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uma crise não provocada = não tem hipoglicemia, não teve trauma, não tem
hiponatremia e probabilidade de crise com alta chance de recorrência após
duas crises não provocadas OU
DEFINIÇÃO
crise epilética não provocada - não há causa conhecida para crise após
investigação clinica, laboratorial e de imagem
EPIDEMIOLOGIA
EPILEPSIA 1
a incidência nos países em desenvolvimento é considerada aproximadamente o
dobro da encontrada nos países desenvolvidos
Estima-se que 8 a 10% da população pode apresentar ao menos uma crise durante
a vida, mas apenas 2 a 3% apresentarão a predisposição a crises recorrentes
(epilepsia)
ETIOLOGIA
genética
- quando a epilepsia é o resultado direto de um defeito genético conhecido ou
presumido e as convulsões são o principal sintoma da doença.
- Uma mesma mutação pode determinar várias síndromes epiléticas
- a cognição costuma ser normal e o controle das crises costuma ser favorável
EPILEPSIA 2
pode ser suspeitada por historia familiar → não obrigatoriamente é hereditário
Metabólica
Imune
há evidência de inflamação do sistema nervoso central que resulta em epilepsia..
EX: Encefalite de Rasmussen, encefalite do receptor anti-N-metil-D-aspartato
(NMDA).
Infecciosa
A infecção do sistema nervoso central pode resultar em convulsões sintomáticas
agudas e também em epilepsia.
-Exemplos de etiologias infecciosas da epilepsia incluem HIV, neurocisticercose,
malária,Toxoplasmose cerebral e tuberculose.
desconhecida
todos os tipos de epilepsia com imagem normal e sem etiologia genética,
metabólica, imunológica ou infecciosa documentada estão incluídos nesta
categoria. um terço de todos os casos.
EPILEPSIA 3
FISIOPATOLOGIA
QUADRO CLÍNICO
As dores de cabeça são comuns após uma crise convulsiva generalizada, mas são
pouco frequentes antes de uma convulsão
EPILEPSIA 4
Cianose - geralemnte em convulsão motora generalizada
EPILEPSIA 5
subcorticais ou do neocórtex. A maioria dos indivíduos com epilepsia focal
apresenta descargas focais ou multifocais no EEG interictal
Crises generalizadas ⇒
Se originam em algum ponto de uma rede neuronal e se
espalham rapidamente, se distribuindo em redes neuronais bilaterais. Geralmente
há perda de consciência (pq atinge o SRAA) Também são divididas em crises
motoras (8) e não motoras (ausências, 4). pode ser assimétrica, pode ser
estruturas subcorticais ou corticais (frequentemente são as duas). Pico-onda
generalizada ou atividade rápida paroxística generalizada no eletroencefalograma
(EEG).
EPILEPSIA 6
Também é classificada em primária ou secundária:
EPILEPSIAS PRIMÁRIAS
EPILEPSIA 7
não motora: é aquela que a pessoa perde a conciencia de olho aberto e depois
volta. A principal delas é a CRISE DE AUSÊNCIA:
dificuldade de aprendizado
Motora
EPILEPSIA 8
DIAGNÓSTICO
1) Identificar se o evento é uma crise epilética
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CLÍNICA + ANAMNESE + EXAMES COMPLEMENTARES
EXAMES LABORATORIAIS
ELETROENCEFALOGRAMA
Oferece sinais de distúrbio epileptiforme causado por disfunção neuronal entre
crises ou no período ictal
EPILEPSIA 10
O registro da atividade epileptiforme interictal é resultante da soma de vários
potenciais póssinápticos, inibitórios e excitatórios, ou seja, de um grupo grande de
neurônios
REVISANDO..:
medicamentos antiepilépticos
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A escolha do medicamento depende do tipo de epilepsia, idade do paciente,
possíveis interações medicamentosas e efeitos colaterais
SINDROMES EPILÉTICAS
um complexo de características clínicas, sinais e sintomas que, juntos, definem um
distúrbio convulsivo clínico distinto e reconhecível. Essas sindromes podem ter
diversas etiologias.
⇒ SÍNDROME DE WEST
4-7meses de vida
encefalopatia anoxisquemica
prognostico ruim
⇒ STATUS EPILEPTICUS
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Crise que dura ≥ 30min
SÍNDROMES EPILÉTICAS
⇒ SÍNDROME DE LENNOX/GASTAUT
Pré-escolares ⇒ tem inicio na infância, geralmente depois de 1 ano. Em geral
começam antes de 4 anos ⇒ cerca de 25% tem história de espasmos infantis
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⇒ CRISE DE AUSÊNCIA
mais frequente em crianças 3-12 anos (pico 5-8a)
dificuldade de aprendizado
→ AUSÊNCIA TÍPICA
crise generalizada
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A memória para eventos durante as convulsões geralmente é prejudicada
→ AUSÊNICA ATÍPICA
⇒SÍNDROME DE DRAVET
Inicio antes do primeiro ano de vida, com desenvolvimento normal anterior
Sd genética
Farmaco resistente
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Consiste em abalos mioclônicos matutinos; Crises tônico-clônicas generalizadas,
que ocorrem depois de despertar;
inteligência normal
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SINDROMES FOCAIS
Já as crises que ocorrem durante o dia são nitidamente focais, com contrações
faciais unilaterais, interrupção da fala, sialorreia escorrendo de um angulo da boa,
parestesia na lingua, lasbios , areas internas dos maxilares e paresteesias da
lingua.
EPILEPSIAS SECUNDÁRIAS
NEUROCISTICERCOSE
3 tipos de alterações:
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cisto → fase aguda, maior incidência de crise convulsiva. tem que tratar
ESCLEROSE TUBEROSA
Mutações nos genes TSC1 e TSC2 que codificam proteinas hamartina e tuberina
São tumores benignos no cérebro, rins, pulmões, coração e pele ⇒ quando atinge
areas epileptogenicas, causa crise
CLASSIFICAÇÃO EPILEPSIA
TRATAMENTO
EFEITOS COLARERAIS
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Topiramato: anorexia, afasia, lentificação do raciocínio, litiase urinaria e parestesias
MAL EPILÉTICO
É uma crise epilética contínua com duração maior do que 30 minutos ou mais de
uma crise reentrantes sem recuperação do nível de consciência entre elas.
Operacionalmente, o EME é definido em um tempo T1 (a partir do qual sabe-
se que as crises não cessarão de modo espontâneo ≥ 5min) e um tempo T2 (a
partir do qual lesão neuronal e consequências a longo prazo poderão
ocorrer). Para crises tônico-clônicas generalizadas, o T1 é de 5 minutos, ou seja,
após esse tempo, não se espera que a crise seja interrompida sem a administração
de medicamentos. ⇒ como não vai esperar para ver se a crise vai passar
naturalmente, por isso a ILAE define como uma condição resultante da falência dos
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mecanismos inibitorios de crise ou de alterações nos mecanismos que iniciam as
crises.
EME Não convulsivo: Não tem atividade motora. é uma atividade convulsiva
prolongada (neste caso, o limiar é de pelo menos 10 minutos) sem atividade
motora associada proeminente. Clinica: alteração do comportamento e/ou da
cognição em relação ao basal do paciente (psicose, perseveração,
ilusões/delírios, agitação, anorexia, catatonia), variando de leve alteração do
nível de consciência até o coma.
Ocorre em 10-41 casos por 100.000 hab, sendo 60% dos casos em pacientes com
epilepsia prévia
Causas:
tratamento inicial:
1)realizar ABCD
monitorização
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2)glicemia capilar
FISIOPATOLOGIA EME
falha dos mecanismos para cessar a atividade epilética nos circuitos neuronais,
levando à perpetuação de crises.
TRATAMENTO EME
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Segunda linha:
Levetiracetam IV. A dose precisa ser ajustada para a função renal do paciente;
todavia, nos demais aspectos, o levetiracetam não tem efeitos adversos
imediatos e significativos com os quais você precisa se preocupar.
Fenitoína IV. Evite o seu uso em pacientes com arritmias cardíacas conhecidas
ou que atualmente apresentam instabilidade hemodinâmica. Se estiver
disponível, você pode administrar fosfenitoína IV, em lugar de fenitoína: trata-se
de um pró-fármaco da fenitoína, que pode ser infundido até 3 vezes mais
rapidamente, com menos risco de tromboflebite ou arritmias cardíacas.
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momento, parece ser igualmente efetiva e constitui outra opção de segunda
linha. Evite o uso desse fármaco em pacientes com arritmias cardíacas
conhecidas
Terceira linha: Repetir tratamento de segunda linha, mas com fármaco diferente.
Quarta linha: sedação e intubação para que haja uma desativação do cérebro para
reativa-lo. Utiliza-se midazolan e propofol em gotejamento.
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💡 CLASSIFICA-SE O EME CONFORME RESPOSTA AO TRATAMENTO:
- EME REFRATÁRIO : Falha em responder ao tratamento de 1 e 2 linha
- EME SUPER-REFRATÁRIO: Recorrência ou persistência do EME após
droga de 3 linha.
Depois de instituído o tratamento com as drogas, o manejo deve ser guiado por EEG,
para chegar se o paciente saiu do EME ou ainda está tendo crise. Depois de
controlado, indica-se manter o paciente por mais 24h em coma medicamentoso para
poder iniciar o desmame com drogas.
PROGNÓSTICO
Escala STESS (Status epilepticus severity score) procura predizer o risco de óbito.
Se a pontuação é entre 0-2 tem baixo risco.
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CRISE FEBRIL
Crise mais comum na infancia
6-60meses
duração de 10-15min
<24h de febre
febre 38-39ºC
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Tem risco maior de epilepsia? sim, se tiver sinais de alarme:
anormalidades do neurodesenvolvimento
Crise atípica (mais que 15 min fazendo crise; crise com menos de um dia de
febre; periodo pós ictal longo)
diagnostico -
é clínico
punção lombar →
< 6meses
suspeita de meningite
Tratamento
Tranquilizar pais
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