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CASO 1 – EMBRIOLOGIA

Para entender a embriologia do SNP, devemos relembrar:


 Fechamento do tubo neural, aproximadamente no 20º dia. É a neurulação, na
qual a placa neural dá origem ao tubo neural
 Vesículas cefálicas primárias (rombencéfalo, mesencéfalo e prosencéfalo)
 Vesículas cefálicas secundárias
Prosencéfalo = telencéfalo (hemisférios cerebrais) + diencéfalo (hipotálamo,
tálamo, hipófise e vesícula óptica)
Mesencéfalo = mesencéfalo (mesencéfalo)
Rombencéfalo = metencéfalo(ponte + cerebelo) + mielencéfalo (bulbo)

FORMAÇÃO DO SNP

O que é sistema nervoso periférico? São os gânglios e nervos. Eles são: cranianos,
viscerais e espinais. Possuem, também, neurônios motores.

O desenvolvimento do SNP se dá através das placas basal, alar e das células da crista
neural

PONTOS PRINCIPAIS:

Até a quarta semana do desenvolvimento embrionário, os núcleos dos 12 NC (nervos


cranianos) estão presentes

Dos 12, 10 surgem no tronco encefálico

Apenas os nervos olfatório e óptico surgem fora do tronco encefálico, ditos nervos
sensoriais especiais

FORMAÇÃO GERAL:
 Os neurônios motores para os núcleos cranianos estão no tronco encefálico,
enquanto os gânglios sensoriais se encontram fora do cérebro
 Assim, a organização dos nervos cranianos é homóloga à dos nervos espinais
 A partir das células da crista neural e dos placódio ectodérmicos, há formação
dos gânglios dos nervos sensoriais, conectando com neurônios da placa alar.
Neurônios motores são oriundos da placa basal

CÉLULAS DA CRISTA NEURAL


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As células da crista neural participam de um fenômeno chamado de migração das


células da crista neural. Isso ocorre à medida que acontece o fechamento do tubo neural,
logo as células da crista neural, na extremidade cefálica migram e penetram no
mesoderma subjacente. Essas células contribuem para a formação do esqueleto
craniofacial, dos neurônios dos gânglios craniais, das células gliais, de melanócitos e de
outros tipos celulares

CRISTA NEURAL
A crista neural é uma população de células que darão origem à diversos tecidos,
como células produtoras de adrenalina da glândula suprarrenal, componentes do
esqueleto cranial, neurônios e as células gliais do SNAs e SNAp.
 Divisão
(1) Crista neural craniana: geram cartilagem, osso, neurônios cranianos, glia,
células pigmentares e tecidos conectivos da face
(2) Crista neural cardíaca: tecido muscular das grandes artérias e para o septo
que separa a circulação pulmonar da aorta
(3) Crista neural tronco: formam os gânglios sensoriais da raiz dorsal, os
gânglios simpáticos e a medula da glândula da suprarrenal
(4) Crista neural vagal e sacral: dão origem aos gânglios parassimpáticos

 Padrões de Migração:
(1): Migração dorso-lateral: células atravessam entre a ectoderme e o somito
(vermelho)
(2): Migração ventral: migram ventralmente entre o tubo neural e o somito (azul)
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Obs: migração ventral = sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático

 Padrões de formação:
a) Células da crista neural = maioria das estruturas ósseas cartilaginosas frontais,
temporais e faciais
b) Células da crista neural + mesoderma paraxial = região parieto-occipital
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c) Células da crista neural cardíaca = origem a estruturas envolvidas com o sistema


circulatório (p.ex. septo aórtico pulmonar, o qual separa o tronco arterioso em
artéria pulmonar e aorta)
Também entram nos arcos faríngeos 3,4,6 e dão origem a: timo e as glândulas
paratireoide e tireoide

DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO

O SNA é composto de fibras motoras (eferentes, enviam o impulso nervoso do centro


para periferia) que inervam os músculos cardíacos e lisos e as glândulas secretoras;
portanto, algumas vezes é chamado de sistema motor visceral
É dividido em 2 partes: porção simpática (libera norepinefrina); porção parassimpática
(libera acetilcolina). Ambas dependem de dois neurônios para fornecer inervação, um
pré-ganglionar e outro pós ganglionar
Os neurônios pré-ganglionares têm seus corpos celulares na massa cinzenta do SNC; os
neurônios pós-ganglionares possuem seus corpos celulares localizados fora do SNC, nos
gânglios autônomos, e suas fibras terminam nos órgãos-alvo
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EMBRIOLOGIA DO SN PERIFÉRICO SIMPÁTICO

TRILHAS AXONAIS DOS NEURÔNIOS

NERVOS ESPINAIS
As fibras nervosas motoras começam a aparecer na 4ª semana, surgindo de corpos
celulares nervosos nas placas basais da medula espinal e irradiam conexões com
outros tecidos em formação
As fibras nervosas sensoriais prolongam-se dos tecidos em formação em direção à
placa alar, formando conexões

Porção dorsal – placas alares – cornos Porção ventral – placas basais – cornos
sensitivos dorsais motores ventrais

 CONE DE CRESCIMENTO
Para que o axônio encontre a sua célula alvo é necessário que o cone de
crescimento axonal estenda-o na direção correta
Esse cone funciona como um motor que propulsiona
o crescimento axonal em direção da célula-alvo para
que forme a conexão final
O cone de crescimento não se move em linha reta, ele
‘’sente’’ o ambiente físico e molecular e se move em
direção da célula alvo
Essa sensibilidade ocorre através de filópodos
(microespigas) que emitem sinais de avanço, parada,
retração e direção ao sentir o ambiente
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 PASSO A PASSO DO CRESCIMENTO DIRECIONAL

(1) Encontro do substrato: inicialmente encontra-se substratos repulsivos para


uma direção, então os filópodos estendem-se para uma direção contrária para
outra direção

(2) Protusão: após sentir o ambiente e a direção correta, o filópodos se estende na


direção do crescimento

(3) Propulsão: há o movimento da parte central do cone de crescimento (domínio


C) na direção especificada

(4) Consolidação: uma nova haste axonal é formada


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Ao término do crescimento embrionário, há a formação completa do axônio conectado


aos tecidos motores. Neste encontro de diferentes células (musculares e neuronais),
forma-se as junções neuromusculares ligando o axônio à fibra muscular

TRILHAS AXONAIS DOS NEURÔNIOS SENSORIAIS ESPECIAIS


Na retina, há células especializadas chamadas células dos gânglios retinianos, tais
células emitem axônios que, juntos, formam o nervo óptico
Tais nervos navegam inicialmente na região intrarretinal, unem-se (fasciculam), formam
o nervo óptico e são direcionados para o quiasma óptico e posteriormente para o SNC
Substâncias propulsoras e inibitórias vão direcionar o crescimento axonal das células
dos gânglios retinianos.
FORMAÇÃO DA SINAPSE
Quando um axônio toca ao seu alvo (célula muscular ou outro axônio), forma-se uma
junção especializada, a sinapse
O terminal pré-sináptico libera neurotransmissores na fenda sináptica que se ligam
à receptores da célula alvo e despolarizam ou hiperpolarizam a mesma
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