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REFERÊNCIAS
MOORE, K. L.; et al. Anatomia orientada para a clínica. 6. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2013.
Dessa forma, o resultado final do dobramento cardíaco é colocar as quatro futuras câmaras
do coração nas suas relações espaciais exatas uma com a outra. Assim, quando o tubo
cardíaco se alonga em ambos os polos arterial e venoso, ele toma uma configuração em
forma de S: o bulbo cardíaco é deslocado caudalmente, ventralmente e para a direita; o
ventrículo primitivo é deslocado para a esquerda e o átrio primitivo é deslocado dorsalmente
e cranialmente.
O coração primitivo é composto de seio venoso, válvula sinoatrial, átrio primitivo, ventrículo
primitivo, bulbo cardíaco e tronco arterial.
No final da 4ª semana de desenvolvimento as contrações coordenadas do coração levam a
um fluxo unidirecional do sangue. Antes, era do tipo fluxo-refluxo.
O caminho a ser percorrido pelo sangue é do seio venoso para o tronco arterial, e quando o
sangue chega neste compartimento vai para o saco aórtico, de onde é distribuído para os
arcos aórticos, passando então para a aorta dorsal.
Entre a metade da 4ª semana e no final da 5ª semana ocorre a septação do coração
primitivo. Isto é, septação do canal atrioventricular.
O início da septação se dá com a formação dos coxins endocárdicos nas paredes ventrais e
dorsais do canal atrioventricular. Eles se fusionam e dividem o canal AV em canais AV direito
e esquerdo. Separando o átrio do ventrículo, primordialmente.
Os coxins endocárdicos são originados a partir da matriz extracelular que é secretada entre
o endocárdio e o miocárdio. Quando o dobramento cardíaco está próximo do fim, algumas
das células endocárdicas nos coxins sofrem uma transformação epitélio-mesenquimal (EMT)
gerando o mesênquima que invade a matriz extracelular e se diferencia em tecido
conjuntivo. O desenvolvimento correto dos coxins é essencial para a septação completa –
que é a geração da porção membranosa (ou fibrosa) dos septos interventricular e atrial e a
separação da aorta e da artéria pulmonar.
Os neonatos de mães diabéticas têm um risco quase que três vezes maior de ter defeitos
cardíacos congênitos, isso porque a hiperglicemia parece agir como um teratógeno através
da inibição da EMT, necessária para a formação dos coxins.
No final da 4ª semana ocorre a septação do átrio primitivo, dividindo-o em átrio direito e átrio
esquerdo. Essa septação se inicia com a formação do septum primum, uma fina membrana
em forma de meia-lua começa a surgir a partir do teto do átrio em direção aos coxins
endocárdicos em fusão. Esse processo dá origem ao forâmen primum.
Inicialmente o seio venoso se abre no centro da parede dorsal do átrio primitivo. Devido à
formação da veia braquiocefálica esquerda e da degeneração da veia vitelínica esquerda,
ocorre desvio de sangue da esquerda para a direita. Assim, no final da 4ª semana de
desenvolvimento, o corno direito do seio venoso é maior que o esquerdo.
O corno esquerdo irá diminuir de tamanho e se tornará o seio coronário. Já o corno direito
se incorporará à parede do átrio direito.
Veia pulmonar primitiva e formação do átrio esquerdo
Cardiopatias Acianóticas
A característica mais evidente das cardiopatias acianóticas que cursam com fluxo
aumentado no pulmão é o cansaço fácil e episódios de pneumonia de repetição. Já a
coarctação da aorta tem como principal característica a hipertensão arterial.
Cardiopatias Cianóticas
A característica mais evidente das cardiopatias cianóticas é a tonalidade azulada dos lábios
e da pele. Trata-se de um sinal claro de que não há oxigênio suficiente no sangue. A forma
mais comum da doença é conhecida como tetralogia de Fallot.
Muitos casos são leves e podem ser tratados com cirurgia e medicamentos. Problemas mais
graves podem necessitar de um transplante de coração para evitar complicações fatais.
● Tetralogia de Fallot
● Transposição das Grandes Artérias
● Atresia Tricúspide
● Anomalia de Ebstein
● Defeitos do septo atrioventricular (DSAV)
INTERCORRÊNCIAS NA FORMAÇÃO CARDÍACA - OBJETIVO TERCEIRO
Doenças maternas a exemplo da diabetes, lúpus, infecções como a rubéola também podem
impactar o momento da formação do coração fetal nas primeiras oito semanas de gravidez;
Idade materna;
As cardiopatias congênitas podem ser detectadas ainda na vida fetal. Durante a gestação,
alguns exames facilitam a detecção da doença. Os exames de ultrassom morfológico,
realizados rotineiramente nos primeiro e segundo trimestres gestacionais, fazem o
rastreamento da má formação no coração da criança. Quando há suspeita de alguma
anormalidade é realizado um ecocardiograma do coração do feto, que permite avaliar e
detectar detalhadamente anormalidades estruturais e da função cardíaca.
Outros exames:
Urina
O exame de urina aponta, por exemplo, se há sangramento ou presença de bactérias, pus
(leucócitos), proteínas e hemácias. Tal quadro pode ser indício de infecções urinárias —
embora nem sempre elas apresentem sintomas. Além disso, o teste possibilita identificar
problemas de incontinência ou algum outro tipo de inflamação.
Vale destacar que esse exame é de extrema importância, pois evita complicações graves,
como o comprometimento dos rins e outros órgãos do corpo, levando ao parto prematuro,
além de prejudicar a saúde da mãe. Se o resultado der positivo, outros testes precisam ser
feitos para detectar os tipos de bactérias causadoras da alteração.
Quando fazer
Na primeira consulta pré-natal e mais duas vezes no decorrer do período gestacional ou
quando o médico solicitar.
Fezes
Por sua vez, o exame de fezes mostra a presença de parasitas no intestino ou, ainda, uma
possível anemia, quadro que é intensificado em algumas gestantes. A depender da
gravidade, a doença precisa ser tratada, mas o médico deve avaliar primeiro se a medicação
não comprometerá a gravidez.
Quando fazer
No começo do pré-natal e em qualquer outro momento da gestação, se necessário.
Hemograma completo
O hemograma é um exame que serve para avaliar todos os componentes presentes no
sangue, ou seja, a quantidade de plaquetas, glóbulos brancos e glóbulos vermelhos
(hemácias). Ele identifica se a grávida está com anemia — na fase gestacional, há aumento
de 50% do líquido, logo, o ferro dissolve, propiciando o quadro anêmico.
Esse tipo de exame pré-natal aponta também se a coagulação está dentro da normalidade e
o sistema imunológico encontra-se fortalecido ou existe algum sinal de infecção no
organismo. Nesse caso, é possível realizar o tratamento adequado antes que haja o
agravamento da situação, colocando em risco a saúde da mãe e a gestação.
Quando fazer
Na primeira consulta e, depois, a cada trimestre, se o obstetra considerar necessário.
Glicemia
Solicitado pelo ginecologista, o exame da glicemia mede a quantidade de glicose no sangue.
Assim, é possível saber se os níveis de açúcar estão sob controle. O teste requer jejum de
oito horas ou pode ser feito duas horas após o consumo de alimentos, isto é, no período
denominado curva glicêmica.
Quando fazer
Em geral, a glicemia em jejum é feita no começo da gravidez e na curva glicêmica, no quinto
mês de gestação.
Quando fazer
Apenas na primeira consulta pré-natal.
Quando fazer
No primeiro e terceiro trimestres da gestação ou em demais períodos, caso o médico
solicite.
Quando fazer
Periodicamente, a cada seis meses, e no início do pré-natal.
Quando fazer
No primeiro e terceiro trimestres da gravidez e também em outros momentos, se o médico
assim aconselhar.
Quando fazer
No começo do pré-natal e no terceiro trimestre.
Papanicolau
Durante as consultas com o ginecologista, as mulheres devem realizar o exame de
papanicolau. O mesmo precisa ser feito durante o período gestacional. Chamado também
de colpocitológico, ele é de fundamental importância para prevenir o câncer de colo de
útero.
Quando fazer
Na primeira consulta pré-natal e anualmente, ainda que a mulher não esteja grávida.
Ultrassonografias
Em todos os trimestres da gestação, é preciso realizar diferentes tipos de ultrassonografias,
como:
Quando fazer
Na primeira consulta e entre a 11ª e 14ª, 20ª e 24ª e 32ª semanas de gestação.
Pré-natal odontológico
Sem dúvida nenhuma, no período de gravidez as mulheres também devem ficar atentas à
saúde bucal e dos dentes. Afinal, vale lembrar que qualquer descuido pode abrir caminhos
para doenças, as quais comprometem até mesmo outras partes do corpo. Logo, a
recomendação é manter as consultas regulares com o dentista para proteger a si mesma e
ao bebê.