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Discente: Tutor:
Imeldina da Conceição Carlos Mualeve dr.
Tutor:
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1.1. Objectivos do Trabalho
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2. Análise e discussão
As veias têm o diâmetro interior maior do que as artérias porque são menos musculosas, ou
seja, as suas paredes são menos espessas. Em algumas veias, especialmente nas veias situadas
abaixo do coração existem válvulas.
Os capilares são vasos circulatórios muito finos que se espalham por todo o corpo.
Durante a circulação, o sangue realiza duas viagens: uma curta, entre o coração e os pulmões
– a pequena circulação ou circulação pulmonar – e uma longa, entre o coração e todo o resto
do corpo – a grande circulação ou circulação sistémica (Cuacuria, 2019).
Nos pulmões, as artérias se ramificam até formar uma rede de capilares onde ocorre a
hematose ou substituição de gás carbónico por oxigénio no sangue. O sangue oxigenado
retorna ao coração pelas veias pulmonares desembocando no átrio esquerdo. Do átrio
esquerdo, o sangue passa para o ventrículo esquerdo e é ejectado pela aorta para a circulação
sistémica.
A aorta inicia uma série de ramificações que formam as grandes artérias, as artérias de médio
e pequeno calibre, as arteríolas e os capilares. Do coração aos capilares o sangue vai perdendo
pressão ao se deparar com os diversos factores que determinam a resistência vascular.
Segundo Cuacuria (2019), “o coração consiste em duas bombas separadas: um coração direito
que bombeia o sangue através dos pulmões e um coração esquerdo que bombeia o sangue
através dos órgãos periféricos” (p.47).
O átrio funciona principalmente como uma bomba fraca, que auxilia a impulsionar o sangue
para o ventrículo. O ventrículo, por sua vez, fornece a principal força para propelir o sangue
através das circulações pulmonar e periférica.
O coração é formado por dois sincícios distintos: osincício atrial e o sincício ventricular.
Normalmente, os potenciais de acção podem ser conduzidos do sincício atrial para o sincício
ventricular somente por meio de um sistema de condução especializado, o feixe
atrioventricular. Os eventos cardíacos que ocorrem desde o início de um batimento cardíaco
até o início do batimento seguinte denominam-se ciclo cardíaco.
Cada ciclo começa pela geração espontânea de um potencial de acção no nodo sinusal. O
ciclo cardíaco consiste em um período de relaxamento denominado diástole, durante o qual o
coração se enche de sangue, seguido por um período de contracção denominado sístole. O
sangue normalmente flui das grandes veias para os átrios; aproximadamente 75% do sangue
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fluem directamente dos átrios para os ventrículos antes mesmo que os átrios se contraiam. A
contracção atrial provoca um enchimento adicional dos ventrículos de cerca de 25%.
Bulhas Cardíacas: A primeira bulha está relacionada com o fechamento das valvas tricúspide
e mitral e com a abertura das valvas aórtica e pulmonar. A segunda bulha ocorre no momento
em que se fecham as valvas aórtica e pulmonar. Após a segunda bulha, 75% do sangue atrial
desce passivamente para os ventrículos e causam a terceira bulha ao bater na parede
ventricular. A quarta bulha ocorre devido à contracção atrial que impulsiona os 25% restantes
de sangue para os ventrículos.
Quando há desdobramento da segunda bulha, a valva aórtica fecha antes que a pulmonar.
A capacidade intrínseca do coração de se adaptar aos diferentes volumes de sangue que fluem
para o seu interior é denominada mecanismo de Frank-Starling do coração. A eficiência do
bombeamento cardíaco é muito controlada pelos nervos simpáticos e parassimpáticos (vagos),
que suprem com abundância o coração. A quantidade de sangue bombeada pelo coração a
cada minuto constitui o débito cardíaco.
Na circulação sanguínea, o coração lança o sangue a pressões elevadas, por meio das artérias,
e este é transportado até chegar ao nível de capilares, onde ocorrem as trocas de substâncias.
O leito capilar é drenado por elementos venosos, que fazem com que o sangue retorne ao
coração.
As paredes das arteriais oferecem maior resistência ao fluxo sanguíneo, fazendo com que,
mesmo quando não contêm sangue, mantenham-se na forma tubular. A elasticidade das
artérias auxilia o bombeamento propulsor do coração a empurrar o sangue, continuamente,
pelo sistema vascular. Ondas mecânicas geradas pela contracção ventricular forçam a massa
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de sangue a distender as paredes arteriais, que, pela sua elasticidade, retraem, empurrando o
sangue de volta e oferecendo pressão suficiente para o deslocamento sanguíneo pelo corpo.
No entanto, a superfície interna das veias possui uma série de pregas duplas, que agem como
válvulas e controlam, conforme seu fechamento e sua abertura (gerados pela passagem de
sangue) o retorno do fluxo venoso de volta ao coração. Essas válvulas contribuem para que o
sangue, no interior das veias, siga a direcção certa.
Normalmente, a pressão do sangue em todas as veias é baixa, e nos membros inferiores, esta
pressão é mais baixa ainda. Em um indivíduo que está de pé, o sangue deve circular das veias
dos membros inferiores para cima, até chegar ao coração. As veias profundas desempenham
um papel crucial na propulsão do sangue para cima, uma vez que estão localizadas em meio
aos poderosos músculos da panturrilha e são profundamente comprimidas em cada passada.
Essas veias transportam 90% ou mais do sangue que retorna dos membros inferiores ao
coração.
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Dentre os vasoconstritores mais importantes estão: a noradrenalina e a adrenalina - secretadas
pelas suprarrenais; a vasopressina ou hormônio antidiurético - secretada pela hipófise; e a
angiotensina – ativada no sangue por um sistema dependente dos rins. Quando o sistema
nervoso simpático é estimulado, durante o exercício prolongado ou uma situação de estresse,
as terminações nervosas simpáticas liberam noradrenalina, que excita o coração, as veias e as
arteríolas.
Os nervos também fazem com que haja a excitação da medula das suprarrenais, que liberam
adrenalina e, em menor quantidade, noradrenalina na corrente sanguínea. A angiotensina é um
dos vasoconstrictores mais potentes e seu efeito constritor das arteríolas aumenta a resistência
vascular periférica local, elevando assim a pressão arterial.
A vasopressina causa tanto vasoconstrição das arteríolas renais como de outros leitos arteriais.
Essas substâncias vasoconstritoras, em conjunto, atuam mantendo a pressão arterial no
interior dos vasos aumentada, para que esta atinja valores suficientes para o deslocamento do
fluxo de sangue pelo sistema circulatório.
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4. Referências Bibliográficas
Cuacuria, M. P. (2019). Licenciatura em Enfermagem: Módulo de Fisiologia
Humana. Beira: ISCED
Oliveira, A. A. & Neto, F. H. (2015) Anatomia e Fisiologia: a incrível máquina do
corpo humano. (2ª ed.). Fortaleza – Ceará: EdUECE.
Reller et al. (2008). Prevalência de Cardiopatias Congénitas na região metropolitana
de Atlanta. Atlanta.
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