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Tema:
Discente:
Clementina António André
Tema:
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1.1. Objectivos do Trabalho
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2. Análise e discussão
A variação a nível sociocultural pode ocorrer entre indivíduos e grupos que interagem nas
organizações. Assume-se que quanto mais numerosas e heterogéneas forem essas variações
maiores são as possibilidades de ocorrerem processos de inovação e mudança.
A variação pode ser planeada/racional ou espontânea. Ainda que nas organizações se tente
limitar e cercear a imprevisibilidade, a variação resultante da espontaneidade é, para Weick,
bastante positiva, dado que pode dar origem a inovações e soluções criativas.
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Deste modo, e tendo em consideração que as organizações lutam pela sobrevivência num
ambiente externo profundamente competitivo e instável, a espontaneidade e a criatividade
podem constituir uma arma importante de salvação. A variação de natureza espontânea e
natural é assim, tão ou mais importante do que a variação racional.
Mais recentemente, nos anos 90, Weick reiterou a sua intenção de conceber as organizações
como realidades sociocognitivas, dando especial relevo à “ criação de sentido”. O autor tem
enfatizado o princípio que a adaptação das organizações depende da capacidade de aprender
com as experiências do passado, a partir da sua memória colectiva, isto é, de questionar e de
aprender com os erros e os equívocos. Em 1996, num artigo intitulado “ prepare a sua
organização para lutar com o fogo!”, defendeu que as organizações perdem capacidade
competitiva de adaptação ao meio, não tanto devido à ineficiência das suas estruturas ou à
instabilidade do mercado de produtos – como advogam alguns autores, mas sim porque a
intuição, o conhecimento tácito, as interacções informais e o improviso são factores
menosprezados nos processos de tomada de decisão.
As organizações que falham são aquelas que temem reconhecer um aspecto fundamental: a
ignorância e o conhecimento andam de par em par. Por outras palavras, quanto mais se
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aprende sobre um dado assunto, mais dúvidas e questões se colocam. Quanto mais se aprende,
tanto mais se avança e progride no conhecimento (Weick, 1996).
Por outro lado, refira-se que o processo de selecção é o mais complexo que o de variação.
Socorrendo-se da abordagem de Campbell, Weick afirma que podem ser observados pelo
menos seis sistemas de selecção nas organizações:
2. Difusão Selectiva entre grupos – ocorre quando os comportamentos dos grupos que
sobrevivem e prosperam são aprendidos pelos grupos com menor capacidade de progressão.
6. Selecção racional – neste sistema, qualquer grupo ou sociedade, ainda que com graus
diferentes, planeia, prevê e antecipa os seus efeitos.
O processo de evolução sociocultural das organizações é ainda composto pela retenção. Esta
é a fase que culmina o processo de evolução. A retenção resulta dos bons resultados
alcançados pela reorganização e consiste no armazenamento da informação obtida até ao
momento; neste sentido, trata-se de uma fase que se opõe à variação. No entanto, não se trata
de um mero repositório rigidificado de interpretações passadas que foram sendo seleccionadas
ao longo do tempo. A retenção é dinâmica, pelo que pode ser regularmente reeditada ou
mesmo questionar os comportamentos e praticas pré-definidas e tomadas como válidas.
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3. Conclusão
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4. Referências Bibliográficas