Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. Introdução...................................................................... 3
2. Revisão anatômica .................................................... 4
3. Fisiopatologia............................................................... 8
4. Manifestações clínicas............................................11
5. Diagnóstico.................................................................15
6. Tratamento..................................................................20
Referências bibliográficas .........................................24
HÉRNIA DE DISCO 3
Figura 1. Anatomia das costas. A dor lombar pode ser causada por problemas nos músculos, ligamentos, discos, ossos
(vértebras) ou nervos. Muitas vezes, a dor nas costas é causada por distensões ou entorses envolvendo os músculos ou
ligamentos. Esses problemas nem sempre podem ser vistos em exames de imagem, como ressonância magnética ou to-
mografia computadorizada. Fonte: 2020 UpToDate, Inc.
HÉRNIA DE DISCO 4
FISSURA DO
ANEL FIBROSO
HÁBITOS DE VIDA E
OCUPAÇÃO PODEM SER
FATORES PREDISPONENTES
nervo C8, que sai do forame interver- restantes saem pelo forame interver-
tebral acima da vértebra T1. Todos os tebral abaixo da vértebra do mesmo
nervos torácicos, lombares e sacrais número.
Base do crânio C1 1º nervo cervical (C1) são
C1 C2
C2 C3 acima da vértebra C1
Intumescência C3 C4
C4 51
cervical C5 C6
C6 C7
C7 C8 8º nervo cervical sai abaixo da vértebra C7
T1 (existem 8 nervos cervicais, mas somente 7
T2 T1
T3 T2
vértebras cervicais)
T4 T3
T5 T4
Intumescência T6 T5
T7 T6 Nervos cervicais
lombossacral T8 T7
T9 T8 Nervos torácicos
T10 T9
T10 Nervos lombares
T11 T11 Nervos sacrais e coccígeos
T12 T12
Cone medular L1
L1
(extremidade da L2
L2
medula espinhal) L3
L3 Cauda equina
Filamento terminal L4
interno da pia-máter L4
L4
L5 Sacro
Terminação do saco dural
Filamento terminal S1
S2
interno da dura- S3 Figura 1. Coluna vertebral e medula
S4
máter S5 Nervo coccígeo espinhal. Fonte: NETTER, Frank H. Atlas
de anatomia humana: 6. Ed. Philadelphia:
Cóccix Elsevier, 2014.
Via do nervo
sensitivo
COLUNA
VERTEBRAL
CORPO VERTEBRAL
LÂMINAS
CANAL RAQUIDIANO
MEDULA ESPINHAL
RAÍZES AFERENTES
(SENSITIVAS – DORSAIS – VIAS ASCENDENTES)
como por exemplo a estenose
RAÍZES EFERENTES
de canal e a espondilose.
(SOMÁTICAS – VENTRAIS – VIAS DESCENDENTES) Na hérnia de disco, se a base da
hérnia é maior do que a porção
que está saindo pela fissura é chamado
3. FISIOPATOLOGIA de protrusão, ou seja, é o início da hér-
nia. Porém, quando a porção que saiu é
Os traumatismos gerados pelos mo- maior do que a base é uma extrusão, e
vimentos são a principal causa de essa extrusão pode se projetar cranial-
hérnia de disco, mas há provavel- mente ou caudalmente. Além disso, a
mente uma predisposição genética,
HÉRNIA DE DISCO 9
MAPA
TRAUMATISMO
PREDISPOSIÇÃO
ABAULAMENTO
GENÉTICA
FISIOPATOLOGIA
PROTRUSÃO SEQUESTRO
EXTRUSÃO
SAIBA MAIS!
Quando o paciente está ereto, uma das pregas glúteas pode pender para baixo e mostrar
pregas cutâneas adicionais, o que é sinal de envolvimento da raiz S1.
L2 A L3 L3 A L4 L4 A L5 L5 A S1
MÚSCULOS FRACOS
TIBIAL ANTERIOR, EXTENSOR DO HÁLUX - + ++ +
GRASTROCNÊMIO, RESPOSTAS PLANTARES DO PÉ - - + +
QUADRÍCEPS - + - -
REFLEXO COMPROMETIDOS
PATELAR + ++ ++ -
AQUILEU - + ++ +++
HÉRNIA DE DISCO 13
MANIFESTAÇÕES
CLÍNICA
LOMBAR CERVICAL
A B
Fonte: https://bit.ly/2NF267L
Figura 7. Em A, manobra de Lasègue. Em B, manobra de Patrick-Fabere
Fonte: https://bit.ly/3geVCZl
Figura 9. Ressonância magnética da coluna lombar mostrando uma extrusão lateral do disco afetando a raiz nervosa
L5. (A) A RM sagital ponderada em T1 mostra uma extrusão de disco (seta) no nível do disco L4-5. (B) A imagem axial
ponderada em T2 no nível do disco L4-5 mostra que a extrusão do disco deve ser deixada paracentral no local (seta),
obliterando o recesso lateral esquerdo onde seria esperada a raiz nervosa L5 descendente. Observe a raiz normal do
nervo L5 descendente normal aparecendo dentro do recesso lateral contralateral imediatamente antes de sair do saco
tecal (ponta da seta). Fonte: 2020 UpToDate, Inc.
Outro exame que pode ser requisita- necessitando de informação mais de-
da na investigação da hérnia de disco talhada para conduzir o tratamento.
é a eletroneuromiografia (ENMG), O diagnóstico diferencial de hérnia
que consiste em um exame que utili- de disco deve ser feito com outras
za eletrodos para visualizar diferentes lesões que, embora menos frequen-
grupamentos musculares e correla- tes, podem levar a um diagnóstico
ciona-se com o quadro clínico do pa- incorreto. Essas lesões podem se ori-
ciente. Esse exame é indicado quando ginar em estruturas vizinhas, como
os resultados dos exames de imagem corpo vertebral, disco intervertebral,
não são compatíveis com o quadro do forame intervertebral, articulação do
paciente (dissociação clínico radioló- espaço inter-hipofisário ou epidural.
gica), e a partir da estimulação dos Consideraremos que as lesões que
eletrodos é possível identificar o local podem se originar do corpo vertebral
da lesão/doença, permitindo consta- são osteófitos e metástases; do dis-
tar o grau de dificuldade motora, por co intervertebral o cisto do disco; do
exemplo. esse exame é importante forame intervertebral os neurinomas;
porque comumente os exames de das articulações inter-hipofisárias
imagem, especialmente a TC, eviden- aos recessos laterais, o cisto sinovial;
cia múltiplas hérnias, por exemplo, e do espaço epidural, o hematoma e o
abscesso epidural
HÉRNIA DE DISCO 19
DIAGNÓSTICO
NEURINOMAS
CISTO SINOVIAL
HEMATOMA EPIDURAL
ENMG RM TC
SAIBA MAIS!
A escala de Nurick gradua a compressão da medula espinhal na região do pescoço. Comu-
mente a hérnia de disco ou estenose degenerativa do canal vertebral provoca essa compli-
cação, que pode gerar alterações da função neurológica, em qualquer componente (sensi-
bilidade e motricidade), e essas alterações podem ser mensuradas pela escala de Nurick,
especificada na tabela abaixo:
ESCALA DE NURICK
Sinais e sintomas de envolvimento da raiz mas sem evidência de doença na medula
GRAU 0
espinhal
GRAU 1 Sinais de doença na medula espinhal mas sem dificuldade de andar
GRAU 2 Leve dificuldade no andar que não impede um emprego de tempo integral
Grave dificuldade no andar que requer assistência e impede emprego e ocupação de tempo
GRAU 3
integral
GRAU 4 Capacidade para andar somente com assistência ou ajuda de um andador
GRAU 5 Confinamento a uma cadeira ou cama
HÉRNIA DE DISCO 22
TRATAMENTO
CONSERVADOR CIRÚRGICO
PRESENÇA DE
3-6 MESES
COMPRESSÃO MEDULAR
TRATAMENTO
ANALGÉSICOS
CONSERVADOR INEFICIENTE
DISCECTOMIA/
TRATAMENTOS ALTERNATIVOS
MICRODISCECTOMIA
DEGENERAÇÃO
DO DISCO
INTERVERTERBAL –
COMPRESSÃO DE
FISIOPATOLOGIA/ RAIZES NERVOSAS
CLÍNICA
DOR LOMBAR,
PARESTESIAS, MANOBRA DE
ENRIGECIMENTO,
PERDA DE VALSALVA
MOVIMENTOS
MANOBRA DE
EXAME FÍSICO
FABERE
MANOBRA
DE LASÈGUE
DIAGNÓSTICO
HÉRNIA
RM/TC
DE DISCO
EXAMES CLASSIFICAÇÃO
COMPLEMENTARES MODIC
ENMG
REPOUSO, DROGAS
NEUROPÁTICAS,
CONSERVADO
MUDANÇA
DE HÁBITOS
TRATAMENTO
DISSECTOMIA,
CIRÚRGICO
LAMINECTOMIA
HÉRNIA DE DISCO 24
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Rowland LP, Pedley TA. Merritt: Tratado de Neurologia. 12ª ed. Rio de Janeiro. Editora Gua-
nabara Koogan, 2011.
Greenberg, David A., Aminoff, Michael J., Simon, Roger P. Neurologia clínica. 8ª ed. Editora
Artmed, 2014.
NETTER, Frank H. Atlas de anatomia humana: 6. Ed. Philadelphia: Elsevier, 2014.
Kerry Levin, MD, Philip S Hsu, MD, Carmel Armon, MD, MHS. Acute lumbosacral radiculopa-
thy: Treatment and prognosis. 2020 UpToDate, Inc.
Philip S Hsu, MD, Carmel Armon, MD, MHS, Kerry Levin, MD. Acute lumbosacral radiculopa-
thy: Pathophysiology, clinical features, and diagnosis. 2020 UpToDate, Inc.
GÁLVEZ, Marcelo et al. Diagnóstico diferencial de hernia discal. Revista chilena de radiología,
v. 23, n. 2, p. 66-76, 2017.
HÉRNIA DE DISCO 25