- Epilepsia: doença instaladas no
encéfalo, paciente vai ter que tomar
remédio para o resto da vida
- crise: sinal clínico que apresenta por
conta de outra coisa, de curta duração e
transitório
( não necessariamente é um crise
epiléptica, ex: síncope, crise vestibular,
discinesia (tremor)
- convulsões: episódios de contrações
musculares anormais/excessivas,
normalmente bilaterais, que podem ser
contínuas ou interrompidas
-> crise audiogênica: em gatos mais
comum
Prevalência da epilepsia em cães
- idiopática ( não se sabe ao certo) mas….
- ao redor de 0,6-0,75% (populacao geral)
- gatos estima-se 7% ( por que não têm
muitas estudos sobre)
Eletroencefalograma (ver atividade
cerebral), têm que sedar o animal
- ver a zona epileptogenica
- poucos estudos em animais
- poucos lugares realizam
( aqui na nossa região não temos)
Identificar causa de base
DINAMITV
Crise epiléptica
- manifestação de sincronia excessiva da
atividade epiléptica(normalmente auto
limitante) dos neuronios encefálicos
(cerebrais) = desarmonía dos
neurotransmisores
- existem dois neurotransmissores que
participam: excitatório(glutamato) e
inibitório (gaba) = estão em harmónio, por
algum motivo ou vai ter aumento de
glutamato e o gaba diminui (vice versa) =
crise epiléptica , o corpo do animal
“desliga” para estabilizar isso, isso
acontecendo ao longo prazo gera
problemas graves
-> crise epiléptica só ocorre no
talamocortical
- zonas epileptogênicas ( onde o
eletroencefalograma vai avaliar), têm uma
no telencéfalo direito, esquerdo e em
região de diencefalo ( crise focal : no
telencéfalo esquerdo ou direito, crise
generalizada: pega os dois hemisférios)
Crise reativa (crise provocada)
- resposta natural de um encéfalo normal
a um distúrbio transitório em sua função
(doença metabólica ou tóxica) o qual é
reversível quando a causa é corrigida
( diabetes mellitus : hipoglicemia causa
crise epiléptica pois 80% do encéfalo
trabalha a nível de glicose, insulinoma etc)
3.metabólica ou 4.intoxicação (carbamato,
organofosforado, etilenoglicol estricnina):
provocada, crises uma atrás da outra
-> não administrar antiepiléptico de uso
contínuo por que o que gerou essas
crises foi o que causou a intoxicação (ex)
-> não se trata, só estabiliza
-> vão ter várias crises em 24h
Epilepsia
- doença do encéfalo (cérebro)
caracterizada por uma predisposição
contínua para gerar crises epilépticas
- ter pelo menos 2 crises epilépticas (não
provocadas) em um intervalo maior que
24h
Etiologia
1.estrutural : neoplasia
crises ao longo do tempo não tudo de
uma vez, um agora, outro daqui uma
semana, mês etc
2.idiopática: também crises espaçadas
-> cada crise epiléptica onde um neurônio
morre= gera edema, liberação de
substância importantes, libra glutamato
- cada crise vai sendo pior que a anterior
-> edema citotóxico daí posso usar
corticoide
-> edema vasogênico (trauma) não se
utiliza corticoide pq piora o edema

Cluster: 2 ou mais crises epilépticas
dentro de 24h ( animal não perde
consciência), menos grave
Status epilepticus: crise epiléptica com
duração maior de 5 min (perde
consciência) (não provocada) e 2 ou mais
crises sem recuperação completa da
consciência
Duas classificações
1. etiologia : idiopática (genética,
provavelmente genética (predisposição da
raça) , idiopático) e estrutural (tumor
encefálico, trauma que causou uma
hidrocefalia secundária) etc)
2. tipo de crise: focal, generalizada, focal
com generalização secundária
1. Epilepsia idiopática ( 6 meses de
idade até 6 anos)
1. genética: onde o gene causador da
epilepsia foi identificado/confirmado
-> pastor belga
2. provavelmente genética: influência
genética é suspeita devido: alta
prevalência na raça (>2%), por análise
genealógica e/ou indivíduo epilépticos na
mesma família
- raças: border collie, pastor
alemao/belga, american bully etc,
labrador, golden, beagle
felinos: siamês, bengal
3. idiopática: etiologia ainda não bem
estabelecida e não há indicação de
epilepsia estrutural
-> pacientes com epilepsia idiopática
não apresentam nenhuma alteração em
exame neurológico
- salvo pós status (ictus) que daí altera
exame neurológico
Epilepsia estrutural: patologia
intracraniana/cerebral: vascular (shant
port sistêmico origem vascular, dono não
têm condições para pagar a cirurgia
dessa= paciente que vai ter crise
epiléptica pro resto da vida), inflamatória
(meningoencefalite)/infecciosa
(cinomose), traumática, anomalia
congênita (hidrocefalia)/desenvolvimento,
neoplasia ou degenerativa
-> confirmada : por exame de imagem,
LCR, teste de DNA ou post mortem
Caso clínico
- spitz alemao
- 3 anos
- com crisis epilépticas (sinal clinico)
- déficit proprioceptivo no membro torácico
e pélvico direito = déficit contralateral
-> neurolocalizacao: talamocortical
-> se ele têm déficit no lado direito :
alteracao lado esquerdo
-> ele têm uma neoformação em região
esquerda que envolve o lobo frontal
esquerdo = epilepsia estrutural
Neurolocalizacao : SNC : tálamo cortical,
vestibular, cortical e medular
->paciente apresentando crise epiléptica:
talamocortical (unico que apresenta crise
epiléptica)
-> paciente : alteração de comportamento,
déficit proprioceptivo, redução do reflexo
fotomotor e crises epilépticas : neuro
localização : talamocortical
-vou pedir exame do encéfalo
- fez tomografia: tinha uma neoplasia,
tumor de hipófise ( não comum em gatos)
2. Tipos de crise (REGIÃO
TALAMOCORTICAL)
A.) Crise epiléptica focal
- só pega um hemisfério
- não perde consciência
- pode evoluir para a generalizada
- manifestação lateralizadas ou regionais
(motor ( fica piscando), autonômico (não é
comum, disfunção autonômica =
parassimpática e simpática ( paciente vai
apresentar muita sialorreia e muita
midríase) e/ou comportamental ( correndo
atrás do rabo/fica girando, caçando
mosca ou mastigar chiclete)
- menos grave comparada a uma
generalizada
-> Atividade motora: episódio focal:
espasmo facial, movimento repetidos com
a cabeça, piscar bastante, movimentos
rítmicos de uma extremidade
-> Atividade autonômica : midríase,
hipersalivação ou emese
-> Comportamental: resulta em um
episódio de curta duração de mudança de
comportamento ( ansiedade, inquietação,
reação de medo inexplicável ou atenção
anormal (procurando ou apego ao dono)
-> paciente girando/mordendo o rabo: três
diferenciais: dor neuropática (rabo
pequeno) = compressão de nervo ( como
saber: fazer tomo, fazer palpação p ve se
têm dor ; distúrbio comportamental (entrar
com fluoxetina (recaptação de dopamina))
se não melhorar ; entrar com
anticonvulsivante
-> sialorréia : descartar problema
intestinal
B.) Crise epiléptica generalizada
- pega ambos os hemisférios
- perde consciência (exceto em crises
mioclônicas = todos os músculos
começam a tremer
- salivacao, urina e/ou defecação são
comuns (exceto na mioclônica)
Tipos :
- tônica (contração muscular contínua)
- clonica (repetitiva contração do mesmo
músculo)
- tônico-clônica (mais comum)
- mioclônica
- crise epiléptica generalizada não
convulsiva : atonica (drop attack = perda
do tônus agudamente que normalmente
leva ao colapso) (diferencial = narcolepsia
(distúrbio do sono), síncope)
C.) Crise epiléptica focal com
generalização secundária
- começa em um hemisfério e vai para o
outro
- inicia em região motora. autonômica ou
comportamental e rapidamente evolui
para generalizada
- tipo mais comum nos cães
Fases da crise epiléptica
1. Pródromo : inquietação, ansiedade,
irritável. fica com o proprietário
insistentemente, longa
- gato não fica próximo ao proprietário
2. Icto: atividade convulsiva propriamente
dita
3. Pos-icto: depois da crise epiléptica
- vocalização repetitiva, andar compulsivo,
cansaço, ataxia, fome, sede, dormir,
cegueira ou agressão etc
- pode durar até 14 dias
- quanto mais longo o pós ictus , mais
refratário ele será a medicamento ao
fármaco anticonvulsivante
Diagnóstico
- identificar a causa da base
-> crise epiléptica é sinal clínico não
diagnóstico
Diferenciais
- síncope ( parecida com a crise epiléptica
atômica) , ver as mucosas, na síncope as
mucosas vão ficar pálidas
- narcolepsia (distúrbio do
sono)/cataplexia (perde tônus), somente
eletroencefalograma para diferenciar
- neuromuscular (exame neurológico)
- comportamental (tratamento terapêutico,
mudanças na vida do paciente ou
eletroencefalograma)
- crise vestibular (head tilt, nistagmo,
andar em círculo etc)
- movimento paroxístico (discinesia=
distúrbio de movimento que ocorre nos
núcleo da base, normalmente ligado a
alergia ao glúten, têm discinesia
responsiva ao corticoide (tirar corticoide))
(eletroencefalograma)
- intoxicação
- dor (ex: DDIV cervical)
-> Crise epiléptica
- acontece em repouso (ou no sono mais
é muito difícil)
- geralmente dura menos de 5 min
- ter pródromo ou pós ictus (nem sempre
vai ter um pos ictus evidente)
- alteração de consciência ( vai ter na
generalizado( menos na mioclonica))
- contração de músculos faciais
- alteração autonômica (distúrbio
simpático)
- não é interrompido
Ideal: fazer eletroencefalograma +
manifestações clínicas
Epilepsia idiopática
- animal já que é epileptico, então vai
tomar medicação de uso contínuo
- para diagnosticar com a idiopática,
temos que descartar a epilepsia estrutural
(hidrocefalia e neoplasia etc) e reativa
(metabólica (hiperadreno) ou tóxica (uma
hepatopatia por cyca pode levar a um
acúmulo de amônia (neurotóxica)
-> hiperadrenocorticismo -> baixa o
potássio e aumenta sódio ->migração de
sódio pra dentro da agua mais liquido ->
célula vai romper -> edema citotóxico ->
liberação de neurotransmissor =
glutamato (excitatório) -> crise epiléptica
- duas ou mais crises epilépticas não
provocadas em intervalos maiores de 24h
- idade (6 meses a 6 anos) CÃES
- GATOS = 1 ano a 7 anos ( em gatos é
mais comum a crise epiléptica
audiogênica )
- período interictal normal (entra as crises)
- exame neurológico normal, pq é
genética não estrutural
Confiança nível 1 -> descartar crise
epilépticas reativas, (todos os exames têm
que estar normais, sem alteração) (pode
apresentar leucocitose, espera 24h e
repete o exame)
- exames normais : hemograma
- eletrólitos (sódio/potássio/cloro/cálcio
(participam do potencial de ação) fósforo(
pra ve se o paciente é renal crônico ou
não, pq eles apresentam uremia, a ureia
alta é neurotoxica, então paciente doente
renal crônico pode desenvolver crises
epilépticas, não seria idiopática pq têm
alteração de exame)
- perfil hepático (ALT/FA/ bilirrubinas
totais/PT/Albumina) (quando o paciente
têm crise epiléptica, pode apresentar ALT
aumentada ( é normal) (nos
hepatócitos),alteração hepática aguda alt
aumentada, fígado insuficiente ( baixa alt)
- perfil renal (ureia e creatinina) (shitzu ou
persa = rins policísticos = podem
dessenvolever uremia (aumento de ureia
e creatinina com sinais clínicos)
- glicemia, triglicerídeos e colesterol
(paciente com distúrbio endócrino pode
desenvolver crise epiléptica)
- ácidos biliares ou amônia em jejum
(shant port sistêmico = biurato de amônia
apresentado na urina)
- exame de urina (tipo 1)
Confiança nível 2
- lista 1
- ácidos biliares pré e pós prandial
- RM ou tomo
- LCR
Confiança nível 3
- lista 1 e 2
- identificação de anormalidade ao
eletroencefalograma (ictal ou inter-ictal)
- crise epiléptica de origem tóxica e quias
exames solicitar : perfil hepático,
ultrassom abdominal (hepatomegalia,
esplenomegalia = pq algumas
intoxicações geram hemólise sanguínea =
sangue vai pro baço e fígado = toxemia
(função do baco:apoptose)
Quando tratar?
- período interictal menor que 6 meses
- entra em cluster (crise sem perder
consciência) ou status epilepticus (perde
consciência ou tempo maior de 5 min)
- pós ictus grave (agressão, cegueira etc)
- pós ictus longo (maior que 24 horas)
- piora na frequência /duração/gravidade
da crise ao longo de 3 períodos interictais

-> ele pode ter 2 a 3 crises epilépticas

dentro de 4 meses porém essas crises
não podem ser status epilepticus e não
podem ter pos ictus = se ocorrer isso tem
que aumentar a dose do gardenal ou
entrar com outro fármaco
-> toda crise têm dor = aumenta a pressão
intracraniana
- não retirar medicação de forma abrupta
= gardenal quando tira de forma abrupta
dá efeito rebote, reduzir 25% da dose a
cada mês
- brometo de potássio, cuidar com a dieta
com muito sódio

Tratamento
- fenobarbital (melhor que têm)
- brometo de potássio (somente
manipulado)
- levetiracetam
- zonisamida ( não têm no brasil ainda)