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BRENA BARBOSA DE SOUSA PEREIRA RA: 923202729

DANILO DE OLIVEIRA SOUZA RA: 923115511


DENISE GOMES PEREIRA XAVIER RA: 923116292
EDNA BATISTA DE OLIVEIRA SOUZA RA: 923210836
EDNARA ALVES SANTOS SILVA RA: 923200701
JANAINA DE SOUZA COSTA RA: 923201223
JESSICA FERREIRA DOS SANTOS RA: 922205825
LARISSA MARTINS SANTOS RA: 923110112
LECIENE SANTANA DE SOUSA RA: 923201223
MARIA MAISA DE SOUSA SILVA RA: 923204556
PATRICIA BARROS DA SILVA RA: 923208743
RAFAELA CIPRIANO DE SOUZA RA: 923205118
RAFAELA HENRIQUE DOS SANTOS LIMA RA: 923205408
REBECA EDUARDO ARAUJO SILVA RA: 923118204
THIAGO CAVALCANTE DA SILVA RA: 923206024

Epilepsia: Impacto na vida cotidiana

São Paulo
2023
Introdução

Aproximadamente 50 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de epilepsia, um tipo de

transtorno mental crônico que afeta homens e mulheres de todas as idades, aqui no brasil

temos de 3 a 4, casos para 1.000 habitantes, mas também nos Eua 1 a cada 26 pessoas terá

epilepsia ao longo da vida.Os números, divulgados pela Organização Mundial da Saúde

(OMS), posicionam a epilepsia como uma das doenças neurológicas mais comuns no

planeta. A epilepsia se manifesta a todas as idades, mas, principalmente, crianças e idosos.

Apenas no Brasil, estima-se que 3 milhões de pacientes sofrem com os sintomas.O impacto da

epilepsia é muito grande na vida de quem tem de conviver com ela, pois a morbidade

associada a doença é frequente de quedas, fraturas, escoriações e ela pode levar a óbito

associada a epilepsia de difícil controle. (PELJTO. 2014)

Objetivo

Identificar os principais fatores que interferem na qualidade de vida do paciente com

diagnóstico de epilepsia, levando informação, para que essa patologia não seja carregada de

preconceitos e mitos, assim conscientizando sobre a doença. Analisar os principais

tratamentos disponíveis, abordar sobre o diagnostico, sintomas, pré-disposição genética, tipos

de epilepsia, e seu tratamento.

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A Patologia

Epilepsia pode ser classificada como crise epilética ou síndrome epilética. O termo crise

epilética é utilizado quando o fenômeno ocorre repentinamente, com sintomas mais visíveis

tendo começo e fim nas crises. Já o termo síndrome epilética é utilizado quando um

profissional já defini os sinais e sintomas através de exames e estudos do paciente.

Segundo Costa, Brandão e Segundo (2020), durante decorrer dos anos, diversos avanços

médicos aconteceram fazendo com que diferentes classificações fossem criadas. Essas

mudanças aconteceram através da comissão ILAE (Liga Internacional Contra a Epilepsia).

Essa mudança tem como objetivo tornar-se as classificações mais compreensíveis para todos.

As classificações mais atuais da crise são divididas em três grupos: crises generalizadas,

crises focais e crises em forma de início desconhecido.

As crises generalizadas são aquelas que acontece em uma parte do cérebro chama rede neural,

e com facilidade se espalha de forma bilateral, podendo pertencer a redes corticais ou

estruturas subcorticais, assim podendo ser convulsivas ou não convulsivas. Crises focais se

desenvolvem em redes neurais limitadas, podem ter diferentes padrões de propagação, e

dentro das crises focais vamos ter a simples (sem perda de consciência) e as complexas (com

perda de consciência). Dentro das classificações vão ter as características, motoras ou não

motoras. As características motoras vão envolver todo o musculo podendo aumentar a

contração de forma positiva ou pode ter a redução da contração normal, já as não motoras têm

sintomas sensórias ou cognitivos mexendo com a emoção.

Última é a crise desconhecida podendo ser também como motora e não motora. As motoras

são: Tônico-Crônicas e Espasmos epiléticos, as não motoras são: Parada comportamental.

• Crises Cognitivas é conhecida como crise emocional envolvendo a ansiedade, medo,

alegria e outras emoções. Essa crise é capaz de mexer com os sentidos cognitivos tendo

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alteração nas funções cerebrais causando dificuldade na forma de comunicação do indivíduo,

podendo causar sintomas de alucinações, ilusões ou até mesmo relembrar de algo que já

viveu.

• Crises Autonômicas é caracteriza por afetar o sistema nervoso causando manifestações

como palpitações, náusea, fome, dor no peito, taquicardia e alterações na pupila. Essas

manifestações estão associadas as funções cardiovasculares, gastrointestinais, vasomotores e

termorreguladoras.

• Crises Hipercinéticas são caracterizados por movimentos anormais involuntários e

agressivos que ocorrem devido as lesões que envolvem o sistema motor.

• Automatismos é a crise que ocorre em um estado alterado de consciência com

movimentos repetitivos e voluntários. Dificilmente lembrado pelo paciente.

• Crises Tônico Crônicas conhecida como grande mal, pois tem a perda total da

consciência, o corpo se contrai causando tremor.

• Ausências Típicas é uma crise que acontece com frequência apresentando uma perda

súbita e temporária do comprometimento da coincidência com manifestações motoras e

movimentos repetitivos. É mais comum em crianças do que em adultos, é uma crise

conhecida como pequeno mal.

Espasmos Epilépticos se defini por contrações súbitas dos músculos, ocorrendo flexão ou

extensão, tendo uma duração em torno de 1-2 segundos. Os espasmos acontecem assim

quando o paciente acorda

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Pré-disposição genética

Segundo estudos de Rochester que por muitas vezes foi usado como parâmetro relatou que

um terço dos pacientes epiléticos tinha algum antecedente familiar. Que por sua vez também

foi constatado por outros autores.É predominante de fato no sexo masculino ocorrendo em

todas as idades, porem o mais comum é ocasionado desde a infância ou em idosos. O numero

total de casos é diversificado em regiões e países, sendo maior em países subdesenvolvidos.

(BEGHI E. 2020)

Diagnóstico

É realizado por meio da avaliação do histórico do paciente, com informações sobre os tipos de

crises apresentados, a idade de início dos sintomas, a história familiar, entre outras.

Exames complementares são importantes para auxiliar no diagnóstico, como

eletroencefalograma, a tomografia de crânio e a ressonância magnética do cérebro. O

diagnóstico apropriado de epilepsia e do tipo de crise apresentado pelo paciente permite a

escolha do tratamento adequado.( CABOCLO. 2019)

Sinais e Sintomas

São vários os tipos de crises epilépticas, com características diferentes. A mais comum é a

crise tônico-clônica, conhecida como “convulsão”. É facilmente reconhecida, o paciente

apresenta abalos musculares generalizados, sialorréia (salivação excessiva) e, muitas vezes,

morde a língua e perde urina e fezes.

Existem outras crises, entretanto não são reconhecidas por pacientes, familiares e muitas

vezes por médicos, pois apresentam manifestações sutis, como alteração discreta de

comportamento, olhar parado e movimentos automáticos.( CABOCLO. 2019)

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Tratamento epilepsia

A epilepsia geralmente é tratada com medicamentos, e em alguns casos até como cirurgia,

dispositivos, ou mudanças alimentares. Os medicamentos usados para o tratamento são:

cabarmazepina, fenobarbital, fenitoina e valproato em monoterapia com doses adequadas,

conforme crise epiléticos, isso acontece em metade dos casos, e de acordo com a OMS, cerca

de 50 milhões de pessoas em todo mundo têm essa doença. O tratamento da epilepsia pode

variar dependendo do tipo de epilepsia e das necessidades individuais do paciente.

Geralmente, existem algumas opções de tratamento:

• Medicamentos antiepilépticos (anticonvulsivantes): A maioria das pessoas com epilepsia

controla suas convulsões com medicamentos. O médico escolhe o medicamento com base no

tipo de epilepsia e nas características do paciente.

• Cirurgia: Em casos mais graves ou quando os medicamentos não são eficazes, a cirurgia

pode ser uma opção. Isso envolve a remoção da área do cérebro que está causando as

convulsões.

• Estimulação do nervo vago (VNS): Um dispositivo é implantado no peito e estimula o

nervo vago para reduzir a frequência das convulsões.

Dieta cetogênica: Em alguns casos, uma dieta rica em gorduras e pobre em

carboidratos pode ser usada para controlar as convulsões.

• Terapias alternativas: Algumas pessoas exploram terapias complementares, como

acupuntura, meditação , como parte de seu plano de tratamento.É importante que o tratamento

seja personalizado, supervisionado por um neurologista ou especialista em epilepsia e

revisado regularmente, já que as necessidades do paciente podem mudar ao longo do tempo

.O objetivo do tratamento de epilepsia é o controle completo das crises epilépticas, sem

Efeitos adversos indesejáveis. (YACUBIAN. 2014)

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Epilepsia sem preconceito: Dia roxo

A epilepsia é uma condição neurológica que repercute em todos os âmbitos da vida das

pessoas. Em um esforço para aumentar a conscientização a respeito da epilepsia foi

estabelecido o dia 26 de março como o “Dia Roxo” ou mundialmente conhecido como Purple

Day.

O objetivo é alertar a população de todas as classes sociais sobre os procedimentos básicos,

criar eventos, caminhadas e fazer uma campanha de conscientização em massa.

Quando alguém tem um ataque epiléptico, é importante tentar levar a pessoa para um local

mais calmo, colocando um travesseiro ou semelhante sob sua cabeça, tirando acessórios e

afrouxando as roupas para maior conforto. Caso a crise dure menos do que cinco minutos,

posicionar o indivíduo de lado quando ele parar de se movimentar. Se após o final do

movimento, a pessoa não recuperar a consciência, é preciso chamar socorro médico

imediatamente, informando se a pessoa perdeu a consciência e quanto tempo está durando ou

durou o ataque. E embora seja muito comum a informação sobre segurar a língua da pessoa,

isso é incorreto e nada deve ser colocado na boca dela.

Algumas causas de epilepsia são temporárias e reversíveis. A epilepsia pode ser controlada

por meio de tratamento adequado e, inclusive, ter cura.

É importante ressaltar que, sempre que alguém apresentar alguma suspeita de crise epiléptica

é fundamental consultar um especialista, que será capacitado para esclarecer todas as dúvidas

do paciente. (PINHEIRO. 2017)

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Impacto na Vida Cotidiana

Pacientes portadores de epilepsia enfrentam a insegurança e a dificuldade em se incluir em

ambientes sociais. Como a falta de oportunidades de emprego, lazer, escola, além de ter que

conviver com o preconceito da sociedade devido as crises imprevisíveis.

Tendo também algumas restrições onde não podem passar nervoso, ingerir bebida alcoólica,

evitar luzes piscantes isso acaba gerando grandes transtornos, a importância do suporte

familiar acaba sendo essencial para o desenvolvimento do portador, tendo sempre atenção,

carinho, diálogo e liberdade trazendo consequências positivas ao seu bem estar. (SALGADO.

2001)

Conclusão

O desenvolvimento do presente trabalho possibilitou o conhecimento mais aprofundado sobre

a epilepsia, incluindo seus sinais e sintomas, métodos de diagnóstico, e opções de tratamentos.

Apesar de ser uma condição de saúde relativamente comum, a epilepsia continua a ser um

tema que frequentemente causa desconforto e insegurança devido ao estigma social que a

envolve, causado em grande parte pela falta de divulgação. Portanto é fundamental promover

a conscientização e o compartilhamento de informações sobre a epilepsia, para que as pessoas

afetadas por ela possam receber o apoio de que precisam e para que a sociedade como um

todo possa se tornar mais inclusiva e empática. No entanto, como demonstrado neste projeto,

mesmo diante do impacto significativo que a epilepsia pode ter na vida daqueles que

convivem com ela, é possível aprender a gerenciar a condição e levar uma vida plena e

produtiva, desmistificando assim os tabus associado a essa condição.

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Referencia blibiograficas

YACUBIAN, Elza Márcia Targas; Caicedo, Guilca Contreras; Pohl, Loreto Ríos. Tratamento

medicamentoso das epilepsias. SP,Câmara Brasileira do Livro, 2014.

MOREIRA, Sebastião Rogerio Gois. Epilepsia: concepção histórica, aspectos conceituais,

diagnostico e tratamento. Journal of Epilepsy and Clinical Neurophysiology. Barbacena, vol.

2, n. 3, p.1-12. Novembro. 2004. Disponível em:< http://www.scielo.br > Acesso em: 27 de

agosto de 2011.

PINHEIRO, Sarah Epilepsia: Mitos e Verdades!, Espaço Estímulos, CE. Disponivel em:

<http://espacoestimulos.com.br/blog/epilepsia-mitos-e-verdades/>

BEGHI, Ettore. A epidemiologia da epilepsia. Neuroepidemiologia, v. 54, n. 2, p. 185-191,

2020.

GÓIS, Sebastião Rogério Moreira. Epilepsia: concepção histórica, aspectos conceituais,

diagnóstico e tratamento. Mental, v. 2, n. 3, p. 107-122, 2004.

SANTOS, Marcelo Volpon; MACHADO, Hélio Rubens; DE OLIVEIRA, Ricardo Santos.

Tratamento cirúrgico da epilepsia na infância. Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria,

v. 18, n. 2, 2014.

SØRENSEN, Andreas T.; KOKAIA, Merab. Novas abordagens para o tratamento da

epilepsia. Epilepsia, v. 54, n. 1, p. 1-10, 2013.

CABOCLO,Luís. Epilepsia. Neurologista e coordenador do Dep. de Neurofisiologia do

Hospital Albert Einstein. Disponível em:<https://www.einstein.br/doencas-sintomas/epilepsia,

fev/2019>

CAVALHEIRO, Esper Abrão. A epilepsia. Ciência Hoje, São Paulo, v.8, n.45, 1988.

GUERREIRO, Carlos Alberto Mantovani. Epilepsia. São Paulo: Lemos Editora, 1993

SALGADO PCB, Souza EAP. Qualidade de vida em epilepsia e percepção de controle de


crises. Arq Neuropsiquiatr 2001;59:537-540.

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