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BOM DIA

AGRAVOS NEUROLÓGICOS

● CARACTERÍSTICA DE PACIENTES COM PROBLEMA NEUROLÓGICO;


● O que é transtorno neurológico;
● 5 Tipos de Agravos
CARACTERÍSTICA DE PACIENTES COM PROBLEMA
NEUROLÓGICO

Um transtorno neurológico se desenvolve quando há alguma anormalidade no


cérebro, medula espinhal, nervos ou terminações nervosas.

Dependendo do tipo de distúrbio, o paciente experimenta problemas com o


equilíbrio, movimentos ou com o funcionamento da mente.

São condições que podem afetar a rotina e a autonomia com diferentes


intensidades.

Uma enxaqueca, por exemplo, tende a incomodar apenas durante crises


esporádicas.

Já as doenças neurodegenerativas como o Alzheimer se manifestam


continuamente.
O que é transtorno neurológico

Transtornos neurológicos são doenças que acometem as estruturas do sistema


nervoso.

Dividido em central e periférico, o sistema nervoso é o responsável por transmitir


impulsos elétricos que resultam em movimentos voluntários e involuntários.

Seu principal órgão é o cérebro, estrutura complexa que tem a função de formar
comandos para que o corpo realize as atividades diárias.

Diferentes desordens podem atrapalhar a formação dos comandos ou sua


transmissão, provocando sintomas bastante diversos.

Afinal, as estruturas nervosas estão presentes em todo o organismo – o que explica


a variedade dos transtornos neurológicos.
Nesse cenário, um dos males mais comuns é a epilepsia, que afeta cerca de 50
milhões de pessoas em todo o planeta, segundo dados da Organização Mundial da
Saúde (OMS).

Apesar da alta prevalência, quem sofre com o distúrbio enfrenta preconceito e


dificuldades para ter acesso ao tratamento adequado.

Conforme alerta a OMS, 80% dos casos de epilepsia estão em países de baixa e
média renda, onde mais de 70% dos pacientes não têm suporte médico para tratar a
doença.

Disseminar informação confiável sobre esse e outros transtornos neurológicos é


fundamental para mudar esse quadro.

O primeiro passo é compreender que esses males são reflexo de desordens no


sistema neurológico, gerando reações que estão fora do controle do indivíduo.

Muitos deles respondem bem a terapias com medicamentos, inclusive a epilepsia,


1. Transtorno neurológico infantil
Transtorno neurológico infantil é uma classificação que engloba diversas condições
comumente diagnosticadas na infância.

Vale lembrar que esses males também podem acometer adultos, porém, costumam
ser identificados em meninos e meninas.

Por vezes, os pacientes já nascem com esses distúrbios, devido a causas genéticas
e/ou hereditárias.

Um exemplo é a hidrocefalia, patologia provocada pelo acúmulo de líquido no cérebro


e que pode ser fruto de alterações genéticas.

Em geral, a enfermidade aparece após infecções durante a gravidez, como


toxoplasmose e rubéola.

Existe, também, a microcefalia, caracterizada pela falta de desenvolvimento do


cérebro e cabeça extremamente pequena.
O sistema nervoso é dividido em central e periférico, e seu principal órgão é o
cérebro

Além do encéfalo, os defeitos congênitos podem afetar o tubo neural, a exemplo da


espinha bífida oculta.
Essa doença ocorre quando as vértebras não se fecham em torno da medula
espinhal.
Contudo, diversos transtornos neuropediátricos resultam de eventos após o
nascimento, como lesões traumáticas e infecções nas estruturas nervosas.
É o caso da meningite, que é contraída mais facilmente por crianças com menos de
5 anos.
A doença é caracterizada pela inflamação das meninges ou membranas que
envolvem o cérebro e a medula espinhal.
O sistema nervoso é dividido em central e periférico, e seu principal órgão é o
cérebro

Além do encéfalo, os defeitos congênitos podem afetar o tubo neural, a


exemplo da espinha bífida oculta.

Essa doença ocorre quando as vértebras não se fecham em torno da medula


espinhal.

Contudo, diversos transtornos neuropediátricos resultam de eventos após o


nascimento, como lesões traumáticas e infecções nas estruturas nervosas.

É o caso da meningite, que é contraída mais facilmente por crianças com


menos de 5 anos.

A doença é caracterizada pela inflamação das meninges ou membranas que


envolvem o cérebro e a medula espinhal.
● Malformações cerebrais
● Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
● Transtorno do Espectro Autista (TEA).

2. Transtorno neurológico funcional


Como o nome sugere, o transtorno neurológico funcional é aquele que prejudica
diretamente o funcionamento do sistema nervoso.

Segundo explica esta cartilha da Sociedade Portuguesa de Neurologia:

“São doenças que se devem a um problema real com o funcionamento do


sistema nervoso, que interfere com a capacidade do cérebro de receber e
enviar sinais apropriadamente. Não são causadas por qualquer dano ou lesão
estrutural do sistema nervoso.”
Nesse contexto, as doenças neurológicas funcionais se manifestam por meio de
sintomas que não se encaixam no que seria esperado para outros males.

Esses sinais impossibilitam o controle voluntário dos movimentos pelo doente e


podem sofrer variações ao longo do tempo.

Crises não epiléticas, dor crônica e sintomas motores como a perda de força
muscular estão entre os indicativos do transtorno neurológico funcional.
3- Transtorno neurológico degenerativo

Existem muitos distúrbios neurológicos que provocam a destruição progressiva


das células nervosas – os neurônios.

A eliminação dessas importantes células é irreversível e tem como consequência


o agravo de sintomas, que costumam começar leves.
● Alzheimer: principal causa de demência, essa patologia tende a começar sua manifestação pela
perda de memória recente e confusão. Conforme progride, prejudica as habilidades de
raciocínio, julgamento, aprendizagem e até tarefas cotidianas
● Esclerose múltipla: doença autoimune comum entre mulheres adultas, esse distúrbio começa
com pequenas anormalidades na visão, que evoluem para visão dupla, tremores, formigamento
e fraqueza nas pernas
● Parkinson: tem como principal sintoma os tremores musculares, porém também pode levar ao
desequilíbrio, problemas com o raciocínio e rigidez dos músculos
● Esclerose lateral amiotrófica (ELA): afeta especialmente a capacidade motora e o equilíbrio,
levando à atrofia muscular. A sigla ELA faz referência ao fato de que a patologia se manifesta,
primeiro, em um dos lados do corpo
● Distrofia muscular: Distrofia Muscular de Duchenne e Distrofia Muscular de Becker são
exemplos dos males reunidos nesse grupo, que ultrapassa os 30 tipos. Quem sofre com distrofia
muscular apresenta fraqueza e atrofia muscular de origem genética, que levam à degeneração
dos músculos
● Atrofia muscular espinhal (AME): doença que causa perda acentuada de massa muscular,
resultando em fraqueza e incapacidade de realizar movimentos básicos, por exemplo, se
levantar e andar.
4. Transtorno neurológico do desenvolvimento.

Conhecidos como distúrbios do neurodesenvolvimento, impactam na capacidade


de interação social, comunicação, memória, atenção ou percepção de crianças e
adolescentes.
Alguns deles são:
● Deficiência intelectual: a síndrome de Down está entre as mais conhecidas. A
deficiência intelectual acomete crianças e adultos, com prejuízo para tarefas que
envolvam raciocínio, compreensão da linguagem, solução de problemas e
autonomia para o cuidado pessoal
● Transtorno do Espectro Autista (TEA): é um conjunto de condições que causam o
comprometimento na interação social e comunicação, além de comportamentos
repetitivos e estereotipados. Distúrbios leves como a Síndrome de Asperger
permitem que o paciente tenha bastante independência, enquanto os mais
graves pedem monitoramento constante
● Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH): condição que diminui
a capacidade de prestar atenção e se concentrar, em especial por longos
períodos. Costuma impactar no desempenho escolar e se manifestar ainda
durante a infância
● Paralisia cerebral: decorre de uma lesão cerebral durante a gestação,
nascimento ou período neonatal. A paralisia cerebral pode provocar deficiência
intelectual, impedir a criança de andar e falar
● Dislexia: é um distúrbio que afeta a aprendizagem, dificultando a compreensão
de grupos de letras e símbolos.
5. Transtorno neurológico do sono
Esse é o nome dado aos distúrbios do sistema nervoso que afetam o padrão de
sono ou vigília (tempo em que se está acordado).

Um exemplo é a narcolepsia, que provoca sonolência exacerbada durante o dia,


levando o paciente até a adormecer em locais inapropriados.

Outro é a síndrome das pernas inquietas, que causa vontade de movimentar os


membros inferiores ou superiores, especialmente quando a pessoa está em repouso.

Por consequência, fica difícil adormecer ou se manter dormindo, pois os


movimentos tendem a despertar o paciente várias vezes durante a noite.
Atenção aos sintomas de transtorno neurológico

Os sintomas de transtorno neurológico são tão variados quanto a quantidade


desse tipo de distúrbio.
É natural pensar em dores na cabeça, onde fica o cérebro, mas eles podem ser
percebidos por todo o organismo.
Afinal, as terminações nervosas estão espalhadas pelo corpo, alcançando até
as extremidades.
São elas as responsáveis pela percepção de dor, frio, calor e outras sensações.
Assim como por parte da função correspondente aos demais sentidos – paladar,
olfato, audição e visão.
Sintomas que podem remeter ao transtorno neurológicos
● Dor de cabeça ou no pescoço
● Dor nas costas
● Tontura
● Convulsão
● Sensação de desmaio ou desmaio
● Paralisia facial
● Enrijecimento de parte do corpo
● Espasmos
● Descontrole dos movimentos, por exemplo, tiques
● Zumbido
● Visão embaçada ou turva
● Alucinações
● Tremores
● Sensação de formigamento
● Problemas para se equilibrar, por exemplo, para se manter em pé
● Problemas de marcha (para caminhar)
● Insônia ou sonolência exagerada
● Dificuldades para se concentrar
● Perda frequente de memória
● Confusão mental
● Dores nas articulações
● Perda súbita da força muscular.
Qual médico trata de problemas neurológicos?
O médico especializado no tratamento de problemas neurológicos é o neurologista.

Esse profissional tem atuação clínica, fazendo a avaliação, pedidos de exames,


diagnóstico e recomendando a melhor terapia para a doença.

Mas distúrbios graves ou que se beneficiem de tratamento cirúrgico, como um


tumor, pedem ainda os cuidados de um neurocirurgião.

Já os transtornos leves ou com sintomas pouco específicos costumam ser


observados e tratados inicialmente por um clínico geral.

Com visão integral sobre os impactos das patologias no organismo, o clínico é o


profissional indicado para começar a investigação de sinais como a dor nas costas.

Se for necessário, o médico encaminha o paciente a um neurologista e/ou


neurocirurgião para dar continuidade à terapia.
Exames solicitados na Neurologia
● Ultrassonografia transcraniana;
● Angiografia por ressonância magnética;
● Angiotomografia de crânio;
● Eletroencefalograma;
● Polissonografia;
● Tomografia computadorizada;
● Ressonância magnética.
Ultrassom Doppler Transcraniano

O Doppler transcraniano é um método


baseado no sistema de Doppler de emissão
pulsada de ondas de baixa frequência,
capazes de atravessar o crânio íntegro.
Trata-se de um exame não invasivo e indolor
ao paciente. O objetivo do exame é avaliar a
circulação sanguínea dos principais vasos
intracranianos.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM
CONSTRUIR EM SALA
Angiografia por ressonância magnética

Com a angiorressonância magnética


é possível diagnosticar condições
relacionadas ao sistema vascular, como a
estenose, que é o estreitamento de vaso
sanguíneo que dificulta a passagem de
sangue.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM CRIADOS EM SALA


Angiotomografia de crânio
A angiotomografia, também conhecida como Angio TC, é uma tomografia com
contraste intravenoso cujas imagens são adquiridas após um tempo bastante curto
depois da administração do contraste, onde ele ainda se encontra no interior das
artérias e/ou em um segundo tempo um pouco mais tardio onde o contraste já se
encontra no sistema venoso.

Dessa forma, é um método utilizado para a análise dos trajetos, calibres, contornos
e opacificação/pervidade dos segmentos arteriais e venosos de diversas regiões do
corpo.

Esse é um exame capaz de identificar a anatomia e uma variedade de condições


clínicas relacionadas ao sistema circulatório, como por exemplo, aneurismas e
obstruções dos vasos sanguíneos.

Um dos fatores que tornam a angiotomografia tão eficaz é a possibilidade de


analisar os vasos sanguíneos sem submeter o paciente a métodos diagnósticos mais
invasivos.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM CONSTRUÍDO EM SALA DE AULA
Eletroencefalograma
Eletroencefalograma (EEG) ou eletroencefalografia é um exame que permite o
estudo do registro gráfico das correntes elétricas espontâneas emitidas no
cérebro, através de eletrodos aplicados no couro cabeludo, na superfície
encefálica ou até mesmo dentro da substância encefálica.
Pode-se, ainda, solicitar o EEG para avaliação de:

● Coma
● Morte encefálica
● Intoxicações
● Encefalites diversas
● Síndromes demenciais
● Crises não epilépticas devido a distúrbios metabólicos
● Tumores cerebrais.
Sinal de Babinski ou reflexo de Babinski

É um reflexo primitivo do corpo humano, ou seja, uma resposta “automática” a


algum tipo de estímulo externo. Normalmente, ele desaparece quando o paciente
alcança os dois anos de idade, porque, nesse estágio, seu cérebro já atingiu um certo
nível de desenvolvimento.

No entanto, quando o reflexo de Babinski continua a se apresentar no paciente,


ou se surge durante sua adolescência ou vida adulta, ele se torna um sintoma de
problemas neurológicos e de outras doenças que podem trazer consequências para o
cérebro e a medula espinhal.
Entre as doenças que podem fazer com que o paciente apresente o reflexo de
Babinski, podemos destacar doenças neurológicas como:

● poliomielite; ● atraso mental;


● meningite; ● atraso motor;
● acidente vascular cerebral ● raiva;
(AVC); ● tumor cerebral;
● esclerose múltipla; ● tumor na medula espinhal;
● esclerose lateral amiotrófica; ● traumatismo craniano.
● paralisia cerebral;

O uso de anestesia também pode fazer com que o paciente apresente o sinal de
Babinski.
Os sintomas de reflexo de Babinski podem acontecer ao estimular toda a perna,
mas é mais comum quando a sola do pé é estimulada.
Assim, ao estimular a sola do pé, com uma caneta ou outro objeto, indo de baixo
para cima, o paciente pode flexionar seu dedão para trás e seus outros dedos se
abrem em forma de “leque”, também se curvando na direção do peito do pé, com o
dedão. A essa resposta ao estímulo dá-se o nome de “reflexo de Babinski positivo” e
é esse o movimento esperado em bebês.
Quando o reflexo de Babinski positivo acontece em adultos ou adolescentes, é
necessário a realização de investigações e testes médicos adicionais.
Normalmente, para pacientes adultos e crianças, ao se estimular a sola dos pés
da mesma forma, os dedos devem se fechar e se voltar para a direção do estímulo,
curvando-se ou fazendo um arco com a sola dos pés.
Modalidades principais de Eletro Encefalograma

1. Eletroencefalograma clínico para rastreio de doenças


O EEG clínico é realizado a partir de solicitação médica, como suporte ao
diagnóstico de doenças neurológicas.
Tumores, crises epiléticas e infecções como a encefalite podem ser identificadas
a partir desse tipo de eletroencefalograma.
Além da confirmação de coma e morte encefálica.
O eletroencefalograma clínico costuma incluir fases em sono e vigília, e utilizar
maiores quantidades de eletrodos que a versão ocupacional.
2. Eletroencefalograma ocupacional
Requerido como parte do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
(PCMSO), costuma ser simplificado.
No EEG ocupacional, são empregados menos eletrodos e a duração é reduzida,
uma vez que não há suspeita de anormalidades.
Seu propósito é evitar acidentes decorrentes de crises neurológicas súbitas durante
o trabalho em locais perigosos, como em altura ou na operação de máquinas.
3. Eletroencefalograma com mapeamento cerebral
O eletroencefalograma com mapeamento cerebral é a modalidade mais completa
do exame, que oferece imagens coloridas que mostram quais áreas do cérebro
estão coordenando determinadas funções do organismo.
O nível profundo de detalhamento permite avaliar patologias que interferem nos
padrões cerebrais, como epilepsia e doenças neurodegenerativas.
EEG em vigília
No início, é comum a presença de ondas beta (com frequência entre 13 e 30 Hertz),
pois o paciente está concentrado na realização do exame.
Conforme ele relaxa, aparecem ondas alfa (de 7 e 13 Hertz), indicando um estado de
repouso.
EEG durante a sonolência
Quando o paciente está quase dormindo, o ritmo da atividade cerebral diminui,
gerando ondas tetas, com frequência de 4 a 7 Hertz.
Caso as ondas sejam assimétricas ou constantes fora do período de sonolência, isso
pode indicar disfunção em alguma área do cérebro.
EEG em sono
Por fim, o paciente adormece, possibilitando o registro de padrões durante o sono.
Nessa etapa, a presença de ondas delta (com frequência entre 4 e 0 Hertz) designa
um estado de sono profundo.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM CRIADOS EM SALA DE AULA
FIM

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