O documento descreve os processos de formação do tubo neural no embrião humano, incluindo a neurulação, diferenciação do mesoderma paraxial em somitos, e desenvolvimento posterior da medula espinhal e sistema nervoso central. É destacada a importância do ácido fólico para o fechamento correto do tubo neural e prevenção de defeitos congênitos.
O documento descreve os processos de formação do tubo neural no embrião humano, incluindo a neurulação, diferenciação do mesoderma paraxial em somitos, e desenvolvimento posterior da medula espinhal e sistema nervoso central. É destacada a importância do ácido fólico para o fechamento correto do tubo neural e prevenção de defeitos congênitos.
O documento descreve os processos de formação do tubo neural no embrião humano, incluindo a neurulação, diferenciação do mesoderma paraxial em somitos, e desenvolvimento posterior da medula espinhal e sistema nervoso central. É destacada a importância do ácido fólico para o fechamento correto do tubo neural e prevenção de defeitos congênitos.
Processos envolvidos na formação da placa neural e pregas neurais e
fechamentos destas pregas para formar o tubo neural. A formação do tubo neural começa no início da 4º semana (dias 22 a 23) e termina no final da 4º semana, quando ocorre o fechamento do neuróporo caudal (posterior). ✓ O tubo neural se fecha primeiramente na região medial do embrião. ✓ As extremidades abertas são os neuróporos rostral e caudal Crista neural
Durante a fusão das pregas algumas células
das próprias pregas neurais perderam a adesão entre si e com a membrana basal, formando duas massas celulares dispostas longitudinalmente no tubo neural, são as cristas neurais, se posicionam dentro do mesoderma intraembrionário, compondo a princípio, os gânglios dorsais dos nervos espinhais. Diferenciação do mesoderma paraxial
O mesoderma intraembrionário esta diferenciado em três regiões:
✓ Mesoderma paraxial ✓ Mesoderma intermediário ✓ Mesoderma lateral O mesoderma paraxial: Na região presuntiva do encéfalo, permanecerá como placa e dará origem a calota craniana. Na origem presuntiva da medula espinhal, se segmenta em estruturas arredondadas denominadas somitos, os quais darão origem às vertebras da coluna vertebral, entre outras estruturas. Os somitos correspondem ao crescimento e diferenciação do mesoderma paraxial em estruturas segmentadas, separada uma das outras. Na vista dorsal do embrião, os somitos podem ser visualizados como elevações arredondas bilaterais, localizadas em ambos os lados do tubo neural. Ao redor do 30º dia, formam se entre 42 e 44 pares de somitos, desde a região occipital até a extremidade caudal, mas ao longo do desenvolvimento, vários somitos desaparecem, permanecendo 37 pares. Nos somitos, as células mesodérmicas se diferenciam e se organizam em três regiões distintas: ✓ Esclerótomo: origina o esqueleto axial (parte do osso occipital do crânio, caixa torácica e coluna vertebral); ✓ Dermátomo: originara a derme do corpo; ✓ Miótomo: originara os músculos esqueléticos do pescoço, tronco e membros. Continuidade do fechamento do tubo neural
A partir da futura região occipital e cervical
do embrião, a fusão das pregas neurais progredirá, simultaneamente, tanto no sentido cranial (mais lenta) quanto no sentido caudal (mais rápida). A fusão das pregas neurais fecha como um zíper. A formação do tubo neural tem inicio na região occipital e cervical no 22º após a fecundação e dura cerca de 4 dias. As ultimas regiões das pregas neurais a se fundirem são as extremidades (neuropóro) cranial e caudal: Neuróporo cranial: se fecha aproximadamente no 24º dia; Neuróporo caudal: se fecha aproximadamente no 26º dia. O crescimento diferencial do tubo neural leva a formação de: Dilatações na porção mais cranial, constituindo as três vesículas encefálicas ou cerebrais primárias: ✓Prosencéfalo, ✓Mesencéfalo ✓Rombencefalo, Estreitamento na porção mais caudal do tubo neural, formando a medula espinhal. O tubo neural dará origem ao sistema nervoso central. As células das cristas neurais da região vagal (somitos de 1 a 7) desenvolverão as seguintes estruturas/células: Coração: parte das células das cristas neurais da região vagal migram para o coração em desenvolvimento. Formarão: parte do septo interventricular e o septo aórtico-pulmonar, a parede muscular de grandes artérias. Sistema nervoso periférico autônomo do tubo digestório Pescoço, células da tireoide Desenvolvimento da medula espinhal
As paredes do tubo neural se espessam reduzindo gradualmente até restar o canal
central da medula espinhal. O espessamento diferencial da medula espinhal, produz o sulco limitante. Este sulco separa a parte dorsal, a placa(lâmina) alar, da parte ventral, a placa (lâmina) basal. Os corpos celulares das placas alares formam os cornos dorsais (cinzentos), núcleos aferentes, sensitivos. Os corpos celulares das placas basais formam as colunas cinzentas, ventrais, e laterais, cornos ventrais e laterais. Os axônios do corno ventral formam as raízes ventrais do corno espinhal, eferentes, motoras. Neuroepitélio do tubo neural
✓ Zona ventricular: origina todas as células nervosas (ficam células
neuroepiteliais indiferenciadas) ✓ Zona intermediária: entre a zona ventricular e marginal (células neuroepiteliais diferenciadas em neuroblastos) ✓ Zona marginal: composta da parte externa das células neuroepiteliais (axônios) Desenvolvimento dos gânglios espinais
Os neurônios unipolares dos gânglios espinhais derivam das células da crista
neural. Inicialmente são bipolares, depois seus prolongamentos se unem, formando um T. • O processo periférico dos gânglios espinhais vão para as terminações sensitivas das estruturas somáticas ou viscerais. • O processo central penetram na medula espinhal e constituem as raízes dorsais dos nervos espinhais. Desenvolvimento das meninges
Ocorre entre os dias 20 e 35.
• O mesênquima que envolve o tubo neural se condensa, formando uma membrana primitiva, meninge, que forma a dura máter, pia e aracnóide máter. • Células do mesênquima se misturam com as da crista para formar as leptomeninges. • O líquido céfalorraquidiano (líquor) começa a se formar a partir da 5ª semana. Defeitos do Tubo Neural (DTNs) Espinha bífida A importância do ácido fólico no fechamento do tubo neural
O termo ácido fólico primeiramente encontrado e isolado em folhas de espinafre.
Encontra-se em diversos produtos da dieta, como fígado, leveduras, ovos, feijão e laranjas. A deficiência de ácido fólico durante a gestação tem se mostrado o principal fator de risco para defeitos do tubo neural identificado até hoje. Anencefalia e espinha bífida correspondem a cerca de 90% de todos os casos de defeitos do tubo neural e os 10% dos casos restantes consistem principalmente em encefalocele. Mulheres gestantes estão mais propensas a desenvolver deficiências desta vitamina, principalmente devido ao aumento da demanda durante a gestação, O ácido fólico atua em diversas áreas do metabolismo, incluindo a da biossíntese de DNA, que naturalmente deve ocorrer durante o desenvolvimento devido às inúmeras divisões celulares. Ainda não se sabe o motivo da carência dessa vitamina trazer tantos transtornos e malformações durante a embriogênese Durante a 3ª semana do desenvolvimento, sete fenômenos se iniciam no disco embrionário trilaminar: 1. Gastrulação 2. Diferenciação dos mesodermas intraembrionários 3. Neurulação 4. Vasculogênese 5. Hematopoiese 6. Fechamento da parede dorsal 7. Fechamento da parede ventral Medidas de comprimento médio do embrião Principais características da morfológicas da quarta semana 7ª semana