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Equipe: Bruna Alves de Souza, Thainá de Aguiar Martins, Lairi Nandi Modolon, Débora S.
Patel, Isadora S. R. Leite, Isadora dos Santos, Pedro Antonio Machado da Silva, Flávio Silva,
Gislane Rosa, Diego Agostinho, Diego Ribeiro, Agata Cardoso, Gabriel Cardoso, Kainã
Silva, Pedro Lucas Hawerroth, Anna Karla Hendges Müller, Samira Nagel, Melanie Militão,
Alice Glyniadakis, Rebeca B. Souza.
Neuropatogenia
As lesões iniciais causadas pelo VCC no estágio agudo da doença, durante o período
de imunossupressão grave, são a desmielinização induzida pelo Morbillivirus, ocorre durante
o processo de replicação do VCC nas células gliais da substância branca.
Por sua vez as células infectadas são astrócitos e oligodendrócitos (células produtoras
de mielina). A infecção aguda da substândia branca por VCC interfere em alterações
metabólicas em oligodendrócitos, favorecendo a desmielinização. Outros danos na mielina
são causados por fatores tóxicos, liberados por células da microglia. As lesões agudas são
caracterizadas por vacuolização, havendo edema nas bainhas de mielina e hipercelularidade
da substância branca em astrócitos e células da microglia. É observado nesta fase, os corpos
de inclusão eosinofílicos intranucleares e/ou intracitoplasmáticos junto a uma leve
diminuição da densidade da bainha de mielina por causa da vacuolização do neurópilo.
Mioclonia:
Mioclonia é uma condição no qual um músculo ou mais grupos musculares, se
contraem de maneira grossa, repetitiva, involuntária e rítmica. Essas contrações anormais
ocorrem devido à disfunção nervosa e geralmente afetam grupos de músculos envolvidos na
mastigação e/ou em qualquer músculo esquelético dos membros, quando muito intensa, gera
redução drástica da qualidade de vida do paciente, com quadros muito dolorosos. A
mioclonia em si não é uma doença passível de transmissão, pois trata-se de uma alteração
neurológica em consequência de uma causa primária. Alguns estudos sugeriram que lesões
focais na substância cinzenta da medula espinhal, podem ocorrer as mioclonias do pescoço,
tronco e membros que foram geradas por lesões no neurônio motor inferior. Outra sugestão
seria que as lesões nos núcleos basais podem gerar a mioclonia e funcionar como um
marca-passo na medula espinhal ou tronco encefálico (para as mioclonias localizadas na
cabeça), mantendo o movimento muscular. Durante o sono a mioclonia continua presente.
Já na cinomose, a mioclonia pode ocorrer durante a fase aguda da doença, e normalmente
está relacionada a lesão nos núcleos basais, porém é observada com mais frequência na fase
crônica, e está relacionada com a hiperexcitabilidade dos neurônios motores inferiores.
Através de estudos foi possível observar que as mioclonias dos músculos temporais estejam
relacionadas com lesões no nervo trigêmeo. Em um estudo foi relatado que as mioclonias
cessam com a estimulação elétrica do córtex motor frontal contralateral, pedúnculos
cerebelares e pirâmides. Porém, concluiu-se que o mecanismo das mioclonias na cinomose
ainda não é bem compreendido.
Tratamento