Você está na página 1de 13

Índice

1.Introdução.....................................................................................................................................2

2.Objectivos gerais..........................................................................................................................2

2.2 Objectivos específicos...............................................................................................................2

2.3Metodologia................................................................................................................................2

3. Gastrulação..................................................................................................................................3

3.1 Linha primitiva..........................................................................................................................3

3.1.2Notocorda e notocordal............................................................................................................4

3.1.2.1Desenvolvimento da notocorda............................................................................................4

3.1.2.2Função da notocorda.............................................................................................................5

3.1.2.3Tipos de gastrulação.............................................................................................................6

3.1.2.5Anexos embrionários............................................................................................................7

3.1.2.2Funções da placenta..............................................................................................................7

3.1.2.7Destino dos folhetos embrionários.......................................................................................8

3.1.2.9Formação do tubo neural....................................................................................................11

4.Conclusão...................................................................................................................................12

5.Referências bibliográficas..........................................................................................................13
1.Introdução

O presente trabalho que surge no âmbito de cadeira de Zoologia Geral cujos temas são principais
é gastrulacao, processo que ocorre em seres na metamorfose.

Aqui vai se desenrolar como acontece esse processo, quais são os tipos de gastrulação, como
acontece a indução embrionária, quais os anexos embrionários qual é o destino de folhetos
embrionários ou germinativos e como se formar o tubo neural. Esses todos processos são
apresentados neste trabalho.

2.Objectivos gerais

 Estudar os processos que ocorrem na morfogênese dos seres;


 Conhecer as fases do desenvolvimento do embrião;

2.2 Objectivos específicos

 Definir gastrulação;
 Identificar os processos decorrentes na terceira fase do desenvolvimento do embrião;
 Descrever os tipos de gastrulação que ocorrem nos seres;
 Identificar o destino de folhetos germinativos;
 Identificar as mudanças sofridas durante a formação do tubo neural;
 Identificar os folhetos embrionários;
 Mencionar a função e importância de cada anexo embrionário.

2.3Metodologia

Para materialização do presente trabalho recorreu-se às consultas bibliográficas das quais estão
referenciadas na última página do mesmo. Como etapas começa-se pela mobilização das obras,
sua leitura crítica, elaboração do texto e correcções finais do trabalho.

2
3. Gastrulação

Gastrulação é um processo formativo pelo qual o disco embrionário bilaminal é convertido em


um disco embrionário trilaminal. Esse processo é o inicio da morfogênese (desenvolvimento da
forma estrutural de vários órgãos e partes do corpo). Este processo se inicia com a formação da
linha primitiva.(KEITHL. MOORE e T.V.N. PERSAUD). Também pode ser definido como o
processo em que as células embrionárias sofrem um profundo rearranjo, originando a gástrula,
estrutura na qual o plano corporal do futuro animal é definido. As células que darão origem aos
músculos e os órgãos internos do animal migram para o interior do embrião, enquanto as células
que originarão a pele e o sistema nervoso ficam dispostas na superfície.

3.1 Linha primitiva

No inicio da terceira semana, aparece uma faixa linear espessada do epiblasto, a linha primitiva,
caudalmente no plano mediano do aspecto dorsal do disco embrionário. A linha primitiva resulta
da proliferação e migração das células do epiblasto para o plano mediano do disco embrionário.
Enquanto a linha primitiva se alonga pela adição de células na sua extremidade caudal, a
extremidade cranial prolifera e forma nó primitivo. Concomitantemente, um estreito suco
primitivo se forma na linha primitiva e termina em uma pequena depressão no nó primitivo, a
fosseta primitiva. Assim que a linha primitiva surge, é possível identificar o eixo cefálico e
caudal, as superfícies dorsal e ventral e os lados direito e esquerdo. Pouco depois do
aparecimento da linha primitiva, as células abandonam sua superfície profunda e formam o
mesênquima, uma trama frouxa do tecido conjuntivo embrionário que forma o tecido de
sustentação do embrião.

As células mesenquimais têm o potencial de proliferar e se diferenciar em diversos tipos


celulares, tais como, fibroblastos, condrocitos e osteoblastos.

A linha primitiva forma activamente o mesoderme ate inicio da quarta semana, depois disso, a
produção de mesoderme torna-se mais lenta. A linha primitiva diminui de tamanho relativo e
torna-se uma estrutura insignificante na região de sacrococcígea do embrião.

3
Linha primitiva

Cada uma das três camadas germinativas (ectoderme, mesoderme e endoderme) do disco
embrionário dá origem a tecidos específicos:

 A ectoderme dá origem a epiderme, ao sistema nervoso, a retina e a outras estruturas.


 A endoderme é a fonte dos revestimentos epiteliais das vias respiratórias e do trato
gastrointestinal, incluindo as glândulas que se abrem no trato gastrointestinal e as células
glandulares dos órgãos associados, tais como o fígado e o pâncreas.
 A mesoderme dá origem ao revestimento do músculo liso, aos tecidos conjuntivos e aos
vasos associados a tecido e a órgãos. Forma a maior parte do sistema cardiovascular e dá
origem às células sanguíneas e à medula óssea, aos ossos, aos músculos estriados e a
órgãos dos sistemas reprodutor e secreto.

3.1.2Notocorda e notocordal

3.1.2.1Desenvolvimento da notocorda

A notocorda surge pela transformação do bastão celular do processo notocordal. O assoalho do


processo notocordal funde-se com o endoderme e degeneram. Ocorre então a proliferação de
células notocordais a partir da extremidade cefálica, a placa notocordal se dobra e forma o
notocorda.

4
Algumas células mesenquimais migram através da linha primitiva e, como consequência,
adquirem os destinos de célula mesodérmica embrionária.

Essas células migram cefalicamente do no e da fosseta primitiva, formando um cordão celular


mediano, o processo notocordal, esse processo logo adquire um lúmen, quando passa a se
chamar do canal notocordal.

3.1.2.2Função da notocorda

 Definir o eixo longitudinal primordial do embrião e conferir rigidez a ele;


 Fornecer sinalização necessária para o desenvolvimento das estruturas músculo-
esqueléticas axiais e do sistema nervoso central;
 Contribuir para a formação dos discos intervertebrais localizados entre corpos vertebrais
adjacentes.

A notocorda se degenera conforme os corpos vertebrais se formam, mas uma pequena porção
dela persiste como o núcleo central de cada disco intervertebral.

Essa estrutura notocordal funciona como um indutor primário (sendo de sinalização) no embrião
inicial, actuando na ectoderme embrionário permitindo o espessamento necessário para a
formação da placa neural, o primórdio do sistema nervoso central.

LEGENDA: Representação esquelética do disco tridérmico, destacando a organização dos


folhetos embrionários e a notocorda.

5
Fonte: Embriologia humana-UFSC-2011.

3.1.2.3Tipos de gastrulação

Há cinco tipos de migração durante o processo de gastrulação, podendo em um mesmo embrião,


ocorrer um ou mais tipos:

 Embolia ou Invaginação: consiste no dobramento de uma região da blástula para o


interior do embrião (processo semelhante a esvaziar uma bola de borracha espremendo-a
com o punho fechado), ocorre em ouriços-do-mar e em anfioxos.
 Involução: consiste na expansão de uma camada celular para o interior do embrião
através de um pequeno orifício, o blastopóro, que surge na superfície da blástula. Ocorre
em anfíbios.
 Epibolia ou Recobrimento é a expansão de camada celular epitelial sobre outras
camadas celulares que, ao serem em recobertas, passam a se localizar no interior do
embrião, ocorre em anfíbios e em ouriços-do-mar.
 Ingressão: consiste na migração de células da camada celular na superfície do embrião
para sua parte interna, ocorre em ouriço-do-mar e em drosofilas.
 Delaminação: consiste na formação de duas ou mais lâminas celulares paralelas a partir
de uma camada inicial, ocorre em mamíferos e aves.

É durante o desenvolvimento da gástrula que as células dos teci embrionários definem o seu
destino, antes desse estagio, todas as células se comportam mais ou menos da mesma maneira. É
nesse estagio que se inicia a diferenciação celular, forma a linhagem germinativa, cujas células
denominadas células germinativas primordiais, migram para as regiões em que se formarão as
gônadas e mais tarde, os gâmetas, todas as demais células de um organismo multicelular
constituem a linhagem somática.

3.1.2.4Indução embrionária

Indução embrionária é a interacção de tecidos a ocorrer o desenvolvimento. A indução


embrionária ocorre quando, dois tipos de tecidos diferentes entram em contacto, por forca de
movimento morfogenético, ou por forca de crescimento.
6
A indução é mediada por contacto físico que algum material químico passado do tecido indutor
para o induzido. A indução pode não ocorrer se afluxo de substâncias químicas ser imedidas. É
possível provocar a formação de um segundo tubo neural em um embrião de galinha, enxertando
nele tecido de linha primitiva tirado de um coelho. Diversas substancias químicas, algumas das
quais nunca ocorre o embrião, podem induzir a formação da placa neural no ectoderme
embrionário.

3.1.2.5Anexos embrionários

 Saco vitelínico: todos os vertebrados. Formado pela esplancnopleura. Tem a função de


armazenamento de vitelo (nutrição) e formação das primeiras células sanguíneas nos
mamíferos.
 Amnio: em répteis, aves e mamíferos. Formado pela esplancnopleura. Tem a função de
excreção e respiração. Em mamíferos, orienta a formação dos vasos umbilicais.
 Alantoide: em répteis, aves e mamíferos. Formado pela esplancnopleura.

Tem a função de excreção e respiração de em mamíferos, orienta a formação dos vasos


umbilicais.

 Placenta é o órgão-elo entre a mãe e o feto, que proporciona ao indivíduo em


desenvolvimento a garantia de suas necessidades básicas: respiração, nutrição,
eliminação de catabólicos. A pacenta é formada por parte fetal ( corion viloso) e parte
(decídua basal).

3.1.2.2Funções da placenta

 Metabolismo: síntese de glicogénio, colesterol, ácidos graxos.

A placenta é a reserva fetal de glicogénio ate o 3º mês, pois, a partir dai, o fígado entra em
funcionamento.

 Transferência: é através da placenta que passam da mãe para o feto, o oxigénio, agua s
hormonas. Do feto para a mãe: agua, gás carbónico, hormonas.

As trocas plancentárias podem ser por:

7
 Difusão simples: agua, oxigénio, gás carbónico, anestésicos, maioria das drogas.
 Difusão facilitada: glicose
 Transporte activo: aminoácidos
 Pinocitose: moléculas grandes são transportadas através de vesículas pinocíticas do
sincíciotrofoblasto: anticorpos, vírus, bactérias.
 Secreção endócrina da placenta
Sincíciotrofoblasto sintetiza varias hormonas:
gonadotrofina coriônica (HCG)-estimula a produção de estrogênio e de
progesterona pelo corpo lútio até que a placenta possa produzi-los.
Somatotrofina coriônica ( HCS) – promove o crescimento e tem acção lactogénica.
Progesterona – mantém íntegro o endométrio.
Pode-se prolongar a gestação, em ratas, com administração de injecções de progesterona.
Estrogênio – o aumento de estrogênio placentário na circulação materna, determina um
aumento da sensibilidade do miométrio à ocitocina, a qual estimula as contracções da
musculatura uterina, estando relacionado ao trabalho de parto.

NB: O inicio do trabalho de parto deve-se a dois factores, o decréscimo de taxa de progesterona e
simultâneo, aumento da taxa de estrogênio.

3.1.2.7Destino dos folhetos embrionários

Através dos movimentos morfogenéticos se organizam os folhetos embrionários na gástrula


circular ou plana, que correspondem aos primeiros tecidos do corpo do animal, com
potencialidades distintas para originar todos os tecidos e sistemas do organismo. A seguir são
resumidas as potencialidades de cada folheto embrionário, indicando quais tecidos e/ou sistemas
são formados a partir de cada um deles.
Folheto germinativo é um tecido embrionário que origina os tecidos e órgãos de um animal
adulto, com excepção de poríferos sem folhetos, por tanto não havendo diferenciação tecidual, e
dos cnidarios com dois folhetos embrionários (diblásticos ou diploblastos). Todos os demais
grupos de animais apresentam três folhetos embrionários (triblásticos ou triploblastos)
Diblastos ou diploblastos (ectoderme e endoderme)

8
Triblasticos ou triploblastos (ectoderme, mesoderme e endoderme)

LEGENDA: Representacao esquelética de destino de folhetos germinativos


FONTE: Internet

Assim como os cordados, os três tipos de folhetos embrionários, surgem simultaneamente


durante o processo de gastrulação (fases de gástrula) inicialmente formado por duas camadas de
célula, externamente o ectoderme e internamente o mesotoderma. O mesotoderma origina o
mesoderme e a endoderme. O destino final desses folhetos germinativos na formação de tecidos
e órgãos humanos são:
Ectoderme subdivide-se em:
 Ectoderme neural: sistema nervoso central e cristas neurais (sistema nervoso periférico)
 Ectoderme superficial: sistema de revestimento da superfície externa do corpo (a
epiderme da pele), anexos epidérmicos (pêlos, unhas, cornos e cascos) e glândulas e
placoides sensoriais.
 Endoderme: Epitélio de revestimento interno (reveste a cavidade ou luz) do sistema
digestório e do respiratório, bem como das glândulas digestórias.
 Mesoderma: forma todos os tipos de tecidos conjuntivos especializados

9
(cartilaginoso, ósseo, sanguíneo), os tecidos musculares e os tecidos conjuntivos propriamente
ditos (onde incluía derme da pele).
O mesoderme divide-se nos seguintes tipos:
1- Mesoderma paraxial ou somítico: se segmenta formando os somítos que possuem três
partes funcionais:»» Esclerótomo (porção ventromedial): forma as costelas, coluna
vertebral e musculatura dos membros e parte da musculatura da parede corporal (tronco);
»» Miótomo (porção dorsal): forma a grande parte da musculatura do tro»» Dermátomo
(porção dorsomedial): forma a derme da pele (camada interna do sistema de
revestimento).
2- Mesoderma intermediário: forma o sistema urinário e o sistema genital.
3- Mesoderma lateral:»» somático ou parietal: lâmina mesodérmica que reveste a
cavidade intra-embrionária (celoma intra-embrionário). O mesoderme parietal juntamente
com a ectoderme sobrejacente formará a parede corporal lateral e ventral. As células
do mesoderma parietal que circundam o celoma intraembrionário formarão as
membranas serosas queirão revestir as cavidades peritoneal, pleural e pericárdica, bem
como secretar líquido seroso. Também forma os ossos e tecidos conjuntivos dos
membros. A combinação de ectoderma com a lâmina de mesoderma somático é referida
como somatopleura.
»» esplâncnico ou visceral: lâmina mesodérmica que circunda externamente os órgãos. O
mesoderma visceral e o endoderma embrionário formarão a parede do intestino primitivo.
As células do mesoderma visceral formarão uma fina membrana serosa em torno de cada
órgão. A combinação de endoderma com a lâmina de mesoderma esplâncnico é referida como
esplancnopleura.
4- Mesoderma cardiogênico: o mesoderma esplâncnico da área cardiogênica formará o
coração e vasos sanguíneos

10
3.1.2.8Tabela com os órgãos e sistemas derivados de cada folheto embrionário

Folhetos Dá origem no adulto

Sistema nervoso central; Sistema nervoso periférico; Epitélio


sensorial do ouvido, nariz e olho; Epiderme (incluindo cabelo e
Ectoderme unhas); Glândulas subcutâneas, mamaria e hipofisárias; Esmalte
dos dentes.
Mesoderme Notocorda, músculos lisos e esqueléticos; Sistema circulatório;
Tecido linfático; Tecido conjuntivo; Sistema esquelético; Sistema
excretor e reprodutor.
Endoderme Sistema digestivo, revestimentos epiteliais do sistema respiratório,
bexiga urinária e uretra, cavidade do tímpano e da auditiva,
estroma reticular das tonsilas e ao timo:
Parênquima da tireoide, paratiroides, do fígado e do pâncreas.

3.1.2.9Formação do tubo neural

Inicio da 3ª semana de vida o embrião entra na fase de GASTRULAÇÃO (inicio da


morfogenese), no final da gastrulação terá o formato de um disco plano, com os 3 folhetos
embrionários:
• O tubo neural da origem ao sistema nervoso central, se diferencia no encéfalo e medula
espinhal
• A formação do tubo neural começa em torno do 22º ao 23º dia, pela notocorda.
• O tubo neural se fecha primeiramente na região medial do embrião.
• As extremidades ainda abertas são denominadas neuroporos.

11
4.Conclusão

Feito o trabalho concluiu-se que Gastrulação é um processo em que as células embrionárias


sofrem um profundo rearranjo, estrutura na qual o plano corporal do futuro animal é definido.

O embrião sofre algumas mudanças durante a fase de morfogênese até formar o indivíduo devido
a migração do mesmo embrião.

Podemos perceber que os folhetos germinativos podem ser diblásticos ou triblasticos de acordo
com a forma de cada animal. E cada folheto embrionário dá origem à tecidos ou órgãos
específicos. E não só, também vários conceitos foram abordados e caracterizado de acordo com
as estruturas e funções que nela se encontram e desempenham. Foi tão bom ter abordado estes
conteúdo, pois construíram conhecimentos para uma pratica reflexiva na administração dos
mesmos e a sua própria assimilação.

13
5.Referências bibliográficas

MOORE, Keith L. Embriologia clínica/Keith L. Moore, T.V.N(Vid) Persaud, Mark G. Torchia;


traducao Adriana de Siqueira…[et al]. -10.et-Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.il.;28 cm. Tradução
de Clinical oriented embryology

CURTIS, Helena. Biologia, guanabara Koonga s.a 2ª Edição, NY2009.

MOORE, K. L. Embriologia clínica. São Paulo: Interamericana, 1984. 442 p.

MOORE, K. L.; PERSAUD, T. V. N. Embriologia clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 600 p.
MÜLLER, W. A. Developmental biology. New York: Springer, 1997. 382 p.
SCHOENWOLF, G. C.; BLEYL, S. B.; BRAUER, P. R.; FRANCISWEST,
P. H. Larsen: embriologia humana. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. 472 p.

14

Você também pode gostar