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Tipos de Hospedeiro:
Hospedeiro definitivo: hospedeiro no qual a tênia se desenvolve.
Hospedeiro intermediário: abriga a forma larvária do parasita.
A Tênia é adquirida por meio da ingestão de tecidos não cozidos que abrigam as formas
larvárias. Após a ingestão ela se desenvolve e adquire a fase adulta.
O ser humano é hospedeiro DEFINITIVO de:
Hymenolepis nana:
Hymenolepis nana é a tênia anã humana. Hymenolepis diminuta, uma tênia do rato, também
pode causar infecção em seres humanos.
Manifestações Clínicas e Diagnóstico: Maioria assintomáticas, porém algumas crianças
podem ser infectadas por centenas ou milhares de vermes, que podem causar dor abdominal,
fezes de consistência mole, diarreia e má absorção. O diagnóstico depende da observação dos
ovos característicos nas fezes.
Dipylidium caninum:
É uma tênia comum em cães e gatos. Ela também pode se desenvolver em crianças que
ingeriram pulgas, porém é incomum.
Manifestações Clínicas e Diagnóstico: assintomática, diagnóstico depende da identificação de
ovos nas fezes ou da identificação das proglótides.
Gustavo Brazão - 2021.2
Taenia asiatica:
Tênia, só que da Ásia. O diagnóstico, o tratamento e a prevenção da infecção por T. asiatica são
semelhantes aos da infecção por T. saginata.
Taenia saginata:
Taenia saginata (tênia da carne bovina), é uma infecção intestinal comum em todo o mundo.
Gado bovino -> hospedeiro intermediário -> abriga os cisticercos teciduais nos
músculos.
Seres humanos -> Hospedeiros definitivos obrigatórios -> abrigam a tênia.
Manifestações Clínicas e Diagnóstico: Podem-se observar sintomas leves como:
Náuseas.
Desconforto abdominal.
Anorexia.
Prurido.
As proglótides móveis podem causar desconforto à medida que saem do ânus e podem ser
observadas nas fezes. Os ovos também podem ser observados nas fezes, entretanto, os ovos das
três espécies de Taenia são morfologicamente indistinguíveis.
Taenia solium:
Taenia solium, também conhecida como tênia do porco, pode causar tanto infecção pela tênia
quanto infecção larvar, denominada cisticercose. Nessa parte só se fala da infecção por tênia.
Os vermes adultos se desenvolvem daquele jeito que foi explicado lá em cima e medem 3,05 a
6,10 metros de comprimento.
No interior das proglótides maduras, há desenvolvimento de milhares de ovos microscópicos.
Os ovos são excretados nas fezes ou eliminados com as proglótides. Em contrapartida, a
ingestão dos ovos resulta no desenvolvimento da infecção larvar, denominada cisticercose.
Ou seja, você sendo um portador de tênia pode se autoinfectar e adquirir cisticercose,
moral da história NÃO COMA MERDA.
Manifestações Clínicas e Diagnóstico: Mesma coisa da T. saginata.
Diagnóstico e Tratamento:
Dianóstico clínico é difícil, por ser assintomático, laboratorialmente realiza-se o parasitológico
de fezes. Tratamento com Niclosamida ou Praziquantel.
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Os seres humanos desenvolvem a Cisticercose ao ingerir ovos da tênia, que migram até os
tecidos, onde formam cistos. Geralmente esses ovos estão presentes nos próprios seres
humanos, em suas fezes. Portanto, os casos podem se dar por autoinfecção.
A presença de cisticercos no sistema nervoso central (SNC) é denominada neurocisticercose. A
neurocisticercose inclui cisticercos em várias regiões:
Fisiopatologia:
Como já dito, a cisticercose pode se manifestar em diversas áreas do corpo, e a patogenia e a
biopatologia variam de acordo com a localização dos cisticercos e a resposta inflamatória do
hospedeiro. A cisticercose parenquimatosa parece ser a mais recorrente.
Cisticercos no Parênquima Cerebral: Inicialmente suprimem a resposta inflamatória do
hospedeiro (estágio vesicular), se desenvolvendo por vários anos até perder essa capacidade de
inibição. A partir disso há uma forte resposta inflamatória, que se caracteriza pela formação de
granulomas manifesta por convulsões no hospedeiro (estágio coloidal). A resposta inflamatória
continua e passa a ter participação de linfócitos Th2, gerando fibrose e edema (estágio granular)
e pode ter sucesso em eliminar os parasitas ou então (como na maioria dos casos) gerar
granulomas calcificados que podem acabar promovendo novas inflamações recorrentes que
geram novas convulsões e perduram por anos (estágio calcificado).
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Vasculite e AVC.
Hidrocefalia comunicante.
Meningite basilar.
Efeito expansivo (menos comum).
Cisticercos na coluna vertebral: manifestados na forma de radiculite.
Cisticercos no Olho.
Cisticercos no tecido subcutâneo.
Cisticercos no Músculo.
Manifestações Clínicas:
As manifestações clínicas variam a depender da localização, mas, de maneira geral, todas as
formas da doença podem estar associadas a cefaleias. Cisticercos parenquimatosos estão
associados a convulsões, enquanto a cisticercose ventricular e subaracnóidea está associada à
hidrocefalia.
Diagnóstico:
As principais manifestações clínicas da neurocisticercose não são específicas dessa doença:
crises convulsivas e hidrocefalia.
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IMAGEM:
As principais ferramentas utilizadas para o diagnóstico de neurocisticercose consistem em
exames de neuroimagem, sendo os principais:
Nos cisticercos não inflamados, as paredes podem não ser visíveis. Entretanto, a maioria dos
casos exibe realce das paredes císticas ou dos tecidos circundantes e edema associado.
Em alguns casos, o escólex pode ser visível como nódulo sólido de 1 a 2 mm, cilindro ou espiral
no lado das lesões císticas.
LABORATORIAL:
Ainda não se consegue estabelecer um exame laboratorial 100% sensível e específico,
principalmente nos casos de lesões únicas.
Testes sorológicos: auxiliam na confirmação do diagnóstico.
Imunoensaios Enzimáticos:
ELISA (GOLDMAN): tanto o ELISA quanto os demais testes que utilizam o antígeno
bruto estão associados a baixa sensibilidade e especificidade e não são confiáveis.
ELISA (SALOMÃO): tem sido o mais utilizado no diagnóstico da NC por apresentar
significativa sensibilidade e especificidade, ser de fácil e simples execução, com baixo
custo.
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EITB: Apresenta melhores resultados que o ELISA, porém é mais complexo e de custo
mais elevado.
IMUNOBLOT: altamente específico para o diagnóstico. A sensibilidade é excelente
nos casos de cisticercos extraparenquimatosos ou parenquimatosos múltiplos. Todavia,
a sensibilidade é baixa em pacientes com lesões únicas com realce ou que apresentam
apenas calcificações.
Via PCR: são sensíveis e mais específicos para casos viáveis e estão cada vez mais
disponíveis.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
A NC deve ser considerada diagnóstico diferencial de algumas patologias que cursam com
convulsões como:
HIC.
Meningites crônicas.
Os diagnósticos diferenciais que podem aparecer similares no exame de imagem são:
Tuberculomas.
Gliomas e lesões neoplásicas.
Metástases císticas.
Microabscessos
Neurotoxoplasmose.
Outros cistos parasitários (cisto hidático).
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS:
Servem para definir a neurocisticercose como diagnóstico definitivo ou, então, como
diagnóstico provável. Os critérios são:
Absolutos:
Demonstração histológica do parasito por meio de biópsia.
Cistos com escólex visualizados por meio de exames de neuroimagem.
Visualização de vesícula cisticercótica retiniana no exame de fundo olho.
Resolução espontânea de lesão única pequena captante de contraste.
Maiores:
Evidência de lesões altamente sugestivas de NC nos exames de neuroimagem.
Pesquisa positiva de anticorpos anticisticercose por meio de EITB.
Resolução de lesão cística intracraniana com albendazol ou praziquantel.
Menores:
Evidência de lesões altamente sugestivas de NC nos exames de neuroimagem.
Manifestações clínicas sugestivas de NC.
ELISA positivo no líquor para anticorpos ou antígenos positivos no líquor.
Evidência de cisticercose fora do SN.
Epidemiológicos
Procedência de zona endêmica
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Tratamento:
Devido à natureza benigna da maior parte das formas da NC, o uso de cisticidas é questionado.
Cisticidas:
Geralmente são utilizados em conjunto com corticoides e são utilizados em Cistos viáveis
(estágio vesicular?), Coloides e em casos de Cisto subaracnóideo.
As substâncias antiparasitárias mais utilizadas são:
Praziquantel ( ou isoquinolona).
Albendazol (ou derivado imidazólico): the GOAT, mais barato e dizem ser mais eficaz,
especialmente para NC extraparenquimatosa.
Corticoides: devem ser sempre utilizados como tratamento anti-inflamatório.
Antiepilépticos: para o controle das crises convulsivas. São fundamentais no prognóstico da
doença.
Cirurgia: A abordagem neurocirúrgica deve ser considerada quando há:
Resumo Tratamento:
Prevenção:
Consumo de água tratada; higienização correta dos alimentos; higienização das mãos ao
manipular alimentos; banho e lavagem frequente das mãos, especialmente depois das
evacuações e antes das refeições; atenção a práticas sexuais.
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