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ESCLEROSE

MÚLTIPLA (EM)
Aluna: Lara Cristina Cunha Clemente
Trata-se de uma doença neurológica desmielinizante autoimune
crônica mais comum em pacientes do sexo feminino, provocada
por mecanismos inflamatórios e degenerativos que
comprometem a bainha de mielina que revestem os neurônios
das substâncias branca e cinzenta do sistema nervoso central.
A inflamação ocorre devido ao sistema imunológico que não
reconhece a membrana como parte do organismo, destruindo-a
Alguns locais no sistema nervoso podem ser alvo preferencial
da desmielinização: o cérebro, o tronco cerebral, os nervos
ópticos e a medula espinhal.
A perda de mielina (substância cuja função é fazer com que o impulso nervoso
percorra os neurônios) leva à interferência na transmissão dos impulsos
elétricos e isto produz os diversos sintomas da doença.
Com a desmielinização, ocorre um processo inflamatório. Os pontos de
inflamação evoluem para uma formação de cicatriz. Esta não apresenta
a mesma função do tecido original, mas é a forma que o organismo
encontra para curar a inflamação. Porém, com isso, perdemos função
tecidual que aparece em diferentes momentos e zonas do sistema
nervoso central.
Causas
● As causas envolves predisposição genética (com alguns genes
já identificados que regulam o sistema imunológico) e
combinação com fatores ambientais, que funcionam como
“gatilhos”:
● Infecções virais (vírus Epstein-Barr)
● Exposição ao sol e consequente níveis baixos de vitamina D
prolongadamente
● Exposição ao tabagismo
● Obesidade
● Exposição a solventes orgânicos
Diagnóstico
A Ressonância Magnética de crânio e coluna (medula espinhal) é a principal
ferramenta para o diagnóstico da doenças desmielinizantes do SNC.
Na ressonância magnética, as lesões desmielinizantes típicas da doença tem
que preencher critérios de disseminação no tempo e no espaço: presença de
uma lesão em pelo menos 2 locais do SNC, de quatro localizações típicas:
justacorticais/corticais; periventriculares; infratentoriais e medulares.
O exame de coleta de líquor - LCR (líquido cefalorraquidiano), material extraído
por uma punção na coluna lombar, auxilia na confirmação do diagnóstico de
EM.
Outros métodos complementares podem ser solicitados como: potenciais
evocados visual, potencial evocado somatossensitivo dos membros superiores
e inferiores, e auditivo do tronco cerebral (exames de neurofisiologia), úteis para
a compreensão das funções comprometidas e como parâmetros de resposta ao
tratamento
Sintomas mais comuns
• Fadiga
É um cansaço intenso e momentaneamente incapacitante. Muito comum
quando o paciente se expõe ao calor ou realiza um esforço físico
intenso.

• Alterações da sensibilidade
São muito frequentes os distúrbios sensoriais de alguma natureza, como
dormência, sensação de alfinetadas e ardor.

• Alterações na bexiga e no intestino


A interrupção das mensagens entre o cérebro e a bexiga/intestino pode
resultar tanto em não se sentir a necessidade de ir ao banheiro, ou
sentimentos de extrema urgência ou frequência.
• Alterações Fonoaudiológicas
Podem surgir, no início da doença ou no decorrer dos anos,
alterações ligadas à fala e deglutição com sintomas como: fala
lenificada, palavras arrastadas, voz trêmula, disartrias, pronúncia
hesitante das palavras ou sílabas, bem como dificuldade para
engolir líquidos, pastosos ou sólidos.

• Transtornos Visuais
Visão embaçada.
Visão dupla (diplopia).

• Transtornos Emocionais
Pode haver sintomas de depressão, de ansiedade, de humor, de
irritação e de flutuação entre depressão e mania (transtorno
bipolar).
• Transtornos Cognitivos
O paciente pode apresentar sintomas cognitivos em qualquer
momento da doença, independentemente da presença de sintomas
físicos ou motores. As funções cognitivas mais frequentemente
comprometidas são processamento da memória e execução de
tarefas, se queixam muito que levam mais tempo para memorizar as
tarefas e possuem mais dificuldades para executar as mesmas.

• Fraqueza muscular
O problema está relacionado à dificuldade do estimulo em transitar
ao longo de vias que foram acometidas por lesões inflamatórias,
não sendo um problema dos músculos, mas do sistema nervoso.
Fraqueza em ambas as pernas (paraparesia) ou uma das pernas
(monoparesia) pode levar a problemas para caminhar e no
equilíbrio.
• Problemas de Equilíbrio e Coordenação

• Espasticidade
Acomete principalmente os membros inferiores. A parestesia compromete a
sensação tátil normal.

• Sexualidade
- Disfunção erétil nos homens.
- Diminuição de lubrificação vaginal nas mulheres.
- Comprometimento da sensibilidade do períneo (região da genitália),
interferindo no desempenho do ato sexual

• Tremores. • Intolerância ao calor


• Instabilidade ao caminhar • Perda da memoria
(ataxia). • Espasmos
• Vertigens e náuseas. • Tremor
• Dor • Tontura
Tratamento
• Exercícios físicos regulares
• Dieta balanceada
• Evitar sal em excesso
• Interrupção do tabagismo
• Controle do peso
• Cuidados com a saúde mental.

 A abordagem da fisioterapia vai variar durante o curso da doença. Não


existem protocolos, mas sim a necessidade de oferecer alternativas com foco
em queixas individuais.
• Alongamento
• Mobilidade
• Fortalecimento muscular
• Aeróbico p/ gasto enérgico
• Propriocepção
• Treino de independência p/ transferência
OBRIGADO

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