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Balantidium coli

 Consiste num protozoário ciliado e pode assumir duas formas: trofozoítos e cistos;
 A forma patogénica é o trofozoíto, causando assim a balantidiose;
 É mais abundante que a Entamoeba histolytica.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
 Por todo o Mundo, especialmente em países onde existe criação de porcos, roedores e primatas
(reservatório do agente patogénico).

SINTOMATOLOGIA

 Assintomático (maior parte dos casos);


 Diarreia persistente;
 Desinteria ocasional;
 Dor abdominal;
 Perda de peso.

DIAGNÓSTICO
 Deteção de trofozoítos nas fezes e amostras de tecidos recolhidos em endoscopias;
 Os cistos são encontrados com menor frequência.
CICLO DE VIDA
1. Cistos são excretados pelas fezes;
2. Os cistos na forma infeciosa é ingerida pelo hospedeiro através de águas e alimentos contaminados;
3. Os trofozoítos invadem as paredes do intestino delgado;
4. Os trofozoítos atravessam para o intestino grosso e são excretados pelas fezes, novamente.
Cryptosporidium spp.
 Consiste num protozoário ciliado e pode assumir duas formas: trofozoítos e cistos;
 Existem várias espécies, no entanto, as mais prevalentes são C. parvum e C. hominis;
 Existem espécies que só infetam seres humanos e outras espécies que só infetam animais (como
gatos ou cães);
 Não utiliza vetor, pelo que infeta o hospedeiro através da ingestão;
 Associado normalmente às águas das piscinas
 Estes protozoários possuem dimensões muito reduzidas, pelo que conseguem penetrar
pelos filtros das piscinas;
 Consequentemente, tornaram-se resistentes aos tratamentos das águas das piscinas (com cloro);
 Muitos destes protozoários, podem ficar agarrados à parede do intestino (isto é, muitas das vezes quando existem diarreias – forma de resposta do sistema imunitário
– não é possível expulsar os protozoários);

CICLO DE VIDA
1. Oocistos esporulados são expelidos;
2. Contaminação das águas das piscinas;
3. Ingestão da água da piscina, involuntariamente;
4. Agregação às paredes do intestino delgado e, consequente corrosão das mesmas;
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
 Desde os primeiros casos conhecidos, em 1976, Cryptosporidium tem sido encontrado em todo o Mundo
 Diarreia do Viajante
 Infeções esporádicas em hospitais, infantários, centros de dia, lares;
 Tratadores de animais, veterinários ou investigadores;
 Épocas de chuvas;
 Agente mais isolado em pacientes portadores de HIV: estes pacientes encontram-se imunodeprimidos e têm maior facilidade em contrair infeção e
consequentemente sintomatologia mais forte). Por norma estes pacientes apresentam sintomatologia com quadro agudo (numa fase inicial), passam para a
fase crónica com diarreias crónicas e, pode inclusive conduzir à morte.
SINTOMATOLOGIA

 Assintomático a mortal;
 Diarreia aquosa, acompanhada de desidratação;
 Perda de peso;
 Dor abdominal;
 Febre;
 Náuseas;
 Vómitos;
 (Doentes HIV): podem ser encontradas infeções pulmonares ou oculares.
DIAGNÓSTICO
 Análise das fezes com corantes específicos (Diagnóstico Diferencial: leveduras) – Exame a fresco
 Microscopia de imunofluorescência e Métodos moleculares (PCR)

Isospora belli
 Consiste num protozoário coccidia que infeta as células epiteliais do intestino delgado;
 Também não necessita de vetor, pelo que provoca infeção através da ingestão;

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA

 Por todo o Mundo, especialmente nas zonas tropicais e subtropicais;


 Infeções ocorrem com maior prevalência em pessoas imunodeprimidas.
SINTOMATOLOGIA
 Diarreias com sangue;
 Dor abdominal;
 Perda de peso;
 (Em pacientes imunodeprimidos ou crianças): diarreias muito graves.
DIAGNÓSTICO

 Análise das fezes para pesquisa de oocistos por microscopia;


 Recolha de biópsia de conteúdo duodenal pode ser necessário;
Giardia lamblia
 Consiste num protozoário flagelado;
 Origina a doença denominada por giardíase;
 É provocada pela ingestão de alimentos e águas contaminadas;
 (Portugal): bivalves de água doce; peixes; roedores e bovinos.
 Os trofozoítos possuem 8 flagelos e 2 núcleos e reproduzem-se assexuadamente;

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
 Por todo o Mundo, sendo mais prevalente em climas quentes e crianças;
 Grupos de risco: indivíduos com imunodeficiência;
SINTOMATOLOGIA

 Desde portadores assintomáticos a diarreias severas;


 Dores abdominais;
 Vómitos;
 Sintomas de má absorção;
 Período de incubação = 1 a 14 dias (dura, geralmente, 1 a 3 semanas)
DIAGNÓSTICO

 Identificação de cistos ou trofozoítos nas fezes em amostras frescas ou após processos de concentração (centrifugação);
 Recolhas de conteúdo duodenal podem ser necessárias;

Toxoplasma gondii
 Consiste num protozoário que provoca a toxoplasmose;
 Não necessita de vetor, isto é, transmite-se através de ingestão;
 Possui um grande perigo para mulheres grávidas, isto porque:
 Quando ocorre uma infeção primária durante a gravidez, a sua transmissão é vertical, ou seja, existe a transmissão transplacental de taquizoítos para o feto;
 Posteriormente, aloja-se nas células do sistema fagocítico-mononuclear originando assim pseudocistos (estruturas intermediárias);
 Estas estruturas intermediárias disseminam-se por via sanguínea ou linfática para qualquer órgão ou tecido, incluindo SNS e olhos = Toxoplasmose congénita;
 Quando a grávida já possui uma infeção crónica, a resposta imunitária da mãe previne a transmissão para o feto;
 Nesta situação, ocorre infeção apenas numa gravidez, pois os anticorpos evitam que a doença seja transmitida posteriormente.
 As grávidas devem ter alguns cuidados durante a gravidez, caso não seja imunes à toxoplasmose:
9 Não trocar a areia das caixas dos gatos;
9 Não tocar na face durante a preparação de comida;
9 Não comer alimentos mal cozinhados ou mal lavados;

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
 É uma das infeções mais comuns em todo o mundo, sendo mais vulgar em climas quentes e a baixas altitudes.

SINTOMATOLOGIA

 Pessoas imunocompetentes apresentam-se assintomáticas, mais 10-20% podem desenvolver sintomas semelhantes à gripe, sendo a doença benigna;
 Pacientes imunocomprometidos apresentam um quadro mais grave, com atingimento do SNC;
 Em doentes com HIV pode ocorrer encefalite;
 Nas grávidas, a infeção pode provocar lesões no feto, nomeadamente na retina.
DIAGNÓSTICO

 Observação de parasitas em amostras obtidas por biópsia dos nódulos linfáticos ou lavagem bronco alveolar;
 Nas grávidas deteta-se o material genético do parasita, através de punção uterina e com utilização de PCR.
Trypanosoma cruzi
 Este é o parasita que provoca a doença de Chagas;
 Vetor: percevejos (parasita hematófago);
 Causa problemas intestinais.

CICLO DE VIDA
1. O percevejo alimenta-se de sangue do hospedeiro;
2. Simultaneamente, o percevejo liberta fezes na pele do hospedeiro;
3. Após acordar, o hospedeiro coça a zona da picada e faz com que as fezes do parasita penetrem
na corrente sanguínea, através da zona da picada;
4. Dentro do hospedeiro, ocorre a multiplicação do parasita.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
 Continente americano, desde o Sul dos EUA ao Sul da Argentina;
 Maior prevalência nas áreas rurais da América Central e do Sul.
SINTOMAS
 Uma lesão local (edema palpebral) pode surgir no local da inoculação;
 A fase aguda é geralmente assintomática, mas pode também surgir febre, anorexia, miocardite.
 Após 2-3 meses passa-se à fase crónica (pode ocorrer décadas após a infeção inicial).
 Sintomas incluem cardiomiopatia e patologias do trato digestivo, nomeadamente:
 Megaesófago, megacólon, perda de peso e, em situações graves pode conduzir à morte
DIAGNÓSTICO

 Observação microscópica de sangue fresco (parasitas móveis) ou esfregaços corados com Giemsa;
 PCR;
 Imunodiagnóstico: deteção de anticorpos;
 Imunofluorescência
Trypanosoma brucei
 Este é o parasita que provoca a doença do sono;
 Vetor: mosca tsé-tsé (parasita hematófago);
 Causa problemas neurológicos;
 Existem duas subespécies morfologicamente indistintas: T.gambiense; T.rhodesiense

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