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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Administração Pública

2º Ano

Cadeira
Teoria Organizacional

Tema
A tomada de decisão nas organizações e reflexões sobre a teoria da motivação
e liderança;
• O papel da burocracia, da tecnologia, da estrutura e da racionalidade no
desenvolvimento da teoria organizacional.

Estudante
Dorca Francisco Josse-51231054

Gondola, Março de 2024

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Administração Pública

2º Ano

Cadeira
Teoria Organizacional

Tema
A tomada de decisão nas organizações e reflexões sobre a teoria da motivação
e liderança;
• O papel da burocracia, da tecnologia, da estrutura e da racionalidade no
desenvolvimento da teoria organizacional.

Trabalho de Campo a ser submetido na Coordenação


do curso de Licenciatura em Administração pública da
UNISCED.
Tutor:

Índice Chimoio, Março de 2024

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Capitulo I: Introdução........................................................................................................4

1.1.Objectivos....................................................................................................................5

1.2.Geral............................................................................................................................5

1.3.Específicos...................................................................................................................5

1.4.Aspectos Metodológicos.............................................................................................5

Capitulo II: Os paradigmas do processo educativo e seu enquadramento no ensino


universitário.......................................................................................................................6

2.1.Educação, recursos e práticas educacionais abertas....................................................8

2.2.O desafio de re (pensar) a educação superior numa perspectiva do paradigma da


complexidade: o elo integrador entre as diferentes abordagens inovadoras.....................8

Capitulo III: Estruturação lógica de um trabalho de Pesquisa........................................10

Capitulo IV: Conclusão...................................................................................................11

4.1.Referências Bibliográficas.........................................................................................12

Capitulo I: Introdução

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1.1.Objectivos
1.2.Geral
 Compreender os paradigmas do processo educativos no ensino universitário.

1.3.Específicos
 Definir o conceito de paradigma na educação;
 Descrever o enquadramento dos paradigmas educativo no ensino universitário;
 Descrever os componentes de um trabalho de pesquisa;
 Identificar as partes que compõe um trabalho de pesquisa.

1.4.Aspectos Metodológicos
Para a concretização do presente trabalho, recorreu-se a leitura de alguns livros,
manuais, jornais e outros artigos que descrevem sobre o processo educativo e
estruturação de um trabalho de pesquisa.
O presente estudo foi desenvolvido com base nos resultados oriundos da implementação
de capacitações docentes para actuação como tutores em disciplina semi-presencial, que
integrou docentes e estudantes de diferentes áreas de conhecimento e universidade
pública.

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Capitulo II: A tomada de decisão nas organizações e reflexões sobre a teoria da
motivação

Conceito: Tomada de decisão

A tomada de decisão é uma actividade presente na gestão de qualquer tipo de


organização (Harrison e Pelletier, 2001 e 2000; Jennings e Wattam, 1998; Turban e
Aronson, 1998; Harrison, 1995; Hampton, 1986; Huber, 1980). As decisões são
tomadas, continuamente, numa multiplicidade de locais. São tomadas decisões no
governo, em hospitais, igrejas, prisões e em empresas, sejam elas agrícolas, comerciais,
industriais ou de serviços.

Cada decisão pode ser tão irrelevante que afecte unicamente aquele que a tomou, ou tão
relevante que afecte todos os habitantes do globo de forma intensa. A tomada de decisão
é geralmente definida como a escolha de um curso de acção, de entre várias alternativas
possíveis, com o objectivo de atingir um fim específico (Turban e Aronson, 1998;
Harrison, 1995; Hampton, 1986; Mintzberg, 1980; Cyet et al., 1956).

O reconhecimento da existência de um problema, a percepção de oportunidades ou


ameaças no ambiente que envolve a organização, ou a alteração de alguns aspectos
desse ambiente, são os factores que podem desencadear a tomada de decisão (Hampton
1986; Keeney e Raiffa, 1993; Huber 1980; Mintzberg et al., 1976).

As decisões, para além de serem tomadas numa grande variedade de locais e


actividades, também são tomadas em diversos contextos, com diferentes graus de
frequência, risco e incerteza (Harrison e Pelletier, 2001; Harrison, 1995; Shrivastava e
Grant, 1985; Simon,1977), e absorvem uma fracção considerável do tempo e esforço
dos gestores (Huber, 1980), o que tem suscitado o interesse de investigadores e
profissionais de diversas áreas científicas (Turban e Aronson, 1998; Sprague e Watson
1993). As teorias da tomada de decisão podem ser divididas em três grandes grupos de
análise: descritiva, normativa e prescritiva (Dillon, 1998; Bell et al., 1988).

Simon (1977): Herbert Simon definiu a tomada de decisão como o processo de


escolher uma alternativa de um conjunto de alternativas disponíveis. Ele
destacou que, devido à limitação cognitiva dos seres humanos, os indivíduos
muitas vezes não conseguem considerar todas as alternativas possíveis, optando

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por uma estratégia de "satisficing", ou seja, buscar uma solução satisfatória em
vez de uma ótima.
March e Simon (1958): March e Simon propuseram que a tomada de decisão é
um processo organizacional no qual os indivíduos e grupos selecionam uma
alternativa ou ação entre várias alternativas para resolver um problema ou atingir
um objetivo. Eles destacaram a importância da racionalidade limitada e dos
aspectos políticos e organizacionais na tomada de decisão.
Cyert e March (1963): Cyert e March expandiram o conceito de tomada de
decisão para incluir não apenas escolhas individuais, mas também o processo de
tomada de decisão em organizações. Eles argumentaram que as organizações são
coalizões de indivíduos com objetivos e preferências divergentes, o que
influencia o processo de tomada de decisão.
4. Kahneman e Tversky (1979): Kahneman e Tversky introduziram o conceito
de heurísticas e vieses cognitivos na tomada de decisão. Eles argumentaram que
os indivíduos muitas vezes tomam decisões de forma irracional devido a atalhos
mentais e vieses que distorcem a maneira como avaliam as informações e as
alternativas disponíveis

O Processo de Tomada de Decisão

Herbert Simon (1977, com primeira edição em 1960) foi um dos primeiros
investigadores a propor uma formalização do processo de tomada de decisão. O modelo
de Simon é constituído por três fases:

1. Informação (Intelligence), a qual implica a observação do ambiente envolvente da


organização, com o objectivo de identificar situações que exigem a tomada de decisão;

2. Projecto (Design), na qual se procura perceber melhor e estruturar o problema de


decisão, e se identificam, desenvolvem e analisam possíveis cursos de acção ou
alternativas de solução;

3. Escolha (Choice), a qual implica a escolha do curso de acção mais apropriado de


entre as várias alternativas geradas na fase anterior.
Apoio à Tomada de Decisão

Investigadores de diversas áreas científicas como: psicologia cognitiva, teoria do


comportamento, teorias da informação, investigação operacional e ciências da gestão,

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têm estudado os processos de tomada de decisão, com o objectivo de ajudar as pessoas,
nomeadamente os gestores, a tomar melhores decisões, em tempo útil e atendendo a
toda a informação disponível (Turban e Aronson, 1998; Sprague e Watson 1993; Huber,
1980). Estes estudos resultaram no desenvolvimento de métodos científicos, técnicas e
ferramentas para apoio à resolução de problemas de tomada de decisão (Turban e
Aronson, 1998; Bhargava et al., 1997).

Uma das primeiras abordagens ao apoio à tomada de decisão surgiu da investigação


operacional. Esta disciplina caracteriza-se pela aplicação de métodos científicos e
matemáticos na resolução de problemas no âmbito da gestão e do apoio à tomada de
decisão, nomeadamente na escolha da melhor opção de afectação de recursos limitados
a usos alternativos, de modo a satisfazer determinados objectivos (Tavares et al., 1996;
Hillier e Lieberman, 1990; Ramalhete et al., 1985).

Reflexões sobre a teoria da motivação

Teorias motivacionais

Pode-se descrever a motivação como uma energia interior que age e se modifica
constantemente durante a nossa vida, a todo o momento, influenciada por factores
externos, que desencadeiam sentimentos e impulsos internos. Em outras palavras,
motivação é um estímulo que o corpo humano tem para fazer algo. “A motivação
constitui um importante campo do conhecimento da natureza humana e da explicação
do comportamento humano. Para compreender-se o comportamento das pessoas torna-
se necessário conhecer sua motivação”. (CHIAVENATO, 2009, p.121).

Teoria da motivação X e Y

Douglas McGregor publicou em 1960 sua teoria no livro “The humanside of


enterprise”. Pode-se considerar sua contribuição como uma das mais importantes na
abordagem clássica das teorias de motivação humana, propondo um aspecto mais
humanístico.

McGregor em 1960 preocupou-se em distinguir dois estilos opostos para a


administração, a Teoria X e Y. Na teoria X está o estilo denominado de estilo
tradicional, mecanicista e pragmático, nele o homem tem aversão ao trabalho,
precisando ser controlado e punido para que se esforce em cumprir os objetivos

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organizacionais. Além de evitar responsabilidades e se focar apenas na segurança
pessoal e financeira. “Um trabalhador X, ou um trabalhador visto por um gerente de
visão X, não gosta de trabalhar e o faz somente quando é compelido. Não gosta de
assumir responsabilidade, é pouco ou nada ambicioso e busca acima de tudo
segurança”. (MARRAS, 2011, p. 29).

Já na Teoria Y, estilo totalmente antagônico, que aborda as concepções modernas a


respeito do comportamento humano, tem-se que o trabalho pode significar uma fonte de
satisfação ou punição, dependendo do contexto. O homem está disposto a aprender,
assumir responsabilidades e usufruir de todo seu potencial criativo.

Segundo Marras (2011, p.30): “Um trabalhador Y, ou um trabalhador visto por um


gerente de visão Y, é alguém que, pelo contrário, sente-se bem no trabalho e busca
atingir os objetivos que lhe são colocados, é alguém criativo e com potencialidades que
podem e devem ser exploradas”. Cabe ressaltar que a classificação X ou Y pode se
referir tanto ao “ser” do indivíduo ou a visão que o gerente tem dele, ele pode ser
avaliado pelo gerente como sendo X mesmo não sendo, depende da visão em questão.

Tomada de decisão nas organizações e reflexões sobre a teoria da motivação e


liderança

A tomada de decisão nas organizações é um processo complexo que envolve a análise


de informações, avaliação de alternativas e escolha da melhor opção disponível para
alcançar os objetivos organizacionais. Nesse processo, a teoria da motivação e liderança
desempenha um papel fundamental, influenciando a forma como os líderes tomam
decisões e motivam suas equipes.

A teoria da motivação, como a Teoria das Necessidades de Maslow e a Teoria da


Expectativa de Vroom, sugere que as pessoas são motivadas por diferentes fatores,
como necessidades básicas, expectativas de recompensa e auto realização. Os líderes
que entendem essas teorias podem usar estratégias eficazes de motivação para
influenciar o comportamento e desempenho dos colaboradores, o que pode impactar
positivamente a qualidade das decisões organizacionais.

Já a teoria da liderança, como a Teoria dos Traços e a Teoria da Liderança


Transformacional, oferece insights sobre os diferentes estilos de liderança e como eles
podem influenciar a tomada de decisão

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nas organizações. Líderes que adotam um estilo de liderança adequado ao contexto
organizacional podem criar um ambiente propício à tomada de decisão eficaz,
estimulando a criatividade, a

colaboração e a inovação. Portanto, a reflexão sobre a teoria da motivação e liderança


pode ajudar os líderes a entender melhor seus colaboradores e a si mesmos, facilitando a
tomada de decisões mais informadas e alinhadas

Conclusão

A Teoria das Organizações foi influenciada por ideias propostas por Taylor, Fayol e
Marx Weber. Tais ideias ainda entusiasmam muitos processos organizacionais na
actualidade. No âmbito do sector público a burocracia é um conceito muito presente,
que decorre da própria característica do sector. O presente artigo teve como objectivo
analisar a influência da teoria organizacional burocrática no sector público, na área de
gestão de pessoas. Para tanto, foi utilizada a revisão de literatura, através da leitura de

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livros e artigos disponíveis electronicamente nos sites da Sciello e Spell, relacionados
ao tema proposto. A revisão de literatura fundamentou-se com base em autores com
produção nacional, principalmente, nos estudos de Bergue (2010), Chiavenato (2014) e
Dutra (2009). Identificou-se que o excesso da burocracia presentes nas organizações
públicas impedem mudanças inovadoras na gestão de pessoas, que tem proporcionado
ao longo do tempo ser um setor mais operacional e menos estratégico nestas
organizações. O estudo dar contribuições científicas ao abordar conceitos importantes
na área da administração, especialmente, em organizações públicas a partir da influência
que a teoria burocrática possui sobre as políticas e práticas de gestão de pessoas em
organizações públicas.

Referências Bibliográficas

Bell, D. E., Raiffa, H. e Tversky, A. (Eds). (1988). Decision Making: Descriptive,


Normative and Prescriptive Interactions. Cambridge University Press. Cambridge. Cyet,
R., Simon, H. e Trow, D. (1956).

Observation of a Business Decision. The Journal of Business, 29 (4), 237-249.

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Dillon, S. M. (1998). Descriptive Decision Making: Comparing Theory With Practice.
Proceedings of the 33rd Annual Conference of Operational Research Siciety of New
Zealand. University of Auckland. New Zealand. Disponível on-line em 7 de Novembro,
2002: http://esc.auckland.ac.nz/organizations/ORSNZ/conf33/papers/p61.pdf Hampton,
D. (1986). Management (3ª ed). McGraw-Hill International Editions. Management
Series. Harrison, E. F. (1995). The Managerial Decision Making Process (4th ed.).
Houghton Mifflin Company. Harrison, E. F. e Pelletier, M. A. (2000). The Essence of
Management Decision. Management Decision, 38 (7), 462-469. Harrison, E. F. e
Pelletier, M. A. (a) (2000). Levels of Strategic Decision Success. Management
Decision, 38 (2), 107-117. Harrison, E. F. e Pelletier, M. A. (2001). Revisiting Strategic
Decision Success. Management Decision, 39 (3), 169-179. Huber, G. P. (1980).
Managerial Decision Making. Scott, Foresman and Company. Jennings, D. e Wattam,
S. (1998). Decision Making an Integrated Approach (2nd Ed.) Financial Times Pitman
Publishing. London. Keeney R. e Raiffa, H. (1993). Decisions with Multiple Objectives
– Preferences and Value Tradeoffs. Cambridge University Press. Larichev, O. (1998).
The own face of MCDM. Newsletter of European Working Group “Multicriteria Aid
for Decisions”. Disponível on-line em 7 de Janeiro, 2004:
http://www.inescc.pt/~ewgmcda/Larichev.html

Mintzberg, H., Raisinghani, D. e Theorêt, A. (1976, June). The Structure of


“Unstructured” Decision Processes. Administrative Science Quarterly, 21, 246-275.

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