Você está na página 1de 25

SUMÁRIO

1. Introdução...................................................................... 3
2. Revisão anatômica .................................................... 4
3. Fisiopatologia............................................................... 8
4. Manifestações clínicas............................................11
5. Diagnóstico.................................................................15
6. Tratamento..................................................................20
Referências bibliográficas .........................................24
HÉRNIA DE DISCO 3

1. INTRODUÇÃO momento da vida, sendo uma radi-


culopatia sintomática, ou seja, carac-
A hérnia de disco consiste em um pro-
terizada por ser uma dor que começa
cesso patológico no qual a degene-
nas costas e irradia para os membros
ração do disco intervertebral leva à
inferiores.
formação de fissuras no anel fibroso e
consequentemente deslocamento do Os principais fatores predisponentes
material discal. Lembrando que hernia- são o estilo de vida e a ocupação, pois
ção é definida como a saída de deter- o sedentarismo e trabalho noturno, por
minado composto de seu local próprio. exemplo, aumentam as chances para o
Com isso, as estruturas adjacentes são indivíduo apresentar esse quadro. Ou-
comprimidas, gerando dor devido à tros fatores que influenciam na ocorrên-
compressão de nervos espinhais. cia da hérnia de disco são alguma de-
generação discal prévia (predisposição
A hérnia de disco, então, comumente
genética) e fatores psicológicos, sendo
provoca dor lombar e/ou dor cervi-
recomendado por alguns especialistas
cal, a depender de quais vértebras são
que o tratamento psicológico deve ser
afetadas. A dor lombar acomete cer-
iniciado antes do tratamento da hérnia
ca de 80% da população em algum
de disco em si. Entretanto, na maioria
dos casos a melhora dos sintomas se
resolve sem intervenção.

SE LIGA! A obesidade é um fator asso-


ciado a dor lombar e outros problemas
que afetam a coluna. O sobrepeso pode
provocar o desequilíbrio biomecânico do
corpo, alterando o eixo de gravidade e,
consequentemente, aumentando o re-
crutamento da musculatura antigravita-
cional, ocasionando a dores lombares.

Figura 1. Anatomia das costas. A dor lombar pode ser causada por problemas nos músculos, ligamentos, discos, ossos
(vértebras) ou nervos. Muitas vezes, a dor nas costas é causada por distensões ou entorses envolvendo os músculos ou
ligamentos. Esses problemas nem sempre podem ser vistos em exames de imagem, como ressonância magnética ou to-
mografia computadorizada. Fonte: 2020 UpToDate, Inc.
HÉRNIA DE DISCO 4

MAPA – CARACTERÍSTICAS GERAIS DA HÉRNIA DE DISCO

FISSURA DO
ANEL FIBROSO

DESLOCAMENTO DO DOR LOMBAR OU CERVICAL


MATERIAL DISCAL

DEGENERAÇÃO DO DISCO RADICULOPATIA


INTERVERTEBRAL SINTOMÁTICA
HÉRNIA
DE DISCO
FATORES GENÉTICOS
AFETA 80% DA POPULAÇÃO
E PSICOLÓGICOS

HÁBITOS DE VIDA E
OCUPAÇÃO PODEM SER
FATORES PREDISPONENTES

2. REVISÃO ANATÔMICA constituem o canal raquidiano, onde


passa as estruturas neurológicas en-
A coluna vertebral é composta por
volvidas pelas meninges. O disco
33 vértebras, que formam o canal por
intervertebral toca as vértebras si-
onde a medula espinhal atravessa, le-
tuadas acima e abaixo dele em uma
vando as fibras nervosas. A medula
região chamada de platô vertebral,
espinhal é o componente distal do
revestindo esse tecido.
sistema nervoso central (SNC), que
permite a conexão entre o encéfa- Cada um dos 31 pares de nervos es-
lo, comunicando-o com o sistema pinhais sai da medula espinhal e pas-
nervoso periférico (SNP), de onde sa por uma abertura na coluna verte-
saem as raízes nervosas. bral (forame intervertebral) para obter
acesso à periferia. o par de nervos C1
As vértebras são interpostas pe-
passa entre o crânio e o atlas, com
los discos vertebrais, que são mas-
os pares subsequentes de nervos
sas de fibrocartilagem, cuja princi-
cervicais saindo do forame interver-
pal função é promover flexibilidade
tebral acima da vértebra do mesmo
à coluna e proteção consequente da
número; o nervo C2 sai pelo forame
medula espinhal contra os impactos.
intervertebral superior à vértebra C2,
Cada vértebra é composta pelo cor-
e assim por diante, até chegar ao
po vertebral, pedículos e lâminas que
HÉRNIA DE DISCO 5

nervo C8, que sai do forame interver- restantes saem pelo forame interver-
tebral acima da vértebra T1. Todos os tebral abaixo da vértebra do mesmo
nervos torácicos, lombares e sacrais número.
Base do crânio C1 1º nervo cervical (C1) são
C1 C2
C2 C3 acima da vértebra C1
Intumescência C3 C4
C4 51
cervical C5 C6
C6 C7
C7 C8 8º nervo cervical sai abaixo da vértebra C7
T1 (existem 8 nervos cervicais, mas somente 7
T2 T1
T3 T2
vértebras cervicais)
T4 T3
T5 T4
Intumescência T6 T5
T7 T6 Nervos cervicais
lombossacral T8 T7
T9 T8 Nervos torácicos
T10 T9
T10 Nervos lombares
T11 T11 Nervos sacrais e coccígeos
T12 T12
Cone medular L1
L1
(extremidade da L2
L2
medula espinhal) L3
L3 Cauda equina
Filamento terminal L4
interno da pia-máter L4
L4
L5 Sacro
Terminação do saco dural
Filamento terminal S1
S2
interno da dura- S3 Figura 1. Coluna vertebral e medula
S4
máter S5 Nervo coccígeo espinhal. Fonte: NETTER, Frank H. Atlas
de anatomia humana: 6. Ed. Philadelphia:
Cóccix Elsevier, 2014.

Na porção caudal, a medula se afu- inerva os membros inferiores. Com


nila formando o cone medular, do isso, vista por um corte da medula to-
qual são o filamento terminal da me- rácica, é observada a menor presen-
dula, que a conecta à parte óssea, ça de corpos neuronais, a substância
possibilitando sua fixação. Na porção cinzenta fica menor, e isso ocorre jus-
cervical, a medula apresenta uma di- tamente porque as regiões cervical e
latação chamada de intumescência lombossacral precisam de mais corpo
cervical, de onde se origina o plexo neuronal para formar os plexos cervi-
braquial, que inerva os membros su- cal e lombossacral. Lembrando, corpo
periores. Essa dilatação se repete na neuronal é o centro metabólico dos
região lombossacral, formando a in- neurônios, e são essas células que
tumescência lombar, de onde saem formam os nervos e fibras nervosas.
se forma o plexo lombossacral, que
HÉRNIA DE DISCO 6

Histologicamente, a medula se orga- anterior, a parte mais medial, percorre


niza na forma de H interno, formado toda a medula e inervam a muscula-
por substância cinzenta, que pos- tura axial (tronco). Os núcleos laterais
sui um canal central e 3 colunas de inervam a musculatura apendicular, e
cada lado (anterior, posterior e late- estão presentes apenas nas regiões
ral na coluna torácica). Cada região da intumescência cervical e lombar,
da medula é segmentada, sendo as que são os locais de onde se formam
raízes posteriores aferentes, que os plexos cervical e lombossacral. Já
são sensitivas (leva informação do os núcleos do corpo posterior são a
SNP ao SNC), e as raízes anteriores substância gelatinosa, e possuem or-
eferentes, que são motoras (manda ganização bastante complexa, rece-
informação do SNC ao SNP). Este H bendo fibras sensitivas pela raiz dor-
medular é organizado em colunas, di- sal. Estes núcleos estão envolvidos
vididas em tratos, que são as lâminas com a regulação da entrada de im-
de Rexed, das quais as lâminas I-VI pulsos dolorosos (portão da dor). Há
são sensoriais, lâmina VII é autonô- ainda o núcleo dorsal de Clarke, rela-
mica e espinocerebelar, lâminas VIII cionado com a propriocepção incons-
e IX são motoras e lâmina X apenas ciente dos membros inferiores (afe-
circunda o canal central. rentes cerebelares). A parte externa
Além disso, os neurônios também da medula é constituída por substân-
podem ser de vários tipos: neurônios cia branca.
de axônio longo (tipo I de Golgi) e A informação chega do sistema ner-
neurônios de axônio curto (tipo II de voso periférico pela raiz dorsal, faz
Golgi). Os neurônios de axônio longo conexão na substância cinzenta, e
são os radiculares, ou seja, neurônios daí ascende pela substância branca
que saem ou chegam pelas raízes e ao redor para o encéfalo ou retorna
englobam neurônios viscerais e so- ao SNP para realizar um ato motor ou
máticos, e os neurônios cordonais, um ato reflexo. Assim, a substância
que são os neurônios de projeção e branca é dividida em vias descenden-
de associação, que conectam as in- tes e vias ascendentes, que levam e
formações da medula com a própria trazem informações para e do SNP,
medula ou com outros órgãos do sis- respectivamente. As vias ascenden-
tema nervoso central. Os neurônios tes estão relacionadas às fibras que
de axônio curto normalmente são in- penetram pela raiz dorsal, transmitin-
terneurônios que ficam no H medular. do impulsos aferentes de várias par-
A organização em lâminas também tes do corpo (sentidos) e as vias des-
pode ser entendida como organiza- cendentes estão relacionadas com às
ção em núcleos. Os núcleos do corno fibras que penetram pela raiz ventral.
HÉRNIA DE DISCO 7

Daí a importância da integridade do tão fundamental no funcionamento


canal vertebral e coluna para prote- do organismo.
ção dessa estrutura que tem papel

Tronco cerebral Parte posterior


Medula espinhal Nervos
Vértebra espinhais Disco
Vértebra
Medula
espinhal Parte anterior

Via do nervo
sensitivo

Cauda equina Nervo


Via do nervo
espinhal
motor
Raiz motora
(anterior)

Estrutura da medula espinhal


Figura 2. Corte da medula espinhal. Fonte: https://msdmnls.co/3iaKejh
HÉRNIA DE DISCO 8

MAPA – ANATOMIA DA COLUNA

COLUNA
VERTEBRAL

VÉRTEBRAS DISCOS INTERVERTEBRAIS

PEDÍCULOS PLATÔ VERTEBRAL

CORPO VERTEBRAL

LÂMINAS

CANAL RAQUIDIANO

MEDULA ESPINHAL

RAÍZES NERVOSAS FILAMENTO TERMINAL CONE MEDULAR

RAÍZES AFERENTES
(SENSITIVAS – DORSAIS – VIAS ASCENDENTES)
como por exemplo a estenose
RAÍZES EFERENTES
de canal e a espondilose.
(SOMÁTICAS – VENTRAIS – VIAS DESCENDENTES) Na hérnia de disco, se a base da
hérnia é maior do que a porção
que está saindo pela fissura é chamado
3. FISIOPATOLOGIA de protrusão, ou seja, é o início da hér-
nia. Porém, quando a porção que saiu é
Os traumatismos gerados pelos mo- maior do que a base é uma extrusão, e
vimentos são a principal causa de essa extrusão pode se projetar cranial-
hérnia de disco, mas há provavel- mente ou caudalmente. Além disso, a
mente uma predisposição genética,
HÉRNIA DE DISCO 9

hérnia pode ser contida, quando en- saliências ou protrusão ou material


volve o anel fibroso, e nesse quadro o pode ser expulso por uma ruptura do
anel se torna mais elástico, ou não con- anel, se projetando diretamente no
tida, ou seja, quando o material discal é canal raquidiano, e esse material faz
expulso totalmente para fora. pressão que irrita ou comprime as ra-
Assim, o material discal desloca- ízes nervosas adjacentes. Por isso a
do gera sinais e sintomas fazendo hérnia de disco é uma radiculopatia.

Figura 3. Hérnia de disco afetando raiz nervosa. Fonte: https://bit.ly/31tL6tm

Na região cervical, os níveis mais fre-


SE LIGA! Nas regiões cervical ou to- quentemente afetados são entre C5
rácica, o problema neurológico é mais e C7. Na região lombar a maioria das
complexo, porque além das raízes ner-
protrusões ocorrem entre L4 e L5 e
vosas adjacentes, a medula espinhal em
si também pode ser afetada pela hérnia, em L5 a S1, evidenciando que a hér-
e nesses casos os sinais e sintomas são nia de disco está muito associada à
gerados por compressão medular espi- degeneração patológica por trauma
nhal ou por uma combinação de com-
pressão da medula e de raízes. Já na re-
de movimento, desgaste e ruptura.
gião lombar, os sinais e sintomas estão De forma distinta, a hérnia nos dis-
relacionados com lesões de raízes indi-
cos torácicos, exceto aos níveis to-
viduais ou compressão da cauda equina,
quando o disco for grande o suficiente rácicos inferiores, não está associa-
para ocupar todo o canal raquidiano. da aos movimentos, visto que essas
HÉRNIA DE DISCO 10

vértebras são responsáveis pela es- • Na segunda fase, ocorre a protru-


tabilidade e não pela movimentação, são discal, etapa na qual o abaula-
o que é auxiliado pela caixa torácica. mento fica maior e já pode atingir
Além disso, ao exame macro e mi- nervos, medula e saco dural.
croscópico, é observada lesão solitá-
• Na terceira fase está formada a
ria, acentuada e caracterizada por de-
hérnia de disco propriamente dita,
pósitos calcificados granulosos, muito
quando ocorre a extrusão do dis-
diferente da consistência das ruptu-
co, normalmente contendo núcleo
ras de discos cervicais e lombares e a
pulposo do disco envolvido pelo
protrusão dos discos torácicos é mais
anel fibroso que já está em estágio
granulosa e amarelada.
avançado de degeneração. Nessa
A hérnia de disco se divide em qua- fase, as estruturas nervosas estão
tro fases, de acordo com seu grau de comprometidas pelo estreitamen-
degeneração: to dos canais por onde passam os
• Na primeira fase ocorre o abau- nervos, medulo ou saco dural, que
lamento discal, quando o disco in- o canal medular.
tervertebral começa a apresentar • Por fim, na quarta e última fase,
sinais de envelhecimento e o anel ocorre o sequestro da porção ex-
fibroso desenvolve fissuras, fazen- trusa. Essa etapa é mais rara, pois
do com que o disco assuma o for- consiste na ruptura da parte her-
mato de arco. niada com o disco intervertebral.

Figura 4. Fases da hérnia de disco. Fonte: https://bit.ly/31FRf5V


HÉRNIA DE DISCO 11

MAPA

TRAUMATISMO

PREDISPOSIÇÃO
ABAULAMENTO
GENÉTICA

FISIOPATOLOGIA

PROTRUSÃO SEQUESTRO

EXTRUSÃO

4. MANIFESTAÇÕES difíceis de serem definidos. Por exem-


CLÍNICAS plo, a escoliose pode ser a caracterís-
tica principal, com fortes dores nas
Os sinais e sintomas das hérnias de
costas e imobilização de músculos,
disco se relacionam com o tamanho
mas sem sinais de compressão me-
e com a configuração do canal. As
cânica de raízes no teste de levanta-
dimensões anteroposteriores e late-
mento da perna estendida.
rais do canal, especialmente os fora-
mes, são importantes nessa situação. As síndromes radiculares de aco-
A estenose do canal e as alterações metimento de discos intervertebrais
ósseas podem comprimir raízes ner- são normalmente episódicos, e com
vosas mesmo no caso de pequenas isso é comum remissões. A dor pode
protrusões. Em um canal de dimen- ser agravada com tosse, espirro ou
sões normais, a gravidade da com- esforço para defecação (manobras de
pressão depende do local e do volu- valsalva), e pode se restringir às cos-
me da hérnia, podendo assim ocorrer tas ou seguir uma distribuição radicu-
compressão de apenas uma raiz ou lar em uma das pernas ou em ambas.
da cauda equina, o que provoca dife- A dor lombar pode ser mais acentu-
rentes sintomas e sinais. ada ao levantar objetos pesados ou
realizar torção da coluna.
As síndromes de raízes individuais
são mais comuns na região lombar, Independente da intensidade da
mas lesões ventrais ou de grande ta- dor que o paciente apresenta quan-
manho podem gerar quadros clínicos do está ereta, ela costuma melhorar
HÉRNIA DE DISCO 12

quando o mesmo se deita, sendo que lombar, com imobilização e proemi-


alguns pacientes ficam mais confor- nência simétrica dos músculos ereto-
táveis quando estão sentados e ou- res longos da coluna. Pode estar pre-
tros podem não encontrar conforto sente um desvio ou inclinação, com
em nenhuma posição. O alívio da uma das cristas ilíacas elevada, assi-
dor ao repousar é útil no diagnós- metria que comumente é confundida
tico diferencial do acometimento do como sendo a causa da dor lombar,
disco por um tumor intrarraquiano, no por tornar um membro menor que o
qual a dor normalmente não melho- outro. A amplitude da coluna lombar
ra ou pode ainda piorar quando em é reduzida pela imobilização prote-
repouso. tora dos músculos paravertebrais e
A hérnia de disco lombar também a tentativa de movimento pode gerar
pode apresentar perda da lordose fortes dores nas costas.
lombar ou achatamento da coluna

SAIBA MAIS!
Quando o paciente está ereto, uma das pregas glúteas pode pender para baixo e mostrar
pregas cutâneas adicionais, o que é sinal de envolvimento da raiz S1.

A elevação passiva da perna esten- pressão direta em algum ponto ao


dida apresenta amplitude reduzida longo do nervo. Abaixo um quadro
e aumenta as dores nas costas e na correlacionando alguns sinais e sin-
perna, podendo ocorrer ainda atro- tomas com o nível de acometimento
fia e fraqueza muscular ou hipersen- que pode estar presente em alguns
sibilidade e desconforto no ciático à pacientes com dor lombar:

L2 A L3 L3 A L4 L4 A L5 L5 A S1
MÚSCULOS FRACOS
TIBIAL ANTERIOR, EXTENSOR DO HÁLUX - + ++ +
GRASTROCNÊMIO, RESPOSTAS PLANTARES DO PÉ - - + +
QUADRÍCEPS - + - -
REFLEXO COMPROMETIDOS
PATELAR + ++ ++ -
AQUILEU - + ++ +++
HÉRNIA DE DISCO 13

de lesão da medula. Os níveis torácicos


inferiores são mais espaçosos.
Por fim, a hérnia do disco cervical
pode acometer tanto a raiz como a
medula espinhal propriamente dita,
a depender do volume do canal e do
tamanho da lesão. A compressão me-
dular nesses casos é mais rara, ex-
ceto nos casos de estenose do canal
raquidiano ou de ruptura maciça de
um disco. Os locais mais comuns para
Figura 5. Sintomas da hérnia de disco lombar de acor-
do com a localização. Fonte: https://bit.ly/3dHVUpZ hérnias cervicais é entre C5 e C6 e en-
tre C6 e C7. Os sinais e sintomas do
acometimento cervical incluem rigi-
Sobre as hérnias torácicas, como a co- dez de nuca, imobilização reativa dos
luna torácica é mais rígida, o desgaste músculos eretores da cabeça e des-
pode não causar protrusão dos discos conforto na borda medial da escápula.
torácicos e os transtornos clínicos são Comprometimento mais grave da raiz
raros. Essa porção da coluna pode ser pode cursar com parestesias radicula-
afetada por alterações vertebrais crô- res e dor, sintomas que são mais agu-
nicas, como doença de Scheuermann çados com movimentos da cabeça e
e osteocondrite juvenil, com traumas pescoço, e frequentemente com a ex-
posteriores, sendo que alterações calci- tensão do braço pendente. O paciente
ficadas no disco intervertebral e as alte- muitas vezes fica com o braço elevado
rações vertebrais típicas dessa doença ou flexionada atrás da cabeça para ali-
constituem marcadores diagnósticos. viar a dor, diferente de pacientes com
Normalmente a hérnia torácica apre- patologias no ombro, que mantém o
senta síndromes clínicas de compres- braço em posição pendente, evitando
são da medula mais críticas que em elevação ou abdução na articulação
outros níveis, e nesses locais a inter- do ombro. Abaixo uma tabela correla-
venção cirúrgica para descompressão cionando alguns sinais com o nível de
é mais arriscada, pois há maior chance acometimento cervical:
C5 Dor no ombro e diminuição da sensibilidade, com fraqueza e atrofia do deltoide
C6 Parestesias do polegar e depressão do reflexo do bíceps, associado à fraqueza e atrofia.
Parestesias do dedo indicador, médio e/ou polegar, com atrofia e fraqueza do tríceps, dos extenso-
C7
res do punho e dos músculos peitorais e depressão paralela dos reflexos
Lesões podem ser incapacitantes por possuir funções associadas com manobras discriminatórias e
C8
manobras finas dos dedos
HÉRNIA DE DISCO 14

Pode ser difícil diferenciar tendinite A hérnia foraminal comprime a raiz


supraespinal, alterações artríticas na nervosa de mesmo nível (raiz emer-
articulação acromioclavicular e ruptu- gente), ou seja, se a hérnia foraminal
ra da bainha rotatória da compressão for do disco intervertebral entre L3
de raízes cervicais, principalmente e L4, ela irá comprimir a raiz de L4.
porque a dor crônica e a falta de mo- Já nos casos em que a hérnia protrui
vimento leva à atrofia e congelamen- pelo recesso lateral, ela irá comprimir
to do ombro nessas síndromes. a raiz de cima, ou seja, a raiz de L3,
As lesões em C8 e em T1 com frequ- chamada de centrolateral. Há ainda
ência causam uma síndrome de Hor- a hérnia extraforaminal, ou extremo-
ner parcial, e por isso é importante lateral, que afeta a raiz superior, visto
investigação diagnóstica para síndro- que as raízes lombares possuem tra-
mes nesses níveis com tomadas api- jeto oblíquo.
cais do tórax, sendo necessário cuida-
Disco
do especial para afastar neoplasias do
intervertebral
sulco ou costelas cervicais anormais.
Núcleo pulposo Raiz

CONCEITO! A síndrome de Horner Medula


resulta de uma lesão das fibras simpáti-
cas destinadas ao olho e classicamente
se apresenta com ptose palpebral par- Normal Prolapso
cial, miose e anidrose de uma hemiface
ipsilateral ao local acometido.1 A lesão
pode estar localizada a nível central, en-
tre o hipotálamo e a medula (C8-T2), ou
periférico, em fibras pré-ganglionares ou
pós-ganglionares.
Central medular Central cauda equina

Além disso, a hérnia de disco é clas-


sificada de acordo com a localização
pela qual ocorre a protrusão/extrusão.
Assim, ela pode ser mediana, quando
a herniação é central medular ou cen- Posterolateral Foraminal
tral cauda equina, caracterizada por Figura 6. Tipos de hérnia de disco. Fonte: https://bit.
ly/3eWykXW
lombalgia aguda e em alguns casos
apresenta irradiação; posterolateral,
quando a herniação é pelo recesso
lateral; ou foraminal, quando ocorre
herniação foraminal.
HÉRNIA DE DISCO 15

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA HÉRNIA DE DISCO LOMBAR E CERVICAL

MANIFESTAÇÕES
CLÍNICA

LOMBAR CERVICAL

ASSIMETRIA DE MEMBROS PARESTESIAS

REDUÇÃO DA AMPLITUDE IMOBILIZAÇÃO DOS MM.


DA COLUNA LOMBAR ERETORES DA CABEÇA

PREGAS GLÚTEAS PENDENDENDO +


DESCONFORTO ESCAPULAR
PREGAS GLÚTEAS ADICIONAIS (S1)

AMPLITUDE REDUZIDA NA DOR AGRAVADA COM MOVIMENTOS


ELEVAÇÃO DA PERNA ESTENDIDA DA CABEÇA E PESCOÇO

PERDA DA LORDOSE LOMBAR RIGIDEZ DE NUCA

5. DIAGNÓSTICO A hérnia de disco pode ser classificada


segunda uma escala visual de dor ou
Na avaliação do paciente com sus-
a escala de Oswestry, classificando o
peita de hérnia de disco é preciso co-
nível de dor nos diferentes momentos
lher a história focando na evolução
do dia (manhã, tarde e noite), o que é
temporal, respostas aos tratamentos
utilizado para determinar o tratamen-
testados, a interferência do quadro
to. Além disso, classificar a dor é im-
clínico da vida do paciente, situação
portante para analisar a evolução do
laboral e hábitos de vida, buscando
paciente nas consultas de retorno.
identificar os fatores predisponentes.
Além disso, é importante avaliar a in- No diagnóstico de hérnia de disco é
capacidade funcional e os aspectos importante avaliar o pé do paciente,
psicológicos. pedindo-o para informar se a dor é
na parte medial ou lateral do pé, por
HÉRNIA DE DISCO 16

exemplo; a marcha do paciente, em As manobras para avaliação da for-


ponta de pé e calcanhares, que ajuda ça muscular incluem a manobra de
a testar as raízes de L5 e S1; e avaliar lasègue, manobra de valsalva e
as manobras, através da escala de manobra de Fabere. Na manobra de
avaliação da força muscular, des- lasègue é solicitado ao paciente que
crita no quadro abaixo, sendo que o erga a perna até cerca de 70º graus,
grau IV é subclassificado em mais ou sendo que até 70º a força é coloca-
menos, a depender do nível de resis- da principalmente sobre a articulação
tência à força da gravidade. sacroilíaca, e ao referir dor é identifi-
cado a hérnia entre L5-S1, e depois
acima de 70º graus, movimento no
GRAU 0 Ausência de contração muscular
qual a força é maior na coluna e ajuda
Presença de contração muscular sem
GRAU I
movimento
a identificar hérnia discal entre L4-L5.
Movimento com eliminação da força da
Na manobra de valsalva, pergunta-se
GRAU II
gravidade ao paciente se durante a evacuação
GRAU III Movimento vence a força da gravidade ele sente dor lombar ou pede para ele
GRAU Movimento contra a força da gravidade realizar a manobra (assoprar a mão
IV (+/-) e alguma resistência em punho tampando a boca) durante
GRAU V
Normal: movimento contra força da o exame.
gravidade e grande resistência

A B

Fonte: https://bit.ly/2NF267L
Figura 7. Em A, manobra de Lasègue. Em B, manobra de Patrick-Fabere
Fonte: https://bit.ly/3geVCZl

Em relação aos exames complemen- magnética. A RM com melhor prog-


tares, o exame de imagem que realiza nóstico não apresenta alterações
melhor performance quando se trata de platô (Modic 1), nem compres-
da hérnia de disco é a ressonância são do saco dural maior que 1/3 ou
HÉRNIA DE DISCO 17

visualização de compressão do ner- abaixo da cartilagem articular, geran-


vo. A ressonância permite identificar do endurecimento. Esse desgaste do
a compressão da medula espinhal ou platô vertebral se dá pelo desgaste
de raízes e também mostra o grau de do disco intervertebral, que se torna
alteração degenerativa do disco, por incapaz de proteger as vértebras dos
ela delinear com clareza as estrutu- impactos das atividades diárias.
ras intra e extradurais, sendo assim Como muitas síndromes discais são
o melhor exame de triagem para o genéticas, é importante procurar ca-
diagnóstico ideal de transtornos es- racterísticas ósseas anormais em
truturais afetando a medula espinal e toda a coluna nas radiografias, como
as raízes nervosas. estenose do canal vertebral, espon-
A tomografia também é bastante re- dilolistese, patologias discais ge-
quisitada e através dela o quadro de neralizadas e síndrome de Marfan.
hérnia de disco é classificado em Mo- Transtornos adquiridos, como oste-
dic 1, 2 ou 3. Modic são alterações ocondrite juvenil, e estados metabó-
degenerativas da coluna vertebral. licos, como a osteoporose, podem
No modic 1, em T1, fase do exame também contribuir para alterações
em que o líquor não aparece realça- patológicas no disco e em articula-
do, a imagem é mais enegrecida, en- ções adjacentes, bem como as várias
quanto em T2 a imagem é realçada. formas de artrite.
No modic 2, ocorre realce do líquor
nas duas fases (T1 e T2). No modic
3 não há realce em nenhuma das fa-
ses. Com isso é possível comparar e
identificar se a degeneração vertebral
é aguda ou crônica, definindo o grau
de comprometimento.
O modic tipo 1 classifica alterações
em forma de edema no platô verte-
bral adjacente a um disco que apre-
sente degeneração. No modic tipo 2,
classifica o paciente que além do ede-
ma, apresenta substituição gordurosa
no platô vertebral acometido. Por fim,
o modic tipo 3 é o nível máximo de
degeneração apresentando esclerose Figura 8. Tomografia computadorizada evidenciando
óssea, ou seja, um aumento na mas- uma hérnia lombar extraforaminal. Fonte: https://bit.
ly/2VGvE9u
sa da densidade do osso na camada
HÉRNIA DE DISCO 18

Figura 9. Ressonância magnética da coluna lombar mostrando uma extrusão lateral do disco afetando a raiz nervosa
L5. (A) A RM sagital ponderada em T1 mostra uma extrusão de disco (seta) no nível do disco L4-5. (B) A imagem axial
ponderada em T2 no nível do disco L4-5 mostra que a extrusão do disco deve ser deixada paracentral no local (seta),
obliterando o recesso lateral esquerdo onde seria esperada a raiz nervosa L5 descendente. Observe a raiz normal do
nervo L5 descendente normal aparecendo dentro do recesso lateral contralateral imediatamente antes de sair do saco
tecal (ponta da seta). Fonte: 2020 UpToDate, Inc.

Outro exame que pode ser requisita- necessitando de informação mais de-
da na investigação da hérnia de disco talhada para conduzir o tratamento.
é a eletroneuromiografia (ENMG), O diagnóstico diferencial de hérnia
que consiste em um exame que utili- de disco deve ser feito com outras
za eletrodos para visualizar diferentes lesões que, embora menos frequen-
grupamentos musculares e correla- tes, podem levar a um diagnóstico
ciona-se com o quadro clínico do pa- incorreto. Essas lesões podem se ori-
ciente. Esse exame é indicado quando ginar em estruturas vizinhas, como
os resultados dos exames de imagem corpo vertebral, disco intervertebral,
não são compatíveis com o quadro do forame intervertebral, articulação do
paciente (dissociação clínico radioló- espaço inter-hipofisário ou epidural.
gica), e a partir da estimulação dos Consideraremos que as lesões que
eletrodos é possível identificar o local podem se originar do corpo vertebral
da lesão/doença, permitindo consta- são osteófitos e metástases; do dis-
tar o grau de dificuldade motora, por co intervertebral o cisto do disco; do
exemplo. esse exame é importante forame intervertebral os neurinomas;
porque comumente os exames de das articulações inter-hipofisárias
imagem, especialmente a TC, eviden- aos recessos laterais, o cisto sinovial;
cia múltiplas hérnias, por exemplo, e do espaço epidural, o hematoma e o
abscesso epidural
HÉRNIA DE DISCO 19

MAPA - DIAGNÓSTICO DA HÉRNIA DE DISCO

DIAGNÓSTICO

EXAME FÍSICO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

MANOBRA DE VALSALVA OSTEÓFITOS

MANOBRA DE FABERE METÁSTASES

MANOBRA DE LASÈGUE CISTO DO DISCO

NEURINOMAS

CISTO SINOVIAL

HEMATOMA EPIDURAL

EXAMES COMPLEMENTARES ABSCESSO EPIDURAL

ENMG RM TC

MODIC 1 MODIC 2 MODIC 3


HÉRNIA DE DISCO 20

6. TRATAMENTO lombalgia está muito associada com


o estiramento desses músculos. Acu-
O tratamento da hérnia de disco pode
puntura é uma boa alternativa, espe-
ser conservador ou cirúrgico. No tra-
cialmente para pacientes com mui-
tamento conservador, que deve durar
tos efeitos colaterais, visto que essa
de 3 a 6 meses em média, é utiliza-
técnica reduz as contrações muscu-
da medicação que atue na dor neu-
lares, levando à diminuição em torno
ropática, a qual deve dessensibilizar
da hérnia, ajudando no tratamento da
o nervo, e para isso pode ser usada
dor. Outro tratamento alternativo para
pregabalina, duloxetina, amitriptilina,
alívio dos sintomas da hérnia de dis-
gabapentina na dor crônica. Associa-
co é a crioterapia, que utiliza baixas
do a isso são utilizados analgésicos,
temperaturas nos locais da dor.
inicialmente paracetamol e dipirona e
em casos de dor persistente pode ser É importante que o paciente retorne,
utilizados medicamentos com codeí- normalmente dentro de 3 meses, para
na e derivados de morfina. O repouso uma nova consulta a fim de avaliar se
nos casos de transtornos lombares e o tratamento está funcionando, qual
imobilização com colar cervical nos melhor medicação no quesito ação e
casos de hérnias cervicais costumam aceitabilidade dos efeitos colaterais,
melhorar a maioria das crises agudas além de acompanhar a evolução do
de dor em dias ou semanas. paciente. O tempo de compressão
permite identificar se o quadro clínico
Porém, além do tratamento farmaco-
do paciente é agudo ou crônico, sen-
lógico é preciso que o paciente per-
do importante a diferenciação de uma
ca peso, quando o mesmo for obeso;
complicação decorrente da hérnia de
equilibre possíveis condições psicoló-
disco ou um quadro de síndrome da
gicas adversas, e cesse o tabagismo
cauda equina, por exemplo.
se esse for um hábito dele. O tabagis-
mo piora o estado emocional e ainda
constitui um fator de pior prognóstico SE LIGA! Síndrome da cauda equina é
uma patologia na qual ocorre compres-
pós cirurgia, por exemplo, por afetar são das raízes nervosas do cone me-
na cicatrização, e aumenta a fibrose dular, que é a terminação da medula
peridural, que é a formação de cica- espinhal, provocando perda da sensibi-
triz em torno da dura-máter e da raiz, lidade dos membros inferiores e perda
da função motora. Pacientes com essa
complicação que causa muita dor no condição costumam perder a capaci-
pós-operatório. dade de mover os pés, associado à re-
tenção urinária e incontinência fecal, por
Atividade física bem instruída e exemplo. essa condição é uma emer-
fisioterapia para fortalecimento da gência e deve ser encaminhado para um
musculatura paraespinhal, visto que a neurocirurgião.
HÉRNIA DE DISCO 21

O tratamento cirúrgico é indicado dura-máter. Porém, mesmo após cirur-


para transtorno de disco lombar quan- gias, é muito comum ocorrer recidiva,
do não há melhoras durante um perí- especialmente porque o paciente não
odo razoável de repouso estrito no lei- muda os hábitos de vida.
to ou quando se encontra transtorno Na cirurgia de hérnia de disco cervical
neurológico grave, com compressão e torácica a diferença está na forma
medular. Pode ser realizados procedi- de acesso. Na hérnia de disco cervical
mentos como a dissectomia tradicional, é preciso observar a conformidade, a
laminectomia ou microdiscectomia. fim de definir se o acesso será por via
A discectomia de um fragmento dis- anterior ou posterior. Com o anel de
cal pode ser feita por via endoscópica e Bezel, se estabelece se há lordose ou
normalmente traz resultados eficazes e inversão da lordose.
duradouros, aliviando a dor do paciente, Além do acesso anterior ou posterior,
sendo a microdiscectomia um procedi- deve ser definido o nível que será trata-
mento menos invasivo ao ser realizado do, sendo que geralmente a compres-
com auxílio de microscópio. A laminec- são medular é múltipla e o local que será
tomia consiste na retirada completa ou operado precisa ser escolhido a partir
parcial do arco vertebral (lâmina) no ní- do exame físico, classificando o pacien-
vel onde a estenose é maior e fixação te a partir do grau de dependência, ou
da coluna com pinos. A principal com- seja, com a escala de Nurick, que clas-
plicação desse procedimento é duro- sifica a mielopatia espondilótica.
tomia incidental, ou seja, abertura da

SAIBA MAIS!
A escala de Nurick gradua a compressão da medula espinhal na região do pescoço. Comu-
mente a hérnia de disco ou estenose degenerativa do canal vertebral provoca essa compli-
cação, que pode gerar alterações da função neurológica, em qualquer componente (sensi-
bilidade e motricidade), e essas alterações podem ser mensuradas pela escala de Nurick,
especificada na tabela abaixo:

ESCALA DE NURICK
Sinais e sintomas de envolvimento da raiz mas sem evidência de doença na medula
GRAU 0
espinhal
GRAU 1 Sinais de doença na medula espinhal mas sem dificuldade de andar
GRAU 2 Leve dificuldade no andar que não impede um emprego de tempo integral
Grave dificuldade no andar que requer assistência e impede emprego e ocupação de tempo
GRAU 3
integral
GRAU 4 Capacidade para andar somente com assistência ou ajuda de um andador
GRAU 5 Confinamento a uma cadeira ou cama
HÉRNIA DE DISCO 22

Já na hérnia torácica, o local é de importante a TC para identificar se a


mais difícil acesso, porque a medu- hérnia já está calcificada, que é um
la fica muito próxima, necessitando quadro comum.
de acesso lateral pelas costelas, e é

MAPA - TRATAMENTO DA HÉRNIA DE DISCO

TRATAMENTO

CONSERVADOR CIRÚRGICO

PRESENÇA DE
3-6 MESES
COMPRESSÃO MEDULAR

TRATAMENTO
ANALGÉSICOS
CONSERVADOR INEFICIENTE

DROGAS NEUROPÁTICAS LAMINECTOMIA

DISCECTOMIA/
TRATAMENTOS ALTERNATIVOS
MICRODISCECTOMIA

MUDANÇA DE HÁBITOS DE VIDA


HÉRNIA DE DISCO 23

MAPA RESUMO - HÉRNIA DE DISCO

DEGENERAÇÃO
DO DISCO
INTERVERTERBAL –
COMPRESSÃO DE
FISIOPATOLOGIA/ RAIZES NERVOSAS
CLÍNICA
DOR LOMBAR,
PARESTESIAS, MANOBRA DE
ENRIGECIMENTO,
PERDA DE VALSALVA
MOVIMENTOS

MANOBRA DE
EXAME FÍSICO
FABERE

MANOBRA
DE LASÈGUE

DIAGNÓSTICO
HÉRNIA
RM/TC
DE DISCO

EXAMES CLASSIFICAÇÃO
COMPLEMENTARES MODIC

ENMG

REPOUSO, DROGAS
NEUROPÁTICAS,
CONSERVADO
MUDANÇA
DE HÁBITOS
TRATAMENTO

DISSECTOMIA,
CIRÚRGICO
LAMINECTOMIA
HÉRNIA DE DISCO 24

REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Rowland LP, Pedley TA. Merritt: Tratado de Neurologia. 12ª ed. Rio de Janeiro. Editora Gua-
nabara Koogan, 2011.
Greenberg, David A., Aminoff, Michael J., Simon, Roger P. Neurologia clínica. 8ª ed. Editora
Artmed, 2014.
NETTER, Frank H. Atlas de anatomia humana: 6. Ed. Philadelphia: Elsevier, 2014.
Kerry Levin, MD, Philip S Hsu, MD, Carmel Armon, MD, MHS. Acute lumbosacral radiculopa-
thy: Treatment and prognosis. 2020 UpToDate, Inc.
Philip S Hsu, MD, Carmel Armon, MD, MHS, Kerry Levin, MD. Acute lumbosacral radiculopa-
thy: Pathophysiology, clinical features, and diagnosis. 2020 UpToDate, Inc.
GÁLVEZ, Marcelo et al. Diagnóstico diferencial de hernia discal. Revista chilena de radiología,
v. 23, n. 2, p. 66-76, 2017.
HÉRNIA DE DISCO 25

Você também pode gostar