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ESCLEROSE

MÚLTIPLA

Simone Rosa da Silva
Fisioterapeuta
Esclerose Múltipla

 A esclerose múltipla é uma doença autoimune que
afeta o cérebro e a medula espinhal (sistema nervoso
central).
Esclerose Múltipla
Causas:

 A esclerose múltipla (EM) afeta mais mulheres do que homens. A
doença geralmente é diagnosticada entre 20 e 40 anos, mas pode
desenvolver-se em qualquer idade.

 É causada por um dano à bainha de mielina (cobertura protetora


que envolve as células nervosas). Quando esse revestimento protetor
é danificado, os impulsos nervosos diminuem ou são interrompidos.

 O dano ao nervo é causado pela inflamação, que ocorre quando as


células autoimunes do corpo atacam o sistema nervoso. Episódios
repetidos de inflamação podem ocorrer em qualquer área do cérebro,
nervo óptico ou da medula espinhal.
VÍDEO 01
Esclerose Múltipla
Causas:

 Os pesquisadores não sabem com certeza o que
desencadeia a inflamação. As teorias mais comuns
apontam para um vírus ou defeito genético, ou para
uma combinação de ambos. Os estudos geográficos
indicam que pode haver um fator ambiental
envolvido.
 As pessoas com um histórico familiar de esclerose
múltipla e aqueles que vivem em zonas geográficas
onde a esclerose múltipla é mais comum têm um
risco maior de desenvolver a doença.
Esclerose Múltipla

Esclerose Múltipla
Classificação:

 Esclerose múltipla surto-remissão: forma mais comum da
doença, afetando pessoas com menos de 40 anos de idade.
Caracteriza-se por surtos com intervalos entre si de meses ou
anos, que duram menos de 24 horas e apresenta recuperação
completa.
 Esclerose múltipla secundariamente progressiva: Resultado
da evolução do tipo anterior. Caracteriza-se por dificuldade
de recuperação com aumento progressivo das incapacidades.
 Esclerose múltipla primariamente progressiva: Neste caso as
incapacidades aumentam progressivamente sem que haja
surtos. É mais comum em pessoas com mais de 40 anos.
Esclerose Múltipla:
Causas:

 Os sintomas da esclerose múltipla podem imitar os de muitas
doenças do sistema nervoso central. A doença é diagnosticada com
a exclusão de outras doenças.

 As pessoas com uma forma de esclerose múltipla chamada surto-


remissão podem ter um histórico de pelo menos dois ataques
separados por um período de sintomas reduzidos ou
assintomáticos.

 O médico pode suspeitar de esclerose múltipla se houver


diminuição na função de duas partes diferentes do sistema nervoso
central (como reflexos anormais) em dois momentos diferentes.
Esclerose Múltipla:
Causas:

O exame neurológico pode mostrar uma função
nervosa reduzida em uma ou mais partes do corpo.
 Reflexos nervosos anormais;
 Capacidade diminuída de movimentar uma parte do
corpo;
 Sensação diminuída ou anormal;
 Outra perda de funções do SNC.
Esclerose Múltipla:

Um exame dos olhos pode mostrar:
 Respostas anormais das pupilas;
 Alterações do campo visual ou dos movimentos dos
olhos;
 Menor acuidade visual;
 Problemas com as partes internas do olho;
 Movimentos rápidos dos olhos desencadeados ao
mover os olhos.
Esclerose Múltipla
Exames:

 Punção lombar para exames do líquido
cefalorraquidiano, incluindo bandagens oligoclonais no
LCR(Essas bandas são imunoglobulinas sintetizadas por
um ou poucos clones de plasmócitos, derivados de
linfócitos B, em resposta à presença contínua de um
antígeno único e altamente específico);
 Ressonância magnética do cérebro e da coluna são
importantes para ajudar a diagnosticar e seguir a
esclerose múltipla;
 Estudo da função nervosa (exames de potencial
evocado).
Esclerose Múltipla
Exames:

 RM
Esclerose Múltipla
Sintomas:

 Os sintomas podem variar porque a localização e a gravidade de cada
ataque podem ser diferentes. Os episódios podem durar dias, semanas ou
meses. Esses episódios se alternam com períodos de sintomas reduzidos ou
assintomáticos (remissão).

 Febre, banhos quentes, exposição ao sol e estresse podem desencadear ou


piorar os ataques.

 É comum que a doença retorne (recaída). Contudo, a doença pode continuar


a piorar sem períodos de remissão.

 Como os nervos de qualquer parte do cérebro ou da medula espinhal


podem ser danificados, os pacientes com esclerose múltipla podem ter
sintomas em muitas partes do corpo.
Esclerose Múltipla
Sintomas:

Sintomas musculares:
 Perda de equilíbrio;
 Espasmos musculares;
 Dormência;
 Problemas para movimentar braços e pernas;
 Dificuldade para andar;
 Problemas de coordenação e para fazer pequenos
movimentos;
 Tremor em um ou mais membros;
 Fraqueza em um ou mais membros.
Esclerose Múltipla
Sintomas:

Sintomas da bexiga e do intestino:
 Constipação e incontinência fecal;
 Necessidade frequente de urinar;
 Incontinência urinária.
Esclerose Múltipla
Sintomas:

Sintomas nos olhos:
 Visão dupla;
 Incômodo nos olhos;
 Movimentos rápidos dos olhos incontroláveis;
 Perda de visão (geralmente afeta um olho de cada
vez).
Esclerose Múltipla
Sintomas:

Dormência, formigamento ou dor:
 Dor facial;
 Espasmos musculares dolorosos;
 Formigamento ou ardência nos braços e pernas.
Esclerose Múltipla
Sintomas:

Outros sintomas nervosos ou do cérebro:
 Atenção e capacidade de julgamento diminuídas,
perda de memória;
 Dificuldade para raciocinar e resolver problemas;
 Depressão ou sentimentos de tristeza;
 Tontura e problemas de equilíbrio;
 Perda de audição.
Esclerose Múltipla
Sintomas:

Sintomas sexuais:
 Problemas de ereção;
 Problemas com a lubrificação vaginal.

Sintomas da fala e de deglutição:


 Fala arrastada ou difícil de entender;
 Dificuldade para mastigar e engolir.

A fadiga é um sintoma comum e incômodo à medida que a


esclerose múltipla progride. Muitas vezes piora no fim da tarde.
Esclerose múltipla
Tratamento Medicamentoso:

Atualmente, não existe cura conhecida para a esclerose múltipla.
Porém, existem terapias que podem diminuir a velocidade de
progressão da doença. O objetivo do tratamento é controlar os
sintomas e ajudar a manter uma qualidade de vida normal. Os
esteroides podem ser usados para diminuir a gravidade dos ataques.
Os medicamentos para controlar os sintomas podem incluir:
 Medicamentos para reduzir os espasmos musculares, como
baclofeno (Lioresal), tizanidina (Zanaflex) ou uma
benzodiazepina;
 Medicamentos colinérgicos para reduzir os problemas urinários;
 Antidepressivos para sintomas de humor e comportamento;
 Amantadina para fadiga.
Esclerose múltipla
Tratamento Medicamentoso:

 Não existe ainda nenhuma cura para a esclerose múltipla. Muitos pacientes
se dão bem com qualquer tipo de terapia, especialmente desde que muitos
medicamentos têm efeitos secundários graves e algumas apresentam riscos
significativos. No entanto, três formas de interferon beta (Avonex, Betaseron
e Rebif) já foram aprovados pela Food and Drug Administration para o
tratamento recorrente-remitente da esclerose múltipla. Beta interferon foi
mostrado para reduzir o número de exacerbações e podem retardar a
progressão da incapacidade física. Quando os ataques ocorrem, eles tendem a
ser mais curtos e menos graves. A FDA também aprovou uma forma sintética
de proteína básica da mielina, chamado copolímero I (Copaxone), para o
tratamento da recorrente-remitente da esclerose múltipla. Copolímero I tem
poucos efeitos colaterais, e os estudos indicam que o agente pode reduzir a
taxa de recidiva em quase um terço. Um tratamento imunossupressor,
Novantrone (mitoxantrona), é aprovado pelo FDA para o tratamento de
avançada ou crônica a esclerose múltipla.
(News Medical)
Esclerose Múltipla
Tratamento:

 Fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e grupos de apoio;
 Aparatos de assistência, como cadeiras de rodas, levantadores de
cama, cadeiras para o banho, andadores e corrimãos;
 Um programa planejado de exercícios no início do curso da doença;
 Um estilo de vida saudável, com boa alimentação e repouso e
relaxamento suficientes;
 Evitar fadiga, estresse, temperaturas extremas e outras doenças;
 Mudanças na alimentação se existem problemas de deglutição;
 Fazer mudanças em casa para evitar quedas;
 Adaptações domésticas para garantir a segurança e a facilidade de
movimento na casa são muitas vezes necessárias.
Esclerose Múltipla
Tratamento Fisioterápico:

 A reabilitação é dirigida para maximizar a função
evitando complicações secundárias, capacitando os
pacientes a perceber seu potencial mais elevado e
melhorando sua qualidade de vida de modo geral.
Esclerose Múltipla
Tratamento Fisioterápico:

Estratégias de tratamento:
 Emprego de técnicas de conservação de energia;
 Planejamento da atividade;
 Adaptação ao ambiente de trabalho;
 Aumento da resistência cardiovascular;
 Períodos de repouso ao sentir início de cansaço.
Esclerose Múltipla
Prognóstico:

 Prognóstico varia e é difícil de prever. Embora a
doença seja crônica e incurável, a expectativa de vida
pode ser normal ou quase normal. A maior parte das
pessoas com esclerose múltipla continua andando e
trabalhando com uma deficiência mínima durante 20
anos ou mais.
Esclerose Múltipla
Prognóstico:

Normalmente, as pessoas com melhores prognósticos
são:
 Mulheres;
 Pessoas que eram jovens (menos de 30 anos) no
início da doença;
 Pessoas com ataques pouco frequentes;
 Pessoas com um padrão de surto-remissão;
 Pessoas nas quais a doença se mostra limitada nos
exames de imagem.
Esclerose Múltipla
Prognóstico:

O grau de deficiência e desconforto dependem:
 Da frequência dos ataques;
 De sua gravidade;
 Da parte do sistema nervoso central afetada em cada
ataque.
Esclerose Múltipla
Prognóstico:

A maior parte das pessoas volta à função normal ou
praticamente normal entre os ataques. Lentamente, há
uma perda maior de função com menos melhoras entre
os ataques. Com o tempo, muitos precisam de uma
cadeira de rodas para se movimentar e têm mais
dificuldade para serem transferidos da cadeira.
As pessoas que contam com um sistema de apoio,
muitas vezes, conseguem permanecer em suas casas.
Esclerose Múltipla
Complicações:

•Depressão
•Dificuldade de deglutição
•Dificuldade de raciocinar
•Capacidade cada vez menor de cuidar de si mesmo
•Necessidade de um catéter permanente
•Osteoporose ou afinamento dos ossos
•Escaras (úlceras de pressão)
•Efeitos colaterais dos medicamentos usados para tratar a
doença
•Infecções do trato urinário
Vídeo 2

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