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AFECÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL

PROF. RÚBENS

Reflexos espinhais ou miotáticos

 Formam uma unidade básica de investigação do SNC


 Devem ser realizados com o animal em decúbito lateral
 Membro tenso pode anular a atividade do reflexo
 Começa o exame com reflexos que causam menos desconforto (começar no sentido caudo
cranial).
 Reflexo espinhal ausente ou deprimido é indicador de doença de NMI
 Reflexos espinhais hiperativos estão associados com lesões do NMS em qualquer parte rostral da
medula espinhal, tronco e córtex cerebral.

Região de tronco encefálico: núcleos dos neurônios motores superiores (NMS), irradiando para o
telencéfalo. Axônio vem comprido que se alonga pela medula espinhal. Conexão com os neurônios
motores inferiores (NMI) na intumescência braquial (entre C6 e T2), com ligação terminando com o
músculo e em região lombossacral (entre T4 e S2) terminando com o músculo.

Reflexos: Estímulo sensitivo é levado pelo neurônio aferente até à medula, na substância cinzenta que
capta e processa esse estímulo, tenho resposta no neurônio motor e estímulo efetor no músculo.

Função do NMS: inicia o movimento e modula ações do NMI.


O NMS modula todo o processo, se há a perda ou diminuição dessa função, o membro não é modulado e
os reflexos ficarão exacerbados (membros espásticos).

Função do NMI: responsáveis pela musculatura e se há perda da sua inervação o membro fica flácido.

Afecção, trauma, neoplasia, inflamação na região de ligação entre NMS e NMI leva a uma perda ou
diminuição dos reflexos. Se a lesão for nos membros torácicos, eles ficariam flácidos, e devido à lesão no
NMS os membros posteriores ficariam espásticos. Se a lesão for entre T3 e L3, o NMS não modula os
membros pélvicos: ficando espásticos, enquanto que os membros torácicos estão normais. Lesão na
região lombossacra afetando NMI, deixaria os membros pélvicos flácidos, enquanto que os membros
torácicos estão normais.

 Os segmentos da medula nem sempre coincidem com os corpos vertebrais espinhais.

Extensão da coluna vertebral


A partir de L5 não se tem mais medula óssea, somente a cauda equina -> lesões sacrais que causam
alterações de cauda.

Avaliação de reflexo

 0: ausente
 1: diminuído
 2: normal
 3: exacerbado
 4: clonos (toca o membro e fica muito espástico)

Paraparesia não ambulatória -> 0

Tônus extensor -> avalia se o animal tem tônus relacionado com força muscular.

 Nervo radial (C2 – T2) – membros torácicos


 Nervo femoral (L4 – L6) – membros pélvicos

Se houver alguma lesão nesses nervos haverão alterações torácicas ou pélvicas.


O reflexo patelar avalia o nervo femoral -> é o mais importante pois o seu neurônio não tem conexão
pelos interneurônios, é monosináptico, tem somente uma conexão.

Quando se tem o estímulo sensitivo, há a comunicação com o trato espinotalâmico, que chega ao tálamo,
que passa a informação para o córtex cerebral que dá o comando de movimento do músculo. Quando o
animal está paraparético ou paraplégico há uma diminuição dessa resposta espinotalâmica, não havendo
resposta muscular.

Toque no bulbo cavernoso promove um reflexo de contração anal. A mesma que ocorre na fêmea, ao
tocar na superfície vulvar.

Palpação Epaxial -> avaliação de dor espinhal

 Iniciar caudalmente
 Pressão sobre as raízes nervosas: saber se o animal tem sensibilidade dolorosa.
 Coluna cervical: pressão ventral

A pressão em geral é dorsal em toda a medula, exceto na coluna cervical, que é uma pressão ventral.

Seguindo a palpação epaxial, realizar o movimento demonstrado na imagem:


Dentro do disco intervertebral está a medula espinhal, havendo as raízes nervosas saindo da medula.
Quando se faz a compressão entre o processo espinhoso, tem grande inervação que causa dor. Caso haja
uma extrusão ou protusão do conteúdo do disco, sendo que essa compressão causa dor, evidenciando
um processo traumático.

 Fibras periféricas: responsáveis pela propriocepção


 Fibras que controlam a força motor: menores e mais internas à substância branca.
 Fibras que controlam a dor superficial: localizadas mais próximas à substância cinzenta.
 Fibras que controlam a dor profunda: localizadas mais quase em contato com a substância
cinzenta.

Afecções da coluna vertebral

 Intrínsecos
 Protusão e extrusão do disco intervertebral
 Mal formação vertebral
 Osteomielite, fraturas patológicas espontâneas
 Massas compressivas extramedulares e edemas

 Extrínsecos
 Atropelamentos, quedas, pisoteios
 Armas de fogo, mordidas

Anatomia do disco intervertebral

 Função: Amortecedores
 Facilitam o movimento
 Unem os segmentos vertebrais
Todos os espaços intervertebrais (exceto entre C1 e C2 e S1,S2 e S3)

Estruturas de suporte do disco intervertebral


 Ligamento longitudinal dorsal: protege em cima da medula
 Ligamento longitudinal ventral
 Ligamentos intercapital: unem as vértebras T3 até a região de T11
 Irrigação
 Inervação

Extrusão e protusão menos comum na região protegida pelos Ligamentos intercapital (T3-T11).

Extrusão lateral: alteração lateral

Vasos que nutrem a medula: trauma provoca ruptura e hipóxia.

Tipos de afecções do Disco Intervertebral


Aumenta a chance de protusão e consequente lesão na medula.

Nessa posição, a extrusão não afeta a medula -> animal não sente dor

Nesse caso, o animal tem alteração neurológica e sente dor.

O anel fibroso fica mais flexível, havendo a protusão do disco.


Traumas agudos

 Hernia
 Traumas
 Fratura
 Luxação
 Embolismo fibrocartilaginoso: desprendimento de êmbolo que comprime a medula

Quadro de Schiff-Sherrington: ocorre em trauma medular agudo, na região toracolombar - espasticidade


de membro torácico e flacidez de membro pélvico.

A - Espondilose

B - Discoespondilite

C – Luxação de vértebra

D – Fratura de vértebra
Região cervical: C1 a C5

Animal terá monoparesia / animal terá tetraparesia

Região toracolombar: T3 a L3
Imagem desejada: definição de vértebras e espaços intervetebrais
Estreitamento do espaço indica que o disco já saiu da posição correta -> hérnia de disco

Só fazer se o animal for submetido à cirurgia


Interrupção medular

Imagem mais precisa e definida – Exame mais caro

Hemograma vai indicar infecção

Exame do líquor diz se há hemorragia, inflamação, etc


Confinamento -> dentro de uma caixa (impedir o movimento do animal)

Eritropoetina -> efeito anti-oxidante

AINES -> usados pós-traumático para evitar processo AI secundário.

Estrógeno/progesterona -> usados como substâncias antioxidantes

Minoxiclina -> anti-inflamatório / antioxidante

Dantrolene -> inibidor dos canais de Ca

Riluzol -> inibidor dos canais de Ca

Lesão -> animal com isquemia

Glicocorticóides devem ser usados com critério. Se suspeitar de isquemia não deve ser usado.
Abertura ventral e retirada do disco, descomprimindo o local.
Retirada do processo espinhoso, liberando a medula espinhal.

Processo lateral, removendo o núcleo pulposo, diminuindo o espaço medular.

Animal com fratura -> colocação de placa.

Não quer dizer que o animal vai voltar a andar -> se há lesão definitiva na medula, ele não anda mais.
IMPORTANTE:

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