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Resumo Neuro

NEUROANATOMIA:
1. Sistema nervoso: Uma rede de neurônios cuja função principal é gerar,
modular transmitir informações entre todas as partes do corpo.
• Divisões estruturais: sistema nervoso central (SNC), sistema nervoso
periférico (SNP).

2. Sistema nervoso central: Tecido neural dentro do crânio e coluna


vertebral que é o centro integrador e de comando do corpo.
• Partes: Cérebro, medula espinal.

3. Sistema nervoso periférico: Tecido neural fora do SNC, cuja função é


transmitir as informações entre o SNC e o resto do corpo.
• Partes: Nervos periféricos, gânglios.
• Divisões funcionais: sistema nervoso autônomo (SNA), sistema nervoso
somático (SNS).

4. Sistema nervoso autônomo: Componente involuntário do SNP que


controla as células musculares cardíacas, glandulares e lisas.
• Divisões: sistema nervoso simpático (SNAS), sistema nervoso
parassimpático (SNAP).

5. Sistema nervoso somático: Componente voluntário do SNP responsável


por direcionar os movimentos corporais voluntários e transmitir estímulos
sensoriais da pele, músculos e articulações.
ANATOMIA CEREBRAL:

AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA:
Exame neurológico é uma avaliação clínica, não invasiva, que busca identificar
e dimensionar transtornos que afetam o sistema neurológico. Ela é composta por
uma série de testes físicos que analisam a função das estruturas responsáveis
pelo funcionamento do corpo humano.

Anamnese, nível de consciência, reflexos, equilíbrio e sensibilidade são algumas


etapas do exame neurológico.
Em resumo, o exame neurológico auxilia na detecção de:
• Doença autoimune, quando o próprio organismo ataca células saudáveis
• Lesões no cérebro e nos nervos
• Tumores
• Males cardiovasculares
• Inflamações
• Infecções
• Doenças degenerativas
• Patologias metabólicas.

O exame é composto, basicamente, por anamnese e avaliação física.

EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO: PRINCIPAIS AVALIAÇÕES:


• Nível de consciência
O teste do nível de consciência serve para medir o grau de alerta
comportamental do paciente, detectando se ele está em coma ou mesmo a
gravidade do impacto após um trauma cranioencefálico. O protocolo mais
comumente utilizado nesta etapa é a escala de coma de Glasgow. Essa
ferramenta atribui pontuação específica (de 3 a 15 pontos) de acordo com as
respostas do paciente a três tipos de exame: abertura ocular, capacidade verbal
e motora. Um escore abaixo de 8 indica estado de coma ou trauma grave. De 9
a 12, a situação é moderada. Já uma pontuação acima de 13 aponta impactos
leves.

• Estado Mental
Essa avaliação pode ser feita através de ferramentas como o MEEM (Mini-
Exame do Estado Mental), formado por uma série de perguntas e atividades.
Localização, data, hora, repetição de palavras, leitura, desenho e resolução de
problemas matemáticos são tarefas realizadas durante o MEEM. Ao final do
teste, o neurologista compara a pontuação do paciente às notas de corte
consideradas normais, que dependem de fatores como idade e escolaridade.

• Nervos cranianos
Geralmente, o exame neurológico inclui ao menos alguns testes desses nervos,
que são frequentemente afetados por traumas, lesões, infecções e até por
alterações no fluxo sanguíneo. Um exemplo é o estudo do nervo facial,
responsável pela movimentação dos músculos do rosto e sensibilidade gustativa
na maior parte da língua.
• Coordenação e equilíbrio fazem parte do exame neurológico
Para testar a coordenação, é comum que se peça ao paciente para tocar um
dedo com o indicador e, em seguida, o nariz. Ele pode repetir esse movimento
várias vezes, com os olhos abertos e fechados. A posição e equilíbrio são
avaliados por meio do Teste de Romberg, no qual o paciente fica de pé,
parado e com os pés juntos. Assim, o médico observa se consegue manter o
equilíbrio, tanto com os olhos abertos quanto fechados.

• Marcha
Também são realizadas caminhadas apoiadas no calcanhar e na ponta dos pés,
a fim de medir a força dos músculos da panturrilha. Distúrbios na marcha podem
indicar diversas doenças ou lesões, como Parkinson e danos ao cerebelo (área
do cérebro que coordena o equilíbrio e movimentos voluntários).

• Exame de Motricidade
A motricidade voluntária é medida, pedindo que o paciente realize movimentos
em várias partes do corpo, contra a resistência do examinador ou da gravidade
(teste de força) ou com sensibilização, mantendo os membros na mesma
posição por alguns instantes.
• Reflexos
• Teste de Sensibilidade como exame neurológico
O teste de sensibilidade serve para verificar a capacidade do tato em algumas
regiões da pele, a fim de investigar sintomas como formigamento. Em geral, é
realizado com o estímulo de um objeto específico, que é encostado brevemente
na área examinada, sem que o paciente possa enxergá-la.

TIPOS DE MARCHA:
Existem oito tipos de marchas patológicas básicas que podem ser atribuídos a
condições neurológicas: hemiplégica, espástica, neuropática, miopática,
parkinsoniana, coreiforme, atáxica (cerebelar) e sensorial. A observação
dessa marcha é um aspecto importante do diagnóstico que pode fornecer
informações sobre diversas condições musculoesqueléticas e neurológicas.
ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA:

A esclerose lateral amiotrófica (ELA), cuja causa específica ainda é


desconhecida, caracteriza-se pela degeneração progressiva de neurônios
motores localizados no cérebro e na medula espinhal.

A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é provocada pela degeneração progressiva


no primeiro neurônio motor superior no cérebro e no segundo neurônio motor
inferior na medula espinhal.

O principal sintoma é a fraqueza muscular, acompanhada de endurecimento dos


músculos (esclerose), inicialmente num dos lados do corpo (lateral) e atrofia
muscular (amiotrófica), mas existem outros: cãimbras, tremor muscular, reflexos
vivos, espasmos e perda da sensibilidade.

A doença é de difícil diagnóstico. Em grande parte dos casos, o paciente passa


por quatro, cinco médicos num ano, antes de fechar o diagnóstico e iniciar o
tratamento.

LESÕES DO NERVO PERIFÉRICO:

Esses nervos podem estar suscetíveis a qualquer tipo de lesão como tração,
fraturas, esmagamento, estiramento e etc.

Caso haja uma interrupção da continuidade da estrutura do nervo periférico o


resultado é uma parada na transmissão dos impulsos nervosos, causando
alterações motoras e sensitivas ao paciente e gerando uma considerável
incapacidade e diminuição da qualidade de vida.

Estrutura dos nervos

• Epineuro – envolve o nervo como um todo


• Perineuro – separam as fibras nervosas em fascículos
• Endoneuro – envolve o axônio e separa cada fibra nervosa
• Bainha de Mielina
• Células de Schwann
Tipos de lesão:

Neuropraxia

A neuropraxia é considerada lesão de primeiro grau e é decorrente de um


bloqueio da transmissão do impulso nervoso no local lesado, geralmente
causado por um processo de compressão intrínseca ou extrínseca, de curta
duração e que provoca uma anóxia local nos neurônios, por compressão dos
vasos sanguíneos. Esse tipo de bloqueio de condução é considerado fisiológico
(alterações bioquímicas)

Na neuropraxia a função motora é mais comprometida que a sensorial e as


sensibilidades conduzidas por fibras mais grossas (propriocepção e tato) são
mais atingidas do que as que são conduzidas por fibras finas (dor e temperatura),
colaborando com o comprometimento local da bainha de mielina.

Axonotmese

A axonotmese é considerada uma lesão de segundo grau e é caracterizada pela


degeneração walleriana distalmente ao local da lesão e, em pequena extensão,
proximalmente à lesão, com adelgaçamento dos axônios em alguns centímetros
do coto proximal.

Geralmente ela acontece por uma compressão mais intensa ou mais prolongada,
das arteríolas e da drenagem venosa neural, causando um aumento da pressão
intraneural suficiente para bloquear totalmente a passagem dos influxos de
nutrientes através do axoplasma.

Neurotmese

A neurotmese compreende as lesões de terceiro a quinto graus, em que há


algum comprometimento da estrutura da sustentação conjuntiva do nervo
associada à lesão axonal.

Lesão de terceiro grau

A lesão de terceiro grau acontece dentro do fascículo nervoso, onde o tubo do


endoneuro também é secionado.

Lesão de quarto grau

A lesão de quarto grau ocorre quando o fascículo é gravemente comprometido


ou secionado, com ruptura do perineuro
Lesão de quinto grau

Apresenta ruptura completa do tronco nervoso, incluindo o epineuro.

Nesse tipo de lesão, por causa do comprometimento do arcabouço conjuntivo de


sustentação, pode se verificar a perda da continuidade das fibras nervosas, uma
reação inflamatória ao trauma e a formação de tecido cicatricial dentro do
fascículo ou do tronco nervoso, dificultando a regeneração axonal.

TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO:

O Trauma Cranioencefálico (TCE) está entre os principais tipos de trauma mais


comuns nos serviços de emergência em todo o mundo. As vítimas do Trauma
Cranioencefálico comumente apresentam lesões neurológicas que resultam em
invalidez, impossibilitando o retorno dos pacientes as atividades laborais e
sociais.

PARKINSON:

O parkinson é um distúrbio do movimento progressivo (avança com o tempo) e


degenerativo, já que causa um declínio contínuo das células produtoras de
dopamina na região encefálica conhecida como substância negra. Com a
redução da dopamina, que ajuda na realização dos movimentos voluntários do
corpo de forma automática, o paciente vai perdendo a capacidade de controlar
ou iniciar o movimento.

Entre os sintomas motores que podem tornar as atividades da vida cotidiana


desafiadoras estão: tremor, movimentos lentos, rigidez, instabilidade postural,
passos aleatórios e problemas de dicção.

O diagnóstico é clínico e geralmente é feito após o paciente procurar um


neurologista com sintomas iniciais, como: movimentos mais lentos, tremores nas
extremidades das mãos e diminuição do tamanho das letras ao escrever. Se
necessário, o médico poderá também indicar exames como a SPECT-Scan
(tomografia por emissão de fóton único), para verificar a quantidade de dopamina
no cérebro.
MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS:

Os movimentos involuntários acontecem quando o paciente não consegue


exercer controle dos seus movimentos. Alguns fazem parte do funcionamento
normal do corpo, como batimento cardíaco e movimento do intestino. No entanto,
existem movimentos involuntários que atingem determinadas partes do corpo e
podem ser prejudiciais para a qualidade de vida da pessoa.

Em geral, os movimentos involuntários podem estar relacionados com as


doenças:
• Parkinson: marcada por tremores involuntários;
• Distonia: provoca contrações musculares;
• Coreia: gera movimentos que parecem uma dança;
• Síndrome de Tourette: caracterizada por movimentos involuntários que
podem parecer propositais.

Os sintomas dos movimentos involuntários incluem o movimento anormal de


alguma parte do corpo. Esses movimentos podem ser repetitivos e, geralmente,
seguem um padrão. O problema também pode gerar uma postura anormal.

HEMIPLEGIA:

A hemiplegia é uma alteração neurológica em que ocorre paralisia em um dos


lados do corpo — geralmente, consequência de paralisia cerebral, doenças
infecciosas ou mesmo AVC.

O tratamento da hemiplegia é feito para melhorar a qualidade de vida do


paciente, através de uma série de reabilitação com terapia funcional e
fisioterapia, melhorando o aspecto facial, a mobilidade dos membros, trazendo
uma maior independência para a pessoa realizar suas atividades diárias.

Os principais sintomas da hemiplegia são:


• Lado afetado da face contraído;
• Dificuldade nos movimentos do braço e da perna;
• Espasticidade ou rigidez, em que o braço tende a ficar encolhido e a
perna
• muito dura;
• Dificuldade em iniciar os movimentos com o braço e com a perna
afetada;
• Alterações na postura, principalmente escoliose;
• Dificuldade em orientar-se em relação ao ambiente;
• Dificuldade com números, sendo difícil realizar contas, por exemplo;
• Dificuldade em lembrar-se do que ia fazer;
• Dificuldade em planejar ou executar tarefas.

A causa da hemiplegia pode ser por lesões cerebrais como a hemorragia,


congestão ou embolia, além de se manifestar como sintoma da aterosclerose ou
após um acidente vascular cerebral.

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