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Na epilepsia parcial, essa emissão incorreta de sinais fica limitada a apenas uma parte
do cérebro, enquanto a epilepsia total afeta todo ele.
Quando uma pessoa tem epilepsia, ela apresenta crises variadas, que estão relacionadas
à extensão das descargas incorretas. Os sintomas variam bastante e tem pessoas que
podem ter epilepsia com sintomas bem amenos.
No geral, essa é uma condição bastante comum, afetando vários indivíduos. Ela também
pode afetar crianças, na modalidade de epilepsia infantil.
A epilepsia não é uma doença causada pelo consumo de drogas e febre alta, sendo que
elas podem se apresentar de formas similares, mas são condições com tratamentos
diferentes.
– Crise de ausência: nesse tipo de epilepsia, a pessoa fica com o olhar fixo e não se
comunica com as pessoas ao seu redor.
No geral, a epilepsia pode ser uma condição médica por si só, ou um sinal de alerta
informando que algo não vai bem no cérebro. Assim, é importante realizar um
acompanhamento médico com seriedade, que investigue as causas da epilepsia, no caso
específico daquele paciente.
Por ano, a Rede D’Or realiza mais de 3,4 milhões de atendimentos médicos de urgência
e emergência.
TIPOS DE EPLEPSIA
Existem dois tipos de epilepsia: a epilepsia parcial e a epilepsia total. Na epilepsia parcial, essa
emissão incorreta de sinais fica limitada a apenas uma parte do cérebro, enquanto a epilepsia
total afeta todo ele.
EPILEPSIA
A epilepsia é um distúrbio do cérebro que se expressa por crises
epilépticas repetidas. As crises epilépticas acontecem quando
ocorrem alterações elétricas cerebrais. É como se acontecesse
uma "tempestade elétrica" cerebral. As crises epilépticas não
estão sob o controle de consciência normal, não podem ser
retardadas ou precipitadas, são parocísticas e episódicas com o
retorno do paciente ao estado "normal" entre os eventos. Podem
ser desencadeadas por febre, suspensão abrupta da medicação
antiepleptica, fadiga física, ingestão de álcool, privação de sono,
hiperventilação ( respiração forçada), emoções, etc.
Alterações do sono e uso irregular dos medicamentos são as causas
comuns de aumento de freqüência de crises.
Transtornos convulsivos
Por
Bola Adamolekun
Etiologia
Classificação
Sinais e sintomas
Diagnóstico
Prognóstico
Tratamento
Pontos-chave
Recursos do assunto
A crise epiléptica é uma descarga elétrica anormal que ocorre no interior da substância
cinzenta cortical do cérebro e interrompe temporariamente a função cerebral normal.
Em geral, uma crise epiléptica produz alteração de consciência, sensações anormais,
movimentos involuntários focais ou crises motoras (contrações involuntárias
disseminadas dos músculos voluntários). O diagnóstico pode ser clínico e envolve
resultados de neuroimagens, testes laboratoriais e eletroencefalografia (EEG) para crises
de início recente ou níveis de anticonvulsivantes para transtornos convulsivos
previamente diagnosticados. O tratamento exige a eliminação da causa, se possível,
anticonvulsivantes e cirurgia (se os fármacos não forem eficazes).
Definições
A terminologia relacionada às crises pode ser confusa.
Epilepsia sintomática é epilepsia devido a uma causa conhecida (p. ex., tumor cerebral,
acidente vascular encefálico). As convulsões que provoca são chamadas crises
epilépticas sintomáticas. Essas crises são mais comuns em recém- nascidos e idosos.
Epilepsia criptogênica é epilepsia que presume-se que ocorra devido a uma causa
específica, mas cuja causa específica é atualmente desconhecida.
Convulsões não epilépticas são provocadas por distúrbio ou estressor temporário (p.
ex., distúrbios metabólicos, infecções do sistema nervoso central, doenças
cardiovasculares, intoxicação ou abstinência de drogas, transtornos psicogênicos). Em
crianças, febre pode provocar uma convulsão (convulsões febris).
Crises psicogênicas não epilépticas (pseudocrises) são sintomas que simulam crises
epilépticas em pacientes com doenças psiquiátricas, mas não envolvem descargas
elétricas anormais no cérebro.
Na epilepsia reflexa, uma doença rara, as crises são desencadeadas previsivelmete por
estímulos externos, como sons repetitivos, luzes brilhantes, videogames, música ou até
mesmo ao se tocar determinadas partes do corpo.
Na epilepsia criptogênica e muitas vezes na epilepsia refratária, uma causa rara, mas
cada vez mais identificada, é encefalite do receptor de anti-NMDA (N-metila-
daspartato), especialmente em mulheres jovens. Esse transtorno também causa sintomas
psiquiátricos, distúrbio de movimento e pleocitose do líquido cerebrospinal. Teratoma
ovariano ocorre em cerca de 60% das mulheres com encefalite do receptor anti-NMDA.
A remoção do teratoma (se presente) e imunoterapia controlam as convulsões bem
melhor do que os anticonvulsivantes.
Tabela
Causas das convulsões
Início generalizado
Início focal
Início desconhecido
As crises de início focal são então classificadas por nível de consciência (conhecimento
do eu e do ambiente). O nível de consciência não é usado para classificar crises de
início generalizado porque a maioria dessas convulsões (mas não todas) prejudica a
consciência.
Início motor
Início não motor
A responsividade não é usada para classificar crises, mas pode ser útil como descritor. A
responsividade pode estar intacta ou prejudicada se a consciência está ou não
comprometida.
Nas crises de início generalizado, as crises se originam nas redes dos dois hemisférios.
A percepção geralmente está prejudicada, e a consciência geralmente é perdida.
As crises de início generalizado são classificadas como crises motoras e não motoras
(de ausência). (No entanto, convulsões não motoras podem envolver a atividade
motora.) Nas convulsões motora de início generalizado, a atividade motora geralmente é
bilateral desde o início. Quando o início bilateral da atividade motora é assimétrico,
pode ser difícil determinar se o início é focal ou generalizado.
Crises motoras de início generalizado também podem ser classificadas por tipo de
crise:
Crises tônico-clônicas (anteriormente, crises grande mal)
Crises clônicas (movimento brusco rítmico sustentado)
Convulsões tônicas (enrijecimento generalizado envolvendo todos os membros e
sem movimentos bruscos rítmicos)
Crises atônicas (perda do tônus muscular)
Crises mioclônicas (movimento brusco rítmico não precedido de enrijecimento)
Crises mioclônicas-tônico-clônicas (movimentos bruscos mioclônicos, seguido
de movimentos tônicos e clônicos)
Crises mioclônicas-atônicas (movimentos bruscos mioclônicos seguidos de
atonia)
Espasmos epilépticos (anteriormente, espasmos infantis)
Crises não motoras de início generalizado também podem ser classificadas por tipo
de crise (definida pela característica proeminente mais precoce):
Todas as crises de ausência são crises de início generalizado. O seguinte pode ajudar a
distinguir crises de ausência de crises focais com consciência prejudicada, embora as
distinções não sejam absolutas:
As crises de início focal originam-se nas redes em um dos hemisférios e podem ter
origem nas estruturas subcorticais. Elas podem ser discretamente localizadas ou mais
amplamente distribuídas.
Crises motoras de início focal também podem ser classificadas por tipo de crise:
Automatismos (atividade motora coordenada, sem finalidade e repetitiva)
Atônica (perda focal do tônus muscular)
Clônica (movimento brusco rítmico focal)
Espasmos epilépticos (flexão focal ou extensão dos membros superiores e flexão
do tronco)
Hipercinética (movimentos de pedalar ou debater)
Mioclônica (irregular, abalos bruscos focais breves)
Tônica (rigidez focal sustentada) de um membro ou um lado do corpo)
Crises não motoras de início focal podem ser classificadas com base na característica
proeminente inicial:
Crises de início focal podem evoluir para uma crise tônico-clônica de início
generalizado (chamada generalização secundária), que causa perda da consciência.
Crises tônico-clônica focal-para-bilateral ocorrem quando uma crise de início focal se
difunde e ativa bilateralmente todo o cérebro. A ativação pode ocorrer de forma tão
rápida que o começo da crise de início focal não é clinicamente evidente ou é muito
breve.
Tônico-clônicas
Espasmos epilépticos
Parada comportamental
Crises tônico-clônicas com início obscuro são frequentemente classificadas como crises
de início desconhecido. Crises identificadas posteriormente como espasmos epilépticos
ou crises de parada comportamental podem se inicialmente classificadas como crises de
início desconhecido.
1. Fisher RS, Cross JH, D'Souza C, et al: Instruction manual for the ILAE
[International League Against Epilepsy] 2017 operational classification of
seizure types. Epilepsia 58 (4):531–542, 2017. doi: 10.1111/epi.13671
A maior parte dos pacientes parece neurologicamente normal entre as crises, embora
doses altas de anticonvulsivantes possam reduzir o estado de alerta. Qualquer
degeneração mental progressiva geralmente está relacionada a transtorno neurológico
responsável pelas crises, e não às próprias crises.
Durante uma crise focal consciente, a consciência está intacta. Se a consciência estiver
comprometida durante qualquer parte da crise, a crise é classificada como crise focal
com comprometimento da consciência; a consciência pode estar prejudicada, mas não
completamente perdida.
Tabela
Manifestações das crises de início focal de acordo com o local
Dicas e conselhos
Crises parciais complexas geralmente são precedidas de auras. Durante uma crise
epiléptica, os pacientes podem manter o olhar fixo. Ocorre alteração da consciência,
mas o paciente tem alguma percepção do ambiente (p. ex., retirada propositalde um
estímulo doloroso). Pode ocorrer o seguinte:
Duram mais.
São acompanhadas por movimentos reflexos ou automáticos mais pronunciados
A perda de consciência é menos completa.
Muitos pacientes têm história de lesão do sistema nervoso, atraso de desenvolvimento,
resultados anormais de exame neurológico e outros tipos de crise epiléptica. As crises
de ausência atípicas geralmente continuam na idade adulta.
A síndrome de Lennox-Gastaut é uma forma grave de epilepsia que causa vários tipos
de convulsões; o transtorno geralmente começa antes dos 4 anos de idade e pode
persistir na idade adulta. Pode haver alternância entre períodos de convulsões frequentes
com períodos relativamente livres de convulsões. A função intelectual e/ou o
processamento de informações são prejudicados na maioria dos pacientes com síndrome
de Lennox-Gastaut; o desenvolvimento pode ocorrer tardiamente e pode haver
problemas comportamentais. As causas da síndrome de Lennox-Gastaut incluem
malformações cerebrais, esclerose tuberosa, asfixia perinatal, traumatismo
cranioencefálico grave, infecção do sistema nervoso central e doenças hereditárias
genéticas e degenerativas ou metabólicas. Às vezes, nenhuma causa é identificada.
As crises atônicas ocorrem com mais frequência em crianças, geralmente como parte
da síndrome de Lennox-Gastaut. As crises atônicas caracterizam-se por perda curta e
completa de tônus muscular e consciência. As crianças caem ou atiram-se ao solo,
correndo o risco de sofrer trauma, em especial traumatismo craniano.
Nas crises clônicas, abalos rítmicos sustentados ocorrem nos membros dos dois lados
do corpo e, frequentemente, na cabeça, pescoço, face e tronco. Crises clônicas
geralmente ocorrem em lactentes e devem ser diferenciadas de nervosismo ou tremores.
Crises clônicas são muito menos comuns que crises tônico-clônicas.
Crises tônico-clônicas de focal para lateral começam com uma crise epiléptica parcial
simples ou parcial complexa, então evoluem até se assemelhar a convulsões tônico-
clônicas.
Crises convulsivas febris ocorrem, por definição, com presença de febre e sem
infecções intracranianas; são consideradas um tipo de crise provocada. Afetam cerca de
4% das crianças com idade de 3 meses a 5 anos. Crises febris benignas são breves,
solitárias e tônico-clônicas generalizadas em aparência. As crises epilépticas febris
complicadas são focais, duram > 15 minutos ou recorrem ≥ 2 vezes em < 24 h. Além de
tudo, 2% dos pacientes com crises convulsivas febris desenvolvem um transtorno
epiléptico subsequente. No entanto, a incidência de distúrbios epilépticos e o risco de
crises convulsivas febris recorrentes são muito maiores em crianças com qualquer um
dos seguintes:
Estado epiléptico
Estado epiléptico é uma atividade convulsiva contínua; o início pode ser generalizado
ou focal. O estado epiléptico tem 2 formas:
A definição anterior em que a duração era > 30 minutos foi modificada para favorecer a
identificação e o tratamento mais rápidos. As crises generalizadas não tratadas, com
duração > 60 minutos, podem resultar em lesão encefálica permanente; crises mais
prolongadas podem ser fatais. Ocorre aumento de frequência cardíaca e de temperatura.
O estado epiléptico convulsivo generalizado tem várias causas, como traumatismo
craniano e a rápida interrupção do uso de anticonvulsivantes.
A morte súbita inesperada na epilepsia (MSIE) é uma complicação rara das crises; sua
causa é desconhecida.
História
Deve-se perguntar aos pacientes que tiveram uma crise sobre sensações inabituais
sugestivas de aura e, portanto, de uma crise, e sobre as manifestações típicas da crise.
Os pacientes geralmente não se lembram das crises de início generalizado, assim deve-
se obter uma descrição da própria crise feita por possíveis testemunhas.
Manifestações de outras condições, como isquemia cerebral global súbita (p. ex.,
decorrente de arritmia ventricular), podem lembrar aquelas de uma convulsão, incluindo
perda de consciência e alguns reflexos mioclônicos.
Dicas e conselhos
A história deve incluir informação sobre a crise epiléptica inicial e as subsequentes (p.
ex., duração, frequência, evolução sequencial, intervalos mais longos e mais curtos entre
as crises, aura, estado pós-ictal, fatores precipitantes). Todos os pacientes devem ser
interrogados sobre os fatores de risco de as crises:
Os pacientes devem ser interrogados sobre raros fatores desencadeantes (p. ex., sons
repetitivos, luzes brilhantes, video games, tocar certas partes do corpo) e sobre a
privação do sono, que pode reduzir o limiar de crises.
Exame físico
Em pacientes que perderam a consciência, uma língua mordida, incontinência (p. ex.,
urina ou fezes na roupa) ou confusão prolongada após a perda de consciência sugerem
convulsão.
O exame físico raramente indica a causa quando as crises são idiopáticas, porém, pode
fornecer pistas quando as crises são sintomáticas (ver tabela Dicas clínicas para causas
das convulsões sintomáticas).
Tabela
Dicas clínicas para causas das convulsões sintomáticas
Exames
Pode-se realizar outros testes com base nos distúrbios clinicamente suspeitos.
Por outro lado, o EEG normal não pode excluir o diagnóstico de crises epilépticas, o
que deve ser feito clinicamente. É menos provável que o EEG detecte anormalidades,
quando as crises não são frequentes. O EEG inicial pode detectar anormalidades
epileptiformes em apenas 30 a 55% dos pacientes com transtorno epiléptico conhecido.
O EEG em série pode detectar anormalidades epileptiformes em até 80 a 90% desses
pacientes. Em geral, o EEG em série com tempo de registro estendido e os testes
realizados depois de privação do sono aumentam muito a chance de detectar
anormalidades epileptiformes em pacientes com crises epilépticas.
Pode-se fazer EEG ambulatorial enquanto os pacientes estão em casa. Pode ser útil se
as crises se repetem em pacientes que não podem ser hospitalizados por muito tempo.
Se a ressecção cirúrgica das áreas do foco epiléptico for considerada, são feitos exames
de imagem avançados para identificar essas áreas em centros de epilepsia:
Medidas gerais
Como as crises de início focal podem se tornar generalizadas, os pacientes têm risco de
perda da consciência e, portanto, devem ser orientados a adotar certas precauções. Até
que as crises estejam controladas, os pacientes devem evitar atividades em que a perda
de consciência pode causar risco de morte (p. ex., dirigir, nadar, escalar, usar banheira).
Depois que as crises forem totalmente controladas (em geral por > 6 meses), muitas
dessas atividades poderão ser realizadas desde que se usem proteções apropriadas (p.
ex., colete salva-vidas); deve-se, também, estimular os pacientes a levarem uma vida
normal, incluindo exercícios e atividades sociais.
Em alguns estados americanos, os médicos devem comunicar ao departamento de
trânsito sobre pacientes com crises. No entanto, a maioria dos estados americanos
permite a condução de automóveis quando há remissão das crises pelo período de 6
meses a 1 ano.
Deve-se aconselhar que os pacientes evitem cocaína e algumas outras drogas ilícitas (p.
ex., fenciclidina, anfetaminas), que podem desencadear convulsões, e também bebidas
alcoólicas. Alguns fármacos (p. ex., haloperidol, fenotiazinas) podem diminuir o limiar
epiléptico e, se possível, devem ser evitados.
Raramente aconselha-se o cuidado hospitalar, o qual deve ser reservado a pacientes com
retardo mental grave e a pacientes com crises tão frequentes e violentas, apesar do
tratamento medicamentoso, que os impossibilitem de receber tratamento em outros
locais.
Síndrome de Dravet
A maioria das crises de focal para bilateral de início generalizado tem remissão
espontânea em vários minutos ou menos e não exige tratamento medicamentoso de
emergência. Entretanto, o estado epiléptico e a maioria das crises que duram > 5
minutos requerem o uso de fármacos que as façam cessar, com monitoramento da
condição respiratória. A entubação endotraqueal é necessária quando houver qualquer
indicação de comprometimento das vias respíratórias.
O acesso IV deve ser obtido rapidamente, e os pacientes recebem 0,05 a 0,1 mg/kg, IV
de lorazepam (normalmente, uma dose de 4 mg, IV para adultos), na velocidade de 2
mg/min. Às vezes, são necessárias grandes doses. Depois da administração do
lorazepam, indica-se um segundo anticonvulsivante de ação mais prolongada.
Após o tratamento inicial, a causa do estado epiléptico deve ser identificada e tratada.
Crises pós-traumáticas
Calculadora clínica:
Escala de coma de Glasgow
Terapia medicamentosa a longo prazo
Cirurgia
Cerca de 10% a 20% dos pacientes têm crises refratárias e são potenciais candidatos à
cirurgia convencional para epilepsia. Para a maioria dos pacientes, cujas crises
originam-se de uma área específica do cérebro anormal, a função melhora bastante
quando se realiza a ressecção do foco epiléptico. Se o foco for no lobo temporal
anteromesial, a ressecção elimina as convulsões em 60% dos pacientes. Após a
ressecção cirúrgica, alguns pacientes permanecem sem de crises sem tomar
anticonvulsivantes, mas muitos ainda necessitam desse fármacos, porém em doses
reduzidas e possivelmente com monoterapia.
Como a cirurgia requer testes e monitoramentos consideráveis, esses pacientes são mais
bem tratados em centros especializados para distúrbios epilépticos.
Pontos-chave
As causas comuns de convulsões incluem lesões de nascimento, distúrbios
neurológicos hereditários ou congênitos e distúrbios metabólicos em crianças <
2 anos; distúrbios convulsivos idiopáticos em crianças de 2 a 14 anos;
traumatismo cranioencefálico, abstinência de álcool, tumores, acidente vascular
encefálico e causas desconhecidas (em 50%) em adultos; e tumores e acidente
vascular encefálico em idosos.
É provável que a perda de consciência seja causada por convulsões se os
pacientes morderam a língua, são incontinentes (p. ex., urina ou fezes na roupa)
ou ficam confusos por longo tempo após a perda de consciência.
Avaliar nos pacientes com convulsões sinais das possíveis causas (p. ex., febre,
rigidez do pescoço, deficits neurológicos focais, irritabilidade neuromuscular e
hiperreflexia, papiledema) e testar correspondentemente.
Avaliar todos os pacientes com convulsões recentes ou inexplicáveis com testes
de neuroimagem, EEG e exames de sangue.
Conversar com os pacientes sobre como evitar ou minimizar os gatilhos
convulsivos e como reduzir o risco de complicações convulsivas (p. ex., não
dirigir e não nadar sozinho).
Anticonvulsivantes podem ser necessários indefinidamente, mas muitos tipos de
crises (p. ex., a maioria das crises febris, crises por abstinência alcoólica, crises
que não se repetem) não exigem tratamento com anticonvulsivantes.
Considerar cirurgia se as doses terapêuticas de ≥ 2 anticonvulsivantes não
controlam as crises.
Considerar a estimulação do nervo vago ou o sistema de neuroestimulação
responsivo se os pacientes tiverem crises clinicamente intratáveis e não forem
candidatos a procedimentos neurocirúrgicos.
Tratamento farmacológico das
convulsões
Por
Bola Adamolekun
Recursos do assunto
Referências gerais
1. Kanner AM, Ashman E, Gloss D, et al: Practice guideline update: Efficacy
and tolerability of the new antiepileptic drugs I: Treatment of new-onset
epilepsy. Report of the Guideline Development, Dissemination, and
Implementation Subcommittee of the American Academy of Neurology and the
American Epilepsy Society. Neurology 91 (2):74–81, 2018. doi:
10.1212/WNL.0000000000005755 Epub 2018 Jun 13.
2. Kanner AM, Ashman E, Gloss D, et al: Practice guideline update summary:
Efficacy and tolerability of the new antiepileptic drugs II: Treatment-resistant
epilepsy. Epilepsy Curr 18 (4):269–278, 2018. doi: 10.5698/1535-7597.18.4.269
Fundamentos do tratamento de longo prazo
Há alguns princípios gerais para o uso dos anticonvulsivantes:
Alguns fármacos (p. ex., valproato, fenitoína), administradas IV ou por via oral,
atingem os níveis terapêuticos muito rapidamente. Outras (p. ex., lamotrigina,
topiramato) devem ser iniciadas em doses relativamente baixas e aumentadas
gradualmente durante várias semanas até chegar à dose terapêutica padrão, com base na
massa corporal magra do paciente. A dose deve ser adaptada à tolerância do paciente ao
fármaco. Alguns pacientes apresentam sintomas de toxicidade com a fármaco, mesmo
em níveis baixos; outros toleram doses elevadas sem sintomas. Se as crises
continuarem, a dose diária é aumentada em pequenos incrementos.
A dose apropriada é a menor dose que cessa as crises e tem menos efeitos adversos,
independentemernte do nível sérico do fármaco. As concentrações sanguíneas dos
fármacos são apenas diretrizes. Quando a resposta ao fármaco é conhecida, a evolução
clínica é mais útil do que medir as níveis séricos.
Dicas e conselhos
Quando ocorre toxicidade antes que as crises sejam controladas, a dose é reduzida até
uma dose “pré-tóxica”. Em seguida, outro anticonvulsivante é gradualmente
acrescentado até que as crises sejam controladas. Os pacientes devem ser
cuidadosamente monitorados, pois as interações medicamentosas podem interferir na
velocidade de degradação metabólica de qualquer uma das 2 fármacos. O fármaco
inicial é então reduzido lentamente até ser completamente interrompida.
Lamotrigina
Levetiracetam
Topiramato
Valproato
Zonisamida
Para epilepsia mioclônica juvenil, em geral, recomenda-se o tratamento por toda a vida
com valproato ou outro anticonvulsivante. Carbamazepina, oxcarbazepina ou
gabapentina podem exacerbar as crises. Pode-se usar lamotrigina como monoterapia de
2ª linha (p. ex., para mulheres em idade fértil) ou terapia adjuntiva para epilepsia
mioclônica juvenil; no entanto, esse fármaco pode agravar as crises mioclônicas em
alguns pacientes com epilepsia mioclônica juvenil.
Anticonvulsivantes não são recomendados para convulsões febris, a não ser que a
criança tenha uma crise epiléptica subsequente, na ausência de enfermidade febril. No
passado, muitos médicos administravam fenobarbital e outros anticonvulsivantes para
crianças com crises febris complicadas a fim de impedir o desenvolvimento de
convulsões afebris, mas esse tratamento não parece eficaz e o uso prolongado de
fenobarbital compromete a capacidade de aprendizagem.
Tabela
Escolha de fármacos para convulsões
Efeitos adversos
Alguns tipos de crise podem ser agravadas pelos anticonvulsivantes. Por exemplo, a
pregabalina e lamotrigina podem agravar convulsões mioclônicas; carbamazepina pode
piorar convulsões de ausência, mioclônicas e atônicas.
Mesmo assim, como as crises generalizadas não controladas durante a gestação podem
levar à lesão e morte fetais, a manutenção do tratamento com os anticonvulsivantes
costuma ser recomendada. Deve-se informar às mulheres sobre o risco dos
anticonvulsivantes para o feto, e esse risco deve ser colocado em perspectiva: o álcool é
mais tóxico para o desenvolvimento fetal do que qualquer anticonvulsivante.
Tabela
Anticonvulsivantes específicos
Anticonvulsivantes específicos
Nome do
Indicações Efeitos adversos
fármaco
Cálculos renais, desidratação,
Acetazolamida Convulsões de ausência refratárias
acidose metabólica
Terapia adjuvante para convulsões
Sonolência, lesão hepatocelular
na síndrome de Lennox-Gastaut e
Canabidiol com aminotransferases elevadas,
síndrome de Dravet em pacientes ≥
anorexia, fadiga, insônia, diarreia
2 anos de idade
Carbamazepina Convulsões focais de início focal, Diplopia, tontura, nistagmo,
de início generalizado tônico- distúrbio gastrointestinal (GI),
clônico e mistas (mas não crises de disartria, letargia, baixa contagem
ausência, mioclônicas ou atônicas) de leucócitos (3.000 a
4.000/mcL), hiponatremia,
exantema grave, incluindo
síndrome de Stevens-Johnson (em
Nome do
Indicações Efeitos adversos
fármaco
5%)
Idiossincraticamente,
Etossuximida Crises de ausência
leucocitopenia ou pancitopenia,
dermatite, lúpus eritematoso
sistêmico
Convulsões refratárias de início
Cefaleia, fadiga, insuficiência
focal, convulsões de ausência
Felbamato hepática; raramente, anemia
atípicas na síndrome de Lennox-
aplásica.
Gastaut
Ataxia, torpor, sonolência,
Fosfenitoína Estado epiléptico
cefaleia, prurido, parestesias
Terapia adjuvante para convulsões Sonolência, torpor, ganho
de início focal em pacientes com 3 ponderal, cefaleia
a 12 anos de idade e como terapia
Gabapentina adjuvante para convulsões de início Em pacientes com 3 a 12 anos de
focal com ou sem crises tônico- idade, sonolência, comportamento
clônicas focal-para-bilateral em agressivo, labilidade de humor e
pacientes com ≥ 12 anos de idade hiperatividade
Monoterapia de segunda linha ou
terapia adjuvante para crises de Tontura, diplopia, pensamentos
Lacosamide
início focal em pacientes ≥ 17 anos suicidas
de idade
Terapia adjuvante das crises de
início focal em pacientes ≥ 2 anos,
crises de início generalizado na
Cefaleia, tontura, torpor, insônia,
síndrome de Lennox-Gastaut e
fadiga, náuseas, vômito, diplopia,
crises tônico-clônicas de início
ataxia, tremor, alterações
generalizado.
menstruais, exantema (em 2 a
3%); exantema progredindo para
Em pacientes ≥ 16 anos de idade,
Lamotrigina síndrome de Stevens-Johnson em
usa-se a monoterapia de reposição
1/50 a 100 crianças e 1/1.000
para crises tônico-clônicas de início
adultos.
focal ou focal para bilateral, depois
do uso concomitante de um
Exacerbação das convulsões
anticonvulsivante indutor
mioclônicas em adultos
enzimático (p. ex., carbamazepina,
fenitoína ou fenobarbital) ou
quando o valproato é interrompido.
Levetiracetam Estado epiléptico Fadiga, fraqueza, ataxia,
alterações de humor e
Terapia adjuvante para as crises de comportamentais
início focal em pacientes com ≥ 4
anos, crises tônico-clônicas de
início generalizado em pacientes >
Nome do
Indicações Efeitos adversos
fármaco
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Tipos de Epilepsia e Crises Convulsivas
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Tipos de Epilepsia e Crises Convulsivas
Continue a leitura e conheça quais são os tipos de crises epilépticas e como elas afetam
o paciente.
Crises Focais
Convulsões focais podem ser causadas por uma anormalidade estrutural Subjacente no
Cérebro. No entanto, os resultados da ressonância magnética geralmente são normais.
Embora não seja identificada uma anormalidade, presumimos que algo está errado com
um grupo de neurônios ou células cerebrais em uma ou mais áreas específicas.
Convulsões focais também podem ser causadas por traumatismo craniano, acidente
vascular cerebral, infecção, tumores, distúrbios genéticos ou outras causas.
As convulsões no lobo temporal variam em intensidade. Elas podem ser tão suaves que
as pessoas mal percebem.
Por exemplo, uma pessoa pode perceber uma sensação estranha no estômago ou dizer
que algo está com cheiro esquisito. Em outras ocasiões, uma pessoa pode se sentir
consumida por sentimentos de
Medo,
Ansiedade ou
Perda de Realidade.
O lobo occipital fica na parte de trás do cérebro, atrás dos lobos parietal e temporal. O
lobo occipital é o local do sistema visual do cérebro.
Crises Generalizadas
Presume-se que a causa das convulsões generalizadas seja genética. Apenas raramente é
conhecida a anormalidade genética; mais frequentemente é desconhecido e nenhum
outro membro da família é conhecido por ter epilepsia.
Crises de Ausência
As crises de ausência são muito breves e não fazem com que a pessoa caia ou tenha
movimentos significativos de agitação.
Crises Mioclônicas
Os gatilhos ambientais também podem incluir sons. O toque dos sinos da igreja, uma
determinada música ou tipo de música ou o som da voz de uma pessoa pode provocar
convulsões em adultos com esse tipo de epilepsia.
Para algumas pessoas, atividades como ler, escrever, resolver problemas de matemática
e até pensar em um determinado assunto podem provocar convulsões. Esses estímulos
não visuais podem desencadear crises generalizadas ou focais. Tipos de Epilepsia e
Crises Convulsivas
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Como vai?
Mas a crise convulsiva pode fazer com que a pessoa fique “fora do ar”, se desligando do
ambiente em redor por alguns instantes.
Quer saber mais sobre os tipos de crises, suas manifestações e doenças relacionadas?
Leia até o final e confira dicas sobre como agir durante a convulsão e conheça
tecnologias que facilitam o acompanhamento do paciente, como a teleconsulta.
Crises focais
Crises generalizadas
Crises de origem desconhecida.
As crises se dividem, ainda, entre as que têm início motor ou não motor.
1. Automatismos
2. Atônica
3. Clônica
4. Espasmos epiléticos
5. Hipercinética
6. Mioclônica
7. Tônica.
1. Tônico-clônica
2. Clônica
3. Tônica
4. Mioclônica
5. Mioclônica-tônica-clônica
6. Atônica
7. Espasmos epiléticos.
1. Típica
2. Atípica
3. Mioclônica
4. Mioclonia palpebral.
1. Tônico-clônica
2. Espasmos epiléticos
3. Paragem de atividade
4. Não classificável.
A crise convulsiva focal recebe esse nome porque afeta uma parte específica do cérebro.
A crise tônico-clônica tende a durar alguns minutos e requer auxílio de quem estiver por
perto para evitar que a vítima se machuque.
Ela começa com a rigidez dos músculos das pernas e braços, seguida pela queda e por
contrações involuntárias.
Crise Atônica
Costuma levar à perda dos sentidos, queda e acidentes, uma vez que o paciente não
consegue se manter de pé ou sentado.
O especialista responsável por casos de convulsão é o neurologista, que auxilia no diagnóstico
A crise de ausência costuma durar poucos segundos, nos quais o indivíduo não
responde a qualquer estímulo exterior.
Crise Mioclônica
Se refere a um tipo de convulsão leve, parecida com um choque, que afeta a parte
superior do corpo e os braços, desencadeando movimentos involuntários.
Espasmos epiléticos
A crise por espasmos epiléticos se manifesta por meio de flexões e/ou extensões
involuntárias dos músculos, que duram entre 1 e 2 segundos cada.
Lembre-se que toda convulsão dura, no máximo, alguns minutos, e que logo a vítima
vai recobrar a consciência.
Se ela estiver se movendo, aproxime-se com cuidado para retirar qualquer móvel ou
objeto que possa provocar ferimentos.
Se houver salivação, tente virar o rosto do indivíduo para prevenir que engasgue, e
limpe as secreções com um pano ou papel.
Caso seja possível, diminua qualquer estímulo visual ou sonoro, deixando o ambiente
tranquilo para reduzir a resposta cerebral.
Durante as crises de ausência, apenas deixe que a pessoa volte à consciência, sem se
aproximar ou tentar avisá-la sobre o problema.
Você pode perguntar se ela se lembra da convulsão depois que o episódio terminar.
Epilepsia, meningite, febre alta em crianças e até a queda da taxa de açúcar no sangue
são capazes de provocar uma crise convulsiva.
Graças à telemedicina, esses cuidados podem começar sem gastos de tempo e dinheiro
com deslocamento.
Basta agendar uma consulta online na plataforma Morsch para receber assistência
de qualidade no conforto da sua casa.
Conclusão
Conhecer os tipos de convulsão é importante para socorrer o paciente e informar
detalhes que auxiliem no diagnóstico.
Clique para marcar agora mesmo seu atendimento online no sistema Morsch.
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Paciente
Mal de Alzheimer ainda é tido como uma doença sem tratamento. O diagnóstico preciso
também ainda é difícil, mas o que a ciência oferece atualmente?
Atinge 1% dos idosos entre 65 e 70 anos, 6% aos 70 anos, 30% aos 80 anos e mais de
60% depois dos 90 anos.
A idade parece ser um fator de risco, uma vez que a sua incidência aumenta
exponencialmente depois dos 60 anos.
Na prática médica diária, observamos que as pessoas com hipertensão arterial sistêmica,
colesterol elevados, diabetes, sem controle adequado são mais propensas a ter essa
doença.
Imagine o que pode acontecer com nosso cérebro ao longo de mais de 10 de depressão
que é uma doença tão comum em nosso meio.
A pessoa pode não saber onde se encontra, nem o dia, mês ou ano em que está.
Muitas vezes pode saber o nome deles, mas não saber utilizá-los ou, ao contrário, pode
saber usá-los sem conseguir dizer o nome deles.
Aos poucos vai ocorrendo uma diminuição do vocabulário e maior dificuldade na fala,
com empobrecimento da linguagem, resumindo-se a frases curtas, palavras isoladas ou
até mesmo deixando de existir.
Chegam a não conseguir desempenhar tarefas simples sem ajuda, como trocar de roupa,
alimentar-se etc. Muitas vezes acabam por ficar acamados.
A morte, quando sobrevém, normalmente não é causada pelo mal de Alzheimer, mas
por algum fator externo que o acompanha, como uma pneumonia, por exemplo.
A suspeita diagnóstica deve ser feita por meio de uma cuidadosa história clínica que
leve em conta os sintomas e a evolução da doença.
Os exames complementares podem ser necessários muito mais para afastar outros
diagnósticos e avaliar o estado geral do paciente.
Os testes neuropsicológicos das funções intelectuais podem ajudar a monitorar a
progressão do mal. De rotina também realizam um eletroencefalograma clinico.
De qualquer forma, o trabalho não será perdido, porque existem várias aplicações
clínicas importantes para o teste, como o monitoramento da progressão da doença e
como uma maneira de garantir que os voluntários inscritos em ensaios clínicos
realmente tenham as características da doença de Alzheimer – até agora, todos os testes
clínicos de fármacos voltados para o tratamento de Alzheimer falharam.
Nos estágios avançados, precisa ser feita a escolha entre a permanência no ambiente
domiciliar ou a internação em clínicas especializadas.
Será esse um caminho para a reposição dessa proteina ou mesmo se tornar um exame
rotineiro como prevenção nos casos em que teremos níveis reduzidos na nossa fase
produtiva de vida?
Sugiro acompanhar esse blog de saúde que também traz informações atuais sobre o Mal
de Alzheimer.
Conclusão
Em resumo, com todos os avanços da medicina em pesquisa e desenvolvimento de
novos exames e medicamentos, ainda não encontramos nada que controle essa doença.
Vamos apostar na proteina cerebral TOM 1 como uma saída para a prevenção e
tratamento?
Bibliografia:
Os pacientes não podem ingerir frutas ou legumes ricos em amido; pães, massas ou grãos; ou
fontes de açúcares simples. A preparação de alimentos deve ser cuidadosa, prestando muita
atenção na seleção, pesagem e cozimento de cada refeição ou componente dietético
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Uma dieta balanceada, com diferentes grupos alimentares, ajuda o corpo e o cérebro a
funcionarem melhor e também pode ajudar a reduzir o risco de convulsões em algumas
pessoas com epilepsia.
Saiba mais sobre estes aspectos e porque eles auxiliam no tratamento da epilepsia, com
a leitura deste artigo.
Essa dieta foi inicialmente usada para o tratamento de epilepsia infantil que não
responde ao uso de medicamentos, desde a década de 1920.
A alimentação pode ajudar algumas pessoas com convulsões mal controladas usando
níveis específicos de gordura, carboidratos e proteínas para afetar o funcionamento do
cérebro.
Embora seu uso tenha se tornado menos frequente com a introdução de medicamentos
anticonvulsivantes, a dieta recuperou o reconhecimento nos últimos 15 a 20 anos.
Atualmente, diversos estudos estão identificando que a dieta cetogênica também é uma
ótima alimentação para pessoas com Epilepsia.
Com base nestes mecanismos, a dieta cetogênica é uma terapia apropriada para
pacientes com convulsões associadas a distúrbios metabólicos.
Os pacientes não podem ingerir frutas ou legumes ricos em amido; pães, massas
ou grãos; ou fontes de açúcares simples.
A preparação de alimentos deve ser cuidadosa, prestando muita atenção na
seleção, pesagem e cozimento de cada refeição ou componente dietético.
Durante a dieta, os pacientes também devem receber a ingestão diária
recomendada de vitaminas e minerais (em formulações sem açúcar), bem como
a suplementação de cálcio.
Quantidades precisas de alimentos para os planos de dieta e refeição são obtidas
usando dados individuais do paciente (idade, peso, condições de saúde geral) em
aplicações de computador.
Os pacientes que aderem à dieta cetogênica tornam-se mais alertas e exibem melhorias
consideráveis na atenção, compreensão, níveis de atividade e resistência.
Normalmente, os pacientes permanecem na dieta por 1 a 2 anos, desde que seja benéfico
e os efeitos colaterais sejam toleráveis. A dieta é reduzida ao longo de vários meses,
diminuindo a proporção de gordura para proteínas e carboidratos e, em seguida,
relaxando lentamente as restrições na pesagem de alimentos e na medição da ingestão
de carboidratos.
A mensagem principal deste artigo é que os pacientes com epilepsia têm opções além da
intervenção farmacêutica e cirúrgica, e estas incluem mudanças na dieta que a ciência
está validando como tendo eficácia significativa. Esta abordagem terapêutica,
entretanto, deve ser discutida com o seu médico, antes de ser iniciada.
Para saber mais sobre a alimentação no tratamento da epilepsia, marque uma consulta e
deixe-nos ajudar. Veja abaixo nossas informações para agendamento de consultas:
Avenida Américo Buaiz, 501 – Ed. Victória Office Tower Leste, Sala 109 - Enseada do
Suá, Vitória - ES, 29050-911
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Dr Diego de Castro dos Santos é Neurologista pela USP e responsável pelo Serviço de
Especialidades Neurológicas – Eletroneuromiografia. Atua como neurologista em
Vitória Espírito Santo ES e em São Paulo no tratamento de Dor de Cabeça, Depressão,
Doença de Parkinson, Miastenia gravis e outras doenças. Também se dedica a
reabilitação de pacientes com AVC, distonias e crianças com paralisia cerebral, por
meio de aplicação de toxina botulínica (Botox) e neuromodulação.
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