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EMBRIOLOGIA
Introdução
O sistema cardiovascular é o primeiro a ser formado no embrião.
O seu objetivo é proporcionar, desde muito cedo, a distribuição de
nutrientes e a retirada de resíduos provenientes do metabolismo.
As suas câmaras são derivadas do coração primitivo — o coração tubular.
As corretas modificações que ocorrem na transição entre a vida uterina
e a vida pós-natal são de extrema importância para a sobrevivência do
recém-nascido.
Neste capítulo, você vai conhecer a origem do sistema cardiovas-
cular, aprender a identificar as estruturas do coração tubular e saber
relacionar as modificações cardíacas e circulatórias aos períodos pré e
pós-natais.
2 Desenvolvimento do sistema cardiovascular
Aorta
Aorta ascendente
Artéria pulmonar
Tronco pulmonar esquerda
Aorta
Septo aortico pulmonar
Nó sinoatrial (SA)
Veia cava superior
Forame oval
Nó atrioventricular
Crista terminal (AV)
Válvulas da Válvulas da
valva tricúspide valva mitral
Valva mitral em
desenvolvimento Cordas tendíneas
(chordae tendíneae)
Porção membranosa do
septo interventricular
Trabéculas cárneas Músculo papilar
Feixe atrioventricular
Porção muscular do (AV)
septo interventricular Ramos do feixe AV
Arco da aorta
Veia cava
superior
Ducto arterioso
(DA)
Pulmão
Tronco pulmonar
Forame oval
Veias
Átrio direito pulmonares
Átrio
esquerdo
Valva do
forame oval
Ventrículo
direito Veia hepática
Veia cava inferior esquerda
Ducto venoso
Aorta descendente
Artérias
umbilicais
Placenta
Membro inferior
Artéria ilíaca interna
Arco
Veia cava da aorta
superior Ligamento
arterioso
Pulmão
Forame oval Tronco
fechado pela pulmonar
valva formada Veias
pelo septum primum pulmonares
Átrio direito
Átrio esquerdo
Veia cava
inferior
Veia hepática
Veia hepática direita esquerdaLigamento
venoso
Aorta descendente
Membro inferior
Artéria ilíaca interna
Circulação fetal
Durante o período fetal, o sangue proveniente da veia umbilical tem 80%
de saturação de oxigênio. A maior parte do sangue que chega ao feto vai
diretamente para a veia cava inferior, no entanto, uma pequena porção de
sangue entra nos sinusoides do fígado e se mistura com a circulação portal.
Um mecanismo de esfíncter no ducto venoso (pelo qual o sangue passa e chega
Desenvolvimento do sistema cardiovascular 13
Alterações no nascimento
As alterações que ocorrem no sistema circulatório ao nascer se devem à parada
do fluxo sanguíneo da placenta e ao início da respiração. Após o nascimento,
há o fechamento das artérias umbilicais que é causado pela contração da
musculatura lisa da sua parede. Essa contração ocorre para evitar a perda de
sangue do recém-nascido. O estímulo para a contração é provavelmente rela-
cionado à mudança de temperatura, aos estímulos mecânicos e à variação da
tensão de oxigênio. A parte distal das artérias forma os ligamentos umbilicais
médios e a parte proximal forma as artérias vesicais superiores. Já as veias
umbilicais e o ducto venoso se fecham alguns minutos após o fechamento
das artérias, permitindo, ainda, o fluxo de sangue da placenta para o recém-
-nascido. A veia umbilical forma o ligamento redondo hepático, ao passo
que o ducto venoso forma o ligamento venoso (SADLER, 2013; GARCIA;
GARCÍA FERNÁNDEZ, 2012).
14 Desenvolvimento do sistema cardiovascular
Assista ao vídeo, em inglês, disponibilizado no link a seguir para revisar os seus conhe-
cimentos sobre o desenvolvimento do sistema cardiovascular.
https://qrgo.page.link/M2BGu
GARCIA, S. M. L.; GARCÍA FERNÁNDEZ, C. Embriologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.
MOORE; PERSAUD, K. L.; PERSAUD, T. V. N. Embriologia clínica. 8. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2008.
Desenvolvimento do sistema cardiovascular 15
MOORE; PERSAUD, K. L.; PERSAUD, T. V. N. Embriologia clínica. 10. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2016.
SADLER, T. W. Langman: embriologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koo-
gan, 2013.
Leituras recomendadas
EYNARD, R.; VALENTICH, M. A.; ROVASIO, R. A. Histologia e embriologia humanas: bases
celulares e moleculares. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2004.