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CRIPTOCOCOSE

Ana Paula dos Santos, Beatriz Quaresma,


Clara Siqueira e Sonia Tavenard
AGENTE ETIOLÓGICO
A criptococose é uma doença classificada

como micose sistêmica, causada por fungos

do gênero Cryptococcus e que, dependendo

do caso, pode matar. 


As seguintes variantes (var.) do

fungo Cryptococcus neoformans são

comumente causadoras dessa doença:


C. neoformans var. neoformans (C.

neoformans)
C. neoformans var. gatti (C. gattii)

Cryptococcus 
RESERVATÓRIOS
O principal reservatório do fungo é a matéria orgânica morta presente no solo, em

frutas secas e cereais, e nas árvores. O fungo causador da doença também é

encontrado nas fezes de aves, principalmente dos pombos.

A variante C. neoformans, de caráter oportunista, representa a principal causa

de meningoencefalite e morte em indivíduos com a Síndrome da Imunodeficiência

Adquirida (aids).

No entanto, essa espécie também acomete indivíduos sem problemas de saúde em

todo o mundo.

Já a variante C. gattii acomete crianças e jovens sem evidência de imunodepressão

aparente, sendo de comportamento endêmico ou focal nas zonas tropicais e

subtropicais, especialmente nas regiões Norte (Amazônia) e Nordeste do Brasil,

incluído o semiárido, e, esporadicamente, nas demais regiões brasileiras.


MODO DE TRANSMISSÃO
Não existe transmissão inter-humana dessa micose, nem
de animais ao homem. No entanto, indivíduos, ou seja, os
seres humanos, estão expostos à doença por meio da
inalação dos fungos causadores da criptococose. Essa
inalação resulta em uma infecção primária do sistema
respiratório, afetando principalmente a cavidade nasal.
Após a infecção, o Cryptococcus neoformans  pode
espalhar-se através da circulação sanguínea ou linfática.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
As manifestações clínicas da doença dependem do estado imunológico de cada

indivíduo e do subtipo do fungo em questão. O surgimento de sinais e sintomas

ocorre entre três semanas e três meses antes da internação hospitalar. Os principais

sintomas são:

Criptococose pulmonar: Criptococose no sistema Criptococose cutânea:


Febre nervoso central: Aparecimento de várias lesões

Tosse Dor de cabeça avermelhadas, contendo secreção

Dor no peito Febre amarelada no centro, semelhantes a

Perda de peso Náusea espinhas.


Fraqueza Vômito Aparecimento de erupções cutâneas

Confusão mental vermelhas em uma região específica ou

Rigidez de nuca por todo o corpo.


Alterações de visão Ulcerações ou massas subcutâneas,

semelhantes a tumores.
A criptococose pode atingir qualquer parte

do corpo, causando lesões como as

oculares e ósseas.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Importante:  Em pacientes imunocompetentes,

observa-se meningoencefalite de forma aguda ou

crônica, com dor nos olhos e na cabeça,

usualmente sem febre ou com quadro febril pouco

expressivo, que evolui para dor de cabeça intensa

e presença de sinais mais graves, como

estrabismo, paralisia facial e cegueira total ou

parcial.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da criptococose é clínico e laboratorial. A confirmação

laboratorial é feita com o uso de “tinta da China” (nanquim), com

evidências de criptococos visíveis em materiais clínicos. O principal

diagnóstico das meningites criptocócicas é o exame do líquor-LCR.

O criptococo também pode ser isolado na urina ou no pus. A sorologia

e a histopatologia também são consideradas na confirmação

diagnóstica da criptococose. Como exame complementar, a

tomografia computadorizada, a ressonância magnética ou a

radiografia de tórax podem demonstrar danos pulmonares, presença

de massa única ou nódulos múltiplos distintos (criptococomas).


TRATAMENTO
A escolha terapêutica para o tratamento dependerá da forma clínica de cada

paciente e do estado imunológico do indivíduo. Os medicamentos antifúngicos

mais utilizados para o tratamento são a anfotericina B, o fluconazol, o itraconazol

e a fluocitosina. A anfotericina B tem sido administrada como droga principal e o

fluconazol como uma droga de consolidação do tratamento.

O Sistema Único de Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde,

oferece gratuitamente o complexo lipídico de anfotericina B e o itraconazol para o

tratamento da criptococose. Todo o tratamento e suporte necessários para

cuidar da doença também são oferecidos de forma integral e gratuita pela rede

pública de saúde.

No caso de infecções, não há necessidade de isolamento dos doentes. As

medidas de desinfecção de secreção devem ser as de uso hospitalar rotineiro. Os

tratamentos são feitos mediante internação.


PREVENÇÃO
Não existem medidas preventivas específicas. Entretanto, recomenda-se

a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI), sobretudo de

máscaras, na limpeza de galpões onde há criação de aves ou

aglomerado de pombos.

Medidas de controle populacional de pombos devem ser implementadas,

como reduzir a disponibilidade de alimento, água e, principalmente,

abrigos. Os locais onde existem acúmulos de fezes de aves devem ser

umidificados para que os fungos possam ser removidos com segurança,

evitando a dispersão por aerossóis.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ministério da Saúde
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-

z/c/criptococose

https://opas.org.br/tudo-sobre-criptococose-sintomas-

tratamento-prevencao-e-mais/

https://www.infoescola.com/doencas/criptococose/

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