Dermatofitose
• É uma doença infectocontagiosa da pele
• Micose superficiais: pele, pelo, unhas, penas,
tudo com queratina)
• Causada pelos fungos dermatófitos:
o Microsporum canis
o Microsporum gypseum
o Trichophyton mentagrophytes.
• Zoonóticas
• Não sistemicas
• contato direto com pelos de animais doentes
• fômites contaminados
• contaminação ambiental.
Pelos contendo artroconídeos (conídios – estruturas
reprodutivas resistentes) infectantes podem
permanecer viáveis no ambiente por muitos meses
Esporos assexuais da fragmentação
das hifas, no ponto de septação - células retangulares
(maior resistência)
• Fungos filamentosos
caracterizados por hifas hialinas
septadas e ramificadas; (hifa se
multiplica e espalha /
↑contágio); micro e/ou
macroconídios. Retangulares
• São queratinofílicos (afinidade à queratina) e
queratinolíticos (quebram à queratina) de
crescimento lento.
• ideal: 28 graus - não termotolerantes (não
sobrevivem, nem reproduzem a altas
temperaturas)
• Não resistem em áreas inflamadas e por isso
possuem crescimento centrífugo (consome
queratina - acaba - lesiona célula- inflamação-
fogem)
• Habitat: geofílicos (solo), zoofílicos (animal -
humano) e antropofílicos (humano - animal)
• Maioria superficial, alguns casos (gatos), ocorre
formação de granuloma: (pseudomicetomas)
• Gênero Microsporum, Trichophyton e
Epidermophyton.
• Epidermophyton floccosum (tropismo seletivo
• pela célula humana): somente humanos
• Microsporum e Trichophyton: humanos e animais.
(fungos fitopatógenos = planta)
• Afetam tecidos queratinizados (extrato córneo,
pelos, unhas, casco e pena).
• M. canis e gypseum e T. mentagrophytes são as
principais em pequenos, enquanto T. verrucosum
em bovinos e T. equinum em equinos.
• Animais, humanos e ambiente: reservatório
• contato direto com animais e humanos, indivíduos
doentes ou portadores assintomáticos
• plantas e solo contaminado.
• contato indireto com fômites como escovas,
arreios, cobertores, camas
portadores assintomáticos
• devido à presença de um emulsificado lipídico na
superfície da pele que inibe a patogenicidade
• Alterações das barreiras da pele como
modificações na microbiota, pH e atividade
mecânica da pele devido a fatores intrínsecos (do
hospedeiro: imunidade e coceira) e extrínsecos
(clima/temperatura).
• Facilitam a invasão das estruturas fúngicas através
do folículo piloso e multiplicação dos
artroconídios e esporos na pele.
• liberação de enzimas queratinolíticas/proteolíticas
(elastase, colagenase e ceratinase) e substâncias
tóxicas ou alergênicas (ceratinase) levando à
ruptura da camada de queratina, proliferação do
 estrato córneo com reação inflamatória do folículo
piloso, epiderme e derme.
• queda de pelos, descamação, eritema e prurido,
crescimento centrífugo
desenvolvendo lesões
circulares e alopécica
depende da região corpórea acometida, espécie
fúngica e hospedeiro.
• áreas alopécicas, formato circular ou anel,
descamativas, acinzentada e não pruriginosa.
• cabeça e pescoço, podendo se disseminar para
membros, cauda e tronco.
• Cronicidade: crostas espessas e salientes
• lesões em regiões de abrasão, como lombo,
garupa e cabeça.
• lesões plana pruriginosa, com alopecia circular,
descamação, pelos quebradiços, pápulas e
pústulas e exsudação
• podendo passar a crostas, hiperpigmentação
focal ou multifocal podendo apresentar no
centro, área de cicatrização e pelos.
• M. gypseum (adaptação): forma de kerion: lesão
nodular, alopécica e elevada (tumefeita), 1° caso
no Brasil.
Dermatofitose clínica ou subclínica:
• Clássica: imperceptível em animais de pelos
longos, formas localizada e disseminada
confundidas.
• Subclínica: descamação e pelos quebradiços
o importância para a disseminação entre
animais e humanos.
• causados
por M. canis: comuns em gatos
Persa - invasão da derme
profunda, nódulos (firme a
friável), formato irregular, fistulados e com
presença de grânulos.
•
• Onicomicose: unhas secas, quebradiças, rachadas
e deformadas, associada principalmente ao fungo
T. mentagrophytes.
baseado nos sinais clínicos, dados epidemiológicos e
achados histopatológicos.
: fluorescência do pelo e pele
parasitados com M. canis. (pequenos animais)
• somente esta espécie emite fluorescência
esverdeada derivada de metabólitos do
triptofano, sendo observada em menos de 50%
dos casos.
• resíduos de xampus, pomadas, loções, cremes,
escamas e outras substâncias podem emitir
fluorescência resultando em falso positivo.
• exame complementar: observados hiperqueratose
e acantose da epiderme associada à foliculite e
dermatite hiperplásica.
• hifas hialinas septadas e pequenos esporos no
interior ou exterior dos pelos podem ser
observados com auxílio da coloração de ácido
periódico de Schiff (PAS).
• pode ser útil quando ocorre uma apresentação
clínica incomum, mas não permite conhecer a
espécie do dermatófito
Confirmação do diagnóstico
• Exame direto de pelos, crostas e unhas com KOH
10- 20% e visualização de hifas, artroconídeos ou
conídios fúngicos.
A definição da espécie fúngica é de grande
importância a fim de planejar um bom controle para
evitar a infecção e/ou reinfecção.
Cultivo em:
• ágar Sabouraud dextrose acrescido de
cicloheximida,
• incubado a 28-30oC por um período de até 15 dias
• Tópico (tricotomia ao redor das lesões ou
tricotomia generalizada, se pelo longo)
• Terapia antifúngica sistêmica (quando não há
remissão das lesões em quatro semanas com o
tópico)

• cetoconazol
• clotrimazol
• miconazol
• xampus a base de clorexidine 3%.

• griseofulvina
• cetoconazol
• itraconazol (menores efeitos colaterais,
indicado para fêmeas prenhes e animais
jovens, felinos)

• antibiótico
• corticóide
• antifúngico.
• recomenda-se o tratamento tópico com creme
contendo associação medicamentosa de
miconazol, gentamicina e betametasona.

• remoção cirúrgica
• terapia com antifúngicos sistêmicos como
itraconazol

• banhos de aspersão ou aplicação local de

pomadas a base de iodo, griseofulvina,
terbinafina, cetoconazol ou itraconazol.