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Gastrulação

3ª semana após fecundação


Gastrulação

3ª semana pós –fecundação (5ª semana desde a DUM) é possível observar na


ultrassonografia:
O saco gestacional (cavidade coriônica) – mede 6mm de diâmetro
O pré-embrião, em forma de disco ovalado, mede 0,5 a 2mm
O pré –embrião passara pelo processo de gastrulação, que converte o disco
embrionário bilaminar em um embrião trilaminar á morfogênese.
Transição do disco embrionário bilaminar em disco embrionário
trilaminar

disco embrionário trilaminar


Gastrulação

O disco embrionário é bilaminar, apresenta


duas camadas de células:
O epiblasto: é um epitélio colunar voltado
para a cavidade amniótica.
O hipoblasto: é um epitélio cubico voltado
para o saco vitelínico secundário.
As duas camadas juntas constituem o disco
embrionário bilaminar.
Linha, sulco, nó e fosseta primitiva

Ao redor do 14º dia do desenvolvimento,


inicia a primeira manifestação morfológica da
gastrulação com o inicio da formação da linha
primitiva.
Células da extremidade caudal do epiblasto
aumentam a altura, sendo responsáveis pelo
espessamento do epiblasto.
A linha primitiva define os eixos do
embrião.
O ponto de inicio da linha é na extremidade
caudal do embrião, e a oposta é a cranial.
O epiblasto constitui a superfície dorsal do
embrião
O hipoblasto a ventral
Á direita da linha primitiva, será o lado
direito do embrião; já o lado, o esquerdo.
Entre as bordas da linha primitiva pela invaginação das células do epiblasto se forma
uma depressão, o sulco primitivo.
Algumas células ingressantes pelo sulco primitivo se intercalam entre as células do
hipoblasto que serão substituídas por células do epiblasto, gerando o endoderma.
Todas as células que compõem o disco embrionário são derivadas do epiblasto.
Os principais eventos da gastrulação são:
✓ Migração celular;
✓ Substituição do hipoblasto;
✓ Surgimento da terceira camada de células.
Camadas germinativas

As camadas germinativas (ectoderma, mesoderma e endoderma) dá origem a tecidos e


órgãos específicos:
• O ectoderma embrionário dá origem à epiderme, aos sistemas nervosos central e
periférico, aos olhos e ouvidos internos, às células da crista neural e a muitos tecidos
conjuntivos da cabeça.
• O endoderma embrionário é a fonte dos revestimentos epiteliais dos sistemas
respiratório e digestório, incluindo as glândulas que se abrem no trato digestório e as
células glandulares de órgãos associados ao trato digestório, como o fígado e o
pâncreas.
Camadas germinativas

O mesoderma embrionário dá origem a todos os músculos esqueléticos, às células


sanguíneas, ao revestimento dos vasos sanguíneos, à musculatura lisa das vísceras, ao
revestimento seroso de todas as cavidades do corpo, aos ductos e órgãos dos
sistemas genitais e excretor e à maior parte do sistema cardiovascular.
No tronco, ele é a fonte de todos os tecidos conjuntivos, incluindo cartilagens, ossos,
tendões, ligamentos, derme e estroma (tecido conjuntivo) dos órgãos internos.
A linha primitiva forma ativamente o mesoderma pelo ingresso (entrada) de
células até o início da quarta semana; depois disso, a produção do mesoderma
desacelera.
Desenhos esquemáticos das vistas dorsais do disco embrionário mostrando como
ele se alonga e muda de forma durante a terceira semana.
No corte sagital do disco embrionário
trilaminar, é possível evidenciar:
✓ Os três folhetos embrionários;
✓ A membrana bucofaríngea
✓ A membrana cloacal
✓ A fosseta primitiva
✓ E o processo notocordal (percursor da
notocorda)
Formação da notocorda

Durante a proliferação e migração celular


no sulco primitivo, o mesoderma
intraembrionário se torna mais denso
Um processo similar as células do epiblasto
na linha e sulco primitivos, ocorre no nó
primitivo em direção a fosseta primitiva.
Placa pré cordal e processo notocordal

As primeiras células que migram pela fosseta


primitiva, em direção cranial até a membrana
bucofaringea, são células pre-notocordal as quais:
Originam uma massa celular, placa pré-cordal,
localizada na linha média.
Se intercalam entre células do endoderma
formando a membrana bucofaríngea.
A próxima geração de células que migram pela
fosseta primitiva forma o processo notocordal, que
é um cilindro maciço de células mesodérmicas.
Em torno do 18º dia de desenvolvimento,
forma o processo e o canal notocordal
induzindo a diferenciação das células do
ectoderma em células do neuroectoderma.
A região do ectoderma que não sofreu indução
permanece ectoderma de revestimento.
O neuroectoderma é placa neural
Há duas regiões no ectoderma:
O neuroectoderma e o ectoderma de
revestimento.
No 20º dia do desenvolvimento- cessa a migração
de células pela linha primitiva e a gastrulação esta
finalizada.
O disco faríngeo é trilaminar, exceto pelas regiões
das membranas cloacal e bucofaringea.
Eventos subsequentes a gastrulação
A progressão da diferenciação do mesoderma,
iniciada com a formação do processo e canal
notocordal;
E a progressão da neurulação, iniciada com a
formação da placa neural.
O embrião trilaminar apresenta três
folhetos embrionários.
O processo e o canal notocordal são os
primeiros constituintes mesodérmicos a se
organizar no embrião.
Placa notocordal e canal neuroentérerico

A parede ventral do canal notocordal irá se fusionar com o endoderma


subjacente; a seguir, ambas as estruturas degenerarão.
Passará da fosseta primitiva, uma comunicação transitória entre a cavidade
amniótica e o saco vitelino secundário; denominada canal neuroentérico.
Após a fusão da parede ventral do canal
notocordal com o endoderma subjacente, o
canal passa a ser placa notocordal.
O canal neuroenterico permite a comunicação
entre a cavidade amniótica e o saco vitelínico
secundário.
Notocorda

Ao redor do 24º dia do desenvolvimento, a


placa notocordal fará um movimento de
confluência, destacando do endoderma e
voltando a ocupar a região do mesoderma.
Notocorda

Durante o movimento de confluências das


extremidades laterais da placa notocordal,
a placa se dobra formando um tubo solido,
a notocorda.
No disco embrionário trilaminar, visto de
cima, permite visualizar as mudanças
que ocorrem durante a 3ª semana de pós
fecundação.
O ectoderma se diferencia em
neuroectoderma (Placa neural) e
endoderma de revestimento ( ectoderma
primitivo)
Um corte transversal do disco
embrionário trilaminar, na
região da notocorda permite
visualizar as estruturas e
processos subsequentes.
Início da Neurulação

O disco embrionário trilaminar é envolto:


✓ Pela cavidade amniótica, revestida internamente
pelo epitélio amniótico.
✓ Pelo saco vitelínico secundário, revestido
internamente pelo endoderma.
As estruturas notocordais induziram a diferenciação
das cel. Do ectoderma em placa neural.
A neurulação é o processo pelo qual a notocorda
induz a conversão da placa neural e cristas neurais,
recobertos pelo ectoderma de revestimento.
A placa neural se alongara no sentido
cranial e sofrerá uma invaginação,
formando o sulco neural.
Inicia na neurulação e será finalizado
na 4ª semana pós fecundação.
Concomitante ao inicio da neurulação
ocorre a formação das aortas dorsais do
mesoderma intraembrionário, progredindo
para organização de três regiões distintas.
Diferenciação do mesoderma intraembrionário

Junta com a neurulação, tem inicio os


dobramentos do embrião.
O mesoderma intrembrionario se diferencia
em 4 regiões:
✓ Mesoderma paraxial
✓ Mesoderma intermediário
✓ Mesoderma lateral
✓ Mesoderma axial.
O mesoderma paraxial assume a forma de
dois tubos cilíndricos bilaterais no eixo
longitudinal do embrião, dando origem:
✓ A uma parte da derme
✓ A maior parte do esqueleto axial:
Crânio, coluna vertebral; costelas; esterno
✓ E aos músculos:
Dos membros; do tórax; do abdomem; da
pelve
O mesoderma intermediário se organiza
com um par de cordões maciços
longitudinalmente dispostos ao lado do
mesoderma paraxial, dando origem a :
✓ Parte do sistema urinário
✓ Parte do sistema reprodutor.
O celoma intraembrionário divide o
mesoderma lateral em duas camadas:
✓ Mesoderma lateral somático (ou
parietal)
✓ Mesoderma lateral esplâncnico (ou
visceral).
✓ O mesoderma lateral somático,
futuramente participará da formação
da parede ventrolateral.
Mesoderma lateral esplâncnico
futuramente participara da formação da
parede do intestino primitivo, o qual dará
origem a parte dos sistemas:
✓ Digestório
✓ Respiratório
✓ Gênito-urinário
Mesoderma lateral esplâncnico da região
mais cranial do embrião, origina o coração e
grandes vasos.
Ao final da 3ª semana pós-fecundação, os
eventos de gastrulação e a diferenciação
inicial do mesoderma estão completos.
A neurulação e o dobramento do embrião
ocorrem simultaneamente, mas se
completarão na 4ª semana pós fecundação.
Estruturas Extraembrionárias

Na 3ª semana pós fecundação as


estruturas extraembrionárias passam por
modificações.
O embrião continua no interior da
cavidade coriônica circundado pela
cavidade e pelo saco vitelínico secundário
e unido ao córion pelo pedículo de
conexão.
Manto citotroflobastico
Na extremidade das vilosidades coriônicas
secundarias mais desenvolvidas, cel. do
citotrofoblasto proliferam e erodem a
camada do sinciciotrofoblasto que
recobrem e entram em contato com o
tecido materno.
Essa camada de citotrofoblasto constituirá:
✓ O manto citotrofoblástico
✓ O córion ( estrutura mais externa)
Ao final da 3ª semana, formaram –se:
O manto citotrofobástico; demarca o limite
ocupado pelo embrião dentro do útero
materno.
O manto é perfurado pelos capilares
maternos, que drenam o sangue e nutre os
tecidos embrionários.
✓ Os vasos sanguíneos intra e
extraembrionário
✓ As vilosidades coriônicas terciarias.
Vasos sanguíneos
A formação dos vasos sanguíneos
(vasculogenese) e do sangue
(hematopoese) ocorrem nos
mesodermas intra e
extraembrionários.
Vilosidades coriônica terciária
No mesoderma extraembrionário, a vasculogênese
e a hematopoese determinam a formação das
vilosidades coriônicas terciarias, constituídas por:
Mesoderma extraembrionario com vasos
sanguíneos
✓ Citotrofoblasto
✓ Sinciciotrofoblasto
Na terceira semana, o mesoderma intraembrionário,
a formação dos vasos sanguíneos determina o inicio
do desenvolvimento do sistema cardiovascular
primitivo, incluindo a formação do coração.
Os vasos sanguíneos presentes nas
vilosidades coriônicas terciarias, permitem as
trocas metabólicas entre o sangue materno e
fetal.
O sangue embrionário e materno são
separados pelas estruturas:
✓ Endotélio do capilar embrionário,
✓ Mesoderma extraembrionário,
✓ Citotrofoblasto
✓ Sinciciotrofoblasto
Essas 4 estruturas em conjunto com a
decídua, constituirão a placenta.
No final da 3ª semana pós-
fecundação, tem inicio os
dobramentos do embrião.
Na ultrassonografia, é possível
observar a cavidade coriônica
(saco gestacional).
Medindo 10 mm e o disco
embrionário entre 1,5 a 2,5 mm
de comprimento.

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