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DEFEITO CONGÊNITO
LESÃO MEDULAR
Incidência
10.000 novos casos por ano
Prevalência de 183.000 – 230.000
56% faixa etária de 16-30 anos = média 21,7 anos
Predomínio do sexo masculino (81,8%)
Idosos: 4,7% (1970) – 9,7% (1990)
Causa mais comum:
Acidente automobilístico (37,2%)
Atos violentos (26,8%)
Quedas (21%)
Lesões no esporte (7,1%)
LESÃO MEDULAR
“No ano 2000, na rede SARAH, 57,5 por cento dos
pacientes que sofreram lesão medular evoluíram
com seqüela de traumatismo medular. Em 31%, a
causa foi acidente de trânsito (37,2), em 30% por
agressão com arma de fogo (26,8), em 21% quedas
(21) e, em 6,5% por mergulho.”
TRAUMATISMO
MEDULAR
Medula
Anatomia
ANATOMIA
A coluna
vertebral é
formada, em
média por:
33 vértebras:
7 Cervicais
12 Torácicas
5 Lombar
5 Sacral
4-5 Coccígenas
ANATOMIA
O sistema nervoso central é formado
pela medula espinhal e pelo encéfalo.
A medula é constituída por células
nervosas (neurônios) e por longas fibras
nervosas chamadas axônios, que são
prolongamentos dos neurônios e
formam as vias espinhais.
espinhais
As vias descendentes conduzem sinais
gerados no cérebro relacionados com o
movimento e o controle visceral.
As vias ascendentes conduzem sinais
relacionados com a sensibilidade que
são gerados na periferia e são levadas
ao cérebro.
ANATOMIA
Muitos dos axônios são envolvidos por bainhas
que contêm uma substância complexa constituída
por gordura, chamada mielina,
mielina que permite que a
condução dos estímulos nervosos seja mais rápida.
ANATOMIA
Os neurônios estão
localizados na parte
mais central da
medula, na substância
cinzenta medular, que
tem a forma de uma
borboleta.
ANATOMIA
Os neurônios localizados
nas porções mais
posteriores são
relacionados com a
sensibilidade e os
localizados nas porções
anteriores, são
relacionados com o
movimento.
Os segmentos da medula cervical são em
número de 8 região cervical e dos
membros superiores
Os segmentos torácicos são em número
de 12 região tórax, abdome e parte dos
MMSS
Os segmentos lombares são em número
de 5 MMII
Os segmentos sacrais são em número de
5 parte dos MMII, sensibilidade da
região genital e funcionamento da
bexiga e intestino
Etiologia
Traumática
Lesões por flexão pura / flexão-rotação
Lesões por hiperextensão
Lesões por compressão
Arma de fogo ou arma branca
fraturas de coluna
luxações de vértebras
compressão medular
Etiologia
Não-traumática
Comprometimento circulatório:
isquemia
Doenças degenerativas: prolapso do
disco intervertebral infecciosa
vascular
Tumores
tumoral
Malformação congênita degenerativa
*não há choque
medular
TOPOGRAFIA VERTEBROMEDULAR
Até o 4º mês intra-
útero, crescimento
igual .
A paritr do 4º mês a
coluna cresce mais
que a medula.
No adulto T12-L1
TOPOGRAFIA VERTEBROMEDULAR
PARTICULARIDADES
“A porção terminal da medula,
medula o
cone medular, se localiza na altura
da décima segunda vértebra
torácica e a primeira vértebra
lombar”
Abaixo desses níveis,
níveis encontramos
apenas raízes nervosas:
Cauda Eqüina.
ATENÇÃO:
Existe correspondência entre a
vértebra e o segmento medular?
PARTICULARIDADES...
O crescimento desigual entre a coluna e a medula
faz com que não exista correspondência entre a
vértebra e o segmento medular correspondente.
Ao nível cervical, as raízes emergem acima da
vértebra correspondente
a segunda raiz cervical emerge acima da segunda
vértebra cervical.
As demais raízes emergem da vértebra
correspondente
entre a 4ª e a 5ª vértebras lombares emerge a 4ª raiz
lombar.
TOPOGRAFIA
VERTEBROMEDULAR
Relação prática
Processos espinhosos de
T11 e T12 correspondem os
cinco segmentos lombares
Processo espinhoso L1
corresponde aos 5
segmentos sacrais
ATENÇÃO !!!
Uma vez que a medula espinhal é mais curta (T12-L1/L2)
lesões vertebrais inferiores não acarretam dano a
medula, mas prejudicam as raízes nervosas.
plexo lombossacral.
De acordo com o
local da lesão...
Classificação quanto ao grau de
comprometimento
Completa
Há uma ausência total de função sensorial
e/ou motora no segmento sacral mais baixo
(S4-S5)
Incompleta
Há a preservação parcial da função sensorial
e/ou motora abaixo do nível neurológico e no
segmento sacral mais baixo.
A sensibilidade anal profunda deve estar presente
para que uma lesão seja considerada como
incompleta.
DISTRIBUIÇÃO
Tetraplegia incompleta: 29,6%
Paraplegia completa: 28,1%
Paraplegia incompleta: 21,5%
Tetraplegia completa: 18,6%
Nenhum déficit: 0,7%
Desconhecido: 0,7%
DISTRIBUIÇÃO
SÍTIOS COMUNS DA LESÃO
C5 (15,7%)
C4 (12,7%)
C6 (12,6%)
T12 (7,6%)
C7 (6,3%)
L1 (4,8%)
CHOQUE MEDULAR:
Período de Arreflexia + Flacidez + Perda de
sensibilidade logo após o TRM
Arreflexia vesical e Atonia intestinal
Ocorre 30 – 60 minutos após o trauma medula
Pode durar algumas horas ou diversas
semanas.
é caracterizado por paralisia flácida e ausência
de toda atividade reflexa da medula espinal
abaixo do nível da lesão.
A lesão não pode ser determinada até que o
RBC:
1º Pressão na glande do pênis ou clitóris ou puxões
intermitentes do cateter de espera
2º Resposta: contração reflexa do esfíncter anal
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
ESPASTICIDADE
Hipertonia
Reflexos de estiramento hiperativos
Clônus
Ocorre abaixo do nível da lesão após a fase de
choque medular
Crescente nível de espasticidade durante os
primeiros 6 meses após a LM = estabilização em
aproximadamente 1 ano de lesão
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Fatores que acentuam a espasticidade
Alterações de posição
Estímulos cutâneos
Temperaturas ambientais
Roupas apertadas
Cálculos vesicais ou renais
Impactações intestinais
Bloqueio do cateter
Infecções do trato urinário
Escaras
estresse
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
INTERVENÇÃO NA ESPASTICIDADE
Medicamentos: miorrelaxantes e agentes
espasmolíticos
Bloqueio de nervos periféricos (TBA / Fenol)
Cirurgias:
Miotomia (secção ou liberação do músculo)
Neurectomia (ruptura parcial ou total de um nervo)
alongamento subsequente)
Rizotomia (incisão de raízes nervosas)
REABILITAÇÃO...
“ O processo de reabilitação bem-
sucedida é abrangente. Inclui
prevenção, reconhecimento
precoce, tratamento com o paciente
internado, tratamento
ambulatorial e reintegração na
comunidade.”
Reabilitação
Multidisciplinar
Neurocirurgião ou
Neurologista;
Urologista;
Psicólogo;
T.O.;
Enfermagem;
Fisioterapeuta;
....
REABILITAÇÃO
Quadro clínico estável;
Coluna estabilizada (cirurgia se
necessário) ;
Incapacidades estabelecidas.
OBJETIVOS INICIAIS
Evitar contraturas, deformidades,
úlceras de pressão;
Melhora da função respiratória
lesões acima de T6 = sem tosse
produtiva / sem musculatura
abdominal;
Independência funcional.
OBJETIVOS
Maximização das capacidades residuais
Programa de alongamentos e fortalecimento
seletivo
Ortostatismo e locomoção
Independência nas AVD’s
Mobilidade funcional e transferências
Treino em cadeira de rodas
Push-up's,Transpor obstáculos, Condicionamento
cardiorrespiratório, Quedas
Auto-cuidados (úlceras de pressão)
Reinserção familiar, social, esporte e lazer
Fisioterapia
Conduta:
Alongamentos;
Exercícios de fortalecimento;
Transferências;
Equilíbrio;
Posicionamento;
Ortostatismo;
Marcha;
Hidroterapia;
Fisioterapia respiratória;
Orientações e adaptações
Evitar contraturas e
deformidades...
Faça a coisa certa!!!
PROGRAMA DE
ALONGAMENTO
PROGRAMA DE
ALONGAMENTO
PROGRAMA DE
ALONGAMENTO
PROGRAMA DE
ALONGAMENTO
PROGRAMA DE
ALONGAMENTO
PROGRAMA DE
ALONGAMENTO
PROGRAMA DE
ALONGAMENTO
PROGRAMA DE
ALONGAMENTO
PROGRAMA DE
ALONGAMENTO
PROGRAMA DE
ALONGAMENTO
PROGRAMA DE
ALONGAMENTO
PROGRAMA DE
ALONGAMENTO
PROGRAMA DE
ALONGAMENTO
PROGRAMA DE
ALONGAMENTO
PROGRAMA DE
ALONGAMENTO
PROGRAMA DE ALONGAMENTO
PROGRAMA DE ALONGAMENTO
Precauções para o Alongamento
Sensibilidade – Dor (?)
Dor muscular ou articular acima de 24h;
Edema (mais suscetível);
Inflamação (vermelhidão, edema, calor no local);
Hematoma;
TVP;
Bloqueio ósseo (Calcificação heterotrófica);
Fraturas, Imobilizações; Osteoporose.
Fortalecimento Seletivo
Depende das metas funcionais;
Trabalhado isolado: resistência manual ou
mecânica;
Trabalho dentro da função;
Evitar fortalecer grupos musculares que
tendem ao encurtamento;
Evitar a fadiga;
FORTALECIMENTO SELETIVO
FORTALECIMENTO SELETIVO
Mobilidade funcional e
transferências
Mudanças de decúbito;
Rolar;
Arrastar;
Passagem para sentado;
Transferências no leito;
Transferências para cadeira;
Uso da cadeira de rodas em superfícies
irregulares;
Passagem para ortostatismo;
Levantar partindo do solo;
TRANSFERÊNCIAS
Auto-cuidados (Push-up)
Cuidados com a pele
TOMAR MUITO CUIDADO
NAS TRANSFERÊNCIAS (DA
CAMA PARA CADEIRA, ETC),
PARA NÃO MACHUCAR O
CORPO NAS ÁREAS SEM
SENSIBILIDADE.
INSPECIONAR A PELE DO
CORPO TODO,
DIARIAMENTE. SE
NECESSÁRIO, UTILIZAR UM
ESPELHO PARA ESTE
EXAME.
Trabalho das AVD’s
Ortostatismo
Auxilia na prevenção de osteoporose;
- Evita fraturas patológicas
Diminui a ocorrência de:
- Cálculos urinários e nos rins
- Ossificação heterotópica