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Embriologia
1- DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NERVOSO
Após a fecundação, o zigoto passa pelos estágios de: Mórula, blástula,
gástrula e Neurula.
Existem 3 folhetos embrionários: Ectoderma, mesoderma e endoderma.
O sistema nervoso se desenvolve a partir do folheto mais externo, ectoderma.
A notocorda é um cordão com eixo craniocaudal, que fica na região posterior do embrião e é
responsável pelo desenvolvimento da coluna vertebral. No adulto, os discos intervertebrais e a
sincondrose esfeno-occipital do clivo, são resquícios da notocorda. Já no embrião a notocorda tem
função indutora no espessamento do ectoderma, formando assim a PLACA NEURAL.
Placa neural Formada a partir da função indutora da notocorda, promove um espessamento do
ectoderma, formando a PLACA NEURAL.
Formação do sulco e goteira neural A placa neural, que está situada posteriormente a notocorda, sofre
invaginações progressivas que inicialmente formará um sulco e depois a GOTEIRA NEURAL
Cristas neurais
Quando a placa neural vai se dobrando, as
porções laterais começam a se diferenciar,
formando as CRISTAS NEURAIS, que dão
origem ao SNP.
Tubo neural Ocorre com o fechamento (da porção posterior) da goteira neural , criando assim o tubo
neural, que dará origem ao sistema nervoso central.
O TUBO NEURAL dá origem a elementos do sistema nervoso central, ao passo que a CRISTA dá
origem a elementos do sistema nervoso periférico, além de elementos não pertencentes ao sistema
nervoso.
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O telencéfalo compreende uma parte mediana, na qual se evaginam duas porções laterais, as
vesículas telencefálicas laterais
A parte mediana é fechada anteriormente por uma lâmina que constitui a porção mais cranial do
sistema nervoso e se denomina Lâmina terminal.
As vesículas telencefálicas laterais crescem muito para formar os hemisférios cerebrais e
escondem quase completamente a parte mediana e o diencéfalo.
Cavidades do tubo neural
A luz do tubo nervoso permanece no sistema nervoso do adulto., sofrendo, em algumas partes,
várias modificações.
A luz da medula primitiva forma no adulto o canal central da medula, ou canal do epêndima, que no
homem é bem mais estreito e parcialmente obliterado.
A cavidade dilatada do Rombencéfalo forma o IV ventrículo.
As cavidades do diencéfalo e da parte mediana do telencéfalo formam o III ventrículo
A luz do mesencéfalo permanece estreita e constitui o aqueduto cerebral (ou de Sylvius ou ducto
mesocefálico), permite a passagem do líquido cefalorraquidiano pelo mesencéfalo, conectando o III
ventrículo ao IV.
A estenose ou obstrução desse ducto é uma das principais caudas de hidrocefalia.
A luz das vesículas telencefálicas laterais forma, de cada lado, os Ventrículos laterais, que são
unidos ao III ventrículo pelos dois forames interventriculares
Todas essas cavidades são revestidas por um epitélio cuboide denominado de epêndima e, com
exceção do canal central da medula, contém o LÍQUIDO CEREBRO-ESPINAL ou LÍQUOR
Diferenciação neuronal
Sinaptogênese e formação de circuitos
Mielinização
Eliminação programada de neurônios e sinapses
2.1- Proliferação e migração neuronal
A morte neuronal programada é regulada pela quantidade de tecido-alvo presente. O tecido alvo e
também os aferentes produzem uma série de fatores neutrotóficos que são captados pelos
neurônios.
Esses fatores neutrotópicos atuam sobre o DNA neuronal bloqueando um processo ativo de morte
celular por apoptose (o próprio neurônio secreto substâncias cuja função é matar a si próprio).
Diversos neurônios podem se projetar para o mesmo tecido-alvo. Ocorre uma competição entre
eles e aqueles que conseguem estabilizar suas sinapses e assegurar quantidade suficiente de
fatores tróficos sobrevivem, enquanto os demais entram em apoptose e morrem.
Ocorre também a eliminação de sinapses não utilizadas ou produzidas em excesso.
Em caso de lesões, neurônios que normalmente morreriam podem ser utilizados para recuperá-las.
Portanto, esta reserva neuronal e de sinapses determina o que é conhecido como plasticidade
neuronal, existente em crianças, e que vai diminuindo com a idade, tendo em vista que cada
função cerebral possui o seu período crítico. É em razão desta plasticidade, que quanto mais nova
a criança, melhor é o prognóstico em caso de recuperação de lesões. É também por isso que
crianças possuem maior facilidade de aprendizado.
2.4- Mielinização
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3- CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS
O período fetal é de extrema importância para a formação e desenvolvimento do sistema nervoso
central. Logo, fatores externos como substâncias teratogênicas, irradiação, alguns medicamentos,
álcool, drogas e infecções congênitas podem afetar diretamente as diversas etapas deste
desenvolvimento.
Quando ocorrem no primeiro trimestre de gestação podem afetar a proliferação neuronal,
resultando na redução do número de neurônios e microcefalia.
No segundo ou terceiro trimestres podem interferir na fase de organização neuronal,
redução do número de sinapses e ocasionar quadros de atraso no desenvolvimento
neuropsicomotor e retardo mental.
A desnutrição materna ou nos primeiros anos de vida da criança, agravada pela falta de
estímulos do ambiente, pode interferir de maneira direta no processo de mielinização.
Esta etapa está diretamente relacionada à aquisição de habilidades e ao
desenvolvimento neuropsicomotor normal da criança, a qual poderá sofrer atrasos
muitas vezes de forma irreversível
b) Mielomeningoceles a dura-
máter sobressai como um balão .
ENCÉFALO
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1. SISTEMA NERVOSO SEGMENTAR ⇒. É formado pelo sistema nervoso periférico junto com a parte do
sistema nervoso central que estão em relação direta com os nervosos típicos, ou seja, a medula espinhal e
o tronco encefálico.
2. SISTEMA NERVOSO SUPRASSEGMENTAR ⇒. É formado pelo cérebro e pelo cerebelo, junto dos
nervos olfatório e óptico que não são nervos típicos.
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5- ORGANIZAÇÃO GERAL DO SN
Tecido nervoso
1- COMPONENTES DO TECIDO NERVOSO
No SNC o tecido nervoso pode ser encontrado em duas porções distintas: a substância cinzenta,
formada pelos corpos celulares dos neurônios e células da glia e a substância branca, constituída por
prolongamentos de neurônios e células da glia
1.1. NEURÔNIOS
São responsáveis pela recepção, transmissão e processamento de estímulos, por meio de circuitos
neuronais que interligam as diversas estruturas do sistema nervoso, na forma de impulsos nervosos. São
responsáveis por liberar neurotransmissores e outras moléculas informacionais.
1.1.1- Estrutura dos Neurônios
Cada neurônio pode ter uma morfologia distinta e complexa, mas a maioria deles contém três
componentes:
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[1] Dendritos
São numerosos prolongamentos que recebem os estímulos do
ambiente, de células epiteliais sensoriais ou de outros neurônios e,
consequentemente, enviam impulsos nervosos para o corpo celular.
São organizados de modo a receberem múltiplos estímulos vindos,
simultaneamente, de outras estruturas.
A base do dendrito parte do corpo celular e contém o conjunto
típico de organelas, exceto complexo de Golgi de Golgi. Avançando
em direção à extremidade distal do dendrito, algumas organelas
tornam-se escassas ou ausentes. Costumam apresentar diversas
ramificações denominadas árvores dendríticas que ampliam sua
superfície de contato. Geralmente estão localizados junto do corpo
celular neuronal e apresentam maior diâmetro que os axônios, não sendo mielinizados.
[2] Corpo Celular (ou pericário ou soma)
Compreende o núcleo e o citoplasma que o envolve e tem a função de receber e integrar estímulos, tanto
excitatórios, quanto inibitórios. Na maioria dos casos, o núcleo é esférico e pouco corado, apresenta um
nucléolo grande e central e um citoplasma perinuclear circundante.
O citoplasma é rico em retículo endoplasmático rugoso (RER) e em ribossomos livres que, em conjunto,
formam os corpúsculos de Nissl, concentrados basófilos no citoplasma observados ao microscópio
óptico. O complexo de Golgi (CG) é exclusivo do soma, sobretudo em torno do núcleo. Há uma quantidade
moderada de mitocôndrias, abundantes filamentos intermediários ou neurofilamentos, além de lisossomos,
microtúbulos, vesículas de transporte e inclusão citoplasmática. O núcleo, o grande nucléolo, o complexo
de Golgi e os corpúsculos de Nissl indicam que há uma grande necessidade de atividade anabólica
necessária para manter esse neurônio.
A lipofuscina é um pigmento de cor parda que pode ser encontrado nos corpos de neurônios, apresenta
lipídeos, se acumula com o envelhecimento e é formado por resíduos da digestão dos lisossomos
Os neurônios não são capazes de replicar, mas seus componentes se renovam regularmente, havendo
uma necessidade de sempre repor enzimas, neurotransmissores, componentes de membrana e outras
moléculas. Logo, existe um alto nível de síntese neuronal.
[3] Axônio
É um prolongamento único, especializado na condução e transmissão dos impulsos nervosos para outras
células. Cada neurônio possui apenas um axônio. Conforme o tipo de neurônio, pode apresentar
comprimento e diâmetro variáveis, mas costuma ser mais longo que os dendritos da célula. Origina-se no
corpo celular a partir do cone de implantação ou cone axônico. É através deste cone que microtúbulos,
neurofilamentos, mitocôndrias e vesículas passam para o axônio.
Os axônios podem ser mielinizados e nesses casos, o espaço entre o cone de implantação e o início da
bainha de mielina corresponde ao segmento inicial. O neurônio recebe estímulos excitatórios, e inibitórios
que podem gerar ou não um potencial de ação que se propaga na forma de impulso nervoso ao longo do
axônio. Seu citoplasma ou axoplasma apresenta pequenas cisternas de retículo endoplasmático liso (REL)
e longas mitocôndrias que atribuem acidofilia ao axônio, além microtúbulos e microfilamentos em
abundância devido ao elevado fluxo de moléculas ao longo do axônio. Por não possuir retículo
endoplasmático granuloso e polirribossomos, depende da atividade do pericário (citoplasma do corpo
celular). A porção final do axônio corresponde ao telodendro ao qual, em geral, é muito ramificado e
apresenta os terminais axônicos ou botões terminais que se aproximam de outras células para formar uma
sinapse, região de transmissão do impulso nervoso entre células.
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[2] Bipolares
Apresentam apenas dois prolongamentos que partem corpo celular, um dendrito e um
axônio. Localizam – se nos gânglios vestibular e coclear, na retina e no epitélio
olfatória da cavidade nasal.
4. FLUXO AXOPLASMÁTICO
Por não conter ribossomos, os axônios são incapazes de sintetizar proteínas, sendo assim, toda proteína
necessária para a integridade axônica é derivada do pericário e encaminhadas até o axônio.
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5. CÉLULAS DA GLIA
Astrócitos
Oligodendrócitos
Microgliócitos
Células ependimárias
5.1. Astrócitos
São as maiores células da neuroglia. Forma uma rede de células dentro do SNC e se comunicam com
neurônios para modular e sustentar muitas de suas atividades. Apresentam formato estrelado e podem ser
de dois tipos:
PROTOPLASMÁTICOS Presentes na substância cinzenta do SNC (parte mais externa do
encéfalo), apresentam maior número de prolongamentos que são curtos e muito ramificados.
Os astrócitos se comunicam uns com os outros por meio de junções comunicantes, estabelecendo uma
rede por onde informações podem transitar de um local para outro, alcançando grandes distâncias no
SNC. Suas principais funções são:
Captura de íons, neurotransmissores e resíduos do metabolismo neuronal liberados no espaço
extracelular por meio da emissão de pés terminais;
Ligação dos neurônios aos capilares sanguíneos e auxílio na manutenção da barreira
hematoencefálica;
Liberação de glicose para o metabolismo energético no córtex cerebral;
Tecido cicatricial celular em áreas danificadas do SNC.
Fornecer cobertura para áreas desnudas dos axônios mielinizados, nos nós de Ranvier e nas
sinapses
Modular as atividades neuronais através do tamponamento da concentração de potássio no
espaço extracelular encefálico.
5.2. Oligodendrócitos e as células de Schwann
Os oligodendrócitos
Formam a bainha de mielina no SNC, estando presentes tanto na substância branca, quanto na
cinzenta.
São semelhantes aos astrócitos, porém menores e com prolongamentos escassos e de poucas
ramificações.
Apresentam um citoplasma elétron – denso, com um núcleo pequeno, retículo endoplasmático
rugoso abundante, muitos ribossomos livres e mitocôndrias, além de um complexo de Golgi bem
desenvolvido.
1 único oligodendrócito envolve diversos neurônios
As células de Schwann
Uma célula de Schwann envolve apenas um neurônio, podendo formar tanto coberturas mielínicas
quanto as amielínicas dos axônios. Essas células são achatadas bem como seus núcleos e
apresentam um pequeno aparelho de Golgi e poucas mitocôndrias nos citoplasmas
Ao longo de todo a extensão do axônio, há pequenos espaços não preenchidos por mielina, denominados
de NÓDULOS DE RANVIER. Cada nodo indica um intervalo entre a bainha de mielina de duas células de
Schwann ou oligodendrócitos diferentes localizados ao longo do axônio.
5.3. Células da Micróglia
A micróglia é constituída por células fagocíticas que fazem parte do sistema fagocitário mononuclear e
representam cerca de 5% de todas as células gliais no SNC de um adulto, mas, em regiões de lesão ou
afetadas por doenças, apresentam elevada proliferação. Atuam na defesa contra microrganismos
invasores e células neoplásicas, removem bactérias, células defeituosas e restos de células que sofreram
apoptose e mediam reações neuroimunes. Originam-se de células progenitoras dos granulócitos e
monócitos, que adentram no SNC através da circulação. São as menores células neurogliais, possuem
núcleos pequenos e alongados, além de prolongamentos curtos e irregulares.
5.4 Células Ependimárias
Constituem células epiteliais colunares baixas a cuboides que revestem os ventrículos encefálicos
(cavidades no cérebro para onde o plexo coróide se projeta) e o canal central da medula espinal. Em
alguns locais as células ependimárias são ciliadas, facilitando a movimentação do líquido cefalorraquidiano
(LCR). Os cílios e microvilosidades presentes na superfície apical da célula são responsáveis pela
absorção do líquido cerebroespinhal. O citoplasma dessas células contém abundantes mitocôndrias e
feixes de filamentos intermediários. Estão unidas firmemente por complexos juncionais que se localizam
nas superfícies apicais e não possuem lâmina basal.
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A membrana celular separa o meio intracelular do meio extracelular, que apresentam composições
iônicas próprias:
Meio intracelular Predominam íons com cargas negativas e íons Potássio;
Meio extracelular Predominam íons sódio e Cloro.
As cargas elétricas dentro e fora da célula são responsáveis pelo estabelecimento de um potencial
elétrico de membrana.
Na maioria dos neurônios, o potencial de repouso está em torno de -60 mV a -70 mV com excesso
de cargas negativas dentro da célula. A movimentação de íons através da membrana altera o
potencial de repouso.
O movimento de íons através da membrana ocorre por meio de canais iônicos formados por
proteínas, que são sensíveis a voltagem, neurotransmissores, fosforilação ou a estímulos
mecânicos).
Os dendritos são especializados em receber estímulos, traduzindo-os em alterações do potencial
de repouso da membrana, ocorrendo uma despolarização ou hiperpolarização
A despolarização é excitatória e envolve a redução de cargas negativas do meio intracelular. Já a
hiperpolarização é inibitória e significa aumento da carga negativa do lado de dentro da célula.
Os potenciais se propagam no sentido DENTDRITOS ------- > CORPO CELULAR / AXÔNIO
A abertura de canais de Sódio sensíveis a voltagem no segmento inicial do axônio (zona de
disparo) gera alteração do potencial de membrana denominado potencial de ação ou impulso
nervoso, ou seja, a despolarização da membrana atinge amplitudes de 70 mv a 110 mv, do tipo
TUDO OU NADA
Portanto, o axônio é especializado em gerar e conduzir o potencial de ação. É nele onde o primeiro
potencial de ação é gerado e a zona de disparo na qual concentram-se canais de sódio e potássio
sensíveis a voltagem
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Sinapses é uma junção especializada em que uma parte de um neurônio se comunica com outro
neurônio. É nesse local que ocorre uma transmissão de informações
No sistema nervoso periférico, terminações axônicas podem relacionar-se também com células
musculares (esqueléticas, cardíacas ou lisas) e células secretoras (em glândulas salivares,
controlando seu funcionamento)
Neurônios pré-sináptico envia o sinal
Neurônios pós-sináptico recebe o sinal
As sinapses podem ser divindades em:
Sinapses elétricas;
Sinapses químicas;
SINAPSES ELÉTRICAS
Ao contrário das sinapses químicas, as sinapses elétricas não são polarizadas, ou seja, a
comunicação entre os neurônios envolvidos ocorre nos dois sentidos.
SINAPSES QUÍMICAS
Na grande maioria dessas sinapses, uma terminação axônica entra em contato com qualquer parte
de outro neurônio, formando-se assim sinapses axodendríticas, axossomáticas (Corpo)
axoaxônicas.
Nas sinapses em que o axônio é o elemento pré-sináptico, os contatos se fazem tanto através das
pontas dilatadas (botão terminal) como também por ao longo de toda a arborização terminal
As terminações axônicas em alguns neurônios, como os que usam manoamina como
neurotransmissor, são varicosas, apresentando dilatações simétricas e regulares que tem o mesmo
significado que os botões (locais pré-sinápticos onde se acumulam vesículas sinápticas.)
Uma sinapse química compreende:
O elemento pré-sináptico (que armazena e libera o neurotransmissor)
Um elemento pós-sináptico que contém receptores para o neurotransmissor em questão e
Uma fenda sináptica, que separa duas membranas sinápticas.
Sinapses químicas neuroefetuadoras ou junções neuroefetuadoras
Envolvem os axônios dos nervos periféricos e uma célula efetuadora não neuronal.
Se a conexão é com células musculares estriadas esqueléticas, tem-se uma junção
neuroefetuadora somática
Se a conexão ocorre com células musculares lisas ou cardíacas ou com células glandulares, tem-
se uma junção neuroefetuadora visceral.
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A remoção do neurotransmissor pode ser feita por ação enzimática, como é o caso da
ACETILCOLINESTERASE, que degrada acetilcolina em Colina + Acetato.
FIBRAS NERVOSAS
Uma fibra nervosa compreende um axônio e, quando presentes, seus envoltórios de origem glial,
sendo o principal a bainha de mielina, que atua como um isolante elétrico, por ser formado por
membrana plasmática composta basicamente de lipídeos e proteínas, sendo rica em fosfolipídios.
Quando envolvidos por mielina, os axônios são chamados de fibras nervosas mielínicas, já na
ausência, são chamados de fibras nervosas amielínicas.
A bainha e mielina é formada por células de Schwann no SNP e por oligodendrócitos no SNC
No sistema nervoso central, é possível se distinguir duas áreas claramente diferentes:
● As áreas de substância branca que contém fibras nervosas mielínicas e neuroglia;
● E as áreas de substância cinza que se encontram corpos neuronais, fibras amielínicas e neuroglia.
OBS: No sistema nervoso central, as fibras nervosas se
reúnem em feixes que são denominados de tratos ou
fascículos. Enquanto que no sistema nervoso periférico
ocorre o agrupamento em feixes que formam os nervos.
FIBRAS NERVOSAS MIELÍNICAS
A circulação do líquor é extremamente lenta, pois ela é impulsionada pela absorção e produção do
líquido.
OUTRAS FUNÇÕES DO LÍQUOR:
1. Manutenção de um meio químico estável no sistema ventricular, mesmo quando a composição
química do plasma sofre grandes alterações.
2. Excreção de produtos tóxicos do metabolismo das células do tecido nervoso que passam aos
espaços intersticiais de onde são lançados no líquor e deste para o sangue.
3. Veículo de comunicação entre diferentes áreas do sistema nervoso central. Por exemplo, hormônios
produzidos no hipotálamo são liberados no sangue, mas também no líquor podendo agir sobre regiões
distantes do sistema ventricular.
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EXTRAS APROFUNDADOS
SUBSTÂNCIA CINZENTA
1 –DIENCÉFALO
O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro, que corresponde a porção mais desenvolvida do encéfalo.
Tálamo
Os tálamos são duas massas volumosas de substância
cinzenta, de formato ovoide, dispostas uma de cada lado na
porção laterodorsal do diencéfalo, unidas pela aderência
intertalâmica e que delimitam a parte posterior do terceiro
ventrículo. A extremidade posterior, maior que a anterior,
apresenta uma grande eminência, o pulvinar, que se projeta
sobre os corpos geniculados. O corpo geniculado medial faz
parte da via auditiva e o lateral da via óptica, sendo
denominados por alguns autores como metatálamo, que o
consideram uma divisão do diencéfalo.
O tálamo é um dos mais importantes centros de integração de
impulsos nervosos. Atualmente acredita-se que algumas
sensações dolorosas, térmicas e táteis são identificadas
conscientemente ao nível do tálamo. Através de suas inúmeras interligações, é possível que esse
centro se relacione também com o controle da vigília e do sono.
Hipotálamo
O hipotálamo é uma área relativamente te pequena – cerca de 4
cm3 do tecido nervoso - situada abaixo do tálamo. As estruturas que
formam o hipotálamo e que estão localizadas nas paredes laterais e
no assoalho do III ventrículo são: quiasma óptico, infundíbulo,
túber cinéreo e corpos mamilares (de sentido anterior para
posterior).
1. Quiasma óptico: localiza-se no assoalho do III ventrículo, em
sua porção anterior e recebe fibras dos nervos ópticos (II par), que
em parte cruzam e continuam nos tratos ópticos e se dirigem para os
corpos geniculados laterais.
2. Infundíbulo: formação de formato cônico, que se prende ao
túber cinéreo. A sua extremidade superior dilata-se para constituir a eminência mediana do túber cinéreo,
enquanto sua extremidade inferior continua com o processo infundibular, ou lobo nervoso da neuro-
hipófise.
3. Túber cinéreo: massa convexa de substância cinzenta que se localiza entre os corpos mamilares
e quiasma óptico. É a região onde se prende o infundíbulo.
4. Corpos mamilares: são duas eminências de formato arredondado, dispostas lado a lado, formadas por
substância cinzenta.
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Possui importantes funções, relacionadas sobretudo com o controle da atividade visceral, regula o
sistema nervoso autônomo, as glândulas endócrinas, controla o equilíbrio de líquidos e eletrólitos, sendo
o principal responsável pela homeostase.
Epitálamo
Localiza-se mais posteriormente ao III ventrículo, abaixo do
tálamo. A glândula pineal é a sua estrutura mais evidente, sendo
uma glândula endócrina mediana de forma piriforme, que
repousa sobre o teto do mesencéfalo. Sua base prende-se
anteriormente a dois feixes transversais de fibras que cruzam
o plano mediano, a comissura posterior e a comissura das
habênulas.
Recesso pineal é um pequeno prolongamento da cavidade
ventricular que penetra na glândula entre as comissuras. A
comissura posterior localiza-se no ponto em que o
aqueduto cerebral se liga ao III ventrículo e é considerada como
limite entre o diencéfalo e o mesencéfalo.
Subtálamo
O subtálamo é a zona de transição entre o diencéfalo e o tegmento do mesencéfalo. É considerado
a menor formação diencéfalica, e sua principal formação é o núcleo subtalâmico, relacionado com
o controle do movi mento somático.
Em relação à sua localização, é limitado lateralmente pela cápsula interna, medialmente pelo
hipotálamo e superiormente pelo tálamo.
2- TELENCÉFALO
O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais e a lâmina terminal situada na porção anterior do
III ventrículo. Os dois hemisférios, afastados pela fissura longitudinal, são unidos por uma larga faixa de
fibras comissurais, o corpo caloso.
A superfície do cérebro, córtex cerebral, apresenta depressões denominadas sulcos, que delimitam os giros
cerebrais. Os sulcos mais importantes dos hemisférios cerebrais são o sulco lateral (de Sylvius) e o sulco
central (de Rolando).
Os sulcos ajudam a delimitar os lobos cerebrais, que recebem o nome de acordo com a sua localização
em relação aos ossos do crânio: frontal, temporal, parietal e occipital. Além desses, existe a ínsula, situada
profundamente no sulco lateral e que não tem relação imediata com os ossos do crânio.
1- TRONCO ENCEFÁLICO
O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o diencéfalo, situando- -se ventralmente ao cerebelo. Na
sua constituição entram corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e fibras nervosas, que, por sua
vez, se grupam em feixes denominados tratos, fascículos ou lemniscos.
O tronco encefálico se divide em: bulbo, situado caudalmente: mesencéfalo, situado cranialmente;
e ponte, situada entre ambos.