciada em diferentes
situações cotidianas, seja folheando um jornal, lendo os últimos artigos publicados em
periódicos ou até mesmo assistindo a partidas de diferentes esportes. Contudo, com essa
evidência cada vez maior, também é possível observar as discrepâncias que ainda existem
quanto ao tratamento que é oferecido ao homem e à mulher. Tais diferenças sempre ocorreram
de forma distinta em nossa sociedade, comumente atribuindo-se ao masculino o destaque,
subestimando e desvalorizando-se ofeminino.
Matlin, (2011), Esta distinção pode ser percebida em diversos meios (e.g., história, filosofia,
religião, linguagem, mídias), onde uma imagem estereotipada e inferior é comumente atribuída
às mulheres.
Uma definição mais pormenorizada de estrutura organizacional refere-se a esta como o resultado
de um processo através do qual a autoridade é distribuída, as atividades são especificadas e um
sistema de comunicação é delineado permitindo que as pessoas realizem as atividades e exerçam
a autoridade para o atingimento dos objetivos organizacionais.
Os três elementos da definição de estrutura organizacional são: as atividades, a autoridade e as
comunicações. As organizações são entidades sociais artificiais, criadas para realizar objetivos
específicos. Para alcançar esses objetivos, é essencial que atividades sejam desempenhadas. A
preocupação com a eficiência leva à divisão das atividades em tarefas e conseqüentemente, à
necessidade de coordenar (comunicação) as “partes divididas” a fim de não perder de vista os
objetivos. Estes objetivos não são democraticamente estabelecidas entre os participantes, mas
impostos pelos dirigentes; daí a necessidade da autoridade.
As relações industriais dizem respeito ao vínculo que se estabelece entre a parte administrativa
de uma empresa e os trabalhadores. Muitas das vezes, a relação é iniciada entre os diretores e o
sindicato (em representação dos trabalhadores). Trata-se de um conjunto de normas,
procedimentos e de recomendações que são desenvolvidos com o objetivo de alcançar a
eficiência em termos de desempenho e de cumprir os objetivos da empresa. As relações
industriais enquanto disciplina surge da crença de que a principal vantagem competitiva de uma
empresa são as pessoas que trabalham na mesma. Posto isto, para que os negócios da empresa
sejam bem-sucedidos, é imprescindível que os respectivos diretores e empregados trabalhem em
harmonia em busca dos objetivos empresariais.
O termo “relações industriais” fora usado para se referir aos “Recursos Humanos” logo quando
foi criado, devido ao impacto causado pela Revolução Industrial nas relações de empregador e
8
empregado, sendo o termo mais usado “Departamento de Relações Industriais”. Mas no Brasil é
também usado o termo “Recursos Humanos” ou “RH” (em sua abreviação) para um similar
conceito.
Depois da Revolução Industrial, se teve um período (a era da industrialização clássica) em que as
empresas começaram a usar a chamada “estrutura organizacional”, essa tinha foco na
departamentalização funcional (departamentalização é o agrupamento de atividades distintas em
unidades que sejam especializadas numa empresa) e também focava na centralização das
decisões de uma organização no topo da hierarquia (chefes passando a tomar decisões),
estabelecendo-se regulamentos internos a fim de padronizar o que os colaboradores deveriam ou
não fazer.
As relações laborais saudáveis são a chave para o progresso e sucesso. Seu significado pode ser
discutido como abaixo:
O benefício mais importante das relações industriais é que isso garante a continuidade da
produção. Isso significa emprego contínuo para todos, desde o gerente até os trabalhadores. Os
recursos são totalmente utilizados, resultando na máxima produção possível. Há fluxo
ininterrupto de renda para todos. O bom funcionamento de uma indústria é de vital importância
para várias outras indústrias; para outras indústrias se os produtos forem intermediários ou
insumos; aos exportadores se forem mercadorias de exportação; aos consumidores e
trabalhadores, se estes forem bens de consumo de massa.
As boas relações laborais reduzem as disputas laborais. As disputas são reflexos do fracasso dos
impulsos ou motivações humanas básicas para garantir satisfação ou expressão adequada que são
totalmente curadas por boas relações industriais. Greves, bloqueios, táticas lentas, guerras e
9
queixas são alguns dos reflexos da agitação industrial que não surgem em uma atmosfera de paz
industrial. Ajuda a promover a cooperação e a aumentar a produção.
Boas relações industriais melhoram o moral dos funcionários. Os funcionários trabalham com
muito zelo com a sensação de que o interesse do empregador e dos funcionários é o mesmo, ou
seja, aumentar a produção. Todo operário sente-se co-proprietário dos ganhos da indústria. O
empregador, por sua vez, deve perceber que os ganhos da indústria não são para ele, mas devem
ser compartilhados de forma igual e generosa com seus trabalhadores. Em outras palavras, a
unidade completa de pensamento e ação é a principal conquista da paz industrial. Aumenta o
lugar dos trabalhadores na sociedade e seu ego é satisfeito. Afeta naturalmente a produção
porque os grandes esforços cooperativos por si só podem produzir grandes resultados.
Apresentamos nesta seção certos problemas básicos que o investigador deve resolver antes de
começar a se preocupar com as técnicas de mensuração propriamente ditas. Destacaremos com
maior ênfase as questões relativas à: a) Conceituação; b) Definição de um continuum;
a) Conceituação
É fato evidente que não se pode medir o que não se sabe o que é. Isso significa que a primeira
tarefa do investigador interessado em medir determinada atitude é defini-la. Um exaustivo
trabalho de definição nominal se impõe antes que o pesquisador comece a se preocupar com os
indicadores que comporão a sua definição operacional do fenômeno (Rapoport, 1965, cap. I).
Assim, se o investigador deseja estudar atitudes em relação à mudança social, a ele competirá
definir precisamente o que entende por mudança social. É evidente que tal definição terá grande
apoio na literatura sociológica existente e, ainda, poderá ser especificada para situações
particulares.
Ao definir o objeto social é sempre aconselhável restringir o conceito a uma dimensão apenas
(quando é possível). Um fenômeno como mudança social, por exemplo, apresenta muitas
dimensões e, por conseguinte, deve ser restringido a aspectos particulares para fins de
mensuração inicial. A construção de escalas multidimensionais em sociologia constitui tarefa
bastante complexa e os resultados até agora obtidos podem ser considerados apenas como
exploratórios (Torgerson, 1965, Cap. I).
O investigador familiarizado com as técnicas de construção de escalas conhece bem a
importância de definições nominais claras e sucintas. Sem elas é impossível selecionar-se os
itens que de fato tenham relevância para medir o fenômeno em estudo. O pesquisador não
familiarizado, por outro lado, tende a negligenciar o trabalho de definição nominal, partindo
imediatamente para o arrolamento de itens que, segundo ele, medem a atitude em foco. Como
11
O estudo das atitudes vem ocupando um lugar cada vez mais central na psicologia social e
sociológica em geral. O conceito e os procedimentos de medida, entretanto, ainda variam muito
na literatura das ciências sociais.
Thurstone (1923, p.216), um dos primeiros especialistas a se dedicar ao estudo das atitudes,
definiu atitude como "a soma total das inclinações e sentimentos do homem, preconceitos,
noções, idéias preconcebidas, medos, ameaças, e convicções a respeito de um tópico específico".
Em outras palavras, o conhecimento das atitudes embora insuficiente para prever e explicar
comportamentos constitui um poderoso auxiliar para a previsão e explicação de reações
humanas. O leitor familiarizado com os problemas teóricos das ciências sociais sabe que o
12
De acordo com Marconi (2009, p. 3), “o marco oficial de criação da profissão de Relações
Públicas deu-se com a criação do primeiro escritório destinado a essa atividade, em 1906, na
cidade de Nova York, por Ivy Lee”. Na ocasião o referido jornalista norte-americano foi
contratado pelo industrial John Rockeffeler com o intuito de melhorar a imagem pública do
magnata e de suas empresas.
O profissional de relações públicas actua como administrador da comunicação organizacional, é
o encarregado pela administração estratégica do relacionamento da organização com seus
diversos públicos. Externamente, as relações públicas são responsáveis pela construção da
credibilidade da organização perante seus públicos, além da construção de imagem/identidade
institucionais coerentes e duradouras. Internamente, as relações públicas abordam a dinâmica
entre os grupos organizacionais, tendo por objetivo através de “uma gestão coordenada e
sinérgica dos esforços humanos e organizacionais” (KUNSCH, 2003, p. 180) o melhor fluxo
comunicacional possível entre estes. Apenas pelo do amplo conhecimento da dinâmica dos
grupos organizacionais, é possível o profissional de relações públicas administrar a comunicação
entre eles eficientemente. É necessário potencializar os relacionamentos entre e dentro dos
grupos organizacionais. Sendo responsável pela qualidade da comunicação organizacional em
geral, deve também projetar ações que melhorem os relacionamentos existentes
interpessoalmente.
Afinal, A atividade de Relações Públicas precisa preparar as pessoas para que elas estejam
dispostas a discutir os problemas, os sucessos e os fracassos de uma organização para chegarem
ao entendimento, à opinião e à consequente ação conjugada, ou seja, transformar em medidas
concretas as decisões alcançadas no debate das contravérsias (Fortes, 1997, p. 13).
13
Se há discordâncias entre os estudiosos sobre as origens das Relações Públicas, também não há
um consenso no que diz respeito à sua conceituação. Uma das maiores justificativas encontradas
é o fato do termo “Relações Públicas” ser polissêmico, ou seja, com vários significados.
Podemos utilizar o termo “Relações Públicas” como:
Atividade profissional;
Campo ou área acadêmica;
Conjunto de atividades;
Processo administrativo/comunicacional;
Curso superior;
Prática de relações humanas.
Assim, conceituar Relações Públicas é um desafio e a própria literatura nos mostra isso. Para que
se tenha uma idéia da multiplicidade de conceitos de ‘Relações Públicas’, ANDRADE (1993)
afirma que em 1952, ou seja, há mais de meio século atrás, o pesquisador Gilbert Delcros
catalogou 987 definições para o termo só nos Estados Unidos da América. Aliás, a tentativa de se
definir um significado para ‘Relações Públicas’ passou a ser um dos desafios intelectuais mais
empreendidos pelos estudiosos e congressistas da área.
A título de curiosidade, vejamos algumas definições encontradas na literatura especializada
citada por ANDRADE (2001 p. 33-37):
“Relações Públicas são a humanização das relações no campo dos negócios, consistindo num
esforço para compreender a consciência e a sensibilidade do homem, em busca do interesse e da
14
3. Conclusão
4. Referências
Bowditch, J. L. & BUONO, A. F.(1992) Elementos de comportamento organizacional. São Paulo: Editora
Pioneira.
GURGEL, J. B. (1985). Cronologia da evolução histórica das relações públicas. 3. ed. Brasília:
Linha Gráfica e Editora.
Ferrari, M. A & França, F. (2009). Relações Públicas teoria, contexto e relacionamentos. São
Caetano do Sul: Editor Contexto.