Módulo 20 – Tutorial 3 – Luísa Grings
dermatozoonoses
• São toda e qualquer alteração tegumentar desencadeada por
protozoários, vermes, insetos e celenterados, quer sejam parasitas
ou não.
• Mecs de lesão:
o Traumático: picada ou ferroada de artrópode, caracterizada por
lesão eritematosa e dolorosa com regressão espontânea.
o Toxico: inoculação de saliva com características de maior ou
menor toxicidade, produzindo necrose local e quadro de
envenenamento. Escorpiões, aranhas, formigas, vespas e abelhas.
o Dermatite de contato: pelo contato do animal com a pele do pcnt.
Ex: borboletas, besouros, anêmonas-do-mar.
o Hipersensibilidade: artropes, ao injetar saliva, podem sensibilizar
o homem a novas inoculações.
o Granulomas tipo corpo estranho: retenção na pele de ferrões ou
similares pode levar a produção de granuloma tipo corpo
estranho.
o Granulomas pseudolinfomatosos: por mec de hipersensib, podem
surgir lesões papulonodulares e mesmo tumorais, lembrando os
linfomas.
ESCABIOSE
• Doença causada por acarinos do gênero Sarcoptes.
• Eles são espécie-específico (S. scabiei variedade hominis só parasita
o homem).
• Mas qualquer variedade pode albergar-se e produzir alterações
transitórias na pele do homem, sme obrigatoriamente parasitá-la –
Sarnas Zoógenas.
EPIDEMIO E TRANSMISSÃO
• TRANSMISSÃO: contato direto, e geralm se faz no leito, ou contato
c/ roupa pessoal ou do leito usados recentemente pelo pcnt.
• Incide em todas as idades, mas é mais comum em ADULTOS, sem
predileção por sexo ou raça.
• É ENDÊMICA, com surtos epidêmicos.
• Tem certa relação com a promiscuidade, sendo incluída nas DSTs.
• Geralm há >1 caso no ambiente residencial ou familiar.
• O parasita é exclusivo da pele do homem, morrendo em algumas hrs
quando fora dela.
ETIOPATOGENIA
• É causada só pela fêmea fecundada, pq macho morre após a cópula.
• Ela penetra na epiderme, faz túnel subcórneo, com progressão
noturna de 1-2mm/dia.
• Ciclo vital: 15-30 dias, durante o qual elimina 40-50 ovos, morrendo
em seguida.
o Cada ovo origina, em 3-5 dias, 1 larva, que se transforma em
ninfa e dps vira adulta. Esse ciclo biológico leva ~15 dias.
• Incubação: 3-4 semanas, quando aparece erupção pruriginosa; ou 1-
2 dias, nos casos de reinfecção de pcnt que se sensibilizaram.
• Prurido ocorre por 2 mecs: alérgico (eosinofilia sang) e mecânico
(pela progressão do parasita consequente ao calor do leito)
CLÍNICA
• Lesão típica é o TÚNEL ESCABIÓTICO:
o Mede 5-15mm, acizentada clara ou cor da pele, geralm sinuoso,
e tem na extremidade migrante peq vesícula (eminência
acarina).
o Esses tuneis ↑ de nº c/ duração da doença;
o Se localizam princip nos dedos, pregas interdigitais, punhos,
cotovelos, mamilos, pregas axilares, genitália, nádegas e
hipogástrio
o Em CRIANÇAS, tb pode atingir couro cabeludo, palmas e plantas
• Pcnt apresenta tb PRURIDO NOTURNO.
• Nas áreas em que NÃO HÁ TÚNEIS (região escapular e abd) →
podem surgir lesões papulocrostosas ou ponfosas urticariformes de
natureza alérgica.
• Observam-se lesões de escoriação com impetiginização secundária.
• No SACO ESCROTAL e PÊNIS pode ter nódulos eritematosos típicos,
muito pruriginosos, podendo persistir após o trat, semelhante à
linfoma – Pseudolinfoma.
• Complicação: Glomerulonefrite.
SARNA CROSTOSA (ESCABIOSE CROSTOSA)
• Se apresenta com formação de crostas estratificadas, que podem
chegar a cm de espessura, localizadas princip em eminências ósseas,
podendo comprometer unhas, face, cabeça e regiões
palmoplantares.
• Ocorre em pessoas c/ hábitos higiênicos precários, neuropatas,
deficientes mentais e imunodeprimidos.
• DD: psoríase, doença de Darier, farmacodermia, dermatite
seborreica e eczemas.
DIAGNÓSTICO
• Diag é confirmado pelo achado de S. escabiei na eminência acarina.
o Escarifica com alfinete e lente de pequeno aumento.
o Curetagem do túnel umedecido c/ solução de potássio
possibilita o achado de novos ovos, larvas e ninfas ao
microscópio.
• DERMATOSCÓPIO viabiliza a confirmação do diag, pelo achado de
peq estruturas triangulares e enegrecidas acompanhadas de um peq
segmento linear encontrado na base do triangulo, que
correspondem à porção pigmentada anterior do ácaro e ao túnel
escabiótico preenchido com ovos e fezes de parasita.
TRATAMENTO
• O trat deve ser realizado em todos os familiares acometidos.
• Freq, o prurido persiste em função da alergia ao ácaro, mesmo após
inicio do trat.
• Além disso, os pcnts na ânsia de se curarem, continuam a usar a
medicação, gerando dermatite por irritante primário, levando a
manutenção do prurido.
• ESCABICIDAS tópicos: aplica do pescoço p/ baixo (adulto) ou desde
o couro cabeludo (criança), sendo removido no banho na manhã
seguinte.
o PERMETRINA 5% loção, aplicar única dose à noite no 1º dia, e
após 5-7 dias faz nova aplicação à noite.
▪ Muito efetiva e baixa toxicidade. Pouco absorvida e
rapidamente metab.
 ▪ Não deve ser usada < 2 meses, gestantes e durante
aleitamento.
o Monossulfeto de Tetraetiltiuram (MONOSSULFIRAM) 25%
solução.
▪ Dilui 1 parte do med em 2-3 de água (adulto) e 3-4 água
(criança).
▪ Pode causar efeito antabuse (vasodilatação periférica,
tontra, mal-esar, sensação de morte) quando da ingesta de
álcool por até 10 dias apó a aplicação da subs.
o BENZOATO DE BENZILA 10-25% loção ou creme.
▪ E.A.: rritação primaria, xerose e prurido.
o LINDANO 1%.
▪ É neurotóxico, especialm sobre RNs, e tem sido associado a
↑ tumores cerebrais em crianças.
▪ É proibida sua comercialização no BR.
o ENXOFRE precipitado 5-10% e, vaselina liquida ou pasta d’água,
por 3 noites consecutivas.
▪ É efetivo e seguro.
▪ Adequado p/ crianças <2 meses, gestante e durante
lactação.
• Trat SISTÊMICO → IVERMECTINA
o Dose única ou repetida após 10 dias.
o 1 comprimido (6mg) p/ cada 30kg.
o Indicada nas formas especiais de escabiose: crostsa, pcnts
HIV/AIDS, imunodeprimidos.
• Em caso de prurido excessivo → corticoide tópico 2-3x/dia.
• Nódulos no saco escrotal e pênis → corticoide tópico de alta
potência, 3-4x/dia, massageando, até o desaparecimento. Se não
melhorar, faz corticoide intralesional.
• Lavar as roupas pessoais, de cama e toalhas até após o 2º dia de trat.
O acaro, fora do hospedeiro, só sobrevive por, no máx, alguns dias.
• Se em após 1 semana de trat persistirem as lesões → repetir trat, de
preferência com outro escabicida, adm por 2-3 noites seguidas e
repetida 1x após 1 semana.
• EVOLUÇÃO: É doença crônica, que propicia eventuais infecções bacs
em função do prurido.
PEDICULOSE
• São dermatoses pruriginosas produzidas por piolhos, com 3
localizações principais: cabeça, tronco e região pubiana.
• Predomina na pop baixo nível socioeconômico.
• Pediculose CABEÇA → escolares e mulheres. É a mais prevalente.
• Pediculose PUBIANA → predomina em adultos.
• Pediculose CORPORAL → mais freq em adultos, geralm mendigos e
soldados em campanha, nas regiões frias que exigem muita roupa.
• Fora do organismo humano, podem sobreviver 1-2 semanas.
• TRANSMISSÃO: contato direto pessoal e/ou objetos (pentes, roupas,
etc).
ETIOPATOGENIA
• Eles furam a pele com seus probóscides, pq são hematófagos, ao
mesmo tempo que inoculam subs irritantes e sensibilizantes.
• Mec de hipersensib que se instala em ~10 dias após a infestação é o
responsável pela maioria das manifs clínicas.
• O P. púbis é menor que o corporis, mas mais achatado, permitindo
segura fixação no osteofolículo.
CLÍNICA E DIAG
• PEDICULOSE da CABEÇA:
o PRURIDO intenso, princip em regiões occipital e retroauriculares.
o Pode haver sinais de escoriações e infecção sec, com repercussão
ganglionar regional.
o Além do parasito, tb encontram-se lêndeas (ovos alongados,
esbranquiçados, que se fixam por meio de gelatina ao longo dos
cabelos).
• PEDICULOSE CORPORAL:
o Lesões papulourticariformes e hemorrágicas decorrentes da
picada, e sobretudo da sensibilidade provocada pela inoculação
salivar.
o Localizam-se princip em TRONCO, ABD e NÁDEGAS, as vezes MM.
o Escoriações lineares, liquenificação e pigmentação completam o
quadro
• PEDICULOSE PUBIANA:
o Parasito fixa-se firmemente ao osteofolículo, injetando sua saliva,
que altera a Hb, originando manchas puntiformes cerúleas.
o PRURIDO é intenso, havendo escoriações e crostículas
hemorrágicas.
o Pode haver impetiginização e eczematização secundárias.
o Localiza-se prinic em regiões PUBIANA e PERINEAL, mas as vezes
pode ter em abd, tórax, coxas e região supraciliar.
• DERMATOSCOPIA: permite visualização das lêndeas ou dos
ectoparasitas.
TRATAMENTO
• Loção de BENZOATO DE BENZILA 25% e MONOSSULFIRAM 25%
apresentam bons resultados. Devem ser empregados por apenas 1
noite, com repetição 8-10 dias após.
• IVERMECTINA é útil.
• Uso de PENTE FINO metálico pode ajudar no diag e trat, assim como
o corte dos cabelos.
MIÍASE
• Doença causada pela infestação de animais vertebrados por larvas
de moscas (dípteros).
• Uma vez no hospedeiro, as larvas se alimentam de tecidos viáveis ou
necrosados, fluidos corporais ou alimentos inferidos, completando
seu ciclo de desenv.
• EPIDEMIO
o Predomina em regiões TROPICAIS e em áreas RURAIS.
o Pessoas de baixo nível socioeconômico e com hábitos de
HIGIENE PRECÁRIOS.
o Não há predileção por idade, sexo ou raça.
ETIOPATOGENIA
• A doença pode ser dividida em 3 grupos
• (1) Miíase OBRIGATÓRIA/PRIMÁRIA: parasita tem que passar
necessariamente uma fase do ciclo na pele do homem ou animal
(larvas biontófagas).
• (2) Miíase FACULTATIVA/SECUNDÁRIA: larvas se desenv em
matéria orgânica em decomposição na natureza, mas que
eventualmente podem acometer tecidos necrosados de seres vivos.
o Não são parasitas obrigatórios (larvas necrobiontófagas).
o São depositadas em lesões ulceradas já existentes (miiase
cutânea sec) ou em uma cav corporal (miiase cavitária).
• (3) PSEUDOMIÍASE: ocasionada pela ingesta de larvas em alimentos
e que passam pelo tubo digestivo sem se desenv.
o Pode causar distúrbios intestinais no hospedeiro, graves ou não,
de acordo com a espécie e nº de larvas.
MIÍASE PRIMÁRIA EM TECIDO SAUDÁVEL!!!
• (1) MIÍASE FURUNCULOIDE → “berne”
o Fêmea da mosca deposita ovos no abd de um inseto veiculador,
o qual pica o homem. As larvas penetram por esse orifício,
invadindo a pele e produzindo lesão furunculóide.
o A lesão é nodular, discretamente inflamatória, geralm
DOLOROSA (sensação de ferroadas) e com eventual PRURIDO,
de aspecto furunculoide, cuja única abertura deixa sair discreto
exsudato.
o Se observar por um tempo a lesão, dá pra ver a movimentação
da larva, que vai até a abertura para respirar.
 o A larva deixa o local após a maturação, com posterior
cicatrização da lesão.
o DERMATOSCOPIA permite visualização das larvas.
o Pode ocorrer infecção secundária (erisipela, abscesso).
o TRAT:
▪ Retirada da larva com pinça, após espremedura da lesão e
aplicação de gaze embebida em éter no local p/ matar a larva.
▪ Cuidar p/ não romper a larva na hr de tirar.
▪ Outra opção é asfixiar a larva com vaselina na superfície do
orifício com esparadrapo sobre a lesão, forçando sua saída.
• (2) MIÍASE MIGRATÓRIA:
o Produzida pela deposição de ovos de certas moscas na pele do
homem, produzindo erupção muito pruriginosa, linear,
serpeante, cujos túneis são mais finos que os produzidos pela
larva migrans.
MIÍASE SECUNDÁRIA EM TECIDO NECRÓTICO!!!
• (1) CUTÂNEA SEC → “bicheira”
o As moscas são atraídas pelo cheiro de lesões abertas (geralm
ÚLCERAS), depositam seu ovos, que se transformam em larvas,
geralm numerosas.
o Essa larvas agravam a úlcera, à custa de seus fermentos
proteolíticos, produzindo grandes devastações.
o Espécies: Cochliomyia hominivorax, C. macellaria, Lucilia illustris,
L. sericata e Sarcophaga sp.
• (2) CAVITÁRIA
o Geralm produzida por moscas, que depositam seus ovos numa
cav corporal (órbita ocular, ouvidos, narinas, vagina) e invadem
estruturas anexas, com destruição tb de ossos e cartilagem,
produzindo sérias complicações (meningite, mastoidite, etc).
o Espécie Cochliomyia hominivorax é a mais temida, pela
voracidade com que as larvas se alimentam e pela destruição
tecidual que podem produzir.
• TRAT: IVERMECTINA 200mcg/kg, e se necessário, retirada com pinça
das larvas.
PSEUDOMIÍASE
• MIÍASE INTESTINAL:
o Decorre da ingestão de alimentos contaminados com larvas de
moscas.
o Sintomatologia intestinal variada.
o TRAT: anti-helmínticos, como o TIABENDAZOL.
LARVA MIGRANS
• Dermatose pruriginosa produzida pela inoculação acidental na pele
de larvas de ancilóstomos de animais (cão e gato).
• Ocorre nas zonas TROPICAL e SUBTROPICAL, em áreas QUENTES e
ÚMIDAS.
• Acomete qualquer idade, mas é mais comum em CRIANÇAS que
brincam em quintais, jardins e/ou praias.
ETIOPATOGENIA
• O ag causal é a larva de várias espécies de nematódeos do cão e do
gato, como o Ancilostoma braziliensis, o Unicinaria stenocephala e
o A. caninum.
• O animal defeca em lugar de terra ou areia, onde deposita os ovos
do parasita, que em condições propícias, se transformam, em 1
semana, em larvas filariformes infectantes.
• O homem, ao entrar em contato com essa terra/areia, é infestado
pela penetração das larvas através da pele (inoculação acidental).
• Daí a larva se instala na epiderme provocando reação infl, podendo
ficar bloqueada ou progredir na epiderme, formando túnel, com
maior progressão noturna.
• Essas larvas não têm colagenase específica p/ penetrar na derme,
por isso não caem na circulação.
• IgE sérica geralm está ↑, e eosinofilia é comum.
CLÍNICA E DIAG
• Lesões predominam em PÉS e NÁDEGAS.
• Lesão elementar é pápula eritematosa de alguns mm, intensamente
pruriginosa.
• A larva caminha produzindo túnel eritematopapuloso, sinuoso, cuja
extremidade migrante se apresenta mais ativa.
• Já a área terminal do túnel começa a entrar em regressão,
apresentando-se discretamente escamosa.
• Casos reacionais intensos chegam a apresentar vesículas e bolhas.
• Larva migrans disseminada é rara e pode desencadear síndrome de
Loeffler (febre, alterações resp, infiltrados pulm e eosinofilia
periférica).
• DIAG → clínica!
TRATAMENTO
• Se lesões numerosas → TIABENDAZOL 30-50 mg/kg VO dose única
antes de dormir ou em dose fracionada. Náuseas e vômitos são E.A.
comuns.
• Se poucas lesões → trat tópico com pomada a 25% 2x/dia.
• IVERMECTINA como usada na escabiose tb é bastante eficaz, assim
como LABENDAZOL 400mg por 3 dias.
• EVOLUÇÃO: é doença limitada, acaba por curar-se
espontaneamente em alguns meses, pq a larva acaba morrendo.
TUNGÍASE
• Dermatose autolimitada, produzida pela pulga Tunga penetrans.
• É doença TROPICAL, ocorrendo no porco e no homem.
• É adquirida em lugares arenosos, estábulos e pocilgas.
ETIOPATOLOGIA
• T. penetrans é a única espécie do gênero que parasita o homem.
• Tanto o macho quanto a fêmea são hematófagos, mas o macho não
gera manifs pq deixa o hospedeiro dps de se alimentar.
• A fêmea se fixa na pele, onde penetra parcialmente e ingere o sg c/
finalidade da ovulação provocando lesão.
o Seus ovos, em grande nº, intumescem a parte posterior do seu
abd, produzindo a lesão.
o Dps ocorre rompimento do abd, e os ovos são eliminados p/
exterior, caindo no solo.
o Daí a fêmea morre, havendo cura espontânea do quadro clinico
CLÍNICA
• Lesão é bem característica: peq pápula esférica, branco-amarelada,
c/ ponto negro central.
• Há PRURIDO e DOR discreta.
• Seu nº é variável, mas quando numerosas e agrupados, fica com
aspecto de favo de mel.
• Se localiza princip em regiões PLANTARES, PERIUNGUEAI e
INTERDIGITAIS. Ocasionalmente pode acometer genitália, períneo e
MM.
TRATAMENTO
• Remoção completa do parasita.
• Poucas lesões → retira com agulha estéril e posterior desinfecção.
• Infestação maciça → TIABENDAZOL 30-50mg/kg/dia por 10 dias ou
IVERMECTINA podem ser uteis.
• Se infecção associada → ATB.
• A pulga morre dentro de 2-3 semanas. c/ ou s/ trat.
• Profilaxia: em regiões endêmicas, recomenda-se uso de caçados,
repelentes naturais e nas fontes, utilização de fogo ou DDT.
• Ocasionalmente podem ocorrer complicações: abscessos, linfangite,
septicemia, gangrena gasosa e tétano.

IMPETIGO
• Infecções piogênicas primárias da pele, contagiosas, superficiais,
produzidas por Stafilococcus e Streptococcus.
• Acometem princip FACE e MMSS, mas com a disseminação por
autoinoculação, podem comprometer qualquer região.
• Impetiginização: quando o impetigo complica uma dermatose
preexistente. Geralm de natureza estafilocócica.
• É muito freq em CRIANÇAS e nos meses de mais CALOR.
• 2 formas clínicas: impetigo Não Bolhoso (70%) e impetigo Bolhoso
(30%).
• O estado do portador propicia o seu aparecimento.
o
Em 24-48h forma bolhas flácidas, de preferência nas flexuras e ao
redor de orifícios.
o Ao se romperem, foram extensas áreas exulceroexsudativas, de
maneira que o pcnt se assemelha a um grande queimado.
o Sinal de Nikolsky+ e raramente há comprometimento de mucosas.
▪ Ao pressionar o dedo sobre a pele e a arrastar p/ lado, ou
fazendo mov giratório com borracha, há desprendimento da
camada superficial fina, deixando a pele rosa, úmida e muito
sensível.

IMPETIGO NÃO BOLHOSO →Stafilo e Strepto.

• Tb conhecido como impetigo infeccioso de Tillbury Fox.
• Stafilo aureus (países industrializados) e Strepto pyogenes (em
desenv).
• Localiza-se princip em torno do NARIZ e da BOCA e nas
EXTREMIDADES.
o Pele apresenta solução de continuidade p/ instalação do
processo.
o Ocorre no local de peq traumatismo (escoriações, queimaduras,
picadas de insetos).
• 1º ocorre mácula eritematosa que evolui rapidamente p/ bolha e/ou
vesícula efêmeras de paredes finas, porém a CROSTA resultante é
espessa e amarelada.
• Tende à circinação.
• Sintomas erais normalmente estão ausentes, e pode ter linfadenite
satélite.
• Não há ↑ ASLO.

IMPETIGO BOLHOSO → Só Stafilo.

• Causado por Stafilo aureus.
• Não há necessidade de solução de continuidade cutânea p/
aparecimento das lesões.
• Ocorre mais em NEONATOS e tb em crianças.
• Formam-se vesículas que rapidamente se transformam e, BOLHAS
grandes que sofrem processo de PUSTULIZAÇÃO.
• Crostas resultantes são finas e acastanhadas, e podem tomar
aspecto circinado.
• Localiza-se princip em FACE, PERÍNEO, NÁDEGAS e EXTREMIDADES.

DIAG
• É clínico!
• DD: herpes simples, candidíase, dermatofitose, periporite e miliária.

TRATAMENTO
• ATBs → CEFALEXINA 50mg/kg/dia (criança) ou 250mg (adulto) 6/6h
por 7 dias
• Limpeza com água e sabão e uso de antissépticos (óxido amarelo de
Hg ou ácio bórico ou permanganato de potássio), ou c/ atb local
(mupirocina, ác fusídico, nemicina, bacitracina, etc).

 SÍNDROME DA PELE ESCALDADA (pag 404)

▪ Tb chamada de impetigo neonatal.
▪ Doença bolhosa superficial produzida pela toxina esfoliatina,
produzida pelo S aureus.
▪ Geralm é benigna.
▪ Se presente no adulto, tem alta mortalidade.
▪ CLÍNICA:
o Infecção primária: conjuntiva, nasofaringe, ouvido, TU ou pele.
o Seguido por rash eritematoso escarlatiforme, mais pronunciado
nas flexuras.